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Curso básico nutrição e dietética

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Nutrição e Dietética 
 
 
2 
www.eduhot.com.br 
SUMÁRIO 
 
Nutrição ................................................................................................................................. 3 
Alimentação ........................................................................................................................... 3 
Nutrientes .............................................................................................................................. 4 
Pirâmide alimentar ............................................................................................................... 10 
Água .................................................................................................................................... 13 
Desidratação........................................................................................................................ 15 
Alimentação nas diferentes etapas da vida .......................................................................... 16 
Nutrição no idoso ................................................................................................................. 16 
Cuidados na alimentação do idoso ...................................................................................... 17 
Valor nutritivo ....................................................................................................................... 18 
Valor quantitativo ................................................................................................................. 19 
Superalimentação ................................................................................................................ 19 
Dietas com aumento parcial de nutrientes ou quilocalorias: ................................................. 19 
Dieta com diminuição parcial de nutrientes ou quilocalorias: ............................................... 19 
Distúrbios nutricionais .......................................................................................................... 22 
Higiene Pessoal ................................................................................................................. 28 
Tipos de Higiene .................................................................................................................. 29 
Nutrição e Saúde Bucal ....................................................................................................... 31 
Fatores Nutricionais no Desenvolvimento Dental ................................................................. 32 
Relação entre nutrição e cárie ............................................................................................. 33 
A educação alimentar e nutricional ...................................................................................... 34 
A alimentação é a base necessária para um bom desenvolvimento físico, psíquico e social 
das crianças......................................................................................................................... 35 
Alimentação infantil requer cuidados especiais .................................................................... 37 
O que o cardápio precisa conter .......................................................................................... 38 
As contribuições da nutrição aliada à prática de atividades físicas ...................................... 38 
Diabetes .............................................................................................................................. 40 
A obesidade ......................................................................................................................... 41 
Hipertensão ......................................................................................................................... 42 
Colesterol ............................................................................................................................ 44 
Atividade física ..................................................................................................................... 44 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 46 
 
Nutrição e Dietética 
 
 
3 
www.eduhot.com.br 
Nutrição 
 
Nutrição é um processo biológico em que os organismos (animais, fungos, 
vegetais e micro-organismos), utilizando-se de alimentos, assimilam nutrientes para 
a realização de suas funções vitais. 
Devido sua importância à sobrevivência de qualquer ser vivo, a nutrição faz 
parte do aprendizado durante grande parte do período de estudo básico e em nível 
secundário, assim como em muitos cursos de nível de graduação e pós-graduação, 
em áreas como medicina, enfermagem, biomedicina, farmácia, biologia, agronomia, 
zootecnia e nutrição entre outras. 
No domínio da saúde e medicina (e também veterinária), a nutrição é o 
estudo das relações entre os alimentos ingeridos e doença ou o bem-estar do 
homem ou dos animais. 
A agricultura e a pecuária, iniciadas há cerca de 10 mil anos, aumentaram o 
poder do homem sobre a própria nutrição. Desde então, a descoberta dos 
condimentos, a adoção de técnicas para aumentar a produtividade agropecuária e o 
desenvolvimento de tecnologias de industrialização foram abrindo novas 
possibilidades de nutrição. Hoje, mesmo com a globalização e as facilidades de 
intercâmbio entre nações, cada povo guarda suas peculiaridades culinárias, 
segundo a disponibilidade dos ingredientes encontrados na região, mas também de 
acordo com seu modo de vida. 
Alimentação 
 
A alimentação é a base da vida e dela depende a saúde do homem. A falta de 
alimentos, os tabus e crenças alimentares e a diminuição de poder aquisitivo, são 
fatores que levam a nutrição inadequada. 
Nutrição e Dietética 
 
 
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Uma dieta saudável pode ser resumida por três palavras: variedade, 
moderação e equilíbrio. A alimentação deve ser fornecida em quantidade e 
qualidade suficientes e estar adequada a necessidade do indivíduo. 
Alimento é tudo que podemos comer ou beber e que é indispensável para 
manter a vida, o crescimento, a reprodução e a saúde. E não existe um alimento 
que, sozinho, forneça tudo o que o organismo precisa, portanto, é necessário dispor 
de uma alimentação variada. 
Nutrientes 
 
Os alimentos são constituídos de diversos elementos chamados de 
nutrientes, responsáveis por determinadas funções do organismo. De acordo com 
suas principais funções, estão classificados em: reguladores, energéticos e 
construtores. 
• Reguladores (vitaminas, sais minerais, água e fibras vegetais) - são 
necessários ao bom funcionamento do organismo, auxiliando na prevenção de 
doenças e no crescimento. Ex: frutas, legumes e verduras. 
• Energéticos (carboidratos e lipídeos) - fornecem energia para as 
atividades do dia-a-dia. Ex: cereais, pães, massas, bolo, batatas, açúcar, óleo, 
margarina, mandioca. 
• Construtores ou plásticos (proteínas): são importantes para a 
construção do organismo, como ossos, pele e músculos. Eles são fundamentais 
para o crescimento, pois servem para repor, consertar ou construir o corpo. Ex: 
carne, peixes, ovos, leite e derivados, feijão, soja. 
 
Necessidade básica do ser humano: 
 
Tipos de nutrientes 
 
PROTEÍNAS - também são chamadas de protídeos e o termo vem do grego 
e significa “de primeira importância”. São substâncias nitrogenadas complexas, 
constituídas de aminoácidos (carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio), enxofre e 
fósforo. 
Nutrição e Dietética 
 
 
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São necessárias ao organismo na formação dos tecidos novos do corpo, por 
isso também são chamados de alimentos de construção ou alimentos plásticos. 
Além de participarem da defesa do organismo, as proteínas são um dos materiais de 
construção do corpo e, por isso, indispensáveis para o crescimento e manutenção 
da vida. O organismo gasta constantementesuas proteínas, que precisam ser 
substituídas. 
Fontes: proteína animal – ovos, leite e derivados, carnes em geral (boi, porco, 
ave, peixe, crustáceos, vísceras); proteína vegetal – soja, feijão, ervilha, lentilha. 
Uma dieta pobre em proteínas é incapaz de promover o crescimento e de 
manter a vida. A falta de proteínas ocasiona: crescimento retardado; defeitos de 
postura; cansaço fácil; palidez e desânimo; falta de resistência contra doenças e 
difícil cicatrização. 
O organismo humano necessita de proteínas, na proporção de 10 a 15% do 
valor energético total. 
Em relação à suplementação de proteínas, é bom reforçar que dificilmente 
não atingimos a sua recomendação diária através dos alimentos. Entretanto, existe 
certo mito de que quanto maior a ingestão proteica, maior é hipertrofia muscular. O 
que em geral se observa, principalmente entre os praticantes de musculação, é um 
consumo muito além do necessário, sem a orientação de um profissional 
especializado. Dados encontrados na literatura, ainda são controversos quanto à 
suplementação. A cretina, por exemplo, que é sintetizada no organismo a partir de 
três aminoácidos (glicínia, argelina e metionina), foi relatada em estudos como 
responsável por aumentar a massa muscular e o desempenho nos exercícios de 
musculação, contudo essa relação não está bem esclarecida. Dúvidas aparecem 
também no que diz respeito aos efeitos colaterais em longo prazo e em altas doses. 
O importante é saber que o maior estímulo para o ganho de massa muscular é o 
treinamento de força e o descanso suficiente entre as sessões. 
CARBOIDRATOS – também chamados de hidratos de carbono, açúcares ou 
glicídios, e formados por compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio. 
São alimentos queimados com facilidade pelo organismo para dar calor e 
energia ao corpo, por isso têm a função energética e constituem a fonte de alimento 
mais importante de todos os povos do mundo. Após sua ingestão, são digeridos e 
absorvidos, ao exercer um trabalho, para se locomover, ou manter o funcionamento 
Nutrição e Dietética 
 
 
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dos sistemas do corpo, uma parte dessa reserva é queimada, produzindo assim o 
calor necessário para realizar tais atividades. 
Estão classificados em: Monossacarídeos – são aqueles que através do 
processo digestivo, não podem ser desdobrados em unidades menores. São a 
glicose, frutose e galactose; Dissacarídeos – são aqueles formados por dois 
monossacarídeos, que são desdobrados em seus componentes após a digestão. 
São a sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose) e maltose (duas 
unidades de glicose); Polissacarídeos – são os mais complexos, compostos por 
inúmeros monossacarídeos. São o amido e o glicogênio. 
As principais fontes são: o açúcar e doces em geral, cereais e suas farinhas 
(trigo, arroz, aveia, cevada, milho) e tubérculos (batata, batata doce, mandioca, 
inhame, cará). Variando sua necessidade de acordo com a atividade de cada 
pessoa (de 50 a 60% do valor energético total). 
A falta de carboidratos no organismo, causa sintomas de fraqueza, tremores, 
mãos frias, nervosismo e tonturas, o que pode levar até ao desmaio. É o que 
acontece no jejum prolongado. Além disso, a carência desse nutriente leva o 
organismo a utilizar as gorduras de reserva no tecido adiposo para o fornecimento 
adequado de energia, o que provoca o emagrecimento. Enquanto que quando em 
excesso no organismo, transformam-se em gordura e provocam a obesidade. 
LIPÍDEOS – também conhecidos por gorduras, são nutrientes altamente 
energéticos e que ainda funcionam como veículos das vitaminas lipossolúveis (A, D, 
E, K). 
São compostos que se depositam no tecido conjuntivo subcutâneo, que em 
certas pessoas, chega a constituir uma camada espessa na cavidade abdominal. 
Além de proteger o esqueleto, essas gorduras subcutâneas funcionam como um 
manto protetor contra o frio e como isolante de calor interno produzido pelo 
organismo. 
Os lipídeos estão classificados em: gorduras, fosfolipídios, esteróis, 
glicolipídeos e lipoproteínas. E as principais fontes são: animal - manteiga, creme 
de leite, banha de porco, carnes gordas, vegetal – óleo de milho, de soja, de arroz, 
de semente de girassol, do caroço do algodão, do amendoim, coco, nozes, 
castanha, abacate. 
Nutrição e Dietética 
 
 
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O organismo necessita de 30 a 35% de lipídeos no volume energético total, e 
as pessoas com taxas lipídicas altas e doenças coronarianas devem ingerir em 
quantidades menores por dia. 
 
