Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MERCADO DE CAPITAIS Adriana Greco Ferreira Valores mobiliários Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir os valores mobiliários e a sua utilidade. Conceituar ações, debêntures, bônus de subscrição, notas promissórias e letras financeiras. Identificar as principais características dos valores mobiliários. Introdução No mercado, podemos reconhecer dois grandes grupos: o dos poupa- dores e o dos tomadores. Os poupadores possuem capital e interessam- -se por aplicá-lo para obter rendimentos, ao passo que os tomadores procuram por recursos financeiros com o objetivo de atender diferentes necessidades. Nesse contexto, o mercado de capitais disponibiliza a ne- gociação de valores mobiliários que permite a conciliação dos interesses dos poupadores e dos tomadores. Neste capítulo, você vai compreender o que são os valores mobiliários e qual é a sua utilidade. Além disso, você vai estudar os conceitos de ações, debêntures, bônus de subscrição, notas promissórias e letras financeiras. Por fim, você vai aprender sobre as principais características dos valores mobiliários estudados. 1 Os valores mobiliários Atualmente, há diferentes agentes econômicos no mercado, tais como os governos municipal, estadual e federal, além das companhias e das famílias, sendo responsáveis por tomar decisões com base nos critérios de produção e consumo. Enquanto alguns produzem mais do que consomem e disponibili- zam os seus recursos excedentes em poupança para a utilização de terceiros (poupadores), outros consomem mais do que conseguem produzir e precisam usufruir dos recursos dos poupadores (tomadores de recursos). Quaisquer que Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 sejam os motivos que acarretam as decisões individuais em cada um desses grupos, a transferência de recursos entre os poupadores e os tomadores precisa ser realizada (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]d). Para suprir as necessidades de capital dos tomadores de recursos e o desejo de investir dos poupadores, criaram-se instituições capazes de intermediar as operações entre esses dois agentes. Da mesma maneira, desenvolveram-se instrumentos, sistemas, regras e procedimentos com o intuito de organizar, con- trolar e desenvolver esse mercado, que recebeu o nome de sistema financeiro. Na esfera do sistema financeiro, há o mercado de capitais, que é responsável pela negociação dos valores mobiliários e é formado por instituições que desenvolvem operações cuja finalidade é proporcionar recursos de médio e longo prazos aos investidores (CARRETE; TAVARES, 2019). O mercado de capitais é composto por bancos de investimentos, bancos múltiplos com carteira de investimento, corretoras de valores e distribuidoras de valores mobiliários. Essas instituições financeiras atuam como prestadoras de serviços que assessoram as companhias no planejamento das emissões dos valores mobiliários, auxiliam na disponibilização desses valores mobiliários aos investidores, facilitam o processo de fixação de preços e de liquidez e, ainda, criam as condições adequadas para as negociações secundárias (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]d). As instituições financeiras disponibilizam os valores mobiliários no mercado, mas não são obrigadas a cumprir as obrigações estabelecidas e formalizadas no mercado de capitais. Por exemplo, uma corretora de valores mobiliários não é responsável pelo pagamento dos dividendos de uma ação (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]d), uma vez que essa responsabilidade cabe à emissora, isto é, a companhia ou a sociedade anônima cujos valores mobiliários são negociados publicamente. A Lei nº. 6.385, de 7 de dezembro de 1976, regulamentou a oferta de valores mobiliários e criou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Conselho Monetário Nacional (CMN), sendo que esse último poderia mudar a lista de valores mobiliários caso fosse necessário. De acordo com Carrete e Tavares (2019, p. 187), essa legislação definia os valores mobiliários como “[…] títulos ou contratos de investimento coletivo que gerem direito de participação, de Valores mobiliários2 Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 parceria ou remuneração, inclusive resultante da prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros”. A CVM é uma autarquia com regime especial e vincula-se ao Ministério da Fazenda, tendo como finalidade disciplinar, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mo- biliários (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]e). Ao longo do tempo, incluíram-se outros tipos de títulos e contratos de investimentos na lista dos valores mobiliários. Por esse motivo, emitiu-se a Medida Provisória nº. 1.637, de 8 de janeiro de 1998, que conceituou o valor mobiliário de maneira mais ampla com vistas a