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INTRODUÇÃO À PATOLOGIA Prof.ª Ms. Juliana Meira de V. Xavier Conteúdo programático Nutrição NMA 2015.2 Unidade I • Introdução ao estudo da patologia- Histórico da patologia, citologia esfoliativa, biópsia, Necrópsia. • Distúrbios de crescimento (hipertrofia, atrofia, hiperplasia, metaplasia e displasia) Pesquisar e apresentar artigo. • Lesões celulares (graus de lesões, alterações moleculares e morfológicas, apoptose e necrose; Conteúdo programático Nutrição 2015.2 Unidade I • Degeneração celular (hidrópica, hialina, lipidoses e glicogenoses mucopolissacaridoses. • Neoplasias (neoplasia benigna, maligna); • Seminários : Câncer de estômago Câncer cólon e reto Câncer de esôfago Câncer de boca Hepatocarcinoma Pigmentações Celulares (endógena e endógena); Unidade II • Inflamações (aguda e crônica); • Reparação celular- Regeneração, cicatrização. • Distúrbios circulatórios Unidade II continuação • Distúrbios Circulatórios Hiperemia Trombose Embolia Edema Hemostasia Hemorragia isquemia infarto Choque Visita técnica ao laboratório de Anatomia da UFCG (Aula prática) 21.08 Apresentação de artigos sobre o tema distúrbios celulares (hipertrofia, hiperplasia, atrofia, metaplasia, displasia) 23.09 e 25.09 Apresentação de seminários Datas das avaliações 2015.2 I AVALIAÇÃO: 02.10 II AVALIAÇÃO: 04.12 II CHAMADA: 18.12 FINAL: 23.12 KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; FAUSTO, N. ASTER, J.C. Robins e Contran: Patologia - Bases patológicas das doenças. 8ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo, patologia. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. MONTENEGRO, M. R. Patologia de processos gerais FRANCO, Marcello, MONTENEGRO, Mario R. Patologia. Bibliografia Sugerida: A célula São consideradas a menor parte dos organismos vivos, constituindo elementos estruturais e funcionais. Trabalham de maneira integrada, onde cada uma possui uma função específica. Estrutura da célula A célula é dividida em três partes, a saber: Núcleo: envolvido pela membrana nuclear o núcleo contém o material genético das células Citoplasma: carrega o conteúdo celular, onde cada organela desempenha uma função vital Membrana plasmática: membrana fina e flexível que envolve o conteúdo das células O que é patologia? Pathos: Doença, sofrimento Logia: estudo É o estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais das células, tecidos e órgãos que fundamentam doenças (KUMAR, et al., 2010). Ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos que as produzem, os locais onde ocorrem as alterações morfológicas e funcionais que apresentam( BRASILEIRO FILHO, 2009). Anatomia patológica É a parte da patologia responsável pela análise morfológica de órgãos, tecidos e células, com o objetivo de contribuir para o diagnóstico de lesões, com implicações no prognóstico das doenças, bem como na sua prevenção. Patologista estuda as lesões decorrentes das doenças realizando diagnósticos morfológicos. Tem uma contribuição relevante para a detecção de lesões pré-malignas, com o objetivo de diminuir a incidência de câncer. Patologia geral: Estuda os processos patológicos gerais dando ênfase à lesão em si, suas causas e efeitos nas células e tecidos. Patologia sistêmica ou especial: Estuda as lesões nos diferentes aparelhos e sistemas, fazendo correlação com os achados clínicos e laboratoriais decorrentes dessas lesões. Patologia -Histórico • A Fase Humoral (Idade Antiga -final da Idade Média); • Fase Orgânica ( séc. XV-XVI); • Fase Tecidual (séc. XVI-XVIII); • Fase Celular (séc. XIX); • Fase Ultracelular (séc. XX) A Fase Humoral (Idade Antiga -final da Idade Média) O mecanismo da origem das doenças era explicado, nessa fase, pelo desequilíbrio de humores. Os humores eram considerados os líquidos do corpo, em particular, a água, o sangue e a linfa. Fase Orgânica ( sec. XV-XVI) Nessa época há predomínio da observação dos órgãos do corpo, feita principalmente através de necrópsias (estudo de cadáveres) ou autópsias (estudo de si mesmo). Fase Tecidual (sec. XVI-XVIII) Essa fase enfatiza a estrutura e organização dos tecidos. É nesse período que se iniciam os primeiros estudos sobre as alterações morfológicas teciduais e suas relações com os desequilíbrios funcionais. Fase Celular (sec. XIX) Fase na qual ocorre o predomínio da visão morfológica à aplicação do microscópio óptico às pesquisas médicas, segue-se a Fase Celular, período considerado "inicial à Patologia Moderna". A preocupação com o estudo da célula, principalmente de suas alterações morfológicas e funcionais, é determinante na busca da origem de todo processo mórbido Fase Ultracelular (séc. XX) A Fase Ultracelular é a fase atual do pensamento conceitual sobre Patologia, envolvendo conceitos sobre biologia molecular e sobre as organelas celulares. Os avanços bioquímicos e a microscopia eletrônica facilitam o desenvolvimento dessa linha de estudo. Patologia - Histórico Giovanni Battista Morgagni Marie Francis Xavier Bichat Rudolf Virchow Precursor da Patologia Orgânica ( séc. XV-XVI) Precursor da Patologia tecidual ( séc. XVI-XVIII) Precursor da Patologia Celular, fundador da Patologia Moderna (sé. XIX) Conceitos utilizados em patologia Saúde É um estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou social em que vive, no qual o indivíduo se sente bem e não apresenta sinais ou alterações orgânicas evidentes. OMS: é o bem-estar físico, social e mental. Doença É o estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social, no qual o indivíduo se sente mal (sintoma) e/ou apresenta alterações orgânicas evidenciáveis (sinais). OMS: é o mal-estar causado por distúrbio físico, social e mental Sintoma Qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem do seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não consistir-se em um indício de doença. Sinais São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional da saúde. Patologia Objetivo: busca explicar as causas e motivos dos sinais e sintomas das doenças através de técnicas diversas.. Aspectos abordados em patologia 1.Etiologia (causa) 2.Patogenia ou patogênese (mecanismos de desenvolvimento) 3. Anatomia patológica (estuda as alterações morfológicas/ estruturais dos tecidos que, em conjunto, recebem o nome de lesões.4. Fisiopatologia ( estudo das alterações funcionais dos órgãos e sistemas afetados. 1.Etiologia ou causa Duas principais classes de fatores etiológicos Fatores intrínsecos ou endógenos: Mutações herdadas, doenças associadas com variantes genéticas. Fatores exógenos ou adquiridos: Infecciosos, nutricionais, químicos e físicos. 1.1 Agentes causadores de doenças: 1. Hipóxia e anóxia. 2. Reações inflamatórias. 3. Alterações metabólicas. 4. Agentes físicos: temperatura, corrente elétrica, radiação ultravioleta e etc. 5. Agentes infecciosos: vírus, bactérias, toxinas. 2. Patogenia ou patogênese Compreende a sequência de eventos na resposta das células ou tecidos ao agente etiológico, desde o estímulo inicial à expressão final da doença. 3. Anatomia patológica 3.1 Alterações moleculares e morfológicas São alterações estruturais nas células e nos tecidos que são características de uma doença ou diagnósticas de um processo etiológico. 4. Fisiopatologia 4.1 Perturbações funcionais O resultado final das alterações genéticas, bioquímicas e estruturais nas células e tecidos são anormalidades funcionais que levam a manifestações clínicas da doença, bem como a sua progressão. Elementos de uma doença e sua relação com as áreas da Patologia e Medicina Métodos de exames em patologia • Autópsia ou Necropsia • Exames citopatológicos • Exame anatomopatológicos ou biópsias Métodos de exames em patologia Autópsia ou Necrópsia Autópsia (auto: próprio, opsis: ver) Necrópsia: (nekros: morto, opsis: ver) É o exame sistematizado de um organismo realizado pós-morte. A finalidade é identificar lesões, estabelecendo as causas básicas das doenças, além das causas relacionadas à morte. Dividindo-se em: • Autópsias médico-legais • Autópsias clinicopatológicas • Autópsia médico-legal Realizadas pelo médico-legista em casos de mortes violentas. São