Vitaminas: 
 
Lipossolúveis: 
- Vitamina A ( retinol): É importante para o bom desempenho da visão, para o 
crescimento, para a vitalidade da pele e cabelo. Para que seja bem absorvida pelo 
organismo, é necessário consumir alimentos que contenham gorduras. 
A falta da vitamina A pode causar cegueira noturna (maior dificuldade de 
adaptação da visão no escuro), secura da pele e maior risco de contrair infecções. 
FONTES DE ORIGEM ANIMAL: fígado, gema de ovo, leite integral e 
derivados, óleo de fígado de alguns peixes, como bacalhau. 
FONTES DE ORIGEM VEGETAL: margarina, óleo de dendê e do buriti, frutas 
e hortaliças de cor amarelo-alaranjada, como cenoura, morango, abóbora madura, 
manga e mamão ou de cor verde-escura: mostarda, couve, agrião e almeirão etc. 
- Vitamina E (tocoferol): Retarda o envelhecimento e auxilia no 
aproveitamento da vitamina A. 
FONTES: Germe de trigo, amêndoas e avelãs. Encontram-se em óleos 
vegetais, como os de germe de trigo, girassol, caroço de algodão, dendê, amendoim 
milho e soja. 
-Vitamina K ( menaquinona): Ajuda na cicatrização e evita sangramentos. 
FONTES: Leite e derivados, carnes, ovos, sardinha, amêndoa, semente de 
gergelim e hortaliças verdes. 
- Vitamina D (calciferol): Essencial para a formação dos ossos e dentes, 
deixando-os mais resistentes. Sua ausência pode provocar raquitismo e 
amolecimento dos ossos (osteomalácea). 
FONTES: Gema de ovo, fígado, manteiga e pescados gordos (arenque e 
cavala). Encontra-se teores de vitamina D nas sardinhas e no atum. Esta vitamina é 
formada pelos raios ultravioletas do sol. SAIS MINERAIS (REGULADORES). 
 
Hidrossolúveis: 
Nutrição e Dietética 
 
 
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- Vitamina C ( ácido ascorbico): Aumenta a resistência do organismo evitando 
gripes e resfriados, protege a gengiva e aumenta a absorção do ferro. 
FONTES: É amplamente encontrada nas frutas cítricas e folhas de vegetais 
crus. As melhores fontes são: acerola, laranja, limão, morango, brócolis, repolho e 
espinafre. 
- Vitaminas do Complexo B Ajudam na manutenção da pele, colaboram no 
crescimento e deixam os cabelos mais saudáveis e brilhantes. 
FONTES: batata, banana, legumes e alguns tipos de carne (boi, frango, 
peixe), miúdos em geral (coração, fígado etc), levedo de cerveja, gema do ovo, 
germe de trigo, músculo de boi, pão integral e abacate. 
 
* Vitamina B1( tiamina): Interfere diretamente no metabolismo dos 
carboidratos, como integrante de uma enzima essencial para a degradação da 
glicose e para a produção de energia. 
FONTES: carnes em geral, vísceras, leite, queijos, pescados, gema de ovo, 
cereais integrais, amendoim, levedura de cerveja. 
 
* Vitamina B2 ( riboflavina): Fundamental para o crescimento, conservação 
dos tecidos e para a fisiologia ocular, graças a fotossensibildade. 
FONTES: carnes, vísceras, leito, queijos, gema de ovo, vegetais folhosos e 
cereais integrais. 
 
*Vitamina B6 ( piridoxina): Indispensável em muitos processos bioquímicos 
complexos, mediante os quais os nutrientes são metabolizados no organismo. 
FONTES: carne de porco, vísceras, pescados, leite, ovos, batata, aveia, 
banana, germe de trigo. 
 
* Vitamina B12 ( cianocobalamina): Indispensável à função normal do 
metabolismo em todas as celulas, especialmente as do conduto gastrintestinal e do 
tecido nervoso; também está relacionada ao crescimento. 
FONTES:leite, ovos, peixes, queijos, carnes, especialmente musculo. 
 
Nutrição e Dietética 
 
 
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Sais minerais: 
 
Macronutrientes: 
 
* Cálcio 
Importante na formação e manutenção dos ossos e dentes, evitando a 
fragilidade dos mesmos. Sua ausência pode provocar deformidades ósseas. 
FONTES: Leite, queijo, gema de ovo, carnes (como boi, peixes e aves), 
cereais de trigo integral, legumes e castanha. 
 
* Fósforo 
Ajuda na memória e contribui para a formação dos ossos e dentes. 
FONTES: Nozes, legumes e grãos. 
 
* Sódio 
Evita fraqueza e desidratação. 
FONTES: Cloreto de sódio ou sal de cozinha. Alimentos protéicos contêm 
mais sódio que outros tipos de alimentos, portanto, geralmente não é necessário o 
acréscimo de sal em algumas preparações. A quantidade necessária de sal por 
pessoa é de ¼ de colher de chá por dia. 
 
* Potássio 
Evita a fraqueza muscular e controla os batimentos do coração. 
FONTES: Frutas, leite, carnes, cereais, vegetais e legumes. 
 
* Cloro 
É encontrado nos tecidos biológicos como íon cloreto, principalmente em 
combinação com o sódio e potássio das células. 
Constitui aproximadamente 3% do conteúdo total de minerais do corpo e 
participa, juntamente com o potássio e o sódio, da distribuição e equilíbrio normais 
da agua, do equilíbrio osmótico e acidobásico, bem como da conservação do tônus 
muscular normal. 
FONTES: sal de cozinha, leite, carne, ovos e nos mariscos. 
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Micronutrientes: 
 
* Ferro 
Importante na formação das células vermelhas, prevenindo a anemia. Quando 
fornecido pelas carnes, este mineral é melhor absorvido do que os de origem 
vegetal. A falta de ferro é a mais comum de todas as deficiências nutricionais, 
principalmente para crianças menores de 2 anos, meninas adolescentes, grávidas e 
idosos. 
FONTES: Fígado, carnes, gema de ovo, feijão, frutas secas, cereais, lentilha, 
folhas verde-escuras e beterraba. Os refrigerantes a base de cola reduzem a 
absorção do ferro se consumidos durante a refeição. Para melhorar a absorção 
consuma alimentos ricos em ferro junto com outros ricos em vitamina c. 
 
* Iodo: 
É usado pela tireoide para produzir o hormônio tiroxina, sendo, portanto, o 
regulador do funcionamento dessa glândula. 
FONTES: frutos do mar ( peixes, ostras, camarões, algas marinhas, lagostas), 
sal bruto, agrião. 
 
* Fibras 
Sua função é estimular o funcionamento intestinal. Absorvem líquidos e ligam 
substâncias, por isso previnem a prisão de ventre, eliminando também elementos 
tóxicos do organismo. Comendo poucas fibras pode-se ter doenças como: 
hipertensão, colesterol alto, obesidade, inflamação da hemorróida e câncer de 
intestino. 
FONTES: Pão integral, frutas com casca, vegetais crus, grãos, leguminosas e 
cereais integrais. 
Pirâmide alimentar 
 
A pirâmide alimentar é um instrumento, sob a forma gráfica, que tem como 
objetivo orientar as pessoas para uma dieta mais saudável. É um guia alimentar 
geral que demonstra como deve ser a alimentação diária para uma população 
saudável, acima de 2 anos de idade. 
Nutrição e Dietética 
 
 
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Cada parte da pirâmide representa um grupo de alimentos e o número de 
porções recomendadas diariamente. Na alimentação diária devemos incluir sempre 
todos os grupos recomendados para garantir os nutrientes que o nosso organismo 
necessita. Os alimentos que precisam ser consumidos numa quantidade maior estão 
na base da pirâmide e os que precisam ser consumidos em menor quantidade estão 
no topo da pirâmide. 
Para sabermos o número correto de porções diárias a serem ingeridas de 
cada grupo de alimentos, é necessário observar as calorias diárias que cada 
indivíduo necessita. 
Portanto, é necessário que o profissional da área de nutrição planeje o 
programa alimentar, pois este varia conforme sexo, peso, idade, altura e 
necessidades individuais. Em média, a maioria dos indivíduos necessita de, pelo 
menos, um número mínimo de porções dentro das variações recomendadas. 
 
Pirâmide antiga 
 
Em 1992, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (o DAEUA), 
montou o primeiro esquema em forma de pirâmide. Nele, incentivava-se a ingestão 
de carboidratos - como massas, pães e cereais - em vez de gorduras. 
Essa pirâmide dividida em oito grupos que se localizavam entre quatro 
andares visava que o principal alimento a ser consumido deveria ser os 
carboidratos, seguido pelas frutas e hortaliças, em sequência leite e derivados junto 
Nutrição e Dietética 
 
 
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com carnes e leguminosas e por fim no topo da pirâmide os alimentos que deveriam 
ser raramente ingeridos que eram doces e gorduras. 
Sobre a pirâmide, nos anos 90, chegou-se à conclusão que poderia ser 
prejudicial a saúde por vários motivos como declarar a [gordura] totalmente 
prejudicial a saúde o que foi comprovado que alguns tipos como o azeite de oliva 
quando consumido em quantidade ideal melhoram a saúde. Essa primeira pirâmide 
é muitas vezes confundida com a pirâmide da dieta mediterrânica apresentada pela 
primeira vez num congresso científico em Boston em 1993. 
 
