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MEMORIAL E PROPOSTA- ATELIER X

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Clara Suane de Oliveira 
Sheron Ruschel Vasconcelos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atelier X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santarém- Pará 
2022
 
 
Clara Suane de Oliveira 
Sheron Ruschel Vasconcelos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atelier X- Memorial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado para obtenção de nota 
parcial do curso de Arquitetura e Urbanismo, 
disciplina de Atelier X ministrada pelo Professor e 
Arquiteto Reginaldo Abreu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santarém- Pará 
2022 
1. PARTIDO E ESTUDO VOLUMÉTRICO 
1.1 Conceito 
No desenvolvimento de um conceito para este projeto foram levadas em consideração 
características visando a sustentabilidade, a harmonia entre homem-natureza e a relação 
comunitária entre pessoas cujos objetivos de vida, filosofias e pensamentos sejam parecidos. 
Partiu-se da premissa de que toda a ideia é válida e não se deve restringir a criatividade pela 
existência de limitações técnicas e/ou financeiras. Utilizar-se-á o conceito da permacultura, 
voltado ao resgate da regionalidade com o objetivo da criação de um espaço que facilite a 
vivência, a qualidade de vida, a inovação e principalmente o bem estar, levando sempre em 
consideração aspectos inerentes a faixa etária de seus moradores, porém usando principalmente 
o jeito autêntico e livre das regras e padrões convencionais do estilo Marajoara na decoração, 
na disposição geral do condomínio e no paisagismo. Além disso, será feita a utilização de 
estruturas ecológicas e ambientação acolhedora almejando o contato direto com a natureza de 
modo que práticas resilientes sejam estabelecidas, ressaltando o fato de que a idade não deve 
ser considerada sinônimo de exclusão, isolamento e solidão. 
Desse modo, busca-se neste projeto, agregar elementos da arquitetura em sua totalidade 
e com suas versões, criando um espaço completamente personalizado, sem perder a harmonia 
e o aconchego e dando alegria ao ambiente desenhado para as pessoas, de modo específico as 
da terceira idade. 
Figura 43: Esquema de embasamento conceitual 
 
 
 
 
Fonte: As Autoras, 2021 
 
 
 
 
2. Partido Arquitetônico e Paisagismo 
Para sustentação do conceito, partiu-se da premissa da utilização de espaços amplos, 
carregados de paisagismo, de modo a manter a preservação da fauna e da flora já existentes ao 
redor dos ambientes. Por isso, o condomínio em questão remete a uma ecovila. A criação de 
um lago garante, além do lazer, o conforto térmico do local, além de ser utilizado também como 
ponto de escoamento das águas pluviais. A disposição de ambientes que permitem o contato 
com a natureza- como áreas de plantio e criação de animais, resgatam o equilíbrio entre homem 
e meio ambiente, dando espaço a calmaria, tranquilidade e paz que a natureza – habitat natural 
do ser humano oferece. O uso de centralidade, permite a noção de espaço ao público alvo: 
pessoas da terceira idade, facilitando seu andar pelo condomínio, além do uso de passarelas e 
de equipamentos de acessibilidade. 
Ademais, na área comercial estarão dispostos espaços voltados a segurança e também a 
saúde, como uma enfermaria, para o atendimento imediato da população, bem como 
mercadinhos, frutarias e farmácia. O desenho e o traçado urbano inspirados em grafismos da 
cultura marajoara em meio a natureza típica local com formas orgânicas que trazem leveza a 
paisagem urbana dentro da ecovila acrescentam ao projeto a identidade regional. A arte 
marajoara diz respeito, sobretudo a cerâmica, produzida por antigos habitantes da Ilha de 
Marajó, no Pará. Além de ser considerada a mais antiga forma de arte do Brasil, ela também 
está dentre as mais antigas das Américas. 
Sua fase mais popular entre o público, e que também é alvo da maioria das 
pesquisas situa-se no período de 400 a 1400 d.C. O povo Marajoara, ao lado do vizinho 
povo Tapajós (que habitava a foz do Amazonas e todo o trecho do Rio Tapajós, 
responsável pela chamada “arte tapajônica”) desenvolve uma agricultura itinerante 
[...] Suas casas eram construídas sob aterros artificiais, e dedicavam-se a confeccionar 
cerâmicas usando técnicas decorativas coloridas e extremamente complexas, que 
resultaram em peças requintadas de rara beleza. (SANTIAGO, 2017) 
 
