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Resumo Histologia Endócrino

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Tireoide
A tireoide é uma glândula endócrina que se desenvolve a
partir do endoderma da porçâo cefálica do tubo digestivo. Sua
função é sintetizar os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3),
que regulam a taxa de metabolismo do corpo. Situada na região
cervical anterior à laringe, a glândula tireoide é constituída de dois
lóbulos unidos por um istmo.
A tireoide é composta de milhares de folículos tireoidianos,
que são pequenas esferas de 0,2 a 0,9 mm de diâmetro. A parede
dos folículos é um epitélio simples cujas células são também
denominadas tirócitos. A cavidade dos folículos contém uma
substância gelatinosa chamada coloide. A glândula é revestida por
uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo que envia septos para o
parênquima. Os septos se tornam gradualmente mais delgados ao
alcançar os folículos, que são separados entre si principalmente
por fibras reticulares.
A tireoide é um órgão extremamente vascularizado por uma
extensa rede capilar sanguínea e linfática que envolve os folículos.
As células endoteliais dos capilares sanguíneos são fenestradas,
como é comum também em outras glândulas e11dócrinas. Esta
configuração facilita o transporte de substâncias entre as células
endócrinas e o sangue.
Em cortes o aspecto dos folículos tireoidianos é muito
variado, o que é consequência de: (1) diferentes maneiras em que
foram seccionados os folículos; (2) diversos níveis de atividade
funcional exercidos pelos vários folículos. Alguns folículos são
grandes, cheios de coloide e revestidos por epitélio cúbico ou
pavimentoso, e outros são menores, com epitélio colunar. De
maneira geral, quando a altura média do epitélio de tun número
grande de folículos é baixa, a glândula é considerada hipoativa.
Em contrapartida, o aumento acentuado na altura do epitélio
folicular acompanhado por diminuição da quantidade de coloide e
do diâmetro dos folículos costuma indicar hiperatividade da
glândula.
Outro tipo de célula encontrado na tireoide é a célula
parafolicular ou célula C. Ela pode fazer parte do epitélio folicular
ou mais comumente forma agrupamentos isolados entre os
folículos tireoidianos.
As células parafoliculares produzem um hormônio chamado
calcitonina, também denominado tirocalcitonina, cujo efeito
principal é inibir a reabsorção de tecido ósseo e, em
consequência, diminui o nível de cálcio no plasma. A secreção de
calcitonina é ativada por aumento da concentração de cálcio do
plasma.
Sidney FMN - MED 2020
Doença de Graves
A glândula tireoide está, em geral, simetricamente
aumentada por causa da hipertrofia e hiperplasia difusas das
células epiteliais foliculares da tireoide (Fig. 24-13A). Aumentos do
peso acima de 80 g não são incomuns. Em corte, o parênquima
tem uma aparência macia e carnuda, parecendo um músculo
Sidney FMN - MED 2020
normal. Histologicamente, as células epiteliais foliculares, em
casos não tratados, são altas e mais populosas do que o normal.
Esta superpopulação frequentemente resulta na formação de
pequenas papilas, que se projetam no lúmen folicular e passam
dos limites do coloide, algumas vezes enchendo os folículos (Fig.
24-13B). Tais papilas não apresentam núcleos fibrovasculares,
contrariamente às do carcinoma papilar (veja adiante). O coloide
no lúmen folicular é pálido, com margens recortadas. Os infiltrados
linfoides, consistindo predominantemente em células-T, com
poucas células-B e plasmócitos maduros, estão presentes por
todo o interstício; os centros germinativos são comuns.
