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Formação de custos na importação APRESENTAÇÃO Organizações de diversos portes se beneficiam das oportunidades proporcionadas pelo comércio internacional. As nações promovem ambientes favoráveis para que empresas desenvolvam vantagens competitivas e possam produzir bens com preços competitivos, aptos a entrarem em outros mercados. Por outro lado, algumas empresas se aproveitam da competitividade dos produtos e de oportunidades comerciais para adquirirem bens e produtos por meio da importação. Entretanto, essa atividade é permeada de estruturas tributárias e logísticas que, se mal conduzidas, podem gerar prejuízos e altos custos sobre os itens importados. Por essa razão, cumpre ao profissional de comércio exterior ter conhecimento essencial para a formação de custos na importação, em que diferentes tributos federais e estaduais incorrem sobre as mercadorias importadas, além de outros fatores relevantes, tais como: forma de pagamento, modal de transporte, despesas portuárias e com assessorias aduaneiras. Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre os elementos que formam o custo final de uma importação, assim como os custos na origem e no destino, relativos a esta modalidade. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever os elementos formadores do custo final na importação. • Identificar os custos na origem relacionados à importação. • Detalhar os custos no destino envolvidos na importação. • DESAFIO Diversas organizações utilizam as importações para manter a competitividade de suas cadeias produtivas. Entretanto, para que possam se beneficiar de custos mais baixos ou de uma relação custo-benefício mais adequada, esses procedimentos precisam passar por um criterioso processo prévio de simulação, conhecido como custeio de importação ou simulação de custos de importação, no qual o custo da mercadoria é estimado a partir de diferentes cenários cambiais e logísticos. Maycon Carbone Caixa de texto a) A partir do site do Siscomex, você deverá consultar a NCM, primeiramente pela posição 84 e depois completando o subitem, no qual você poderá informar o número da NCM completo. O site indicará quais mercadorias usadas e de destaque 555 (utilizadas em produções audiovisuais) precisam de licença de importação, sob a análise do Departamento de Comércio Exterior - DECEX. Como a mercadoria é nova e não tem destaque, ela não precisa de LI. Além disso, você pode consultar a NCM no site do Siscomex e o Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações da Receita Federal. Após essa consulta, você descobrirá que a alíquota do II é de 14% (até março de 2020). b) Em relação ao custeio, você deve considerar: - Valor aduaneiro: (U$ 65.000 + U$ 15.000) * R$ 4,50 = R$ 360.000,00 - Imposto de importação: R$ 360.000 * 14% = R$ 50.400,00 - AFRMM: (U$ 15.000 * R$ 4,50) * 25% = R$ 16.875,00 - Armazenagem: R$ 4.000,00 - Despachante: R$ 1.000,00 - Frete rodoviário: R$ 4.000,00 - Taxa de Siscomex: R$ 214,50 - Outras taxas: R$ 200,00 a) Consultar e informar se o produto precisa de licença de importação. (dica: leia atentamente a NCM, especialmente quanto ao destaque). b) Calcular e informar o custo total da importação da máquina , considerando o valor da mercadoria, em reais e em dólar americano, a partir dos dados informados (dica: para efeito de custos, não consideraremos os impostos IPI, PIS, COFINS e ICMS). INFOGRÁFICO As organizações, frente aos desafios que suas atividades apresentam, avaliam constantemente suas operações a partir de duas óticas: custo e tempo. Nesse sentido, as normas brasileiras de importação têm alguns regimes aduaneiros especiais, que permitem maior racionalização/otimização de custos nas operações, considerando as duas óticas citadas. No Infográfico a seguir, você vai conhecer o regime de trânsito aduaneiro, que pode ser um aliado da organização para estruturar suas operações de importação para melhor utilizar os recursos logísticos, financeiros e aduaneiros. CONTEÚDO DO LIVRO As organizações que estão inseridas no comércio internacional podem se valer de vantagens competitivas proporcionadas por produtos de mercados em diferentes localizações geográficas. Essas oportunidades podem vir sob a forma de matérias-primas, produtos semiacabados ou de oportunidades comerciais, quando uma empresa compra determinado produto no exterior para revendê-lo no mercado interno. Nesse aspecto, os profissionais de compras devem estar atentos e ter um conhecimento profundo sobre a estrutura de custos em uma importação, conhecendo os tributos aplicáveis, os custos na origem e no destino que impactarão no custo final de uma operação de importação para que tomem decisões de compra e negociem de forma assertiva. Na obra Tributos aplicados às operações de comércio exterior, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, leia o capítulo Formação de