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A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

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A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) desenvolveu um projeto de computação gráfica para estudar corpos humanos e seus órgãos internos. São o Homem Virtual e a Mulher Virtual, utilizados por professores da faculdade, e que também poderão ser utilizados pela população, para melhor conhecer os sintomas das doenças. O software gráfico simula a fisiopatologia das doenças, a ação dos medicamentos no organismo, a produção de sons, o ciclo menstrual, os processos da audição e da visão etc. Há um acervo de mais de 90 vídeos para explicar o funcionamento de diferentes partes do corpo humano.
O Homem Virtual foi utilizado por Dráuzio Varella durante a série Questão de Peso, do programa Fantástico. Em uma parceria entre a Universidade de São Paulo, a TV Escola da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação e a PUC do Rio de Janeiro, o Homem Virtual também foi utilizado na série Geração Saúde, do Ministério da Educação, em Brasília, com o objetivo de ensinar os adolescentes a cuidar de sua saúde e conhecer os sintomas das doenças. Os primeiros programas, lançados em abril, foram sobre a saúde da pele. Cerca de 28 milhões de alunos no Brasil serão atingidos pela proposta do Ministério da Educação.
O Ministério da Saúde, junto com a Organização Pan-americana da Saúde, usa o programa para o controle da hanseníase no Brasil, que é o segundo no mundo com maior número de casos, em parte porque a população desconhece a doença. O primeiro CD-Rom sobre a hanseníase será distribuído para agentes comunitários da saúde da família, alunos e escolas, ensinando o que é a doença, como se transmite, seus sinais, órgãos atingidos, e orientando para o contato com o médico no caso de suspeita.
Na FMUSP, a repercussão entre alunos e professores tem sido positiva. O projeto gráfico possibilita um auto-aprendizado, já que os alunos podem consultar o acervo e entender os processos orgânicos sem a necessidade da presença física do professor.
Implantes
Norma padroniza ligas metálicas
A experiência clínica prolongada vem comprovando, há mais de dez anos, que as ligas de níquel-titânio utilizadas em implantes cirúrgicos são bem aceitas pelo corpo humano. O sucesso dessas intervenções, entretanto, depende da qualidade da matéria-prima, que é importada da Europa e dos EUA, numa relação regida basicamente pela confiabilidade do fornecedor. Com o objetivo de qualificar a matéria-prima, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicará uma norma até meados de agosto.   
O projeto da norma foi desenvolvido pela Comissão de Estudos de Implantes Ortopédicos do CB 26 – Comitê Brasileiro Odonto-médico-hospitalar, com a participação do Inmetro, Anvisa, Instituto Nacional de Tecnologia (INT), fabricantes de implantes e universidades. A norma vai fixar os requisitos químicos, físicos, mecânicos e metalúrgicos de produtos conformados de níquel-titânio, na forma de barras, fios, bobinas e tubos, contendo de 54,5% a 57% de níquel, empregado para a fabricação de dispositivos médicos e implantes cirúrgicos.
O coordenador da Comissão, Marcos Campos, explica que a liga que tem por base os elementos Níquel e Titânio, conhecida também como Nitinol, caracteriza-se por manter certa memória, principalmente no módulo de elasticidade. Tem uma estrutura que permite a recuperação de um formato pré-estabelecido, mediante determinado carregamento mecânico. “Sua aplicação foi iniciada e propagada na área de Traumatologia, sobretudo nas cirurgias de reconstrução ligamentar, nas quais são utilizados fios para passagem do enxerto de tendão e nas âncoras de fixação ligamentar fabricados com esse material”, observa.

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