englobar as modalidades de captação pública de recursos (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]d). A Lei nº. 10.303, de 31 de outubro de 2001, incorporou o conceito exposto na Medida Provisória nº. 1.637/1998 e, desse modo, considerou como valores mobiliários (BRASIL, [2001]): as ações, os debêntures e os bônus de subscrição; os cupons, os direitos, os recibos de subscrição e os certificados de desdobramento relativos a esses valores mobiliários; os certificados de depósito de valores mobiliários; as cédulas de debêntures; as cotas de fundos de investimentos em valores mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos; as notas comerciais; os contratos futuros, de opções e outros derivativos cujos ativos sub- jacentes sejam valores mobiliários; outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento coletivo que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros. 3Valores mobiliários Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 Excluem-se do conceito de valores mobiliários os títulos das dívidas públicas federal, estadual ou municipal, bem como os títulos cambiais de responsabilidade de insti- tuição financeira, exceto as debêntures (BRASIL, [2001]). Isso porque se entende que a captação é responsabilidade dos entes governamentais ou das instituições financeiras regulamentadas pelo Banco Central do Brasil, de modo que não há motivos para conceder a tutela à CVM. 2 Os conceitos dos valores mobiliários As ações As ações constituem a menor fração do capital social de uma companhia aberta (ASSAF NETO, 2018). Confi guram-se como um título patrimonial que concede aos acionistas, que são os investidores das ações, todos os direitos e deveres de um sócio, de acordo com o número de ações adquiridas. Assim, quando o investidor toma a decisão de comprar ações, ele seleciona uma corretora para prestar-lhe os serviços de custódia. Em seguida, o investidor dá a ordem de compra à corretora, que adquire as ações por intermédio do banco de inves- timento contratado por ela, conforme esquematizado na Figura 1 a seguir. Figura 1. Representação do processo de compra de ações. Fonte: Adaptada de Carrete e Tavares (2019). Emissão de ações D0: Contratação dos serviços de custódia D1: Emissão das ações Corretora D1: Transferência dos recursos financeiros $$$ Dn: Pagamento de dividendos $$$ Empresa/emissor Investidor: acionista Valores mobiliários4 Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 O investidor pode apresentar o resultado do investimento nas suas ações sob as seguintes formas: Dividendos: compreendem uma parcela dos resultados da companhia, sendo que essa parcela é determinada em cada exercício social e dis- tribuída aos acionistas (ASSAF NETO, 2018); Bonificações: “[…] distribuição gratuita de uma nova quantidade de ações proporcional às ações detidas porcada investidor, que resulta do aumento de capital por incorporação de reservas de capital” (CARRETE; TAVARES, 2019, p. 225); Juros sobre capital próprio: “[…] são uma forma de remuneração originada pelo lucro retido em exercícios anteriores” (CARRETE; TAVARES, 2019, p. 225); Valorização do preço da ação. De acordo com B3 ([2020?]a), as ações são boas opções para as empresas, porque: uma empresa de capital aberto tende a apresentar um diferencial com- petitivo, considerando a sua transparência e a confiabilidade das infor- mações disponíveis no mercado, o que facilita os negócios; a abertura de capital pode minimizar problemas no processo de sucessão, heranças e estratégias empresariais; as companhias listadas nos segmentos diferenciados da bolsa de valores (B3) recebem um selo de governança corporativa que é reconhecido mundialmente; e as ações negociadas podem integrar os índices do B3 que proporcionam às companhias visibilidade e maior procura pelos seus papéis. Ao mesmo tempo, B3 ([2020]a) salienta que as ações também são boas opções para os investidores por causa dos seguintes aspectos: Potencial de boa rentabilidade a longo prazo; Recebimento periódico de dividendos; Ausência de necessidade de investimento alto de capital; Possibilidade de realização de compra ou venda das ações a qualquer momento; Possibilidade de empréstimo das ações e consequente ganho de ren- dimento extra. 5Valores mobiliários Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 A Lei nº. 