Buscar

Gabarito - Simulado bernoulli - ENSINO MÉDIO 2 - 2020 -

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ENSINO MÉDIO 2 - 2020 - VOLUME 1 - PROVA I
Língua estrangeira: Inglês
L
IN
G
U
A
G
E
N
S
, C
Ó
D
IG
O
S
E
 S
U
A
S
 T
E
C
N
O
LO
G
IA
S 01 -
02 -
03 -
04 -
05 -
06 -
07 -
08 -
09 -
10 -
11 -
12 -
13 -
14 -
15 -
16 -
17 -
18 -
19 -
20 -
21 -
22 -
23 -
24 -
25 - 
26 -
27 -
28 -
29 -
30 -
31 -
32 -
33 -
34 -
35 -
36 -
37 -
38 -
39 -
40 -
41 -
42 -
43 -
44 -
45 -
46 -
47 -
48 -
49 -
50 -
51 -
52 -
53 -
54 -
55 -
56 -
57 -
58 -
59 -
60 -
61 -
62 -
63 -
64 -
65 -
66 -
67 -
68 -
69 -
70 -
71 -
72 -
73 -
74 -
75 -
76 -
77 -
78 -
79 -
80 -
81 -
82 -
83 -
84 -
85 -
86 -
87 -
88 -
89 -
90 -
C
IÊ
N
C
IA
S
 H
U
M
A
N
A
S
E
 S
U
A
S
 T
E
C
N
O
LO
G
IA
S
 ENSINO MÉDIO 2 - 2020 - VOLUME 1 - PROVA I
Língua estrangeira: Espanhol
L
IN
G
U
A
G
E
N
S
, C
Ó
D
IG
O
S
E
 S
U
A
S
 T
E
C
N
O
LO
G
IA
S 01 -
02 -
03 -
04 -
05 -
06 -
07 -
08 -
09 -
10 -
11 -
12 -
13 -
14 -
15 -
16 -
17 -
18 -
19 -
20 -
21 -
22 -
23 -
24 -
25 - 
26 -
27 -
28 -
29 -
30 -
31 -
32 -
33 -
34 -
35 -
36 -
37 -
38 -
39 -
40 -
41 -
42 -
43 -
44 -
45 -
46 -
47 -
48 -
49 -
50 -
51 -
52 -
53 -
54 -
55 -
56 -
57 -
58 -
59 -
60 -
61 -
62 -
63 -
64 -
65 -
66 -
67 -
68 -
69 -
70 -
71 -
72 -
73 -
74 -
75 -
76 -
77 -
78 -
79 -
80 -
81 -
82 -
83 -
84 -
85 -
86 -
87 -
88 -
89 -
90 -
C
IÊ
N
C
IA
S
 H
U
M
A
N
A
S
E
 S
U
A
S
 T
E
C
N
O
LO
G
IA
S
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
PAPIST IMMIGRANTS ARE WRECKING OUR 
ECONOMY WITH THEIR FECUNDITY! WE MUST 
ERECT A WALL OF BRASS AROUND THE COUNTRY 
FOR THE EXCLUSION OF CATHOLICS!
CHINESE IMMIGRANTS REFUSE TO 
ASSIMILATE... AND IF WE LET TOO MANY 
IN, THEY’LL UNDERMINE OUR ECONOMY!
NOW, I’VE GOT NOTHING AGAINST JEWS...
BUT THE JEWS ARE COMING IN HUGE 
NUMBERS! THE ECONOMY CAN’T TAKE IT! 
WE’VE GOT NOTHING 
AGAINST MEXICANS. BUT 
THEY REFUSE TO 
ASSIMILATE! THEY’RE 
RUINING OUR ECONOMY!
WE SHOULD 
ERECT A WALL. 
HISTORY MARCHES ON; NATIVISM MARCHES IN PLACE 
(“WALL OF BRASS...” IS QUOTED
FROM JOHN JAY, THE FIRST CHIEF
JUSTICE OF THE SUPREME COURT.)
le
ft
yc
a
rt
o
o
n
s.
c
o
m
A
m
p
e
rs
a
n
d
 b
y 
B.
 D
e
u
ts
c
h
 Bar
ry
 D
eu
ts
ch
A charge demonstra a concepção do cidadão estadunidense 
no que diz respeito à entrada de estrangeiros em seu 
território, em diferentes períodos históricos. Nesse sentido, 
a charge sugere o(a)
A. 	 reconhecimento da contribuição dos imigrantes para a 
economia.
B. 	 aceitação de imigrantes independentemente de sua 
origem.
C. 	 facilidade em lidar com pessoas de diferentes etnias.
D. 	 preferência clara por imigrantes de origem não católica.
E. 	 manutenção da mesma mentalidade não obstante a 
época. 
Alternativa E
Resolução: Analisando os dizeres de cada um dos 
personagens nos diferentes períodos históricos, verifica-se 
que todos declaram o mesmo sobre o impacto negativo dos 
imigrantes estrangeiros na economia. É possível observar 
comentários semelhantes, em épocas distintas, também no 
que se refere à recusa dos estrangeiros de assimilar a cultura 
estadunidense e à construção de um muro para impedir a 
entrada deles nos Estados Unidos. Assim, percebe-se que a 
mentalidade do cidadão estadunidense quanto à entrada de 
estrangeiros no país foi mantida ao longo do tempo, conforme 
indica a alternativa E.
QUESTÃO 02 
How to train your mind to remember anything
Once upon a time, the idea of having a trained, 
disciplined, cultivated memory was not nearly so strange a 
notion as it might seem to be today. People invested in their 
memories, in laboriously furnishing their minds.
Over the last few millennia, we’ve invented a series of 
technologies – from the alphabet to the printed book to the 
photograph to the iPhone – that have made it easier and 
easier for us to externalize our memories and essentially 
outsource this fundamental human capacity.
These technologies have made our modern world 
possible, but they’ve also changed us. They’ve changed 
us culturally, and I would argue that they’ve changed us 
cognitively. Having little need to remember anymore, it 
sometimes seems as if we’ve forgotten how.
Disponível em: <http://edition.cnn.com/2012/06/10/opinion/foer-
tedmemory/index.html?hpt=hp_c4>. Acesso em: 10 jun. 2012 
(Adaptação).
Segundo o texto, se, por um lado, a invenção de novas 
tecnologias ligadas ao armazenamento de dados trouxe a 
facilidade de guardar grande quantidade de informações, 
por outro, levou o ser humano a
A. 	 treinar a memória com mais afinco.
B. 	 diminuir o exercício da capacidade de memória.
C. 	 recuar no desenvolvimento de técnicas de memorização.
D. 	 recorrer a outros meios de registrar suas memórias.
E. 	 ocupar a memória com informações irrelevantes.
Alternativa B
Resolução: Nos últimos milênios, foram inventadas várias 
tecnologias que facilitam a externalização de memórias, 
o que, segundo o autor do texto, basicamente terceirizou 
essa capacidade humana fundamental. Isso quer dizer que 
a retenção da memória foi delegada a recursos externos, 
como o livro impresso, a fotografia e o smartphone. Segundo 
o texto, isso mudou o ser humano, tanto em termos culturais 
quanto cognitivos, uma vez que essas tecnologias diminuem, 
consequentemente, a necessidade de exercitar a memória, 
conforme indica a alternativa B.
QUESTÃO 03 
Cloak, the new app
When Brian Moore moved to New York several years 
ago, he ran into his former girlfriend four separate times in 
six months. They weren’t on amicable terms. So he did what 
anyone in that situation would do. He set about building a 
mobile app that lets you actively avoid the people you want (or 
need) to avoid. “That’s where the first seed started”, Moore, 
who describes himself as more of a creative director than 
developer, told Newsweek.
Cloak, as Moore and his collaborators dubbed their 
antisocial network, arrived this week. It’s an iOS app that 
combs your acquaintances’ Foursquare and Instagram 
accounts and presents you with a user-friendly map of 
where they have most recently checked in or taken photos. 
It also lets you list specific people you want to avoid – like 
“co-workers you don’t like or exes”. The app is available on 
iTunes, where it’s free.
SCHONFELD, Z. Disponível em: <http://www.newsweek.com>. 
Acesso em: 07 abr. 2014.
A notícia descreve um novo aplicativo, criado por Brian Moore 
com o objetivo de
A. 	 compartilhar conteúdo com usuários do Foursquare e 
do Instagram.
B. 	 descrever a si mesmo de forma mais alegre e criativa.
C. 	 evitar encontrar pessoas que não desejava ver.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 1BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 05 
Scientists query health risk of food package chemicals
The health risks of chemicals in plastic bottles are the 
subject of some debate. Scientists say “far too little” is known 
about the health risks of chemicals used in food packaging, 
and some could cause cancer.
Research is needed to understand the effect on the 
human body and embryonic development of at least 4,000 
chemicals used in packaging, they said.
Links between packaging and obesity, diabetes and 
neurological diseases need to be explored, scientists warned. 
But critics have said that the call is alarmist.
Scientists Jane Muncke, John Peterson Myers, Martin 
Scheringer and Miquel Porta called for an investigation into 
the health risks of food packaging in a commentary piece 
published in the Journal of Epidemiology and Community 
Health.
STEPHENS, P. BBC News. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk>. 
Acesso em: 21 fev. 2014. [Fragmento]
Os riscos oferecidos à saúde humana pelas embalagens 
descartáveis têm sido recentemente tema de debate na 
comunidade científica, a qual, segundo o texto, ressalta a 
necessidade de
A. 	 proibir o uso de quatro mil tipos de embalagens, tendo 
emvista uma investigação realizada sobre os riscos 
oferecidos à saúde.
B. 	 descartar a ideia de que o câncer seja uma doença 
originada do contato com as embalagens, uma vez que 
diversos estudos rejeitaram essa possibilidade.
C. 	 realizar pesquisas mais aprofundadas envolvendo 
a questão, já que pouco se sabe sobre o efeito dos 
produtos químicos das embalagens no corpo humano.
D. 	 utilizar produtos ecologicamente corretos para substituir 
embalagens cujos riscos forem comprovados.
E. 	 tratar o assunto como um problema alarmante, mesmo 
com a discordância de alguns críticos.