 
Figura 44: Grafismos Marajoaras 
Fonte: STARK, 2017 
 
Figura 45: Grafismos Marajoaras 
Fonte: STARK, 2017 
3. Programa De Necessidades 
 
Tabela 2: Programa de necessidades 
Fonte: As Autoras, 2021 
 
 
 
4. Setorização 
 
 
Figura46: Esquema Primário de Setorização 
Fonte: As Autoras, 2021 
5. Organograma e Fluxograma 
A disposição do organograma apresenta-se em acordo com a disposição espacial do 
condomínio definida em croqui. 
As cores utilizadas no organograma também são em acordo com as que foram utilizadas 
na setorização (figura 46), dessa forma a assimilação entre setores e organização se faz de modo 
mais fácil. 
 
 
Figura47:Organograma da Ecovila 
Fonte: As Autoras, 2021 
Figura48: Fluxograma da Ecovila 
Fonte: As Autoras, 2021 
 
 
 
 
6. Croqui Proposta Projetual Geral 
Partindo das características dos grafismos Marajoaras, a ecovila proposta é circundada 
de um cinturão verde, proporcionador de preservação da fauna e da flora, bem como 
contribuidor de melhor isolamento acústico e térmico do terreno. 
Além disso, a ecovila possui disposição partindo de uma centralidade, irradiando 
traçado viário seguindo padrões de ângulos adjacentes, dessa forma, a maioria das quadras 
dispõe de formatos losangos, isso para que os corredores estruturais facilitem circulação dos 
ventos predominantes advindos do Leste. 
Figura49: Croqui Primário da Ecovila 
Fonte: As Autoras, 2021 
 
 
 
 
7. Croqui Proposta Projetual Unidade Modelo 
As casas, apresentadas em dois modelos (Tipo A e Tipo B), serão executadas levando 
em consideração as características regionais de construção. Sendo térreas, contarão com o uso 
de telhas ecológicas e cerâmicas, janelas em madeira e vidro facilitando a entrada de luz e 
ventilação, paredes em tijolos ecológicos aparentes, rodeadas de árvores e com medidas 
propiciando a acessibilidade em acordo com a ABNT NBR 9050/2020. A formulação dos 
ambientes internos, bem como a definição de dois tipos de residência se relaciona com o fato 
de que segundo, (BEROL, 2015) casas menores requerem menor quantidade de recurso 
construtivo ou de manutenção, gerando impacto ambiental reduzido, gastando menos com 
energia e com o orçamento interno, tornando-a mais barata. 
Figura50: Croqui Fachada(Mão Livre) - Tipo A 
Fonte: As Autoras, 2021 
 
 
Figura51: Croqui Fachada(Mão Livre) - Tipo B 
 
Fonte: As Autoras, 2021 
 
 
 
O Tipo A de residência leva em consideração o fato de que, segundo MENDES, 
2017; houve com o passar dos anos, um aumento significativo do número de pessoas acima 
dos 60 anos morando em residências de forma unipessoais (quando há apenas um morador). 
Em 2000,17,9% dos totais de domicílios brasileiros estavam sob responsabilidade de 
idosos, de acordo com o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 
Figura52: Croqui Residência Tipo A 
Fonte: As Autoras, 2021 
 
O Tipo B, pondera os laços entre as pessoas idosas e sua rede de apoio familiar, 
propondo assim, uma casa com chances prováveis de que mais moradores usufruam do 
espaço,mas ainda assim, pequena. Isso porque uma residência com menores dimensões se 
torna um ambiente mais aconchegante, pois diminui as distâncias entre os seus moradores, 
fazendo comque eles exerçam atividades, como as refeições, em conjunto, promovendo 
harmonia e menor sensação de solidão. (BEROL, 2015). 
Figura53: Croqui Residência Tipo B 
Fonte: As Autoras, 2021

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