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (BRASIL, [2019]), prevê que as ações podem ser classificadas de duas maneiras distintas conforme o direito concedido aos acionistas: ordinárias ou preferenciais. O estatuto social da companhia compreende o conjunto de regras que devem ser cumpridas pelos administradores e pelos acionistas. Por meio desse estatuto, definem- -se as características de cada tipo de ação, que pode ser ordinária ou preferencial. As ações ordinárias têm como característica principal conceder ao titular da ação o direito de voto nas assembleias de acionistas. Por intermédio desse tipo de ação e das convocações especiais, o acionista ordinário vota. É importante ressaltarmos que o peso do seu voto corresponde à quantidade de ações adqui- ridas, sendo essa a sua maneira de participar das decisões (PINHEIRO, 2019). As decisões do acionista ordinário mais importantes e influenciadas pela quantidade de ações adquiridas são: Eleição dos dirigentes; Autorização de combinação de negócios (fusão, cisão ou aquisição); Alteração do estatuto social da companhia; Autorização da alienação dos ativos imobilizados; Alteração da quantidade autorizada de ações ordinárias; Decisão sobre a distribuição dos lucros; Autorização da emissão de ações preferenciais, debêntures e outras espécies de títulos; Deliberação sobre outros assuntos de interesse da companhia. Em muitas companhias, os principais acionistas constituem toda ou a maior parte da direção e, portanto, controlam o negócio (PINHEIRO, 2019). Valores mobiliários6 Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 Conforme Pinheiro (2019), nos sistemas de votos das ações ordinárias: o número total de votos confirma as decisões referentes à companhia e, portanto, o poder aumenta com a compra de mais ações por parte de um investidor ou grupo; o aumento da procura acarreta a alteração dos preços das ações nos mercados nos quais são negociadas; e a pulverização das ações por intermédio de um grande número de acionistas proporciona que um grupo com uma pequena quantidade de ações no mercado apresente uma maior participação nas decisões. Além disso, os acionistas ordinários possuem o direito à distribuição de dividendos, que costuma ser efetuada em função do percentual obrigatório previsto em lei ou de acordo com a alíquota prevista no estatuto social da companhia caso essa seja maior do que o mínimo legal (ASSAF NETO, 2018). Em geral, as ações ordinárias apresentam maior valor de mercado e menor liquidez do que as ações preferenciais, pois a maioria das ações ordinárias pertence a proprietários que desejam controlar a companhia e, por conseguinte, não têm intenções de negociar as suas ações. Por sua vez, as ações preferenciais possuem como característica fundamen- tal a prioridade no recebimento dos dividendos e do devido capital em caso de dissolução da sociedade. Esse tipo de ação pode ser dividido em classes do tipo A, B, C, etc., sendo que os direitos de cada uma dessas classes dependem das vantagens ou restrições que constam no estatuto social da companhia (ASSAF NETO, 2018). Por fim, em caso de não distribuição dos resultados por três exercícios consecutivos, as ações preferenciais podem adquirir poder de voto, nos termos do estatuto da companhia. Esse fato pode acarretar o comprometi- mento da situação do acionista que controla a instituição (PINHEIRO, 2019). As debêntures As debêntures são títulos emitidos por sociedades anônimas e devem ser pre- viamente autorizadas pela CVM, tendo por fi nalidade a captação de recursos no mercado a médio e longo prazos. Assim sendo, esses títulos destinam-se ao fi nanciamento de projetos de investimento ou à expansão do perfi l de endividamento (ASSAF NETO, 2018). 7Valores mobiliários Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 A captação de recursos financeiros por meio da emissão de debêntures oferece às companhias custos menores em comparação com os empréstimos bancários. Ao disponibilizar os recursos necessários, o comprador das debêntures — chamado de debenturista — passa a ser credor da companhia, de modo que espera receber os juros periódicos e o pagamento do principal, correspondente ao valor unitário da debênture. Esse recebimento ocorre na data de vencimento do título ou mediante amortizações, segundo as quais parcelas do principal são pagas antes da data limite para vencimento (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]b). A assembleia geral deve deliberar sobre a emissão das debêntures e fixar os respectivos montante, número de títulos, prazos, data de emissão, juros e outros assuntos relacionados (MINGONE, 2016). Ademais, o estatuto social da companhia aberta pode autorizar o seu conselho de administração a decidir sobre a emissão de debêntures a serem convertidas em ações, desde que dentro do limite de capital autorizado e respeitadas as condições estabelecidas em lei. Nesse sentido, cabe destacarmos que uma mesma emissão pode possuir várias séries, de modo a adequar o recebimento dos recursos às necessidades da companhia (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]b). Ao emitir as debêntures, deve-se elaborar a respectiva escritura da emissão, que contém as especificações acerca dos direitos e deveres dos debenturistas e da emissora (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]b). Por regra, esse documento conta com a intervenção de um