Buscar

Cárie em crianças com intolerância à lactose e alergia à proteína do leite de vaca

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

18
FACULDADE REGIONAL DA BAHIA – UNIRB
BACHARELADO EM ODONTOLOGIA 1º SEMESTRE
CLEIANE TAYRINE SOARES FARIA
ANÁLISE CRÍTICA DE ARTIGO CIENTÍFICO
BARREIRAS-BA
2019
CLEIANE TAYRINE SOARES FARIA
ANÁLISE CRÍTICA DE ARTIGO CIENTÍFICO
Trabalho apresentado ao Curso de Odontologia como parte integrante da atividade Interdisciplinar da Faculdade UNIRB Barreiras, para as disciplinas: Anatomia Humana, Histologia e Embriologia, Biologia Geral, Bioquimica, Primeiros Socorros, Antropologia, História e Cultura Africana e Indígena, Leitura e Produção Textual e Seminário Interdisciplinar.
 Orientado por: Profa. Ana Paula Bastos
BARREIRAS-BA
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 ATUALIDADE DO TEMA 	5
3 REFERÊNCIAS UTILIZADAS PELOS AUTORES DO ARTIGO	6
4 RESUMO DO ARTIGO	7
	4.1 Introdução	7
	4.2 Materiais e Métodos	7
	4.3 Resultados	9
	4.4 Discussão	9
	4.5 Conclusão	10
5 POSSIBILIDADE DE REPRODUÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS	11
6 SUGESTÕES DE TRABALHOS FUTUROS	12
7 LISTA DE DÚVIDAS	13
8 CONCLUSÃO..........................................................................................................14
REFERÊNCIAS	16
ANEXOS	17
1. INTRODUÇÃO
O trabalho analisa as condições de saúde bucal em crianças e adolescentes portadores da APLV (Alergia a proteína do Leite da vaca) e IL (Intolerância à Lactose), as suas necessidades de tratamento e o consumo de leite e seus derivados. Visando obter resultados que definam a relação entre os altos índices de Cárie dentaria em crianças e jovens portadores de APLV e IL com a doença.
Por se tratar de um artigo voltado para a saúde bucal coletiva, o mesmo está direcionado a toda comunidade interessada no tema, com enfoque em familiares de crianças portadoras de alergia a proteína do leite ou intolerância à lactose, como também, a estudantes que busquem estudos relacionados ao assunto abordado. No entanto, com uma linguagem um tanto complexa para pessoas com pouco conhecimento aprofundado na área, necessitando de melhores esclarecimentos para um público geral.
O objetivo principal do trabalho foi verificar se de fato há relação entre a cárie dentária e a alergia a proteína do leite e a intolerância à lactose. Quais os fatores predominantes que comprovem tal questionamento, como também se há alguma relação com a dieta restrita das crianças diagnosticadas com a doença, a fim de desvendar as principais causas, viabilizando um tratamento precoce, com o intuito de evitar complicações futuras relacionadas a saúde bucal.
Mediante os critérios da Organização Mundial de Saúde, foi elaborado um questionário, enviado aos pais ou responsáveis para coletar informações das crianças e jovens parte da pesquisa. Os questionamentos presentes na pesquisa referem-se a ingestão alimentar das crianças, doenças pré-existentes, uso de medicamentos, e se a crianças possui alergia a proteína do leite ou Intolerância a Lactose. A identificação das crianças com APL ou IL foi baseada nas respostas aos questionários, respondidos no momento da pesquisa ou em autor relatos dos pais ou responsáveis. Crianças com doenças sistêmicas ou neurológicas, doenças virais, que estavam em uso de aparelhos ortodônticos ou que não entregaram os documentos as autoridades escolares a tempo foram excluídas do processo, para evitar desvios no resultado final, diante de possíveis complexidades advindas de tais patologias ou características pré-existentes.
Conforme dados coletados foi possível observar que a incidência de cárie dentária em crianças com alergia a proteína do leite ou Intolerância a Lactose é maior que em crianças que não possuem essas doenças. Contudo, é necessário que haja tratamento preventivo a fim de evitar o surgimento de patologias bucais.
