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Página inicial ESTRUTURA E FUNCIONAMENT O DA EXPRESSÃO GÊNICA Professor (a) : Dra. Carolina Galvão Sarzedas Objetivos de aprendizagem • Definir os dois principais ácidos nucléicos, caracterizando o DNA e os subtipos de RNA. • Mostrar os processos envolvidos na replicação do DNA e na transcrição do DNA em RNA. • Mostrar o processo de tradução do mRNA em proteínas que serão usadas em diversos processos celulares. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/atividades https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/resumo https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/eu-indico https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/aprofundando https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/editorial Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Ácidos nucléicos • Replicação e transcrição do DNA • Síntese proteica (tradução) Introdução Caro(a) aluno(a), Você lembra de Charles Darwin e seu livro “A origem das espécies”? Não, não, você não está na disciplina errada. Nosso assunto principal é a bioquímica e a biologia molecular, porém, o estudo dos genes foi tão revolucionário para a humanidade quanto a teoria de Darwin sobre a origem das espécies. Isso é só para você perceber o quão importante é o DNA e o RNA para o entendimento de diversas funções celulares e para a manutenção da vida. Explicar a transmissão da informação gênica mostra a evolução da bioquímica e da biologia molecular ao longo das últimas décadas. Estudar algo que os olhos não veem, como o DNA, o RNA e as proteínas, é um desafio. Entender como a informação é armazenada e como as células usam essa informação traz à tona algumas das questões mais fundamentais da ciência, que é sobre a estrutura e função das células. Encontraremos nas próximas páginas respostas para questões como: “qual é a natureza molecular do material genético?” Ou “como a informação gênica é expressa em uma variedade de células vivas?” As descobertas relativas à informação genética é uma convergência de disciplinas como química, física e biologia. Cada uma contribuindo à sua maneira para responder ao dogma central da biologia molecular, que é a utilização da informação gênica por meio dos processos de replicação, transcrição e tradução. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial https://getfireshot.com A complexidade da biossíntese das macromoléculas, a montagem dos ácidos nucléicos e das proteínas é o que mantém a preservação das espécies e das gerações. O milagre da divisão celular traz consigo uma cópia fidedigna do DNA original. A transcrição do DNA produz um RNA que possui uma mensagem na sua sequência de bases, e a tradução faz a leitura da mensagem, em forma de proteína. Um erro em qualquer etapa pode trazer doenças cromossômicas ou pode ser fatal. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1 Página inicial ÁCIDOS NUCLÉICOS Você já parou para pensar que perfeição é nossa multiplicação do DNA? É tão simétrico e perfeito... No entanto, precisamos algumas definições importantes antes de chegarmos até a complexidade desses processos. Vamos começar nos perguntando: O que são os genes? São longos segmentos de DNA em forma de dupla-hélice situados dentro dos cromossomos e também conhecidos como nosso material hereditário, ou genético A sequência de bases de um DNA não só especifica a sequência de aminoácidos como também determina as atividades de uma proteína. Esse processo é mediado por um tipo de ácido nucléico chamado RNA e pode ser denominado o mecanismo essencial da vida. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial Ácidos nucléicos Podemos identificar em diferentes níveis de estrutura: a primária é a ordem das bases na sequência de polinucleotídeos; a secundária é a conformação tridimensional do esqueleto da molécula; e a terciária é o superenrolamento da molécula. O ácido desoxirribonucléico (DNA) e o ácido ribonucléico (RNA) são nossos dois tipos de ácidos nucléicos e possuem semelhanças e diferenças essenciais, como veremos a seguir. Os nucleotídeos são as unidades de ácidos nucléicos e são constituídos de três partes: uma base nitrogenada, um açúcar (pentose) e um fosfato, todos unidos por ligação covalente. A ordem dessas bases nitrogenadas no DNA vai produzir a sequência correta de aminoácidos das proteínas das células. As bases nitrogenadas (ou nucleobase) podem ser de dois tipos: • Pirimídicas (compostos aromáticos de um anel): • Citosina- presente no DNA e no RNA. • Timina- presente apenas no DNA. • Uracila- presente apenas no RNA • Púricas (compostos aromáticos de dois anéis): • Adenina- presente no DNA e RNA. • Guanina- presente no DNA e RNA. A pentose ou açúcar podem ser β-D-desoxiribose e pertencer ao DNA ou ser β Dribose e pertencer ao RNA. O fosfato é comum aos dois ácidos nucléicos. Entretanto, veja bem! Quando estão sem o grupo fosfato são chamados de nucleosídeos, só quando o fosfato é esterificado com uma hidroxila da pentose é que passam a ser chamados de nucleotídeos. Somente depois da polimerização dos nucleotídeos, temos os ácidos nucléicos (DNA e RNA). Os resíduos de nucleotídeo dos ácidos nucléicos são numerados a partir da extremidade 5`, que normalmente carrega um grupo fosfato, até a extremidade 3`, que possui uma hidroxila livre. O esqueleto açúcar-fosfato vai se repetindo por toda a extensão da cadeia do ácido nucléico, deixando claro que o mais importante é a identidade das base (CAMPBELL; FARRELL, 2007). Estrutura do DNA https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Desde 1868 pesquisadores investigam sobre a bioquímica do DNA, sua estrutura e capacidade de transmitir as nossas informações hereditárias. Fascinante, não? Muitas evidências levaram a concluir que a molécula de DNA consistia em duas cadeias de polinucleotídeos que enroladas uma na outra formavam uma hélice. Mas o que mantém as cadeias opostas unidas? Esse alinhamento é mantido através de pontes de hidrogênio entre as bases. As cadeias estendem-se em direções antiparalelas, uma de 3`para 5`e outra de 5`para 3`. Figura 1 - Dupla hélice de DNA Fonte: Blog do Enem ([2018], on-line)¹. As duas cadeias de DNA são chamadas de fitas completares porque o pareamento da base ocorre em toda extensão da dupla hélice e é complementar. A adenina pareia com a timina através de duas pontes de hidrogênio, e a guanina com a citosina através de três pontes de hidrogênio. Por serem complementares, as proporções de adenina-timina (A-T) são iguais, assim como, a de guanina-citosina (G-C). O DNA de células eucarióticas é um complexo formado por várias proteínas com cadeias laterais com carga positiva que são atraídas pela carga negativa do grupo fosfato, que favorece a formação de complexos chamados cromatina. O superenovelamento da cromatina forma histonas-proteínas, que possuem grande número de aminoácidos básicos, como lisina e arginina. Podemos comparar a cromatina a um colar de contas, refletindo a composição molecular do complexo DNA-proteína, em que cada conta do colar é um nucleossomo,que nada mais é do que o DNA envolto em um núcleo de histona (WATSON; CRICK, 1953). Figura 2 - Superenrolamento do DNA https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Fonte: Ebah ([2018], on-line)² O empilhamento das bases na conformação nativa do DNA contribui com a maior parte da energia de estabilização. Para romper as pontes de hidrogênio e as interações do empilhamento e, assim, desnaturar o DNA, é preciso acrescentar energia ao complexo do DNA em solução, que pode ser feito através de aquecimento. Como A-T são unidas por duas pontes de hidrogênio e G-C são unidas por três pontes, podemos supor que para separar moléculas ricas em G-C maior será a temperatura de fusão. Para reverter a renaturação do DNA desnaturado, pode ser feito um resfriamento lento. (CAMPBELL; FARRELL, 2007). Estrutura e tipos de RNA Nos processos vitais das células encontramos seis tipos de RNA com importantes funções. Os vários tipos de RNA participam da síntese de proteínas em uma série de reações controladas pela sequência de bases do DNA da célula. Não podemos começar a falar do RNA sem deixar claro que é o DNA quem determina as sequências de bases de todos os tipos de RNA, em um processo chamado transcrição. Segundo Jacob e Monod (1961), são tipos de RNA: • RNA transportador (tRNA): é o menor dos 3 tipos mais importantes de RNA. Diferentes tipos de tRNA podem ser encontrados em cada célula viva, porque é preciso 1 tRNA específico para cada aminoácido. A cadeia de tRNA é fita simples e contém entre 73 e 94 resíduos de nucleotídeos de extensão. É conhecido por ter sua estrutura secundária parecida com um trevo. Durante a síntese protéica, tanto o tRNA quanto mRNA são