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Instrutor / Professor Derval Ubirajara Leite Lima Técnico em Eletromecânica CFT – 45658340578 Graduando em Tecnologias Educacionais Área – Manutenção e Montagens Industriais SENAI Unidade CIMATEC Sistema FIEB | www.fieb.org.br (71) 3462-9520 - Ramal 9545 Cel (71) 99959-4067 derval.lima@fieb.org.br TÉCNICO EM MECÂNICA U.C Técnicas de Manutenção Preditiva BOA NOITE INICIAREMOS EM INSTANTES Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas No dia a dia das organizações, é muito comum se deparar com situações atípicas, que interferem na realização das atividades diárias podendo causar muita dor de cabeça, por impedir a realização correta de algo ou até impedir a organização de atingir suas metas e resultados esperados. É neste momento que o Técnico faz toda diferença, levando a expertise, e o conhecimento desenvolvidos nos Laboratórios do Senai para propor soluções de melhorias, em máquinas e equipamentos, seja em qualquer ramo da atividade industrial. TÉCNICO EM MECÂNICA Laboratório de Manutenção – Fonte: Próprio autor TÉCNICO EM MECÂNICA FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Estratégias de manutenção na indústria Na indústria atual existem basicamente 3 tipos de estratégias de manutenção: Corretiva (Produzir até quebrar) – Método tradicional onde a máquina produz até que um defeito ocorra e a forçe a parar para manutenção; Preventiva (Intervalos de tempo) – Paradas de manutenção ocorrem a intervalos regulares menores que o “tempo entre falhas” especificado para os componentes substituídos. Evita paradas inesperadas porém pode significar substituição de componentes antes do fim da vida útil; Preditiva (Baseada na condição) – Baseia-se no monitoramento de componentes da máquina buscando identificar variação de parâmetros de funcionamento que indiquem início e desenvolvimento de uma falha, efetuando a manutenção antes da quebra do componente. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Manutenção corretiva Manutenção corretiva é a atividade de manutenção necessária para corrigir uma falha que já ocorreu. Esta atividade consiste na reparação, restauro ou substituição de componentes para recolocar a máquina em funcionamento. Em geral a parada não programada da máquina resulta em custos de pessoa, interrupção de linha e dependendo do momento em que ocorre pode resultar em altos custos. Via de regra, quando uma manutenção corretiva se inicia não se sabe quando ela vai acabar, por isso é a mais onerosa das manutenções. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Manutenção preventiva Manutenção preventiva é uma manutenção planejada no tempo que previne a ocorrência corretiva, o que implica na parada não planejada das máquinas. Os programas mais comuns de um plano de manutenção preventiva são: Lubrificação Ajustes Troca de peças Recondicionamentos de máquinas para toda a planta industrial. Devido a considerar intervalos de tempo corre-se o risco de trocar peças boas que ainda poderiam funcionar por mais algum tempo. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Manutenção preditiva Manutenção preditiva apresenta vantagens de evitar a quebra prematura do componente e também permitir a maximização de sua vida útil. Através do monitoramento e uso de alarmes pode-se antecipar a ocorrência da falha e efetuar a manutenção, evitando a ocorrência da falha. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Monitoramento de máquinas As etapas de um monitoramento: 1 - Avaliação do equipamento 2 – Definição do padrão de monitoramento 3 – Determinação da técnica de monitoramento 4 – Implementação da coleta de dados 5 – Criação de um banco de dados da máquina 6 – Implementar correções no plano de monitoramento Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Monitoramento de máquinas Avaliação do equipamento: Identificar qual equipamento tem maior impacto na produção; Presença ou não de sistemas de auto-supervisão; Obtenção dos índices de MTBF (Mean Time Between Failures) e MTTR (Mean Time To Repair) dos componentes críticos da máquina; Identificar quais os pontos no equipamento são mais acessíveis para a montagem de sensores e transdutores; Buscar por dados históricos ou análises de risco dos equipamentos, por exemplo o FMEA da máquina. 1 Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Monitoramento de máquinas Definição do padrão de monitoramento: Traçar o perfil da taxa de falhas no tempo dos componentes. 2 Perfil Tipo Monitoramento Aumento gradual Aplicar monitoramento com nível de alarme baixo para identificar o momento de manutenção; Mortalidade infantil Aplicar testes iniciais de stress (burn-in) e monitoramento durante a vida útil. Poucas falhas quando novo Aplicar monitoramento durante toda a vida útil do equipamento Curva da banheira Aplicar testes iniciais de stress (burn-in) e monitoramento durante a vida útil com nível de alarme baixo. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Monitoramento de máquinas Determinar a técnica de monitoramento: Identificar qual parâmetro será monitorado e técnica a ser utilizada. 