agente fiduciário, o qual protege os direitos e interesses dos debenturistas, além de ser o responsável pela elaboração dos relatórios de acompanhamento (CARRETE; TAVARES, 2019). A Figura 2 demonstra que a companhia emissora das debêntures capta recursos do investidor ou debenturista, que, por sua vez, escolhe uma corretora capaz de prestar-lhe os serviços de custódia. Ao tomar a decisão de investir o seu capital em debêntures, o debenturista envia a ordem de compra à corretora, que adquire esse tipo de título junto ao banco de investimento contratado pela companhia. Na data prevista para o pagamento dos juros e do principal, o emissor realiza o pagamento à corretora, a qual deposita o valor na conta corrente do debenturista (CARRETE; TAVARES, 2019). Valores mobiliários8 Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 Figura 2. Representação do processo de emissão de debêntures. Fonte: Adaptada de Carrete e Tavares (2019). Corretora D0: Contratação dos serviços de custódia D1: Emissão da debênture D1: Transferênciados recursos financeiros $$$ D Vencimento: Pagamento das obrigações $$$ Debênture Investidor: debenturistaEmpresa/emissor Caso o investidor decida pela alienação antecipada das debêntures, ele pode vendê-las a outro debenturista no mercado secundário (CARRETE; TAVARES, 2019). É importante salientarmos que as debêntures apresentam risco de mercado, o qual associa-se ao comportamento das taxas de juros. Ademais, por serem títulos privados, incluem na sua rentabilidade um prêmio associado ao risco de crédito da empresa emissora. Por esse motivo, é essencial a análise dos prospectos das emissões das debêntures pelos investidores no processo de tomada de decisão de investimento. Essa análise fornece todas as informações sobre a empresa emissora, o seu balanço, os seus resultados e também as suas perspectivas de investimentos e retorno (ANBIMA, [2020?]). Além desses fatores, o investidor deve considerar o risco de liquidez da debênture, o qual consiste na dificuldade de comprar ou vender um título pelo preço desejado em um dado momento. No Brasil, o mercado de debêntures é considerado pouco líquido (ANBIMA, [2020?]). Os bônus de subscrição Podemos defi nir os bônus de subscrição como “[…] títulos negociáveis emiti- dos por sociedades por ações que conferem aos seus titulares, nas condições constantes do certifi cado, o direito de subscrever ações do capital social da companhia, dentro do limite de capital autorizado no estatuto” (B3, [2020?] b, documento on-line). 9Valores mobiliários Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 As notas promissórias Também chamadas de commercial papers, as notas promissórias constituem títulos de crédito emitidos por sociedades anônimas e destinam-se à oferta pública com a fi nalidade de captar recursos destinados ao seu capital de giro. As notas são entendidas como um importante mecanismo alternativo de fi - nanciamento para as companhias, visto que apresentam baixo custo fi nanceiro se comparadas aos empréstimos bancários disponíveis no mercado (ASSAF NETO, 2018). As notas promissórias são os únicos títulos de curto prazo do mercado de capitais e a sua emissão é regulamentada pela CVM. As letras financeiras As letras fi nanceiras compreendem títulos de renda fi xa de longo prazo e a sua emissão é realizada por bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de investimentos, fi nanceiras ou sociedades de crédito, fi nanciamento e inves- timento (SCFI), caixas econômicas e sociedades imobiliárias. O seu objetivo é expandir o perfi l de captação das instituições bancárias, fornecendo uma maior possibilidade de ampliação de crédito na economia (ASSAF NETO, 2018). Em contrapartida, os investidores conseguem uma melhor rentabilidade em comparação a outras aplicações fi nanceiras com liquidez diária ou com prazo inferior de vencimento, tais como: o Certifi cado de Depósito Bancário (CDB), as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) ou as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), por exemplo (B3, [2020?]c). Valores mobiliários10 Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 3 As características dos valores mobiliários As ações São emitidas por companhias com a fi nalidade de, sobretudo, captar recursos para o desenvolvimento de projetos capazes de viabilizar o seu crescimento (B3, [2020?]a). As ações não possuem data de vencimento nem defi nição de retorno aos acionistas. Pinheiro (2019) afi rma que o acionista apresenta uma única obrigação: pagar o valor das ações que foram subscritas. Em contrapar- tida, ele possui diferentes direitos em virtude dessa aquisição. O primeiro direito resultante da aquisição de ações refere-se à distribuição da parcela do lucro líquido da companhia, que é distribuída aos acionistas sob a forma de dividendos. Está prevista em lei e é considerada uma forma de