2. ATUALIDADE DO TEMA
 A intolerância a lactose tem sido um tema bastante estudado hodiernamente, tendo em vista que, segundo pesquisas 70% dos brasileiros sofre algum grau de intolerância a proteína do leite. Um outro aspecto trata-se da alergia a proteína do leite que atinge em grande parte crianças de 0 a 3 anos de idade. Como fator agravante quem apresenta intolerância a lactose ou alergia a proteína do leite, consequentemente deve suspender o uso do alimento, tento como consequência a diminuição do consumo de cálcio, caso não haja uma substituição adequada na dieta.
	Diante do exposto, muitos pesquisadores dedicam tempo em pesquisas que possam trazer resultados satisfatórios na busca de possíveis tratamentos, novas descobertas pertinentes ao assunto, como também desvendar as consequências provenientes da falta de cálcio no organismo. No entanto, apesar de muitas pesquisas abordando o tema da intolerância a lactose e alergia a proteína do leite associadas aos baixos índices de cálcio no organismo e suas consequências, pouco se vê estudos que especifiquem a relação entre a cárie dentaria e tais doenças.
	O artigo analisado neste trabalho veio de modo inovador propor um estudo aprofundado e específico em busca de respostas que justifiquem o fato de crianças e adolescentes que apresentem intolerância a lactose ou alergia a proteína do leite apresentarem uma predisposição maior ao surgimento de carie dentaria e se prognóstico está relacionado com a dieta diferenciada dos mesmos. Tal artigo traz estudos recentes, advindo de uma pesquisa realizada em 2017 e sua publicação em setembro de 2018, tendo grande relevância pelo Portal Capes que o classificou como A2.
	
3. REFERÊNCIAS UTILIZADAS PELOS AUTORES DO ARTIGO
	Os autores utilizaram 32 referências bibliográficas, sendo que, duas dessas referências encontram-se em formato de arquivo em PDF, um desses arquivos um artigo publicado pelo National Institute for Health and Clinical Excellence, em fevereiro de 2011, tratando da temática - Alergia alimentar em crianças e jovens. O outro arquivo refere-se a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, publicada em 2012, com participação do Ministério da Saúde. Ademais, a grande maioria das referências utilizadas estão disponibilizadas na web em formato de artigo. Dois desses artigos foram publicados pelo site Sience Direct da empresa de informações analíticas Elsevier, ambos os artigos fazem citação aos estudos sobre alergia a proteína do leite. Outros 5 artigos foram publicados no site Wiley Online Library, uma plataforma de publicação de periódicos acadêmicos, sendo que, três desses artigos falam sobre a alergia a proteína do leite, um cita sobre intolerância a lactose e o ultimo relata o estudo sobre a mudança na dieta de crianças com essas patologias. A revista eletrônica SciELO também foi utilizada pelos autores, sendo utilizado como referência 8 artigos do site, as publicações tratam de diversos assuntos referentes ao tema, tais como, estudos sobre a carie dentaria em crianças com síndrome do cromossomo x frágil, estudos sobre questionários de frequência alimentar para jovens, dentre outros assuntos que lhes permitiram maior compreensão dos aspectos pesquisados para o projeto. Além disso, outros 9 sites foram utilizados como referência, todos também em forma de artigo que tratam de temas relacionados com a alergia a proteína do leite e intolerância a lactose, suas causas, consequências e possíveis tratamentos. De resto outras 6 referências são citadas no trabalho, tendo sido veiculadas em livros e relatórios internos. 
	As referências utilizadas pelos autores são de grande relevância para a pesquisa pois trazem informações pertinentes as patologias analisadas durante a execução do trabalho. Tendo em vista que, para se obter um resultado satisfatório é preciso que os componentes da pesquisa estejam familiarizados com o assunto da temática abordada.
4. RESUMO DO ARTIGO
4.1 INTRODUÇÃO
A alergia alimentar é uma preocupação de saúde pública, uma vez que afeta 6 a 8% das crianças e 2% dos adultos em todo o mundo. Alergia à proteína do leite de vaca (CMPA) é a alergia mais comum em crianças. O CMPA pode ser definido como uma reação imunológica adversa a uma ou mais proteínas do leite de vaca. A reação envolve imunoglobulinaE (IgE), linfócitos T ou ambos, afetando 2-3% das crianças. Não há consenso entre pacientes e médicos sobre a intolerância à lactose (IL) e a APLV. Várias discussões sobre a nomenclatura de reações alérgicas ao leite e sobre o diagnóstico surgiram nos últimos 15 anos.