Mudanças no tecido extratireoidiano incluem hiperplasia
linfoide generalizada. O coração pode estar hipertrofiado e
mudanças isquêmicas podem estar presentes, particularmente em
pacientes com doença arterial coronariana preexistente. Em
pacientes com oftalmopatia, os tecidos da órbita estão
edematosos devido à presença de mucopolissacarídeos
hidrofílicos. Além disso, há infiltração de linfócitos e fibrose. Os
músculos orbitais estão edematosos no início, mas podem sofrer
fibrose tardiamente no curso da doença. A dermopatia, se
presente, é caracterizada por espessamento da derme devido à
deposição de glicosaminoglicanos e à infiltração de linfócitos. 
Microscopia: Tiróide mostrando, em pequeno aumento,
folículos pequenos, freqüentemente abaixo do diâmetro
normal, e contendo pouco ou nenhum colóide. Há infiltrado
linfocitário focal, formando folículos linfóides com centros
germinativos. 
➔ Aumento na quantidade e tamanho das células
foliculares.
➔ Projeções do epitélio para dentro do folículo
(pseudopapilas).
➔ Infiltrado inflamatório formando folículo linfoide.
➔ Contem pouco ou nenhum coloide. 
Macroscopia: Aumento difuso da Gl. (não nodular) 
Sidney FMN - MED 2020
Sidney FMN - MED 2020
Bócio Multinodular
Esporádico: causa indeterminada.
Efeito de massa – esôfago; traquéia; grandes vasos.
Bócio mergulhante.
Aumento da tireóide; nódulos irregulares.
Hiperplasia e hipertrofia de células foliculares.
Os bócios multinodulares são glândulas multilobuladas
assimetricamente aumentadas que podem alcançar um peso de
mais de 2.000 g. O padrão de aumento é um tanto imprevisível e
pode envolver um lobo muito mais do que o outro, produzindo uma
pressão lateral nas estruturas da linha média, tais como a traqueia
e o esôfago. Em outros casos, o bócio cresce atrás do esterno e
das clavículas para produzir o chamado bócio intratorácico ou
bócio mergulhante. Ocasionalmente, a maioria está escondida
atrás da traqueia e do esôfago; em outros casos, um nódulo pode
sobressair tanto que dá a aparência clínica de um nódulo solitário.
Em um corte, os nódulos irregulares contendo quantidades variá-
veis de coloide marrom e gelatinoso estão presentes (Fig. 24-
15A). Lesões mais antigas têm áreas de hemorragia, fibrose,
calcificações e mudança cística. A aparência microscópica inclui
folículos ricos em coloide, revestidos por um epitélio achatado e
inativo e áreas de hiperplasia folicular, acompanhada por
mudanças degenerativas observadas anteriormente. Em contraste
com as neoplasias foliculares, a cápsula proeminente entre os
nódulos hiperplásicos e o parênquima tireoidiano residual não está
presente (Fig. 24-15B).
Sidney FMN - MED 2020
Sidney FMN - MED 2020
Macroscopia: 
➔ Tireóide aumentada, lobulada Assimetria 
➔ Cortes: nódulos com colóide, calcificação, fibrose,
hemorragia.
Microscopia: .
➔ HIPERPLASIA NODULAR: quantidade aumentada de
folículos e nódulos microscópicos. 
➔ Epitélio achatado, inativo.
➔ Folículos de tamanhos variados bócio colóide abundante
Ausência de cápsula.
Sidney FMN - MED 2020
Tiróide mostrando, em pequeno aumento, folículos de
tamanhos muito variados (macro- e microfolículos). 
Alguns folículos são bem maiores que o normal e contêm
abundante colóide. Outros lembram folículos normais ou são
pequenos. As células foliculares podem ser colunares,
achatadas ou cúbicas, indicando variação na atividade
funcional. Traves de tecido fibroso dão à glândula aspecto
nodular. 
Sidney FMN - MED 2020
Tireoidite
Inflamação da glândula, podendo ser infecciosa ou
autoimune; aguda ou crônica
Tireoidite de Hashimoto
Ocorre por processo autoimune (anti TPO, anti TG)
Aumento indolor da glândula com aumento difuso e
simétrico
Sinais e sintomas de hipotireoidismo
Hashitoxicose: ruptura de folículo liberando hormônios.