Pirâmide nova 
 
A pirâmide alimentar é também conhecida como pirâmide funcional, ela é 
baseada em alimentos reguladores, ou seja, a dieta dela tem como objetivo a 
ingestão de vitaminas, sais minerais, fibras, etc. Que melhorem o funcionamento de 
todo o organismo. 
Nutrição e Dietética 
 
 
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A base da pirâmide é formada por controle de peso e exercícios físicos. Um 
andar a cima alimentos integrais que esbanjam de fibras e óleos vegetais que 
contenham HDL lipoproteína de alta densidade. Subindo mais um andar 
encontramos vegetais e frutas que também fornecem fibras e vitaminas. No quarto 
andar achamos oleaginosas e leguminosas que são importantes fontes de vitamina, 
minerais e proteína, mas em especial nesse andar temos os antioxidantes que 
previne alguns problemas de saúde. 
Peixes, ovos e aves formam o quinto andar, que é rico em proteínas e o ovo 
rico em colesterol. No 6 andar perto do topo, está presente o suplemento de cálcio 
que pode vir de leite e derivados. E por fim no topo os grãos refinados ricos em 
carboidratos e a carne vermelha que contem gordura saturada. 
Nessa organização podemos perceber que os alimentos foram melhores 
divididos, na pirâmide antiga os carboidratos ficavam na base, na nova esse grupo 
foi separado em dois e um deles fica na base e outro no topo, isso também ocorre 
com as gorduras. 
Água 
 
Solução fundamental para a vida, o meio em que todos os processos 
metabólicos ocorrem, a via em que as interações acontecem, o fluxo de intercâmbio 
contínuo entre os meios interno-externo. Os eletrólitos conduzem a integração, a 
comunicação e a solidariedade necessárias para que a harmonia se faça e seja 
distribuída por todo o ser vivo. 
A quantidade de água existente no organismo humano é mantida constante 
mesmo durante longos períodos da vida. Para isso, é necessário que haja um 
equilíbrio entre disponibilidade de água e nutrientes adequados na alimentação 
diária. 
Distribuição da água no organismo humano: 
 
A água constitui 70% do peso corporal 
50% no LIC (líquido intra celular) 
20% no LEC (líquido extra celular) 
 
Nutrição e Dietética 
 
 
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O LEC se distribui no interior dos vasos, no espaço intersticial, entre as 
células ou constituindo os líquidos transcelulares como líquor, líquidos sinovial, das 
serosas, sêmen, humor aquoso, água óssea inacessível, saliva, suco pancreático, 
bile, sucos intestinais e urina. O ser humano possui de 70 a 80 ml/kg de peso de 
sangue, sendo que 1300 a 1800 ml/ m2 de plasma. 
O LIT está inteiramente nos vasos linfáticos e junto com o tecido linfóide. 
A água ingerida é rapidamente absorvida. É de alta digestibilidade. Após 20 
minutos de sua ingestão já se encontrano intestino. 
As crianças possuem mais água corpórea do que os adultos, cerca de 80%, e 
o recém-nascido pode chegar a ter mais água ainda. Nos jovens, o grande 
metabolismo energético requer também mais água para eliminar os resíduos 
hidrossolúveis para o exterior através do rim. O débito urinário mínimo de um adulto 
de 70 kg é de 500 ml, enquanto de uma criança de 7 kg é de aproximadamente 100 
ml. 
O organismo das crianças é mais vulnerável às variações da água, por isso 
elas são mais suscetíveis às circunstâncias que levam a desidratação, como 
diarreia, vômito ou privação da ingestão de líquidos. Pessoas obesas podem ter tão 
pouco quanto 25 a 30% de seu peso corpóreo em água. A margem de segurança 
com relação às perdas de água não são, portanto expressivas. O uso de diuréticos 
para provocar perda de peso reduz ainda mais a quantidade de água, colocando a 
pessoa em risco de vida. 
A gordura corpórea é nas pessoas sadias a principal variável que influência o 
volume de sangue. Os magros apresentam relativamente mais sangue por 
quilograma de peso do que o obeso. Os idosos também possuem menor quantidade 
de água que os jovens, chegam a ter 40 a 50% de água em seu peso corpóreo. 
Os idosos tendem a perder para o exterior soluções isotônicas além de 
ingerirem menor quantidade de líquidos, isso exige do organismo, para preservação 
da concentração iônica normal, remoção adicional de eletrólitos em relação à água. 
A desidratação é um estado patológico do organismo, causado pelo baixo 
nível de líquido (água, sais minerais e orgânicos) no corpo. A desidratação é uma 
doença considerada grave, pois milhares de crianças morrem vítimas dela todos os 
anos. No entanto, é uma doença de fácil prevenção e tratável quando diagnosticada 
logo. 
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Baixos níveis de água no organismo ativam uma região do cérebro que 
provoca a sensação de sede. Quando o líquido perdido não é reposto, os níveis de 
sódio na corrente sanguínea aumentam, e outras complicações surgem. Em 
condições normais, a água é eliminada do organismo através do suor, urina, fezes e 
lágrimas. A desidratação pode ocorrer quando há excesso de calor (sem reposição 
suficiente da água eliminada pelo corpo), diminuição do consumo de água, febre 
(sudorese), diarreia, vômitos, e pelo uso de medicamentos diuréticos. 
Desidratação 
 
A desidratação faz mais vítimas entre as crianças, os idosos. Crianças são 
mais suscetíveis por ter uma proporção maior de água em seu organismo, ou seja, 
qualquer perda de liquido não reposta é significativa. Já os idosos têm menor 
capacidade de reter líquido, e sentem menos sede. 
Dentre as causas de perda excessiva de líquido, a mais comum é a diarreia. 
No verão, as chances de ter uma diarreia aumentam, pois, os vírus causadores 
dessa doença tendem a se multiplicar, tanto no ambiente quanto nos alimentos 
expostos ao calor. Vômitos também são responsáveis por grande parte dos casos 
de desidratação. A exposição excessiva ao sol e o excesso de roupas aumentam a 
eliminação de água pelo organismo pelo suor, e podem levar a desidratação. 
 
Os sintomas da desidratação são os seguintes: 
 
• Pele seca e inflexível 
• Olhos fundos (nos bebês, moleira afundada) 
• Boca seca 
• Pouca urina e/ou urina amarelo escura 
• Coração acelerado (taquicardia) 
• Irritabilidade 
 
Existem três níveis de desidratação: 
• Desidratação leve – Quando o único sintoma é a sede. 
• Desidratação mediana – Pele seca e inflexível, taquicardia, diminuição do 
peso, aumento da temperatura corporal. 
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• Desidratação grave – Além dos sintomas acima citados, queda da pressão 
arterial, sensação de perda de consciência eminente, estupor, hipertermia, 
convulsões, choque, e até a morte. 
O tratamento para a desidratação depende do nível de desidratação em que a 
pessoa se encontra. Nos casos de desidratação leve, beber água em maior 
quantidade pode ser suficiente. Quando causada por diarreia ou vômito, o soro 
caseiro pode ser utilizado. Em casos mais persistentes, soros industrializados 
podem ser necessários. Em casos graves, a administração de soro por via 
sanguínea. 
As medidas preventivas são simples: beber e oferecer água várias vezes ao 
dia a crianças e idosos; vestir roupas leves e frequentar ambientes bem ventilados 
no verão. Para evitar a diarreia, lavar sempre as mãos antes de preparar alimentos; 
lavar frutas e verduras em água tratada e corrente; manter os alimentos na 
geladeira, e prestar atenção aos prazos de validade dos mesmos. 
Alimentação nas diferentes etapas da vida 
 
A nutrição adequada na infância é importante para o crescimento e o 
desenvolvimento da criança, ao mesmo tempo em que se constitui num dos fatores 
de prevenção de algumas doenças da idade adulta. O aleitamento materno 
exclusivo é a alimentação ideal para os primeiros 6 meses de vida, devendo-se 
entretanto, introduzir novos alimentos indispensáveis às novas faixas etárias da 
criança. O processo de desmame deve ser considerado uma substância viva, 
protetora e imunomoduladora. À proporção que a criança aumenta em idade, as 
necessidades nutricionais vão se aproximando, progressivamente, das do adulto, 
devendo-se ter em mente os problemas surgidos das dietas carente, das dieta 
restritivas e das dietas excessivas. 
Nutrição no idoso 
 
No envelhecimento ocorre perdas sensoriais com diminuição da sensibilidade 
do paladar, do olfato, do tato, da audição, da visão e da função motora. 
Consequentemente, há redução das secreções salivares, gástricas e pancreáticas, 
ricas em enzimas. Paralelamente também há redução do metabolismo, o que implica 
Nutrição e Dietética 
 
 
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em menor ingestão de alimentos, de modo que a quantidade produzida de enzimas, 
ainda que diminuída, é suficiente para atender às necessidades orgânicas do idoso. 
Todavia, estas alterações podem levar à menor ingestão de alimentos como 
resultado da redução do apetite, do reconhecimento do alimento e da habilidade em 
se alimentar, podendo comprometer a nutrição do organismo. 
Por outro lado, com a redução da sensibilidade dos órgãos do sentido, 
também há risco de ingestão aumentada de determinadas substâncias nocivas à 
saúde, como excesso de sal, açúcares, gordura e, até mesmo, substâncias químicas 
normalmente detectadas pelos sentidos. 
O idoso também está mais sujeito às deficiências nutricionais devido à 
agudização de determinadas doenças e/ou à debilidade em se alimentar, 
ocasionando risco de deficiência de certos nutrientes, como: vitamina B12, ácido 
fólico, ferro, vitamina A e vitamina C. Por outro lado, a manutenção da mesma 
quantidade de alimentos, usualmente ingerida na vida adulta, pode levar ao 
sobrepeso ou obesidade. 
Pode haver também diminuição da tolerância à glicose, associada ao 
processo de envelhecimento, levando à deficiência da produção de insulina, o que 
implica na preferência de uma dieta com carboidratos complexos. Há diminuição do 
teor da enzima lactose, o que limita a ingestão de laticínios. 
No envelhecimento, há alteração do metabolismo de cálcio e vitamina D, 
acelerando a perda óssea e contribuindo para o desenvolvimento da osteoporose. 
Ocorre redução da função renal, levando à necessidade de redução de 
proteínas. Pode haver constipação pela redução de ingestão de líquidos e fibras, 
além do sedentarismo. 
Cuidados na alimentação do idoso 
 
O idoso, de um modo geral, necessita menos calorias do que o adulto, isto 
significa que para manter o peso na faixa de normalidade é necessário reduzir a 
quantidade total de alimentos ingeridos. 
Na prática, a dieta do idoso difere muito pouco da do adulto. Todavia, é 
necessário atentar para a consistência, pois muitas vezes o idoso tem problemas de 
mastigação e deglutição, apresentando dificuldade para digerir alimentos mais duros 
e secos.Nutrição e Dietética 
 
 
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Recomenda-se 5 a 6 refeições diárias, pequenos volumes e variação de 
alimentos. 
O alimento, além da função de nutrição, fornece prazer e conforto, devendo 
ter boa apresentação e tempero adequado. 
 