A exclusão total e / ou definitiva da lactose da dieta de crianças com APLV ou LI depende de um diagnóstico médico preciso e normalmente envolve fórmulas à base de soja ou outras substituições de leite, adoçadas ou não com sacarose e nutricionalmente adequadas, cuja capacidade de causar esmalte A desmineralização dos dentes decíduos e a formação de biofilme é pouco conhecida. 
Estudos sobre as condições dentárias de crianças com APL ou IL são altamente relevantes porque avaliam a prevalência de cárie e outras doenças bucais que afetam esse grupo específico. A maioria dos estudos sobre pacientes com CMPA ou LI lida com aspectos médicos e nutricionais. De fato, informações escassas estão disponíveis sobre as condições bucais de crianças com APLV ou IG. O tópico raramente é investigado. O presente estudo analisa a prevalência e gravidade da cárie dentária e as necessidades de tratamento de crianças de 5 a 8 anos de idade com APL ou IL. Alguns fatores relacionados a essa condição de saúde específica também são avaliados.
4.2 MATERIAIS E MÉTODOS
	O presente estudo transversal analisa a prevalência e a gravidade da cárie dentária, as necessidades de tratamento e a ingestão de fórmulas suplementares por crianças de uma escola particular de uma cidade do sul do Brasil, em 2017.
População estudada e coleta de dados
	A população do estudo foi composta por crianças de 5 a 8 anos, do sexo masculino e feminino. Esta faixa etária específica foi escolhida desde que a LI primária manifesta-se principalmente após 6 anos em indivíduos brancos. Antes do exame clínico, um questionário de frequência alimentar (QFA) foi enviado aos pais ou representantes legais para avaliação do consumo infantil de leite, derivados do leite e outros alimentos. A distinção entre as duas doenças no questionário baseou-se na descrição dos principais sintomas. A LI é caracterizada apenas por sintomas gastrointestinais (dor abdominal, flatulência e diarreia), enquanto a AFM apresenta sintomas gastrointestinais, dermatológicos e / ou respiratórios.
O tamanho da amostra foi baseado em uma taxa de erro de 5% e em um intervalo de confiança de 95%. A prevalência da má absorção da lactose foi estimada em 10,5% e o tamanho mínimo da amostra foi estabelecido em 145 crianças. Se as necessidades de tratamento ou atendimento odontológico imediato foram detectados durante o exame, a criança foi levada para uma unidade básica de saúde para tratamento adequado.
Questionário de frequência alimentar para adolescentes
O questionário de frequência alimentar para adolescentes (QFA), elaborado por Slater et al. para avaliar a quantidade de alimentos consumidos ao longo de 6 meses, foi adaptado e empregado na pesquisa atual. A adaptação foi necessária, uma vez que o questionário não incluiu alimentos à base de soja.
O questionário foi enviado aos pais ou responsáveis ​​legais, que foram convidados a estimar a frequência média de consumo alimentar durante os últimos 6 meses, escolhendo uma entre sete categorias: “nunca”, “menos de uma vez por mês”, “uma vez três vezes por mês ”, “ uma vez por semana ”, “ duas a quatro vezes por semana ”, “ uma vez por dia ”ou“ duas vezes por dia ou mais ”.
Exame clínico
No decorrer das atividades relacionadas à saúde bucal na primeira avaliação clínica, todas as crianças estavam diretamente envolvidas, elas receberam escovas de dente e realizaram a escovação supervisionada, onde um examinador devidamente treinado efetuou o exame clínico odontológico nas mesmas. 
Ele foi executado dentro das dependências da escola, numa sala de aula, onde o examinador utilizou todos os EPI’s necessários, além de sondas com pontas esféricas e espelhos planos devidamente esterilizados, seguindo o que rege os padrões de biossegurança.
Os códigos e critérios de classificação foram baseados na quarta edição do Oral Health Surveys, Basic Methods25. A equipe foi constituída por um examinador e um anotador, responsável por anotar todas as etapas do exame clínico odontológico realizado.
