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MORFOLOGIA exercícios

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Lista de Exercícios : Gramática | Morfologia
1. (Fuvest 2020) Leia o trecho extraído de uma
notícia veiculada na internet:
“O carro furou o pneu e bateu no meio fio,
então eles foram obrigados a parar. O refém
conseguiu acionar a população, que depois pegou
dois dos três indivíduos e tentaram linchar eles. O
outro conseguiu fugir, mas foi preso momentos
depois por uma viatura do 5º BPM”, afirmou o major.
Disponível em https://www.gp1.com.br/.
No português do Brasil, a função sintática do
sujeito não possui, necessariamente, uma natureza de
agente, ainda que o verbo esteja na voz ativa, tal
como encontrado em: 
a) “O carro furou o pneu”. 
b) “e bateu no meio fio”. 
c) “O refém conseguiu acionar a população”. 
d) “tentaram linchar eles”. 
e) “afirmou o major”. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Texto para a(s) questão(ões) a seguir.
amora
a palavra amora
seria talvez menos doce
e um pouco menos vermelha
se não trouxesse em seu corpo
(como um velado esplendor)
a memória da palavra amor
a palavra amargo
seria talvez mais doce
e um pouco menos acerba
se não trouxesse em seu corpo
(como uma sombra a espreitar)
a memória da palavra amar
Marco Catalão, Sob a face neutra. 
2. (Fuvest 2020) Tal como se lê no poema, 
a) a palavra “amora” é substantivo, e “amargo”,
adjetivo. 
b) o verbo “amar” ameniza o amargor da palavra
“amargo”. 
c) o substantivo “corpo” apresenta sentido denotativo.
d) o substantivo “amor” intensifica o dulçor da palavra
“amora”. 
e) o verbo “amar” e o substantivo “amor” são
intercambiáveis. 
 
3. (Enem PPL 2019) As alegres meninas que
passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes
com seus namorados. As alegres meninas que estão
sempre rindo, comentando o besouro que entrou na
classe e pousou no vestido da professora; essas
meninas; essas coisas sem importância.
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de
cada uma as diferencia. Riem alto, riem musical, riem
desafinado, riem sem motivo; riem.
Hoje de manhã estavam sérias, era como se
nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem
importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia
do crime. O corpo da menina encontrado naquelas
condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo
que não deixa mais rir. As alegres meninas, agora
sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra;
essas mulheres.
ANDRADE, C. D. Essas meninas. Contos
plausíveis. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985. 
No texto, há recorrência do emprego do artigo
“as” e do pronome “essas”. No último parágrafo, esse
recurso linguístico contribui para 
a) intensificar a ideia do súbito amadurecimento. 
b) indicar a falta de identidade típica da adolescência.
c) organizar a sequência temporal dos fatos narrados.
d) complementar a descrição do acontecimento
trágico. 
e) expressar a banalidade dos assuntos tratados na
escola. 
 
4. (Fuvest 2019) Sim, estou me associando à
campanha nacional contra os verbos que acabam em
"ilizar". Se nada for feito, daqui a pouco eles serão
mais numerosos do que os terminados simplesmente
em "ar". Todos os dias os maus tradutores de livros de
marketing e administração disponibilizam mais e mais
termos infelizes, que imediatamente são
operacionalizados pela mídia, 1reinicializando palavras
que já existiam e eram perfeitamente claras e
eufônicas.
A doença está tão disseminada que muitos
verbos honestos, com currículo de ótimos serviços
prestados, estão a ponto decair em desgraça entre
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Lista de Exercícios : Gramática | Morfologia
pessoas de ouvidos sensíveis. Depois que você fica
alérgico a disponibilizar, como você vai admitir,
digamos, 2"viabilizar"? É triste demorar tanto tempo
para a gente se dar conta de que
3"desincompatibilizar" sempre foi um palavrão.
FREIRE, Ricardo. Complicabilizando. Época, ago.
2003.
Com base no texto, é correto afirmar: 
a) A “campanha nacional” a que se refere o autor tem
por objetivo banir da língua portuguesa os verbos
terminados em “ilizar”. 
b) O autor considera o emprego de verbos como
“reinicializando” (ref. 1) e “viabilizar” (ref. 2) uma
verdadeira “doença”. 
c) A maioria dos verbos terminados em “(i)lizar”,
presentes no texto, foi incorporada à língua por
influência estrangeira. 
d) O autor, no final do primeiro parágrafo, acaba
usando involuntariamente os verbos que ele
condena. 
e) Os prefixos “des” e “in”, que entram na formação do
verbo “desincompatibilizar” (ref. 3), têm sentido
oposto, por isso o autor o considera um “palavrão”.
 
5. (Enem PPL 2019) Eu gostaria de comentar
brevemente as afinidades existentes entre
comunidade, comunicação e comunhão. Essas
afinidades começam no próprio radical das palavras
em questão. Assim, se nosso alvo são os atos de
interação comunicativa, temos que incluir em nosso
objeto de estudo a ecologia dos atos de interação
comunicativa, que se dão no contexto da ecologia da
interação comunicativa. No entanto, não basta a
proximidade espacial para que a comunicação se dê, é
necessário que os potenciais interlocutores entrem em
comunhão. Por fim, sem trocadilhos, a comunicação
ideal se dá no interior de uma comunidade, entre
indivíduos que entram em comunhão.
COUTO, H. H. O Tao da linguagem. Campinas:
Pontes, 2012.
O trecho integra um livro sobre os aspectos
ecológicos envolvidos na interação comunicativa. Para
convencer o leitor das afinidades entre comunidade,
comunicação e comunhão, o autor 
a) nega a força das comunidades interioranas. 
b) joga com a ambiguidade das palavras. 
c) parte de uma informação gramatical. 
d) recorre a argumentos emotivos. 
e) apela para a religiosidade. 
 
6. (Fuvest 2019) I. Diante da dificuldade, municípios
de diferentes regiões do país realizaram um
segundo “dia D” neste sábado. O primeiro ocorreu
em 18 de agosto. A adesão, no entanto, ainda ficou
abaixo do esperado. Agora, a recomendação é que
estados e municípios façam busca ativa para
garantir que todo o público-alvo da campanha seja
vacinado. (Folha de S. Paulo. São Paulo. 03/09/2018.)
II. Pensar sobre a vaga, buscar conhecer a empresa e o
que ela busca já faz de você alguém especial.
Muitos que procuram o balcão de emprego não
compreendem que os detalhes são fundamentais
para conseguir a recolocação. Agora, não pense
que você vai conseguir na primeira investida, a
busca por um novo emprego requer paciência e
persistência, tenha você 20 anos ou 50. (Balcão de
Emprego. Disponível em:
<https://empregabrasil.com.br/>)
O termo “Agora” pode ser substituído,
respectivamente, em I e II e sem prejuízo de sentidos
nos dois textos, por 
a) Neste momento; Por conseguinte. 
b) Neste ínterim; De fato. 
c) Portanto; Ademais. 
d) Todavia; Então. 
e) Doravante; Mas. 
 
7. (Enem PPL 2018) Para os chineses da
dinastia Ming, talvez as favelas cariocas fossem
lugares nobres e seguros: acreditava-se por lá, assim
como em boa parte do Oriente, que os espíritos
malévolos só viajam em linha reta. Em vielas sinuosas,
portanto, estaríamos livres de assombrações malditas.
Qualidades sobrenaturais não são as únicas razões
para considerarmos as favelas um modelo urbano
viável, merecedor de investimentos infraestruturais em
escala maciça. Lugares com conhecidos e sérios
problemas, elas podem ser também solução para uma
série de desafios das cidades hoje. Contanto que não
sejam encaradas com olhar pitoresco ou
preconceituoso. As favelas são, afinal, produto direto
do urbanismo moderno e sua história se confunde
com a formação do Brasil.
CARVALHO, B. A favela e sua hora. Piauí, n. 67,abr. 2012.
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Lista de Exercícios : Gramática | Morfologia
Os enunciados que compõem os textos
encadeiam-se por meio de elementos linguísticos que
contribuem para construir diferentes relações de
sentido. No trecho “Em vielas sinuosas, portanto,
estaríamos livres de assombrações malditas”, o
conector “portanto” estabelece a mesma relação
semântica que ocorre em 
a) “[...] talvez as favelas cariocas fossem lugares nobres
e seguros [...].” 
b) “[...] acreditava-se por lá, assim como em boa parte
do Oriente [...].” 
c) “[...] elas podem ser também solução para uma série
de desafios das cidades hoje.” 
d) “Contanto que não sejam encaradas com olhar
pitoresco ou preconceituoso.” 
e) “As favelas são, afinal, produto direto do urbanismo
moderno [...].” 
 