Valor nutritivo 
 
 
Valor nutritivo refere-se à composição dos nutrientes da forragem e a 
digestibilidade destes nutrientes. O valor nutritivo é um importante componente da 
qualidade de forragem. 
De acordo com seu valor nutritivo, as dietas classificam-se em três tipos: 
geral, carente e excessiva. 
Dieta geral: Ministrada nos casos em que o paciente pode receber qualquer 
tipo de preparação culinária e os alimentos mais variados, de acordo com sua 
tolerância. É normal em quilocalorias e nutrientes, sem restrições, preenchendo 
todos os requisitos de uma dieta racional. 
Dieta carente: Apresenta taxas de nutrientes ou de quilocalorias abaixo dos 
padrões aceitos como normais. Seu prefixo é hipo. 
Dieta excessiva: Apresenta taxas de nutrientes ou de quilocalorias acima dos 
padrões aceitos como normais. Seu prefixo é hiper. 
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Valor quantitativo 
 
As dietas com base na quantidade de nutrientes e quilocalorias são: 
superalimentação, dietas com aumento parcial de nutrientes ou quilocalorias e dietas 
com diminuição parcial de nutrientes e quilocalorias. 
Superalimentação 
 
É o tratamento dietético para indivíduos desnutridos, ou que apresentam 
diagnósticos que exigem aumento total de nutrientes e elevação considerável do 
valor energético da dieta. 
Dietas com aumento parcial de nutrientes ou quilocalorias: 
 
São dietas ministradas em casos específicos, os quais requerem a elevação 
da taxa normal de nutrientes, como proteínas, carboidratos, vitaminas, etc., ou 
aumento do VET (valor energético total). Seu prefixo é hiper. Exemplos: 
• Dieta hiperproteica: com taxa elevada de proteínas, é ministrada em 
períodos de convalescença, enfermidades infecciosas e em todas as situações em 
que se requer um balanço positivo de nitrogênio. 
• Dieta hipercalorica: ministrada onde haja indicação de um valor 
energético total elevado, e particularmente nos casos de desnutrição energético-
proteica. 
• Dieta hiperglicidica ou hiperhidrocarbonada: com taxa elevada de 
glicídios ou carboidratos, é utilizada em diagnóstico com indicação de taxa de 
glicídios acima dos padrões normais e em algumas doenças como a hepatite. 
• Dieta hipercalêmica: com taxa elevada de potássio, é utilizada para 
aumentar seus níveis no sangue, bem como durante o processo de utilização de 
certos diuréticos. 
Dieta com diminuição parcial de nutrientes ou quilocalorias: 
 
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São dietas usadas em casos específicos, cuja indicação é a diminuição da 
taxa normal de nutrientes como proteínas, carboidratos, lipídios, sais minerais. Seu 
prefixo é hipo. Exemplos: 
• Dieta hipoproteica: com taxa reduzida de proteínas, sua indicação mais 
comum visa facilitar a função renal e evitar a progressão de lesões renais. 
• Dieta hipocalórica: com valor energético total abaixo das necessidades 
do indivíduo, é muito indicada em casos de obesidade. 
• Dieta hipogordurosa: com taxa reduzida de gorduras, sua utilização 
mais comum ocorre em casos de colecistite, pancreatite, colelitiase ou coledoco 
litíase. 
• Dieta hipossódica: com taxa reduzida de sódio, é indicada para casos 
de edema cardíaco e renal, hipertensão arterial, cirrose hepática com ascite, toxemia 
gravídica e administração prolongada de cortisona. 
• Dieta hipocalêmica: com taxa reduzida de potássio, é ministrada nos 
casos de insuficiência renal. 
 
Dieta com omissão de algum componente: 
São dietas ministradas em casos específicos, cuja indicação é a retirada total 
de algum componente do cardápio. Exemplo: 
• Dieta sem sal: sem cloreto de sódio, é ministrada geralmente em casos 
de pacientes hipertensos e/ou com edema, por problemas renais e cardíacos. 
 
Consistência: 
 
De acordo com a consistência das preparações culinárias, as dietas de rotina 
são as seguintes: 
 
Dieta líquida restrita: 
 
À base de chá, água, caldo coado de legumes. É comumente ministrada nas 
primeiras horas do pós-operatório, nas infecções agudas e para início de hidratação. 
 
Dieta líquida; 
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Destinada a requerer o mínimo de trabalho digestivo, é constituída de 
alimentos com consistência líquida à temperatura ambiente. 
ALIMENTOS UTILIZADOS: leite, café, chá,, sopas coadas, gelatinas, sucos 
de frutas, sorvetes. 
Indicada para preparo de cirurgias e exames, lesões na cavidade oral e 
alguns pós-operatórios. 
Dieta leve: 
 
Destinada a evitar estímulos mecânicos. 
ALIMENTOS UTILIZADOS: leite, café, chá, bolachas, mingaus, sopas com 
carne desfiada, sucos de frutas, cremes, pudins, gelatinas, purês ralos de tubérculos 
ou legumes. 
Indicada para a transição da dieta líquida e também para o preparo de 
cirurgias, exames e alguns pós-operatórios. 
 
Dieta pastosa: 
 
Preparada para requerer o mínimo de mastigação, é constituída de alimentos 
bem cozidos e de consistência pastosa. 
ALIMENTOS UTILIZADOS: os mesmos da dieta leve, mais carnes moídas, 
arroz e massas bem cozidos, ovos quentes ou pochês, legumes bem cozidos e 
frutas cozidas ou raspadas, caldo de feijão. 
Indicada para pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição. 
 
Dieta branda: 
 
É praticamente um cardápio geral, excluindo-se alguns itens de digestão mais 
demoradas ou excitantes, como feijão, frituras, condimentos picantes, molhos 
gordurosos, fontes de fibras e bebidas alcoólicas. 
Indicada para repouso parcial do trato gastrintestinal e transição entre dieta 
leve e a geral. 
 
Nutrição e Dietética 
 
 
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Temperatura: 
 
 De acordo com a temperatura, a dieta pode ser: 
• Gelada; 
• Fria; 
• Morna; 
• Quente. 
Distribuição: 
 
De acordo com a distribuição, a dieta pode ser: 
• Servida nos horários normais de refeição: café da manhã, almoço, 
lanches, jantar, ceia. 
• Fracionada: servida a intervalos mais curtos e me porções mais 
reduzidas. 
 
Apresentação: 
De acordo com a apresentação, a dieta pode ser: 
• Servida em bandejas e material convencional de copa; 
• Em material descartável; 
• Líquido, ministrada em sonda. 
Distúrbios nutricionais 
 
Os distúrbios alimentares ocorrem predominantemente nos países 
industrializados, tendo uma influência menor nos países pouco desenvolvidos e fora 
do mundo ocidental. Caracterizam-se, fundamentalmente por alterações 
significativas do comportamento alimentar. 
Afetam sobretudo as mulheres jovens, aparecendo no homem apenas em 
cerca de 10 % dos casos. Sabe-se que não se deve a modas, mas que a pressão 
cultural para a magreza, a insatisfação e a preocupação com o peso podem 
contribuir, juntamente com outros fatores, para um aumento da vulnerabilidade, que 
por sua vez pode levar á tomada de decisão de iniciar uma dieta. 
 
Nutrição e Dietética 
 
 
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É importante referir que a dieta só por si não constitui uma condição suficiente 
para o desencadear de um distúrbio alimentar. 
Os principais distúrbios alimentares serão apresentados a seguir. 
 
• RAQUITISMO: é uma doença que envolve a mineralização prejudicada dos 
ossos em crescimento. Pode ocorrer não apenas da privação de vitamina D, mas 
também de deficiência de cálcio e fósforo. O raquitismo é caracterizado por 
anormalidades estruturais dos ossos que sustentam o peso e está associado a dor 
óssea, sensibilidade muscular e tetania hipocalcêmicas que as acompanham. Os 
ossos moles, frágeis, raquíticos não podem suportar os esforços, formando em 
pernas arqueadas, “ joelho batendo”, costelas com contas (rosário raquítico), peito 
de pombo e protuberância frontal do crânio. 
 
• OSTEOPOROSE:é uma doença que envolve massa óssea diminuída. Esta 
associada ao envelhecimento; acredita-se que seja uma doença multifatorial que 
envolve o metabolismo de vitamina D e associada a níveis baixos ou decrescentes 
de estrógeno. É uma doença óssea comum na mulher pós- menopausa, mas 
também se desenvolve em homens mais velhos. 
 
• ESCORBUTO: é a deficiência aguda de vitamina C em indivíduos incapazes 
de sintetizar a vitamina. Em seres humanos adultos, os sinais se manifestam após 
45 a 80 dias de privação de vitamina C. Nas crianças, a síndrome é chamada de 
doença de Moeller- Barlow. Em ambos os casos, as lesões ocorrem nos tecidos 
mesenquimais e resultam em cicatrização prejudicada de feridas, edemas, 
hemorragias e fraqueza dos ossos, cartilagem, dentes e tecidos conjuntivos. Os 
adultos com escorbuto podem exibir gengivas edemaciadas, sangrando e eventual 
perda dental, letargia, fadiga, dores reumáticas nas pernas, atrofia muscular, lesões 
de pele e várias alterações psicológicas. 
 
