Buscar

Saúde da Mulher II PAP

Prévia do material em texto

COORDENAÇÃO DE FARMÁCIA 
 
Protocolo DE AULA PRÁTICA - PAP Código: CIBio: 
CURSO: 
Enfermagem 
DISCIPLINA: 
Saúde da Mulher II Elaboração: 26/08/2019 
ELABORADO POR: Profs.: João Henrique Vasconcelos 
Cavalcante e Perpétua Alexsandra Araújo 
EXECUTADO POR: Profs.: João Henrique Vasconcelos 
Cavalcante e Perpétua Alexsandra Araújo 
 Aprovação:30/08/2019 
 
 
1. TÍTULO DA PRÁTICA: 
1. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NOS PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO 
2. INTRODUÇÃO: 
A assistência de Enfermagem em obstetrícia compreende as atividades de cuidado que se iniciam já no período de 
planejamento da gravidez, estendendo-se durante a atenção pré-natal e culminando com a atenção dispensada no 
trabalho de parto e parto. No Brasil o profissional de enfermagem que presta atenção à gestante em processo de parto 
é o enfermeiro obstetra, que atua dentro dos centros de parto normal ou das maternidades, sendo este o profissional 
com habilitação reconhecida para tal atividade, contudo é importante que o enfermeiro generalista esteja preparado 
também para a avaliação da parturiente e atenção ao parto, tendo em vista que em seu cotidiano de trabalho ele pode 
se deparar com situações que exijam sua intervenção. Na atenção no processo de parto é importante conhecer a 
evolução e as condutas para cada um dos quatro períodos clínicos do parto: dilatação, expulsão, dequitação 
placentária e período de recuperação. Cada estágio destes guarda em si características próprias, alterações e 
necessidades específicas do binômio mãe/filho, devendo ser levadas em consideração também os aspectos como a 
autonomia e segurança da parturiente, participação da família e ambiência. 
3. OBJETIVOS: 
✓ Proporcionar ao aluno a compreensão da evolução do trabalho de parto e da assistência de enfermagem a 
ser prestada nos quatro períodos clínicos do parto. 
 
4. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS: 
• Capacidade de realizar o acolhimento e avaliação da gestante em trabalho de parto e parto; 
• Habilidade para realizar o monitoramento dos sinais e sintomas da evolução do parto; 
• Conhecimento do mecanismo do parto e fisiológico e patológico; 
• Capacidade de realizar o toque vaginal e avaliar as alterações cervicais e progressão do trabalho de parto; 
• Habilidade no manejo não farmacológico da dor no trabalho de parto; 
• Conhecimento das manobras obstétricas básicas para atenção ao parto vaginal. 
 
5. MATERIAIS E MÉTODOS: 
5.1 MATERIAL: 
EQUIPAMENTOS, REAGENTES E EPI/EPC MATERIAIS POR GRUPO (2 grupos) 
QTD DESCRIÇÃO QTD DESCRIÇÃO DO INSUMO 
01 • Sonar dopler 02 Pelve obstétrica com feto (Simulador Obstétrico) 
 01 Pelve óssea crânio fetal (Simulador Obstétrico) 
 01 Boneco humano (Simulador ginecológico) 
 02 Placentas (peças anatômicas) 
 01 Bola suíça grande 
 02 Lençol 
 03 Campos cirúrgicos 
 02 Pinça Kelly 
 05 Clamp umbilical 
 01 Fita métrica 
 05 Espéculo 
 
5.2 MÉTODOS: 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP): 
1. Demonstrar técnica de avaliação da gestante em trabalho de parto, palpação abdominal com manobras de 
Leopold; 
2. Preparo da gestante para o toque vaginal; 
3. Treinar a medição dos dedos e teste com placas de EVA com diferentes tamanhos de orifícios para simular 
dilatação cervical; 
4. Demonstração do mecanismo do parto com boneco de pelve feminina e de feto; 
5. Apresentação de possibilidades de posicionamento da gestante para o parto e manejo não farmacológico da 
 