custos na importação, no qual você irá aprender sobre os elementos formadores do custo final na importação, os custos na origem relacionados à importação e os custos de destino envolvidos nesse tipo de operação. Boa leitura. TRIBUTOS APLICADOS ÀS OPERAÇÕES DE COMÉRCIO EXTERIOR Marcelo Almeida de Camargo Pereira Formação de custos na importação Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever os elementos formadores do custo final na importação. Identificar os custos na origem relacionados à importação. Detalhar os custos no destino envolvidos na importação. Introdução No intuito de aumentar sua vantagem competitiva, empresas estão sempre pesquisando oportunidades comerciais para minimizar custos e otimizar lucratividade. Uma das possibilidades proporcionadas pelo mercado externo é de outsourcing, ou globalsourcing, que é o desenvol- vimento de fornecedores para a aquisição de matérias-primas, produtos acabados ou semiacabados provenientes do exterior. Para que a operação seja viável e financeiramente lucrativa para a empresa, é necessário um profundo conhecimento de todos os aspectos que permeiam uma importação. Neste capítulo, você vai ler sobre os elementos formadores do custo final da importação, identificando os custos na origem e os custos no destino. 1 Elementos formadores de custo nas importações Ao experimentar uma roupa ou comprar calçado, provavelmente você já encon- trou uma etiqueta com os dizeres Made in China. Com o avanço da globalização e a facilitação dos transportes internacionais, diversas empresas buscaram a China como fornecedor de matéria-prima ou de oportunidades comerciais (comprar para revender). Mas quais os custos que estão por trás desse produto? Existem diversos fatores que infl uenciam os custos das importações, como: a modalidade de pagamento; os Termos Internacionais de Comércio (Incoterm); o tipo de frete (aéreo, marítimo, rodoviário, entre outros); o regime aduaneiro; o tratamento administrativo que os órgãos intervenientes impõem sobre os produtos importados, para que tenham um tratamento isonômico em comparação aos itens produzidos no mercado interno. Quanto custa um produto no Brasil? Essa questão é uma das primordiais que um comprador deve analisar, cuja resposta não é tão simples por dizer respeito às peculiaridades do mercado e do produto. A essência dos custos gira em torno do preço da mercadoria, do valor de transporte e da carga tributária brasileira, que corresponde ao maior índice de custo na importação, por aplicar alguns impostos em cascata (um sobre o outro), tendo como base o preço da mercadoria do fornecedor (LUDOVICO, 2010). Com isso, em termos gerais, temos as seguintes cargas tributárias sobre as importações: Imposto de Importação — trata-se de um imposto federal e, segundo o Regulamento Aduaneiro (Decreto nº. 6.759, de 5 de fevereiro de 2009), é incidente sobre mercadorias estrangeiras, nacionais ou nacionalizadasque tenham sido exportadas e estejam retornando ao País, exceto nas seguintes condições: Art. 70 [...] I — enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; II — devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição; III — por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador; IV — por motivo de guerra ou de calamidade pública; V — por outros fatores alheios à vontade do exportador (BRASIL, 2009, documento on-line). O fato gerador para o Imposto de Importação é a entrada do produto no território aduaneiro, porém, no caso das importações, aplicamos o elemento temporal do fato gerador, que é o registro da declaração de im- portação. Segundo a Receita Federal do Brasil (2018, documento on-line): [...] o Imposto de Importação é seletivo, pois varia de acordo com o país de origem das mercadorias (devido aos acordos comerciais) e com as características do produ- to. Suas alíquotas estão definidas na Tarifa Externa Comum (TEC), que é a tarifa Formação de custos na importação2 aduaneira utilizada pelos países do Mercosul e é baseada na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). A base de cálculo do imposto de importação é chamado de Valor Aduaneiro da Mercadoria, que é composta do valor da mercadoria, acres- cida do frete internacional e de valor de seguro, caso este tenha sido contratado. Para saber mais sobre o Imposto de Importação, acesse o site do Invest Export Brasil no seu mecanismo de busca e procure por “Imposto de Importação”. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) — é outro imposto federal que incide sobre produtos industrializados de procedência es- trangeira. O seu fato gerador também é o registro da declaração de importação. Entretanto, a sua base de cálculo é composta do valor aduaneiro da mercadoria (valor da mercadoria + seguro internacional + frete internacional), assim como do valor do Imposto de Importação. Aqui se inicia o que se chama de efeito em cascata dos impostos, o que interfere no custeio das mercadorias (LUZ, 2006; BRASIL, [2018a?]). Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) — é um tributo de competência estadual, em que cada unidade da federação legisla de forma distinta. Ele incide sobre a movimentação de produtos no mercado interno, assim como sobre serviços de transporte interesta- dual. Trata-se de um imposto não cumulativo, sendo que o valor pago pelo importador pode ser compensado contabilmente em operações posteriores. Cada Estado possui alíquota diferenciada, porém cabe à Receita Federal do Brasil liberar a retirada de mercadorias após o desembaraço aduaneiro, mediante comprovação do recolhimento desse imposto. Segundo a Receita Federal do Brasil ([2004?], documento on- -line), o “IPI na importação, além da função arrecadatória, visa atender aos objetivos da política industrial, especialmente no que diz respeito à promoção de tratamento tributário isonômico para a importação e a produção nacional”. Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patri- mônio do Servidor Público (PIS/Pasep)/Importação e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)/Importação — são contribuições federais. A Lei nº. 10.865, de 30 de abril de 2004, estabelece que as importações recolham essas contribuições, cujas 3Formação de custos na importação alíquotas básicas são de 1,65% para o PIS/Pasep Importação e 7,6% para o Cofins Importação. Esse é um dos impostos mais complexos, pois sua base de cálculo é composta do: valor aduaneiro + valor do Imposto de Importação + valor do IPI + valor do ICMS + valor do PIS + valor do Cofins (o próprio valor do imposto faz parte do cálculo!) (REGULAMENTO ADUANEIRO, 2009). No entanto, pelo fato de o IPI, o ICMS, o PIS e a Cofins não serem impostos cumulativos, isto é, serem passíveis de compensação contábil, em lançamentos de crédito e débito, estes poderão não compor custos de importação em si, caso sejam creditados em operações futuras. Já o Imposto de Importação se trata de um custo efetivo a ser considerado para a compra. Cada imposto possui sua regra tributária própria, que demandaria um estudo aprofundado sobre cada um deles em outra oportunidade. Outro fator importante para o custeio de importações refere-se a eventuais acordos internacionais dos quais o Brasil faça parte. Esses acordos trazem padronizações, simplificações e tarifas preferenciais no comércio entre os países que possuem esses acordos. Um exemplo é o Mercado Comum do Sul (Mercosul), no qual, se importarmos uma mercadoria produzida em um dos países membros do bloco, o Imposto de Importação tem alíquota zero (LUDOVICO, 2010). Outro fator influente sobre o custo de uma importação, que também se relaciona com o câmbio, é a forma de pagamento, uma vez que sobre ela incidirá o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que é um imposto federal, cujo fato gerador ocorre quando da liquidação de operação de compra e venda de moeda estrangeira. Ela também faz parte da garantia de que o importador receberá o produto negociado, dentro do prazo adequado e nas características estabelecidas na negociação. De forma resumida, vejamos as principais formas de pagamento (LUDOVICO, 2010): Pagamento antecipado — ocorre quando o importador realiza o pa- gamento antes de receber a mercadoria. No momento em que o ex- portador recebe o pagamento, promove a entrega ao importador ou ao transportador designado. Formação de custos na importação4 Remessa sem saque — ocorre quando o exportador entrega a merca- doria e envia um saque ao importador (que é um documento de com- promisso de pagamento). Este, ao receber a mercadoria, dirige-se ao banco e faz o pagamento da operação. Cobrança documentária — esse sistema é semelhante ao anterior, no qual um saque é emitido, porém o importador deverá pagar para retirar a documentação da operação de comércio exterior junto ao banco do exportador ou a realizar o pagamento no prazo de vencimento estipulado. Carta de crédito — nesse sistema, ocorre a intermediação de bancos, em que o exportador só entrega a mercadoria se existirem garantias bancárias do banco do país do importador. Para tanto, é emitida uma carta de crédito, em que o banco se torna uma espécie de fiador da operação. A Figura 1 mostra o fluxo simplificado de uma carta de crédito. Figura 1. Fluxo de uma carta de crédito. Fonte: Brasil ([20--?], documento on-line). Outro custo a ser considerado na formação de custos para importação, especialmente para aquelas por via marítima, é o Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM). Trata-se de uma contribuição de intervenção no domínio econômico com a finalidade de atender às necessidades da União em desenvolver a marinha mercante e a indústria naval brasileira. O fato gerador é o início efetivo da operação de descarregamento da embarcação em porto no Brasil. Ele é calculado sobre o valor de frete, sendo sua alíquota fixa de 25% na navegação de longo curso (BRASIL, [2018a?]). 