Alternativa C
Resolução: Está correta a alternativa C. No primeiro 
e segundo parágrafos do texto, o autor afirma que a 
comunidade científica defende a realização de mais 
pesquisas (Research is needed), pois muito pouco se sabe 
sobre os riscos à saúde proporcionados pelas embalagens 
descartáveis (“far too little” is known about the health risks of 
chemicals used in food packaging). As demais alternativas 
estão incorretas porque: (A) o número 4 000 se refere à 
quantidade de produtos químicos usados nas embalagens, 
cujos efeitos no corpo humano ainda precisam ser estudados; 
(B) no primeiro parágrafo, os cientistas afirmam que alguns 
produtos químicos usados nas embalagens podem, sim, 
causar câncer; (D) não há menção ao uso de produtos 
ecologicamente corretos; (E) a comunidade científica 
não defende que a relação entre doenças e embalagens 
para alimentos deve ser tratada de forma alarmante, mas 
estudada com mais profundidade; são os críticos dessa 
proposta que acusam os cientistas de serem alarmistas.
D. 	 marcar encontros em qualquer lugar com amigos 
distantes.
E. 	 verificar as imagens mais acessadas pelos usuários da 
Internet.
Alternativa C
Resolução: De acordo com o texto, a ideia de desenvolver 
o aplicativo Cloak surgiu a partir de uma experiência 
desagradável vivenciada por seu inventor, Brian Moore: 
ele encontrou a ex-namorada, a quem não queria ver, em 
várias ocasiões e lugares diferentes. Para evitar que isso 
voltasse a acontecer, Moore concebeu o aplicativo, que 
tem como objetivo indicar em um mapa os locais onde seus 
conhecidos estiveram recentemente. Dessa forma, o usuário 
evita encontrar pessoas que são seus desafetos ou que não 
deseja ver. Portanto, a alternativa correta é a C.
QUESTÃO 04 
Test “predicts” teen depression risk
A tool for predicting the risk of clinical depression in 
teenage boys has been developed by researchers.
Looking for high levels of the stress hormone cortisol 
and reports of feeling miserable, lonely or unloved could find 
those at greatest risk.
Researchers at the University of Cambridge want to 
develop a way of screening for depression in the same way 
as heart problems can be predicted.
However, their method was far less useful in girls. 
Teenage years and early adulthood are a critical time for 
mental health – 75% of disorders develop before the age 
of 24.
But there is no way to accurately say who will or will not 
develop depression.
GALLAGHER, J. BBC News. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk>. 
Acesso em: 27 fev. 2014.
Pessoas que enfrentam a depressão clínica têm agora mais 
um aliado: um teste desenvolvido por pesquisadores que 
auxiliará na elaboração de diagnósticos. A desvantagem 
percebida nesse novo teste, segundo o texto, é que ele
A. 	 produz efeitos colaterais perigosos, tais como 
problemas no coração.
B. 	 diagnostica casos de depressão associados 
especificamente à solidão e ao desamparo.
C. 	 é inútil na produção de diagnósticos em 75% dos casos 
de depressão em jovens.
D. 	 é mais útil na identificação do problema em meninos do 
que em meninas.
E. 	 apresenta menor eficiência na presença de altos níveis 
do hormônio cortisol.
Alternativa D
Resolução: Segundo o texto, a desvantagem percebida no 
novo teste é o fato de que ele apresenta menor eficiência 
em meninas, conforme aponta a alternativa D. As demais 
alternativas ou contradizem o texto ou apresentam 
informações que não são lá encontradas.
LCT – PROVA I – PÁGINA 2 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
Una lengua cambiante y múltiple
Español de islas y tierra firme, deltas, pampas, 
cordilleras, selvas, costas ardientes, páramos desolados, 
subiendo hacia los volcanes y bajando hacia la mar salada, 
ningún otro idioma es dueño de un territorio tan vasto. 
Me oirán en la Patagonia, y en Ciudad Juárez, un continente 
de por medio, y en el Caribe de las Antillas Mayores, y en 
el arco del Golfo de México, y del otro lado del dilatado 
Atlántico también me oirán, y oiré, en tierras de Castilla, 
y en las de Extremadura, y en las de León, en las de 
Aragón. Y en Guinea Ecuatorial, y en el desierto saharaui. 
Nos oiremos, hablaremos. Sabremos de qué estamos 
hablando, porque en la lengua, somos idénticos, estamos 
ungidos por la misma gracia.
Aguas revueltas de ríos distintos, una sola en su vasta y 
caótica diversidad que ya del lado de los emigrantes hispanos 
a Estados Unidos, se vuelve más vasta y sigue nutriéndose 
y transformándose. Porque una lengua viva, que emigra, 
y no se queda enclaustrada en su propia casa, siempre lleva 
las de ganar. 
RAMÍREZ, S. Disponível em: <http://elpais.com/elpais/2013/10/25/
opinion/1382699960_000266.html>. Acesso em: 26 nov. 2013. 
[Fragmento]
O texto trata da abrangência da Língua Espanhola no mundo 
e destaca que a(s)
A. 	 diversidade linguística enfraquece os laços entre os 
hispanofalantes.
B. 	 riqueza cultural imprime à língua um caráter regional 
e estático.
C. 	 diferenças regionais impedem que os hispanofalantes 
se entendam.
D. 	 variantes da língua se restringem aos territórios da 
Europa e da América.
E. 	 propagação da língua constitui um fator que contribui 
para seu fortalecimento.
Alternativa E
Resolução: A alternativa E está correta porque, de acordo 
com o texto, a diversidade da língua e o fato de ela estar 
presente em diversos territórios fazem com que o espanhol 
se torne mais vasto e siga nutrindo-se e transformando-se, 
ou seja, fortalecendo-se. O seguinte trecho comprova essa 
ideia: “Aguas revueltas de ríos distintos, una sola en su 
vasta y caótica diversidad que ya del lado de los emigrantes 
hispanos a Estados Unidos, se vuelve más vasta y sigue 
nutriéndose y transformándose”. A alternativa A está incorreta 
porque a diversidade linguística fortalece os laços entre 
os hispanofalantes, uma vez que podem compreender-se 
independentemente do território em que estejam. 
A alternativa B está incorreta porque a riqueza cultural 
imprime um caráter abrangente, e não regional. A alternativa 
C está incorreta porque, por meio da Língua Espanhola, os 
hispanofalantes podem se entender independentemente do 
território que habitam. A alternativa D está incorreta porque o 
texto também cita a existência de uma variante no continente 
africano, na Guiné Equatorial.
QUESTÃO 02 
Llamar a Cuba desde Estados Unidos ya es más fácil y, 
en el futuro, debería empezar a ser también más barato. 
La empresa estatal cubana de telecomunicaciones, Etecsa, 
y una compañía estadounidense, IDT, han confirmado 
la puesta en marcha de una conexión directa entre los dos 
países. Esto es algo que no existía desde la imposición del 
embargo norteamericano a la isla a comienzos de los 60, 
que obligó a que cualquier conexión telefónica se hiciera a 
través de un tercer país.
“El restablecimiento de las comunicaciones directas 
entre EE UU y Cuba contribuye a ofrecer mayores facilidades 
y mejor calidad en las comunicaciones entre los pueblos 
de ambas naciones”, señaló Etecsa en una nota de prensa 
reproducida por la prensa cubana. El anuncio no es menor, 
teniendo en cuenta que en EE UU residen casi dos millones 
de emigrados cubanos, gran parte de los cuales mantienen 
estrecho contacto con sus familiares en la isla.
Disponível em: <http://internacional.elpais.com/
internacional/2015/03/12/actualidad/1426180604_735903.html>.Acesso em: 09 abr. 2015. 
A notícia extraída de jornal, sobre as relações entre Estados 
Unidos e Cuba, tem por objetivo principal 
A. 	 afirmar que a comunicação entre cubanos que vivem 
nos Estados Unidos e entre suas famílias ocorre via 
telefone.
B. 	 informar a implantação de uma linha direta de 
comunicação entre os dois países.
C. 	 confirmar que as comunicações entre os dois países 
ficaram mais baratas.
D. 	 criticar a falta de comunicação entre os dois países que 
perdurou durante anos. 
E. 	 reafirmar a importância do restabelecimento das 
comunicações entre os dois países.
Alternativa B
Resolução: A alternativa B está correta porque, em primeiro 
lugar, as notícias têm a intenção de informar algo e, em 
segundo lugar, a notícia em questão busca divulgar uma linha 
direta de ligação entre Estados Unidos e Cuba, como pode 
ser comprovado no seguinte trecho: “La empresa estatal 
cubana de telecomunicaciones, Etecsa, y una compañía 
estadounidense, IDT, han confirmado la puesta en marcha 
de una conexión directa entre los dos países”. A alternativa A 
está incorreta porque a notícia não visa informar sobre o 
modo como ocorre a comunicação entre cubanos residentes 
nos Estados Unidos e suas famílias. A alternativa C está 
incorreta porque o texto apenas menciona que, futuramente, 
as ligações ficarão mais baratas. A alternativa D está 
incorreta porque não é objetivo de uma notícia fazer uma 
crítica, mas informar. A alternativa E está incorreta porque 
a notícia tem a intenção de informar sobre a comunicação 
direta, não de reafirmar a importância de se reestabelecer 
as comunicações.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 03 
Los pobres
Roberto Sosa
Los pobres son muchos
y por eso
es imposible olvidarlos.
Seguramente
ven
en los amaneceres
múltiples edificios
donde ellos
quisieran habitar con sus hijos.
Pueden
llevar en hombros
el féretro de una estrella.
Pueden
destruir el aire como aves furiosas,
nublar el sol.
Pero desconociendo sus tesoros
entran y salen por espejos de sangre;
caminan y mueren despacio.
Por eso
es imposible olvidarlos.
O poema de Roberto Sosa, “Los pobres”, expõe uma 
característica das sociedades modernas que evidencia 
as desigualdades socioeconômicas. Os versos “Pero 
desconociendo sus tesoros / entran y salen por espejos de 
sangre” explicitam que os pobres
A. 	 têm consciência de sua força, mas sonham com uma 
sociedade mais justa.
B. 	 ignoram seu poder e são incapazes de promover 
mudanças sociais.
C. 	 são capazes de grandes feitos, por isso não se pode 
esquecê-los.
D. 	 vivem em situação de miséria, de modo que é 
necessário acolhê-los.
E. 	 são inesquecíveis, devido aos sofrimentos a que são 
submetidos.
Alternativa B
Resolução: A alternativa B está correta porque o verso 
“Pero desconociendo sus tesoros” indica que algo valioso 
é ignorado, não conhecido; no contexto do poema, esse 
tesouro é o poder de mudar o contexto social. Além disso, 
o verso “entran y salen por espejos de sangre” pode ser 
interpretado como o ir e vir das pessoas pobres, condenadas 
a um vida de miséria e violências, o que remeteria a uma 
incapacidade ou a um impedimento de promover mudanças. 