8. (Enem PPL 2018) bom... o... eu tenho
impressão que o rádio provocou uma revolução... no
país na medida que:... ahn principalmente o rádio de
pilha né? quer dizer o rádio de pilha representou a
quebra de um isolamento do homem do campo
principalmente quer dizer então o homem do campo
que nunca teria condição de ouvir... falar... de outras
coisas... de outros lugares... de outras pessoas,
entende? através do rádio de pilha... ele pôde se ligar
ao resto do mundo saber que existem outros lugares
outras pessoas, que existe um governo, que existem
atos do governo... de modo que... o rádio, eu acho
que tem um papel até... numa certa medida... ele
provocou pelo alcance que tem uma revolução até
maior do que a televisão... o que significou a quebra
do isolamento... entende? de certas pessoas... a gente
vê hoje o operário de obra com o rádio de pilha
debaixo do braço durante todo o tempo que ele está
trabalhando... quer dizer... se esse canal que é o rádio
fosse usado da mesma forma como eu mencionei a
televisão... num sentido cultural educativo de boas
músicas e de... numa linha realmente de crescimento
do homem [...] Esses veículos... de telecomunicações
se colocassem a serviço da cultura e da educação seria
uma beleza, né?
CASTILHO, A. T.; PRETTI, D. (Org.). A linguagem
falada na cidade de São Paulo: materiais para seu
estudo. São Paulo: T. A. Queiroz; Fapesp, 1987.
A palavra comunicação origina-se do latim
communicare e significa “tornar comum”, “repartir”.
Nessa transcrição de entrevista, reafirma-se esse papel
dos meios de comunicação de massa porque o rádio
poderia 
a) oferecer diversão para as massas, possibilitando um
melhor ambiente de trabalho. 
b) atender as demandas de mercado, servindo de
instrumento à indústria do consumo. 
c) difundir uma cultura homogênea, abolindo as
marcas identitárias de toda uma coletividade. 
d) trazer oportunidades de aprimoramento intelectual,
permitindo ao homem o acesso a informações e a
bens culturais. 
e) inserir o indivíduo em sua classe social, fornecendo
entretenimento de pouco aprofundamento crítico.
 
9. (Enem 2018) 
Nesse texto, busca-se convencer o leitor a
mudar seu comportamento por meio da associação
de verbos no modo imperativo à 
a) indicação de diversos canais de atendimento. 
b) divulgação do Centro de Defesa da Mulher. 
c) informação sobre a duração da campanha. 
d) apresentação dos diversos apoiadores. 
e) utilização da imagem das três mulheres. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
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Lista de Exercícios : Gramática | Morfologia
Texto para a(s) questão(ões) a seguir.
Uma obra de arte é um desafio; não a
explicamos, ajustamo-nos a ela. Ao interpretá-la,
fazemos uso dos nossos próprios objetivos e esforços,
dotamo-la de um significado que tem sua origem nos
nossos próprios modos de viver e de pensar. 1Numa
palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos
afete, torna-se, deste modo, arte moderna.
As obras de arte, porém, são como altitudes
inacessíveis. Não nos dirigimos a elas diretamente,
mas contornamo-las. Cada geração as vê sob um
ângulo diferente e sob uma nova visão; nem se deve
supor que um ponto de vista mais recente é mais
eficiente do que um anterior. Cada aspecto surge na
sua altura própria, que não pode ser antecipada nem
prolongada; e, todavia, o seu significado não está
perdido porque o significado que uma obra assume
para uma geração posterior é o resultado de uma
série completa de interpretações anteriores.
Arnold Hauser, Teorias da arte. Adaptado.
 
10. (Fuvest 2018) No trecho “Numa palavra,
qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, torna-
se, deste modo, arte moderna” (ref. 1), as expressões
sublinhadas podem ser substituídas, sem prejuízo do
sentido do texto, respectivamente, por 
a) realmente; portanto. 
b) invariavelmente; ainda. 
c) com efeito; todavia. 
d) com segurança; também. 
e) possivelmente; até. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Texto para a(s) questão(ões) a seguir.
Os bens e o sangue
VIII
(...)
Ó filho pobre, e descorçoado*, e finito
ó inapto para as cavalhadas e os trabalhos
brutais
com a faca, o formão, o couro... Ó tal como
quiséramos
para tristeza nossa e consumação das eras,
para o fim de tudo que foi grande!
Ó desejado,
ó poeta de uma poesia que se furta e se
expande
à maneira de um lago de pez** e resíduos
letais...
És nosso fim natural e somos teu adubo,
tua explicação e tua mais singela virtude...
Pois carecia que um de nós nos recusasse
para melhor servir-nos. Face a face
te contemplamos, e é teu esse primeiro
e úmido beijo em nossa boca de barro e de
sarro.
Carlos Drummond de Andrade, Claro enigma.
* “descorçoado”: assim como “desacorçoado”, é
uma variante de uso popular da palavra
“desacoroçoado”, que significa “desanimado”.
** “pez”: piche. 
11. (Fuvest 2018) Considere o tipo de relação
estabelecida pela preposição “para” nos seguintes
trechos do poema:
I. “ó inapto para as cavalhadas e os trabalhos brutais”.
II. “Ó tal como quiséramos para tristeza nossa e
consumação das eras”.
III. “para o fim de tudo que foi grande”.
IV. “para melhor servir-nos”.
A preposição “para” introduz uma oração com
ideia de finalidade apenas em 
a) I. 
b) I e II. 
c) III. 
d) III e IV. 
e) IV. 
 
12. (Enem PPL 2017) Pela primeira vez na vida
teve pena de haver tantos assuntos no mundo que
não compreendia e esmoreceu. Mas uma mosca fez
um ângulo reto no ar, depois outro, além disso, os seis
anos são uma idade de muitas coisas pela primeira
vez, mais do que uma por dia e, por isso, logo depois,
arribou. Os assuntos que não compreendia eram uma
espécie de tontura, mas o Ilídio era forte.
Se calhar estava a falar de tratar da cabra:
nunca esqueças de tratar da cabra. O Ilídio não
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Lista de Exercícios : Gramática | Morfologia
gostava que a mãe o mandasse tratar da cabra. Se
estava ocupado a contar uma história a um guarda-
chuva, não queria ser interrompido. Às vezes, a mãe
escolhia os piores momentos para chamá-lo, ele podia
estar a contemplar um segredo, por isso, assustava-se
e, depois, irritava-se. Às vezes, fazia birras no meio da
rua. A mãe envergonhava-se e, mais tarde, em casa,
dizia que as pessoas da vila nunca tinham visto um
menino tão velhaco. O Ilídio ficava enxofrado, mas
lembrava-se dos homens que lhe chamavam reguila,
diziam ah, reguila de má raça. Com essa memória,
recuperava o orgulho. Era reguila, não era velhaco.
Essa certeza dava-lhe forças para protestar mais, para
gritar até, se lhe apetecesse.
PEIXOTO, J. L. Livro. São Paulo: Cia. das Letras,
2012.
No texto, observa-seo uso característico do
português de Portugal, marcadamente diferente do
uso do português do Brasil. O trecho que confirma
essa afirmação é: 
a) “Pela primeira vez na vida teve pena de haver
tantos assuntos no mundo que não compreendia e
esmoreceu. 
b) “Os assuntos que não compreendia eram uma
espécie de tortura, mas o Idílio era forte. 
c) “Essa certeza dava-lhe forças para protestar mais,
para gritar até, se lhe apetecesse.” 
d) “Se calhar estava a falar de tratar da cabra: nunca
esqueças de tratar da cabra.” 
e) “O Ilídio não gostava que a mãe o mandasse tratar
da cabra.” 
 
13. (Enem 2017) João/Zero (Wagner Moura) é
um cientista genial, mas infeliz porque há 20 anos
atrás foi humilhado publicamente durante uma festa e
perdeu Helena (Alinne Moraes), uma antiga e eterna
paixão. Certo dia, uma experiência com um de seus
inventos permite que ele faça uma viagem no tempo,
retornando para aquela época e podendo interferir no
seu destino. Mas quando ele retorna, descobre que
sua vida mudou totalmente e agora precisa encontrar
um jeito de mudar essa história, nem que para isso
tenha que voltar novamente ao passado. Será que ele
conseguirá acertar as coisas?
Disponível em: http://adorocinema.com. Acesso
em: 4 out. 2011.
Qual aspecto da organização gramatical
atualiza os eventos apresentados na resenha,
contribuindo para despertar o interesse do leitor pelo
filme? 
a) O emprego do verbo haver, em vez de ter, em “há
20 anos atrás foi humilhado”. 
b) A descrição dos fatos com verbos no presente do
indicativo, como “retorna” e “descobre”. 
c) A repetição do emprego da conjunção “mas” para
contrapor ideias. 
d) A finalização do texto com a frase de efeito “Será
que ele conseguirá acertar as coisas?”. 
e) O uso do pronome de terceira pessoa “ele” ao
longo do texto para fazer referência ao
protagonista “João/Zero”. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Nasceu o dia e expirou.
Já brilha na cabana de Araquém o fogo,
companheiro da noite. Correm lentas e silenciosas no
azul do céu, as estrelas, filhas da lua, que esperam a
volta da mãe ausente.
Martim se embala docemente; e como a alva
rede que vai e vem, sua vontade oscila de um a outro
pensamento. Lá o espera a virgem loura dos castos
afetos; aqui lhe sorri a virgem morena dos ardentes
amores.
Iracema recosta-se langue ao punho da rede;
seus olhos negros e fúlgidos, ternos olhos de sabiá,
buscam o estrangeiro, e lhe entram n’alma. O cristão
sorri; a virgem palpita; como o saí, fascinado pela
serpente, vai declinando o lascivo talhe, que se
debruça enfim sobre o peito do guerreiro.
José de Alencar, Iracema. 
14. (Fuvest 2017) É correto afirmar que, no
texto, o narrador 
a) prioriza a ordem direta da frase, como se pode
verificar nos dois primeiros parágrafos do texto. 
b) usa o verbo “correr” (2º parágrafo) com a mesma
acepção que se verifica na frase “Travam das armas
os rápidos guerreiros, e correm ao campo”
(também extraída do romance Iracema). 
c) recorre à adjetivação de caráter objetivo para tornar
a cena mais real. 
d) emprega, a partir do segundo parágrafo, o presente
do indicativo, visando dar maior vivacidade aos
fatos narrados, aproximando-os do leitor. 
e) atribui, nos trechos “aqui lhe sorri” e “lhe entram
n’alma”, valor possessivo ao pronome “lhe”. 
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Lista de Exercícios : Gramática | Morfologia
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Evidentemente, não se pode esperar que
Dostoiévski seja traduzido por outro Dostoiévski, mas
desde que o tradutor procure penetrar nas
peculiaridades da linguagem primeira, aplique-se com
afinco e faça com que sua criatividade orientada pelo
original permita, paradoxalmente, afastar-se do texto
para ficar mais próximo deste, um passo importante
será dado. Deixando de lado a fidelidade mecânica,
frase por frase, tratando o original como um conjunto
de blocos a serem transpostos, e transgredindo sem
receio, quando necessário, as normas do “escrever
bem”, o tradutor poderá trazê-lo com boa margem de
fidelidade para a língua com a qual está trabalhando.
Boris Schnaiderman, Dostoiévski Prosa Poesia.
 