5Formação de custos na importação Como saber quais são as alíquotas a serem pagas em uma importação? Como começar? Antes desse passo, precisamos conhecer um aspecto essencial a qualquer importador: o produto importado. Para saber quais as alíquotas de impostos e o tratamento administrativo que a Receita Federal do Brasil irá aplicar ao produto (para também auxiliar na sua estimativa de custos de impor- tação), precisamos saber qual é a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) do produto. Também conhecida como Tarifa Externa Comum (TEC), é uma linguagem padrão de mercadorias de uso internacional. Ela é estabelecida por meio de algarismos numéricos, em que cada código corresponde a um produto ou vários em um único código. A Figura 2 mostra a composição da NCM. Figura 2. Composição da NCM. Fonte: Brasil ([201-a?], documento on-line). A NCM é composta por 99 capítulos, que teoricamente abarcam todos os itens comercializáveis e produtivos. Em casode dúvidas, existe a possibili- dade de submeter um processo de pesquisa junto à Receita Federal do Brasil, instruída por documentos e fichas técnicas do produto, para que ela indique a NCM mais apropriada. O correto enquadramento da NCM é de responsa- bilidade do importador, que fica sujeito a multas e penalidades em caso de enquadramentos incorretos nas importações (LUDOVICO, 2010). Formação de custos na importação6 Para uma melhor compreensão, a Figura 3 mostra uma parte do capítulo 8 da TEC. Vamos supor que uma empresa deseja importar amêndoas secas e precisa saber a NCM do item. Figura 3. Exemplo de NCM. Fonte: Brasil ([201-b?], documento on-line). 7Formação de custos na importação Com base na Figura 3, as amêndoas se encaixam no capítulo 8 — Frutas, cascas de frutos cítricos e melões. A posição 08.01 inclui cocos, castanha- -do-pará e castanha de caju, frescos ou secos, mesmo em casca ou pelados, o que não é o seu produto. Já a posição 08.02 engloba “Outra fruta de casca rija, fresca ou seca, mesmo com casca ou pelada” e, dentro dela, há uma subposição, item e subitem específicos: 0802.12.00, amêndoas: sem casca. Portanto, a NCM procurada é classificada sob o número 0802.12.00. Para saber mais sobre como funciona o processo de classificação de NCM, acesse o site do Invest Export Brasil no seu mecanismo de busca e procure por “NCM”. Há outros elementos que também interferem na formação de custos das importações. Para tanto, vejamos o Quadro 1, que indica os demais custos que precisam ser considerados. Elemento Descrição Seguro internacional A base de cálculo dos impostos parte sempre do valor aduaneiro, que é o valor da mercadoria, do seguro e do frete. O custo do seguro é proporcional ao risco a que o objeto segu- rado está sujeito. O valor cobrado pela companhia seguradora é chamado de prêmio, que deve ser pago ao segurador para que possa ter cobertura da mercadoria. Trata-se de um custo que pode ser tanto na origem (quando o exportador contrata e vende a mercadoria já segurada) ou no destino (quando o importador faz a contratação do seguro no país de destino). O seguro pode, inclusive, não ser contratado, desde que o impor- tador esteja ciente dos riscos que a carga fica sujeita. Um bom seguro cobre, em geral, valor do objeto, frete in- ternacional, AFRMM, capatazia, lucros esperados e impostos (SEGRE, 2006). Quadro 1. Demais elementos de custos em uma importação (Continua) Formação de custos na importação8 Elemento Descrição Transporte internacional Além de ser um dos componentes da valoração aduaneira, o modal de transporte caracteriza a entrada da mercadoria de procedência do exterior. Ele é um dos custos mais importantes, uma vez que determina quando seu produto deverá chegar, em qual estado de conserva- ção e exerce influência direta nos custos, em razão de fazer parte do cálculo de todos os impostos. O transporte internacional apresenta-se em cinco principais mo- dalidades: marítimo, aéreo, ferroviário, rodoviário ou multimodal. A utilização fica condicionada pela localização geográfica e pela relação custo versus benefício, além das características do produto. Para a composição do frete, são considerados os seguintes aspec- tos da mercadoria: tipo de mercadoria, origem e destino, peso líquido e bruto, volume e peso, embalagem, valor da mercadoria e grau de periculosidade. Os tipos mais comuns de frete são prepaid (pré-pago) e collect (a pagar). Via de regra, está atrelado, em termos de responsabilidade, ao Incoterm definido na negociação (LUDOVICO, 2010). Transporte nacional O transporte rodoviário é aquele efetuado por caminhões e carretas, realizado em curtas distâncias. Flexível e ágil, faz a conexão entre as zonas primárias, que são os portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados, isto é, sob controle aduaneiro, e as zonas secundárias, que abrangem portos secos e o