Processamento e análise de dados
O BioEstat (Instituto Mamirauá, Manaus, Brasil) e o Epilnfo (Centros de controle e prevenção de doenças, Atlanta, EUA) foram empregados.
	TESTE U DE MANN-WHITNEY
	Índices de DMFT (Dados clínicos sobre condições dentárias) e DMIT nos grupos com e sem APLV (Alergia a proteína do leite da vaca) ou IL (Intolerância á lactose).
	TESTE QUI-QUADRADO
	Proporções (Prevalência de cárie dentária e necessidade de tratamento) entre os grupos.
ASPÉCTOS ÉTICOS
O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa do Centro Universitário de Maringá, e atendeu à Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.
As crianças só participaram das atividades após os pais ou responsáveis legais receberem informações sobre o direcionamento do estudo, assinando um termo de consentimento.
	4.3 RESULTADOS
O artigo demostra que as crianças com APLV (reação do sistema imunológico às proteínas do leite de vaca) e portadoras de Intolerância a Lactose tem uma taxa de prevalência de cárie superior e necessidade de tratamento, quando o comparados com aqueles sem tais condições de saúde, a prevalência de cárie em crianças com APLV ou LI foi de 67,50%.
O artigo revelou uma distribuição equilibrada entre a idade e o sexo dos pacientes, com discreto predomínio de crianças de 6 anos (36,50%) e do sexo masculino (59,00%). Seis crianças (3,00%) tinham apenas APLM, 37 (18,50%) tinham apenas LI e três (1,5%) tinham AMP e IG. Quarenta crianças (20,00%) eram alérgicas à proteína do leite de vaca ou intolerantes à lactose. A duração da intolerância variou de 12 a 92 meses. Além disso, o tratamento medicamentoso da má absorção de lactose foi identificado em sete crianças (17,50%) com APLV ou IG.
Além disso, 67,50% da população com APLV ou IL necessitaram de tratamento odontológico, mas, em média, somente 1,58 dentes necessitaram de tratamento. Tudo está ligado a alimentação das crianças com e sem APLV, como esperado, as crianças alérgicas ou intolerantes à lactose consumiram alimentos lácteos com menor frequência e alimentos substitutos (LFM) com mais frequência do que aqueles sem CMPA ou LI (p <0,001). O consumo elevado ou moderado de alimentos como leite com chocolate, leite de soja integral, leite em pó de soja, iogurte de soja, leite de soja com chocolate e outros tipos de leite não foi superior a 15% entre os grupos.
Todos os achados a cima revelam que há uma necessidade de orientação e tratamentos odontológicos para crianças com APLV E LI, já que as mesmas apresentam mais facilidade para a prevalência de caries quando são mais novas, devido ao seu abito de vida, já que a APLV e a intolerância a lactose afetam os dentes de forma que os mesmos são mais danificados, tendo total relação com os alimentos ingeridos.
A pesquisas apontam uma correlação negativa entre as crianças com Intolerância a Lactose e APLV, já que ambas deveriam receber um tratamento diferenciado em relação as orientações sobre sua higiene Bucal, já que as crianças sem tais condições de saúde têm menos chances de ter caries quando comparadas as portadoras dessas condições de saúde.
	4.4 DISCUSSÃO
O presente estudo sobre cárie dentária, e necessidades de tratamento, com sua relação com fatores médicos e nutricionais em crianças com APLV ou IL revela alta prevalência de cárie e taxas de tratamento odontológico. No entanto, essas necessidades são facilmente resolvidas através de procedimentos clínicos de baixa complexidade. Como o padrão de desenvolvimento da cárie sofreu diversas mudanças em uma era caracterizada pela alimentação industrializada, estudos aprofundados são necessários para que crianças com necessidades especiais de saúde e os respectivos estágios da doença possam ser acompanhados, isso contribuiria para o estabelecimentode políticas de prevenção, promoção da saúde, controle e tratamento das principais doenças bucais, A cárie dentária foi o principal componente do índice DMFT em crianças com APLV / IL, que atingiu 74,29%, corroborando a taxa de 80,20% obtida pela Pesquisa Nacional em Saúde Bucal das populações brasileiras. Os resultados demonstram que essas crianças não tiveram acesso aos serviços odontológicos. Além disso, os resultados mostram que sete crianças (17,50%) com APLV / IL. Essas crianças compõem um grupo representativo que necessita de tratamento odontológico, ou seja, constituem um grupo de polarização epidemiológica. Esses achados revelam que crianças com APLV / IL precisam de programas de prevenção para cárie e mais atendimento.