ligados ao ribossomo em um arranjo espacial definido que garante a ordem correta dos aminoácidos na cadeia polipeptídica https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com • RNA mensageiro (mRNA). É o menos abundante dos principais tipos de RNA. Na maioria das células, não constitui mais de 5 a 10% do RNA celular total. As sequências de bases no mRNA especificam a ordem dos aminoácidos nas proteínas. Em células que se multiplicam rapidamente, são necessárias muitas proteínas em um curto intervalo de tempo, sendo necessário uma rápida reciclagem na síntese proteica. Com isso, podemos supor que o mRNA se forma quando necessário, direciona a síntese de proteínas e é degradado para que os nucleotídeos possam ser reciclados. Dos principais tipos de RNA, o mRNA é o que normalmente recicla mais rapidamente na célula. Tanto o tRNA quanto o rRNA podem ser mantidos intactos por muitos ciclos de síntese proteica. • RNA ribossômico (rRNA): as moléculas tendem a ser bastante grandes, e poucos tipos estão presentes em uma célula, podendo contribuir com 65% do peso da organela. Tanto nos procariotos quanto nos eucariotos, um ribossomo consiste em duas subunidades, sendo uma maior do que a outra. A subunidade menor consiste em uma molécula de RNA grande e em torno de 20 proteínas diferentes; a subunidade maior consiste em duas moléculas de RNA em procariotos (3 em eucariotos) e cerca de 35 proteínas diferentes em procariotos (cerca de 50 em eucariotos). Um ribossomo E. coli normalmente possui um coeficiente de sedimentação de 70s e quando se dissocia, produz uma subunidade leve de 30s e uma subunidade pesada de 50s. • RNAs nucleares pequenos : encontrados apenas no núcleo das células eucarióticas, e são diferentes dos outros tipos de RNA. Estão envolvidos no processamento dos produtos de transcrição iniciais do mRNA até a forma madura, adequada para ser exportada do núcleo até o citoplasma para a tradução. • Micro RNAs e RNAs curtos interferentes : são os principais participantes na interferência de RNA (RNAi), um processo que foi descoberto pela primeira vez em vegetais e posteriormente em mamíferos, incluindo os seres humanos. A RNAi causa a supressão de certos genes. • RNA nuclear pequeno (snRNA) : é molécula de RNA descoberta mais recentemente que é encontrado no núcleo das células eucarióticas. Esse tipo de RNA é pequeno, possui cerca de 100 a 200 nucleotídeos de extensão. Na célula, ele é combinado a proteínas formando partículas de ribonucleoproteína nuclear pequenas (snRNPs) cuja função é ajudar no processamento do mRNA inicial transcrito a partir do DNA em uma forma madura que está pronta para ser exportada para fora do núcleo. Nos eucariotos, a transcrição ocorre no núcleo, mas como a maior parte da síntese protéica ocorre no citosol, o mRNA tem de ser exportado primeiro. Uma abordagem recente para imunização tem usado DNA contendo uma sequência do genoma do patógeno. Esse DNA é tipicamente um plasmídeo bacteriano, engenheirado para incluir a sequência de uma proteína antigênica do patógeno. Esse DNA pode entrar em vários tipos de células, e pode ser expresso lá usando a maquinaria celular de transcrição e tradução. Nesse sentido, vacinas de DNA atuam de modo semelhante ao vírus, porém esses DNAs contém uma limitada quantidade de informação genética e não se tornarão infecciosos. Essa abordagem é muito promissora para o desenvolvimento de vacinas efetivas contra doenças sem tratamento e HIV/AIDS, tuberculose e malária. Fonte: Kutzler e Weiner (2008) https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com REPLICAÇÃO E TRANSIÇÃO DO DNA Como o próprio nome já diz, replicar, multiplicar etc. significa fazer cópias de si mesmo. Podemos imaginar que acontece quando a célula precisa se multiplicar e assim, passar seu DNA para as células filhas. Vamos ver com mais detalhes esse processo. Replicação ou biossíntese de ácidos nucléicos Já sabemos que a sequência de bases do DNA contém todas as nossas informações genéticas e que, durante a multiplicação celular, quando as células se dividem para originar células filhas, o DNA se duplica em um processo denominado replicação. A célula enfrenta 3 importantes desafios ao passar pelas etapas necessárias à replicação: 1. A dupla fita do DNA é enrolada uma na outra, então, é preciso que as partes sejam desenroladas para depois serem separadas. Ainda é necessário que as partes desenroladas sejam protegidas da ação de nucleases que atacam o DNA de fita simples. 2. A fitas são antiparalelas, então a síntese tem que ocorrer na mesma direção em moldes antiparalelos, da extremidade 5` até a 3`, a síntese de DNA da extremidade 5` até a 3`. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com 3. Garantir que as bases corretas sejam adicionadas à cadeia de polinucleotídeos que está sendo replicada. A replicação é chamada de semiconservativa. Por que? Porque envolve a separação das duas fitas originais e a produção de duas novas fitas tendo as originais como molde, então, cada nova molécula de DNA contém um fita original e uma fita recém-sintetizada. Durante o processo de replicação, a dupla hélice do DNA se desenrola a partir de um ponto específico chamado de origem da replicação ( OriC em E.coli ). São sintetizadas novas cadeias de polinucleotídeos usando cada uma das fitas expostas como molde. Pode-se dizer que a síntese do DNA é bidirecional na maioria dos organismos, com exceção de alguns vírus e plasmídeos. Para cada origem de replicação, há dois pontos (forquilhas de replicação) em que novas cadeias de polinucleotídeos são formadas. A partir da separação das fitas originais, uma fita nova é formada continuamente (fita contínua) desde sua extremidade 5` até sua extremidade 3`. A outra fita (a fita descontínua) é formada de modo semidescontínuo em pequenos fragmentos chamados de fragmentos de Okazaki. A extremidade 5` de cada um desses fragmentos fica mais próxima da forquilha de replicação do que a extremidade 3`. Esses pequenos fragmentos de DNA formados são ligadospor uma enzima chamada DNA ligasse. Podemos dizer que DNA polimerase é uma família de enzimas responsáveis por catalisar a adição de cada nucleotídeo novo à cadeia em crescimento em diferentes momentos. Duas importantes considerações a respeito do efeito de qualquer uma das polimerases são: a velocidade da reação sintética e a processividade, que é o número de nucleotídeos ligados antes de a enzima se dissociar do molde. A polimerase I é composta por uma única cadeia de polipeptídeos, mas as polimerases II e III são proteínas com multissubunidades que compartilham algumas subunidades comuns. A polimerase II não é necessária para a replicação; é uma enzima exclusiva para reparo. A polimerase III consiste em uma enzima principal responsável pela atividade de polimerização e pela atividade 3’ exonucleásica que permite que as subunidades β formem um grampo em torno do DNA em que desliza ao longo dele durante o processo de polimerização. Mas foi descoberto que as DNAs polimerases não podem catalisar a síntese desde seu início. Para isso, adicionou-se as DNAs polimerases, um molde de DNA de fita simples e os desoxinucleotídeos trifosfatos necessários para fazer uma fita de DNA, não aconteceu nenhuma reação. Descobriu-se que as três enzimas precisam da presença de um primer, uma fita curta de oligonucleotídeo à qual a cadeia crescente de polinucleotídeos é anexada de forma covalente nos primeiros estágios da replicação. Na replicação natural esse primer é o RNA (CAMBELL; FARRELL, 2007). O primer (RNA) fica ligado ao molde (DNA) por pontes de hidrogênio e oferece uma estrutura estável a partir da qual a cadeia nascente pode começar a crescer. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Com o auxílio de uma enzima chamada DNA girase (topoisomerase classe II), o DNA relaxado é convertido em uma fita super enovelada, para isso, ocorre um corte (quebra da cadeia), produção do superenovelamento, e esse corte é selado, tudo isso, utilizando energia fornecida pela hidrólise do ATP. A enzima primase, como o próprio nome sugere, catalisa a síntese de um RNA primer (LODISH et al. 2003). Difícil gravar o nome de tanta enzima? Presta bastante atenção nos nomes delas: ligase: faz ligação; polimerase: faz polimerização; girase: faz girar; e primase: faz primer. Mais fácil, né!? A replicação do DNA ocorre somente uma vez a cada geração em cada célula. É de suma importância que a fidelidade do processo de replicação seja a mais alta possível para evitar mutações, que são erros no processo de replicação. Esses erros podem ocorrer de maneira espontânea (uma vez em cada 109 a 1010 pareamento de bases), por isso, é importante manter um sistema de correção de erros, ou seja, um mecanismo que faça revisão e remoção nucleotídeos incorretos. Essa remoção de nucleotídeos precisa ser feita imediatamente após serem adicionados de maneira incorreta ao DNA crescente. A Polimerase I contém como dois fragmentos principais responsáveis pela atividade de polimerase e de revisão. A DNA polimerase I usa sua atividade exonucleásica 3’ para remover o nucleotídeo incorreto. A replicação reinicia quando o nucleotídeo correto é adicionado, também pela DNA polimerase I (CAMPBELL; FARRELL, 2007). Transcrição do código genético Para que as informações genéticas sejam utilizadas, ou seja, passem informações, é necessário que uma das fitas de DNA seja transcrita em uma sequência complementar de RNA. O processo de transcrição produz todos os tipos de RNA, mas vamos com calma. Entendendo o processo e o uso das enzimas. Já vimos que o DNA possui duas fitas, mas somente uma serve de molde para a síntese do RNA, é a chamada fita-molde, pois como o próprio nome diz, é ela quem vai direcionar a síntese do RNA. A outra fita é conhecida como fita codificadora, pois sua sequência de DNA será idêntica à sequência de RNA gerada (com exceção de U substituindo T) A RNA polimerase é a responsável pela leitura desse molde da extremidade 3’ para 5’. O núcleo da enzima da RNA polimerase é ativado cataliticamente, porém, falta especificidade. O núcleo da enzima irá transcrever sozinho as duas fitas de DNA, quando somente uma das fitas contiver as informações no gene. A holoenzima da RNA polimerase se liga a sequências específicas de DNA e transcreve somente a fita correta. Até os organismos mais simples possuem grande quantidade de DNA que não é transcrito, por isso, a RNA polimerase deve possuir uma maneira de identificar qual das duas fitas é a fita-molde, que trecho da fita deve ser transcrito e onde está localizado o primeiro nucleotídeo do gene a ser transcrito. Muitas funções importantíssimas, certo? https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Para dar início ao processo de transcrição, é preciso de promotores, que nada mais são do que sequências de DNA que fornecem direção para a RNA polimerase. O RNA é formado da extremidade 5’ para a 3’, mas a região promotora e que a RNA polimerase vai se ligar, está mais próxima da extremidade 3`da fita molde. Como resolver? A polimerase, então, se move ao longo da fita-molde da extremidade 3`para a 5` (CAMPBELL; FARRELL, 2007). Vamos por partes, dividindo o processo de transcrição em fases, facilita o seu estudo. 1. Iniciação da cadeia: • Parte mais estudada e controlada do processo até hoje. • Começa quando a RNA polimerase se liga ao promotor e forma um complexo fechado. • A subunidade σ direciona a polimerase para o promotor. • A iniciação da cadeia requer a formação do complexo aberto, sendo comum o término prematuro de iniciações de cadeias de RNA. • Em vez de ser liberada, a polimerase reinicia a transcrição até que o complexo aberto seja formado e ocorra a incorporação dos nucleosídeos trifosfatados. • Uma vez separado o DNA, a RNA polimerase liga-se à fita não-molde. • A primeira base no RNA é uma purina ribonucleosídeo trifosfato e ela se une à sua base complementar no DNA na posição +1 2. Alongamento da cadeia: • Após a separação das fitas, uma bolha de transcrição de aproximadamente 17 pares de bases se desloca pela sequência do DNA a ser transcrita e a RNA polimerase catalisa a formação das ligações fosfodiéster entre os ribonucleotídeos incorporados. • Quando forem incorporados cerca de dez nucleotídeos, a subunidade σ dissocia-se, sendo posteriomente reciclada para se ligar a outro núcleo de enzima da RNA polimerase. • O processo de transcrição leva à supertorção do DNA, com superespiralamento negativo a montante da bolha de transcrição e superespiralamento positivo a jusante. • As topoisomerases relaxam as superespirais na frente e atrás da bolha de transcrição em progresso. • A velocidade de alongamento da cadeia não é constante. A RNA polimerase move-se rapidamente em algumas regiões do DNA e lentamente em outras, podendo fazer uma pausa de até um minuto antes de continuar. 3. Terminação: • Envolve sequências específicas a jusante do gene para o RNA a ser transcrito. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com • Existem dois tipos de mecanismos de terminação: • Terminação intrínseca: é controlado por sequências específicas denominadas sítios de terminação, que são caracterizados por duas repetições invertidas espaçadas por outras bases, que são sequências de bases complementares, de tal forma que podem torcer em torno de si mesmas. Assim, o DNA codificará várias uracilas. Quando o RNA for gerado, as repetições invertidas formarão uma alça em forma de grampo. Isso tende a interromper o progresso da RNA polimerase. Ao mesmo tempo, a presença das uracilas gera uma séria de pares de bases A-U entre a fita-molde e o RNA. Os pares A-U apresentam pontes de hidrogênio fracas se comparadas aos pares de G-C, e o RNA se dissocia da bolha de transcrição, encerrando a transcrição.• Envolve uma proteína especial denominada rho (ρ). Sequências de terminação dependentes de rho também geram uma alça em forma de grampo. Quando a polimerase transcreve o RNA que gera uma alça em forma de grampo, ela é paralisada, dando à proteína a chance de alcançá-lo. Quando a proteína ρ atinge o sítio de terminação, ela facilita a dissociação do mecanismo de transcrição. Tanto o movimento da proteína ρ quanto a dissociação requerem ATP A frequência de transcrição é controlada pela sequência promotora, todas as sequências adicionais a montante podem estar envolvidas na regulação da transcrição procariótica. Essas sequências, chamadas de reforçadoras ou silenciadoras, estimulam ou inibem a transcrição, respectivamente. As proteínas denominadas fatores de transcrição podem ligar-se a esses elementos reforçadores ou silenciadores (CAMPBELL; FARRELL, 2007). O lúpus é uma doença autoimune que pode ter consequências fatais. Pode ocasionar graves problemas renais, assim como, artrite, acúmulo de líquido ao redor do coração e inflamação nos pulmões. Estabeleceu-se que é uma doença autoimune, relacionada à produção de anticorpos para um dos RNAs, o snRNA. Em razão do processamento de mRNA afetar todos os tecidos e órgãos do corpo, essa doença afeta vários sistemas e pode espalhar-se facilmente. Fonte: Cambell e Farrell (2007) https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com SÍNTESE PROTEICA (TRADUÇÃO) A transcrição é o processo que produz RNA a partir do DNA. A tradução nada mais é do que o processo de “leitura” desse RNA, e como resultado temos a síntese de proteínas. A síntese de proteínas é um processo complexo que envolve a participação de: ribossomos (local onde acontece a síntese), mRNA e tRNA (responsáveis pela ordem correta dos aminoácidos na cadeia em desenvolvimento) e uma série de fatores proteicos. Um aminoácido precisa ser ativado antes de ser incorporado à nova cadeia de proteína, esse processo envolve tanto o tRNA quanto uma classe de enzimas conhecidas por aminoacil-tRNA sintetases. Mas vamos com calma, o processo não é tão simples, portanto, é preciso dar os principais conceitos sobre a tradução e separ as reações da melhor forma possível. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Código genético Podemos dizer que o código genético é a relação entre a sequência de bases no DNA e a sequência de aminoácidos na proteína, isto é, a mensagem contida no DNA é traduzida na sequência de aminoácidos. A mensagem genética está contida em um código triplo (códons), que não é sobreposto, não possui vírgulas, é degenerado e universal. O código contido no DNA está expresso por trincas de bases (códons) formados por três letras que correspondem a determinado aminoácido, portanto, há 64 combinações possíveis das três letras. Como temos 20 tipos diferentes de aminoácidos, é de se imaginar que há mais códons do que aminoácidos. E agora? Concluímos então, que há aminoácidos que são especificados por mais de um códon. Ativação dos aminoácidos Para ser incorporado à uma nova cadeia proteica, o aminoácido precisa passar por um processo de ativação, que consiste em duas etapas e é catalisado por uma família de aminoacil-tRNA sintetases (NELSON; COX, 2006): 1. Ativação do grupo carboxila de cada aminoácido para facilitar a ligação peptidica. (Ligação covalente com adenina formando um aminoacil-AMP. A porção aminoacil é tranferida para o tRNA, formando aminoacil-tRNA). 