15. (Fuvest 2017) O prefixo presente na palavra
“transpostos” tem o mesmo sentido do prefixo que
ocorre em 
a) ultrapassado. 
b) retrocedido. 
c) infracolocado. 
d) percorrido. 
e) introvertido. 
 
16. (Enem 2ª aplicação 2016) Apesar de
Não lembro quem disse que a gente gosta de
uma pessoa não por causa de, mas apesar de. Gostar
daquilo que é gostável é fácil: gentileza, bom humor,
inteligência, simpatia, tudo isso a gente tem em
estoque na hora em que conhece uma pessoa e
resolve conquistá-la. Os defeitos ficam guardadinhos
nos primeiros dias e só então, com a convivência, vão
saindo do esconderijo e revelando-se no dia a dia.
Você então descobre que ele não é apenas gentil e
doce, mas também um tremendo casca-grossa
quando trata os próprios funcionários. E ela não é
apenas segura e determinada, mas uma chorona que
passa 20 dias por mês com TPM. E que ele ronca, e
que ela diz palavrão demais, e que ele é supersticioso
por bobagens, e que ela enjoa na estrada, e que ele
não gosta de criança, e que ela não gosta de cachorro,
e agora? Agora, convoquem o amor para resolver essa
encrenca.
MEDEIROS, M. Revista O Globo, n. 790, 12 jun.
2011 (adaptado).
Há elementos de coesão textual que retomam
informações no texto e outros que as antecipam. Nos
trechos, o elemento de coesão sublinhado que
antecipa uma informação do texto é 
a) “Gostar daquilo que é gostável é fácil [...]”. 
b) “[...] tudo isso a gente tem em estoque [...]”. 
c) “[...] na hora em que conhece uma pessoa [...]”. 
d) “[...] resolve conquistá-la.” 
e) “[...] para resolver essa encrenca.” 
 
17. (Enem 2ª aplicação 2016) Descubra e
aproveite um momento todo seu. Quando você
quebra o delicado chocolate, o irresistível recheio
cremoso começa a derreter na sua boca, acariciando
todos os seus sentidos. Criado por nossa empresa.
Paixão e amor por chocolate desde 1845.
Veja, n. 2.320, 8 mai. 2013 (adaptado).
O texto publicitário tem a intenção de persuadir
o público-alvo a consumir determinado produto ou
serviço. No anúncio, essa intenção assume a forma de
um convite, estratégia argumentativa linguisticamente
marcada pelo uso de 
a) conjunção (quando). 
b) adjetivo (irresistível). 
c) verbo no imperativo (descubra). 
d) palavra do campo afetivo (paixão). 
e) expressão sensorial (acariciando). 
 
18. (Enem PPL 2016) A palavra e a imagem têm
o poder de criar e destruir, de prometer e negar. A
publicidade se vale deste recurso linguístico-
imagético como seu principal instrumento. Vende a
ficção como o real, o normal como algo fantástico;
transforma um carro em um símbolo de prestigio
social, uma cerveja em uma loira bonita, e um cidadão
comum num astro ou estrela, bastando tão somente
utilizar o produto ou serviço divulgado. 1Assim, fazer o
banal tomar-se o ideal é tarefa ordinária da linguagem
publicitária.
ALMEIDA, W. M. A linguagem publicitária e o
estrangeirismo. Língua Portuguesa, n. 35, jan. 2012.
Alguns elementos linguísticos estabelecem
relações entre as diferentes partes do texto. Nesse
texto, o vocábulo "Assim" (ref. 1) tem a função de 
a) contrariar os argumentos anteriores. 
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Lista de Exercícios : Gramática | Morfologia
b) sintetizar as informações anteriores. 
c) acrescentar um novo argumento. 
d) introduzir uma explicação. 
e) apresentar uma analogia. 
 
19. (Enem 2015) TEXTO I
Um ato de criatividade pode contudo gerar um
modelo produtivo. Foi oque ocorreu com a palavra
sambódromo, criativamente formada com a
terminação -(ó)dromo (= corrida), que figura em
hipódromo, autódromo, cartódromo, formas que
designam itens culturais da alta burguesia. Não
demoraram a circular, a partir de então, formas
populares como rangódromo, beijódromo,
camelódromo.
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua
portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008. 
TEXTO II
Existe coisa mais descabida do que chamar de
sambódromo uma passarela para desfile de escolas de
samba? Em grego, -dromo quer dizer “ação de correr,
lugar de corrida”, dai as palavras autódromo e
hipódromo. É certo que, às vezes, durante o desfile, a
escola se atrasa e é obrigada a correr para não perder
pontos, mas não se desloca com a velocidade de um
cavalo ou de um carro de Formula 1.
GULLAR, F. Disponível em:
www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 3 ago, 2012.
Há nas línguas mecanismos geradores de
palavras. Embora o Texto II apresente um julgamento
de valor sobre a formação da palavra sambódromo, o
processo de formação dessa palavra reflete 
a) o dinamismo da língua na criação de novas
palavras. 
b) uma nova realidade limitando o aparecimento de
novas palavras. 
c) a apropriação inadequada de mecanismos de
criação de palavras por leigos. 
d) o reconhecimento da impropriedade semântica dos
neologismos. 
e) a restrição na produção de novas palavras com o
radical grego. 
 
20. (Enem 2015) 
A rapidez é destacada como uma das
qualidades do serviço anunciado, funcionando como
estratégia de persuasão em relação ao consumidor do
mercado gráfico. O recurso da linguagem verbal que
contribui para esse destaque é o emprego 
a) do termo “fácil” no início do anúncio, com foco no
processo. 
b) de adjetivos que valorizam a nitidez da impressão.
c) das formas verbais no futuro e no pretérito, em
sequência. 
d) da expressão intensificadora “menos do que”
associada à qualidade. 
e) da locução “do mundo” associada a “melhor”, que
quantifica a ação. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S)
QUESTÃO(ÕES)
Tornando da malograda espera do tigre,
1alcançou o capanga um casal de velhinhos, 2que
seguiam diante dele o mesmo caminho, e
conversavam acerca de seus negócios particulares.
Das poucas palavras que apanhara, percebeu Jão Fera
3que destinavam eles uns cinquenta mil-réis, tudo
quanto possuíam, à compra de mantimentos, a fim de
fazer um moquirão*, com que pretendiam abrir uma
boa roça. 
- Mas chegará, homem? perguntou a velha. 
- Há de se espichar bem, mulher! 
Uma voz os interrompeu: 
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- Por este preço dou eu conta da roça! 
- Ah! É nhô Jão! 
Conheciam os velhinhos o capanga, a quem
tinham por homem de palavra, e de fazer o que
prometia. Aceitaram sem mais hesitação; e foram
mostrar o lugar que estava destinado para o roçado. 
Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus
olhos descobriram entre os utensílios a enxada, a qual
ele esquecera um momento no afã de ganhar a soma
precisa, que sem mais deu costas ao par de velhinhos
e foi-se deixando-os embasbacados. 
ALENCAR, José de. Til. 
* moquirão = mutirão (mobilização coletiva
para auxílio mútuo, de caráter gratuito). 
21. (Fuvest 2015) Considerada no contexto, a
palavra sublinhada no trecho “mal seus olhos
descobriram entre os utensílios a enxada” (ref. 4)
expressa ideia de 
a) tempo. 
b) qualidade. 
c) intensidade. 
d) modo. 
e) negação. 
 
22. (Fuvest 2014) Leia o seguinte texto, que faz
parte de um anúncio de um produto alimentício: 
 
EM RESPEITO A SUA NATUREZA, SÓ
TRABALHAMOS COM O MELHOR DA NATUREZA 
Selecionamos só o que a natureza tem de
melhor para levar até a sua casa. Porque faz parte da
natureza dos nossos consumidores querer produtos
saborosos, nutritivos e, acima de tudo, confiáveis. 
www.destakjornal.com.br, 13/05/2013.
Adaptado. 
 