remuneração pelo investimento realizado. A legislação também garante o acesso a informações referentes à companhia e que possam afetar os interesses do investidor. Aliado a isso, a empresa também deve divulgar ao mercado as suas demonstrações contábeis, os relatórios da diretoria e os pareceres dos auditores independentes e do conselho fiscal (PINHEIRO, 2019). O conteúdo dos documentos divulgados ao mercado deve contemplar todos os atos e fatos importantes ocorridos durante um período, além de demonstrar a real posição econômica da companhia, de forma clara e exata, para que os acionistas sejam capazes de avaliar a situação atual dos negócios e as perspectivas futuras da empresa (PINHEIRO, 2019). Os acionistas também desfrutam do direito de preferência na subscrição, que é a compra de novas ações emitidas pela companhia. Esse direito é asse- gurado por lei e consiste em priorizar a aquisição de uma parcela das novas ações, proporcionais às já adquiridas pelo preço de emissão, por parte de todos os acionistas, sejam eles ordinários ou preferenciais. Assim sendo, os investidores podem exercer tal direito dentro do período fixado pelo estatuto social ou pela assembleia geral da companhia, desde que não seja inferior a 30 dias. Se o direito de subscrição não for exercido, as ações podem ser vendidas a terceiros na bolsa de valores (PINHEIRO, 2019). 11Valores mobiliários Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 De maneira geral, o aumento de capital gerado pelas subscrições acontece quando as condições do mercado são favoráveis. Por conseguinte, os acionistas recebem a diferença entre o preço de mercado e o valor da emissão da ação (PINHEIRO, 2019). O art. 137 da Lei nº. 6.404/1976 determina que, caso haja discordância de certas deliberações na assembleia geral, os acionistas minoritários podem retirar-se da companhia, recebendo o valor das ações adquiridas (BRASIL, [2019]). De acordo com o CVM (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]a), o direito de recesso pode ser exercido nas seguintes condições: Criação de ações preferenciais ou aumento de classe de ações prefe- renciais já existentes, sem guardar proporção com as demais classes de ações preferenciais, salvo se já previstas ou autorizadas pelo estatuto; Mudança nas preferências, vantagens e condições de resgate ou amor- tização de uma ou mais classes de ações preferenciais, ou criação de nova classe mais favorecida; Diminuição do dividendo obrigatório; Fusão da companhia ou incorporação da companhia a outra; Participação em grupo de sociedades; Mudança do objeto social da companhia; Cisão da companhia; Transformação da companhia em outro tipo societário; Não abertura de capital da sociedade que resultar de uma operação de incorporação, fusão ou cisão envolvendo companhia aberta; Desapropriação de ações representativas do controle acionário da com- panhia em funcionamento por pessoa jurídica de direito público; Incorporação de ações; Aprovação ou ratificação da aquisição do controle de outra sociedade mercantil. Pinheiro (2019, p. 195) explica que: O objetivo desse direito é proteger os acionistas minoritários contra deter- minadas alterações na estrutura da empresa ou contra redução nos direitos Valores mobiliários12 Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 assegurados por suas ações, desobrigando-os de permanecer sócios de uma empresa diferente daquela à qual se associaram ao adquirir as ações. A possibilidade de retirada da companhia constitui um direito essencial do acionista minoritário e que, por essa razão, não pode ser negado ou restringido em assembleia geral ou no estatuto social (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]c). Segundo o CVM (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?] a), o acionista minoritário deve observar as seguintes condições para exercer o seu direito de recesso: Informar, por escrito, à companhia que pretende exercer o seu direito de recesso no prazo de 30 dias corridos, contados a partir da data da publicação da ata da assembleia geral ou, se o ofício depender de rati- ficação, da data da publicação da ata da assembleiaespecial. Quanto a esse ponto dos nossos estudos, cabe apontarmos que o prazo mencionado não é prorrogável e o seu descumprimento significa que o acionista renunciou ao exercício do referido direito; Somente pode exercer o recesso com relação às ações que já possuía na data da primeira publicação do edital de convocação da assembleia geral ou, ainda, na data da divulgação do fato relevante, informando ao mercado sobre a deliberação que deu origem ao aludido direito, caso ela ocorra primeiro; Não pode exercer o direito de recesso caso tenha comparecido à as- sembleia geral e votado a favor da deliberação que enseja tal direito. Os acionistas ordinários possuem o direito ao voto na assembleia geral da companhia. No