2. Estebelecimento de um elo entre cada novo aminoácido e o mRNA que o codifica. (Ligação éster é formada entre o aminoácido e hidroxila da ribose na extremidade do tRNA). Tradução ou síntese proteica A síntese proteica, propriamente dita, se dá quando a mensagem contida na sequência de bases do DNA, que foi transcrita em RNA, é finalmente traduzida em proteínas. A síntese de proteínas, assim como a biossíntese de DNA e RNA, é composta por 3 etapas: iniciação, alongamento e terminação. Acompanhadas de um processo de ativação dos precursores e do processamento pós-tradução (NELSON; COX, 2006, p. 1033). Para uma correta tradução, precisamos de várias etapas, que iniciam com a ligação específica do mRNA e da aminoacil-tRNA aos ribossomos. Essa ligação é facilitada pela arquitetura, tanto do ribossomo quanto do tRNA. A síntese se inicia da porção Nterminal em direção à porção C-terminal, isto é da porção 5`em https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com direção à porção 3`. O ribossomo permanece ligado a uma molécula de mRNA, que desliza ao longo do seu comprimento até que seja encontrado um códon de terminação. “A comparação da sequência de mRNA com as sequências das proteínas que codificam, mostra uma correspondência perfeita, colinear, sem sobreposição e sem falha da sequência de mRNA codificadora e do polipeptídeo sintetizado” (DEVLIN, 2011, p. 225). Algumas diferenças são marcantes entre procariotos e eucariotos, vamos observar as principais: Nos Procariotos: O aminoácido inicial é a N-formilmetionina (fmet), que após a tradução será removido. Para iniciar é preciso que haja a formação de um complexo de iniciação formado por alguns componentes, entre eles: mRNA a ser codificado, a menor subunidade ribossômica e o aminoacil-tRNA de iniciação (NELSON; COX, 2006). O ribossomo precisa estar posicionado na localização inicial correta, para que o mRNA seja traduzido. O códon de iniciação (AUG) atua como sítio de ligação ribossômica e é pareado com o aminoacil-tRNA de iniciação, para sinalizar o início de uma nova proteína. O processo inicial usa energia gerada por uma molécula de GTP. O alongamento da cadeia ocorre com a adição do segundo aminoácido especificado pelo mRNA. O alongamento da cadeia polipeptídica ocorre passo a passo, com um aminoácido sendo adicionado por vez, por meio de ligação peptídica. À medida que a cadeia vai crescendo, isto é, os resíduos vão sendo adicionados, moléculas de GTP vão sendo hidrolisadas para o fornecimento de energia, tanto para a ligação de cada aminoacil-tRNA quanto para a movimentação do ribossomo ao longo do mRNA (NELSON; COX, 2006). É necessário um sinal de parada para a terminação da síntese proteica, esse sinal é dado pela presença dos códons UAA, UAG e UGA. Esses códons não são reconhecidos por nenhum tRNA, mas são reconhecidos por proteínas denominadas fatores de liberação. O complexo inteiro se dissocia, deixando livres os fatores os fatores de liberação, o tRNA, o mRNA e as subunidades ribossômicas (CAMPBELL; FARRELL, 2007). Todos esses componentes vão ser reutilizados em uma síntese proteica futura. Nesse momento você acha que a proteína está pronta? Não, não. Para que a proteína atinja sua conformação biológica e ativa, é preciso passar por um processo de enovelamento. Nessa etapa, a nova proteína sofre um processamento enzimático, com a remoção de um ou mais aminoácidos, adição de acetilas, metilas, carboxilas, fosforilas, clivagem proteolítica, ligação de oligossacarídeos ou outros grupos prostéticos (NELSON; COX, 2006) https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Nos Eucariotos: • O processo é diferente em vários detalhes. • O mRNA eucariótico passa por uma longa fase de processamento não observada nos procariotos. • O número de fatores de iniciação e alongamento é maior nos eucariotos do que nos procariotos. • Os códons de parada nos eucariotos são reconhecidos por tRNA supressores, o que permite a inserção de aminoácidos fora do padrão, como a selenocisteína. • Polipeptídeos recém-sintetizados são processados antes que atinjam a forma na qual apresentam atividade biológica. • Ligações específicas em precursores podem ser hidrolisadas, como na clivagem pré-pró-insulina a pró- insulina e da pró-insulinaa insulina. • Sequências-líder; que direcionam as proteínas para destinos específicos, são reconhecidas e removidas por proteases específicas. Além disso, podem ser acrescentadas porções de açúcar e lipídeo (CAMPBELL; FARRELL, 2007). Depois da síntese, as proteínas são direcionadas para localizações particulares na célula. A doença de Alzheimer é caracterizada por perda progressiva de memória e cognição e é caracterizada pelo acúmulo intraneural e extracelular de feixes e filamentos que formam placas, que tem como principal componente, um peptídeo chamado β-amilóide. Outros componentes são o gangliosídeo GM1, a proteína TAU associada a microtúbulos e componentes muito ubiquitinilados, mas que são resistentes à proteases. Essas fibras compactadas e entrelaçadas parecem sobrecarregar a via degradativa do proteassomo. E o íon cálcio desregulado também pode estar por trás da morte neuronal. Fonte: Goedert e Spillantini (2006) Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/atividades Página inicial ATIVIDADES 1. Sabemos que os ácidos nucléicos diferem entre sim na estrutura, composição e função. Sendo assim, assinale a alternativa que apresenta as informações que caracterizam um ácido ribonucléico quanto à sua estrutura, composição e função : a) Dupla hélice, presença de uracila e transcrição gênica. b) Dupla hélice, presença de timina e síntese de proteínas. c) Fita simples, presença de uracila e síntese de proteínas. d) Fita simples, presença de timina e síntese de proteínas. e) Fita simples, presença de uracila e transcrição gênica. 2. As bases nitrogenadas unem a dupla hélice do DNA através de pontes de hidrogênio. Sabemos que o número de citosinas equivale ao número de guaninas e o número de adeninas equivale ao de timinas. Se temos 240 bases nitrogenadas e a cadeia contém 30% de citosinas, quantas adeninas teremos? Assinale a alternativa correta : a) 96. b) 120. c) 72. d) 48. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial e) 240. 3. Uma proteína é sintetizada a partir da tradução de um RNA mensageiro que foi produzido a partir da transcrição de um DNA. Se uma proteína possui na sua constituição 422 aminoácidos, quantos nucleotídeos possui a cadeia de RNA que codificou essa proteína? Assinale a alternativa correta : a) 1266 . b) 844. c) 422. d) 1500. e) 1250. Resolução das atividades Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/resumo Página inicial RESUMO Tivemos o prazer de conhecer algumas definições e composições do DNA, RNA e proteínas. Vimos que a estrutura dos ácidos nucléicos pode ser primária, secundária e terciária. A primária comporta a ordem das bases nucleotídicas, a secundária corresponde à conformação tridimensional do esqueleto e a terciária nada mais é do que o superenovelamento da molécula. O código genético está contido em um código triplo (de 3 em 3 bases), não sobreposto (bases subsequentes), sem vírgulas (em sequência), degenerado (vários códons especificam o mesmo aminoácido) e universal (encontrado em vírus, procariotos e eucariotos). O ácido desoxirribonucléico (DNA) é surpreendente, ele tem como característica uma dupla-hélice que enrolada se estende de maneira antiparalela, sendo unidas por pontes de hidrogênio entre as bases complementares. O ácido ribonucleíco (RNA) pode ser de 6 tipos, que se diferenciam pela estrutura e função. Olha que interessante: o RNA é a única macromolécula que tem papel tanto de armazenamento e de transmissão da informação quanto de catálise. A expressão da informação de um gene envolve a produção de uma molécula de RNA transcrita a partir de um DNA molde. Durante a replicação do DNA, geralmente, o cromossomo inteiro é copiado, mas a transcrição do DNA para o RNA é mais seletiva. Alguns grupos de genes são transcritos, porém, outros não são porque a célula restringe a expressão da informação somente aos produtos gênicos necessários naquele momento. A síntese proteica requer a presença de ribossomos, mRNA, tRNA e uma série de fatores proteicos, sendo o ribossomo o local onde acontece a síntese, e o mRNA e tRNA os responsáveis por manter a ordem dos aminoácidos na cadeia de proteína que está crescendo. Também pudemos observar que a proteína recém-sintetizada precisa ser processada, isto é, ser direcionada para o seu correto enovelamento para que possa exercer sua atividade biológica. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/resumo https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/eu-indico Página inicial Material Complementar Leitura Princípios de Bioquímica de Lehninger Autor: David L. Nelson e Michael M. Cox Editora: Atmed Sinopse: clássico da bioquímica há 25 anos, Princípios de bioquímica de Lehninger, combina o melhor da prática com o melhor da sala de aula, trazendo novos conteúdos enquanto aborda princípios básico da área por meio de ferramentas de aprendizagem e recursos didáticos. Inclui os avanços mais importantes na bioquímica, com exemplos relevantes que relacionam a bioquímica com a medicina e a problemas de saúde. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/eu-indico https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias Página inicial REFERÊNCIAS CAMPBELL, M. K.; FARRELL, S. O. Bioquímica . 5. ed., Ed. Thomson Learning, 2007. DEVLIN, T. M. Manual de Bioquímica com correlações clínicas . 7. Ed. 2011. GOEDERT, M.; SPILLANTINI, M. G. A century of Alzheimer`s disease . Science, v. 314, p 777-781, nov., 2006. Disponível em:<http://science.sciencemag.org/content/314/5800/777.long>. Acesso em: 22 mar. 2018. JACOB, F.; MONOD, J. Genetic regulatory mechanism in the synthesis of proteins. J ournal of Molecular Biology 3 , p. 318-356. Disponível em:< http://biotheory.phys.cwru.edu/phys320/JacobMonod1961.pdf > . Acesso em: 22 mar. 2018. KUTZLER, M. A.; WEINER, D. B. DNA vaccines: Ready for prime time? Nature Reviews of Genetic , v. 9, n. 10, p. 776-788, out., 2008. Disponível em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4317294/ > . Acesso em: 21 mar. 2018. LODISH, H.; BERK, A.; MATSUDAIRA, P.; KAISER, C. A.; KRIEGER, M.; SCOTT, M. P.; ZIPURSKY, S. L.; DARNELL, J. Molecular Cell Biology . 5. ed. New York: WH Freeman & Company, 2003. NELSON, D. L.; COX, M. M. Lehninger: Princípios de Bioquímica. 3. ed. São Paulo: Editora Sarvier, 2004. WATSON, J. D.; CRICK, F. H. C. 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Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/refer�ncias https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicialhttps://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fbiotheory.phys.cwru.edu%2Fphys320%2FJacobMonod1961.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGcx7s20MbESfOF6uFF5eBPyDNsvw https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.ncbi.nlm.nih.gov%2Fpmc%2Farticles%2FPMC4317294%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFE1Due5WXWJ6u8rRE2fLpbF_6yMw http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Ferwan.lageat.free.fr%2FR1%2FArticles%2FArticles%2520nature%2FCrick%2520and%2520Watson%25201953.do&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGxON_NXvooOS5FOiUgc3ru-2xJJg https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fblogdoenem.com.br%2Fdna-biologia-enem%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFHY02ReVlpklsXTK9aNzzZcwnlbw http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.ebah.com.br%2Fcontent%2FABAAAhFZgAE%2Fdivisao-celular&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGenM428Um6VORmjwJTMjgxqX3-2w https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/aprofundando Página inicial APROFUNDANDO Os ácidos nucléicos foram assim denominados porque foram encontrados inicialmente dentro do núcleo das células e por terem caráter ácido. Os ácidos nucléicos são macromolélulas, formadas por nucleotídeos, que possuem a responsabilidade de armazenar e transmitir informação genética. Podemos subdividir os ácidos nucléicos em ácido desoxirribonucléico (DNA) e ácido ribonucléico (RNA). O DNA pode ser encontrado no núcleo, nas mitocôndrias e nos cloroplastos, sendo que o RNA vai mais além, e pode ser encontrado no núcleo, no nucléolo, no citosol, nas mitocôndrias e nos cloroplastos. Tanto o DNA quanto o RNA são constituídos por monômeros chamados nucleotídeos, que por sua vez, são compostos por: • Uma base nitrogenada: Púricas (duplo anel de átomos de carbono): adenina e guanina. Pirimídicas (um anel de átomos de carbono): citosina, timina e uracila • Um monossacarídeo : Ribose : RNA. Desoxirribose : DNA • Um monossacarídeo O DNA é constituído por duas cadeias de nucleotídeos longas e que se enrolam uma sobre a outra, a união é feita através de pontes de hidrogênio. Adenina use-se à timina por duas pontes, citosina e guanina são https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial unidas por três pontes de hidrogênio. As moléculas de RNA são formadas por cadeias únicas, e podemos dizer que existem três tipos principais de RNA: RNA mensageiro (determinará a sequência de aminoácidos das proteínas), RNA transportador (transportará os aminoácidos recém-sintetizados e o RNA ribossômico (local onde ocorre a síntese de proteínas). O processo de duplicação do DNA durante a multiplicação celular, é denominado replicação. Um outro processo imprescindível é a transcrição, onde uma sequência de DNA produz uma molécula de RNA. Se subdivide em três etapas principais: iniciação, alongamento e terminação da cadeia. O processo se inicia quando a RNA polimerase (não confunda com DNA polimerase da replicação), se liga à uma sequência promotora no início do gene a ser transcrito. A RNA polimerase usa umas das fitas do DNA (fita molde) para produzir uma molécula de RNA nova e a transcrição termina quando o RNA sinaliza que acabou. Simples? Nem tanto. Nas bactérias, logo após a transcrição, o RNA está pronto para ser traduzido, ou melhor, a tradução pode começar com a transcrição ainda em andamento, porque os dois processos ocorrem no citosol (o DNA dos procariotos está disperso no citosol). Já nos eucariotos, transcrição e tradução ocorrem em compartimentos celulares distintos, a transcrição ocorre no núcleo e a tradução no citosol, o que implica em um processamento do RNA antes da tradução. Por esse motivo, a transcrição precisa terminar, para que a tradução se inicie. Depois do mRNA sair do núcleo e se direcionar ao citosol, um ribossomo se liga à um códon inicial e logo se aproxima o tRNAs constituídos por anticódons, que vão parear suas bases com o mRNA, traduzindo cada trinca em um aminoácido. A tradução adicionando aminoácidos na sequência até que o mRNA apresente um códon de parada, e assim, finaliza a síntese daquela proteína, especificamente. Com o término da síntese, as proteínas produzidas são direcionadas para diversas funções celulares. REFERÊNCIAS NELSON, D. L.; COX, M. M. Lehninger: Princípios de Bioquímica. 3. ed. São Paulo: Editora Sarvier, 2004. PARABÉNS! Você aprofundou ainda mais seus estudos! Avançar https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial/editorial UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/aprofundando https://getfireshot.com Página inicial EDITORIAL DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; SARZEDAS , Carolina Galvão. Biologia Molecular Aplicada à Biotecnologia. Carolina Galvão Sarzedas. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/editorial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial 31 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Biologia. 2. Estudo. 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 570 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p�gina-inicial/editorial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab1/p%C3%A1gina-inicial Página inicial TECNOLOGIA DO DNA RECOMBINANTE Professor (a) : Dra. Carolina Galvão Sarzedas Objetivos de aprendizagem • Apresentar técnicas de produção e análise de DNA recombinante, como clonagem e PCR. • Explicar como, por meio do estudo da genômica e da proteômica, podemos gerar produtos biotecnológicos de grande importância para a sociedade. • Entender como a manipulação do DNA pode gerar produtos usados em biotecnologia, como antibióticos e vacinas. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Manipulação dos ácidos nucleicos • Dos genes aos genomas • Dos genomas aos proteomas Introdução Caro(a) aluno(a), a descoberta do DNA e de suas funções foi um marco tão grande para a ciência, que a partir daí se originou pelo menos uma nova disciplina: a biologia molecular. Imaginem na década de 50, com a tecnologia da época, conseguir relacionar o DNA com características hereditárias. A compreensão de que características, como cor do olho, cor do cabelo, formato da unha, passadas dos pais para os filhos a partir do DNA, gerou uma corrida para conseguir mapear todos os genes responsáveis por cada característica, assim como localizar os genes responsáveis por doenças genéticas. Mas como extrair o DNA da célula, localizar a sequência de interesse e isolar apenas essa região? As técnicas de DNA recombinante foram essenciais nesse processo. A possibilidade de clonar fragmentos de DNA, introduzi-los em bactérias paraque sejam multiplicados rapidamente, aliada à técnica de PCR, trouxe rapidamente o desenvolvimento da biotecnologia. Após a elucidação do genoma de vários organismos, outra vertente da bioquímica que se desenvolve a grandes passos é a proteômica. Conhecer não só a estrutura, mas também a composição e a função de todas as proteínas, é uma tarefa mais difícil do que elucidar o genoma. Sabe por que? Pense comigo: o DNA possui apenas 4 bases nitrogenadas, as proteínas são compostas de 20 aminoácidos diferentes, que podem apresentar milhares de combinações diferentes. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial https://getfireshot.com Além disso, o DNA está presente no núcleo das células, mais fácil de extrair e purificar. E as proteínas, onde estão? Depende. Cada proteína pode ser expressa apenas em alguns tipos celulares, e somente em algumas fases do desenvolvimento. O desenvolvimento da proteômica, assim como a metabolômica, a transcriptômica e várias outras “ômicas”, tem possibilitado o entendimento de várias doenças, como o câncer, e vem auxiliando na busca por novos métodos de diagnósticos em medicina e novos produtos biotecnológicos. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2 Página inicial MANIPULAÇÃO DOS ÁCIDOS NUCLEICOS Em 1951, Watson e Crick descobriram a estrutura do DNA. Imagine você, que essa descoberta deu origem à uma nova disciplina, e que a partir dela, veio todo o estudo sobre armazenamento e utilização da informação genética (WATSON; CRICK, 1953). O segundo ácido nucléico é o RNA, que também possui muitas funções, entre elas, usar a informação codificada do DNA para especificar a sequência de aminoácidos de uma proteína. A partir desses dois ácidos nucleicos, e das informações contidas neles, milhares de cientistas puderam ao longo das últimas décadas obter técnicas capazes de localizar, isolar, preparar e estudar pequenos segmentos de DNA, provenientes de cromossomos. Vamos falar um pouco sobre técnicas usadas na manipulação de ácidos nucleicos, que fornecem o embasamento para as principais descobertas dos últimos tempos (NELSON; COX, 2006). Clonagem do DNA https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial O que é um clone? Clone significa uma cópia perfeita, idêntica, que pode ser de organismos, células, vírus ou moléculas de DNA (NELSON; COX, 2004). Como se faz clonagem de DNA? Primeiramente, a clonagem requer a separação de um gene ou um pedaço do gene específico, em seguida liga-se esse pedado de gene a uma molécula de DNA-transportado e depois replica-se esse DNA é modificado milhares ou milhões de vezes. O resultado é a amplificação seletiva de um gene ou segmento de DNA (LOBBAN; KAISER, 1973). Para que você possa ter um melhor entendimento, vamos dividir o processo de clonagem do DNA em 5 etapas (NELSON; COX, 2004): 1. Cortar o DNA em locais específicos: Podemos citar duas classes de enzimas importantes quando falamos de estudo de DNA recombinante. São elas as endonucleases de restrição e a DNA ligase. Para o corte específico do DNA, precisamos de endonucleases de restrição ou enzimas de restrição, que nada mais são do que “tesouras moleculares”. São encontradas em uma variedade de espécies bacterianas, e são responsáveis por reconhecer e clivar o DNA, gerando um conjunto de fragmentos menores. Há três tipos de enzimas de restrição: Tipo I: • São complexos grandes com múltiplas subunidades. • Clivam o DNA em sítios ao acaso, que podem estar localizados a mais de 1.000 pares de base da sequência de restrição. • Movimentam-se ao longo do DNA com uso de energia provinda do ATP. Tipo II: • Também são grandes complexos com múltiplas subunidades, porém, são mais simples. • Não utilizam ATP e clivam o DNA dentro da própria sequência de restrição Tipo III : • Clivam o DNA acerca de 25 pares de bases da sequência de reconhecimento. • Utilizam energia do ATP para deslizar pela molécula de DNA. O tamanho do corte vai depender da frequência com que o sítio de restrição ocorre no DNA. O tipo do corte, se promove extremidades coesivas (fitas desemparelhadas, que são complementares a outros fragmentos de DNA) ou cegas (não deixa bases desemparelhadas), vai depender do tipo da enzima. 2. Selecionar os vetores de clonagem: Vetores são pequenas moléculas de DNA comumente chamados de plasmídeos ou DNAs virais, que não fazem parte do cromossomo circular principal do DNA da bactéria. Esse vetores têm sua sequência cortada com a mesma endonuclease de restrição usada para o fragmento do DNA de interesse. O fragmento de interesse pode, então, ser “colado” ao plasmídeo através de ações sucessivas de endonucleases de restrição e DNA ligase. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com 3. União de dois fragmentos de DNA de maneira covalente: A DNA ligase, nossa segunda classe de enzimas principais, promove a união dos fragmentos de DNA a um vetor de clonagem. O DNA recombinante é produzido em laboratório quando amostras de diferentes fontes são tratadas com a mesma enzima de restrição. Os dois tipos diferentes de DNA tem extremidades com sequências complementares, podendo formar pares de bases entre si. As DNA ligases formam ligações covalentes na cadeia polinucleotídica para produzir o DNA recombinante (CAMPBELL; FARRELL, 2004, p. 396). A enzima DNA ligase une o vetor de clonagem e o DNA a ser clonado. Esse DNA passa a ser chamado de recombinante e contém segmentos de duas ou mais fontes, unidas de forma covalente (JACKSON; SYMONS; BERG, 1972). 4. Transferência do DNA recombinante: O DNA produzido precisa ser transferido do tubo de ensaio para a célula hospedeira, pois esta possui o maquinário que esse vetor necessita para replicar esse DNA. O plasmídeo gerado, ou vetor, pode ser introduzido nas células hospedeiras através de métodos de transformação. Os plasmídeos possuem genes que conferem resistência a algum tipo de antibiótico, para que, quando inseridas nas células bacterianas, na presença do antibiótico, somente as células resistentes sejam selecionadas e multiplicadas. 5. Identificação e seleção das células hospedeiras que possuem o DNA de interesse: Essa etapa é limitante na detecção e clonagem de um gene, pois é preciso gerar uma fita complementar do ácido nucléico que será usado como sonda (DNA ou fragmento de RNA que pode ser marcado e é complementar ao DNA a ser pesquisado). O processo mais comum de detecção é a hibridização, e se baseia na sequência de um gene particular ou segmento de ácido nucléico. O método de clonagem mostrado anteriormente faz parte de um conjunto de técnicas que permite a identificação, o isolamento, a multiplicação e a expressão de genes pertencentes a qualquer organismo. Para esses instrumentos foi dado o nome de Tecnologia do DNA recombinante. Conheça fatos interessantes sobre o caso mais famoso que temos sobre clonagem, a clonagem da ovelha Dolly, e também a possibilidade do uso de embriões humanos para a clonagem. Para saber mais, acesse o link disponível em: < http://monografas.brasilescola.uol.com.br/biologia/clonagem.htm >. Fonte: a autora. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fmonografas.brasilescola.uol.com.br%2Fbiologia%2Fclonagem.htm&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGB2xmPUWibr4GFq3gD3y-SyBf1fQ DOS GENES AOS GENOMAS Atualmente, o estudo da genômica tem trazido grandes avanços no entendimento do DNA, não só com a elucidação de genes individuais, mas também o material genéticode um organismo inteiro. Produção de bibliotecas de DNA Se podemos pegar o DNA completo de um organismo, fragmentar, clonar em vetores e reproduzir esse DNA, por que não montar uma biblioteca de DNA? https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com A partir dessa ideia, surgiram as bibliotecas de DNA, isto é, quando o genoma completo de um organismo é fragmentado, e todos os fragmentos são inseridos em vetores de clonagem, chamamos de biblioteca genômica. À primeira vista parece bem simples, mas vamos ver o exemplo da biblioteca do genoma humano. Nas células diplóides humanas há 6.000.000 (seis milhões) de pares de bases. Levando em consideração que o tamanho razoável para um a clonagem de um inserto é 20.000 pares de bases, vamos precisar de 300.000 DNAs recombinantes diferentes, no mínimo. Se trata de um trabalho extremamente árduo, mas que gera uma rede de informações importantes para cientistas de todo o mundo (CAMPBELL; FARREL, 2007, p. 412). Com a construção de bibliotecas, passou a ser possível encontrar um único clone dentre tantos milhões de outros, que pode, inclusive, ser o responsável por um tipo de doença hereditária. Para selecionar esses clones específicos, se faz necessário o uso de técnicas, como a hibridização. A hibridização se baseia na separação e anelamento das fitas complementares, e é feita da seguinte maneira: • Prepara-se um cultura de colônias de bactérias ou fagos. • Um disco de nitrocelulose é colocado sobre a placa para impressão de uma réplica das colônias, mantendo-se a mesma posição em que se encontravam na placa. • Análise das células bacterianas deixa o DNA acessível. • O disco de nitrocelulose recebe um tratamento com um agente desnaturante (NaOH) para desenrolar o DNA presente, e assim, desnaturá-lo. • O