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PATOLOGIA DA TIREOIDE

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PATOLOGIA DA TIREOIDE 
ANATOMIA 
 
HISTOLOGIA 
Unidade fundamental – folículo 
 
 
CÉLULAS FOLICULARES 
3 padrões: 
 Achatada – endotelioide  inativas 
 Cuboidal – maioria; secretam o coloide 
 Colunar  reabsorve o coloide/TGB e libera na 
corrente sanguínea 
Células polarizadas – região basal na membrana basal e 
ápice luminal 
IHQ – positivo para tireoglobulina, TTF-1, CK7 e PAX 8 
 
TIREOIDITES 
 Tireoidite de Hashimoto 
45-65 anos, mais em homens 
Principal causa é o hipotireoidismo e é a principal causa 
de bócio endêmico em crianças 
Costuma anteceder os linfomas da tireoide 
PATOGÊNESE 
1. Autoimune  destruição da glândula  AC 
contra tireoglobulina e tireoperoxidase 
2. Genética  polimorfismo na regulação imune 
associada aos genes CTL4 e PTPN22 
(reguladores da resposta das células T) 
 
MECANISMOS IMUNES DE DESTRUIÇÃO CELULAR 
1. Mediado por células T CD8+ citotóxicas – destrói 
células foliculares 
2. Mediada por citocinas (ativam células T CD4+) – 
produz citocinas – recruta macrófagos (dano 
folicular) 
Macroscopia – aumento difuso da glândula, capsula 
normal/glândula bem delimitada; superfície de corte 
“pálida”, amarela-acinzentada e aspecto discretramente 
nodular 
João Luis
Realce
João Luis
Realce
 
Microscopia – infiltrado mononuclear extenso (linfócitos, 
plasmocitos e centros germinativos); atrofia dos folículos, 
células de Hurthle e/ou metaplasia escamosa 
 
 
HIPERPLASIA E BÓCIOS 
 Doença de Graves 
Causa mais comum de hipertireoidismo endógeno 
(diminui TSH, aumenta T3-T4) 
20-40 anos, mais em mulheres 
PATOGÊNESE 
 
A genética é semelhante à de Hashimoto – polimorfismo 
dos genes de função imune 
Clínica – tríade clássica: 
 
Macroscopia – aumento simétrico da glândula  
hipertrofia e hiperplasia difusas das células foliculares; 
superfície de corte semelhante a tecido muscular 
 
Microscopia – células foliculares altas e numerosas  
formam pequenas papilas se projetando para o lúmen do 
folículo 
Papilas sem eixo fibrovascular- diferem de carcinoma 
papilifero 
As papilas invadem o coloide, que é “pálido” e apresenta 
margens “recortadas/escalonadas” 
Infiltrado linfoide no interstício 
 
 Bócios 
 
2 tipos = bócio difuso (simples/não toxico) e bócio 
multinodular 
BÓCIO DIFUSO 
Bócio coloide – folículos alongados preenchidos por 
coloide 
A. Bócio endêmico – diminuição de iodo na dieta 
(> 10% da população de uma região) 
B. Bócio esporádico – mais comum em mulheres 
na puberdade/adultos jovens; maioria de causa 
desconhecida 
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
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João Luis
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João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
Realce
João Luis
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João Luis
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João Luis
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João Luis
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João Luis
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João Luis
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João Luis
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Bócio disormonogenetico – crianças, hipotireoidismo e 
déficit de crescimento 
Morfologia 
 
 
BÓCIO MULTINODULAR 
 
Macroscopia – aumento assimétrico/multinodular da 
glândula; variável quantidade de coloide marrom, padrão 
de crescimento intratorácico ou “mergulhante”; pode ter 
hemorragia, fibrose e calcificação 
Microscopia – folículos ricos em coloide e epitélio 
achatado (inativo); áreas de hiperplasia e alterações 
degenerativas 
Não tem capsula proeminente entre os nódulos 
hiperplásicos e o parênquima residual (difere das 
neoplasias foliculares) 
Bócio multinodular toxico (Sd de Plummer) – nódulo 
autônomo que causa hipertireoidismo sem oftalmopatia 
ou dermatopatia 
NEOPLASIAS BENIGNAS 
 Adenoma folicular 
Massa solitária derivada do epitélio folicular, não é 
precursor do carcinoma folicular 
Maioria é não –funcional (não produz hormônios) 
Patogênese – provável origem clonal 
Macroscopia – lesão única, esférica, encapsulada; cor 
variável entre acinzentada e avermelhada (depende da 
quantidade de coloide); pode ter hemorragia, fibrose e 
calcificação 
 