restante do território nacional. O frete rodoviário é composto de: frete básico, taxa ad valorem (cobre o seguro rodoviário, calculado sobre o valor da mercado- ria, valores de pedágios e auxiliares) (LUDOVICO, 2010). Armazenagem Esse custo corresponde ao depósito ou à guarda das mercadorias em armazéns, pátios, terminais de carga e recintos alfandegados das administrações portuárias ou aeroportuárias, abrangendo, inclusive, as empresas privadas que exploram esses serviços. Os valores são fixados por esses operadores. A mercadoria importada gera custo ao importador pelo tempo de permanência no armazém. A forma de cobrança, em geral, ocorre sobre o valor da mercado- ria importada e pelo período de permanência (LUDOVICO, 2010). Quadro 1. Demais elementos de custos em uma importação (Continuação) (Continua) 9Formação de custos na importação 2 Tratamento administrativo das importações Os principais elementos formadores de custo nas importações podem ser divididos em custos na origem (no país do exportador) ou no destino (país do importador). No destino, citamos: Impostos federais — onde o Imposto de Importação é o principal deles, já que o IPI, PIS/Cofins Importação e ICMS são não cumulativos, isto é, o importador pode se creditar desse valor contabilmente. Esses valores são conhecidos por meio da NCM, que classifica o produto e Elemento Descrição Capatazia É uma taxa paga ao armazém portuário ou aeroportuário que corresponde ao manuseio das mercadorias dentro das instala- ções alfandegadas. Tem como finalidade cobrir custos de aparelhagem e manuten- ção da infraestrutura que faz a movimentação das cargas. A remuneração é estabelecida a partir do peso bruto (composta do peso do produto + embalagens) da mercadoria ou por sua cubagem (volume da mercadoria) (LUDOVICO, 2010). Despachante aduaneiro Trata-se do profissional habilitado a fazer os serviços e trâmites de liberação de mercadorias junto à Receita Federal do Brasil. Ele representa os importadores e exportadores frente aos órgãos governamentais e demais intervenientes do comércio exterior, como bancos, empresas de logística, portos, aeropor- tos, entre outros. Em geral, cobra por processo de importação (LUDOVICO, 2010; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSULTORIA E ASSESSORIA EM COMÉRCIO EXTERIOR, 2018). Quadro 1. Demais elementos de custos em uma importação (Continuação) Formação de custos na importação10 permite conhecer as alíquotas de impostos aplicáveis sobre eles, além do tratamento administrativo ao qual a mercadoria fica sujeita frente aos órgãos governamentais e alfandegários. AFRMM — cobrado sobre fretes marítimos, no percentual de 25%. Despesas portuárias ou aeroportuárias, como armazenagem e ca- patazia — referem-se a custos de armazenamento e movimentação internas das mercadorias. Despesa com despachante aduaneiro — é o profissional que representa sua organização frente aos órgãos alfandegários e demais intervenientes no comércio exterior. Na origem ou no destino, dependendo da negociação e do Incoterm, fazem parte o frete internacional e o seguro, que integram o valor aduaneiro da mercadoria, sobre os quais os impostos incidem em cascata. Este último item apresentado, sobre a NCM, ganha destaque especial no processo de formação de custo e na própria importação de determinado produto. Uma distribuidora de medicamentos, que possui uma grande rede de farmácias, tem como incumbência fazer uma estimativa de custos de importação de U$ 10.000,00 (com frete e seguro inclusos) para a aquisição de 15 mil fraldas infantis descartáveis por via marítima, para que a rede importe e coloque sua marca própria no produto. Será que é só encomendar, mandar embarcar a mercadoria e recolhê-la no porto ou aeroporto de destino? Antes de responder a essa questão, primeiro precisamos saber que existem diversos órgãos governamentais que intervêm no comércio exterior brasileiro, isto é, que analisem se determinadas mercadoriaspodem entrar no país, quais os requisitos técnicos, as características, entre outros. Vejamos a listagem de alguns anuentes das importações (BRASIL, [2018b?]): 11Formação de custos na importação Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Agência Nacional do Cinema (Ancine); Comando do Exército (Comexe); Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex); Departamento de Polícia Federal (DPF); Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Reno- váveis (Ibama); Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBC); Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT); Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Como esses órgãos podem intervir? Segundo o Ministério da Economia (BRASIL, [2018a?], documento on-line), “[...] o Controle Administrativo nas importações atualmente é realizado por meio da Licença de Impor- tação (LI) sujeita a anuência de órgãos governamentais”. A Licença de Importação é um tipo