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UNIVERSIDADE CEUMA – CAMPUS IMPERTATRIZ BACHARELADO EM ODONTOLOGIA ALESSANDRO FERREIRA FEIJÓ RAMOS EXERCÍCIO: NEOPLASIA IMPERATRIZ – MA 2020 ALESSANDRO FERREIRA FEIJÓ RAMOS EXERCÍCIO: NEOPLASIA Exercício apresentado ao curso de Odontologia do terceiro período da universidade CEUMA, como parte das exigências para a obtenção de nota referente à disciplina de Patologia. Prof.ª Dra. Lyah Lamarck Imperatriz, 12 de Junho de 2020. IMPERATRIZ – MA 2020 EXERCÍCIO SOBRE NEOPLASIA 1. NOMEIE DEZ TUMORES BENIGNOS E MALIGNOS CITANDO SUA RESPECTIVA LOCALIZAÇÃO. FIBROMA: Esse por sua vez se trata de um tumor benigno, onde sua origem parte do tecido conjuntivo fibroso. É considerado um tipo de hiperplasia reacional do tecido conjuntivo, causado as vezes por conta de alguma irritação ou trauma, que causa essas reações inflamatórias do tecido conjuntivo. CONDROMA: Condroma é tipo de tumor benigno que se forma por cartilagens, ou seja, representa uma lesão cartilaginosa que se localiza basicamente entre o tecido ósseo e o periósteo. Esse tumor pode acontecer de forma independente, ou chegar a afetar vários ossos ao redor, formando a encodromatose. ADENOMA: O adenoma se trata de um tumor benigno que pode afetar diversos órgãos, tem origem no tecido glandular, os tecidos que são afetados geralmente sãos os tecidos epiteliais. PAPILOMAS: Tumor benigno que fica na pele, que provoca algumas protuberâncias epiteliais, ganhando uma forma mais aguda como de verrugas ou papilas. Elas produzem umas espécies de folhagem que podem ser macro ou microscópicas, chegando a se assemelhar como um tipo de dedo. LINFAGIOMA: O mesmo, sendo um tipo de tumor benigno, como o próprio nome sugere, tem sua origem em vasos linfáticos. O surgimento de saliências sobre o tecido epitelial do local acometido é comum. Observa-se e constata-se que se trata desse tipo de tumor pelo fato de se localizar vasos linfáticos pelo corpo, totalmente dilatados. CARNINOMA: Tumor maligno que cresce a partir das células epiteliais. Por sua vez, dependendo do tecido epitelial onde o mesmo surge ele recebe um nome especifico sobre sua classificação. Quando o tumor é no tecido epitelial glandular, se trata do adenocarcinoma, esse tumor tem a capacidade de ultrapassar seus limites chegando a outros tecidos circulares, dando origem a metástase. FIBROSSARCOMA: Esse tumor maligno, tem sua origem em tecidos conjuntivo e derivados. ANGIOSSARCOMA: Tem sua origem por tecidos endoteliais e relacionados a ele, no caso do angiossarcoma, são os vasos sanguíneos. LEIOMIOSSARCOMA: Esse tumor maligno, como o próprio nome sugere, tem sua origem no tecido muscular, se origina no tecido liso dos músculos, atacando os miócitos, que são as celular do tecido muscular. LEUCEMIA: Tem sua origem nas células hematopoéticas, ou seja, causa um excesso de células doentes dentro da medula óssea, fazendo com que o número de células doentes dentro da medula seja maior que as de células saudaveis. 2. DESCREVA AS ALTERAÇÕES-CHAVES PARA TRANSFORMAÇÃO MALIGNA DE UM TUMOR. O acúmulo de mutações dá origem a uma série de propriedades chamadas características do câncer. Estas incluem (1) autossuficiência nos sinais de crescimento, pelos quais o crescimento dos cânceres se torna autônomo e não é regulado por indícios fisiológicos; (2) ausência de resposta aos sinais inibidores de crescimento que controlam as proliferações celulares não neoplásicas, como a hiperplasia; (3) evasão da morte celular, permitindo que as células cancerosas sobrevivam sob condições que induzem apoptose em células normais; (4) potencial replicativo ilimitado tornando, portanto, as células cancerosas imortais; (5) desenvolvimento da angiogênese para sustentar o crescimento das células cancerosas; (6) capacidade de invadir tecidos locais e disseminar-se para locais distantes; (7) reprogramação das vias metabólicas — especificamente, uma alteração para a glicólise aeróbica, mesmo quando há abundante oxigênio; e (8) capacidade de escapar do sistema imune. As alterações genéticas que dão origem a essas características dos cânceres são sustentadas e permitidas pelo desenvolvimento de instabilidade genômica, acrescentando mais combustível à fogueira. As confirmações moleculares dessas características são discutidas em detalhes em seção posterior. (ROBBINS, Patologia básica 2013, p.161,162) 3. DESCREVA O PAPEL DO