entanto, há uma restrição simples a esse respeito: “[…] só podem votar diretamente aqueles que reúnam o número mínimo de ações que se determine; os acionistas que possuam um número inferior de ações podem unir-se para cobrir esse mínimo e votar conjuntamente” (PINHEIRO, 2019, p. 196). A Lei nº. 6.404/1976 determina as regras sobre a competência para a con- vocação das assembleias gerais das sociedades anônimas (BRASIL, [2019]). Entretanto, Pinheiro (2019) indica que essas assembleias também podem 13Valores mobiliários Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 acontecer por iniciativa dos acionistas minoritários nas seguintes hipóteses de convocação: Acionista individual, conforme os casos estabelecidos em lei ou no estatuto social da companhia; Acionistas que representam 5% do capital social; Deliberação sobre a instalação do conselho fiscal; Deliberação sobre a proposta de nova avaliação da companhia. Conforme o art. 254-A da Lei nº. 10.303/2001, caso o controle da companhia seja vendido, os acionistas ordinários desfrutam do direito de vender as suas ações por 80% do preço de venda das ações do acionista controlador (BRASIL, [2001]). Tal direito é conhecido no mercado como tag along. Nos níveis mais altos de governança, esse direito deve ser estendido às ações preferenciais (CARRETE; TAVARES, 2019). Conforme Pinheiro (2019), são dois os elementos que tornam obrigatória a realização da oferta pública para a compra das ações pertencentes aos acionistas minoritários, quais sejam: que os integrantes do bloco de controle cedam as suas ações a um terceiro e que ele assuma a posição dominante na empresa. Ou seja, que o resultado da operação determine a presença de um novo acionista controlador ou de um novo grupo de controle; e que a transparência do controle apresente caráter oneroso, isto é, que os antigos controladores sejam remunerados pela cessão das ações que compõem o bloco de controle. Em caso de liquidação, todos os acionistas têm direito a receber a sua parte proporcional da sociedade. Ademais, eles podem exercer o direito de transmissão das suas ações quando encontrarem um comprador (PINHEIRO, 2019). Valores mobiliários14 Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 As debêntures Os debenturistas possuem o direito de crédito contra a companhia de acordo com as condições que constam na escritura das emissões das debêntures. Nesse contexto, são as sociedades por ações de capital aberto ou fechado que podem emiti-las (PINHEIRO, 2019). As debêntures podem ser classificadas em simples ou conversíveis. As debêntures simples não podem ser convertidas em ações da companhia emis- sora, mas as debêntures conversíveis possuem uma cláusula que permite a conversão de ações ao fim do prazo determinado ou a qualquer momento, conforme estabelecido na escritura de emissão (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]b). As debêntures não estão asseguradas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), pois elas não são emitidas por instituições financeiras, mas sim por companhias privadas. Em virtude da atratividade que as empresas emissoras desejam conceder às debêntures, elas podem ser emitidas com ou sem garantia. De acordo com Assaf Neto (2018), as espécies mais comuns de garantias são as seguintes: Real: comprometem-se bens ou direitos (ativos) da companhia emissora, os quais não poderão ser negociados sem a aprovação dos debenturistas para que não exista o comprometimento da garantia (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]b); Flutuante: assegura privilégio geral sobre o ativo da companhia emis- sora. Entretanto, não há impedimento de negociação dos bens (COMIS- SÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]b); Quirografária ou sem preferência: os debenturistas não possuem preferência sobre os ativos da companhia emissora, concorrendo em condições iguais com os demais credores em caso de liquidação da companhia (ASSAF NETO, 2018); Subordinada: “[…] em caso de liquidação da sociedade emissora, os investidores terão privilégios para reembolso do capital aplicado somente em relação aos acionistas” (ASSAF NETO, 2018, p. 86). 