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Neoplasias: Diferenças entre Tumor, Neoplasia e Câncer

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➢ Neoplasia é uma palavra que deriva do grego e significa 
“novo crescimento”, denotando a sua característica 
básica de ser uma proliferação celular anormal. 
➢ Elas possuem um certo grau de autonomia, tendo o seu 
crescimento independente dos fatores regulatórios 
locais. 
 
Diferença entre neoplasia, tumor e câncer 
❖ Quando esse tumor é derivado de um crescimento 
celular, ele é chamado de neoplasia. 
❖ Essa neoplasia, por sua vez, pode ser benigna ou 
maligna e, quando maligna, é chamada de câncer. 
 
 
 
❖ Sendo assim, nem todo tumor é uma neoplasia e nem 
toda neoplasia é um câncer. Porém, muitas vezes 
tumor e câncer são usados como sinônimos. 
 
ESTRUTURA DAS NEOPLASIAS 
• Todas as neoplasias possuem duas estruturas em 
comum: o parênquima e o estroma. 
• O parênquima é formado pelas células neoplásicas e 
vão determinar o comportamento da neoplasia. 
• Já o estroma vai ser o tecido que vai dar a sustentação 
e a condição de crescimento à neoplasia, ele é 
constituído por tecido conectivo, vasos sanguíneos e 
células inflamatórias e vai envolver as células do 
parênquima. 
 
• Dessa forma, essas estruturas mantêm uma 
comunicação constante fazendo com que haja a 
manutenção da neoplasia. 
 
 
 
 
 
 
• A classificação dos tumores e seu comportamento 
biológico são baseados principalmente no componente 
parenquimatoso, mas seu crescimento e disseminação 
são criticamente dependentes do seu estroma. 
 
Neoplasia Benigna 
 
CARACTERÍSTICAS DA NEOPLASIA BENIGNA 
✓ São geneticamente mais “simples” quando 
comparadas às malignas, pois apresentam menos 
mutações e alterações nos seus genótipos com o 
passar do tempo, sendo assim mais estáveis. 
✓ Exemplos: 
• Condroma: tumor benigno que possui origem 
na cartilagem. 
• Lipoma: tumor benigno que se origina a partir 
do tecido adiposo. 
• Mioma: tumor benigno que possui origem no tecido 
muscular. 
✓ NOMENCLATURA: A regra é acrescentar o sufixo -oma 
(tumor) ao termo que designa o tecido que os originou 
(condroma por exemplo). Por outro lado, alguns são 
classificados com base em suas células de origem, 
outros no padrão microscópico, e ainda outros em sua 
arquitetura macroscópica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA 
✓ A diferenciação é uma característica das neoplasias 
benignas, pois as células assemelham-se 
morfologicamente e funcionalmente com as células do 
tecido de origem, ou seja, são células ainda com um 
certo grau de funcionalidade e especialidade. 
✓ Já a anaplasia é considerada uma característica de 
malignidade e pode-se dizer que é o contrário da 
diferenciação. Nesse caso, as células são tão diferentes 
(desdiferenciadas) de suas células antepassadas que 
fica difícil até de estabelecer o tecido de origem do 
tumor. 
 
TAXA DE CRESCIMENTO 
✓ As neoplasias benignas, geralmente, crescem de forma 
lenta, isso porque realizam poucas mitoses. 
✓ Podendo passar meses ou até mesmo anos sem ter 
grandes alterações em seu tamanho. 
✓ Exceções: Leiomiomas (tumores benignos da 
musculatura lisa) do útero. 
Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o 
tumor é um aumento do volume em qualquer 
parte do corpo. 
 
Fibroma- tumor benigno que surge nos tecidos 
fibrosos 
Condroma- cartilaginoso benigno 
Adenoma- neoplasia epitelial benigna derivada de 
glândulas 
Papilomas - surgem a partir de suas superfícies 
epiteliais 
Pólipo - produz uma projeção macroscopicamente 
visível acima da superfície mucosa e se projeta 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tecido-cartilaginoso.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tecido-adiposo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tecido-muscular.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tecido-muscular.htm
INVASÃO LOCAL E METÁSTASE 
✓ Uma neoplasia benigna tende a permanecer no seu 
local de origem, visto que tem um crescimento limitado 
e, dessa forma, não possui uma grande capacidade de 
infiltrar tecidos ou sofrer metástase (implantar-se em 
tecidos de outros sistemas do organismo através da 
corrente sanguínea, vasos linfáticos ou pela expansão 
sobre tecidos adjacentes), essa uma característica dos 
tumores malignos. 
✓ Destaca-se ainda que a taxa de crescimento pode ser 
tão baixa nos tumores benignos que permite aos 
tecidos ao redor do tumor, juntamente com estroma, 
produzirem uma cápsula fibrosa que envolve a 
neoplasia, separando-a dos tecidos normais, o que 
impede a sua expansão e invasão local 
 