Procurando dar maior expressividade ao texto,
seu autor 
a) serve-se do procedimento textual da sinonímia. 
b) recorre à reiteração de vocábulos homônimos. 
c) explora o caráter polissêmico das palavras. 
d) mescla as linguagens científica e jornalística. 
e) emprega vocábulos iguais na forma, mas de
sentidos contrários. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto:
 
Ora nesse tempo Jacinto concebera uma
ideia... Este Príncipe concebera a ideia de que o
“homem só é superiormente feliz quando é
superiormente civilizado”. E por homem civilizado o
meu camarada entendia aquele que, robustecendo a
sua força pensante com todas as noções adquiridas
desde Aristóteles, e multiplicando a potência corporal
dos seus órgãos com todos os mecanismos
inventados desde Teramenes, criador da roda, se
torna um magnífico Adão, quase onipotente, quase
onisciente, e apto portanto a recolher [...] todos os
gozos e todos os proveitos que resultam de Saber e
Poder... [...] 
Este conceito de Jacinto impressionara os
nossos camaradas de cenáculo, que [...] estavam
largamente preparados a acreditar que a felicidade
dos indivíduos, como a das nações, se realiza pelo
ilimitado desenvolvimento da Mecânica e da erudição.
Um desses moços [...] reduzira a teoria de Jacinto [...] a
uma forma algébrica: 
E durante dias, do Odeon à Sorbona, foi
louvada pela mocidade positiva a Equação Metafísica
de Jacinto. 
 
Eça de Queirós, A cidade e as serras. 
23. (Fuvest 2014) Sobre o elemento estrutural
“oni”, que forma as palavras do texto “onipotente” e
“onisciente”, só NÃO é correto afirmar: 
a) Equivale, quanto ao sentido, ao pronome
“todos(as)”, usado de forma reiterada no texto. 
b) Possui sentido contraditório em relação ao
advérbio “quase”, antecedente. 
c) Trata-se do prefixo “oni”, que tem o mesmo sentido
em ambas as palavras. 
d) Entra na formação de outras palavras da língua
portuguesa, como “onipresente” e “onívoro”. 
e) Deve ser entendido em sentido próprio, em
“onipotente”, e, em sentido figurado, em
“onisciente”. 
 
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24. (Enem 2013) 
Nessa charge, o recurso morfossintático que
colabora para o efeito de humor está indicado pelo(a) 
a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a
quebra da expectativa ao final. 
b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de
causa e efeito entre as ações. 
c) retomada do substantivo “mãe”, que desfaz a
ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos 
d) utilização da forma pronominal “la”, que reflete um
tratamento formal do filho em relação à “mãe”. 
e) repetição da forma verbal “é”, que reforça a relação
de adição existente entre as orações. 
 
25. (Enem 2013) Novas tecnologias
Atualmente, prevalece na mídia um discurso
de exaltação das novas tecnologias, principalmente
aquelas ligadas às atividades de telecomunicações.
Expressões frequentes como “o futuro já chegou”,
“maravilhas tecnológicas” e “conexão total com o
mundo” “fetichizam” novos produtos, transformando-
os em objetos do desejo, de consumo obrigatório. Por
esse motivo carregamos hoje nos bolsos, bolsas e
mochilas o “futuro” tão festejado.
Todavia, não podemos reduzir-nos a meras
vítimas de um aparelho midiático perverso, ou de um
aparelho capitalista controlador. Há perversão,
certamente, e controle, sem sombra de dúvida.
Entretanto, desenvolvemos uma relação simbiótica de
dependência mútua com os veículos de comunicação,
que se estreita a cada imagem compartilhada e a cada
dossiê pessoal transformado em objeto público de
entretenimento.Não mais como aqueles acorrentados na
caverna de Platão, somos livres para nos aprisionar,
por espontânea vontade, a esta relação
sadomasoquista com as estruturas midiáticas, na qual
tanto controlamos quanto somos controlados.
SAMPAIO, A. S. “A microfísica do espetáculo”.
Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br.
Acesso em: 1 mar. 2013 (adaptado).
Ao escrever um artigo de opinião, o produtor
precisa criar uma base de orientação linguística que
permita alcançar os leitores e convencê-los com
relação ao ponto de vista defendido. Diante disso,
nesse texto, a escolha das formas verbais em destaque
objetiva 
a) criar relação de subordinação entre leitor e autor, já
que ambos usam as novas tecnologias. 
b) enfatizar a probabilidade de que toda população
brasileira esteja aprisionada às novas tecnologias. 
c) indicar, de forma clara, o ponto de vista de que hoje
as pessoas são controladas pelas novas tecnologias.
d) tornar o leitor copartícipe do ponto de vista de que
ele manipula as novas tecnologias e por elas é
manipulado. 
e) demonstrar ao leitor sua parcela de
responsabilidade por deixar que as novas
tecnologias controlem as pessoas. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A essência da teoria democrática é a supressão
de qualquer imposição de classe, fundada no
postulado ou na crença de que os conflitos e
problemas humanos — econômicos, políticos, ou
sociais — são solucionáveis pela educação, isto é, pela
cooperação voluntária, mobilizada pela opinião
pública esclarecida. Está claro que essa opinião
pública terá de ser formada à luz dos melhores
conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa
científica nos campos das ciências naturais e das
chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais
ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses
conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e
em termos que os tornem acessíveis a todos.
Anísio Teixeira, Educação é um direito.
Adaptado. 
26. (Fuvest 2013) Dos seguintes comentários
linguísticos sobre diferentes trechos do texto, o único
correto é: 
a) Os prefixos das palavras “imposição” e “imparcial”
têm o mesmo sentido. 
b) As palavras “postulado” e “crença” foram usadas no
texto como sinônimas. 
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c) A norma-padrão condena o uso de “essa”, no
trecho “essa opinião”, pois, nesse caso, o correto
seria usar “esta”. 
d) A vírgula empregada no trecho “e a difusão desses
conhecimentos, a mais completa” indica que, aí,
ocorre a elipse de um verbo. 
e) O pronome sublinhado em “que os tornem” tem
como referente o substantivo “termos”. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
V – O samba
À direita do terreiro, adumbra-se* na escuridão
um maciço de construções, ao qual às vezes recortam
no azul do céu os trêmulos vislumbres das labaredas
fustigadas pelo vento.
(...)
É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome
que tem um grande pátio cercado de senzalas, às
vezes com alpendrada corrida em volta, e um ou dois
portões que o fecham como praça d’armas.
Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo
chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dançam os
pretos o samba com um frenesi que toca o delírio.
Não se descreve, nem se imagina esse desesperado
saracoteio, no qual todo o corpo estremece, pula,
sacode, gira, bamboleia, como se quisesse desgrudar-
se.
Tudo salta, até os crioulinhos que esperneiam
no cangote das mães, ou se enrolam nas saias das
raparigas. Os mais taludos viram cambalhotas e
pincham à guisa de sapos em roda do terreiro. Um
desses corta jaca no espinhaço do pai, negro fornido,
que não sabendo mais como desconjuntar-se, atirou
consigo ao chão e começou de rabanar como um
peixe em seco. (...)
José de Alencar, Til.
(*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se. 
27. (Fuvest 2013) Na composição do texto,
foram usados, reiteradamente,
I. sujeitos pospostos;
II. termos que intensificam a ideia de
movimento;
III. verbos no presente histórico.
Está correto o que se indica em 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) I, II e III. 
 
28. (Enem PPL 2012) Pode chegar de mansinho,
como é costume por ali, e observar sem pressa cada
detalhe da estação ferroviária de Mariana. Repare na
arquitetura recém-revitalizada do casarão, e como os
detalhes em madeira branca, as delicadas arandelas
de luzes amarelas e os elementos barrocos da torre já
começam a dar o gostinho da viagem aguardada.
Vindo lá de longe, o apito estridente anuncia que
logo, logo o cenário estará completo para a partida. E
não tarda para o trem de fato surgir. Pequenino a
princípio, mas de repente, em toda aquela imensidão
que desliza pelos trilhos. Arrancando sorrisos e
deixando boquiaberto até o mais desconfiado dos
mineiros. 
TIUSSU, B. “Raízes mineiras”. Disponível em:
www.estadao.com.br. Acesso em: 15 nov. 2011
(fragmento).
A leitura do trecho mostra que textos
jornalísticos produzidos em determinados gêneros
mobilizam recursos linguísticos com o objetivo de
conduzir seu público-alvo a aceitar suas ideias. Para
envolver o leitor no retrato que faz da cidade, a autora
a) inicia o texto com a informação mais importante a
ser conhecida, a estação de trem de Mariana. 
b) descreve de forma parcial e objetiva a estação de
trem da cidade, seus detalhes e características. 
c) apresenta com cuidado e precisão os recursos da
cidade, sua infraestrutura e singularidade. 
d) faz uma crítica indireta à desconfiança dos
mineiros, mostrando conhecimento do tema. 
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e) dirige-se a ele por meio de verbos e expressões
verbais, convidando-o a partilhar das belezas do
local. 
 
29. (Enem PPL 2012) Devemos dar apoio
emocional específico, trabalhando o sentimento de
culpa que as mães têm de infectar o filho. O principal
problema que vivenciamos é quanto ao aleitamento
materno. Além do sentimento muito forte
manifestado pelas gestantes de amamentar seus
filhos, existem as cobranças da família, que exige
explicações pela recusa em amamentar, sem falar nas
companheiras na maternidade que estão
amamentando. Esses conflitos constituem nosso
maior desafio. Assim, criamos a técnica de
mamadeirar. O que é isso? É substituir o seio materno
por amor, oferecendo a mamadeira, e não o peito! 
PADOIN, S. M. M. et al. (Org.) Experiências
interdisciplinares em Aids: interfaces de uma epidemia.
Santa Maria: UFSM, 2006 (adaptado).
O texto é o relato de uma enfermeira no
cuidado de gestantes e mães soropositivas. Nesse
relato, em meio ao drama de mães que não devem
amamentar seus recém-nascidos, observa-se um
recurso da língua portuguesa, presente no uso da
palavra “mamadeirar”, que consiste 
a) na manifestação do preconceito linguístico. 
b) na recorrência a um neologismo. 
c) no registro coloquial da linguagem. 
d) na expressividade da ambiguidade lexical. 
e) na contribuição da justaposição na formação de
palavras. 
 