• ANEMIA PERNICIOSA: é uma anemia macrocistica causada por deficiência 
de vitamina B12. Ela afeta não apenas o sangue, mas também o trato 
gastrointestinal e os sistemas nervosos periférico e central. Os sintomas manifestos , 
causados por mielinização inadequada dos nervos, são parestesia, diminuição da 
Nutrição e Dietética 
 
 
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sensação de vibração e posição, pouca coordenação muscular, memória precária e 
alucinações. Se a deficiência for prolongada, a lesão ao sistema nervoso pode ser 
irreversível, mesmo com início de tratamento com vitamina B12. 
 
• ANEMIA FERROPRIVA: é caracterizada pela produção de eritrócitos 
(células vermelhas) pequenos e um nível diminuído de hemoglobina circulante. É 
realmente o último estágio de deficiência de ferro, e representa o ponto final de um 
período longo de privação de ferro. Os sintomas refletem uma disfunção de uma 
variedade de sistemas corporais. A função muscular inadequada é refletida na 
diminuição do desempenho de trabalho e da tolerância ao exercício.os defeitos 
surgem na estrutura e na função dos tecidos epiteliais, especialmente na língua, 
unhas, boca, estômago. As alterações bucais incluem atrofia das papilas linguais, 
queimadura, vermelhidão e, em casos graves, uma aparência completamente lisa, 
cerosa e brilhante da língua (glossite). 
 
• ANOREXIA NERVOSA: é uma condição caracterizada por auto inanição 
voluntária e emaciação. A perda de peso é vista como um sinal de alcance 
extraordinário autodisciplina. O ganho de peso é percebido como uma perda 
inaceitável de auto-controle. Os pacientes com esse tipo de distúrbio apresentam 
distorção de imagem corporal, fazendo com que se sintam gordos apesar do seu 
frequente estado caquético, amenorréia e depressão. 
 
• XEROFTALMIA: envolve a atrofia das glândulas perioculares, 
hiperqueratose da conjuntiva e, finalmente, o envolvimento da córnea, levando a 
amolecimento (queratomalacia) e cegueira. 
 
• OBESIDADE: A obesidade hoje é considerada uma doença e caracteriza-se 
pelo excesso de gordura no corpo, representando um dos grandes problemas de 
saúde pública no mundo inteiro. A obesidade pode aumentar o risco da pessoa 
desenvolver várias condições, como diabete, pressão alta, doenças do coração e 
algumas formas de câncer. Muitos riscos à saúde são mais altos nas pessoas 
obesas, e os riscos podem aumentar como o grau de aumento da obesidade. Em 
particular, as pessoas que ganham peso extra ao redor da cintura, ao invés de nas 
Nutrição e Dietética 
 
 
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pernas e nas coxas, têm maior chance de ter problemas de saúde causados pela 
obesidade. O quadro clínico inclue: peso corporal acima da média, falta de ar, 
insônia (dificuldade para dormir), apnéia do sono (problema onde ocorrem 
interrupções da respiração durante o sono), varizes nas pernas, eczemas causados 
pela umidade que se acumula nas dobras da pele, colelitíase (pedras na vesícula 
biliar), osteoartrite, especialmente dos joelhos e dos tornozelos, tendência à pressão 
alta (hipertensão), níveis elevados de açúcar no sangue (tendência ao diabetes tipo 
II), hipercolesterolemia (colesterol e triglicérides elevados). 
 
• BÓCIO: conhecido popularmente como papo, é um aumento do volume da 
tireóide. A existência de nódulos na tireóide é também considerado bócio mesmo 
que não exista aumento do volume do pescoço. Causada pela falta do sal mineral 
Iodo, é mais comum nas mulheres. Os sintomas são muito variáveis, depende da 
doença de base. Normalmente é estético, a aparição do inchaço no pescoço e 
possivelmente dificuldade de deglutir e respiração. O sal iodado é um modo de evitar 
a carência de iodo, proteger a tiróide contra radiação e evitar tumores 
 
• DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO- PROTEICA: a desnutrição é a forma de 
distrofia (enfermidade resultante da inadequação absoluta ou relativa de um ou mais 
nutrientes essências) que ocorre em nosso meio, tendo sua origem em causas 
primárias (dieta deficiente, devido ao baixo poder aquisitivo ou à pouco 
disponibilidade de alimentos, com influência de fatores sociais, culturais e 
psicológicos como, por exemplo, os tabus e as crenças), ou secundárias, como 
alterações do processo digestivo, má absorção, disfunções endócrinas e outras. 
Caracteriza-se por estado físico deficiente, baixo peso, apatia, fadiga, inapetência, 
resistência reduzida às infecções e capacidade limitada para realizar esforços 
físicos. Portanto, o indivíduo desnutrido é aquele cujas células não recebem os 
nutrientes de que necessita para desempenhar suas funções de produzir energia, 
formar ou reparar tecidos e regular o seu próprio funcionamento. É classificado em : 
desnutrição de 1º grau, 2º grau e 3º grau. 
 
A desnutrição de 3º grau pode manifestar-se de 2 modos: 
 
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a) Marasmo: definhamento gradativo dos tecidos do organismo, com 
consequente perda do tecido adiposo subcutâneo, que resulta em pele enrugada, 
perda de tecido muscular e de força, déficit de crescimento, letargia, chegando 
mesmo a acidose e hipoproteinemia. 
b) Kwashiorkor: distrofia pluricarencial, que ocorre logo após o desmame, 
com origem em deficiência qualitativa e quantitativa de proteínas, caracterizando- se 
por edema, alterações cutâneas, déficits de crescimento, fraqueza e apatia severa. 
 
• CARIES DENTÁRIAS: é uma das doenças infecciosas mais comuns. A cárie 
é sete vezes mais comum do que q febre do feno e cinco vezes mais comum que a 
asma. Infelizmente, aproximadamente 20 a 25% das crianças americanas 
apresentam 80% de cáries dentais. 
 
É uma doença infecciosa oral na qual os metabólitos de ácidos orgânicos 
produzidos pelo metabolismo de microorganismos orais leva à desmineralização 
proteolítica da estrutura dental. A cárie pode ocorrer em qualquer superfície dental. 
 A etiologia da cárie dental é multifatorial. Quatro fatores devem estar 
presentes simultaneamente: 1. Um hospedeiro ou superfície dental suscetíveis; 2. 
Microrganismos na placa dental ou cavidade oral; 3. Carboidratos fermentáveis na 
dieta, que servem como substrato para as bactérias; 4. Tempo (duração) na boca 
para que as bactérias metabolizem os carboidratos fermentáveis. 
 
 Cariogenicidade: refere-se às propriedades de promoção de cáries de 
uma dieta ou alimentos e varia, dependendo da forma na qual ele é encontrado, da 
composição de nutrientes, de quando ele é consumido com relação a outros 
alimentos e líquidos, da duração da sua exposição ao dente e da frequência com 
que é consumido. É importante diferenciar entre alimentos cariogênicos, 
cariostáticos e anticariogênicos. Os alimentos cariogênicos são aqueles que contêm 
carboidratos fermentáveis que, quando em contato com os microorganismos na 
boca, podem causar uma queda no pH salivar para 5,5 ou menos e estimular o 
processo da cárie. Os alimentos cariostáticos ou alimentosque não contribuem para 
a cárie, não são metabolizados pelos microorganismos na placa e não causam uma 
queda no pH salivar para 5,5 ou menos, dentro de 30 minutos. Os alimentos 
Nutrição e Dietética 
 
 
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anticariogênicos são aqueles que impedem a placa de reconhecer um alimento 
acidogênico quando ele é consumido primeiro. 
 
 
Efeitos das deficiências da nutrientes sobre o desenvolvimento dental 
 
NUTRIENTES EFEITOS SOBRE O 
TECIDO 
EFEITO SOBRE AS 
CARIES 
DADOS EM 
SERES HUMANOS 
Desnutrição 
protéico- calórica 
Erupção dental atrasada; 
Tamanho do dente 
diminuído; 
Solubilidade do esmalte 
diminuída; 
Disfunção de glândulas 
salivares; 
 
 Sim Sim 
Vitamina A Diminuição do 
desenvolvimento do tecido 
epitelial; 
Disfunção da morfogênese 
dental; 
Aumento de hipoplasia de 
esmalte. 
 
 Sim Sim 
Vitamina D/ 
cálcio/ fósforo 
Níveis de cálcio plasmático 
diminuídos; 
Hipomineralização (defeitos 
hipopláticos); 
Integridade dental 
comprometida (concentração 
mineral diminuída); 
Padrões retardados de 
erupção. 
 
 Sim Sim 
Ácido ascórbico Alterações das polpas 
dentais; 
Degeneração 
odontoblástica; 
 Não Não 
Nutrição e Dietética 
 
 
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Dentina aberrante. 
 
Flúor Aumento na estabilidade do 
cristal do esmalte (formação 
do esmalte); 
Inibição da remineralização; 
Esmalte manchado 
(excesso); 
Inibição do crescimento 
bacteriano. 
 
 Sim Sim 
Iodo Erupção dental atrasada; 
Padrões de crescimento 
alterados; 
Más oclusões 
 
 Não Sim 
 
Ferro Crescimento lento; 
Disfunção de glândulas 
salivares. 
 
 Sim Não 
 
 
Higiene Pessoal 
 
 
 
 
Nutrição e Dietética 
 
 
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Higiene é o conjunto de conhecimentos e técnicas que visam a promover a 
saúde e evitar as doenças. Entre as doenças que a higiene procura evitar, estão as 
doenças infecciosas, contra as quais ela se utiliza da desinfecção, esterilização e 
outros métodos de limpeza. 
 
Etimologia 
 
O termo "higiene" se originou do termo francês hygiène, que, por sua vez, se 
originou do termo grego υγιεινή [τέχνη] (hygieiné [téchne]), que se originou do 
também grego hygieinós, ou "o que é saudável". Hygieinós se originou do termo 
grego ὑγιής (hugiēs), "são, saudável". Este último termo também deu origem ao 
nome da deusa grega da saúde, limpeza e sanitariedade, Hígia. 
 