Microscopia – folículos uniformes contendo coloide 
(difere da hiperplasia que tem folículos de tamanhos 
variados); células neoplásicas com pouco/nenhum 
pleomorfismo; mitoses raras; células de Hurthle ocasionais 
– adenoma oncocitico; capsula integra o redor do tumor 
Padrões de crescimento 
 Embrionário – trabecular ou solido 
 Microfolicular – fetal 
 Simples – normofolicular 
 Macrofolicular 
 
NEOPLASIAS MALIGNAS 
 Carcinomas de tireoide 
Relativamente incomum, predomínio em mulheres 
jovens/meia idade 
SUBTIPOS MAIS FREQUENTES: 
 Papilífero (> 85%) 
 Folicular 
 Anaplasico/indiferenciado (< 5%) 
 Medular 
Patogênese – maioria se origina do epitélio folicular 
(exceto o medular), bem diferenciados 
Maior fator de risco – radiação/ionização 
João Luis
Realce
João Luis
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João Luis
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João Luis
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João Luis
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João Luis
Realce
 
Fatores genéticos distintos ocorrem nos 4 subtipos 
citados – nos tumores originados do epitélio folicular, 
essas alterações ocorrem nas vias de sinalização dos 
receptores de fatores de crescimento 
 
CARCINOMA PAPILIFERO 
Mais comum, principalmente em mulheres entre 25-50 
anos 
FR – radiação ionizante; nódulo frio na imagem com iodo 
radioativo 
Patogênese 
 
Macroscopia – único ou múltiplos, tamanho variável; 
geralmente mal-delimitado, infiltrativo (ocasionalmente 
encapsulado), granular e esbranquiçado, pode conter 
fibrose, calcificação e alteração cística 
 
Microscopia – papilas com eixo fibrovascular  uma ou 
mais camadas de células cuboidais uniformes, com 
citoplasma eosinofílico 
Núcleos – aumentados, irregulares, cromatina dispersa 
(vidro fosco), pseudoinclusões e fendas (invaginações do 
citoplasma) 
Mitoses infrequentes, corpos psamomatosos frequentes 
(> 50% casos) 
Estroma fibroso abundante, coloide escuro/denso; 
infiltrado linfoplasmocitário periférico, pode ter focos 
sólidos ou de metaplasia escamosa; invasão linfática e 
metástase linfonodal frequentes (>50%) 
 
Microcarcinoma papilífero 
Conceito WHO = tumor < ou = a 1 cm; células 
neoplásicas em estroma fibroso denso; alteração 
genética mais comum = rearranjo RET/PTC; bom 
prognóstico (indolente/incidental) 
Folicular 
Variante mais frequente (15-20%); crescimento folicular 
sem papilar, coloide denso (mais eosinofílico) com 
margens escalonadas; maioria possui capsula fibrosa 
(melhor prognóstico) 
Diagnóstico difícil – feito por características nucleares do 
carcinoma papilífero clássico 
João Luis
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João Luis
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João Luis
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João Luis
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MORFOLOGIA - CLAREAMENTO, FENDAS E PSEUDOINCLUSÕES NUCLEARES
 
IHG – positivo para galectina-3 e HBME-1 
Alteração genética – aumento da frequência de mutação 
do gene RAS; bom prognóstico, menor índice de 
metástases linfonodais e maior índice de invasão vascular 
do que a forma clássica 
 
 Voltando para o geral 
 
Tratamento – lobectomia ou tireoidectomia total (tumor 
> 1 cm ou variantes agressivas) 
CARCINOMA FOLICULAR 
10-15% dos carcinomas primários de tireoide; mais em 
mulheres, 40 anos (pacientes mais velhos que o 
carcinoma papilífero); imagem com captação de iodo 
radioativo – nódulo frio 
Macroscopia – nódulo bem circunscrito ou 
extensamente infiltrativo; aos cortes – acinzentado e 
translucente (coloide), fibrose e calcificação 
 