	4.5 CONCLUSÃO
Os autores concluem que a prevalência e severidade da cárie dentária e necessidades de tratamento na dentição decídua em crianças foram associadas com APLV (Alergia a proteína do leite da vaca) e IG. A substituição dos alimentos para crianças com APLV/ LI não houve o surgimento de lesões cariosas. Outrossim, se destaca a importância de planejar programas de cura, prevenção e orientação sobre saúde bucal.
5. POSSIBILIDADE DE REPRODUÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS
A metodologia utilizada pelos autores para a realização do projeto foi a distribuição de um questionário de frequência alimentar a fim de que os pais ou responsáveis pelas crianças participantes da pesquisa colocassem as informações referentes ao consumo alimentar dessas crianças, independentemente de serem diagnosticadas com intolerância a lactose ou alergia a proteína do leite.
	As crianças estudadas eram todas de uma mesma escola de rede privada, o que facilita o processo de pesquisa, tendo em vista que todo o processo de recolhimento dos dados é realizado em um único lugar, que no caso teve o apoio e contribuição da escola.
	O método de pesquisa utilizado foi o estudo transversal, que se caracteriza por ser observacional, onde analisa-se dados coletados ao longo de um período de tempo. Esse tipo de pesquisa pode ser realizado com uma população amostral ou um subconjunto predefinido (como foi realizado na pesquisa do artigo analisado neste trabalho). Após a coleta dos dados, as informações fornecidas pelos pais ou responsáveis das crianças participantes, através do questionário de frequência alimentar são tratadas em planilhas para que seja possível definir os resultados das amostras.
	Com os dados distribuídos em tabelas torna-se plausível analisar as informações, e assim chegar ao objetivo da pesquisa, que é verificar se há de fato diferença nos índices de carie dentaria entre crianças com e sem alergia a proteína do leite e intolerância a lactose, qual sua relação com a dieta ingerida por elas e o que precisa ser feito como forma preventiva, a fim de evitar a grande incidência de carie dentaria nestas crianças.
	Deste modo, avalia-se que é possível a realização do mesmo método de estudo utilizado pelos autores do artigo, não só com crianças de escolas da rede privada, como também em escolas de rede pública, desde que haja a colaboração da escola e família das crianças, para que seja possível obter os mesmos resultados esperados.
6. SUGESTÕES DE TRABALHOS FUTUROS
	Os autores sugerem que sejam realizadas novas pesquisas, de caráter mais abrangente, visando estudar crianças de outras classes socioeconômicas, culturais e geográficos, com o intuito de verificar a possibilidade de novas descobertas acerca do assunto, viabilizando novas opções de tratamento e campanhas preventivas a fim de propor o diagnóstico precoce de doenças ocasionadas pela diminuição do consumo de cálcio provenientes das retirada do leite da dieta das crianças com alergia a proteína do leite ou intolerância a lactose.
	É importante a execução de novas pesquisas pertinentes ao tema para que seja possível, através de pesquisas, o surgimento de outras formas de tratamento para as problemáticas envolvidas nas alterações sofridas no organismo das crianças com tais distúrbio sistêmicos provenientes da intolerância a lactose e alergia a proteína do leite. Dessa forma, o objetivo de novas pesquisas é trazer outras opções para o tratamento adequado à essas crianças. 
7. LISTA DE DÚVIDAS
Diante da analise realizada, alguns questionamentos ficam em aberto, tendo em vista que a pesquisa foi realizada com um seleto grupo de crianças, surge dúvidas listadas abaixo:
· Por quê pessoas negras e descendentes de japoneses tem maior tendência a desenvolver Intolerância a Lactose?
· O estudo realizado em crianças com síndromes ou alguma outra patologia congênita é possível?
· É possível realizar o mesmo estudo com adultos, tendo em vista que atualmente a Intolerância a Lactose tem surgido em grande número de adultos.