A alternativa A está incorreta porque, de acordo com o 
texto, os pobres não conhecem sua força, e o poema não 
menciona quais seriam seus sonhos. A alternativa C está 
incorreta porque o eu lírico afirma que os pobres não podem 
ser esquecidos pelo fato de serem muitos e de caminharem 
e morrerem devagar. A alternativa D está incorreta porque, 
apesar de denunciar a situação precária das pessoas 
pobres, o poema não menciona a questão do acolhimento. 
A alternativa E está incorreta porque, como já mencionado, 
os pobres não podem ser esquecidos não apenas pelas 
situações que vivem, mas também pelo fato de serem muitos. 
QUESTÃO 04 
?
QUÉ TIENE QUE
HACER UN OSO
PARA VIVIR?!
SER OSO!
?
QUÉ TIENE QUE
HACER UN TIPO
PARA VIVIR? 
!
 SER 
ALBAÑIL, ABOGADO, 
TORNERO, OFICINISTA 
O QUÉ SÉ YO!
?
POR QUÉ TENíA 
QUE TOCARNOS A 
LOS HUMANOS EL 
ESTÚPIDO PAPEL 
DE SER ANIMALES 
SUPERIORES?
QUINO. Disponível em: <http://mafaldaylarumia.blogspot.com.
br/2009_03_01_archive.html>. Acesso em: 13 jun. 2014. 
Na tira, Miguelito compara a vida humana com a dos outros 
animais. De acordo com a personagem, a diferença entre 
o ser humano e o animal irracional está pautada no fato de 
que o ser humano precisa
A. 	 apassivar-se diante dos problemas.
B. 	 realizar atividades profissionais para viver.
C. 	 exercer o seu papel de forma estúpida.
D. 	 considerar-se superior aos animais irracionais.
E. 	 buscar a felicidade comum a todos de sua espécie.
Alternativa B
Resolução: A alternativa B está correta porque, de acordo 
com Miguelito, os seres humanos, para viverem, precisam 
realizar uma atividade profissional, enquanto os animais 
precisam apenas ser animais. A alternativa A está incorreta 
porque, na tirinha, não se menciona o fato de o ser humano 
apassivar-se diante dos problemas. A alternativa C está 
incorreta porque Miguelito não diz que o ser humano precisa 
exercer o seu papel de forma estúpida, mas questiona 
por que aos humanos caberia o papel de serem animais 
superiores. A alternativa D está incorreta porque, de acordo 
com o texto, o ser humano não precisa se considerar superior 
aos animais irracionais; há, na tira, um questionamento 
sobre esse fato. A alternativa E está incorreta porque não se 
menciona no texto o fato de se buscar a felicidade.
QUESTÃO 05 
Eva Duarte
 Wik
im
éd
ia
 C
om
m
on
s
María Eva Duarte de Perón (7/5/1919-26/7/1952), más 
conocida como Evita, se desempeñó como actriz y fue una 
de las figuras políticas más importantes de la República 
Argentina.
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
En su accionar como primera dama, luchó por el 
reconocimiento de los derechos de los trabajadores y de la 
mujer, entre sus logros más destacados el sufragio femenino 
y la obra social realizada desde la Fundación Eva Perón son 
hitos en la historia del país. […]
Prestó apoyo a la política de Perón al dirigir sus acciones 
a sectores relegados históricamente de manera injusta. Dentro 
de estos sectores, estaban las mujeres, a quienes buscó 
organizar en búsqueda de una mayor igualdad en la vida 
laboral, familiar y cívica.
Viajó por todo el país supervisando las obras que se 
proponían como fundamentales en las políticas nacionales 
y de esta manera pasó ella misma a ser una instancia de 
control gubernamental, sin ser ella parte del aparato del Estado 
propiamente dicho. […]
El 26 de julio de 1952 a la edad de 33 años, Evita fallece 
a causa del cáncer uterino que venía ya menguando su 
salud desde hacía tiempo. Su funeral duró más de 14 días, 
recibiendo todos los honores de un presidente en ejercicio y 
el homenaje de un pueblo entero que durante todos esos días 
la acompañó en un acto conmovedor de admiración y cariño.
Disponível em: <http://www.evitayperon.tur.ar/index.php/historia/eva>. 
Acesso em: 19 dez. 2012 (Adaptação).
María Eva Duarte de Perón foi uma importante figura no 
cenário político da República Argentina por realizar ações 
em defesa de importantes transformações sociais. Entre 
as causas pelas quais lutava Eva Perón, segundo o texto, 
estava o(a)
A. 	 reconhecimento dos direitos de partidos políticos.
B. 	 realização de obras sociais desvinculadas de instituições.
C. 	 controle das políticas nacionais com o intuito de 
fortalecer o Estado.
D. 	 legalização do voto feminino visando reconhecer os 
direitos da mulher.
E. 	 inserção de sua candidatura na instância de controle 
governamental.
Alternativa D
Resolução: A alternativa D está correta porque, de acordo 
com o texto, Evita Perón lutou pelos direitos das mulheres, 
conquistando para todas o direito ao voto. Isso pode 
ser comprovado pelo seguinte trecho: “[…] luchó por el 
reconocimiento de los derechos de los trabajadores y de la 
mujer, entre sus logros más destacadosel sufragio femenino 
[…]”. A alternativa A está incorreta porque o texto não 
menciona a questão dos partidos políticos e seus direitos. 
A alternativa B está incorreta porque as obras sociais nas 
quais estava envolvida foram realizadas pela Fundación 
Eva Perón. A alternativa C está incorreta porque, apesar de 
supervisionar obras em todo país, fundamentais nas políticas 
nacionais, ela não lutava pelo controle de tais políticas. 
A alternativa E está incorreta porque o texto não menciona 
a questão de sua candidatura.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
Embora a atividade linguística seja inventiva e criadora, 
aqui, no caso, não se trata propriamente de invenções, mas 
de inovações devidas ao próprio mecanismo da língua, que é 
uma entidade dinâmica sempre em movimento. As inovações 
internas aparecem pela propriedade que têm os itens léxicos 
de se associarem de diversas maneiras e, associados, 
podem transformar uma construção em outra equivalente. 
Por exemplo, diz-se “arriscar a vida = pôr em risco a 
vida”, que se nominalizando passa a “risco de vida”. Foi 
essa a construção que os jornais se incumbiram de espalhar. 
A partir de certo momento houve quem achasse que a 
expressão não era adequada. E propôs “risco de morte”. Mas 
esta expressão é a transformada de “arriscar-se a morrer > 
correr o risco de morrer > risco de morte”. 
BORBA, Francisco. Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/ 
textos/100/mitos-gramaticais-304533-1.asp>. 
Acesso em: 19 fev. 2014 (Adaptação). 
No fragmento de texto anterior, há uma reflexão sobre 
o mecanismo de funcionamento da língua. Nessa reflexão, 
é apresentado um ponto de vista que é exemplificado com 
a análise das expressões “risco de vida” e “risco de morte”. 
Para o autor do texto anterior, a confusão entre essas duas 
expressões é 
A. 	 aparente, pois possuem sentido equivalente devido à 
transformação semelhante de sentido. 
B. 	 justificada, pois a maioria dos falantes desconhece a 
norma-padrão. 
C. 	 justificada, pois ambas são empregadas aleatoriamente 
no jornalismo. 
D. 	 comprovadora da originalidade dos falantes, que não 
se prendem a regras. 
E. 	 sinalizadora da variação linguística, que evidencia a 
distância entre a fala e a escrita. 
Alternativa A
Resolução: Através do exemplo, no texto, o autor demonstra 
como expressões que se apresentam de maneira parecida 
constituem trajetos de transformação linguística distintos, 
gerando confusão quanto ao uso de uma ou de outra 
expressão. Logo, a alternativa correta é a A. A alternativa B 
está incorreta, pois não se trata de uma questão de conhecer, 
ou não, a norma-padrão, e sim de entender o percurso de 
transformações linguísticas das expressões. A alternativa C 
está incorreta, pois o jornalismo, no texto, é apontado como 
um difusor da expressão “risco de vida”, mas não é imputado 
a ele um uso indiscriminado. A alternativa D está incorreta, 
pois, logo no início do texto, o autor diz não tratar-se de 
uma inventividade, uma originalidade dos falantes, e sim de 
um mecanismo de transformação da língua. A alternativa E 
está incorreta, pois, tal qual na alternativa anterior, não é 
uma questão de variação linguística, ou das diferenças 
entre a oralidade e a escrita, mas de funcionamento das 
línguas naturais.
QUESTÃO 07 
Mundo 
O mundo se divide entre os que acham e os que não sabem 
onde botaram. 
FERNANDES, Millôr. Millôr definitivo: a Bíblia do caos. 
Porto Alegre: L&PM, 2007. p. 383. 
O humor presente na definição criada por Millôr 
Fernandes consiste em um jogo de sentido de classificação 
dos tipos de indivíduos que compõem o mundo. 
Por meio desse jogo, o autor destaca determinadas 
características, que se sustentam pela alternância entre 
A. 	 audácia – já que só quem se arrisca alcança triunfos – 
e desorganização – quem não é metódico, não alcança 
esses triunfos. 
B. 	 ganância – os que buscam até atingirem seus desejos – e 
imbecilidade – sustentada por aqueles que são ignorantes. 
C. 	 inteligência – indivíduos que são espertos e conseguem 
o que querem – e sensibilidade – de quem ignora a 
razão e a lógica. 
D. 	 realização – aqueles que refletem e são afortunados – 
e insucesso – aqueles que sofrem perdas e se sentem 
desorientados.
E. 	 reflexão – aqueles que buscam definir verdades 
absolutas – e indiferença – existente em quem não tem 
apego material.
Alternativa D
Resolução: O humor no texto reside no sentido conferido a 
“se achar”, que muda de significado com a oposição aos “que 
não sabem onde botaram”. Assim, o leitor é capaz de inferir 
que o mundo é dividido entre aqueles que “se acharam” na 
vida (complemento elipsado), como uma metáfora para uma 
vida de realizações, e os que se perdem, o que denota uma 
desorientação e um insucesso nos projetos de vida. Logo, 
a alternativa correta é a D. A alternativa A está incorreta, pois 
“se achar”, aqui, não se refere a uma prepotência ou audácia, 
assim como esta imagem de quem está perdido não alude 
a uma desorganização em si, e sim uma situação em que 
se encontra. A alternativa B está incorreta, pois a oposição 
não é construída em cima de características psicológicas das 
pessoas. A alternativa C está incorreta, pois não há como 
inferir que aqueles que “se acham” e realizam o que querem 
devam isso a sua inteligência; e, tampouco, pode-se definir 
os demais, os perdidos, como pessoas mais sensíveis e 
avessas à racionalidade. A alternativa E está incorreta, pois, 
no texto, não se divide as pessoas a partir de suas respostas 
ao mundo externo, seja esta expressa pela reflexão ou pela 
indiferença.