30. (Enem PPL 2012) MORUMBI PRÓXIMA AO
COL. PIO XII 
Linda residência rodeada por maravilhoso jardim com
piscina e amplo espaço gourmet. 
1 000 m2 construídos em 2 000 m2 de terreno, 6 suítes.
R$ 3 200 000. Rua tranquila: David Pimentel. Cód.
480067 Morumbi Palácio Tel.: 3740-5000 
Folha de São Paulo. Classificados, 27 fev. 2012
(adaptado).
Os gêneros textuais nascem emparelhados a
necessidades e atividades da vida sociocultural.Por
isso, caracterizam-se por uma função social específica,
um contexto de uso, um objetivo comunicativo e por
peculiaridades linguísticas e estruturais que lhes
conferem determinado formato. Esse classificado
procura convencer o leitor a comprar um imóvel e,
para isso, utiliza-se 
a) da predominância das formas imperativas dos
verbos e de abundância de substantivos. 
b) de uma riqueza de adjetivos que modificam os
substantivos, revelando as qualidades do produto.
c) de uma enumeração de vocábulos, que visam
conferir ao texto um efeito de certeza. 
d) do emprego de numerais, quantificando as
características e aspectos positivos do produto. 
e) da exposição de opiniões de corretores de imóveis
no que se refere à qualidade do produto. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o seguinte trecho de uma entrevista
concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal,
Joaquim Barbosa:
Entrevistador: - O protagonismo do STF dos
últimos tempos tem usurpado as funções do
Congresso?
Entrevistado: - Temos uma Constituição muito
boa, mas excessivamente detalhista, com um número
imenso de dispositivos e, por isso, suscetível a
fomentar interpretações e toda sorte de litígios.
Também temos um sistema de jurisdição
constitucional, talvez único no mundo, com um rol
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enorme de agentes e instituições dotadas da
prerrogativa ou de competência para trazer questões
ao Supremo. É um leque considerável de interesses,
de visões, que acaba causando a intervenção do STF
nas mais diversas questões, nas mais diferentes áreas,
inclusive dando margem a esse tipo de acusação.
Nossas decisões não deveriam passar de duzentas,
trezentas por ano. Hoje, são analisados cinquenta mil,
sessenta mil processos. É uma insanidade.
Veja, 15/06/2011. 
31. (Fuvest 2012) No trecho “dotadas da
prerrogativa ou de competência”, a presença de artigo
antes do primeiro substantivo e a sua ausência antes
do segundo fazem que o sentido de cada um desses
substantivos seja, respectivamente, 
a) figurado e próprio. 
b) abstrato e concreto. 
c) específico e genérico. 
d) técnico e comum. 
e) lato e estrito. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Não era e não podia o pequeno reino lusitano
ser uma potência colonizadora à feição da antiga
Grécia. O surto marítimo que enche sua história do
século XV não resultara do extravasamento de
nenhum excesso de população, mas fora apenas
provocado por uma burguesia comercial sedenta de
lucros, e que não encontrava no reduzido território
pátrio satisfação à sua desmedida ambição. A
ascensão do fundador da Casa de Avis ao trono
português trouxe esta burguesia para um primeiro
plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaça
castelhana e do poder da nobreza, representado pela
Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre de Avis com a
coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer
do novo rei o melhor das suas atenções. Esgotadas as
possibilidades do reino com as pródigas dádivas reais,
restou apenas o recurso da expansão externa para
contentar os insaciáveis companheiros de D. João I.
Caio Prado Júnior, Evolução política do Brasil.
Adaptado. 
32. (Fuvest 2012) O pronome "ela" da frase "Era
ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o
melhor das suas atenções", refere-se a 
a) “desmedida ambição”. 
b) “Casa de Avis”. 
c) “esta burguesia”. 
d) “ameaça castelhana”. 
e) “Rainha Leonor Teles”. 
 
33. (Fuvest 2012) No contexto, o verbo “enche”
indica 
a) habitualidade no passado. 
b) simultaneidade em relação ao termo “ascensão”. 
c) ideia de atemporalidade. 
d) presente histórico. 
e) anterioridade temporal em relação a “reino
lusitano”. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
RECEITA DE MULHER
As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de
[haute
couture*
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize elegantemente em
azul,
[como na República
Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas
[pousada e que um
rosto
Adquira de vez em quando essa cor só
encontrável no
[terceiro minuto da aurora.
Vinicius de Moraes.
* “haute couture”: alta costura. 
34. (Fuvest 2012) Tendo em vista o contexto, o
modo verbal predominante no excerto e a razão desse
uso são: 
a) indicativo; expressar verdades universais. 
b) imperativo; traduzir ordens ou exortações. 
c) subjuntivo; indicar vontade ou desejo. 
d) indicativo; relacionar ações habituais. 
e) subjuntivo; sugerir condições hipotéticas. 
 
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35. (Fuvest 2011) Leia o seguinte texto:
Era o que ele estudava. “A estrutura, quer
dizer, a estrutura” – ele repetia e abria as mãos
branquíssimas ao esboçar o gesto redondo. Eu ficava
olhando seu gesto impreciso porque uma bolha de
sabão é mesmo imprecisa, nem sólida nem líquida,
nem realidade nem sonho. Película e oco. “A estrutura
da bolha de sabão, compreende?” Não compreendia.
Não tinha importância. Importante era o quintal da
minha meninice com seus verdes canudos de
mamoeiro, quando cortava os mais tenros que
sopravam as bolas maiores, mais perfeitas.
Lygia Fagundes Telles, A estrutura da bolha de
sabão, 1973.
A “estrutura” da bolha de sabão é consequência
das propriedades físicas e químicas dos seus
componentes.
As cores observadas nas bolhas resultam da
interferência que ocorre entre os raios luminosos
refletidos em suas superfícies interna e externa.
Considere as afirmações abaixo sobre o início
do conto de Lygia Fagundes Telles e sobre a bolha de
sabão:
I. O excerto recorre, logo em suas primeiras linhas, a
um procedimento de coesão textual em que
pronomes pessoais são utilizados antes da
apresentação de seus referentes, gerando
expectativa na leitura.
II. Os principais fatores que permitem a existência da
bolha são a força de tensão superficial do líquido e
a presença do sabão, que reage com as impurezas
da água, formando a sua película visível.
III. A ótica geométrica pode explicar o aparecimento
de cores na bolha de sabão, já que esse fenômeno
não é consequência da natureza ondulatória da
luz.
Está correto apenas o que se afirma em 
a) I. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) III. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Todo o barbeiro é tagarela, e principalmente
quando tem pouco que fazer; começou portanto a
puxar conversa com o freguês. Foi a sua salvação e
fortuna.
O navio a que o marujo pertencia viajava para
a Costa e ocupava-se no comércio de negros; era um
dos combóis que traziam fornecimento para o
Valongo, e estava pronto a largar.
— Ó mestre! disse o marujo no meio da
conversa, você também não é sangrador?
— Sim, eu também sangro...
— Pois olhe, você estava bem bom, se
quisesse ir conosco... para curar 1a gente a bordo;
morre-se ali que é uma praga.
— 2Homem, eu da cirurgia não entendo
3muito...
— Pois já não disse que sabe também
sangrar?
— Sim...
— Então já sabe até demais.
No dia seguinte 4saiu o nosso homem pela
barra fora: a 6fortuna tinha-lhe dado o meio, cumpria
sabê-lo aproveitar; de oficial de barbeiro dava um
salto mortal a médico de navio negreiro; restava
unicamente saber fazer render a nova posição. Isso
ficou por sua conta.
Por um feliz acaso logo nos primeiros dias de
viagem adoeceramdois marinheiros; chamou-se o
médico; ele fez tudo o que sabia... sangrou os
doentes, e em pouco tempo estavam bons, perfeitos.
Com isto ganhou imensa reputação, e começou a ser
estimado.
Chegaram com feliz viagem ao seu destino;
tomaram o seu carregamento de gente, e voltaram
para o Rio. Graças à 5lanceta do nosso homem, nem
um só negro morreu, o que muito contribuiu para
aumentar-lhe a sólida reputação de entendedor do
riscado.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um
sargento de milícias. 
36. (Fuvest 2011) Das seguintes afirmações
acerca de diferentes elementos linguísticos do texto, a
única correta é: 
a) A expressão sublinhada em “para curar a gente a
bordo” (ref. 1) deve ser entendida como pronome 
de tratamento de uso informal. 
b) A fórmula de tratamento (ref. 2) com que o
barbeiro se dirige ao marujo mantém o tom
cerimonioso 
do início do diálogo. 
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Lista de Exercícios : Gramática | Morfologia
c) O destaque gráfico da palavra “muito” (ref. 3)
produz um efeito de sentido que é reforçado pelas 
reticências. 
d) O pronome possessivo usado nos trechos “saiu o
nosso homem” (ref. 4) e “lanceta do nosso 
homem” (ref. 5) configura o chamado plural de
modéstia. 
e) A palavra “fortuna”, tal como foi empregada (ref.6),
pode ser substituída por “bens”, sem prejuízo 
para o sentido. 
 