COORDENAÇÃO DE FARMÁCIA 
 
Protocolo DE AULA PRÁTICA - PAP Código: CIBio: 
CURSO: 
Enfermagem 
DISCIPLINA: 
Saúde da Mulher II Elaboração: 26/08/2019 
ELABORADO POR: Profs.: João Henrique Vasconcelos 
Cavalcante e Perpétua Alexsandra Araújo 
EXECUTADO POR: Profs.: João Henrique Vasconcelos 
Cavalcante e Perpétua Alexsandra Araújo 
 Aprovação:30/08/2019 
 
 
dor; 
6. Demonstração da adequação do esqueleto do pólo cefálico fetal ao esqueleto da bacia obstétrica; 
7. Apresentação de manobras obstétricas básicas para assistência ao parto vaginal; 
8. Simulação de assistência ao período expulsivo e dequitação placentária. 
9. Roda de conversa sobre a improtância para esclarecimento de dúvidas. 
 
DINÂMICA DA AULA: 
Execução das Manobras de Leopold: 
As manobras de Leopold-Zweifel direcioanam a avaliação de elementos da estática fetal, sendo dividida em quatro 
tempos distintos: 
- Primeira manobra 
É realizada a delimitação do fundo do útero usando ambas as mãos para realizar compressão controlada da parede 
abdominal com as bordas cubitais. As mãos ficam encurvadas, para melhor reconhecer o contorno do fundo do útero e 
a parte fetal que o ocupa. 
- Segunda manobra 
Ao deslizar as mãos do fundo uterino para o pólo inferior, tenta-se palpar o dorso fetal e os membros, de um ou outro 
lado do útero. 
- Terceira manobra 
Conhecida como manobra de Leopold ou Pawlick, serve para explorar a mobilidade do pólo fetal que se apresenta em 
relação com o estreito superior do trajeto pélvico. Tenta-se apreender esse pólo fetal entre o polegar e o indicador da 
mão direita, imprimindo movimentos laterais para procurar precisar o grau de penetração da apresentação na bacia. 
- Quarta manobra 
Com as extremidades dos dedos, palpa-se a pelve para tentar reconhecer o pólo cefálico ou o pélvico, e,assim, 
determinar o tipo de apresentação do concepto. 
Realização do Toque vaginal: 
O toque vaginal é feito com a mulher em posição ginecológica. Após lavagem cuidadosa das mãos com água e uma 
solução espuma desinfectante e secagem com toalhas descartáveis, calçam-se umas luvas esterilizadas. 
Esta execução é realizada pela introdução na cavidade vaginal de dois dedos, o indicador e o médio, com a mão 
verticalizada. Ao completar a introdução dos dedos proceder giro de 90º no intuito de melhor posicionar os dedos para 
localização do colo e de não realizar estimulação do clitóris. Após a introdução dos dedos a orientação é feita em 
busca do colo e das espinhas esquiáticas. Determinar tipo de pelve; dilatação e apagamento cervical; integridade das 
membranas; indicar altura, variedade e posição da apresentação; cavalgamento das calotas cranianas. Após finalizar 
avaliação retirar os dedos suavemente voltando à posição inicial da mão. 
Mecanismo do parto: 
Com uso de bonecos que simulam pelve e feto, deve-se realizar a identiicação dos movimentos executados pelo feto 
para vencer as resistâncias do trajeto do parto. Eles ocorrem sempre em uma espiral, enquanto o feto é impulsionado 
pelas contrações uterinas em sua descida. O aluno deve identificar todos os tempos: 
1º Tempo / Insinuação: consiste na passagem pelo estreito superior da bacia do maior diâmetro da apresentação 
perpendicular às linhas de orientação fetais. 
No caso da cefálica fletida é a passagem de diametro Biparietal, do estreito superior. Identificar pelo toque se a 
apresentação já está na altura da espinhas ciáticas. 
2º Tempo / Descida: o avanço da apresentação do estreito superior ou inferior. 
3º Tempo / Rotação Interna: é concomitante a descida e visa colocar a linha de orientação fetal no diâmetro antero-
posterior da bacia. Identificar se feto está em posição OP. 
4º Tempo / Extensão: exteriorização do primeiro segmento fetal, ela é a exteriorização vulvar completa da 
apresentação. 
5º Tempo / Rotação Externa: Reestabelecimento da posição inicial do feto na cavidade pévica para ajuste das 
espáduas ao diâmetro AP da pelve. 
6º Tempo / Desprendimento Fetal Final: desprendimento do segundo segmento fetal e liberação total do feto. 
 