15Valores mobiliários Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 Em caso de liquidação da companhia, as garantias quirografárias precedem as garantias subordinadas no pagamento das obrigações com os credores (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]b). Os debenturistas têm direito a receber remunerações sob a forma de juros, participação nos lucros — ou seja, um percentual fixado e incidente sobre os seus resultados — e prêmios de reembolso — que consiste em uma remune- ração adicional cujo objetivo é ajustar os rendimentos do título às condições do mercado na época da sua distribuição. Assaf Neto (2018) salienta que, de modo geral, a remuneração oferecida pelas debêntures pode ser: Taxa de juros prefixada; Taxa de juros flutuante, na qual há previsão de ajuste das taxas de juros a cada intervalo de tempo estabelecido. Esse tipo de taxa varia durante toda a vigência do contrato; Taxa de juros real fixa e acrescida de um índice de correção de preços da economia. O vencimento das debêntures acontece na data fixada na escritura e, dessa maneira, varia conforme as condições de emissão. Como já estudamos neste capítulo, uma mesma emissão de debêntures pode possuir várias séries (A, B, C, etc.) com o objetivo de adequar o recebimento dos recursos às necessidades da companhia. Assim sendo, a emissora pode estipular amortizações parciais de cada série e, ainda, reservar o direito de resgate antecipado, seja ele parcial ou total, dos títulos de uma mesma série. Entretanto, existe uma exceção: a debênture perpétua, que não possui data de vencimento pré-estabelecida (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]b). A partir da Lei nº. 12.431, de 24 de junho de 2011, criaram-se as debêntures incentivadas, que são títulos emitidos por empresas interessadas em financiar obras de infraestrutura. Para atrair investidores, o Governo brasileiro isentou a tributação do imposto de renda (IR) e do imposto sobre operações financeiras (IOF) desses títulos. Pela característica do prazo, muitas debêntures incentiva- das pagam taxa de juros prefixada mais a variação de algum índice de inflação, sendo que o mais comum é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Valores mobiliários16 Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 (IPCA). Por esse motivo, essas debêntures são interessantes aos investidores que desejam proteger o seu poder de compra (PINHEIRO, 2019). Os bônus de subscrição Os bônus de subscrição podem ser atribuídos aos subscritores de emissões de ações e debêntures como uma vantagem adicional ou podem ser alienados. Nesse caso, o investidor paga um preço pelo direito de ter a preferência na subscrição em futuras emissões (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]a). De acordo com B3 ([2020?]b), os bônus de subscrição conferem proteção aos investidores com relação aos efeitos de diluição e valor da propriedade já existente, bem como a possibilidade de negociar no mercado secundário. Ademais, a decisão sobre a emissão dos bônus de subscrição compete à as- sembleia geral, mas o estatuto social dacompanhia pode atribuí-la ao conselho de administração (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]a). De acordo com a Lei nº. 6.404/1976, parágrafo único, o “[…] Estatuto da companhia, ainda que fechada, pode excluir o direito de preferência para subscrição de ações nos termos de lei especial sobre incentivos fiscais” (BRASIL, [2019], documento on-line). Quando a companhia realizar uma nova emissão de ações, debêntures conversíveis em ações ou mesmo bônus de subscrição, os acionistas terão preferência para subscrever a emissão durante um determinado período. Ao fim desse período, o direito poderá ser exercido ou extinto (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, [2020?]a). As notas promissórias As notas promissórias podem ser colocadas no mercado de duas maneiras: diretamente pelo emissor ou por intermédio de dealers que recorram a um banco que media a operação (banco garantidor). Se as notas forem lançadas por intermédio de negociadores em parceria com um banco, elas serão mantidas em custódia em nome dos seus titulares com emissão de recibos de aplicação 17Valores mobiliários Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 (ASSAF NETO, 2018). Trata-se de títulos de dívidas emitidos com prazo mí- nimo de 30 dias e prazo máximo de 180 dias, em caso de empresas de capital fechado, e de 360 dias em caso de empresas de capital aberto (CARRETE; TAVARES, 2019). De acordo com Pinheiro (2019), o estatuto social da companhia emissora deve deliberar sobre a emissão de notas promissórias e, para isso, dispor das seguintes informações: Valor da emissão e a sua divisão em séries; Quantidade e valor nominais; Condições de remuneração; Prazo de vencimento; Garantias, quando for aplicável; Local de pagamento. As letras financeiras As letras fi nanceiras devem ser emitidas de forma escritural, sendo necessário o registro em um sistema específi co de registro e de liquidação fi nanceira de ativos autorizados pelo Banco Central. De acordo com B3 ([2020?]c), o valor mínimo para a aplicação em letras fi nanceiras é de R$ 150 mil, caso não tenha cláusula de subordinação ou R$ 300 mil, se existir. A letra financeira emitida com cláusula de subordinação concede aos seus detentores o direito de crédito condicionado ao pagamento de outras dívidas da instituição emissora em caso de falência ou de inadimplência (B3, [2020?]c). A letra financeira com cláusula de subordinação fornece benefícios contá- beis aos emissores. Por esse