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Histologia Profa Dra Talita de Mello Santos Microscopia e fixação Paramentação: Paramentação é o nome dado ao processo que corresponde à troca de vestes rotineiras, ou seja, roupas pessoais, por vestimentas adequadas, para adentrar a área dos laboratórios. - Máscaras; - Luvas; - Touca; - Avental. Equipamentos para coleta: - Microscópio; - Utensílios cirúrgicos; - Local e frascos para armazenar FIXAÇÃO ➔ Impedir a morte celular ➔ Físico: congelamento freezer (-80°C) e nitrogênio líquido. Um modo completamente diferente de preparar secções de tecidos ocorre após submeter os tecidos a um congelamento rápido; dessa maneira, os tecidos são fixados por congelação, um método físico de fixação, tornando-se rígidos e, assim, prontos para serem seccionados. Um micrótomo para tecidos congelados – o criostato ou criomicrótomo – foi desenvolvido para a produção de cortes de tecidos congelados. Uma vez que esse método possibilita a preparação rápida de cortes sem passar pelo longo procedimento de desidratação e inclusão descrito anteriormente, ele é habitualmente utilizado em hospitais para que seja possível analisar, em poucos minutos, espécimes obtidos durante procedimentos cirúrgicos. São os assim chamados “cortes por congelação”. Congelar tecidos é também muito útil para o estudo histoquímico de enzimas e de outras proteínas em cortes histológicos; isso porque o congelamento, ao contrário da fixação química, não inativa a maioria das enzimas e mantém muitas ► proteínas em suas conformações naturais e em seus locais ➔ Químico: formol 10%, glicerina, álcool e clorofórmio. ➔ Parafina é usada para fazer o corte das lâminas. Um dos fixadores mais usados para microscopia de luz é uma solução de formaldeído a 4%; outro fixador bastante utilizado é o glutaraldeído. Obtenção de cortes histológicos Os cortes são obtidos por meio de instrumentos de grande precisão chamados micrótomos; A parafina é habitualmente utilizada para microscopia de luz, e as resinas, para microscopia de luz e eletrônica. O processo de impregnar os tecidos com parafina é chamado inclusão ou embebição em parafina e geralmente é precedido por duas etapas: desidratação e clareamento. Coloração Para ser estudada ao microscópio, a maioria dos cortes histológicos deve ser corada, porque, com poucas exceções, os tecidos são incolores. Com essa finalidade, foram desenvolvidos métodos de coloração que tornam evidentes os vários componentes dos tecidos, das células e da MEC. Os componentes dos tecidos que se coram bem com corantes básicos são chamados de basófilos, e os que têm grande afinidade com corantes ácidos, de acidófilos. H&E Hematoxilina → ROXA → tem atração por substâncias ácidas, como o núcleo → ácido desoxirribonucleico (DNA) Eosina → ROSA → atração por substâncias básicas como o citoplasma, as fibras de colágeno. Coloração Azul de Toluidina → mucosa oral, célula muscular (quanto mais mastócitos, maior o processo inflamatório). Azul de Toluidina é exemplo de corante básico; Panótico Rápido → Hematologia: esfregaço sanguíneo realizado nas lâminas. Entre os componentes estudados nessa técnica estão as plaquetas, glóbulos brancos e glóbulos vermelhos. Microscópio Óptico Ao microscópio de luz (também chamado microscópio óptico), as preparações coradas são examinadas por iluminação que atravessa o espécime (transiluminação). O microscópio de luz é composto de partes mecânicas e ópticas. O que determina a riqueza de detalhes da imagem é o limite de resolução de um sistema óptico, e não seu poder de aumento. O aumento só tem valor prático se for acompanhado de resolução. A resolução depende essencialmente da objetiva, pois a lente ocular apenas aumenta a imagem nela projetada pela objetiva. Microscópio Óptico - Fluorescente - Feixes de luz fluorescente; Quando algumas substâncias são irradiadas por luz de um determinado comprimento de onda, elas emitem luz com um comprimento de onda mais longo. Esse fenômeno é chamado fluorescência. Na microscopia de fluorescência, as secções são iluminadas por uma fonte de luz de mercúrio sob alta pressão. Microscópio Confocal - Feixes de luz fluorescente; - Estruturas tridimensionais. Microscópio Eletrônico As microscopias eletrônicas de transmissão e de varredura se baseiam na interação entre elétrons e componentes dos tecidos. - de Transmissão; O microscópio eletrônico de transmissão é um sistema de produção de imagens que teoricamente possibilita