 
COORDENAÇÃO DE FARMÁCIA 
 
Protocolo DE AULA PRÁTICA - PAP Código: CIBio: 
CURSO: 
Enfermagem 
DISCIPLINA: 
Saúde da Mulher II Elaboração: 26/08/2019 
ELABORADO POR: Profs.: João Henrique Vasconcelos 
Cavalcante e Perpétua Alexsandra Araújo 
EXECUTADO POR: Profs.: João Henrique Vasconcelos 
Cavalcante e Perpétua Alexsandra Araújo 
 Aprovação:30/08/2019 
 
 
Posicionamento da gestante: 
Instruções voltadas às variedades de posição que podem ser assumidas pelas gestantes duranteo processo de parto. 
Ajoelhada 
Use uma bola de parto ou faça um monte com almofadas e encoste-se a ele. É uma boa posição para aliviar e relaxar. 
No hospital, levante a cabeça da cama e ajoelhe-se na parte mais baixa da cama e descanse os braços e tronco na 
parte alta da cama(cabeceira). 
Sentada e inclinada para a frente 
Seja sentada numa cadeira ou apoiada na cama do hospital. Esta posição pode aliviar as dores nas costas e é boa 
para o acompanhante ou a doula fazerem uma massagem no fundo das costas. 
Balançando 
Balançando para a frente e para trás, para os lados, pode usar uma cadeira, uma bola de parto, estar de pé,como 
preferir! Os movimento podem também ser circulares. 
De cócoras. 
Esta posição possibilita uma maior abertura da pelve, facilita a descida do bebé para o canal de parto. Usar uma 
cadeira, uma parede, ou então pedir ao companheiro ou doula para se sentarem numa cadeira e assim apoiarema 
gestante e ajudarem a suster o seu peso quando está de cócoras virada para eles. Esta posição também é muito boa 
para o período expulsivo. 
Uma perna elevada. 
Colocar o pé em cima de uma cadeira e durante a contracção inclinar-se suavemente para a frente. 
Dançando. 
Apoiar-se no companheiro ou doula, por os braços à volta do pescoço dele,encostar a cabeça no seu peito de forma a 
que o acompanhante ajude a sustentar o peso da gestante e dance, balance, fazendo oitos com o quadril, estimular 
que se procure o ritmo que a alivia as dores durante as contrações. Também é boa para enquanto alguém a segura, 
outra pessoa fazer massagens nas costas. 
Deitada de lado. 
Se estiver cansada esta pode ser uma boa posição para descansar. Deitar-se de lado com uma almofada entre as 
pernas e relaxar. 
Dequitação placentária: 
Durante o terceiro período as seguintes tarefas devem ser realizadas: 
• registrar a hora exata do nascimento 
• determinar o índice de Apgar depois de 1 e 5 minutos 
• pinçar o cordão umbilical 
• entregar o recém-nascido à mãe e secá-lo 
• realizar exames na mãe. Registre a altura do fundo do útero: uma altura muito grande pode ser consequência 
de uma gravidez múltipla desconhecida ou perda de sangue dentro do útero. Também verifique a intensidade 
das contrações do útero, da perda de sangue e quaisquer secreções nas paredes vaginais e períneo 
• supervisionar a dequitação da placenta. 
• Não tracionar o cordão 
Realizar manobra de Jacob Dublin durante delivramento. 
 