de controle específico, autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), desde que não ocorra de forma abusiva ou excessiva, caracterizando-se em uma barreira não tarifária (MORINI; SIMÕES; DAINEZ, 2006). Via de regra, as importações brasileiras estão dispensadas de licencia- mento, porém as outras modalidades são licenciamento automático, não automático ou impedimento, quando determina que certas mercadorias são de importação proibida. Existem licenciamentos que precisam ser analisados pelos órgãos anuentes e aprovados antes do embarque, enquanto alguns ocorrem após a chegada da mercadoria no Brasil (MORINI; SI- MÕES; DAINEZ, 2006). Formação de custos na importação12 Voltando à importação de fraldas infantis, é só mandar embarcar a mercadoria e recolhê-la no porto ou aeroporto de destino? A resposta é clara: não. Primeiro, devemos conhecer o seu produto, pesquisar a NCM adequada, que classifica o produto, para então conhecer quais são os tributos aplicáveis e a sua estimativa de custos. Nesse caso, a NCM aplicável a fraldas descartáveis infantis é a 9619.0000 (absorventes e tampões higiênicos, cueiros e fraldas para bebês e artigos higiênicos semelhantes, de qualquer matéria). De posse desse número, podemos iniciar uma consulta ao simulador de tratamento administrativo da Receita Federal do Brasil. Para fazer uma consulta ao simulador de tratamento administrativo, acesse o site da Receita Federal do Brasil no seu mecanismo de busca e procure por “Simulador tratamento tributário/administrativo importações”. Por meio do simulador de tratamento administrativo das importações, não existem medidas compensatórias, antidumping ou Contribuições de Interven- ção no Domínio Econômico (CIDE) que acarretem aumento de custo para o aumento desse item. No entanto, as fraldas estão sujeitas ao licenciamento pelo Fundo Nacional da Saúde, o que ensejará o aumento de tempo e alguns trâmites burocráticos a mais junto a esse órgão interveniente, de forma que sua Licença de Importação seja autorizada/deferida. A Figura 4 exemplifica o tratamento administrativo de importação. Figura 4. Tratamento administrativo de importação. Fonte: Receita Federal ([20--?], documento on-line). 13Formação de custos na importação Sobre as alíquotas de impostos que incidirão em uma eventual importação, observamos que a alíquota do Imposto de Importação é de 12%, de IPI é zero e as alíquotas PIS/Cofins são de 2,10% e 9,65%, respectivamente. A Figura 5 mostra um exemplo de tratamento administrativo de importação. Figura 5. Tratamento administrativo de importação. Fonte: Receita Federal ([20--?], documento on-line). Com isso, temos informações suficientes para traçar um cenário e saber quanto a empresa importadora deverá desembolsar para a aquisição do pro- duto no exterior, assim como os impostos. Porém, além dos tributos, existem outras despesas incidentes, as quais elevarão a formação do seu custo. Com isso, vamos partir de valores fictícios para elaborar uma planilha de custos de importação, considerando uma taxa do dólar de R$ 4,7379 por cada dólar. O Quadro 2 mostra uma simulação de custos de importação. Formação de custos na importação14 Item Valor Valor aduaneiro (mercadoria + seguro + frete) R$ 47.379,00 Imposto de Importação R$ 5.685,48 AFRMM (25% sobre o valor do frete) R$ 900,00 Armazenagem portuária e capatazia R$ 500,00 Transporte rodoviário nacional R$ 1.500,00 Despachante aduaneiro R$ 1.500,00 (R$ 500,00 para a confecção da Licença de Importação e R$ 1.000,00 para a liberação aduaneira) Total R$ 57.464,48 Quadro 2. Simulação de custos de importação Para simplificar o cálculo, partimos da compreensão de que o PIS/Cofins e o ICMS são creditáveis contabilmente, isto é, não irão compor o custo do produto. De volta ao exemplo das fraldas, desejamos importar 15 mil fraldas. Para essa quantidade, o total de gastos será de R$ 57.464,48, e o custo unitário estimado de cada fralda fica em torno de R$ 3,83 (R$ 57.464,48 divididos por 15.000). Essa se trata de uma estimativa de custos, na qual custos extras e não previstos poderão incorrer, como um aumento de armazenagem, a avaria de produto, alguma eventual multa da Receita Federal do Brasil por inconsistência de informações, entre outros. Por essa razão, recomenda-se sempre aplicar uma margem maior nos custos para evitar sustos durante a sua importação, além de buscar profissionais qualificados para assessorar a organização nos caminhos da importação, tanto nos aspectos logísticos quanto aduaneiros. 15Formação de custos na importação ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSULTORIA E ASSESSORIA EM COMÉRCIO EXTERIOR. O que faz um despachante aduaneiro? 