Microscopia: 
Sidney FMN - MED 2020
Sidney FMN - MED 2020
➔ Infiltrado inflamatório linfocítico intenso 
➔ Folículos tireoidianos atróficos 
➔ Fibrose 
Tiróide mostrando, em pequeno aumento, intenso
infiltrado linfocitário formando folículos linfóides com centros
germinativos. Grande parte da área docorte é constituída por
reação inflamatória. Em aumento maior, os folículos
são atróficos e contêm pouco ou nenhum colóide. O aspecto
tem semelhanças com a doença de Graves (ver quadro
anterior), e pode até ser confundido com aquela. As
diferenças são que na tiroidite de Hashimoto o infiltrado é
mais intenso, as células foliculares são menores e não têm
aspecto sugestivo de hiperatividade funcional. 
A tireoide está, com frequência, difusamente aumentada,
embora um aumento mais localizado possa ser visto em alguns
casos. A cápsula intacta e a glândula estão bem demarcadas das
estruturas adjacentes. A superfície de corte é pálida, amarelo-
amarronzada, firme e um tanto nodular. O exame microscópico
revela uma infiltração extensiva do parênquima por um infiltrado
inflamatório mononuclear contendo pequenos linfócitos,
plasmócitos e centros germinativos bem desenvolvidos (Fig. 24-
11). Os folículos tireoidianos são atróficos e são revestidos em
muitas áreas por células epiteliais distinguidas pela presença do
citoplasma abundante, eosinofílico e granular, chamadas de
células de Hürthle. Estas são uma resposta metaplásica do epitélio
folicular cuboide baixo normal à lesão em andamento. Em
amostras de biópsia aspiradas com uma agulha fina, a presença
de células de Hürthle em conjunto com uma população
heterogênea de linfócitos é característica da tireoidite de
Hashimoto. Na tireoidite de Hashimoto “clássica”, o tecido
conjuntivo intersticial está aumentado e pode ser abundante. Uma
variante fibrosa é caracterizada por atrofia folicular tireoidiana
grave e fibrose densa “semelhante a queloide”, bandas largas de
colágeno acelular.
Sidney FMN - MED 2020
Tireoidite Granulomatosa (Subaguda)
Quadro clínico: Aumento glandular Dor 
Sinais e sintomas de infecção: febre, calafrios Sinais e
sintomas de hipotireoidismo.
Microscopia: 
➔ Infiltrado inflamatório: linfócitos + neutrófilos 
➔ Células gigantes multinucleadas 
➔ Fibrose 
A glândula pode estar unilateral ou bilateralmente
aumentada e firme, com cápsula intacta. Ela pode ser levemente
aderente às estruturas circundantes. Em um corte, as áreas
envolvidas são firmes e amarelo-esbranquiçadas e se sobressaem
da substância tireoidiana marrom, normal e mais flexível.
Histologicamente, as alterações são pontuais e dependem do
estágio da doença. No início da fase inflamatória ativa, folículos
espalhados podem ser inteiramente destruídos e substituídos por
neutrófilos formadores de abscessos. Posteriormente, os aspectos
mais característicos aparecem na forma de agregados de
linfócitos, macrófagos ativados e plasmócitos próximos aos
folículos tireoidianos colapsados e danificados. Células gigantes
multinucleadas envolvem grupos nus ou fragmentos de coloide
Sidney FMN - MED 2020
(Fig. 24-12), daí a designação tireoidite granulomatosa. Em
estágios mais tardios da doença, um infiltrado inflamatório crônico
e fibrose podem substituir o foco da lesão. Estágios histológicos
diferentes são, às vezes, encontrados na mesma glândula,
sugerindo ondas de destruição ao longo de um período de tempo.