QUESTÃO 08 
O editorial é um gênero utilizado na imprensa, 
especialmente em jornais e revistas, que tem por objetivo 
informar, mas sem obrigação de ser neutro e indiferente. 
Portanto, a objetividade e a imparcialidade não são 
características desse gênero textual, uma vez que o redator 
expõe a opinião do jornal sobre o assunto narrado; ou seja, 
do grupo que está por trás do canal de comunicação, já 
que os editoriais não são assinados por ninguém. Assim, 
podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo 
do que informativo e que apresenta um fato e uma opinião. 
O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a 
interpretação do que aconteceu.
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/redacao/o-editorial.htm>. 
Acesso em: 24 abr. 2015 (Adaptação).
O texto em questão expõe o editorial com a função primordial de
A. 	 apresentar a visão crítica do veículo a respeito de 
determinado fato.
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
B. 	 incentivar o julgamento crítico acerca do cotidiano do veículo.
C. 	 influenciar de forma negativa a opinião pública.
D. 	 informar aos leitores a ocorrência de abusos na área política.
E. 	 reinventar a realidade social e política de forma crítica.
Alternativa A
Resolução: O trecho expõe, como função do gênero textual 
“editorial”, a emissão de uma opinião acerca de algum fato, 
compondo o texto, portanto, a informação do fato em questão e, 
principalmente, o ponto de vista (a visão crítica) sobre 
este elemento objetivo. Por não ser assinado, a autoria do 
“editorial” é atribuída ao veículo de imprensa ao qual se 
vincula. Logo, a alternativa correta é a A. A alternativa B 
está incorreta, pois não se promove uma visão crítica sobre 
o veículo e seu cotidiano, e sim sobre o fato veiculado. 
A alternativa C está incorreta, pois não há valoração a priori, 
seja esta positiva ou negativa, acerca de como aquela opinião 
impactará a opinião pública. A alternativa D está incorreta, 
pois o editorial não se restringe a uma visão crítica sobre 
a política, podendo ele transitar por diversos assuntos. 
A alternativa E está incorreta, pois o editorial não reinventa a 
realidade, e sim produz um outro ponto de vista, uma visão 
crítica, sobre ela.
QUESTÃO 09 
Apagão
Quase morro de apagão. E não é daquele com que o 
Governo vem nospresenteando, não. Foi a “gripe apagão” 
que só faltou me fazer juntar os lindos pezinhos antes da 
hora. Foram sete dias, de segunda a segunda, deitada 
em minha cama, vivendo um verdadeiro inferno sobre a 
Terra. Febres altíssimas, daquelas que só lembro ter tido 
na infância. Dores de cabeça, e pelo corpo todo. Juro que 
cheguei a pensar no meu testamento e em como gostaria que 
o céu viesse rápido e redentor. Mas ele não veio. E ela se 
foi. E, depois de uma semana, fui ao espelho ver o que havia 
restado de mim. Eu estava um caco, um verdadeiro horror! 
As olheiras iam beijar o queixo. A pele, sem hidratantes 
por uma semana, mais parecia o Saara. As sobrancelhas 
enormes pendiam nas têmporas. Os cabelos brancos 
espetavam descoloridos e saltitantes da cabeça. As pernas, 
cabeludas. As axilas, aracnídeas. Todos os pelos do corpo, 
enfim, terrivelmente grandes. Dia de faxina, é claro. Pesada. 
E enquanto aparava as unhas do pé, fiquei lembrando a linda 
e formosa Brookie Shields anos a fio perdida na Lagoa Azul. 
Linda e formosa? Sem um Prestobarba? Sei...
ALVES, S. Disponível em: <https://www.facebook.com>. 
Acesso em: 15 fev. 2014 (Adaptação).
Considerando a temática, o registro de linguagem utilizado, o 
suporte de publicação, bem como a forma estável do gênero 
textual, o texto anterior pode ser classificado como
A. 	 artigo de opinião, pela ocorrência de sequências 
argumentativas.
B. 	 crônica, pela presença de um recorte do cotidiano que 
induz a uma reflexão.
C. 	 diário, por ser uma narração em primeira pessoa e 
possuir interlocução.
D. 	 editorial, por se tratar de um texto que visa à publicação 
na mídia impressa.
E. 	 resenha, por estabelecer uma intertextualidade com o 
filme Lagoa Azul.
Alternativa B
Resolução: A crônica é um gênero textual que apresenta 
uma narrativa centrada em um episódio cotidiano, 
desdobrando uma reflexão sobre este. As crônicas são, 
centralmente, veiculadas em suportes de circulação rápida 
e periódica, como jornais e revistas, além de estarem 
presentes em novos suportes digitais, como as plataformas 
de redes sociais. No caso do texto em questão, ele é uma 
crônica, por narrar um evento comum (adoecimento por 
gripe) e finalizá-lo com uma reflexão em torno da estética 
das produções cinematográficas que representam pessoas 
isoladas e sem acesso aos cuidados pessoais. Logo, 
a alternativa correta é a B. A alternativa A está incorreta, pois 
não preconizam sequências argumentativas, e sim a tipologia 
textual descritiva, ao descrever o estado da personagem 
– e não é, portanto, um artigo de opinião. A alternativa C 
está incorreta, pois, apesar de o narrar em primeira pessoa 
ser característica do diário, esse gênero é veiculado em 
cadernos privados, tendo em vista que o interlocutor se 
apresenta mais como um recurso discursivo do gênero que 
um leitor real. A alternativa D está incorreta, pois o editorial 
é um gênero textual que visa apresentar uma visão crítica 
sobre um fato objetivo; além disso, o texto, publicado no 
Facebook, não precisa visar a mídia impressa para sua 
circulação, tendo em vista que as mídias digitais são os 
novos suportes por onde o gênero circula. A alternativa E 
está incorreta, pois a resenha não é definida através de toda 
e qualquer intertextualidade com uma obra de artes visuais, 
ou com qualquer outro texto, e sim por ser um resumo de 
uma outra obra ou evento, com a presença da opinião do 
enunciador sobre este.
QUESTÃO 10 
TEXTO I
Flores
Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os pulsos e os punhos cortados
E o resto do meu corpo inteiro.
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo
GAVIN, Charles; MIKLOS, Paulo; BRITTO, Sérgio; BELLOTTO, Tony. 
Flores. In: Titãs. Õ Blésq Blom. LP. WEA, 1989. [Fragmento]
TEXTO II
No intento de compreendermos melhor acerca desta 
organização, basta concluirmos que toda manifestação 
literária é fruto resultante da visão do homem de acordo 
com o mundo que o rodeia, que diz respeito ao conteúdo, 
ou seja, o produto artístico em si, materializado por meio de 
uma técnica e uma estilística próprias (forma). Partindo desse 
pressuposto, os gêneros literários, segundo a concepção 
aristotélica proposta na Grécia Antiga (384-322 a.C.), foram 
classificados em lírico, dramático e épico. Atualmente, como 
o gênero épico praticamente foi extinto, prefere-se dividi-los 
em lírico, dramático e narrativo [...], cada qual com suas 
características que lhes são peculiares [...].
Disponível em: <www.alunosonline.com.br>. 
Acesso em: nov. 2014 (Adaptação).
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Considerando o que o texto II expressa sobre os gêneros 
literários e as características da canção dos Titãs, o gênero 
do texto I envolve, principalmente
A. 	 tema ligado diretamente à representação de um 
acontecimento, envolvendo viagens, aventuras, gestos 
heroicos e exaltação de feitos.
B. 	 presença de um narrador que conta uma história de 
terceiros, mostrando a história de um povo ou de uma 
nação.
C. 	 narrativa informal, que capta flagrantes da vida com 
um toque de sarcasmo, apresentando uma história 
completa, com personagens, conflito e temporalidade.
D. 	 manifestação de um eu lírico que se expressa por 
meio dos elementos que acabam tomando suas 
características.
E. 	 conflitos dos homens e de seu mundo, expondo 
manifestações da miséria humana, com o intuito de 
serem dramatizadas em cena.
Alternativa D
Resolução: Considerando o texto II como base para a análise 
do texto I, deve-se entender que o gênero lírico se caracteriza 
por ser uma representação do mundo conforme a visão do autor. 
Assim, encontra-se correta a alternativa D, pois há na canção 
dos Titãs um eu lírico que se manifesta utilizando os elementos 
da casa de forma a expressar sua visão da realidade.
QUESTÃO 11 
Texto I
Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum 
crescente, uma aglomeração tumultuosa de machos e 
fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, 
debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco 
palmos.
O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender 
as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes 
a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas 
despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; 
os homens, esses não se preocupavam em não molhar o 
pêlo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água 
e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e 
fungando contra as palmas das mãos. As portas das latrinas 
não descansavam [...].
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. São Paulo: Martins, 1968. p. 43.
Texto II
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio de um passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego.
HOLLANDA, Chico Buarque de. “Construção”. 
Disponível em: <http://www.chicobuarque. com.br>. 
Acesso em: 21 ago. 2010 (Fragmento).
O texto naturalista de Aluísio Azevedo e a canção de 
Chico Buarque fazem um retrato da vida proletária. Ambos 
apresentam como característica comum a
A. 	 visão determinista.
B. 	 ênfase no mundo interior das personagens.
C. 	 linguagem objetiva e descritiva.
D. 	 desumanização das personagens.
E. 	 evasão.
Alternativa D
Resolução: Nos dois textos, as personagens proletárias 
são representadas através de figuras que desumanizam 
essa parcela da sociedade. No excerto do romance 
O Cortiço, tal desumanização ocorre pela animalização das 
personagens, e, na canção de ChicoBuarque, através da 
identificação destas com a própria construção urbana. Logo, 
a alternativa correta é a D. A alternativa A está incorreta, 
pois tal desumanização se deve às condições materiais 
da vida proletária, e não a um determinismo preexistente. 