Descrição 
 
Consiste na prática do uso constante de elementos ou atos que causem 
benefícios para os seres humanos. Sanitização advém de sanidade, que, em amplo 
sentido, significa ordem perfeita de funcionamento. A higiene compreende hábitos 
que visam a preservar o estado original do ser, que é o bem-estar e a saúde 
perfeita. 
As técnicas de manutenção e preservação do bem-estar, saúde perfeita e 
harmonia funcional do organismo, dá-se o nome de hábitos sanitizantes ou hábitos 
higiênicos. 
Muitas das doenças infectocontagiosas existentes são encontradas em locais 
com baixos padrões de higiene. Elas são contidas pela implementação de padrões 
de higiene, através da conscientização da população e instrução de novas 
metodologias que ensinam como a sociedade deve comportar-se em relação à sua 
higiene. Há quatro tipos de higiene: a pessoal, a coletiva, a mental e a ambiental. 
Tipos de Higiene 
 
Individual 
 
Nutrição e Dietética 
 
 
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É um conjunto de hábitos de higiene e asseio com que cuidamos da nossa 
saúde,que viram normas de vida em carácter individual, como: 
- Banho - Tomar banho frequentemente. Existem várias opiniões e estudos 
sobre a frequência ideal, não havendo uma regra única. A necessidade de tomar 
banho depende da atividade física e do clima. Segundo os dermatologistas, Zeichner 
e Ranella Hirsch, "tomar banho demasiadas vezes pode ser prejudicial para a saúde, 
pois seca e irrita a pele, elimina as bactérias boas e cria pequenas fissuras na 
epiderme que nos colocam sob maior risco de infecção. Nesse sentido, os dois 
médicos defendem que os pais não devem dar banho aos filhos todos os dias, visto 
que a exposição à sujidade em idades mais jovens torna a pele mais forte, 
prevenindo futuras alergias, inflações e eczemas. . 
- Assepsia - O uso de desodorizante é bastante útil, especialmente no verão. 
No entanto devem ser evitados os que inibem a produção de suor. Segundo vários 
estudo a utilização de desodorizante pode ser negativa para a saúde, e cita-se o 
INCA - "Em janeiro de 2004 foi publicado na revista Journal of Applied Toxicology 
um artigo assinado por pesquisadores da University of Reading, na Grã-Bretanha 
(GB), demonstrando a presença de altas concentrações de parabenos em tecidos 
retirados de tumores mamários de mulheres que usavam este tipo" de produtos. 
- Lavar as mãos - sempre que necessário, especialmente antes das refeições, 
antes do contato com os alimentos e depois de utilizar a casa de banho. 
- Higiene oral - Os dentes e a boca devem ser escovados depois da ingestão 
de alimentos, usando um creme dental com flúor. Uma higiene inadequada dos 
dentes dá origem à cárie dentária. 
- Água potável - Beber água tratada, mineral ou filtrada. 
- Fazer uma alimentação equilibrada, com alimentos mais naturais. 
 
Coletiva 
 
É o conjunto de normas de higiene implantadas pela sociedade de forma a 
direcioná-las a um conceito geral de higiene. A higiene coletiva é também um 
conjunto de normas para evitar nossas doenças e de outras pessoas também, para 
preservar a vida de todos. Crianças de três a quatro anos de idade tem a 
Nutrição e Dietética 
 
 
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capacidade de assimilar e repassar o conhecimento, hábitos saudáveis por meio de 
ações educativas podem ser absorvidas desde a infância. 
 
Mental 
 
Dá-se o nome de "higiene mental" à qualquer prática que visa a prevenir 
doenças mentais. Segundo a teoria psicanalítica, um exemplo de higiene mental é a 
verbalização: ela evitaria conflitos sociais e doenças psicossomáticas. 
 
Ambiental 
 
Higiene ambiental é um conceito relacionado com a preservação das 
condições sanitárias do meio ambiente de forma a impedir que este prejudique a 
saúde do ser humano. Inclui, por exemplo, cuidar do lixo, varrer a casa, lavar os 
alimentos antes de comer etc. 
Nutrição e Saúde Bucal 
 
 
 
Alimentos que contém fósforo e cálcio, encontrados particularmente no leite e 
nos laticínios, nas verduras, nos cereais integrais e no peixe, legumes, carne, aves e 
Nutrição e Dietética 
 
 
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frutas como também mastigar alimentos duros ou fibrosos, cenoura, maçã, etc. são 
os provedores substanciais para a saúde dos dentes. 
 
A dieta e a nutrição desempenham um papel principal no desenvolvimento 
dental, integridade dos tecidos gengival e oral, força óssea e prevenção e tratamento 
das doenças da cavidade oral. A dieta é diferenciada da nutrição da seguinte 
maneira: a dieta tem um efeito local sobre a integridade dental, isto é, o tipo, a forma 
e a frequência de alimentos e bebidas consumidos têm um efeito direto sobre os 
dentes. A nutrição tem um efeito sistêmico. O impacto da ingestão de nutrientes 
sistematicamente afeta o desenvolvimento e manutenção da cavidade oral. Devido a 
sua rápida taxa de mudança, a mucosa oral é particularmente sensível às mudanças 
no estado nutricional. 
O câncer oral, que com frequência ocorre secundário à ingestão de álcool e 
tabaco, pode ter um impacto significante sobre a capacidade de alimentação. Isto é 
combinado com as necessidades aumentadas de calorias e nutrientes dos 
indivíduos com carcinomas orais. 
Além destas doenças primárias da cavidade oral, várias doenças crônicas e 
agudas têm sequelas orais que afetam a capacidade de alimentação. O diabetes 
pouco controlado pode resultar em síndrome da língua queimada, candidíase e 
xerostomia, que por sua vez comprometem a capacidadede alimentação e o apetite. 
As manifestações orais das doenças imunossupressoras, tais como a AIDS, 
também têm um impacto sobre o apetite, ingestão e necessidades de nutrientes. 
Fatores Nutricionais no Desenvolvimento Dental 
 
A dieta e a nutrição são importantes em todas as fases do desenvolvimento, 
erupção e manutenção dental. Após a erupção, a dieta e a ingestão de nutrientes 
continuam a afetar o desenvolvimento e a mineralização dental, força do esmalte, 
assim como os padrões de erupção dos dentes remanescentes. Os efeitos locais da 
dieta, particularmente carboidratos fermentáveis e frequência de alimentação, 
determinam a produção de ácidos orgânicos pelas bactérias orais e taxa de cárie. 
Por todo o ciclo da vida, a dieta e a nutrição continuam a afetar dentes, ossos e a 
integridade da mucosa oral resistência à infecção e longevidade dental. 
Nutrição e Dietética 
 
 
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Relação entre nutrição e cárie 
 
As bactérias são uma parte essencial do processo de cárie. Vários 
microrganismos são capazes de fermentar o carboidrato da dieta; o Streptococcus 
mutans é o mais prevalente, seguido pelo Lactobacillus casein e Streptococcus 
sanguis. Todos os três contribuem para o processo, conforme eles metabolizam 
carboidratos e produzem ácidos em níveis suficientes para causar cárie. 
Os carboidratos fermentáveis são o substrato ideal para o metabolismo 
bacteriano. Os ácidos produzidos pelo seu metabolismo causam uma queda no pH 
salivar de < 5,5, criando um ambiente para a cárie. Dadas as recomendações 
correntes para uma dieta rica em carboidratos, é importante estar atento aos fatores 
que afetam o potencial para a ação bacteriana sobre os carboidratos fermentáveis e 
guiar os consumidores na integração de uma dieta positiva e hábitos de higiene oral. 
São exemplos de carboidratos fermentáveis todos os grãos e amidos, 
inclusive bolachas, rodelas finas de batata frita, roscas em forma de laço, cereais 
quentes e frios, pães; frutas (frescas, secas e enlatadas) e sucos de fruta; produtos 
lácteos adoçados com frutose, sacarose ou outros açúcares e bebidas adoçadas. 
A sacarose parece ser levemente mais cariogênica do que os outros 
açúcares, mas a glicose, a frutose, a maltose e a lactose também estimulam a 
atividade bacteriana. Todos os açúcares são usados pelas bactérias para produzir 
subprodutos orgânicos ácidos do metabolismo. Destes, a lactose é o menos 
cariogênico. Todas as formas dietéticas de açúcar, inclusive o mel, melaço, açúcar 
mascavo e sólidos de xarope de milho, têm forte potencial cariogênico. O poliálcool, 
xilitol, é considerado anticariogênico. Os adoçantes não carboidratos, tais como 
sacarina, ciclamato e aspartame são cariostáticos. Há alguma evidência para 
suportar a ideia de que o aspartame e a sacarina podem inibir a ação bacteriana, 
porque nenhum dos dois fornece um substrato utilizável para as bactérias 
Streptococcus. 
A nutrição pode ser feita por via oral, ou seja, pela maneira natural do 
processo de alimentação, ou por um modo especial. No modo especial temos a 
nutrição enteral e a nutrição parenteral. A primeira ocorre quando o alimento é 
colocado diretamente em uma área do tubo digestivo (geralmente o estômago ou o 
jejuno) através de sondas que podem entrar pela narina ou boca ou por um orifício 
feito por cirurgia diretamente no abdômen do paciente. A nutrição parenteral é a que 
Nutrição e Dietética 
 
 
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é feita quando o paciente é alimentado com preparados para administração 
diretamente na veia, não passando pelo tubo digestivo. 
 