Sidney FMN - MED 2020
Nódulos Tireoidianos
Únicos > múltiplos 
Homem > mulher 
Jovem > idoso 
“Nódulo frio” > “ nódulo quente” 
História de radiação em cabeça e pescoço 
Adenoma
Neoplasia benigna
Nódulo único 
Origem no epitélio folicular 
Geralmente, não funcionante (“ nódulo frio”, captam – iodo
que a tireoide nl- 10% ca.) 
Quadro clínico: Massa cervical – efeito compressivo.
O adenoma tireoidiano típico é uma lesão solitária,
esférica e encapsulada que é bem demarcada do parênquima
tireoidiano circundante (Fig. 24-16A). Os adenomas foliculares
medem cerca de 3 cm de diâmetro, mas alguns são um pouco
maiores (≥10 cm em diâmetro). Em amostras recentemente
ressecadas, o adenoma se projeta da superfície lesionada e
comprime a tireoide adjacente. A cor varia de branco-acinzentado
a vermelhopardocento, dependendo da celularidade do adenoma
e seu conteúdo coloidal. As células neoplásicas são demarcadas
do parênquima adjacente por uma cápsula bem definida e intacta.
Estas características são importantes para se fazer a distinção dos
bócios multinodulares, os quais contêm múltiplos nódulos em sua
superfície lesionada, se bem que o paciente pode se apresentar
clinicamente com um nódulo dominante solitário. Áreas de
hemorragia, fibrose, calcificação e mudanças císticas, similares às
encontradas nos bócios multinodulares, são comuns nos
adenomas foliculares, particularmente em lesões maiores. 
Microscopicamente, as células constituintes
frequentemente formam folículos aparentemente uniformes que
contêm coloides (Fig. 24-16B). O padrão de crescimento folicular
no adenoma é geralmente um tanto distinto do da tireoide não
neoplásica adjacente. As células epiteliais que compõem o
adenoma folicular revelam uma pequena variação na morfologia
celular e nuclear, e figuras mitóticas são raras. Atividade mitótica
intensiva, necrose e alta celularidade justificam um exame
cuidadoso da cápsula para excluir carcinoma folicular, assim como
das características nucleares para excluir uma variante folicular do
carcinoma papilar (veja adiante). Por vezes, as células
neoplásicas adquirem um citoplasma granular brilhantemente
eosinofílico (oxífilo ou mudança da célula de Hürthle) (Fig. 24-17);
a apresentação clínica e o comportamento do adenoma folicular
com oxifilia (adenoma da célula de Hürthle) não é diferente
daquela de um adenoma convencional. O marco de todos os
adenomas foliculares é a presença de uma cápsula bem formada,
Sidney FMN - MED 2020
intacta, circundando o tumor. Uma avaliação cuidadosa da
integridade da cápsula é, portanto, crítica na distinção dos
adenomas foliculares dos carcinomas foliculares, os quais
demonstram uma invasão capsular e/ou vascular (ver adiante).
Sidney FMN - MED 2020
O tumor é bem delimitado do tecido tiroidiano
circunjacente por cápsula fibrosa de espessura variável. O
tecido neoplásico é mais compacto que o tecido tiroidiano
normal. Os folículos tiroidianos próximos ao tumor são de
diâmetro irregular e contêm colóide. 
No adenoma, as células neoplásicas tendem a
arranjar-se em folículos, imitando a estrutura básica do tecido
tiroidiano normal. Os folículos têm diâmetro e quantidade de
colóide variáveis. Abaixo, uma área com folículos maiores. 