altíssima resolução - de Varredura. A microscopia eletrônica de varredura fornece imagens pseudotridimensionais das superfícies de células, tecidos e órgãos. Tecidos - introdução -Células embrionárias são pluripotentes (possuem a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula adulta. -Célula epitelial não se torna uma célula nervosa. (uma vez que a célula já está localizada no tecido, ela só consegue se transformar em células desse mesmo tecido;) -Células (tronco) da medula óssea se transformam em qualquer célula sanguínea Parênquima animal O parênquima animal é caracterizado por ser composto por células altamente especializadas que desempenham a função de órgãos específicos. Geralmente esse tecido ocupa a maior parte do órgão. Estroma O estroma é um tecido estrutural ou conjuntivo. Foi definida como a matriz estrutural que suporta e molda os diferentes órgãos. Esse tipo de tecido consiste em diferentes tipos de células e produtos extracelulares, que juntos fornecem suporte mecânico e nutricional a qualquer órgão. mucosa nasal é tecido epitelial? Tecido Epitelial O tecido epitelial é formado por células que revestem superfícies e que secretam moléculas, tendo pouca MEC. Funções principais: Revestimento da superfície ou de cavidades do corpo e secreção. REVESTIMENTO GLANDULAR Tecido epitelial de revestimento ✓Revestimento das superfícies do corpo ✓Proteção ✓Absorção ✓Excreção/transporte ✓Secreção ✓Percepção sensorial ✓Permeabilidade seletiva ✓Trocas gasosas ↓ Características do epitélio: O tecido epitelial é formado por células poliédricas.(colunares altas...pavimentosas) O núcleo acompanha o formato da célula - é assim que se reconhece a células, pois nem sempre se consegue observar sua membrana plasmática. Pouca matriz extracelular= células justapostas. Relacionado a permeabilidade seletiva. Suas células estão sempre apoiadas sobre tecido conjuntivo no qual existem vasos sanguíneos e linfáticos que fornecem oxigênio, nutrientes e outras moléculas ao epitélio e recolhem gás carbônico, líquido, metabólitos e secreções. Morfologia dos epitélios Lamina basal- Componente extracelular (20 a 100 nm) componentes principais: colágeno tipo IV, laminina, entactina e proteoglicanos. - não só existem nos tecidos epiteliais - várias funções promover adesão das celulas dos tecidos epiteliais ao tecio conjuntivo subjacente A camada entre tecido conjuntivo e epitelial é chamada de lâmina basal (rosa escuro nas imagens). É formada por proteínas e tem função estrutural: dá adesão ao tecido conjuntivo; filtração de moléculas, regulação da proliferação/diferenciação e metabolismo celular Não tem vasos sanguíneos no tecido epitelial. O tecido conjuntivo fornece, por difusão, os nutrientes para o epitelial. O colágeno é uma proteína fibrosa que é responsável pela construção da matriz extracelular. A sua produção diminui ao longo da vida. A radiação UV (sol) degrada o colágeno. Formada por dois pólos: apical e basolateral (basal) com diferença funcional entre esses dois domínios. Especializações da membrana Membrana apical: (em verde) •Microvilos •Cílios •Estereocílios •Glicocálice Membrana basolateral: (em vermelho) •Desmossomos •Zônula de aderência •Junção de oclusão •GAP junctions (comunicantes) •Hemidesmossomos Especializações da membrana apical - Microvilosidades (rins e intestino delgado) - Cílios (trato respiratório, oviduto) - Estereocílios (epidídimo, órgão de Corti na orelha interna) - Célula Caliciforme (trato respiratório e digestório)Microvilosidades Cílios (móveis, primários ou nodais) 1. Móveis são encontrados em grande número de domínio apical de muitas células epiteliais. Os cílios móveis e os flagelos, associam-se com proteínas motoras associadas aos microtúbulos que são necessárias para a geração de forças imprescindíveis para induzir a motilidade. 2. Primários (monocílios) são projeções solitárias. Funcionam como quimiossensores, osmossensores e mecanossensores e medeiam a percepção de toque leve, odores e sons em vários órgãos do corpo. 