DNA é, então, fixado ao disco através de tratamento com luz ultravioleta ou calor. • Expõe-se o disco a uma solução que contenha uma sonda de DNA de fita simples que complemente uma das fitas do clone em interesse. A união é exclusiva do DNA da sonda com o DNA de interesse. • Se a sonda for radioativa, o disco é colocado em um filme de raios X, os pontos onde houve anelamento entre a sonda e o DNA vão ficar impressos no filme de raios X. • A placa original pode ser guardada para ser reproduzida quando for desejado. Se a sequência de nucleotídeos não for conhecida, ou não havendo sondas disponíveis, mas o gene de interesse sintetiza alguma proteína, anticorpos marcados podem ser utilizados com o objetivo de detectar essa proteína. Se o interesse é um por um banco de RNA, é preciso usar as bibliotecas de cDNA (DNA complementar), onde o RNA é usado como molde para a síntese do DNA complementar. É usada a enzima transcriptase reversa e um vetor para incorporar o cDNA (CAMPBELL; FARRELL, 2007). Reação em cadeia da polimerase (PCR) https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com O método foi desenvolvido em 1984 por Kary Mullis, nele podemos amplificar o número de cópias de um segmento de DNA, e com isso o DNA amplificado pode ser clonado diretamente ou usado em outros experimentos. Para iniciarmos a vontade de trabalhar com a técnica de PCR, precisamos passar pelo desafio da formação dos primers (segmentos de oligonucleotídeos). Eles precisam ser longos o suficiente para serem específicos para a sequência-alvo, mas não longos demais a ponto de serem muito caros. Na média, temos primers com um média de 20 a 30 pares de bases. A reação de PCR se inicia com aquecimento da amostra, para que seja possível a separação das fitas do DNA. Por meio de resfriamento, os primers anelam-se com as fitas de DNA. Os primers são complementares às extremidades do DNA selecionado. A temperatura é elevada novamente para otimizar o funcionamento da Taq polimerase, que começa a sintetizar o novo DNA a partir da porção 3`do primer, e a Taq duplica a quantidade do DNA desejado. Após a repetição desse ciclo, entre 25 e 40 vezes, temos milhões de cópias do fragmento de DNA desejado. Todo o processo é automatizado, e o fundamental para o sucesso é o controle da temperatura durante a separação da dupla fita do DNA, assim como, a temperatura selecionada para o anelamento dos primers (ARNHEIM; ERLICH, 1992). Até o desenvolvimento da técnica de PCR, era impossível se pensar em análises precisas quando o assunto era DNA, a amplificação em milhões de cópias, tornou isso possível Mutagênese sítio-dirigida Até bem pouco tempo, quando se falava em estudar as mutações de genes, os cientistas estavam limitados a aguardar que elas acontecessem de forma natural para então, poder tomar conhecimento. A introdução da PCR mudou todo esse conceito e desenvolveu a técnica de mutagênese sítio-dirigida. Nela o primer é alterado de tal forma que o DNA resultante apresente alterações nas bases, gerando uma mutação (EDELHEIT; HANUKOGLU; HANUKOGLU, 2009). A mutegênse sítio-dirigida é a alteração controlada de regiões selecionadas na molécula de DNA. Pode envolver a inserção ou deleção de sequências específicas de DNA ou substituição de um nucleotídeo específico por uma base diferente (DEVLIN, 2011). Sequenciamento de DNA Pudemos observar o quão importante é a manipulação da molécula de DNA, mas como fazer para visualizar algo tão pequeno? Como ter certeza se a sequência de DNA que eu desenhei, clonei e inseri no vetor está correta? https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Pensando nisso, pesquisadores desenvolveram técnicas capazes de sequenciar o DNA. A primeira geração de técnica foi a desenvolvida por Sanger e colaboradores, e é chamada de método enzimático (SANGER; COULSON, 1975). Uma segunda geração desenvolveu o Método de pirosequenciamento (RONAGHI et al., 1996). Todos esses métodos foram de suma importância para o desenvolvimento de equipamentos que fazem o sequenciamento de maneira automatizada como Real Time DNA Sequence -SMRT. Polimorfismos no comprimento dos fragmentos de restrição Como sabemos, somos organismos diplóides, ou seja, possuímos 2 conjuntos de cromossomos, que herdamos um do pai e outro da mãe. Em genética, chamamos esses cromossomos de alelos. Quando eles são idênticos em cromossomos pareados, dizemos que o organismo é homozigoto para aquele gene, e quando são diferentes, o organismo é heterozigoto. Qualquer pequena alteração nos alelos, mesmo que seja em um par de bases (polimorfismos de nucleotídeos únicos ou SNPs), pode significar diferenças no reconhecimento de enzimas de restrição. Com isso, pode acontecer a geração de fragmentos de tamanhos diferentes, chamados de polimorfismos no comprimento dos fragmento de restrições (RFLPs). Esses polimorfismos são mais comuns do que a gente imagina, dentro da população humana são milhões de diferenças em uma única base. A partir dessas pequenas diferenças, surge a variedade humana da qual fazemos parte (CAMPBELL; FARRELL, 2007). A Taq DNA polimerase, ou apenas Taq, é uma polimerase termoestável utilizada na técnica de PCR. Esse nome é devido à bactéria de origem, que se chama Thermus aquaticus. Essa bactéria foi encontrada em fontes hidrotermais e suporta altíssimas temperaturas. A partir dessa descoberta, essa polimerase começou a ser usada na técnica de PCR por tem uma semivida enzimática de 40 minutos à 94º C. Fonte: Innis et al. (1988). https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com DOS GENOMAS AOS PROTEOMAS Depois de tudo que vimos até o momento, como você definiria uma gene e sua função? Já temos conhecimento suficiente para responder que não é apenas uma sequência de DNA. O gene contém informações importantíssimas que podem gerar produtos úteis como RNA e proteínas. Podemos dizer que as proteínas expressas por um determinado genoma fazem partede um proteoma. Com isso, rapidamente um campo separado evoluiu e foi denominado proteômica (estudo das proteínas) (ZHU; BILGIN; SNYDER, 2003). As proteínas podem ser separadas por suas funções fenotípicas, moleculares e celulares. A função fenotípica pode ser definida como os efeitos da proteína no organismo como um todo. Por exemplo: a ausência de uma proteína pode levar a uma diminuição do crescimento ou um desenvolvimento alterado ou até mesmo à morte. A função molecular é a atividade de uma proteína, em que se inclui as reações que essa enzima catalisa ou os ligantes que ligam a um receptor etc. A função celular descreve a rede de interações dessa proteínas, ou seja, as interações com outras proteínas podem definir em quais processos metabólicos essas proteínas estão envolvidas. Determinar a função de uma proteína não é uma tarefa fácil. Algumas técnicas foram sendo desenvolvidas, com o intuito de investigar a função proteica: https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com 1) Comparação da estrutura e da sequência encontradas, com genes e proteínas de função conhecida (genômica comparativa) : Pode ser usada para relacionar um gene recém-descoberto com outro gene previamente estudado. Sua comparação é feita por homologia de sequência e a função pode ser parcial ou inteiramente definida. Ou sequências com motivos estruturais particulares podem ser identificadas dentro de uma proteína. A presença de um motivo estrutural pode sugerir, por exemplo, que esse motivo seja responsável por catalisar a hidrólise de ATP, ou ligar-se ao DNA, ou formar um complexo com íons zinco, tudo isso, pode contribuir para ajudar a definir a função molecular. 2) Determinação de quando e onde um gene é expresso : Muitas vezes proteínas recém estudadas não possuem homologia estrutural com proteínas já conhecidas. Então, conhecer o tecido onde a proteína é expressa ou qual circunstância sua expressão é desencadeada pode fornecer pistas para a função dessa proteína. 