Sidney FMN - MED 2020
Carcinoma Papilífero
85% das neoplasias malignas da tireóide Origem no epitélio
folicular 
Sexo feminino 25 – 50 anos Massa cervical 
Os carcinomas papilares são lesões solitárias ou
multifocais. Alguns tumores podem estar bem circunscritos e até
mesmo encapsulados; outros podem se infiltrar no parênquima
adjacente com margens mal definidas. As lesões podem conter
áreas de fibrose e calcificações e são frequentemente císticas. A
superfície de corte algumas vezes revela focos papilares que
Sidney FMN - MED 2020
podem apontar para o diagnóstico. Os marcos microscópicos das
neoplasias papilares incluem o seguinte (Fig. 24-19):
Carcinomas papilares podem conter papilas ramificadas
com uma haste fibrovascular coberta por uma ou múltiplas
camadas de células epiteliais cuboides. Na maioria das
neoplasias, o epitélio que recobre as papilas consiste em células
ordenadamente cuboides, bem diferenciadas e uniformes, mas no
outro extremo estão aquelas com epitélio regularmente anaplásico
mostrando uma variação considerável na morfologia celular e
nuclear. Quando presentes, as papilas do carcinoma papilar
diferem daquelas vistas nas áreas de hiperplasia por serem mais
complexas e por terem cernesfibrovasculares densos.
Os núcleos das células do carcinoma papilar contêm uma
cromatina finamente dispersa, o que confere uma aparência
opticamente clara ou vazia, dando origem à designação de
núcleo de vidro moído ou olho da órfã Annie. Além disso, as
invaginações do citoplasma podem, em corte transversal, dar uma
aparência de inclusões intranucleares (“pseudoinclusões”) ou
sulcos intranucleares. O diagnóstico de carcinoma papilar é
feito com base nessas características nucleares, mesmo na
ausência da arquitetura papilar.
Estruturas concentricamente calcificadas chamadas de
corpos de psamonas estão frequentemente presentes dentro das
lesões, geralmente nos núcleos das papilas. Essas estruturas
quase nunca são encontradas nos carcinomas foliculares e
medulares e, portanto, quando presentes no material aspirado por
agulha fina, são uma forte indicação de que a lesão é um
carcinoma papilar.
Focos de invasão linfática pelo tumor estão frequentemente
presentes, mas o envolvimento de vasos sanguíneos é
relativamente raro, particularmente em lesões menores. Estima-se
que metástases para os linfonodos cervicais adjacentes ocorram
em mais da metade dos casos.
Macroscopia
Nódulo único 
Encapsulado ou não 
Sidney FMN - MED 2020
Cortes: papilas, calcificação, fibrose, cistos.
Microscopia – Resumo
Papilas com eixo fibrovascular, revestidas por células
foliculares. As células tendem a dispor-se ao longo
de eixos conjuntivo-vasculares ramificados, formando papilas.
As células costumam ser cubóides ou colunares baixas,
uniformes e bem diferenciadas. Atualmente, a arquitetura
papilífera não é mais considerada o critério decisivo para o
diagnóstico deste tipo de tumor, dando-se maior importância
às características nucleares (ver abaixo). 
Clareamento nuclear (vidro fosco) – “Olhos da Órfã Annie”.
NÚCLEOS CLAROS OU EM VIDRO FOSCO. A
cromatina das células do carcinoma papilífero é fina e
regularmente dispersa, dando ao núcleo um aspecto claro e
relativamente homogêneo. A isto se denomina aspecto em
vidro fosco. Há também um reforço na periferia do núcleo (a
cromatina é mais densa abaixo da membrana nuclear).
Atualmente estas características nucleares são consideradas
mais importantes para o diagnóstico de carcinoma
papilífero que a própria arquitetura papilífera. Tumores de
arquitetura puramente folicular são considerados carcinomas
papilíferos se os núcleos tiverem as características acima.   
Sidney FMN - MED 2020
Pseudoinclusões nucleares. PSEUDOINCLUSÕES
INTRANUCLEARES resultam de invaginações da
membrana nuclear contendo citoplasma. A imagem é criada
por superposição, não se tratando de inclusão verdadeira, no
sentido de um corpúsculo intranuclear. São uma feição comum
do carcinoma papilífero. As fendas da membrana nuclear
(abaixo) têm natureza semelhante. 