A educação alimentar e nutricional 
 
O Esporte vem se provando, dentro dos princípios aplicados pela educação 
pelo esporte, uma via poderosa e privilegiada para desenvolver o potencial de 
crianças e jovens. Tem, em si, a capacidade de educar para promover o 
desenvolvimento de competências pessoais, sociais, cognitivas e produtivas. Ou 
seja, promover o desenvolvimento humano. O esporte e o lazer atuam como 
instrumentos de formação integral do indivíduo e, como consequência disso, 
possibilitam o desenvolvimento da convivência social, a construção de valores, a 
melhoria da saúde e o aprimoramento da consciência crítica (Filgueira, 2008). 
O papel da promoção da saúde cresce em sua importância como uma 
estratégia fundamental para o enfrentamento dos problemas do processo saúde-
doença-cuidado e da sua determinação. A direção, nesse caso, é o fortalecimento 
do caráter promocional e preventivo, contemplando o diagnóstico e a detecção 
precoce das doenças crônico-degenerativas e aumentando a complexidade do 
primeiro nível de atenção, elementos que ainda são considerados como desafios 
para o sistema de saúde (Buss, 1999). 
Conforme o autor citado anteriormente existe múltiplas conceituações de 
promoção da saúde, dentre as quais o autor ressalta dois grandes grupos; no 
primeiro, a promoção da saúde "consiste nas atividades dirigidas centralmente à 
transformação dos comportamentos dos indivíduos, focando os seus estilos de vida 
e localizando-os no seio das famílias e, no máximo, no ambiente das 'culturas' da 
comunidade em que se encontram" (p.179). Essa concepção, segundo o autor, 
tende a se centrar nos componentes educativos. Uma segunda concepção, e mais 
moderna, da promoção da saúde é caracterizada pela "constatação de que a saúde 
é produto de um amplo espectro de fatores relacionados com a qualidade de vida, 
incluindo um padrão adequado de alimentação e nutrição, de habitação e 
saneamento, boas condições de trabalho e renda, oportunidades de educação ao 
longo de toda a vida dos indivíduos e das comunidades. 
 
Nutrição e Dietética 
 
 
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A eficácia da educação nutricional ao escolar poderia estar concebida não 
circunscrita como simples verificação de conhecimentos, e sim evoluindo pela 
incorporação da avaliação de práticas e indicadores efetivos de saúde no decurso 
do processo educativo (avaliação de processo) e convergindo para replanejamentos 
de aperfeiçoamento (produto de avaliação de resultado), sinergizada por 
complementaridade entre variáveis quantitativas e qualitativas. O grau de 
informação, por si só, potencializa maior autocuidado de saúde e, nesse contexto, 
têm-se focado a "alfabetização em saúde" e a "alfabetização em nutrição", que 
avaliam o grau de domínio e compreensão de leigos sobre conceitos e inter-relações 
mínimas de saúde e nutrição, domínio esse considerado forma de empoderamento 
(Fourez, 1997) por instrumentalizar para conseguir saúde. Não obstante, uma 
avaliação restrita à mensuração de conhecimento geralmente implica exclusão. Uma 
avaliação global, preocupada com a aprendizagem, pressupõe acolhimento, tendo 
em vista a transformação. 
A alimentação é a base necessária para um bom desenvolvimento físico, 
psíquico e social das crianças 
 
Uma boa nutrição é a primeira linha de defesa contra numerosas 
enfermidades infantis que podem deixar sequelas nas crianças por toda a vida. Uma 
boa nutrição e uma boa saúde estão diretamente ligadas através do tempo de vida, 
mas a conexão é ainda mais vital durante a infância. Neste período as crianças 
podem adquirir bons hábitos durante a refeição no que se refere à variedade, sabor, 
etc. 
As práticas alimentares são construídas a partir de dimensões temporais, de 
saúde e de doença, de cuidado, afetivas, econômicas e de ritual de socialização, 
entrelaçadas em rede (Rotenberg, 2004). Os primeiros dois anos de vida da criança 
são caracterizados por crescimento acelerado e grande desenvolvimento psicomotor 
e neurológico. Logo, as deficiências nutricionais na primeira infância podem 
comprometer o padrão de crescimento, gerar atraso escolar e favorecer, 
futuramente, o surgimento de doenças crônicas (WHO, 2006) 
Os efeitos da desnutrição na primeira infância (0 a 8 anos) podem ser 
devastadores e duradouros. Podem impedir o desenvolvimentointelectual e 
Nutrição e Dietética 
 
 
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cognitivo, o rendimento escolar e a saúde reprodutiva, enfraquecendo assim a futura 
produtividade no trabalho. 
A desnutrição humana é uma condição que afeta populações de todas as 
nações, sejam elas subdesenvolvidas ou tecnologicamente avançadas. A 
desnutrição infantil é internacionalmente reconhecida como um importante problema 
de saúde pública e seus efeitos devastadores sobre a saúde e a sobrevivência estão 
bem estabelecidos. Enquanto globalmente a projeção da prevalência do baixo peso 
infantil é de declínio em países em desenvolvimento, paradoxalmente, na África a 
projeção é de aumento. Embora uma melhora geral na situação global possa ser 
vislumbrada, o objetivo de redução de 50% na prevalência do baixo peso entre 
crianças até cinco de idade até 2015, estabelecido pelas Nações Unidas, 
possivelmente não será alcançado globalmente nem mesmo em regiões 
desenvolvidas (Onis, 2004). 
No Brasil, a exemplo de várias outras regiões do globo, a leitura comparativa 
dos três estudos transversais realizados nas décadas de 70, 80 e 90, em âmbito 
nacional e microrregional (Estudo Nacional de Despesas Familiares (ENDEF), 
1974/1975; Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), 1989; Pesquisa 
Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) 1995-1996), caracteriza um período de 
transição nutricional, podendo-se inferir um declínio na prevalência da desnutrição 
em crianças menores de cinco anos e, por outro lado, a elevação da prevalência de 
sobrepeso/obesidade em adultos. Há que considerar, porém, que as características 
do declínio na prevalência da desnutrição no Brasil se apresentam assimétricas no 
que se refere ao meio urbano e rural e à distribuição regional (Batista-Filho, 2003). 
Na promoção de uma alimentação saudável dois aspectos devem ser 
ressaltados: a mudança de um comportamento alimentar em longo prazo é um 
objetivo com elevadas taxas de insucesso, e os hábitos alimentares da idade adulta 
estão relacionados com os aprendidos na infância. Esses dois aspectos apontam 
para que a intervenção na promoção de comportamentos alimentares saudáveis 
deva incidir com maior ênfase nos primeiros anos da infância, para que os mesmos 
permaneçam ao longo da vida. 
A disponibilidade e o acesso ao alimento em casa, as práticas alimentares e o 
preparo do alimento, influenciam o consumo alimentar da criança. A população 
infantil é do ponto de vista psicológico, socioeconômico e cultural, influenciada pelo 
Nutrição e Dietética 
 
 
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ambiente onde vive que, na maioria das vezes, é constituído pelo ambiente familiar. 
Dessa forma, as suas atitudes são, frequentemente, reflexos desse ambiente. E 
quando o meio ambiente é desfavorável, o mesmo poderá propiciar condições que 
levem ao desenvolvimento de distúrbios alimentares que, uma vez instalados, 
poderão permanecer ao longo da vida (Oliveira et al 2003). 
A partir dos dois anos de idade, a criança passa por diversas e constantes 
transformações. E a alimentação exerce grande influência nesse processo, tendo 
papel fundamental no desenvolvimento dos músculos, no crescimento dos ossos e 
na manutenção do peso. 
As mudanças mais notáveis acontecem até a puberdade, que costuma chegar 
por volta dos 12 anos, nos meninos, e depois dos 10 nas meninas. Até atingir essa 
idade, as crianças de ambos os sexos ganham, em média, três quilos por ano. Já a 
estatura aumenta de seis a oito centímetros, anualmente. O ritmo de crescimento 
desacelera conforme a criança se aproxima da puberdade, fase em que o 
crescimento retoma a velocidade. 
Alimentação infantil requer cuidados especiais 
 
A nutricionista Gabrielle Carassini Costa, nutricionista do GANEP – Grupo de 
Nutrição ensina que o envolvimento dos pequenos desde as compras até chegar à 
preparação os pratos torna-os mais interessados a experimentar novos sabores. 
“Dessa forma é mais fácil implantar uma dieta saudável, explicando a eles que é 
importante para a saúde provar um pouco de cada grupo alimentar, principalmente 
proteínas, presentes nos queijos, peito de peru, presunto magro, iogurtes e leites; 
carboidratos, nos pães, bisnaguinhas, cereais e torradas, e, equilibradamente, 
gordura, encontrada em óleos, carne, ovos e manteiga”. 
Distribuir a alimentação em cinco refeições, como café da manhã, lanche, 
almoço, uma merenda leve à tarde e jantar, também é uma boa pedida. Impede que 
a criança passe muito tempo com fome e consuma alguma bobagem para enganar o 
estômago. São dicas valiosas que fazem toda a diferença para a saúde, e que, se 
seguidas à risca, certamente trarão benefícios para a criançada ao longo da vida. 
 