37. (Fuvest 2011) Para expressar um fato que
seria consequência certa de outro, pode-se usar o
pretérito imperfeito do indicativo em lugar do futuro
do pretérito, como ocorre na seguinte frase: 
a) “era um dos combóis que traziam fornecimento
para o Valongo”. 
b) “você estava bem bom, se quisesse ir conosco”. 
c) “Pois já não disse que sabe também sangrar?”. 
d) “de oficial de barbeiro dava um salto mortal a
médico de navio negreiro”. 
e) “logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois
marinheiros”. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A questão racial parece um desafio do
presente, mas trata-se de algo que existe desde há
muito tempo.
Modifica-se ao acaso das situações, das
formas de sociabilidade e dos jogos das forças sociais,
mas reitera-se continuamente, modificada, mas
persistente.
Esse é o enigma com o qual se defrontam uns
e outros, intolerantes e tolerantes, discriminados e
preconceituosos, segregados e arrogantes,
subordinados e dominantes, em todo o mundo. Mais
do que tudo isso, a questão racial revela, de forma
particularmente evidente, nuançada e estridente,
como funciona a fábrica da sociedade,
compreendendo identidade e alteridade, diversidade
e desigualdade, cooperação e hierarquização,
dominação e alienação.
Octavio Ianni. Dialética das relações sociais.
Estudos avançados, n. 50, 2004. 
38. (Fuvest 2011) As palavras do texto cujos
prefixos traduzem, respectivamente, ideia de
anterioridade e contiguidade são 
a) “persistente” e “alteridade”. 
b) “discriminados” e “hierarquização”. 
c) “preconceituosos” e “cooperação”. 
d) “subordinados” e “diversidade”. 
e) “identidade” e “segregados”. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Já na segurança da calçada, e passando por
um trecho em obras que atravanca nossos passos,
lanço à queima-roupa:
— Você conhece alguma cidade mais feia do
que São Paulo?
— Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã,
deixa eu ver... Lembro-me de La Paz, a capital da
Bolívia, que me pareceu bem feia. Dizem que Bogotá é
muito feiosa também, mas não a conheço. Bem, São
Paulo, no geral, é feia, mas as pessoas têm uma
disposição para o trabalho aqui, uma vibração
empreendedora, que dá uma feição muito particular à
cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver as pessoas
saindo para trabalhar é algo que me toca. Acho
emocionante ver a garra dessa gente.
R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa:
uma caminhada pela selva urbana de São Paulo.
National Geographic Brasil. Adaptado. 
39. (Fuvest 2011) No terceiro parágrafo do
texto, a expressão que indica, de modo mais evidente,
o distanciamento social do segundo interlocutor em
relação às pessoas a que se refere é 
a) “disposição para o trabalho”. 
b) “vibração empreendedora”. 
c) “feição muito particular”. 
d) “saindo para trabalhar”. 
e) “dessa gente”. 
 
40. (Fuvest 2011) Ao reproduzir um diálogo, o
texto incorpora marcas de oralidade, tanto de ordem
léxica, caso da palavra “garra”, quanto de ordem
gramatical, como, por exemplo, 
a) “lanço à queima-roupa”. 
b) “Agora você me pegou”. 
c) “deixa eu ver”. 
d) “Bogotá é muito feiosa”. 
e) “é algo que me toca”. 
 
41. (Enem 2010) Os filhos de Ana eram bons,
uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam,
tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes
cada vez mais completos. A cozinha era enfim
espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor
era forte no apartamento que estavam aos poucos
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pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela
mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia
parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte.
Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha
na mão, não outras, mas essas apenas.
LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro:
Rocco, 1998.
A autora emprega por duas vezes o conectivo
mas no fragmento apresentado. Observando aspectos
da organização, estruturação e funcionalidade dos
elementos que articulam o texto, o conectivo mas 
a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em
que aparece no texto. 
b) quebra a fluidez do texto e prejudica a
compreensão, se usado no início da frase. 
c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na
abertura da frase. 
d) contém uma ideia de sequência temporal que
direciona a conclusão do leitor. 
e) assume funções discursivas distintas nos dois
contextos de uso. 
 
42. (Enem 2010) O Flamengo começou a
partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava
fazer uma forte marcação no meio campo e tentar
lançamentos para Victor Simões, isolado entre os
zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais posse de
bola, o time dirigido por Cuca tinha grande
dificuldade de chegar a área alvinegra por causa do
bloqueio montado pelo Botafogo na frente da sua
área.
No entanto, na primeira chance rubro-negra,
saiu o gol. Após cruzamento da direita de Ibson, a
zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio
da área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou
por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim
apareceu nas costas da defesa e empurrou para o
fundo da rede quase que em cima da linha: Flamengo
1 a 0.
Disponível em:
http://momentodofutebol.blogspot.com (adaptado).
O texto, que narra uma parte do jogo final do
Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009,
contém vários conectivos, sendo que 
a) após é conectivo de causa, já que apresenta o
motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de 
cabeça. 
b) enquanto tem um significado alternativo, porque
conecta duas opções possíveis para serem 
aplicadas no jogo. 
c) no entanto tem significado de tempo, porque
ordena os fatos observados no jogo em ordem 
cronológica de ocorrência. 
d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais
posse de bola”, ter dificuldade não é algo 
naturalmente esperado. 
e) por causa de indica consequência, porque as
tentativas de ataque do Flamengo motivaram o 
Botafogo a fazer um bloqueio. 
 
43. (Enem 2ª aplicação 2010) O American Idol
islâmico
Quem não gosta do Big Brother diz que os
reality shows são programas vazios, sem cultura. No
mundo árabe, esse problema já foiresolvido: em The
Millions’ Poet (“O Poeta dos Milhões”), líder de
audiência no golfo pérsico, o prêmio vai para o
melhor poeta. O programa, que é transmitido pela
Abu Dhabi TV e tem 70 milhões de espectadores, é
uma competição entre 48 poetas de 12 países árabes
— em que o vencedor leva um prêmio de US$ 1,3
milhão.
Mas lá, como aqui, o reality gera controvérsia. O
BBB teve a polêmica dos “coloridos” (grupo em que
todos os participantes eram homossexuais). E Millions’
Poet detonou uma discussão sobre os direitos da
mulher no mundo árabe.
GARATTONI, B. O American Idol islâmico.
SuperInteressante. Edição 278, maio 2010 (fragmento).
No trecho “Mas lá, como aqui, o reality gera
controvérsia”, o termo destacado foi utilizado para
estabelecer uma ligação com outro termo presente no
texto, isto é, fazer referência ao 
a) vencedor, que é um poeta árabe. 
b) poeta, que mora na região da Arábia. 
c) mundo árabe, local em que há o programa. 
d) Brasil, lugar onde há o programa BBB. 
e) programa, que há no Brasil e na Arábia. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Belo Horizonte, 28 de julho de 1942.
Meu caro Mário,
Estou te escrevendo rapidamente, se bem que
haja muitíssima coisa que eu quero te falar (a respeito
da Conferência, que acabei de ler agora). Vem-me uma
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vontade imensa de desabafar com você tudo o que ela
me fez sentir. Mas é longo, não tenho o direito de
tomar seu tempo e te chatear.
Fernando Sabino. 
44. (Fuvest 2010) Neste trecho de uma carta de
Fernando Sabino a Mário de Andrade, o emprego de
linguagem informal é bem evidente em 
a) “se bem que haja”. 
b) “que acabei de ler agora”. 
c) “Vem-me uma vontade”. 
d) “tudo o que ela me fez sentir”. 
e) “tomar seu tempo e te chatear”. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
6Viajam de bonde silenciosamente. Devia ser
quase uma hora, 1pois o veículo já se enchia do
público especial dos domingos.
2Eram meninas do povo envolvidas nos seus
vestidos empoados com suas fitinhas cor-de-rosa ao
cabelo e o leque indispensável; eram as baratas
casemiras claras dos ternos, [...] eram as velhas mães,
prematuramente envelhecidas com a maternidade
frequente, 7a acompanhar a escadinha dos filhos, ao
lado dos maiores, ainda moços, que fumavam os mais
compactos charutos do mercado — era dessa gente
que se enchia o bonde e se via pelas calçadas em
direção aos jardins, aos teatros em matiné, aos
arrabaldes e às praias.
3Era enfim o povo, o povo variegado da minha
terra. 4As napolitanas baixas com seus vestidos de
roda e suas africanas, as portuguesas coradas e fortes,
caboclas, mulatas e pretas — era tudo sim preto, às
vezes todos exemplares em bando, às vezes
separados, 8que a viagem de bonde me deu a ver.
E muito me fez meditar o seu semblante
alegre, a sua força prolífica, atestada pela cauda de
filhos que arrastavam, a sua despreocupação nas
anemias que havia, em nada significando a
preocupação de seu verdadeiro estado — 5e tudo isso
muito me obrigou a pensar sobre o destino daquela
gente.
BARRETO, Lima. O domingo. Contos completos
de Lima Barreto.
Organização e introdução de Lília Moritz
Schwarcz. São Paulo: Companhia
das Letras, 2010. p. 589. 
45. (Enem 2ª aplicação 2010) Sobre os
elementos linguísticos do texto, está correto o que se
afirma em 
a) A forma verbal “Viajam” (ref.6) refere-se a um
sujeito não explicitado na sequência textual. 
b) O termo em negrito, em “a acompanhar a
escadinha dos filhos” (ref.7), apresenta um valor
quantitativo. 
c) A palavra enfim, em “Era enfim o povo” (ref.3),
constitui uma palavra denotativa de finalidade. 
d) As formas pronominais “seus” e “suas” (ref.2)
denotam posse de sujeitos distintos no contexto da
frase. 
e) O vocábulo em destaque, em “que a viagem de
bonde me deu a ver” (ref.8), pode ser permutado
por porque, preservando-se o mesmo sentido do
contexto. 
 