Fendas intranucleares – grooves. FENDAS NA 
MEMBRANA NUCLEAR. São dobras da membrana
que, dependendo do plano de observação, dão aspecto de uma
fenda no núcleo, lembrando um grão de café. Em alguns
núcleos cortados transversalmente a dobra da membrana
nuclear fica bem visível. 
Sidney FMN - MED 2020
Focos de calcificação – psamomas. CORPOS
PSAMOMATOSOS. São corpúsculos calcificados,
freqüentemente com estrutura lamelada concêntrica,
encontrados geralmente nos eixos conjuntivos das papilas. 
Têm importância para o diagnóstico de carcinoma papilífero
porque são muito mais raros em outros tipos de carcinoma da
tiróide como o folicular, medular e anaplásico. 
Sidney FMN - MED 2020
Carcinoma Folicular
5 a 15% das neoplasias malignas da tireóide;
Origem no epitélio folicular Sexo feminino 40 – 60 anos
Massa cervical;
Macroscopia: Nódulo único, Encapsulado ou não Fibrose,
calcificação, Hemorragia.
Microscopia: Folículos pequenos, colóide, Áreas sólidas
sem colóide – semelhante ao adenoma folicular – ausência das
alterações citológicas do carcinoma papilífero.
Os carcinomas foliculares são nódulos simples que podem
estar bem circunscritos ou amplamente infiltrados (Fig. 24-40A).
Pode ser extremamente difícil distinguir as lesões nitidamente
demarcadas dos adenomas foliculares por exame macroscópico.
Lesões maiores podem penetrar a cápsula e infiltrar muito além da
cápsula tireoidiana até o pescoço adjacente. Elas se apresentam
na cor cinza, parda até rosada aos cortes e, ocasionalmente, são
um tanto translúcidas devido à presença de grandes folículos
repletos de coloides. As mudanças degenerativas, tais como
fibrose central e os focos de calcificação, estão algumas vezes
presentes.
Microscopicamente, a maioria dos carcinomas foliculares é
composta de células regularmente uniformes formando pequenos
folículos contendo coloide, inteiramente remanescente da tireoide
normal (Fig. 24-20B). Em outros casos, a diferenciação folicular
pode estar aparente e pode haver ninhos ou lâminas de células
sem coloide. Tumores ocasionais são dominados por células com
citoplasma granular e eosinofílico abundante (célula de Hürthle ou
carcinoma folicular da variante oncocítica). Qualquer que seja o
padrão, os núcleos não apresentam as características típicas do
carcinoma papilar, e os corpos psamonas não estão presentes. É
importante observar a ausência desses detalhes, porque alguns
carcinomas papilares parecem quase inteiramente foliculares. As
lesões foliculares, nas quais as características nucleares são
típicas de carcinomas papilares, devem ser tratadas como
cânceres papilares. Embora as características nucleares sejam
úteis na distinção das neoplasias papilares dos foliculares, elas
são de pouco valia na distinção dos adenomas foliculares dos
carcinomas foliculares minimamente invasivos. Esta distinção
requer uma amostragem histológica extensiva da interface tumor-
cápsula-tireoide para excluir invasão capsular e/ou vascular (Fig.
24-21). O critério para invasão vascular é aplicável somente para
vasos capsulares e espaços vasculares além da cápsula; a
presença de conexões tumorais nos vasos sanguíneos
intratumorais tem pouca significância prognóstica. Diferentemente
do que ocorre nos cânceres papilares, a disseminação linfática é
incomum em cânceres foliculares.
Contrariamente ao que se vê nos cânceres foliculares
minimamente invasivos, o diagnóstico do carcinoma é óbvio em
Sidney FMN - MED 2020
carcinomas foliculares amplamente invasivos, os quais se infiltram
no parênquima da tireoide e nos tecidos moles extratireoidianos.