GENE P53 (JÁ COMENTADO ANTES), CONHECIDO PROTETOR DO GENOMA, CONTRA A FORMAÇÃO DAS NEOPLASIAS. Realmente, o gene p53, considerado como o “guardião do genoma”, dentre todos aqueles reconhecidamente envolvidos nos processos de carcinogênese, é o de maior importância. Conhecer seus mecanismos de ação representa uma etapa fundamental para todo aquele que deseja compreender os aspectos da biologia molecular relacionados ao câncer (5). Mapeado em 17p13.1, este gene codifica uma proteína que foi descrita pela primeira vez em 1979, em células transformadas pelo vírus SV40. O gene é ativado em resposta a sinais de dano celular. Seu fator de transcrição interage com pelo menos outros seis genes. Por exemplo, liga-se ao promotor do gene p21, cujo produto protêico é um inibidor de quinase dependente de ciclina que bloqueia a inativação de pRb por CDK4. Esta atividade promove a parada do ciclo celular na fase G1, portanto, antes de ocorrer a duplicação do DNA (fase S), permitindo o reparo do DNA danificado. Embora seja considerado um gene supressor de tumor, porque a maioria das mutações leva à perda de função, o p53 quando sofre alguns tipos de mutações pode exercer um efeito negativo dominante, ou seja, o produto do único alelo mutado interage e inativa o alelo normal, induzindo o câncer e atuando, portanto, como um oncogene (13). (Rev.bras.hematol.hemoter.,2002,24(2):85-89) 4. EXPLIQUE O QUE É UMA METÁSTASE E SUAS RESPECTIVAS VIAS DE DISSEMINAÇÃO. Metástase por sua vez é basicamente a implantação de um foco tumoral relativamente afastado do tumor principal, fator esse determinante por conta da disseminação do câncer para outros tecidos. As metástases acontecem quando células cancerígenas se soltam do tumor principal, viajam pela corrente sanguínea e ou no sistema linfático, ficando livre e por vezes se instalando em outros locais, ou seja, outros órgãos. Quando o mesmo se espalha pelo corpo e formar um outro foco de contaminação relativo ao tumor primário, com certa distância, esse tumor recebe o nome de metastático. Entretanto, nem todos os cânceres têm capacidade equivalente de se metastatizar. Em um extremo, estão os carcinomas de células basais da pele e a maioria dos tumores primários do sistema nervoso central, que têm alta invasividade local, mas raramente se metastatizam. No outro extremo estão os sarcomas osteogênicos (ósseos), que normalmente se metastatizam para os pulmões no momento da descoberta inicial. (ROBBINS, Patologia básica 2013, p. 168) VIAS DE DISSEMINAÇÃO As vias de disseminação das neoplasias malignas podem acontecer por uma das três vias de disseminação: 1. Semeadura nas cavidades corporais, 2. Disseminação linfática, 3. Disseminação hematogênica. SEMEADURA NAS CAVIDADES CORPORAIS A disseminação por semeadura ocorre quando as neoplasias invadem uma cavidade corporal natural. Esse modo de disseminação é particularmente característico dos cânceres de ovário, que muitas vezes cobrem amplamente as superfícies peritoneais. Literalmente, os implantes podem comprometer todas as superfícies peritoneais e, ainda assim, não invadir os tecidos subjacentes. Há aqui uma situação em que a capacidade de se reimplantar em outra parte parece ser distinta da capacidade de invadir.As neoplasias do sistema nervoso central, como o meduloblastoma ou o ependimoma, podem penetrar nos ventrículos cerebrais e ser transportadas pelo líquido cefalorraquidiano para se reimplantar nas superfícies meníngeas, dentro do cérebro ou na medula espinhal. (ROBBINS, Patologia básica 2013, p. 168) DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA A mais típica dos carcinomas, enquanto a disseminação hematogênica é favorecida pelos sarcomas. Há numerosas interconexões, contudo, entre os sistemas linfático e vascular; assim, todas as formas de câncer podem se disseminar através de um ou ambos os sistemas. O padrão de envolvimento do linfonodo depende principalmente do local da neoplasia primária e das vias naturais de drenagem linfática local. Os carcinomas pulmonares que surgem nas passagens respiratórias metastatizam-se primeiro para os linfonodos bronquiais regionais e depois para os linfonodos traqueobronquiais e hilares. O carcinoma da mama surge normalmente no quadrante externo superior e dissemina-se primeiramente para os linfonodos axilares. Entretanto, as lesões mamárias mediais podem drenar através da parede torácica para os nodos ao