A alternativa B está incorreta, pois a ênfase se dá nos hábitos 
das personagens, e não no mundo interior delas. A alternativa 
C está incorreta, pois não há linguagem objetiva; pelo 
contrário, o que há é a recorrência de figuras de linguagem, 
o que é próprio da ficção e da canção. A alternativa E 
está incorreta, pois não há uma fuga das personagens, 
completamente imersas em seu contexto social, nem do 
enunciador, que se debruça sobre o que narra / canta.
QUESTÃO 12 
apaixonada,
saquei minha arma,
minha alma,
minha calma.
Só você não sacou nada.
CÉSAR, A. C. Disponível em: <http://veredasdalingua.blogspot.com.
br/2012/10/ana-cristina-cesar-poemas.html>. Acesso em: 18 fev. 2014.
No poema anterior, o eu lírico reclama da insensibilidade de 
percepção do seu interlocutor e da ausência de sentimento, 
explorando, para isso, a ambiguidade da palavra
A. 	 “apaixonada”.
B. 	 “arma”.
C. 	 “só”.
D. 	 “sacou”.
E. 	 “nada”.
Alternativa D
Resolução: No poema, o eu lírico explora a ambiguidade 
da palavra “sacou”: por um lado, com valor denotativo, 
o verbo faz referência à ausência do interlocutor que, 
diferente da voz poética, não sacou “a arma, a alma, a calma”. 
Por outro, com valor conotativo, e por extensão com sentido 
figurado, “sacou” assume o significado de entendimento, 
tal qual consolidado nas variantes urbanas orais – sendo, 
assim, uma maneira de dizer que o interlocutor não entendeu 
nada. Logo, a alternativa correta é a D. A alternativa A é 
incorreta, pois “apaixonada” não se refere ao que o eu lírico 
reclama, mas a seu estado psicológico, a como se sente. 
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A alternativa B é incorreta, pois “arma” não explora a 
ambiguidade presente no final do poema, mas aparece como 
metáfora para os sentimentos do eu lírico. A alternativa C é 
incorreta, pois “só”, ao invés de gerar ambiguidade, produz 
um efeito de definição: entre os dois envolvidos, “apenas” 
o interlocutor não sacou nada. A alternativa E é incorreta, 
pois “nada” não gera ambiguidade, mas se refere ao 
anteriormente mencionado pelo eu lírico (o que ele sacou), 
às metáforas que representam seus sentimentos.
QUESTÃO 13 
Cientistas obtêm células-tronco de embrião humano 
clonado
A reescrita do título da notícia em que foi mantido o foco no 
fato e em que se preservou a ideia básica do texto original é:
A. 	 Clonou-se embrião de células-tronco.
B. 	 Células-tronco de embrião humano são clonadas por 
cientistas.
C. 	 Obtêm-se células-tronco de embrião humano clonado.
D. 	 De embrião humano clonado, cientistas obtêm células-
tronco.
E. 	 Obtêm células-tronco de embrião humano clonado por 
cientistas.
Alternativa C
Resolução: Ao procurar manter o foco no fato, a reescrita 
da frase deve preocupar-se com a evidência dada à ação de 
obter as células-tronco, preservando a ideia de que esse feito 
se deu a partir dos embriões clonados. Logo, a alternativa 
correta é a C, tendo em vista que, apesar de o sujeito da 
oração passar a ser indefinido, preserva-se o enfoque no 
verbo “obter” e na sua ideia central, sem suprimir de onde as 
células foram extraídas. A alternativa A está incorreta, pois 
o que se verifica, na alternativa, é uma informação distinta 
da lida no enunciado. A alternativa B está incorreta, pois 
as células-tronco não foram clonadas, e sim estas foram 
extraídas de embriões humanos clonados. A alternativa D 
está incorreta, pois não há reescrita, apenas uma inversão 
sintática. A alternativa E está incorreta, pois não se fala, na 
oração do enunciado, que os embriões foram clonados por 
cientistas, mas que foram obtidos por eles.
QUESTÃO 14 
Disponível em: <http://www.willtirando.com.br/?post=997>. Acesso em: 
29 dez. 2014.
No fala do penúltimo quadrinho, uma personagem da tirinha 
questiona um trecho da popular canção infantil que causa 
dúvida na interpretação por conter ambiguidade. O elemento 
causador da ambiguidade é o
A. 	 adjetivo “forte”, que intensifica o ocorrido, gerando 
dúvidas quanto ao seu realizador.
B. 	 artigo “a”, de “a chuva forte”, que destaca o causador 
do evento “derrubou”.
C. 	 pronome “a”, em “a derrubou”, que pode se referir à 
parede ou à dona aranha.
D. 	 substantivo “aranha”, que provoca dúvidas quanto ao 
sujeito da ação.
E. 	 verbo “derrubou”, que proporciona duplicidade de 
sentidos na ação.
Alternativa C
Resolução: A dúvida da personagem da tirinha é quem 
foi derrubada pela chuva forte, se a aranha ou a parede. 
Sintaticamente, tanto aranha quanto parede ocupam o lugar 
de objeto direto, sendo expresso, na canção popular, pelo 
pronome pessoal oblíquo “a” (“e a derrubou”). É o pronome, 
por sua vez, que acarreta a ambiguidade, uma vez que, 
por ele estar na terceira pessoal do singular, e flexionado 
no feminino, poderia se referir tanto à aranha quanto à 
parede. Logo, está correta a alternativa C. A alternativa A 
está incorreta, pois o adjetivo apenas caracteriza “a chuva”, 
sem contribuir para uma ambiguidade acerca do realizador 
da ação – que, inclusive, não é a dúvida da personagem. 
A alternativa B está incorreta, pois o uso do artigo “a” define 
que não foi qualquer chuva a causadora da ação, e não 
promove ambiguidades. A alternativa D está incorreta, pois 
a dúvida não é sobre quem realizou a ação, estando claro 
que foi “a chuva forte”. A alternativa E está incorreta, pois, na 
canção, o uso do verbo tem valor denotativo, não havendo 
ambiguidade sobre a ação.
QUESTÃO 15 
Capítulo 1
Óbito do autor
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias 
pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar 
o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar 
seja começar pelo nascimento, duas considerações me 
levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu 
não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto 
autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que 
o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, 
que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas 
no cabo; diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
[...]
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de 
Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Os elementos estruturais na narrativa contribuem para o 
efeito de verossimilhança no momento de representar algum 
aspecto da realidade. Considerando os elementos estruturais 
empregados no texto, o autor consegue esse efeito devido
A. 	 ao elemento espacial, que ganha destaque no 
fragmento.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
B. 	 ao elemento temporal, que é cronológico e determinado.
C. 	 ao enredo, marcado pela agilidade do discurso do 
narrador.
D. 	 ao narrador, que assume uma perspectiva externa aos 
fatos.
E. 	 às personagens, que revelam perfil psicológico simples.
Alternativa D
Resolução: O narrador, por ser um “defunto autor”, pode 
narrar suas memórias de uma outra perspectiva, diferente de 
quem narra o que se passa consigo enquanto vive. Portanto, 
ele tem um olhar externo aos fatos. É este o elemento 
estrutural da narrativa que garantirá a verossimilhança dos 
eventos, que representam a realidade. Logo, a alternativa 
correta é a D. A alternativa A está incorreta, pois o 
elemento espacial não tem destaque no excerto, não sendo 
sequer descrito um cenário onde se passaria a narrativa. 
A alternativa B está incorreta, pois, apesar de o tempo da 
narrativa estar determinado, ele não segue uma cronologia, 
pelo contrário, ela é invertida – como dito pelo narrador. 
A alternativa C está incorreta, pois o discurso do narrador, no 
trecho, não é marcado pela agilidade, mas por uma reflexão 
que antecede o enredo propriamente dito. A alternativa E 
está incorreta, pois a única personagemque se apresenta no 
excerto, que é precisamente o narrador, não parece ter um 
perfil psicológico, o que é indicado pelo fato de sua condição 
atípica de “defunto autor”.
QUESTÃO 16 
A alegria ainda morou na cabana, todo o tempo que as 
espigas de milho levaram a amarelecer. 
Uma alvorada, caminhava o cristão pela borda do mar. 
Sua alma estava cansada. 
O colibri sacia-se de mel e perfume; depois adormece 
em seu branco ninho de cotão, até que volta no outro ano a 
lua das flores. Como o colibri, a alma do guerreiro também 
satura-se de felicidade, e carece de sono e repouso. 
A caça e as excursões pelas montanhas em companhia 
do amigo, as carícias da terna esposa que o esperavam 
na volta, e o doce carbeto no copiar da cabana, já não 
acordavam nele as emoções de outrora. Seu coração 
ressonava. 
Quando Iracema brincava pela praia, os olhos do 
guerreiro retiravam-se dela para se estenderem pela 
imensidade dos mares. 
Viram umas asas brancas, que adejavam pelos campos 
azuis. Conheceu o cristão que era uma grande igara de 
muitas velas, como construíam seus irmãos; e a saudade 
da pátria apertou-lhe no seio. 
Alto ia o sol; e o guerreiro na praia seguia com os olhos 
as asas brancas que fugiam. Debalde a esposa o chamou 
à cabana, debalde ofereceu a seus olhos, as graças dela e 
os frutos melhores do campo. Não se moveu o guerreiro, 
senão quando a vela sumiu-se no horizonte. 
ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Hedra, 2006. [Fragmento] 
O romance Iracema, de José Alencar, é importante 
representante de uma vertente do Romantismo brasileiro 
caracterizada pela construção de uma imagem de 
nacionalidade e de Brasil. O fragmento do texto de José de 
Alencar tem como característica definidora dessa vertente a 
A. 	 aproximação da prosa com a poesia. 
B. 	 descrição da natureza exuberante. 
C. 	 sátira da colonização. 
D. 	 utilização recorrente de sinestesia. 
E. 	 preocupação com a legitimação da nação brasileira.
Alternativa B 
Resolução: O indianismo é a vertente do Romantismo que, 
na prosa, procurou construir uma imagem de nacionalidade 
para o Brasil por meio da descrição de uma natureza 
exuberante, como demonstrado no trecho de Iracema, no 
qual a natureza é retratada com ênfase na beleza e na sua 
relação com a vida interior e exterior das personagens, 
conforme comprova, por exemplo, o terceiro parágrafo, na 
comparação da alma do guerreiro com o colibri. Dessa forma, 
está correta a alternativa B.
QUESTÃO 17 
Em 2001, a companhia energética Light, do estado do 
Rio de Janeiro, lançou uma propaganda com as seguintes 
frases: 
Ao subir um andar ou descer dois andares, use a escada.