3) Investigação das interações da proteína com outras proteínas : Interações proteína- proteína podem fornecer o chamamos de “culpa por associação” (PANDEY; MANN, 2000). Todas essas técnicas fornecem importantes pistas para a função proteica. Quando pareada com a evolução simultânea das ferramentas da bioquímica e da biologia molecular, a genômica e a proteômica estão apressando a descoberta não apenas de novos produtos mas de novos processos e mecanismos biológicos (ZHU; BILGIN; SNYDER, 2003). Podemos dizer que o proteoma não é somente o “estudo das proteínas”, mas também é o estudo do resultado de processos pós-transcricionais, pós-traducionais e complexos formados pelas biomolélulas. Com isso, vemos como esse sistema é dinâmico e depende da fisiologia e da diferenciação celular. Muitas técnicas são utilizadas para identificar biomarcadores, outras tem propósito de diagnóstico, mas todas podem ser combinadas com o objetivo de estudar a proteômica. A metodologia básica seque o protocolo a seguir: • Extração de proteínas de uma amostra : devido à variedade de tipos e origens de amostras biológicas, o procedimento de extração necessita de otimização individual. • Separação por eletroforese uni e bidimensional • Cromatografia líquida : na cromatografia líquida (LC), o analito é dissolvido em uma fase líquida sem interagir quimicamente com ela, e percola uma fase estacionária geralmente empacotada em uma coluna com diferentes fases estacionárias. • Ionização: dois métodos principais de ionização utilizados em proteômica são o MALDI (Matrix- Assisted Laser Desorption/Ionization) e o ESI (Electrospray Ionization), o primeiro empregado para amostras em estado sólido, e o segundo para amostras em estado líquido. • Fragmentação : ocorre predominantemente ao longo de seu esqueleto. • Análise e detecção de peptídeos : o espectro de massas resultante permite a dedução da sequência do peptídeo. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com • Análise de dados : com os resultados de vários desses peptídeos, a proteína é identificada (BARBOSA et al., 2012). O caminho para o estudo da proteômica continua sendo construído, novas técnicas continuam sendo desenvolvidas a cada dia, sempre com o intuito de agilizar o processo e diminuir os custos. A proteômica é uma ferramenta importantíssima não só na pesquisa básica, mas também na pesquisa clínica, onde tem sido utilizada no diagnóstico, em respostas a terapias administradas, descobrimento de novas doenças, novas vias metabólicas e quantificação de biomarcadores e geração de possíveis alvos terapêuticos. É difícil resumir todas as maneiras em que a genômica e a proteômica afetam o desenvolvimento de agentes farmacológicos. O que hipertensão, insuficiência cardíaca e obesidade têm em comum? São exemplos de doenças que têm seus tratamentos alcançados a partir da identificação de uma enzima ou receptor envolvido no processo, ou um inibidor que interfira com sua atuação. As proteínas desempenham a maior parte das funções fisiológicas das células, constituindo também importantes alvos farmacológicos e biomarcadores de doenças. A pesquisa qualitativa, quantitativa e a elucidação estrutural destas moléculas são fundamentais para a compreensão do funcionamento dos sistemas biológicos, bem como na aplicação destas para o desenvolvimento de novos métodos diagnósticos. O estudo do proteoma nos permite identificar as proteínas que estão sendo expressas em um determinado momento, quantificá-las e observar suas modificações pós- transducionais. Dessa maneira, a análise proteômica fornece informações mais abrangentes e que não podem ser inferidas a partir das informações obtidas através da análise genômica. Este tipo de estudo envolve etapas como: extração e tratamento da amostra, separação das proteínas e/ou peptídeos, espectrometria de massas e análise dos dados usando ferramentas de bioinformática. Este trabalho faz uma revisão narrativa sobre as principais técnicas aplicadas desde o preparo de amostras até a identificação das proteínas. Para saber mais, acesse o link disponível em: < https://hurevista.uff.emnuvens.com.br/hurevista/article/view/2482/831 >. Fonte: a autora. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fhurevista.uff.emnuvens.com.br%2Fhurevista%2Farticle%2Fview%2F2482%2F831&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFEwDERw2fRZswI2mnOsOyR6LD8qw https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial/atividades Página inicial ATIVIDADES 1. Muito se fala sobre clonagem e a possibilidade de gerar um indivíduo 100% igual ao progenitor, sobre como seria se seres humanos fossem clonados, e várias outras definições que nada mais são do que especulações. O que de fato é a clonagem molecular? Assinale a alternativa correta : a) Mecanismo usado quando se quer obter resistência à antibióticos. b) Técnica usada na farmácia. c) Técnica usada para cortar o DNA em fragmentos. d) Técnica que usa bactérias como organismos multiplicadores de um determinado fragmento de DNA. e) Processo que pretende criar um ser humano igual ao outro. 2. É verdade que na natureza a produção de clones não é algo tão extraordinário. Não é difícil ver espécies que produzem indivíduos idênticos. Nesses casos, qual é o processo de formação dos clones? Assinale a alternativa correta : a) Conjugação. b) Fertilização in vitro. c) Reprodução sexuada. d) Reprodução em proveta. e) Reprodução assexuada. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial 3. O melhoramento genéticoé uma das funções do DNA recombinante. Nele é possível cortar um fragmento de DNA específico, colar em um vetor e inserir em um hospedeiro para multiplicar. O que mais podemos dizer sobre a técnica de DNA recombinante? Assinale a alternativa correta : a) A DNA ligase insere o DNA na célula hospedeira. b) As enzimas de restrição cortam a molécula de DNA em locais específicos. c) A união dos fragmentos de DNA é feito pelo plasmídeo bacteriano. d) Os plasmídeos são úteis mas diminuem a eficiência da técnica de DNA recombinante. e) Enzimas de restrição são aquelas que identificam o fragmento de DNA na técnica de PCR. Resolução das atividades Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/atividades https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial/resumo Página inicial RESUMO A genômica é um ramo da biologia molecular que abrange o estudo dos genomas com uso do método de clonagem, que permite a identificação, isolamento, multiplicação e a expressão de genes. Essa tecnologia foi denominada Tecnologia do DNA Recombinante. O método de clonagem consiste em clivar o DNA em fragmentos específicos com auxílio de enzimas de restrição. Esses “pedaços” de DNA serão colados em vetores de clonagem apropriados (plasmídeos ou bacteriófagos) e transferidos para células hospedeiras, onde serão replicados. Esses plasmídeos tem sequências de DNA que dão resistência a algum tipo de antibiótico, o que permite identificar e selecionar apenas as células que contenham o fragmento de DNA selecionado. A clonagem possui algumas enzimas-chave como as endonuclease ou enzimas de restrição, que cortam o DNA em locais específicos, e a DNA ligase, que como o nome diz, liga o fragmento de DNA ao plasmídeo que será inserido na célula hospedeira. Para facilitar a cooperação em torno do estudo dos genes, pode-se organizar os segmentos ou genomas inteiros de DNA em bibliotecas. Esses fragmentos são muito pequenos e em baixa concentração, sendo necessário amplificar essas sequências com o uso do PCR. A técnica de PCR consiste em uma sequência de aquecimentos e resfriamentos com o intuito amplificar o fragmento de DNA desejado. Grande parte desses genomas estudados está em um banco de dados disponível para uso público, com o objetivo de disseminar o conhecimento e cooperar com as pesquisas internacionais. Um gene é uma sequência de DNA que é transcrito em RNA e traduzido em proteína, que é estudada pela proteômica, com o objetivo de determinar a estrutura e a função dentro das células. A genômica comparativa, a imunoprecipitação e o duplo-híbrido (hibridização) são técnicas que ajudam a intensificar interações proteína-proteína, fornecendo importantes informações sobre a função da proteína. A função de uma proteína pode ser estudada se soubermos quando e onde seu gene correspondente é expresso, o que mostra que uma simbiose entre genômica e proteômica. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/resumo https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial/eu-indico Página inicial Material Complementar Na Web Sobre a evolução dos métodos de sequenciamento do DNA, podemos observar no primeiro vídeo o Método desenvolvido por Sanger. Acesse Na Web O segundo vídeo é sobre como a síntese de DNA automatizada evoluiu e equipamentos já fazem a síntese e o sequenciamento correto da sequência de DNA. Acesse Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p�gina-inicial/eu-indico https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial https://www.youtube.com/watch?v=AI4CnG5Jp4s https://www.youtube.com/watch?v=fCd6B5HRaZ8 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bmaab2/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias Página inicial REFERÊNCIAS ARNHEIM, N.; ERLICH, H. Polymerase chain reaction strategy. Annual Review of Biochemistry , v. 61, 131-156, jul., 1992. Disponível em: < http://www.annualreviews.org/doi/abs/10.1146/annurev.bi.61.070192.001023 >. Acesso em: 22 mar. 2018. BARBOSA, E. B.; VIDOTTO A.; POLACHINI, G. M.; HENRIQUE, T.; DE MARQUI, A. B. T.; TAJARA, E. 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