longo da artéria mamária interna. Em seguida, em ambos os casos, os linfonodos supraclaviculares e infraclaviculares podem ser semeados. Em alguns casos, as células cancerosas parecem atravessar os canais linfáticos dentro dos linfonodos imediatamente próximos para serem capturadas em linfonodos subsequentes, produzindo as chamadas metástases saltadas. As células podem atravessar todos os linfonodos, alcançando finalmente o compartimento vascular por meio do ducto torácico. Um “linfonodo-sentinela” é o primeiro linfonodo regional que recebe o fluxo linfático de um tumor primário. Pode ser identificado por injeção de corantes azuis ou radiotraçadores próximos do tumor. A biópsia do linfonodo-sentinela permite a determinação da extensão da disseminação do tumor e pode ser usada para planejar o tratamento. Note-se que, embora o aumento de tamanho dos linfonodos próximos de uma neoplasia primária deva causar preocupações quanto à disseminação metastática, nem sempre implica envolvimento canceroso. Os produtos necróticos da neoplasia e os antígenos tumorais com frequência evocam respostas imunológicas nos linfonodos, como a hiperplasia dos folículos (linfadenite) e a proliferação de macrófagos nos seios subcapsulares (histiocitose sinusal). Assim, é necessária a verificação histopatológica do tumor dentro de um linfonodo aumentado de tamanho. (ROBBINS, Patologia básica 2013, p. 168) DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA A disseminação hematogênica é a via favorecida para os sarcomas, mas os carcinomas também a utilizam. Como seria de esperar, as artérias são penetradas menos prontamente que as veias. Com a invasão venosa, as células sanguíneas seguem o fluxo venoso drenando o local da neoplasia, com as células tumorais frequentemente parando no primeiro leito capilar que encontram. Como a drenagem de toda a área portal flui para o fígado e todos os fluxos sanguíneos cavais fluem para os pulmões, o fígado e os pulmões são os locais secundários envolvidos com mais frequência na disseminação hematogênica. Os cânceres que surgem próximos da coluna vertebral quase sempre embolizam-se através do plexo paravertebral; essa via provavelmente está envolvida nas frequentes metástases vertebrais dos carcinomas da tireoide e da próstata. Certos carcinomas têm propensão a crescer dentro das veias. O carcinoma de células renais muitas vezes invade a veia renal para crescer de maneira serpenteante até a veia cava inferior, alcançando algumas vezes o lado direito do coração. Os carcinomas hepatocelulares geralmente penetram radículas portais e hepáticas para crescer dentro delas nos principais canais venosos. Notavelmente, tal crescimento intravenoso pode não ser acompanhado por disseminação ampla. Muitas observações sugerem que a localização anatômica de uma neoplasia e sua drenagem venosa não podem explicar totalmente as distribuições sistêmicas das metástases. Por exemplo, os carcinomas broncogênicos tendem a envolver as suprarrenais e o cérebro, e os neuroblastomas disseminam-se para o fígado e para os ossos. Por outro lado, músculos esqueléticos, embora ricos em capilares, raramente são o local de depósitos secundários. A base molecular de tal residência tecido-específica das células tumorais é discutida posteriormente. Portanto, numerosas características dos tumores, normalmente permitem a diferenciação entre neoplasias benignas e malignas. (ROBBINS, Patologia básica 2013, p. 168, 169) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A importância do gene p53 na carcinogênese humana. Scielo.br/pdf, 2002. Disponível em https://www.scielo.br/pdf/rbhh/v24n2/a04v24n2. Acesso em: 12, de junho de 2020. FILHO, G. B. Bogliolo Patologia Geral. 6ª. ed. Rio de Janeiro: Grupo Editora Nacional, 2018. ROBBINS, Patologia básica / Vinay Kumar... [et al] ; [tradução de Claudia Coana... et al.]. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. ROBBINS, S. L.; COTRAN, R. S.; KUMAR, V. Fundamentos de Robbins. Patologia estrutural e funcional. RJ, Guanabara Koogan, 1991 ROBBINS & COTRAN Fundamentos de patologia / Richard Mitchell... [et al.] ; tradução Adriana Pittela Sudré...[et al.] - 9. Ed. - Rio de Janeiro: ELSEVIER EDITORA LTDA, 2017. Santos TS, Martins-Filho PRS, Piva MR, Andrade ESS. Focal fibrous hyperplasia: a review of 193 cases. J Oral Maxillofac Pathol. 2014; 18(1):S86-S89.
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