É bom para a saúde e reduz o consumo de energia.
Se os dois períodos que compunham a propaganda fossem 
ligados por um conectivo, ele deveria evidenciar relação de 
A. 	 causa. 
B. 	 consequência. 
C. 	 explicação. 
D. 	 oposição. 
E. 	 conformidade.
Alternativa C
Resolução: Para responder à questão, é preciso 
compreender o objetivo da campanha, que é incentivar os 
usuários a utilizarem a escada quando possível. A partir 
disso, verifica-se que a segunda frase busca explicar por que 
utilizar as escadas é uma atitude benéfica, contribuindo para 
a saúde e para a economia de energia. Assim, a alternativa C 
está correta. 
QUESTÃO 18 
Seja qual for o lugar em que se ache o poeta, ou 
apunhalado pelas dores, ou ao lado de sua bela, embalado 
pelos prazeres; no cárcere, como no palácio; na paz, 
como sobre o campo da batalha, se ele é verdadeiro 
poeta, jamais deve esquecer-se de sua missão, e acha 
sempre o segredo de encantar os sentidos, vibrar as 
cordas do coração, e elevar o pensamento nas asas da 
harmonia até às ideias arquétipas. [...] Até aqui, como só se 
procurava fazer uma obra segundo a Arte, imitar era o meio 
indicado: fingida era a inspiração, e artificial o entusiasmo. 
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Desprezavam os poetas a consideração se a Mitologia podia, 
ou não, influir sobre nós. Contanto que dissessem que as 
Musas do Hélicon os inspiravam, que Febo guiava seu 
carro puxado pela quadriga, que a Aurora abria as portas do 
Oriente com seus dedos de rosas, e outras tais e quejandas 
imagens tão usadas, cuidavam que tudo tinham feito, e que 
com Homero emparelhavam; como se pudesse parecer 
belo quem achasse algum velho manto grego, e com ele se 
cobrisse. Antigos e safados ornamentos, de que todos se 
servem, a ninguém honram. 
MAGALHÃES, Gonçalves de. Lede. In: Suspiros Poéticos e Saudades. 
Departamento Nacional do Livro. Biblioteca Nacional. Disponível 
em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 02 jan. 2012 
(Fragmento). 
O fragmento anterior foi extraído do prefácio ao livro 
Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães, 
considerado livro fundador do Romantismo brasileiro. A partir 
das considerações do poeta, um postulado orientador da 
produção literária romântica é a 
A. 	 idealização de uma poética bucólica, que valoriza a 
natureza. 
B. 	 apologia a uma estética rebuscada e erudita. 
C. 	 retomada da tradição clássica vinculada às poéticas 
greco-romanas. 
D. 	 crítica aos valores ocidentais de religiosidade. 
E. 	 reação às estéticas clássicas, valorizando a inspiração.
Alternativa E
Resolução: Do fragmento de Gonçalves de Magalhães 
pode-se extrair a reprovação a autores cujas obras tinham um 
foco maior na forma do que no conteúdo, que se limitavam a 
reproduzir estruturas e fórmulas consagradas na Antiguidade 
Clássica, ou como afirmado, obras em que “imitar era o meio 
indicado”. Essa postura reacionária a estéticas clássicas foi 
bastante forte durante o Romantismo, quando o sentimento 
e a inspiração do poeta passam a ser valorizados, buscando 
expressar em palavras suas impressões da vida e do mundo. 
A inspiração romântica, como exposto no fragmento, podia 
surgir das mais variadas situações: “ou apunhalado pelas 
dores, ou ao lado de sua bela, embalado pelos prazeres; no 
cárcere, como no palácio; na paz, como sobre o campo da 
batalha”. Por isso, está correta a alternativa E.
QUESTÃO 19 
Banderas viverá Picasso na telona 
O pintor e escultor Pablo Picasso terá o rosto de Antonio 
Banderas, que acabou de viver um estrondoso sucesso no 
filme de Pedro Almodóvar “A pele que habito”, no longa “33 
dias”, novo projeto do cineasta Carlos Saura. O título do 
filme refere-se a uma das obras mais famosas do artista, 
“Guernica”, finalizada em 33 dias. “Será ótimo vivê-lo, ele 
merece meu maior respeito. Sou de Málaga e ele nasceu a 
quatro quarteirões de onde eu nasci”, declarou o ator. 
Disponível em: http:<//www.adorocinema.com/>. 
 Acesso em: 15 mar. 2012 (Adaptação). 
O elemento anafórico grifado no texto anterior refere-se a 
A. 	 Carlos Saura. 
B. 	 Pablo Picasso. 
C. 	 Antonio Banderas 
D. 	 Guernica. 
E. 	 Pedro Almodóvar.
Alternativa B
Resolução: Primeiramente, deve-se relembrar que 
elementos anafóricos são aqueles que retomam palavras, 
expressões, ideias ditas anteriormente. No caso em questão, 
encontra-se sublinhada a palavra “artista”, que foi utilizada 
para não repetir o nome de Pablo Picasso. Isso se comprova 
ao analisar o fato de que o filme a ser estrelado por Antonio 
Banderas abordará a produção de uma das obras do pintor, 
Guernica. Dessa forma, está correta a alternativa B. 
QUESTÃO 20 
MACÁRIO 
Amanhã pensarás comigo. Eu também fui assim. O 
tronco seco sem seiva e sem verdor foi um dia o arvoredo 
cheio de flores e de sussurro. 
PENSEROSO 
Não crer! e tão moço! Tenho pena de ti. 
MACÁRIO 
Crer? e no quê? No Deus desses sacerdotes devassos? 
desses homens que saem do lupanar quentes dos seios da 
concubina, com sua sotaina preta ainda alvejante do cótão 
do leito dela para ir ajoelhar-se nos degraus do templo! Crer 
no Deus em que eles mesmos não creem, que esses ébrios 
profanam até do alto da tribuna sagrada? 
AZEVEDO, A. Macário. Organização, posfácio e notas de Cilaine Alves 
Cunha. São Paulo: Globo, 2006. 
O fragmentodo drama Macário, de Álvares de Azevedo, 
simboliza a tradição literária romântica por meio do(a) 
A. 	 tom sagrado representado pelas figuras religiosas. 
B. 	 crítica social feita com a representação de estereótipos. 
C. 	 consciência adquirida acerca da transitoriedade da vida. 
D. 	 busca pela perfeição encontrada nos elementos naturais. 
E. 	 sentimentalismo exacerbado presente na fala de 
Macário. 
Alternativa B
Resolução: O movimento romântico na literatura brasileira 
se iniciou após a independência do país, representando a 
grande necessidade de estabelecimento de uma tradição 
propriamente brasileira na cultura e nas artes. Seguindo 
este propósito, é comum a representação da sociedade e, 
por vezes, a crítica a costumes e comportamentos, por meio 
dos personagens tipo. No fragmento, Macário critica um dos 
tipos existentes na sociedade, o falso sacerdote, que, apesar 
de pregar a fé cristã, não segue tais preceitos em sua vida. 
Desse modo, a alternativa B está correta. A alternativa A 
está incorreta, pois a religião é alvo de críticas por parte da 
personagem Macário. A alternativa C está incorreta, pois 
a simbolização da transitoriedade da vida está fortemente 
relacionada à tradição barroca. No fragmento, a passagem 
do tempo, representada pela metáfora da árvore, está 
associada ao surgimento do pessimismo em detrimento 
do otimismo juvenil. A alternativa D está incorreta, pois a 
natureza aparece como uma metáfora para a representação 
dos polos juventude / otimismo e maturidade / pessimismo. 
A alternativa E está incorreta, pois Macário apresenta o tom 
soturno típico dos ultrarromânticos, poetas da segunda fase 
do Romantismo, e não do teatro romântico.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 21 
Prima Justina não acompanhava a parenta naquelas 
finezas, mas não tratava de todo mal a minha amiga. Era 
assaz sincera para dizer o mal que sentia de alguém, e 
não sentia bem de pessoa alguma. Talvez do marido, mas 
o marido era morto; em todo caso, não existiria homem 
capaz de competir com ele na afeição, no trabalho e na 
honestidade, nas maneiras e na agudeza de espírito. Esta 
opinião, segundo tio Cosme, era póstuma, pois em vida 
andavam às brigas, e os últimos seis meses acabaram 
separados. 
ASSIS, M. Dom Casmurro. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. 
Durante o movimento realista, reflexões sobre a sociedade 
ficaram ainda mais explícitas na literatura, conforme se 
evidencia no fragmento através do(a) 
A. 	 posição social do narrador. 
B. 	 valorização do matrimônio. 
C. 	 descrição do marido morto. 
D. 	 retrato dos costumes da época. 
E. 	 caracterização da prima Justina. 
Alternativa E
Resolução: Dom Casmurro se enquadra entre as obras 
realistas de Machado de Assis, cuja crítica irônica desperta 
a reflexão do leitor para questões sociais que mesmo 
mais de 100 anos após sua publicação ainda soam atuais. 
No fragmento, a forma com que o narrador descreve a 
prima Justina conversa com o ideal realista, buscando um 
retrato efetivo das personagens e das relações entre elas 
estabelecidas. Ao buscar as características mais lisonjeiras 
da prima, o narrador instiga a reflexão acerca do tipo de 
comportamento por ela estereotipado, estando a alternativa E 
correta. A alternativa A está incorreta porque somente a 
posição social do narrador não é o bastante para explicitar 
uma crítica à sociedade, ainda que seja capaz de a endossar 
ou de a amenizar. Para todos os efeitos, a posição social do 
narrador é a mesma de prima Justina. A alternativa B está 
incorreta, pois, no fragmento, a descrição do casamento 
da prima Justina com o marido sugere a falência dessa 
instituição. A alternativa C está incorreta, pois, após seu 
falecimento, o marido apresenta apenas qualidades aos 
olhos da viúva, posição idealizada, tendo em vista que viviam 
às brigas. A alternativa D está incorreta, pois o fragmento se 
debruça especificamente sobre o estereótipo representado 
pela prima Justina, não dos costumes de toda a sociedade.
QUESTÃO 22 
COMÉDIA EM TRÊS ATOS. 
ATO PRIMEIRO 
O teatro representa o Campo de São Roque, em 
Paquetá. Quatro barracas, iluminadas e decoradas, como 
costumam ser nos dias de festa, ornam a cena de um e 
outro lado; a do primeiro plano, à direita, terá transparentes 
fantásticos, diabos, corujas, feiticeiras, etc. No fundo, vê-se o 
mar. Diferentes grupos, diversamente vestidos, passeiam de 
um para outro lado, parando, ora no meio da cena, ora diante 
das barracas, de dentro das quais se ouve tocar música. 