Histologicamente, esses cânceres tendem a ter uma proporção
maior de padrões de crescimento trabecular ou sólido, menos
evidência de diferenciação folicular e atividade mitótica
aumentada.
Carcinoma folicular da tiróide. O tumor é
geralmente um nódulo único, que pode ser bem
delimitado ou infiltrativo. Quando bem delimitado não é
possível distinguí-lo macroscopicamente de um adenoma
folicular. Para isto é indispensável o estudo microscópico
minucioso da cápsula do tumor, para procurar infiltração da
própria cápsula ou de vasos. 
Sidney FMN - MED 2020
http://anatpat.unicamp.br/lamendo13.html
http://anatpat.unicamp.br/lamendo13.html
Microscopicamente, o carcinoma folicular reproduz mais ou
menos fielmente a arquitetura folicular da tiróide. É
importante que as características nucleares do carcinoma
papilífero (cromatina fina e bem distribuída, dando aspecto em
vidro fosco, pseudoinclusões intranucleares e sulcos da
membrana nuclear) não são encontradas no carcinoma
folicular, e os corpos psamomatosos são raros. 
Ao contrário dos carcinomas papilíferos, os
carcinomas foliculares têm pouca propensão a invadir
linfáticos. Há tendênciaa metástases por via hematogênica,
principalmente para ossos, pulmões e fígado. Quando há
invasão microscópica da cápsula ou vasos, metástases à
distância são encontradas em cerca de metade dos casos. 
Sidney FMN - MED 2020
http://anatpat.unicamp.br/lamendo14.html
http://anatpat.unicamp.br/lamendo14.html
Sidney FMN - MED 2020
Sidney FMN - MED 2020
Carcinoma Medular
5% das neoplasias malignas da tireóide.
Origem nas células C (parafoliculares) Carcinoma
neuroendócrino: calcitonina; ACTH, serotonina, etc. 
Esporádico ou associado a síndromes
neuroendócrinasfamiliar (NEM 2A e NEM 2B). 
Massa cervical – Síndromes paraneoplásicas: esporadico.
Macroscopia: Nódulo solitário ou multiplos, unilateral ou
bilateral.
Microscopia: Células poligonais em ninhos ou trabéculas
Depósito amilóide, infiltrado neutrofilico.
Os carcinomas tireoidianos medulares esporádicos se
apresentam como nódulos solitários (Fig. 24-22A). Em contraste, a
bilateralidade e a multicentricidade são comuns em casos
familiares. Lesões maiores frequentemente contêm áreas de
necrose e hemorragia e podem se estender através da cápsula da
tireoide. O tecido tumoral é firme, pálido, de acinzentado a pardo,
e infiltrativo. Pode haver focos de hemorragia e necrose nas
lesões maiores. Microscopicamente, os carcinomas medulares são
compostos de células poligonais fusiformes, as quais podem
formar ninhos, trabéculas e mesmo folículos. Células pequenas
mas anaplásicas estão presentes em alguns tumores, e podem ser
o tipo celular predominante. Os depósitos amiloides acelulares,
derivados dos polipeptídeos calcitonina alterados, estão presentes
no estroma adjacente em muitos casos (Fig. 24-22B). A calcitonina
é facilmente demonstrável no citoplasma das células tumorais,
assim como no estroma amiloide, por métodos imuno
histoquímicos. Como em todos os tumores neuroendócrinos, a
microscopia eletrônica revela um número variável de grânulos
eletrondensos envoltos por membrana no citoplasma das células
neoplásicas (Fig. 24-23). Uma das características peculiares dos
cânceres medulares familiares é a presença de hiperplasia
multicêntrica de célula C no parênquima tireoidiano circundante,
uma característica geralmente ausente nas lesões esporádicas.