46. (Enem cancelado 2009) Páris, filho do rei
de Troia, raptou Helena, mulher de um rei grego. Isso
provocou um sangrento conflito de dez anos, entre os
séculos XIII e XII a.C. Foi o primeiro choque entre o
ocidente e o oriente. Mas os gregos conseguiram
enganar os troianos. Deixaram à porta de seus muros
fortificados um imenso cavalo de madeira.
Os troianos, felizes com o presente, puseram-
no para dentro. À noite, os soldados gregos, que
estavam escondidos no cavalo, saíram e abriram as
portas da fortaleza para a invasão. Daí surgiu a
expressão “presente de grego”. 
DUARTE, Marcelo. O guia dos curiosos. São
Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Em “puseram-no”, a forma pronominal “no”
refere-se: 
a) ao termo “rei grego”. 
b) ao antecedente “gregos”. 
c) ao antecedente distante “choque”. 
d) à expressão “muros fortificados”. 
e) aos termos “presente” e “cavalo de madeira”. 
 
47. (Enem cancelado 2009) COM NICIGA,
PARAR DE FUMAR FICA MUITO MAIS FÁCIL
1. Fumar aumenta o número de receptores do
seu cérebro que se ativam com nicotina.
2. Se você interrompe o fornecimento de uma
vez, eles enlouquecem e você sente os desagradáveis
sintomas da falta do cigarro.
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3. Com seus adesivos transdérmicos, Niciga
libera nicotina terapêutica de forma controlada no seu
organismo, facilitando o processo de parar de fumar e
ajudando a sua força de vontade. Com Niciga, você
tem o dobro de chances de parar de fumar.
Revista Época, 24 nov. 2009 (adaptado).
Para convencer o leitor, o anúncio emprega
como recurso expressivo, principalmente, 
a) as rimas entre Niciga e nicotina. 
b) o uso de metáforas como “força de vontade”. 
c) a repetição enfática de termos semelhantes como
“fácil” e “facilidade”. 
d) a utilização dos pronomes de segunda pessoa, que
fazem um apelo direto ao leitor. 
e) a informação sobre as consequências do consumo
do cigarro para amedrontar o leitor. 
 
48. (Enem 2009) 
A linguagem da tirinha revela 
a) o uso de expressões linguísticas e vocabulário
próprios de épocas antigas. 
b) o uso de expressões linguísticas inseridas no
registro mais formal da língua. 
c) o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo
verbal no segundo quadrinho. 
d) o uso de um vocabulário específico para situações
comunicativas de emergência. 
e) a intenção comunicativa dos personagens: a de
estabelecer a hierarquia entre eles. 
 
49. (Enem cancelado 2009) Manuel Bandeira
Filho de engenheiro, Manuel Bandeira foi
obrigado a abandonar os estudos de arquitetura por
causa da tuberculose. Mas a iminência da morte não
marcou de forma lúgubre sua obra, embora em seu
humor lírico haja sempre um toque de funda
melancolia, e na sua poesia haja sempre um certo
toque de morbidez, até no erotismo. Tradutor de
autores como Marcel Proust e William Shakespeare,
esse nosso Manuel traduziu mesmo foi a nostalgia do
paraíso cotidiano mal idealizado por nós, brasileiros,
órfãos de um país imaginário, nossa Cocanha perdida,
Pasárgada. Descrever seu retrato em palavras é uma
tarefa impossível, depois que ele mesmo já o fez tão
bem em versos.
Revista Língua Portuguesa, nº 40, fev. 2009.
A coesão do texto é construída principalmente
a partir do(a) 
a) repetição de palavras e expressões que entrelaçam
as informações apresentadas no texto. 
b) substituição de palavras por sinônimos como
“lúgubre” e “morbidez”, “melancolia” e “nostalgia”.
c) emprego de pronomes pessoais, possessivos e
demonstrativos: “sua”, “seu”, “esse”, “nosso”, “ele”. 
d) emprego de diversasconjunções subordinativas
que articulam as orações e períodos que compõem
o texto. 
e) emprego de expressões que indicam sequência,
progressividade, como “iminência”, “sempre”,
“depois”. 
 
50. (Enem cancelado 2009) Vera, Sílvia e Emília
saíram para passear pela chácara com Irene.
— A senhora tem um jardim deslumbrante,
dona Irene! — comenta Sílvia, maravilhada diante dos
canteiros de rosas e hortênsias.
— Para começar, deixe o “senhora” de lado e
esqueça o “dona” também — diz Irene, sorrindo. — Já
é um custo aguentar a Vera me chamando de “tia” o
tempo todo. Meu nome é Irene. Todas sorriem. Irene
prossegue:
— Agradeço os elogios para o jardim, só que
você vai ter de fazê-los para a Eulália, que é quem
cuida das flores. Eu sou um fracasso na jardinagem. 
BAGNO, M. A língua de Eulália: Novela
Sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2003 (adaptado).
Na língua portuguesa, a escolha por “você” ou
“senhor(a)” denota o grau de liberdade ou de respeito
que deve haver entre os interlocutores. No diálogo
apresentado acima, observa-se o emprego dessas
formas. A personagem Sílvia emprega a forma
“senhora” ao se referir à Irene. Na situação
apresentada no texto, o emprego de “senhora” ao se
referir à interlocutora ocorre porque Sílvia 
a) pensa que Irene é a jardineira da casa. 
b) acredita que Irene gosta de todos que a visitam. 
c) observa que Irene e Eulália são pessoas que vivem
em área rural. 
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d) deseja expressar por meio de sua fala o fato de sua
família conhecer Irene. 
e) considera que Irene é uma pessoa mais velha, com
a qual não tem intimidade. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
TEXTO
Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza
toda íntima não vos seria revelado por mim se não
julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este
amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado
por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos
parecidos e iguais; 1nas cidades, nas aldeias, nos
povoados, não porque soframos, com a dor e os
desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une,
nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o
sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que,
como a própria vida, resiste às idades e às épocas. 
Tudo se transforma, tudo varia - o amor, o
ódio, o egoísmo. 2Hoje é mais amargo o riso, mais
dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam,
3levando as coisas fúteis e os acontecimentos
notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada
vez maior, o amor da rua.
João do Rio. A alma encantadora das ruas.
 