3. Nodais são encontrados no embrião do disco embrionário bilaminar por ocasião da gastrulação. Estereocílios prolongamentos longos e imóveis. Aumentam a área de superfície da célula, facilitando o movimento de moléculas para dentro e para fora das células. Comuns em células do revestimento epitelial do epidídimo. - Tipo de microvilos. Célula Caliciforme célula colunar encontrada nos epitélios das mucosas dos tratos respiratório e digestivo. São células glandulares polarizadas (apenas secretam numa porção da membrana celular) do tipo mucoso. Especializações de Membrana basolateral Adesão intercelular Membrana da superfície lateral da célula em alguns epitélios pode formar pregas e prolongamentos, invaginações e evaginações, que criam margens macho-fêmea interdigitadas e intercaladas entre as células vizinhas; possibilitam que se especializam e reconheçam diferentes sinais moleculares. Constituem o local de uma barreira considerável à passagem (difusão) de substâncias entre as células epiteliais adjacentes; Os componentes estruturais específicos que constituem a barreira e o dispositivo de fixação são identificados com o auxílio do microscópio eletrônico e, quando observado em conjunto, são denominados complexo juncional. Esses complexos são responsáveis pela união de uma célula à outra. *Citoesqueleto: proteínas que auxiliam na comunicação entre células. Junções de oclusão são impermeáveis e possibilitam que as células epiteliais funcionem como uma barreira. Formam a principal barreira de difusão intercelular entre células adjacentes. - juncoes mais apicais da celula, mas na lateral. Junções de adesão Filamentos de actina e outras substâncias que servem de aderência. Por meio de sua capacidade de transdução de sinal, as junções de adesão também desempenham um importante papel no reconhecimento intercelular, na morfogênese e na diferenciação - insercao de numeroso filamentos de actina, que fazem parte da trema terminal Junções comunicantes (gap) Possibilitam a comunicação direta entre células adjacentes por difusão de pequenas moléculas (p. ex., íons, aminoácidos, açúcares, nucleotídios, segundos mensageiros, metabólitos); • Esse tipo de comunicação intercelular possibilita a atividade celular coordenada que é importante para manter a homeostasia dos órgãos. - podem existir em praticamente qualquer lugar das membranas laterais da célula Adesões focais Ancoram os filamentos de actina do citoesqueleto na membrana basal. Hemidesmossomos Ancoram os filamentos intermediários do citoesqueleto na membrana basal. - contem integrinas tipo de proteina transmembrana - localizados na parte basal Classificação do epitélio Critérios morfológicos Epitélios simples: (A) Epitélio simples cúbico (B) Epitélio simples pavimentoso (C) Epitélio simples cilíndrico Epitélio estratificado (A) Epitélio estratificado pavimentoso (B) Epitélio estratificado cúbico (C) Epitélio estratificado cilíndrico (D) Epitélio estratificado de transição Epitélio pseudo-estratificado - Células cilíndricas ciliadas - Células caliciformes - Células basais Epitélio de Transição Epitélio que reveste o sistema urinário, estendendo-se desde os cálices menores do rim até a porção proximal da uretra. O urotélio é um epitélio estratificado com características morfológicas específicas que possibilitam a sua distensão. Funções Secreção: epitélio colunar do → estômago. Absorção: epitélio colunar do intestino.↓ Transporte: epitélio ciliado da traquéia. Proteção mecânica: como no epitélio estratificado pavimentoso da pele. Função receptora: Tecido epitelial glandular Os epitélios glandulares são constituídos por células especializadas na atividade de secreção. As células epiteliais glandulares podem sintetizar, armazenar e eliminar substâncias; • Pâncreas: proteínas • Glândulas sebáceas: lipídios • Glândulas salivares: proteínas e carboidratos; As moléculas a serem secretadas são em geral temporariamente armazenadas nas células em pequenas vesículas envolvidas por uma membrana, chamadas de grânulos de secreção; Células secretoras: ao longo da evolução, células de revestimento se especializaram e tornaram-se secretoras. - possuem muita inervação - tambem nutrido pelo conjuntivo - Parte do pâncreas, que é uma glândula mista. No ápice da célula possuem os grânulos de secreção. Glândulas Exócrina As glândulas exócrinas mantêm sua conexão com o epitélio do qual se originaram. Essa conexão toma a forma de ductos tubulares constituídos por células epiteliais e, através desses ductos, as secreções são eliminadas, alcançando a superfície do corpo ou uma cavidade; Bolinhas amarelas que sao o epitélio de revestimento (ex pele). O epitélio se invagina, a parte mais inferior é o parênquima, a parte secretora. O tubo é o ducto que envia para a luz, nesse caso da pele seria a superfície externa. Um exemplo seria glândula sebácea. Glândula sudorípara. Pancrea glândula mista, produz suco pancreático. Tipos