 
6. RESULTADOS OBTIDOS/ QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
O aluno deverá ter conhecimentos básicos para avaliação e assistência nos períodos clínicos do parto de forma a 
seguir as recomendações para uma experiência positiva no parto conforme a Organização Mundial de Saúde. 
 
7. BIOSSEGURANÇA: 
TIPOS DE RISCOS MEDIDAS DE CONTENÇÃO PLANO DE DESCARTE DE RESÍDUOS 
( ) Físico 
 
COORDENAÇÃO DE FARMÁCIA 
 
Protocolo DE AULA PRÁTICA - PAP Código: CIBio: 
CURSO: 
Enfermagem 
DISCIPLINA: 
Saúde da Mulher II Elaboração: 26/08/2019 
ELABORADO POR: Profs.: João Henrique Vasconcelos 
Cavalcante e Perpétua Alexsandra Araújo 
EXECUTADO POR: Profs.: João Henrique Vasconcelos 
Cavalcante e Perpétua Alexsandra Araújo 
 Aprovação:30/08/2019 
 
 
( ) Biológico 
( ) Químico 
( ) Acidentais 
( X ) Ergonômicos Descartar, possíveis peças anatômicas 
quebradas em recipiente adequado. 
8. PROCEDIMENTO EM CASOS DE ACIDENTES 
Instruir posicionamento postural adequado durante exames, não realizar levantamento de peças mais pesadas por 
uma única pessoa. 
Imobilizar membros em eventuais acidentes com contusão osteomuscular. Lavar possíveis escoriações ou outras 
lesões tegumentares com água e sabão, realizar compressão de feridas com gaze estéril em caso de sangramento e 
acionar serviço móvel de urgência (SAMU) nos casos necessários. 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
FREITAS, F. et al. Rotinas em Obstetrícia. 7 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2017 
MONTENEGRO, C.A.B; REZENDE FILHO, J. Rezende: Obstetrícia Fundamental. 14 ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Diretriz Nacional de 
Assistência ao Parto Normal: relatório de recomendação. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível 
em: http://conitec.gov.br/images/Consultas/2016/Relatorio_Diretriz-PartoNormal_CP.pdf. 
LEIFER, G. Enfermagem Obstétrica. Trad. Telma Giovanini, Claudia Amazonas Cabral, Cristiana Osório. 11 ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2013. 
TOY, E. C; ROSS, P. J. JENNINGS, J. C. Casos Clínicos em Ginecologia e Obstetrícia (Lange). Porto Alegre: 
Artmed Editora, 2015. 
WHO, World Health Organization. WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience. 
Geneva: World Health Organization; 2018. Disponível 
em: http://www.who.int/reproductivehealth/publications/intrapartum-care-guidelines/en/. 
ZUGAIB, M. Zugaib Obstetrícia.3 ed. Barueri, SP: Manole, 2015. 
ANDRADE, P. O. N al . Fatores associados à violência obstétrica na assistência ao parto vaginal em uma maternidade 
de alta complexidade em Recife, Pernambuco. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife , v. 16, n. 1, p. 29-
37, Mar. 2016 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-
38292016000100029&lng=en&nrm=iso>. 
 
 
 
 
 
 
 
_________________________________ ________________________________ 
Professor Responsável Coordenação CIBIO 
 
http://conitec.gov.br/images/Consultas/2016/Relatorio_Diretriz-PartoNormal_CP.pdf
http://www.who.int/reproductivehealth/publications/intrapartum-care-guidelines/en/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292016000100029&lng=en&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292016000100029&lng=en&nrm=iso

Continue navegando