· A relação da Cárie Dentária com a alergia a proteína do leite e a intolerância a lactose está ligada somente a restrição do consumo de leite, tendo como consequência a redução na ingestão de cálcio, ou os gases gerados no momento da fermentação da lactose pode ter também alguma relação com a cárie?
8. CONCLUSÃO
	O artigo de título - Cárie em crianças com intolerância à lactose e alergia à proteína do leite de vaca, foi escrito por um grupo de cinco pessoas, sendo elas: Suzely Adas Saliba Moimaz, graduada em Odontologia pela Unesp - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia de Araçatuba (1986), mestrado (1997) e doutorado em Odontologia Preventiva e Social pela mesma universidade (1998). Atualmente é professora titular na Unesp - Faculdade de Odontologia de Araçatuba; Marcelo Augusto Amaral, graduado em Odontologia pela Universidade Estadual de Maringá/PR (1997), mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Londrina/PR (2004) e cursa doutorado em Odontologia Preventiva e Social pela Universidade Estadual Paulista de Araçatuba/SP. Atualmente é professor do Curso de Odontologia do Centro Universitário de Maringá; Cléa Adas Saliba Garbin, em Direito - Instituição Toledo de Ensino (1997), graduação em Odontologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1991), mestrado em Odontologia Legal e Deontologia pela Universidade Estadual de Campinas (1994) e doutorado em Odontologia Legal e Deontologia pela Universidade Estadual de Campinas (1999), e Livre Docente em Odontologia Legal e Bioética. Atualmente é professora titular da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; Tânia Adas Saliba, graduada em Odontologia pela Unesp - Universidade Estadual Paulista (1994), mestrado (1998) e doutorado (2001) em Odontologia Legal e Deontologia pela Unicamp - Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é professora adjunta do Departamento de Odontologia Infantil e Social, disciplinas de Orientação Profissional I e II. Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP onde também atua como professora permanente e orientadora dos cursos de mestrado e doutorado; Orlando Saliba, graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP (1994), mestrado em Bases Gerais da Cirurgia e Cirurgia Vascular pela Unesp - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu (2005) e doutorado em Bases Gerais da Cirurgia, também pela Unesp - Faculdade de Medicina de Botucatu ( 2017). Publicado na Revista de Pesquisa Oral Brasileira, em 17 de setembro de 2018.
	Os autores tiveram como resultado que de fato a mudança na dieta alimentar de crianças com alergia a proteína do leite e intolerância a lactose afetam diretamente sua saúde oral, ocasionando uma maior pré-disposição ao surgimento de cárie dentária. Deste modo, a solução vista pelos mesmo foi a busca pelo diagnóstico precoce das patologias, para que assim seja possível começar o tratamento adequado. Outro fator abordado foi a instrução de que essas crianças necessitam ir com mais frequência ao dentista do que crianças sem a alergia a proteína do leite e intolerância a lactose.
	Sendo assim, há a recomendaçãopara a leitura do artigo para dentistas, odontopediatra e familiares de crianças com APLV e IL, pois a necessidade de cuidados especiais para fase de crescimento e mudança na dentição precisa de atenção diferenciada. Contudo, fica a ressalva de que apesar de bem instrutivo o texto apresenta alguns termos de difícil interpretação, por tanto, para que a leitura seja proveitosa para todos os públicos, seria necessária uma adaptação.
 	Como sugestão de novos trabalhos advindos do que foi visto no artigo analisado, seria a proposta de uma pesquisa voltada para adultos que estão apresentando a intolerância a lactose na idade adulta, se as mesmas complicações que ocorrem com crianças podem acontecer em fase adulta, se o surgimento de cárie seria possível, quais cuidados devem ser tomados, dentre outros aspectos que possam ser desvendados ao longo da pesquisa.
	Um outro público que poderia ser pesquisado, seria de crianças que possuem alguma patologia congênita e também tenham alergia a proteína do leite, se a junção das duas doenças pode causar danos maiores a dentição, podendo também surgir divergências nos resultados finais, além de, quais procedimentos devem ser seguidos tanto na realização da pesquisa como após os resultados finais.
 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	
MOIMAZ, Suzely Adas Saliba et al. Cárie em crianças com intolerância à lactose e alergia à proteína do leite de vaca. Pesquisa Oral Brasileira, Vol. 32, 2018.