Neoplasia Maligna 
CARACTERÍSTICAS DA NEOPLASIA 
− São referidos coletivamente como cânceres, um 
derivado da palavra latina caranguejo, pois costumam 
se aderir a qualquer região na qual estejam, de 
maneira obstinada. 
− Podem invadir e destruir as estruturas adjacentes e se 
disseminar para áreas distantes (metastatizar), 
levando à morte. 
− OBS: Quando são descobertos cedo o bastante para 
serem excisados cirurgicamente ou são tratados com 
sucesso com quimioterapia ou radiação, mas a 
designação “maligno” sempre levanta uma bandeira 
vermelha. 
− NOMEMCLATURA: Os nomes carcinoma ou sarcoma 
podem ser associados juntos ao tecido originado 
(osteosarcoma, adenocarcinoma) por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA 
− As neoplasias malignas exibem uma ampla gama de 
diferenciação das células parenquimatosas, a maioria 
exibe alterações morfológicas que traem sua natureza 
maligna. 
− A falta de diferenciação, ou anaplasia, é considerada 
uma marca da malignidade. Neoplasias malignas que 
são compostas por células pouco diferenciadas são 
denominados anaplásicas. 
− O termo anaplasia significa “formar-se para trás”, 
indicando uma reversão da diferenciação para um 
nível mais primitivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
invasão local 
❖ O crescimento dos cânceres é acompanhado por 
infiltração progressiva, invasão e destruição do tecido 
circundante. 
❖ Como os tumores benignos crescem e se expandem 
lentamente, geralmente eles desenvolvem um contorno 
de tecido fibroso comprimido, algumas vezes referido 
como uma cápsula que os separam do tecido 
hospedeiro. 
❖ Os tumores malignos são expansão lenta, contudo, 
podem propiciar o desenvolvimento de uma cápsula 
fibrosa aparente, que pode empurrar uma ampla 
frente tumoral em direção às estruturas normais 
adjacentes. 
❖ Maioria dos tumores malignos não reconhece os limites 
normais anatômicos e espera-se que eles penetrem ou 
perfurem a superfície cutânea. 
❖ Tal capacidade torna sua ressecção cirúrgica difícil ou 
impossível. 
 
Metástase 
→ A metástase é definida pela propagação de um tumor 
para áreas que são fisicamente descontínuas com o 
tumor primário e de forma inequívoca marca um tumor 
como maligno, pois, por definição, neoplasias benignas 
não formam metástases. 
→ A invasividade dos tumores malignos permite que eles 
penetrem nos vasos sanguíneos, linfáticos e cavidades 
corpóreas, provendo a oportunidade para a 
disseminação. Todos os tumores malignos podem 
formar metástase, mas alguns o fazem muito 
raramente. 
Sarcomas - surgem em tecidos mesenquimais 
sólidos 
Leucemias ou Linfomas - surgem de células 
formadoras de sangue 
Carcinomas - origem nas células epiteliais, 
derivadas de qualquer uma das três camadas 
germinativas 
 
A metaplasia é definida como a substituição de 
um tipo celular por outro tipo celular. A 
metaplasia quase sempre é encontrada em 
associação com os processos de dano, reparo e 
regeneração teciduais. 
A displasia literalmente significa “crescimento 
desordenado”. Ela pode ser encontrada 
principalmente em epitélios, e é caracterizada 
por uma constelação de alterações que incluem 
a perda da uniformidade das células individuais, 
assim como a perda de sua orientação 
arquitetural. 
→ A invasão e a metástase são resultados de interações 
complexas entre as células cancerígenas e o estroma 
normal e são as principaiscausas de morbidade e 
mortalidade relacionadas ao câncer. 
 
Fisiopatologia 
• Oncogênese (química, física, biológica) ; 
• Mutação genética (alteração no DNA genes); 
• Ativação de genes pro-oncogênicos (Ñ mutado) → 
oncogenes (mutado); 
• Anaplasias (falta de diferenciação celular) → 
morfologia e funcionalidade diferente da célula original; 
• P53 (ausente, não funcional, menos ativa) → supressor 
tumoral – identifica o DNA danificado e impede o ciclo 
celular; 
• 
 
 
Vias de disseminação 
1. Implante direto nas cavidades e superfícies corpóreas - 
Pode ocorrer sempre que uma neoplasia maligna 
penetra em um “campo aberto” natural sem barreiras 
físicas. 
2. Linfática - Os tumores não contêm linfáticos funcionais, 
mas os vasos linfáticos localizados nas margens 
tumorais são aparentemente suficientes para a 
disseminação das células tumorais. 
3. Hematológica - A vascularização de tumores é 
essencial para seu crescimento e é controlada pelo 
equilíbrio entre os fatores angiogênicos e 
antiangiogênicos que são produzidos pelas células 
tumorais. 
 
Manifestações Clínicas 
→ Perda de peso; 
→ Fraqueza; 
→ Dor; 
→ Manchas na pele; 
→ Falta de ar; 
→ Compressão de estruturas anatômicas 
→ Sintomas associados ao órgão alvo atingido; 
 
Diagnóstico 
• Exame físico; 
• Exame preventivo (Papanicolau); 
• Mamografia; 
• Antígeno específico da próstata (PSA) – laboratorial; 
• Tomografia por emissão de pósitrons (PET); 
• Marcadores tumorais (exame de sangue ou biópsia); 
• Cintilografias ósseas 
• RX; 
• TC; 
• RM; 
• Biópsia; 
 
Tratamento 
− Quimioterapia (oral ou venosa); 
− Radioterapia; 
− Hormonioterapia; 
− Imunterapia; 
− Cirurgia; 
− Transplante de medula óssea; 
 
Prevenção 
 Não fumar 
 Alimentação saudável; 
 Peso corporal adequado; 
 Exames preventivos; 
 Vacina HPV crianças e adolescentes; 
 Vacina Hepatite B; 
 Evitar ingestão de bebidas alcoólicas e carnes 
processadas; 
 Evitar exposição solar 10h-16H; 
 Evitar exposição agentes cancerígenos laborais. 
As células altamente anaplásicas e indiferenciadas, não 
importa qual seja seu tecido de origem, perdem sua 
semelhança com as células normais das quais se 
originaram.

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