 
Nutrição e Dietética 
 
 
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O que o cardápio precisa conter 
 
Chocolate quente e pipoca é permitido, desde que não embebida em 
margarina. O que conta é o limite passado à criança. 
Na sobremesa, troque o chocolate por uma banana assada polvilhada com 
canela e açúcar, que é menos calórico e mais saudável. 
Ofereça doces caseiros, como os de abóbora e mamão. São naturais e não 
contém conservantes. 
Sirva bolo de laranja nas refeições mais leves. A vitamina C presente na fruta 
contribui com a imunidade, que ajuda a evitar resfriados. 
Sanduíche vegetal, com alface, tomate, atum enlatado em água ou patê de 
atum com requeijão light, em pão integral – as fibras presentes ajudam a manter a 
saciedade – é excelente para o lanche da tarde. 
Ingestão de líquidos para hidratar o ano inteiro. Sucos e águas são 
essenciais. Criança é mais ativa por isso perde líquidos e sais minerais mais 
facilmente é mais acelerado, o que exige uma hidratação contínua. 
As contribuições da nutrição aliada à prática de atividades físicas 
 
A alimentação é um dos fatores que interfere diretamente na saúde, bem 
como a prática de atividades físicas, ambos requer um equilíbrio de acordo com 
cada indivíduo. Segundo alguns autores uma alimentação saudável deve ser 
constituída de vitaminas, sais minerais, proteínas, fibras, vegetais, gorduras 
insaturadas, carboidratos e com restrição às gorduras, ao excesso de sal e de 
açúcar. Com a chegada da tecnologia a nossa tendência cada vez mais é substituir 
ou diminuir nossas atividades da vida diária como: limpar a casa, lavar roupas ou 
louças, abrir o portão da garagem entre outros, por um simples apertar de um botão, 
benefícios estes criados pela tecnologia para economizar tempo ou esforço. Com 
isso surgem várias doenças hipocinéticas (hipo = pouco; cinética = movimento) 
como diabetes, atrofia muscular, obesidade, infarto do miocárdio, em consequências 
da inatividade física e alimentação inadequada. 
Para obter uma melhor qualidade de vida é necessário que o indivíduo opte 
por mudanças na alimentação e no estilo de vida. Através dessa perspectiva se 
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conscientizar em que estado se encontra a sua saúde e quais problemas de saúde 
estão relacionados à falta de atividade física e alimentação saudável. 
A concepção de alimentação saudável presentes nos lares até algumas 
décadas atrás era se alimentar em grande quantidade, sobretudo porque a base 
nutricional sempre partiu da família a qual tem o poder de reger os hábitos 
alimentares a seus filhos. A escolha pelos alimentos remete-se diretamente com a 
identidade cultural do indivíduo, pela história vivida de cada grupo social com o 
ambiente e as influências do cotidiano. Quando se fala de alimentação saudável não 
se remete abandonar tudo o que já se tem na cultura alimentar, mas sim adicionar 
ou modificar algumas escolhas mais saudáveis ao nosso cardápio. Lembrando que o 
bem estar físico, mental e emocional dos indivíduos está diretamente ligado á bons 
hábitos alimentares desde a antiguidade. 
A nutrição é um processo que vai desde a ingestão de alimento até sua 
assimilação pelas células, incluindo os fenômenossociais, econômicos, culturais e 
psicológicos, processo este que pode influenciar na alimentação no dia a dia do 
individuo (Junior; Wolinsky, 1994, p.11). 
Os benefícios de uma alimentação saudável e da prática de exercícios físicos 
esta diretamente relacionada ao combate e a prevenção de algumas doenças como: 
diabetes, obesidade, hipertensão, colesterol entre outras. 
Segundo vários autores a má alimentação junto ao sedentarismo podem 
trazer o aparecimento de doenças crônicas degenerativas, tais como: a obesidade, 
diabetes, colesterol e hipertensão. 
As doenças crônicas degenerativas (DCD) figuram como principal causa de 
mortalidade e incapacidade no mundo, cerca de 59% dos 56,5 milhões de óbitos 
anuais são os chamados agravos não transmissíveis que incluem doenças 
cardiovasculares, diabetes, obesidade, câncer e doenças respiratórias; são 
predominantes em países desenvolvidos, sendo os maiores fatores de causa o 
estresse e o sedentarismo (Machado apud Oliveira, 2006, p.101). 
As doenças crônico-degenerativas são assim chamadas porque provocam 
alterações em todo organismo humano como: vasos sanguíneos, ossos, visão, 
cérebro entre outros. São resultados de um conjunto de fatores que causa 
deterioração progressiva na saúde dos seres humanos, e esta relacionada com a 
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interação entre a alimentação inadequada, a genética e as escolhas de 
comportamento como o sedentarismo. 
Diabetes 
 
Considerado uma doença crónica multifatorial, cujo tratamento pode depender 
da junção de três fatores: alimentação, atividade física e medicação. 
O Diabetes Mellitus – quadro de hiperglicemia crônica, acompanhado de 
distúrbios no metabolismo de carboidratos, de proteínas e de gorduras, 
caracterizado por hiperglicemia que resulta de uma deficiente secreção de insulina 
pelas células beta, resistência periférica à ação da insulina ou ambas cujos efeitos 
crônicos incluem dano ou falência de órgãos, especialmente rins, nervos, coração e 
vasos sanguíneos. (Almeida et al. p. 69) 
Existe uma forte relação entre obesidade e diabetes, pois ambas estão 
associadas aos excessos alimentares que conduzem a um maior acúmulo de tecido 
adiposo que influencia a sensibilidade celular à insulina. A secreção da insulina tem 
como estimulante mais potente a glicose. A principal função da insulina é aumentar 
o metabolismo da glicose e utilizar a insulina como fonte de energia. 
O diabetes tipo I ou insulino-dependente, acarretado pela deficiência na 
produção de insulina, é característico preferencialmente em jovens. Já o diabetes 
tipo II ou não insulino-dependente é mais comum em adultos acima de 40 anos, 
devido à redução da sensibilidade dos receptores celulares á insulina além de 
redução deste hormônio pelo órgão chamando pâncreas. 
Os exercícios físicos para os portadores de diabetes tipo l promovem 
benefício cardiovascular, bem-estar psicológico, interação social e lazer. Para evitar 
a hipoglicemia, os pacientes devem receber uma suplementação de carboidratos, 
antes ou durante a realização de exercícios prolongados. 
Para os portadores de diabetes tipo 2 [...] a duração do exercício for superior 
a uma hora, faz-se necessária a suplementação alimentar durante o mesmo, 
especialmente nos pacientes em uso de insulina. Os pacientes que utilizam apenas 
dieta para o tratamento não requerem suplementação alimentar, pois não correm o 
risco de hipoglicemia (Almeida et al., 2006, p. 145) 
 
Nutrição e Dietética 
 
 
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Os treinos de resistência ou de força favoreceram a sensibilidade à insulina, 
ganho de massa muscular e endurance. Sendo que ambos os treinos citados são 
favorecedores no tratamento e prevenção do diabetes tipo I ou tipo II. É importante 
observar que a introdução das atividades físicas seja de forma gradativa, 
respeitando os limites do corpo. Onde a prescrição dos exercícios para o público 
diabético deve ser individualizado, acompanhado e baseado em exames 
laboratoriais, nutricionais e físicos. É importante observar que a introdução das 
atividades físicas seja de forma gradativa, respeitando os limites do corpo. 
A obesidade 
 
Denomina-se como uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo 
de gordura corporal que esta associada á vários problemas de saúde como: 
Hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças cerebrovasculares, 
diabetes mellitus tipo II, câncer, osteoartrite, coledolitíase. Assim como todas as 
doenças crônico-degenerativas a obesidade também tem sua relação com as 
interações dos indivíduos como: herança genética, ambiente socioeconômico, 
cultural, educativo e o ambiente familiar do individuo. 
O IMC é obtido pela divisão do peso atual (Kg) pela altura ao quadrado (m²). 
Segundo a classificação da OMS (World Health Organization, 1997), indivíduos com 
IMC (Kg/m²) menor que 18,5 – baixo peso; 18,5 a 24,9 – peso adequado; 25 a 29,9 
pré - obeso; 30 a 34,9 – obesidade classe I; 35 a 39,9 – obesidade classe II; e igual 
ou maior que 40 (Kg/m²) – obesidade classe III (Nozaki; Rossi. 2010 p.187). 
Os principais meios recorrentes para os indivíduos no tratamento da 
obesidade parte necessariamente de uma reeducação alimentar e a prática de 
atividade física. 
Reeducação alimentar é o método mais saudável, sensato e seguro que 
existe para perder e manter peso. Não há sofrimento nem fome, nada é proibido, 
tudo é quantificado. No caso de abusos gastronômicos, existem compensações; a 
reeducação alimentar previne o envelhecimento precoce; aumenta a energia; e é um 
programa que não dura uma semana, nem um mês, é para a vida toda (Sturmer, 
2002, p. 31). “Não existe forma de perder peso e, principalmente, mantê-lo estável, 
que não inclua a mudança dos hábitos alimentares e alguma atividade física 
regular.” (Halpern, 2000, p. 55 apud Carmo; Friedrich. 2010 p.11). 
Nutrição e Dietética 
 
 
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A obesidade é provocada pela elevada ingestão de calorias que supera o 
gasto calórico do organismo, a adoção de estilo de vida ativo com uma ingestão de 
menos calorias e o aumento de atividades físicas podem prevenir e tratar a 
obesidade. Portanto, percebe-se que uma alimentação balanceada associada a um 
estilo de vida ativo como: praticar alguma modalidade esportiva, ginástica em 
academia, dançar, correr, passear com o cachorro, fazer compras a pé, jardinagem, 
pedalar, subir escadas entre outros, favorecem para combater a obesidade. 
Ressaltando ainda que antes de começar qualquer atividade física, o aluno 
deve procurar um médico para fazer um check-up, e um profissional de Educação 
Física, pois não se deve começar nenhuma atividade física sozinho. Onde muitos 
iniciam suas atividades à procura de economizar ou sem dá a devida atenção ou 
valorização para com o profissional da área, e assim alguns negligenciam as 
orientações e começam a seguir planilhas de treinos ou dietas alimentares 
encontradas na internet, compartilhadas por amigos que já fizeram e conseguiram 
bons resultados, e infelizmente se arriscam, sem o devido conhecimento que todos 
os treinamentos e dietas são individualizados. E por isso devem ter orientação 
quanto ao nível de esforço, tempo de execução e intervalo da atividade, a 
alimentação indicada para cada objetivo ou necessidade, entre outros. 
Hipertensão 
 
A Hipertensão ou pressão alta é assim caracterizada por causa da presença 
dos elevados níveis da pressão arterial que associados a alterações no 
metabolismo, nas musculaturas cardíacas e vascular e também nos hormônios. Sua 
causa também e multifatorial é que deve ter uma grande atenção aos cuidados. 
Cerca de 40% das mortes por acidente vascular encefálico e 25% daquelas 
por doença arterial coronariana podem ser atribuídas à hipertensão arterial. Pela sua 
elevada prevalência (de 15% a 25%) e difícil controle dos níveis tensionais, a 
hipertensão arterial tem um peso significativo

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