de glândulas arranjo das células secretoras (parênquima) e a ocorrência ou não de ramificação dos elementos ductais As unidades secretoras de algumas glândulas – glândulas mamárias, sudoríparas e salivares – são envolvidas por células mioepiteliais. São células ramificadas que contêm miosina e um grande número de filamentos de actina. Elas são capazes de contração, agindo na expulsão da secreção dessas glândulas. Em relação a morfologia: Em relação a eliminação dos produtos de secreção: Holócrina- a célula é eliminada junto com a secreção, ex: cel sebáceas. Nas glândulas holócrinas (p. ex., as glândulas sebáceas), o produto de secreção é eliminado juntamente com toda a célula, processo que envolve a destruição das células repletas de secreção Merócrinas: ex: sudoríparas, lacrimais. Só liberam o grânulo de secreção. Nas glândulas merócrinas (p. ex., o pâncreas), a secreção acumulada em grãos de secreção é liberada pela célula por meio de exocitose, sem perda de outro material celular. Apócrina: Glândulas mamárias. Vai junto pedaços citoplasmáticos da célula secretora. Tipo intermediário é a secreção apócrina, encontrada na glândula mamária, em que o produto de secreção é descarregado junto com pequenas porções do citoplasma apical. Natureza da secreção: Mucosas Serosas Mistas ex: Glândulas salivares Glândulas endocrinas As glândulas endócrinas, a conexão com o epitélio é obliterada e reabsorvida durante o desenvolvimento. Essas glândulas, portanto, não têm ductos, e suas secreções são lançadas no sangue e transportadas para o seu local de ação pela circulação sanguínea. Tudo que é sintetizado pelas glândulas endócrinas são hormônios. Perdeu a conexão com epitelio de revestimento. Nas mulheres: secretam hormônios femininos, estrógeno e progesterona No homem: testosterona. Células caliciforme são consideradas glândulas unicelulares; Secreta muco; Se encontra em todo trato respiratório e digestório. Leptina e grelina são substâncias liberadas por adipócitos (glândula unicelular). Tecido Ósseo - Tecido ósseo é um tipo especializado do tecido conjuntivo. - funcionam como deposito de calcio, fosfato e outros ions - Possui muita matriz extracelular Células do tecido ósseo pertencem a duas linhagens diferentes - Linhagem osteoblástica: formadas pelos osteoblastos e osteócitos, são derivadas de células osteoprogenitoras de origem mesenquimal; - Linhagem osteoclástica: são os osteoclastos, originados de monócitos produzidos na medula hematopoética. Matriz óssea: Matriz orgânica: o maiorcomponente é o colágeno. Composição colágeno tipo I (95%) > mais rígido + Proteoglicanos + Glicoproteínas Matriz Inorgânica: vem através da alimentação, Hidroxiapatita [Ca10 (PO4)6(OH 2)2]. + Bicarbonato, citrato, magnésio, sódio e potássio. Células dos tecidos ósseo (a) Osteoprogenitoras: células mesenquimais indiferenciadas; as células mais jovens. (Osteóide tb podem ser chamadas) No osso encontrado na periferia. (b) Osteoblastos: sintetizam matriz extracelular - sintetizam matriz extracelular. - aderidos às superfícies ósseas - Síntese da matriz óssea orgânica > OSTEÓIDE Os osteoblastos são as células que sintetizam a parte orgânica da matriz óssea (colágeno tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas) e fatores que influenciam a função de outras células ósseas. Eles são capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. Após sintetizar matriz extracelular, o osteoblasto é aprisionado pela matriz orgânica recém-sintetizada e passa a ser chamado de osteócito. (c) Osteócitos: Sintetizam pouca matriz células mais velhas, sintetiza mas pouco. Mais para o meio. Os osteócitos são células achatadas encontradas no interior da matriz óssea e ocupam espaços denominados lacunas. - Cada lacuna contém apenas um osteócito. - Nutrição depende dos canalículos que existem na matriz - - - Sintetizam pouca matriz - Pouco RER e CG (d) Osteoclastos: fazem a reabsorção de matriz óssea, justamente para remodelar o osso, consertar. - células gigantes. possui de 6 a 50 núcleos, multinucleada porque é - extremamente ativa, elas facilitam a matriz orgânica. - responsáveis pela reabsorção do tecido ósseo - situam-se na superfície do tecido ósseo ou em túneis no interior das peças ósseas. A superfície ativa dos osteoclastos está voltada para a superfície óssea. Ela apresenta inúmeros prolongamentos irregulares com formato de folhas ou pregas que se ramificam. - A zona clara é um local de adesão do osteoclasto à matriz