MATTAR, Rejane and MAZO. Intolerância à lactose: mudança de paradigmas com a biologia molecular. Rev. Assoc. Med. Bras. [Online]. 2010.
VARELLA, Maria Helena. Intolerância à lactose. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/intolerancia-a-lactose/> Acesso em: 05 de maio de 2019.
DORAZIO, Bia. Entenda melhor: intolerância à lactose e alergia à proteína do leite. Disponível em: < http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/blog/nutricao-pratica/post/entenda-melhor-intolerancia-lactose-e-alergia-proteina-do-leite.html>Acesso em: 15 de maio de 2019.
VIANA, Aline. Como a deficiência de cálcio e de vitamina D pode afetar seus dentes. Disponível em: <http://saudebucal.ig.com.br/idades/2015-12-23/como-a-deficiencia-de-calcio-e-de-vitamina-d-pode-afetar-seus-dentes.html> Acesso em: 15 de maio de 2019.
SUSSMANN, Karen. O que o cálcio pode fazer pelos seus dentes? Descubra o efeito em alguns alimentos. Disponível em: <https://www.sorrisologia.com.br/noticia/o-que-o-calcio-pode-fazer-pelos-seus-dentes-descubra-o-efeito-em-alguns-alimentos_a2916/1> Acesso em: 15 de maio de 2019.
ANEXOS
Pesquisa Oral Brasileira
Versão impressa ISSN 1806-8324 versão on-line ISSN 1807-3107
Braz. oral res. vol.32 São Paulo 2018 Epub Sep. 17, 2018
http://dx.doi.org/10.1590/1807-3107bor-2018.vol32.0091 
PESQUISA ORIGINAL
SAÚDE BUCAL COMUNITÁRIA
Cárie em crianças com intolerância à lactose e alergia à proteína do leite de vaca
Suzely Adas Saliba Moimaz(a) 
Marcelo Augusto Amaral(a) 
Cléa Adas Saliba Garbin(a) 
Tânia Adas Saliba(a) 
Orlando Saliba(a) 
(a)Universidade Estadual Paulista – Unesp, School of Dentistry, Department of Pediatric and Social Dentistry, Araçatuba, SP, Brazil
ABSTRATO
Cárie dentária em crianças de 5 a 8 anos de idade com alergia à proteína do leite de vaca (CMPA) e intolerância à lactose (LI), suas necessidades de tratamento e o consumo de produtos à base de leite e derivados do leite foram investigados. Um estudo transversal foi realizado com 200 crianças no sul do Brasil em 2017. O exame clínico foi baseado nos critérios da Organização Mundial da Saúde e um questionário foi enviado aos pais ou responsáveis ​​para coletar informações sobre a ingestão alimentar das crianças, uso sistêmico pré-existente, doenças, uso de medicamentos e CMPA e LI. A padronização foi realizada para verificar a concordância entre os examinadores (kappa = 0,96). A prevalência de cárie foi de 67,50% em crianças com APLV ou IG, mas 34,37% naquelas sem essas condições. O dmft médio (decaído, ausente, e dentes cheios), índice em crianças com APLV ou LI foi 1,75 ± 1,84, significativamente maior do que entre crianças não alérgicas ou tolerantes à lactose (0,83 ± 1,60) (p <0,001). Em crianças com APLV ou IG, a média das necessidades de tratamento foi de 1,58 ± 1,50. O leite sem lactose foi o alimento mais consumido entre as crianças alérgicas / intolerantes (65,00%), com um DPM médio de 2,00 ± 2,08, superior ao obtido para aquelas sem CMPA / LI (0,82 ± 0,87), não apresentando diferença significativa ( p = 0,129). Embora a cárie dentária e as necessidades de tratamento na dentição decídua estivessem associadas à AFMB ou IG, a ingestão de alimentos substitutos pelas crianças não representava nenhum risco para o desenvolvimento de lesões cariosas. Diferenças estatisticamente significantes foram obtidas para a prevalência e severidade da cárie dentária.
Palavras-chave Cárie Dentária; Hipersensibilidade ao leite; Intolerância a lactose
	ISSN
	Título
	Área de Avaliação
	Classificação
	1807-3107
	BRAZILIAN ORAL RESEARCH
	ODONTOLOGIA
	A2
Periódicos

Continue navegando