2018. Disponível em: https://www.abracomex.org/ comexfacil-o-que-faz-um-despachante-aduaneiro. Acesso em: 15 abr. 2020. BRASIL. Decreto nº. 6.759, de 5 de fevereiro de 2009. Regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior. Diário Oficial da União, Brasília, 6 fev. 2009. Disponível em: http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6759.htm#art820. Acesso em: 15 abr. 2020. BRASIL. Invest Export Brasil. Classificação de mercadoria na NCM. [201-a?]. Disponível em: https://investexportbrasil.dpr.gov.br/NCM/frmNCM.aspx. Acesso em: 15 abr. 2020. BRASIL. Invest Export Brasil. Codificação de produtos e serviços (NCM / NBS). [201-b?]. Dis- ponível em: https://investexportbrasil.dpr.gov.br/ProdutosServicos/frmPesquisaProdu- tosServicosFull.aspx. Acesso em: 15 abr. 2020. BRASIL. Invest Export Brasil. Imposto de importação — II. [2018a?]. Disponível em: http:// www.investexportbrasil.gov.br/imposto-de-importacao-ii. Acesso em: 15 abr. 2020. BRASIL. Invest Export Brasil. Órgãos anuentes na importação. [2018a?]. Disponível em: http:// www.investexportbrasil.gov.br/orgaos-anuentes. Acesso em: 15 abr. 2020. BRASIL. Ministério da Economia. Carta de crédito — oitava etapa. [20--?]. 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[20--?]. Disponível em: http://www4.receita.fazenda.gov.br/ simulador/Simulacao-tag.jsp. Acesso em: 15 abr. 2020. SEGRE, G. (org.). Manual prático de comércio exterior. São Paulo: Atlas, 2006. Formação de custos na importação16 Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Leitura recomendada BRASIL. Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Tabela de trata- mento administrativo aplicado às importações. [2019?]. http://www.mdic.gov.br/images/ REPOSITORIO/secex/decex/CONAE/Tratamento_Administrativo/TA_IMP_Outros_orgaos. ods. Acesso em: 15 abr. 2020. 17Formação de custos na importação DICA DO PROFESSOR A carga tributária sobre produtos importados é composta de uma série de impostos e de taxas que podem diminuir a competitividade da exportação de produtos que contenham insumos importados. No entanto, existem regimes aduaneiros que possibilitam a redução de custos, por meio da suspensão ou da isenção desses tributos. Nesta Dica do Professor, você conhecerá sobre o regime aduaneiro especial de drawback. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Sobre as atividades de importação incorrem impostos e custos logísticos, que variam conforme o modal de transporte e sobre o tipo de mercadoria. Você trabalha em uma empresa que pretende importar autopeças do exterior em razão de uma suposta oportunidade comercial, na qual o custo do produto importado parece ser mais baixo que do mercado interno. Você pesquisou no site do Simulador de Tratamento Administrativo que a alíquota do imposto de importação para este item é de 10%. O valor desse imposto é calculado sobre: A) o valor aduaneiro da mercadoria, composto de valor da mercadoria, adicionado do frete nacional e do seguro. B) o valor aduaneiro da mercadoria, composto de valor da mercadoria, adicionado do frete nacional e do seguro, além de IPI, PIS e COFINS em cascata. C) o valor aduaneiro da mercadoria, composto de valor da mercadoria, adicionado do frete internacional e do seguro, quando for contratado. Maycon Carbone Realce D) o valor da mercadoria, composto do valor da mercadoria convertido à taxa de câmbio do dia, acrescido do valor do próprio imposto de importação e o Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM). E) o valor aduaneiro da mercadoria, composto de valor da mercadoria, adicionado do frete internacional e do seguro, assim como o Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM). 2) O cálculo dos impostos de importação ocorre sobre o valor aduaneiro, que é calculado conforme o preço da mercadoria e de outros custos logísticos. Você trabalha em uma distribuidora de produtos médico-hospitalares. Sua empresa decidiu adquirir camas hospitalares para revendê-las a hospitais e clínicas da região. A mercadoria, negociada sob a condição FOB (free on board) tem valor de U$ 8,900.00, o frete marítimo de U$ 1,000.00 e o seguro com prêmio de U$ 100.00. Por meio da NCM 9402.90.20, que engloba as CAMAS DOTADAS DE MECANISMOS PARA USOS CLÍNICOS, você constatou que a alíquota do II é de 14%, do IPI 5%, do PIS 2,10% e do COFINS 9,65%. Qual será o valor do imposto de importação a ser pago, considerando a taxa do dólar em R$ 4,00? A) R$ 5.800,00. B) R$ 8.080,00. C) R$ 4.984,00. D) R$ 5.040,00. E) R$ 5.600,00. Sobre o cálculo de custos de importações incorrem diferentes impostos, que variam conforme a mercadoria, assim como o meio de transporte utilizado. 