óssea A superfície externa e interna dos ossos é recoberta por uma camada composta de tecido conjuntivo e de células osteogênicas, constituindo, respectivamente, o periósteo e o endósteo; Periósteo: reveste o osso externamente, tecido conjuntivo. - Dupla camada de tecido conjuntivo especializado. - Reveste os ossos com exceção da superfície articular. A camada mais externa do periósteo contém principalmente fibras colágenas e fibroblastos. As fibras de Sharpey são feixes de fibras colágenas do periósteo que penetram o tecido ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso. Endósteo: reveste o osso internamente, tecido conjuntivo. O endósteo reveste as superfícies internas do osso e geralmente é constituído por uma delgada camada de células osteogênicas achatadas, que reveste as cavidades do osso esponjoso, o canal medular, os canais de Havers e os de Volkmann. Substância Óssea Compacta: - Densa, sólida. Lamínulas de tecido ósseo firmemente aderidas umas às outras, sem espaço livre interposto. - Predominam na diáfise dos ossos longos o Envolve uma cavidade medular central e longitudinal. Substância Óssea Esponjosa: - Densa, sólida. Lamínulas de tecido ósseo são mais irregulares em forma e tamanho, deixando espaços entre si, preenchido pela medula óssea; - Constitui as epífises dos ossos longos, curtos, revestido por fina camada de osso compacto. - cada pontinho preto é uma célula Tecido ósseo primário Em cada osso o primeiro tecido ósseo a ser formado é do tipo primário (não lamelar), sendo substituído gradativamente por tecido ósseo lamelar ou secundário O tecido ósseo primário tem fibras colágenas dispostas em várias direções sem organização definida, tem menor quantidade de minerais (mais facilmente penetrado pelos raios X) e maior proporção de osteócitos do que o tecido ósseo secundário. Os osteócitos do osso primário se dispõem de maneira aparentemente desorganizada, e a matriz, quando vista em cortes ao microscópio, aparece heterogênea, com manchas mais escuras. Tecido ósseo secundário O tecido ósseo secundário é a variedade mais encontrada no adulto. Sua principal característica é ser formado por fibras colágenas organizadas em lamelas, que têm de 3 a 7 μm de espessura, são planas ou têm forma de anéis. As fibras colágenas de cada lamela são paralelas entre si; porém, de lamela para lamela as fibras têm direções diferentes. A diáfise dos ossos é quase toda composta de osso lamelar e se constitui em um bom material para analisar a distribuição e a organização das lamelas nesse tipo de osso. Suas lamelas ósseas organizam-se em arranjo bastante característico, formando quatro arranjos principais: os sistemas de Havers, os sistemas circunferenciais interno e externo e os sistemas intermediários. Esses quatro sistemas são facilmente identificáveis em cortes transversais à diáfise . Os sistemas de Havers são formados por lamelas dispostas concentricamente, e os outros três são compostos de pilhas de lamelas planas ou levemente curvas. O tecido ósseo secundário ou lamelar formado por sistemas de Havers é característico da diáfise dos ossos longos, embora sistemas de Havers pequenos sejam encontrados no osso compacto de outros locais. Os sistemas circunferenciais interno e externo, constituídos por lamelas ósseas paralelas entre si, formam duas faixas: uma situada na parte interna do osso, em volta do canal medular e em contato com o endósteo, e a outra na região mais externa, próxima ao periósteo (ver Figuras 8.12 e 8.13). O sistema circunferencial externo é mais espesso do que o interno, e os sistemas de Havers ocupam a porção intermediária da diáfise entre eles . Os sistemas de Havers são constituídos por um número variável de lamelas ósseas concêntricas. Como os osteócitos se nutrem por meio do trânsito de substâncias no interior dos canalículos ósseos, a espessura da parede de cada sistema de Havers é limitada pela distância entre os osteócitos mais externos e o canal central do sistema, o canal de Havers, por onde circulam vasos sanguíneos. Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso por meio de túneis transversais ou oblíquos à diáfise, situados no interior do osso, chamados de canais de Volkmann. Estes se distinguem dos de Havers por não serem envolvidos por lamelas ósseas concêntricas. Os canais vasculares existentes no tecido ósseo se formam pela deposição de matriz óssea ao redor de vasos preexistentes.
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