3 Métodos Exemplo de equipamento a ser aplicado Análise de vibrações Máquinas rotativas em geral: motores, redutores, compressores, bombas, ventiladores, rolamentos e engrenagens. Análise óleo Redutores, circuitos hidráulicos e motores Termografia Caixas de distribuição de energia, equipamentos de alta-tensão e componentes eletrônicos Ultra-som Equipamentos pneumáticos e máquinas de fluxo Corrente elétrica Motores elétricos Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Monitoramento de máquinas Implementação da coleta de dados: Nesta etapa são efetuadas as coletas de dados do equipamento; Nas primeiras coletas de dados, quando ainda não se possui histórico da máquina é conveniente a utilização de mais sensores distribuídos pelo equipamento e diminuir o tempo entre retirada de amostras; No início do monitoramento podem ocorrer falhas inesperadas em função de componentes não monitorados ou que possuíam falhas de fabricação ou instalação. 4 Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Monitoramento de máquinas Criação do banco de dados da máquina: Com base nos dados coletados na etapa anterior e nas etapas de manutenção cumpridas, pode-se criar um histórico do monitoramento. Total de máquinas monitoradas; Condição dos equipamentos após o enquadramento nos seus respectivos alarmes (gráfico demonstrativo); Tipos de defeitos encontrados (gráfico demonstrativo); Resumo geral da condição de equipamento; Recomendações e observações de como eliminar os problemas encontrados. 5 Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Monitoramento de máquinas Implantar correções no plano de monitoramento: Com base nas informações coletas é possível: Diminuir ou aumentar o tempo entre coletas de amostras; Alterar a técnica de análise dos dados; Identificar correções a serem efetuadas no equipamento; Utilização de outros tipos de sensores. 6 Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Indicadores de estado das máquinas Após a criação do primeiro banco de dados das máquinas, é necessário identificar quais indicadores apropriados para as medições periódicas. Tais indicadores devem possuir as seguintes características: Progredir com o defeito permitindo a definição de níveis de alarme; Ser pouco sensíveis, as mudanças de carga nos eixos, a perturbação por fontes externas, e as características dos sensores, etc; Se medidos em duas falhas iguais porém em locais diferentes devem permitir comparação dos valores antes e depois das falhas. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Monitoramento Permanente x Intermitente Necessidade de monitoramento permanente: Máquinas críticas que possuem transdutores de vibração permanentes e continuamente monitoradas; Equipamentos que podem sofrer mudanças rápidas nas condições de operação que podem preceder falhas graves; Máquinas que não possuem equipamento reserva. Vantagens: Permite reação muito rápida a mudançasabruptas e permite proteger equipamentos de maior valor; É a melhor forma de proteção para falhas não previsíveis. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Monitoramento Permanente x Intermitente Desvantagem do monitoramento permanente: Custo elevado de equipamentos e pessoal – Este monitoramento é aplicado para máquinas críticas; Onde os transdutores forem proxímetros estes tem que ser montados dentro da máquina no estágio de projeto, assim modificações em máquinas existentes algumas vezes são proibitivas; O tempo de reação deve ser muito rápido, requerendo para tanto técnicas simples de monitoramento baseadas no acompanhamento do nível de vibração global e da fase. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Monitoramento Permanente x Intermitente Monitoramento intermitente: Aplicado a processos mais estáveis, onde os períodos de coleta de dados possibilitam identificar mudanças nas características do processo e ativar alarmes de manutenção; Reduz custo de implementação, equipamento e pessoal; A desvantagem é não conseguir identificar mudanças rápidas dos parâmetros e falhas não previsíveis, para estes casos deve-se utilizar monitoramento permanente. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Monitoramento de máquinas Dentro do ciclo do monitoramento apresentado, atualmente as duas grandes frentes de análise da condição de máquinas são: Análise de lubrificante – Consiste na avaliação do óleo lubrificante utilizado na máquina em busca de partículas em suspensão e contaminantes; Análise de vibração – Consiste na avaliação dos níveis de vibração de componentes da máquina, também chamados de “assinatura de vibração”. O desenvolvimento das falhas altera o comportamento destes sinais e podem ser utilizados como indicativo da progressão da falha. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Análise de lubrificantes A análise de óleo procura identificar as condições do lubrificante e identificar a presença de partículas em suspensão no lubrificante. Existem basicamente duas técnicas de análise: Ferrografia: Investigação microscópica dos fragmentos em suspensão para determinar o tipo e a localização das falhas; Espectrografia: Amostras de lubrificantes passam por análise química para determinar a presença de materiais que possam ser resultado de abrasão entre os componentes. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Análise de lubrificantes A seleção da técnica para análise de pequenas partículas e componentes da amostra de óleo pode ser feita em função do tamanho da partícula em análise: A Ferrografia distingue o tamanho e forma da partícula mas possui restrição a pequenos tamanhos (< 2mm) e identificação dos componentes da amostra; A Espectrometria não distingue tamanho e forma, mas pode identificar partículas menores e quais são os componentes da amostra. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Análise de lubrificantes A espectrometria é uma técnica que se baseia na avaliação das freqüências luminosas emitidas pelos elementos de uma amostra de óleo quando entram em combustão (cada elemento químico possui a sua própria freqüência). Permite a identificação de substâncias metálicas (ferro, cobre, alumínio, etc.) e contaminações externas (ex: silício). Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Análise de lubrificantes A Ferrografia baseia-se na avaliação microscópica visual de partículas extraídas e depositadas em uma lâmina de microscópio chamada de ferrograma. Examinando forma, cor, detalhe das bordas, efeitos de um campo magnético e outros testes como tratamento térmico e adição de reagentes químicos, pode-se identificar o mecanismo de desgaste. Essa tecnologia diferencia o tipo de material contido na amostra e determina o componente de desgaste a partir do qual ele foi gerado. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Análise de lubrificantes O estado do óleo pode ser analisado de forma mais ampla para indicar outras anormalidades: INDICAÇÃO CAUSA PROVÁVEL AÇÃO SUGERIDA Espuma Agitação excessiva ou passagem sob pressão através de uma restrição. Verificar o sistema Emulsão - Separa-se naturalmente ou por Centrifugação Contaminação por água Drenar a água Trocar o óleo Escurecimento Oxidação do óleo Temperatura elevada Produtos de combustão em contato com o óleo Trocar o óleo Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Análise de vibração Um corpo é dito estar vibrando quando ele descreve um movimento de oscilação em torno de uma posição de referência. O número de vezes de movimento completo (Ciclos) efetuados no período de 1(um) segundo é chamado de freqüência e medido em hertz (Hz). A análise de vibrações busca por indícios (mudanças) de amplitude e freqüências nos sinais coletados que são indícios de alteração no funcionamento do equipamento. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Análise de vibração A análise da vibração consiste em identificar freqüências específicas no espectro de freqüência dos sinais coletados das máquinas em funcionamento a fim de identificar antecipadamente falhas do sistema. Um sinal no domínio do tempo não demonstra claramente quais as falhas de um equipamento. O processamento dos sinais e visualização no domínio da freqüência é necessário para melhor identificação das freqüências que pode, indicar uma falha do equipamento. Sinal no domínio do tempo Sinal no domínio da freqüência Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Análise de vibração Vantagens da análise de vibrações: Os sinais coletados identificam prontamente a mudança da condição dos equipamentos; É capaz de detectar avaria na sua fase inicial, quando ainda não gerou danos graves no equipamento; Pode (e deve) ser aplicado com a máquina em funcionamento; Na maioria dos casos permite identificar o componente que está gerando a vibração; Alguns equipamentos de coleta de dados (ex: coletores portáteis) e sensores tem tamanho pequeno e portanto facilidade para uso em campo; Permite monitoramento intermitente ou permanente. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Análise de vibração Entre os modos de falha que podem ser identificados por análise de vibração estão: • Defeitos de rolamento; • Desbalanceamento e desalinhamento; • Excentricidade; • Interferência; • Erosão localizada; • Abrasão; • Ressonância; • Folgas; Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas Análise de vibração As principais técnicas de análise de vibração utilizadas para o diagnóstico de máquinas são: Deslocamento, velocidade e aceleração global; Fator de crista (Crest factor); Análise no domínio do tempo; Análise espectral; Análise do Envelope; Curtose. Estas técnicas serão detalhadas nos capítulos posteriores. Introdução e técnicas de diagnóstico de máquinas TÉCNICO EM MECÂNICA O mercado de trabalho para a atuação deste profissional é muito amplo: Contempla indústrias como a metalomecânica, química, petroquímica, petrolífera, refrigeração, automotiva, agrícola, de alimentos e bebidas, química, de couro e calçados, entre outras, além de atuar em laboratórios de controle de qualidade e prestação de serviços, manutenção, assessoria e consultoria. MERCADO DE TRABALHO Oficina Mecânica Empresa – Fonte: Própria do autor Laboratório Mecânica Senai – Fonte: Própria do autor Laboratório Mecânica Senai – Fonte: Própria do autor TÉCNICO EM MECÂNICA Caracterizando a área: Algumas ações são implementadas durante o curso como visitas técnicas às empresas, oportunidade em que os alunos tem o contato direto com o pessoal da área de gestão de pessoas, pessoal de produção e principalmente o pessoal de manutenção. VISITAS TÉCNICAS ÀS EMPRESAS PARA CONHECER A DINÂMICA DO CHÃO DE FÁBRICA TÉCNICO EM MECÂNICA TÉCNICO EM MECÂNICA TÉCNICO EM MECÂNICA APLICAÇÃO DA MANUTENÇÃO CORRETIVA, PREVENTIVAS E PREDITIVAS. PROJETOS DESENVOLVIDOS NO SENAI Alimentos Refinarias de Petróleo Indústrias Químicas TÉCNICO EM MECÂNICA Possibilidades de atuação do Técnico em Mecânica Especializados em TécnicasPreditivas: O mercado é um dos mais versáteis e abrangentes com atuação forte nos segmentos de Manutenção Industrial, Fabricação, Açúcar e Álcool, Alimentos, Biodiesel, Cervejaria, Energia, Farmacêutico, Têxtil, Metalurgia, Mineração, Celulose e Papel, Petróleo e Gás, Saneamento, Química, Petroquímica e Vidro, Metal Mecânica, Montadoras de Automóveis. TÉCNICO EM MECÂNICA TÉCNICO EM MECÂNICA
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