Microscopia – células uniformes formando microfoliculos 
com coloide; ou padrões sólidos/trabeculares; focos de 
células claras podem ser vistos 
Alguns tumores têm predomínio de Hurthle cells – 
variante oncocitica 
Ausência de características nucleares típicas do 
carcinoma papilífero e corpos psamomatosos 
Extensivamente invasivo – padrão solido/trabecular, 
aumento de mitoses e maior pleomorfismo 
Disseminação linfática é incomum (difere do carcinoma 
papilífero) 
Não existe diferençacitológica entre o adenoma e o 
carcinoma folicular – avaliar se há infiltração da capsula 
ou invasão vascular nos vasos próximos à capsula 
Patogênese – mutação do RAS – 40-50% dos casos 
(códon 61 do N-RAS); translocação em 2040% casos – 
fusão PAX8/PPARy 
 
 
Francamente infiltrativo  metástase (ossos e pulmão) 
 < 10 anos de sobrevida 
Minimamente invasivo  sobrevida de 10 anos em > ou 
= 90% dos casos 
Tratamento – tireoidectomia e iodo radioativo 
CARCINOMA ANAPLÁSICO / INDIFERENCIADO 
< 2% dos carcinomas de tireoide; pacientes mais velhos 
(65 anos), mais em mulheres, geralmente com história 
de carcinoma bem diferenciado (papilífero ou folicular) 
Comportamento agressivo, crescimento rápido e 
mortalidade > 90% 
Patogênese – alterações genéticas relacionadas com o 
tumor bem diferenciado de origem, inativação do TP53 
e ativação de mutações beta-catenina  agressividade 
Macroscopia – branco/acinzentado, hemorragia/necrose, 
comprometimento de estruturas adjacentes 
João Luis
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Microscopia – células altamente anaplasicas, morfologia 
variável, aumento de mitoses, áreas de necrose e 
invasão angiovascular 
 
Outras – paucicelular: tecido fibroso acelular com 
calcificação distrófica e linfócitos; variante células 
osteoclasto-like 
 
Tratamento – cirurgia, QT e RT (prognóstico ruim, 
sobrevida de 6-12 meses) 
CARCINOMA MEDULAR 
Neoplasia neuroendócrina derivada das células 
parafoliculares (células C), representando 5-10% das 
neoplasias primárias da tireoide 
Secretam calcitonina – também pode secretar ACTH, 
VIPO e serotonina 
 
Patogênese – 
 
 
Obs – hiperplasia de células C  aumento do número 
de células parafoliculares nos espaços foliculares; com a 
progressão, essas células preenchem e expandem os 
folículos, produzindo a hiperplasia de células C nodular 
Macroscopia – lesão firme, acinzentada, relativamente 
bem delimitada (não encapsulada); lesões grandes podem 
conter áreas de necrose, hemorragia e extensão através 
da capsula 
Geralmente se inicia na junção entre os terços médio e 
superior dos lobos laterais, onde tem maior concentração 
de células C 
Microcarcinoma - < 1 cm 
 
Microscopia – células poligonais ou fusiformes, formando 
ninhos, trabéculas ou folículos; núcleo redondo/oval, 
cromatina salpicada e células binucleadas gigantes; 
pseudoinclusoes e corpos psamomatosos podem estar 
presentes 
Citoplasma eosinofílico/anfofílico, as vezes granular; 
depósitos amiloides acelulares no estroma (80%) 
Variantes já descritas – folicular, papilar, angiomatosa, 
pequenas células, melanotico, oncocitico, escamoso, 
anficrino, paraganglioma-like 
Citologia – aspirado hipercelular; células descoesas, 
fusiformes ou epitelioides (plasmacitoides); núcleos 
hipercromaticos (cromatina granular) 
Células multinucleadas/gigantes frequentes; amiloide em 
70% dos casos 
 
Tratamento – tireoidectomia total e/ou esvaziamento 
cervical; NEM 2B  carcinoma mais agressivo  mais 
metástases 
Sobrevida de 10 anos em 40-50% dos pacientes; 
sobrevida de 10 anos no NEM 2° > 95% 
João Luis
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