motivo, ela tende a proporcionar uma remuneração melhor em comparação com a letra financeira sem cláusula de subordinação (B3, [2020?]c). Além disso, a letra com cláusula costuma ter um rendimento pós-fixado, atrelado ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Contudo, existem letras financeiras que remuneram de forma prefixada, com taxa de juros anual especificada antes da aplicação (BTG PACTUAL DIGITAL, 2017). Valores mobiliários18 Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 No entanto, o investidor também precisa considerar que a incidência de IR de 15% sobre os seus ganhos na data de resgate. A letra financeira não possui proteção do FGC. As letras financeiras “[…] podem ser emitidas com opção de recompra pela instituição emissora, caso não seja indexada à taxa DI e possua prazo superior a quatro anos, e com cláusula prevendo a antecipação do vencimento, caso seja utilizada para operações ativas vinculadas” (B3, [2020?]c, documento on-line). Além disso, elas apresentam um prazo mínimo para vencimento de 24 meses, com impossibilidade de recompra ou resgate antes desse prazo. Por fim, o prazo mínimo para pagamento dos rendimentos é de 180 dias (B3, [2020?]c). ANBIMA. Introdução a debêntures. Debentures.com.br, [s. l.], [2020?]. Disponível em: http://www.debentures.com.br/espacodoinvestidor/introducaoadebentures.asp. Acesso em: 14 maio 2020. ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2018. B3. Ações. B3, [s. l.], [2020?]a. Disponível em: http://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e- -servicos/negociacao/renda-variavel/acoes.htm. Acesso em: 14 maio 2020. B3. Bônus de subscrição. B3, [s. l.], [2020?]b. Disponível em: http://www.b3.com.br/ pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/renda-variavel/bonus-de-subscricao.htm. Acesso em: 14 maio 2020. B3. Letras financeiras. B3, [s. l.], [2020?]c. Disponível em: http://www.b3.com.br/pt_br/ produtos-e-servicos/negociacao/renda-fixa/letras-financeiras.htm. Acesso em: 14 maio 2020. 19Valores mobiliários Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 BRASIL. Lei nº. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Brasília, DF: Presidência da República, [2019]. Disponível em: http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm. Acesso em: 14 maio 2020. BRASIL. Lei nº. 10.303, de 31 de outubro de 2001. Altera e acrescenta dispositivos na Lei nº. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que dispõe sobre as Sociedades por Ações, e na Lei nº. 6.385, de 7 de dezembro de 1976, que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a Comissão de Valores Mobiliários. Brasília, DF: Presidência da Re- pública, [2001]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/ l10303.htm. Acesso em: 14 maio 2020. BTG PACTUAL DIGITAL. Letra financeira (LF): o que é, rentabilidade e como investir. Blog - BTG Pactual Digital, São Paulo, 12 jul. 2017. Disponível em: https://www.btgpactualdi- gital.com/blog/investimentos/tudo-sobre-letra-financeira. Acesso em: 14 maio 2020. CARRETE, L. S; TAVARES, R. Mercado financeiro brasileiro. São Paulo: Atlas, 2019. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Bônus de subscrição. Portal do Investidor, Rio de Janeiro, [2020?]a. Disponível em: https://www.investidor.gov.br/menu/Menu_Investi- dor/valores_mobiliarios/Acoes/bonus_de_subscricao.html. Acesso em: 14 maio 2020. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Debêntures. Portal do Investidor, Rio de Janeiro, [2020?]b. Disponível em: https://www.investidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/valo- res_mobiliarios/debenture.html. Acesso em: 14 maio 2020. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Direito de recesso. Portal do Investidor, Rio de Janeiro, [2020?]c. Disponível em: https://www.investidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/ acionistas/direito_de_recesso.html. Acesso em: 14 maio 2020. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. O mercado de valores mobiliários. Portal do Investidor, Rio de Janeiro, [2020?]d. Disponível em: https://www.investidor.gov.br/ menu/Menu_Investidor/introducao_geral/introducao_mercado.html. Acesso em: 13 maio 2020. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. O que é a CVM? Portal do Investidor, Rio de Janeiro, [2020?]e. Disponível em: https://www.investidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/a_cvm/ ACVM.html. Acesso em: 13 maio 2020. MINGONE, R. S. Capitalização de pequenas e médias empresas: como crescer com o mercado de capitais. São Paulo: Trevisan, 2016. PINHEIRO, J. Mercado de capitais. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2019. Valores mobiliários20 Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1 Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. 21Valores mobiliários Identificação interna do documento E0NXD57A5F-YWQ0ZD1
Compartilhar