51. (Fuvest 2009) Prefixos que têm o mesmo
sentido ocorrem nas seguintes palavras do texto: 
a) íntima / agremia. 
b) resiste / deslizam. 
c) desprazeres / indissolúvel. 
d) imperturbável / transforma. 
e) revelado / persiste. 
Gabarito: 
Resposta da questão 1: [A]
Em [B], [C], [D] e [E], as orações apresentam
sujeito agente: elíptico (ele), simples (o refém),
indeterminado (eles) e simples (o major),
respectivamente. Apenas a oração em [A], embora o
verbo esteja na voz ativa, não apresenta sujeito
agente, já que “o carro” não pratica a ação de furar o
pneu. 
Resposta da questão 2: [D]
É correta a opção [D], pois, conforme
mencionado na primeira estrofe, o substantivo “amor”
intensifica o dulçor da palavra “amora”: “a palavra
amora/seria talvez menos doce” ... “se não trouxesse
em seu corpo...a memória da palavra amor”. 
Resposta da questão 3: [A]
O emprego do artigo “as” e do pronome
“essas”, no último parágrafo, contribui para destacar o
momento em que se verifica a transformação das
meninas alegres em mulheres sérias, e
consequentemente, perpassar a ideia de que o
amadurecimento resulta do confronto com a violência
e o sofrimento. Assim, é correta a opção [A]. 
Resposta da questão 4: [C]
A afirmação de que “maus tradutores de livros
de marketing e administração disponibilizam mais e
mais termos infelizes” permite concluir que o autor
considera que a incorporação de verbos terminados
em “izar” à língua portuguesa decorre de influência
estrangeira. Assim, é correta a opção [C]. 
Resposta da questão 5: [C]
Ao afirmar que as afinidades existentes entre
comunidade, comunicação e comunhão começam no
próprio radical dessas palavras, o autor parte de uma
informação gramatical para convencer o autor, como
mencionado em [C]. 
Resposta da questão 6: [E]
Em [I], o termo “agora” exerce função de
advérbio com noção temporal, podendo ser
substituído por daqui por diante, a partir desse
momento, doravante. Em [II], adquire sentido de
oposição ao que foi mencionado anteriormente, como
acontece em orações iniciadas com as conjunções
adversativas mas, contudo, todavia. Assim, é correta a
opção [E]. 
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Lista de Exercícios : Gramática | Morfologia
Resposta da questão 7: [E]
Enquanto que em [A], [B], [C] e [D] os
conectores apresentam relação semântica de dúvida,
comparação, inclusão e condição, respectivamente, na
frase “As favelas são, afinal, produto direto do
urbanismo moderno”, o conector “afinal” apresenta a
mesma noção conclusiva de “portanto”. Assim, é
correta a opção [E]. 
Resposta da questão 8: [D]
No final do excerto, o entrevistado parte da
hipótese de que se o rádio, assim como a televisão,
fosse usado com objetivos culturais e educativos,
permitiria a divulgação de informações o que
contribuiria para gerar oportunidades de
aprimoramento intelectual à população, como se
afirma em [D]. 
Resposta da questão 9: [E]
A associação de termos verbais no imperativo
(“rompa”, “denuncie”) com a imagem de três mulheres
que cobrem os olhos, boca e ouvidos – sugerindo a
passividade perante diversos tipos de assédio de que
frequentemente são vítimas – indica que a campanha
busca convencer o leitor a mudar seu
comportamento. Assim, é correta a opção [E]. 
Resposta da questão 10: [A]
A expressão “de fato” constitui uma locução
adverbial de afirmação que pode ser substituída por
“sem dúvida”, “com certeza” ou “realmente”. Assim, é
correta a opção [A], pois a locução conjuntiva “deste
modo” expressa conclusão, como “por conseguinte”,
“por isso” ou “portanto”. 
Resposta da questão 11: [E]
Nos trechos [I], [II] e [III], a preposição "para"
não apresenta noção de finalidade, nem introduz
oração. Apenas no trecho IV, o termo inicia uma
oração subordinada adverbial que expressa a
finalidade da recusa ("Pois carecia que um de nós nos
recusasse / para melhor servir-nos”). Assim, é correta a
opção [E]. 
Resposta da questão 12: [D]
Na frase da opção [D], a expressão “estava a
falar”, conjugação perifrástica com verbo auxiliar
seguido de preposição e um verbo principal no
infinitivo, é bastante comum no português de
Portugal, diferente do Brasil que usa,
preferencialmente, a construção com o gerúndio. 
Resposta da questão 13: [B]
O uso do presente do indicativo para descrever
fatos ocorridos no passado (chamado presente
histórico ou narrativo) confere mais vivacidade ao
texto e realça os acontecimentos que estão sendo
descritos. Dessa forma, o narrador volta ao momento
dos acontecimentos, narra como se presenciasse as
cenas, tornando o texto mais dinâmico e criando
maior expectativa ao leitor. Assim, é correta a opção
[B]. 
Resposta da questão 14: [D]
O emprego do presente do indicativo para
narrar fatos passados (também denominado presente
histórico) confere atualidade à ação, aproximando o
leitor dos fatos narrados. Assim, é correta a opção [D].Resposta da questão 15: [A]
É correta a opção [A], pois os prefixos “trans” e
“ultra” apresentam o mesmo significado: “para além
de”, “adiante de”. 
Resposta da questão 16: [A]
O pronome “daquilo” foi usado cataforicamente
por antecipar uma informação presente na sequência
posterior, com os elementos sintáticos formadores do
aposto enumerativo (“gentileza, bom humor,
inteligência, simpatia”). Assim, é correta a opção [A]. 
Resposta da questão 17: [C]
Na primeira frase do texto publicitário, o uso do
imperativo nos termos verbais “descubra” e
“aproveite” configura o uso da função apelativa da
linguagem sob a forma de um convite, tentando
persuadir o público-alvo a consumir determinado tipo
de chocolate. Assim, é correta a opção [C]. 
Resposta da questão 18: [B]
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A conjunção coordenativa “assim” expressa
noção de conclusão relativamente ao que foi
enunciado anteriormente, sintetizando as ideias antes
expressas. Assim, é correta a opção [B]. 
Resposta da questão 19: [A]
A incorporação da terminação “-dromo” a uma
palavra já existente na língua, “samba”, gerou uma
nova palavra, ou seja, criou um neologismo semântico,
um novo termo caracterizado pela modificação de
significado de um vocábulo primitivo. Muitas vezes
considerado inadequado ou impróprio, este
fenômeno linguístico coloca em evidência o
dinamismo da língua, na possibilidade de criação de
novas palavras, como se afirma em [A]. 
Resposta da questão 20: [C]
No período “vai ser bom, não foi”, a sequência
das expressões verbais, “vai ser” com noção de futuro,
assim como o pretérito do perfeito referente ao
passado, sugerem a velocidade de ação que a
empresa pretende apresentar como sua característica
principal. Assim, é correta a opção [C]. 
Resposta da questão 21: [A]
O advérbio “mal” na oração expressa ideia de
tempo, como é possível verificar com a substituição
de tal vocábulo pela locução “assim que”,
preservando-se o sentido: “assim que seus olhos
descobriram entre os utensílios a enxada”. 
Resposta da questão 22: [C]
O autor usa o recurso da polissemia da palavra
“natureza”, repetida quatro vezes no anúncio com dois
significados distintos (na segunda e terceira aparições
como “conjunto de elementos do mundo natural” e,
na primeira e quarta, como “o que compõe a
substância do ser; essência”), conforme sua aplicação
no contexto. 
Resposta da questão 23: [E]
O sentido do prefixo “oni” é aplicado de forma
denotativa nos dois casos, dando o sentido de “todo”.
Resposta da questão 24: [A]
É correta a opção [A], pois a conjunção
coordenativa adversativa “mas” expressa oposição ao
que é enunciado na oração principal, em que Filipe
discorre sobre o fato de a preguiça ser a mãe (origem)
de todos os defeitos. Ao contrário, do que se
esperava, o personagem subverte o significado do
termo naquele contexto para justificar a sua preguiça.
Resposta da questão 25: [D]
É correta a opção [D], pois o uso dos termos
verbais em 1ª pessoa do plural (“carregamos”,
”podemos reduzir-nos”, “desenvolvemos”, “somos”,
“controlamos”) inclui o leitor nas apreciações que o
autor emite ao longo do texto. 
Resposta da questão 26: [D] 
Apenas a opção [D] é correta, já que a vírgula
assinala a elipse da locução “deverá se fazer”. As
demais são inadequadas, pois 
[A] em “imposição”, o prefixo im- sugere sobreposição
(em, sobre) e em “imparcial” apresenta sentido
negativo;
[B] os termos “postulado” e “crença” não são
sinônimos, já que o primeiro alude a uma
premissa, ponto de partida para um raciocínio, e o
segundo a uma ação que dispensa razões ou
confirmação objetiva; 
[C] o pronome demonstrativo “essa” é adequado, pois
remete ao que foi mencionado no período
anterior;
[E] o pronome pessoal oblíquo “os”, com função
de objeto direto, refere-se ao substantivo
“conhecimentos”. 
Resposta da questão 27: [E] 
Todos os itens são corretos, pois 
I. existe construção de sentenças em que o sujeito é
colocado após o verbo para valorizar algum termo
em detrimento de outro, como em “adumbra-se na
escuridão um maciço de construções” e “dançam os
pretos o samba”, entre outros; 
II. expressões como “frenesi que toca o delírio”,
“desesperado saracoteio”, “o corpo estremece, pula,
sacode, gira, bamboleia” intensificam a ideia de
movimento;
III. predominam, no texto, os verbos no
presente histórico, recurso empregado para sugerir a
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Lista de Exercícios : Gramática | Morfologia
atualidade dos fatos narrados e, dessa forma, causar
mais impacto. 
Resposta da questão 28: [E]
O uso de diminutivos em expressões com
grande carga afetiva (“chegar de mansinho”, “o
gostinho da viagem” “Pequenino a princípio”)
contrastam com os aumentativos que exaltam a
grandiosidade do espetáculo que aguarda o visitante
(“do casarão”, “imensidão”). Assim, a autora dirige-se
ao leitor de forma a envolvê-lo na descrição da
cidade, levá-lo a aceitar suas ideias, convidando-o a
partilhar das belezas do local, como se afirma em [E]. 
Resposta da questão 29: [B]
O termo “mamadeirar” é exemplo de um
fenômeno linguístico que consiste na criação de
uma palavra ou expressão nova a partir de processos
que já existem na língua, no caso a sufixação à palavra
“mamadeira”. Assim, é correta a alternativa [B]. 
Resposta da questão 30: [B]
É correta a alternativa [B], pois os termos
“linda”, “maravilhoso”, “amplo” e “tranquila” para
designar as características da residência, jardim,
espaço gourmet e a rua onde está situada a casa à
venda permite deduzir que esse classificado utiliza
uma profusão de adjetivos para revelar as qualidades
do produto. 
Resposta da questão 31: [C]
O artigo definido é determinante de objetos ou
seres perfeitamente circunscritos e identificáveis, ou
seja, específicos. Na sua ausência, o substantivo é
mencionado de forma genérica. 
Resposta da questão 32: [C]
O pronome “ela”, transcrito na frase do
enunciado, já havia sido usado no período anterior (“
Fora ela quem … cingira o Mestre de Avis com a coroa
lusitana”) associado à mesma expressão: “esta
burguesia”. 
Resposta da questão 33: [D]
Na frase “O surto marítimo que enche sua
história do século XV”, o presente do indicativo é
usado para dar mais vivacidade ao texto e realçar os
acontecimentos que estão sendo descritos. Trata-se
do presente histórico, processo de dramatização
linguística que transporta fatos do passado para a
atualidade. 
Resposta da questão 34: [C]
O modo subjuntivo, predominante no excerto
do poema “Receita de mulher” (“perdoem”, “haja”,
“socialize”, “seja”, tenha”,”adquira”) indicam a vontade
ou o desejo do eu lírico por esse ideal de mulher. 
Resposta da questão 35: [A]
A afirmação I é procedente, pois os pronomes
"ele" e "eu" são mencionados antes dos referentes, ou
seja, a pessoa que explicava as propriedades físicas e
químicas da estrutura da bolha de sabão, e o próprio
narrador em 1ª pessoa. A afirmação II é incorreta, pois,
sem entrar no mérito da explicação científica, pode-se
inferir que, se a reação das impurezas da água com o
sabão fosse responsável pela formação da bolha, esta
não aconteceria com água limpa, o que pode ser
desmentido nas ações cotidianas de qualquer pessoa.
A afirmação II é igualmente improcedente, porque
não é a óptica geométrica que estuda a interferência
da luz sobre os objetos, mas sim a óptica física. 
Resposta da questão 36: [C]
Ao usar o advérbio “muito” seguido de
reticências, o autor acentua

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