Embora o critério preciso para a definição da hiperplasia das
Sidney FMN - MED 2020
células C não tenha sido estabelecido, a presença de múltiplos
grupos proeminentes de células C espalhadas através do
parênquima deve aumentar o espectro de tumor familiar, mesmo
se o histórico não estiver explicitamente presente. Acredita-se que
focos de hiperplasia de células C representem as lesões
precursoras a partir das quais surgem os carcinomas medulares.
Sidney FMN - MED 2020
Carcinoma Anaplásico
Origem no epitélio folicular 
Indiferenciado 
Muito agressivo 
Associação com outros tipos histológicos (prévio /
concomitante) 
Células anaplásicas: células gigantes; células fusiformes. 
Microscopicamente, estas neoplasias são compostas de
células altamente anaplásicas, com morfologia variável, incluindo
1) Células gigantes pleomórficas, inclusive células
gigantes ocasionais, semelhantes a osteoclastos;
2) Células fusiformes com uma aparência sarcomatosa; e
3) Células gigantes e fusiformes misturadas.
Focos de diferenciação papilar ou folicular podem estar
presentes em alguns tumores, sugerindo origem de um carcinoma
mais bem diferenciado. As células neoplásicas expressam
marcadores epiteliais como a citoqueratina, mas geralmente são
negativos para marcadores de diferenciação tireoidiana, como a
tiroglobulina. 
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Terminologias USG
Anecoico: preto (sangue, algo líquido).
Hiperecoico: mais branco que o tecido em volta (osso) –
tende a ser benigno.
Hipoecoico: mais escuro que o tecido em volta (partes
moles) – tende a ser maligno.
Isoecoico: mesma intensidade que o tecido em volta.
Características de Nódulos benignos da Tireoide
➔ Pequeno (< 1 cm);
➔ Preenchido por líquido;
➔ Morfologia do favo de mel;
➔ Hiperecoico (nódulo coloide ou tireoidite de Hashmoto
nodular focal);
➔ Nódulos grandes se predominantemente císticos
(mudança cística > 50% do nódulo);
Características de Nódulos malignos suspeitos da
Tireoide
➔ Nódulos sólidos ovais (aumento do diâmetro ântero-
posterior em relação ao diâmetro transverso > 1);
➔ Presença de discretos focos ecogênicos grosseiros e/ou
microcalcificações;
➔ Hipoecoico (carcinoma medular e papilar)
➔ Cápsula fina ou bordas irregulares (sugestivo de
expansão extracapsular);
➔ Vascularização intravascular;
➔ Metástase nodal.
Características de linfonodos benignos
➔ Formato oval (relação eixo menor:eixo maior < 0,5);
➔ Córtex hipoecoico e hilo ecoico (devido ao tecido
adiposo);
➔ Margem claramente demarcada do tecido adjacente;
➔ Vascularização central;
Características 
➔ Formato redondo (relação eixo menor:eixo maior > 0,5);
➔ Heterogeneidade ecogênica do córtex e hilo gorduroso
ausente;
➔ Margem irregular com tecido adjacente;
➔ Vascularização aumentada ou anormalmente localizada.
➔ Características sugestivas de câncer de tireoide
metastático:
➢ Aparência cística;
➢ Calcificações;
➢ Pontuações/Pontos hiperecoicos;
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Recomendações da Diretriz da ATA 2016
Se nódulos na tireoide, realizar ultrassom de tireoide e
linfonodos cervicais;
Realizar PAAF se > 1 cm na maior dimensão e padrão
sonográfico altamente sugestivo, incluindo:
➔ Nódulo hipoecoico sólido ou nódulo que é parcialmente
sólido e hipoecoico e parcialmente cístico com uma ou
mais características a seguir:
➢ Margens irregulares (infiltrativo, microlobulado);
➢ Microcalcificações;
➢ Formato oval (mais alto que largo);
➢ Bordas Calcificas com tecido mole extrusivo
(Calcificações da borda com um componente de
tecido mole extruso);
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