Um homem com um realejo passeia por entre os grupos, 
tocando. A disposição da cena deve ser viva. 
PENA, M. In: As melhores comédias de Martins Pena. Porto Alegre: 
Mercado Aberto, 1996. 
Esse texto introduz a peça As casadas solteiras, do 
autor Martins Pena, publicada em 1842. Nele, são dadas 
instruções cênicas, que guiam tanto os leitores quanto os 
atores e equipe de palco. Em acordo com o projeto romântico, 
o fragmento defende o(a) 
A. 	 salvação pela religião, sugerindo a negação da 
identidade brasileira aos povos não cristãos. 
B. 	 compromisso com a cor local, valorizando santos, 
padroeiros e comemorações típicas. 
C. 	 enaltecimento do brasileiro, menosprezando os 
descendentes de índios e africanos. 
D. 	 miscigenação brasileira, responsabilizando-a pela vasta 
produção artística nacional. 
E. 	 imposição de uma república, culpando o Império pela 
desigualdade social no país. 
Alternativa B
Resolução: A rubrica inicial da peça As casadas solteiras 
situa a cena num cenário tipicamente brasileiro, incorporando 
elementos nacionais, como santos e padroeiros locais e 
comemorações regionais típicas. Em consonância com o 
projeto romântico, esse texto valoriza a cor local, ou seja, 
as características da sociedade brasileira. Outras obras 
do Romantismo nacional valorizam aspectos da natureza 
brasileira, a fauna e a flora. Dessa forma, está correta a 
alternativa B.
QUESTÃO 23 
Fe
rn
an
do
 G
on
sa
le
s
Para entender a tirinha anterior, é necessária a informação 
presente na legenda, pois ela
 A contextualiza a situação do “período de hibernação”.
 B explica sobre o não funcionamento do despertador.
 C insere um elemento nonsense no texto.
 D introduz a complicação da narrativa.
 E prenuncia uma quebra de expectativa.
Alternativa A
Resolução: O humor, na tirinha, reside no fato da 
personagem Waldir estar muito magra, por ter dormido 
mais do que deveria, perdendo, com isso, sua reserva de 
gordura. Para compreender a piada, então, o leitor precisa 
da informação presente na legenda, pois é ela que explica 
o que ocorre no “período de hibernação”. Logo, a alternativa 
correta é a A. A alternativa B está incorreta, pois a informação 
não trata do despertador, e sim da hibernação. A alternativa C 
está incorreta, pois o nonsense, no humor, está ligado a uma 
piada sem coerência e conexão aparente com a realidade; a 
informação, entretanto, faz com que a piada tenha um sentido 
coerente. A alternativa D está incorreta, pois a informação 
não complica a narrativa, e sim justifica o seu final irreverente. 
A alternativa E está incorreta, pois a informação está em 
consonância com o quadro seguinte, não ocorrendo quebra 
de expectativa.
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Esse texto introduz a peça As casadas solteiras, do 
autor Martins Pena, publicada em 1842. Nele, são dadas 
instruções cênicas, que guiam tanto os leitores quanto os 
atores e equipe de palco. Em acordo com o projeto romântico, 
o fragmento defende o(a) 
A. 	 salvação pela religião, sugerindo a negação da 
identidade brasileira aos povos não cristãos. 
B. 	 compromisso com a cor local, valorizando santos, 
padroeiros e comemorações típicas. 
C. 	 enaltecimento do brasileiro, menosprezando os 
descendentes de índios e africanos. 
D. 	 miscigenação brasileira, responsabilizando-a pela vasta 
produção artística nacional. 
E. 	 imposição de uma república,culpando o Império pela 
desigualdade social no país. 
Alternativa B
Resolução: A rubrica inicial da peça As casadas solteiras 
situa a cena num cenário tipicamente brasileiro, incorporando 
elementos nacionais, como santos e padroeiros locais e 
comemorações regionais típicas. Em consonância com o 
projeto romântico, esse texto valoriza a cor local, ou seja, 
as características da sociedade brasileira. Outras obras 
do Romantismo nacional valorizam aspectos da natureza 
brasileira, a fauna e a flora. Dessa forma, está correta a 
alternativa B.
QUESTÃO 23 
Fe
rn
an
do
 G
on
sa
le
s
Para entender a tirinha anterior, é necessária a informação 
presente na legenda, pois ela
 A contextualiza a situação do “período de hibernação”.
 B explica sobre o não funcionamento do despertador.
 C insere um elemento nonsense no texto.
 D introduz a complicação da narrativa.
 E prenuncia uma quebra de expectativa.
Alternativa A
Resolução: O humor, na tirinha, reside no fato da 
personagem Waldir estar muito magra, por ter dormido 
mais do que deveria, perdendo, com isso, sua reserva de 
gordura. Para compreender a piada, então, o leitor precisa 
da informação presente na legenda, pois é ela que explica 
o que ocorre no “período de hibernação”. Logo, a alternativa 
correta é a A. A alternativa B está incorreta, pois a informação 
não trata do despertador, e sim da hibernação. A alternativa C 
está incorreta, pois o nonsense, no humor, está ligado a uma 
piada sem coerência e conexão aparente com a realidade; a 
informação, entretanto, faz com que a piada tenha um sentido 
coerente. A alternativa D está incorreta, pois a informação 
não complica a narrativa, e sim justifica o seu final irreverente. 
A alternativa E está incorreta, pois a informação está em 
consonância com o quadro seguinte, não ocorrendo quebra 
de expectativa.
QUESTÃO 24 
O penteado
E Capitu deu-me as costas, voltando-se para o 
espelhinho. Peguei-lhe dos cabelos, colhi-os todos e entrei 
a alisá-los com o pente, desde a testa até as últimas pontas, 
que lhe desciam à cintura. Em pé não dava jeito: não 
esquecestes que ela era um nadinha mais alta que eu, mas 
ainda que fosse da mesma altura. Pedi-lhe que se sentasse.
– Senta aqui, é melhor.
Sentou-se. “Vamos ver o grande cabeleireiro”, disse-me 
rindo. Continuei a alisar os cabelos, com muito cuidado, e 
dividi-os em duas porções iguais, para compor as duas tranças. 
Não as fiz logo, nem assim depressa, como podem supor os 
cabeleireiros de ofício, mas devagar, devagarinho, saboreando 
pelo tacto aqueles fios grossos, que eram parte dela. 
O trabalho era atrapalhado, às vezes por desazo, outras 
de propósito para desfazer o feito e refazê-lo. Os dedos 
roçavam na nuca da pequena ou nas espáduas vestidas de 
chita, e a sensação era um deleite. Mas, enfim, os cabelos 
iam acabando, por mais que eu os quisesse intermináveis. 
Não pedi ao céu que eles fossem tão longos como os da 
Aurora, porque não conhecia ainda esta divindade que 
os velhos poetas me apresentaram depois; mas, desejei 
penteá-los por todos os séculos dos séculos, tecer duas 
tranças que pudessem envolver o infinito por um número 
inominável de vezes.
ASSIS, M. Dom Casmurro. Disponível em: <http://www.dominiopublico.
gov.br/download/texto/bv00180a.pdf>. Acesso em: 27 nov. 2012.
No texto anterior, retirado da obra Dom Casmurro, de 
Machado de Assis, o tipo textual predominante é
A. 	 argumentativo, por Bentinho justificar a lentidão com 
que penteou Capitu, tendo como conclusão o fato de 
aproveitar por mais tempo o contato físico estabelecido 
entre eles.
B. 	 descritivo, por Bentinho enumerar características de 
como realizou o penteado em Capitu, destacando as 
particularidades do cabelo dela.
C. 	 expositivo, por serem apresentadas no trecho 
informações enumeradas sobre o tipo de relação que 
se estabeleceu entre Bentinho e Capitu.
D. 	 injuntivo, por Bentinho estabelecer uma interlocução 
com Capitu, instruindo-a a realizar atitudes para que 
ele pudesse então pentear-lhe os cabelos.
E. 	 narrativo, por relatar uma sequência de atitudes 
desenvolvidas por Bentinho e Capitu, em um espaço 
e em um lugar específicos, com temporalidade linear.
Alternativa E
Resolução: O trecho retirado da obra Dom Casmurro 
tem como tipologia textual predominante a narrativa, uma 
vez que esta é caracterizada pela sucessão de eventos 
envolvendo uma ou mais personagens, e delimitados no 
tempo e no espaço. No texto, os eventos narram a ocasião 
em que Bentinho penteou Capitu, enfatizando as ações das 
personagens. Logo, a alternativa correta é a E. A alternativa A 
é incorreta, pois Bentinho não tem como objetivo, ao narrar 
os eventos, defender uma tese, corroborada pelos seus 
argumentos para pentear devagar a menina, e sim justificar 
seus atos. A alternativa B é incorreta, pois o objetivo 
comunicativo do trecho não é descrever as características 
do penteado, e sim contar este evento com suas minúcias. 
A alternativa C é incorreta, pois não há enumeração de 
informações, e não há a objetividade que se expressa 
no texto expositivo; pelo contrário, há a sequenciação de 
eventos, elemento que garante a progressão destes na 
tipologia narrativa. A alternativa D é incorreta, pois o objetivo 
comunicativo não é instruir Capitu e, quando ocorre o pedido 
para que ela se sente, isto se apresenta como mais um 
evento narrativo pertencente à cena.
QUESTÃO 25 
[...] designa-se “catáfora” o termo ou expressão que faz 
referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele 
uma relação não autônoma, portanto, dependente. Para 
compreender um termo catafórico é necessário interpretar 
o termo ao qual faz referência. 
Disponível em: <http://www.infoescola.com/portugues/anafora-e-
catafora/>. Acesso em: 08 jan. 2014. 
O termo destacado a seguir que estabelece uma catáfora é: 
A. 	 “A irmã olhou-o e disse: – João, estás com um ar 
cansado.” 
B. 	 “A sala de aula está degradada. As carteiras estão 
todas riscadas.” 
C. 	 “João está doente. Vi-o na semana passada.” 
D. 	 “João, Maria e José. Esses são os nomes próprios 
mais utilizados na língua portuguesa”. 
E. 	 “O mundo vive momentos conturbados. A crise atual é 
a responsável.” 