3) Maycon Carbone Realce Maycon Carbone Caixa de texto O cálculo do imposto de importação - II é feito por meio do valor aduaneiro da mercadoria, que é composto do ((valor da mercadoria + valor do frete internacional + valor do seguro x taxa de conversão) x alíquota do II. Com isso, temos: ((U$ 8,900.00 + U$ 1,000.00 + U$ 100.00) * 4) * 14%) = R$ 5.600,00. A empresa Goods Imports Ltda. está fazendo uma estimativa de custos de importação para a aquisição de tintas para impressão via aérea. Trata-se de produto que precisa ser acondicionado em uma embalagem especial para transporte por via aérea. Esta, por sua vez, é cobrada pelo exportador, que acresce em U$ 1.00 o preço do produto. Em uma simulação de custos de importação para esse produto, quais custos poderiam ser calculados? A) Custos na origem, como a embalagem especial e custos no destino, como tributos federais (II, IPI, PIS, COFINS e ICMS), além de despesas de armazenagem, frete nacional e AFRMM. B) Custos na origem, como a embalagem especial e custos no destino, como tributos (II, IPI, PIS, COFINS e ICMS), além de despesas de armazenagem, frete nacional e despachante aduaneiro. C) Valor aduaneiro da mercadoria, acrescido dos tributos federais (II, IPI e ICMS) calculados em cascata, além de despesas de capatazia, frete internacional e despachante aduaneiro. D) Preço da mercadoria, acrescido do custo extra da embalagem, dos custos de origem como os tributos federais (II, PIS, COFINS) e estaduais (ICMS), além do despachante aduaneiro. E) Custos no destino, como armazenagem aeroportuária, comissão de assessoramento do despachante aduaneiro, transporte internacional da zona primária até o depósito do importador. 4) No comércio exterior brasileiro existem diversos órgãos e ministérios que atuam como intervenientes nas operações de importação. Essa atuação se dá por meio da imposição de licenças de importação - LI a determinados produtos. Uma LI tem por objetivo: Maycon Carbone Realce A) dificultar a vida do importador por meio de processos burocráticos morosos para que prefira adquirir o produto no mercado interno, valorizando a indústria nacional. B) Impedir a entrada de produtos importados que venham a prejudicar a indústria nacional, em razão de práticas de comércio desleal, como dumping e subsídios. C) Fazer um controle restritivo para todas as importações, de forma que a balança comercial do país apresente resultados superavitários, isto é, que exporte mais que importe. D) Controlar importações de determinados produtos, com vistas a analisar se os padrões técnicos do produto estão de acordo para o mercado brasileiro ou impedir a entrada de determinados produtos no país. E) Incrementar a tributação sobre as importações, por meio de controles restritivos, que impeçam a entrada de produtos de determinados países, favorecendo a indústria nacional. 5) Segundo o Ministério da Economia, uma licença de importação é um documento eletrônico registrado pelo importador no Siscomex, que contém informações acerca da mercadoria a ser importada e da operação de importação de maneira geral, tais como importador, exportador, país de origem, procedência e aquisição, regime tributário, cobertura cambial, entre outras. A empresa PICARETS Ltda. deseja realizar uma grande importação de pneus usados da China, classificados sob a NCM 40.12.2000 (pneumáticos usados). Consulte a referida NCM no site do Siscomex e assinale qual é o órgão interveniente e a finalidade da licença de importação - LI neste caso. A) Ministério da Agricultura - Controle quantitativo. B) IBAMA - Analisar. C) IBAMA - Impedir. Maycon Carbone Realce Maycon Carbone Realce D) Anvisa - Autorizar. E) Anvisa - Restringir. NA PRÁTICA O profissional de comércioexterior dispõe de importantes ferramentas que o auxiliam a traçar cenários de custos para operações de importação. Além do Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex, no qual os diversos intervenientes e interessados na cadeia de operações de importação e de exportação atuam, existem sites que disponibilizam informações importantes de forma aberta, como o Tratamento Administrativo e o Tratamento Tributário, com as alíquotas de impostos aplicáveis sobre as importações de mercadorias. Neste Na Prática, você verá como melhor utilizar o sistema de consulta de Tratamento Administrativo de Importação do Siscomex e o Simulador do Tratamento Tributário das Importações da Receita Federal. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! SAIBA + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Brasil reduz 17 tarifas de importação, mas país ainda é considerado fechado Leia esta matéria do G1 sobre a redução de algumas tarifas de importação e os desafios que os importadores brasileiros ainda enfrentam. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Tributos na importação: aprenda a calcular Quer aprofundar seu conhecimento no cálculo de importações? Assista a este vídeo sobre comércio exterior para conhecer mais detalhes sobre o cálculo de custos de importação. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Acordo de Valoração Aduaneira Quer conhecer mais sobre o acordo que define a forma como os impostos são calculados? Acesse o link a seguir e saiba sobre o Acordo de Valoração Aduaneiras do GATT. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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