Alternativa A
Resolução: A alternativa correta é a A. Logo, o termo em 
destaque, -o, é uma catáfora, por fazer referência ao termo 
subsequente “João”, que, estando no mesmo período, 
pode ser resgatado, garantindo o sentido completo da 
frase. A alternativa B está incorreta, pois “carteiras” é o 
núcleo do sujeito da oração, não fazendo referência a algo 
subsequente, mas sendo caracterizado pelo predicativo do 
sujeito. A alternativa C está incorreta, pois a partícula, -o, 
refere-se a um termo que o antecede na oração, João, tendo, 
portanto, função anafórica. A alternativa D está incorreta, 
pois o pronome demonstrativo “esses” refere-se aos nomes 
que vêm imediatamente antes. A alternativa E está incorreta, 
pois “crise” não faz referência a nenhum termo, antecedente 
ou subsequente.
QUESTÃO 26 
Corinthians do meu coração
És grande no esporte bretão,
O passado ilumina tua história.
Ciente de tua missão:
Vitória, vitória, vitória.
Corinthians do meu coração,
Tu és religião de janeiro a janeiro.
Ser corinthiano é ir além
De ser ou não ser o primeiro.
Ser corinthiano é ser também
Um pouco mais brasileiro.
EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Tens a tradição
De um clube tantas vezes campeão.
Pelos teus rivais, temido;
Pela tua FIEL, querido.
Ser corinthiano é ir além
De ser ou não ser o primeiro.
Ser corinthiano é ser também
Um pouco mais brasileiro.
TOQUINHO. Disponível em: <http://letras.mus.br/toquinho/87203/>. 
Acesso em: 05 jun. 2013.
Na canção anterior, definem-se os torcedores do Corinthians 
como brasileiros
A. 	 fanáticos, que encontram no futebol alívio para a vida.
B. 	 autênticos, que, apesar do sofrimento, não desistem.
C. 	 paradoxais, que conseguem simultaneamente amar e 
odiar seu time.
D. 	 inescrupulosos,que fazem tudo para garantir a vitória 
do time.
E. 	 apaixonados, que, independentemente dos resultados, 
amam seu time.
Alternativa E
Resolução: Na canção, os torcedores do Corinthians são 
caracterizados por pessoas que têm em comum um amor 
abnegado e perene pelo time, e, portanto, a paixão destes 
independe do resultado das partidas. Logo, a alternativa 
correta é a E. A alternativa A está incorreta, pois não há 
menção crítica ao sentimento dos torcedores ou a uma 
possível alienação, de onde se possa depreender uma 
conduta fanática. A alternativa B está incorreta, pois, 
ao a canção afirmar que a eles não é preciso serem os 
primeiros, pode-se dizer, também, que não se reivindica 
uma autenticidade, dos mesmos ou do time. A alternativa C 
está incorreta, pois é afirmada uma paixão constante, “de 
janeiro a janeiro”, não existindo paradoxo. A alternativa D está 
incorreta, pois não há menção a posturas inescrupulosas, e o 
temor dos adversários se deve à tradição de vitórias do time.
QUESTÃO 27 
Mulher com fome
Uma mulher ameaça três vezes o telefone e desiste. 
Gira-se no mesmo eixo. Senta-se no sofá. Põe um disco. 
Ela já sabe a música e a canta antes do cantor, de forma que ele 
faz seu eco. Abre uma garrafa de vinho. Joga a rolha no lixo. 
Serve-se. Bebe de uma vez. Torna a servir-se. Torna a sentar-se 
no mesmo sofá. Agora bebe delicadamente. Levanta um 
palmo de vestido. Acende um cigarro. Fuma e bate a cinza 
com pose. Desfaz a pose, mas continua fumando, deixando 
a cinza cair no chão. Levanta-se. Põe sapato de salto, abre 
a janela e começa a comer a paisagem.
BONASSI, F. São Paulo / Brasil. Belo Horizonte: Dimensão, 2002.
Um tipo textual é classificado com base em seus 
elementos constitutivos, como as relações verbais e lexicais, 
bem como por inferências sobre os objetivos pretendidos e 
os interlocutores potenciais de determinado texto.
Nesse sentido, no texto anterior, reconhece-se uma 
sequência textual
A. 	 explicativa, em que se expõem informações objetivas 
sobre o comportamento da mulher.
B. 	 injuntiva, em que se instrui sobre o comportamento 
feminino com base nas ações da mulher.
C. 	 narrativa, em que sequencialmente se relatam ações 
que revelam o modo de se comportar da mulher.
D. 	 descritiva, em que, com base nos sentidos captados 
pelo enunciador, constrói-se a imagem da mulher.
E. 	 argumentativa, em que, implicitamente, se defende a 
opinião subjetiva do enunciador sobre a mulher.
Alternativa C
Resolução: A alternativa C está correta, pois desenvolvem-se 
as ações propriamente ditas, onde se vai, progressivamente, 
revelando o modo da mulher se comportar. A tipologia textual 
descritiva é caracterizada pela enumeração de atributos 
e / ou a descrição de aspectos físicos e psicológicos, logo, 
a alternativa D está incorreta. A alternativa A é incorreta, 
pois não há uma descrição objetiva da personagem, e sim 
uma apreensão dos detalhes que chamam a atenção do 
enunciador. A alternativa B é incorreta, pois não há juízo de 
valor sobre a mulher, nem se expressa nenhuma intenção 
em instruir o leitor sobre práticas adequadas. A alternativa E 
é incorreta, pois o narrador descreve a personagem sem 
atribuir a ela, ou mesmo à cena, qualquer juízo – e, portanto, 
não há argumentação ou defesa de uma tese.
QUESTÃO 28 
Grito negro 
Eu sou carvão! 
E tu arrancas-me brutalmente do chão 
e fazes-me tua mina, patrão. 
Eu sou carvão! 
e tu acendes-me, patrão 
para te servir eternamente como força motriz 
mas eternamente não, patrão. 
Eu sou carvão 
e tenho que arder, sim 
e queimar tudo com a força da minha combustão. 
Eu sou carvão 
tenho que arder na exploração 
arder até às cinzas da maldição 
arder vivo como alcatrão, meu irmão 
até não ser mais a tua mina, patrão. 
Eu sou carvão 
Tenho que arder 
queimar tudo com o fogo da minha combustão. 
Sim! 
Eu serei o teu carvão, patrão! 
CRAVEIRINHA, José. In: ANDRADE, Mário de. (Org.). 
Antologia temática da poesia africana. 3. ed. 
Lisboa: Instituto Cabo-verdeano do Livro, 1980. v.1. p.180.
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 EM 2ª SÉRIE – VOL. 1 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
José Craveirinha, poeta moçambicano, é considerado 
um dos mais importantes escritores africanos de língua 
portuguesa. No poema anterior, a percepção do eu lírico em 
relação ao contexto em que está inserido 
A. 	 apresenta-se em tom de aceitação quanto à condição 
social e política do seu país. 
B. 	 revela-se em tom de denúncia quanto às relações de 
poder construídas entre os seres humanos. 
C. 	 apresenta um mundo ficcional que, de forma lúdica, 
define-o como carvão. 
D. 	 demonstra os seus ressentimentos diante da história 
de sua nação. 
E. 	 evidencia uma realidade concreta construída por meio 
de sua voz solitária e resignada.
Alternativa B
Resolução: No poema, o eu lírico se utiliza da metáfora 
construída através da identificação do carvão, com os 
atributos que o caracterizam, consigo, para denunciar a 
sua relação com o patrão – onde tanto o eu lírico quanto o 
patrão representam figuras que apontam para coletividades 
humanas, mais que para indivíduos singulares. Assim, 
o poema traz um tom de denúncia dessa realidade, 
construída em torno de relações de poder. Logo, a alternativa 
correta é a B. A alternativa A está incorreta, pois não há tom 
de aceitação, como o final do poema bem expressa, ao trazer 
a imagem da combustão e do incêndio que dá fim àquela 
relação. A alternativa C está incorreta, pois o carvão, no 
poema, não tem como finalidade a ludicidade ou a fantasia, 
mas a construção da metáfora, pela força imagética que 
a figura de linguagem carrega em si. A alternativa D está 
incorreta, pois não há elementos, no poema, que leve o leitor 
a afirmar que o eu lírico fala sobre a realidade específica de 
seu país, e o ressentimento não é um sentimento que se 
apresenta solitário, sendo, pelo contrário, sobreposto pela 
revolta já referida. A alternativa E está incorreta, pois a voz 
não se mostra resignada e, ao ela se dirigir a um “irmão”, 
não é possível afirmar que ela esteja solitária.
QUESTÃO 29 
Entende que, sendo a língua instrumento do espírito, não 
pode ficar estacionária quando este se desenvolve. 
Fora realmente extravagante que um povo, adotando 
novas ideias e costumes, mudando os hábitos e tendências, 
persistisse em conservar rigorosamente aquele modo de 
dizer, que tinham seus maiores. 
Assim, não obstante os clamores da gente retrógrada, 
que a pretexto de classicismo aparece em todos os tempos 
e entre todos os povos, defendendo o passado contra o 
presente; não obstante a força incontestável dos velhos 
hábitos, a língua rompe as cadeias que lhe querem impor, 
e vai se enriquecendo já de novas palavras, já de outros 
modos diversos de locução.
A escola ferrenha, que já vai em debandada, mas há 
cerca de vinte anos tão grande cruzada fez em prol do 
classicismo, pretende que atualmente, meado do século XIX, 
discorramos naquela mesma frase singela da adolescência 
da língua, quando a educavam os bons escritores dos 
séculos XV e XVI.
Não é isso possível; se o fosse, tornara-se ridículo.
A linguagem literária, escolhida, limada e grave, não 
é por certo a linguagem cediça e comum, que se fala 
diariamente e basta para a rápida permuta das ideias: a 
primeira é uma arte, a segunda é simples mister.
Disponível em: <http://pt.wikisource.org/wiki/Diva/Pós-escrito>. 
Acesso em: 15 abr. 2013.
Os estudos linguísticos demonstram que as línguas 
modificam-se com o tempo e com os usos que se fazem 
delas.
O fragmento de texto de José de Alencar, escritor brasileiro 
do Romantismo, confirma essa ideia ao destacar
A. 	 as ideias e os costumes, os hábitos e as tendências 
que forjaram a modificação da língua utilizada no Brasil 
nos séculos XV e XVI.
B. 	 os clamores dos classicistas, que defendem as formas 
da língua utilizada no passado em detrimento das 
formas utilizadas no presente.
C. 	 as novas palavras e os modos diversos de interlocução 
que enriqueceram

Continue navegando