realizadas em institutos médico legais (IML). • Autópsia clinico patológica Realizadas pelo médico- patologista, em ambiente hospitalar ou em Serviços de Verificação de Óbito. Serviço de verificação de óbito-SVO: o órgão oficial responsável pela realização de necropsias em pessoas que morreram sem assistência médica ou por causas naturais desconhecidas. Exames citopatológicos Esse método visa avaliar a presença de alterações celulares. Sendo obtido por uma das seguintes formas: (1) Raspado de células ou mucosas; (2) Secreções ( da árvore traqueobrônquica, conteúdo de cistos, expressão mamilar; (3) Líquidos (urina); (4) Punção aspirativa ( tireoide, mama, linfonodos etc). Exames citopatológicos Podem ser divididos em: 1. Citologia esfoliativa: 2. Citologia aspirativa ( punção aspirativa): Podem esfoliativa ser dividida em: Citologia cervicovaginal:. Utilizada no exame Papanicolau, que permite a avaliação de alterações das células epiteliais cervicais com o objetivo de diagnosticar precocemente lesões pré-neoplásicas e neoplasias do colo uterino. Além de identificar lesões pré-neoplásicas e neoplásicas a citologia permite o diagnóstico de inúmeras infecções. Citologia de líquidos: avalia líquidos de escarro e urina, principalmente para a pesquisa de células neoplásicas e agentes infecciosos. Métodos de exames em patologia • Citopatologia Ectocérvice: epitélio escamoso Endocérvice: epitélio colunar • Citopatologia Técnica de exame colpocitológico moderna Câncer de Colo Uterino Exame citopatológico Para a coleta de cel. da ectocérvice deve haver um raspado de células da com espátula, em um movimento de 360 Disposição do material coletado da ectocérvice de forma transversal na lâmina, próxima a área fosca. Exame citopatológico Para a coleta endocervical deve- se introduzir uma escovinha e fazer um movimento de 360 A disposição do material coletado da endocérvice, deverá ser de maneira distendida pela superfície da lâmina Exame citopatológico A lâmina deve ser borrifada imediatamente com spray fixador, a uma distância de 10 cm. • O intervalo entre os exames deve ser de três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual; • O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que já tiveram atividade sexual ; • Os exames devem seguir até os 64 anos e serem interrompidos quando, após essa idade, as mulheres tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos. Recomendações Colo do útero com alterações causada pelo vírus HPV- Schiller positivo O médico poderá solicitar uma colposcopia, que é exame um exame que permite identificar (visualizar) com precisão o local e a extensão da doença através de um colposcópio; Poderá solicitar uma biópsia para obter uma amostra e observar melhor as alterações no tecido do colo do útero. O que fazer quando o resultado do exame citológico é anormal? Citologia aspirativa ou punção aspirativa (PAAF): Utiliza-se de material citológico obtido por aspiração, sendo necessária a utilização de uma seringa, que será introduzida na lesão em investigação, e o material aspirado. Punção aspirativa por agulha fina (PAAF) Biópsia por PAFF Biópsias: (bios: vida, opsis:ver) É o exame anatomopatológico realizado em fragmentos de tecidos ou mesmo peças cirúrgicas retiradas do paciente vivo e se baseia no exame macro e microscópico deste material. Após estudo macro e microscópico, o patologista emite um laudo anatomopatológico (dados clínicos descrição macro e microscópica e diagnóstico final da biópsia) EXAME HISTOPATOLÓGICO Biópsia com colposcópio: Neste tipo de biópsia, o colo do útero é examinado com colposcópio para identificar áreas anormais. Em seguida com uma pinça de biópsia é removida fragmento de tecido da área alterada Biópsia em cone: procedimento também conhecido como conização, nesse caso o médico remove uma amostra do colo uterino em forma de cone. Esse procedimento é utilizado para neoplasias iniciais do colo uterino. EXAME ANATOMOPATOLÓGICO Conização Amputação cônica Imagem macroscópica de peça cirúrgica (testículo)seccionado longitudinalmente para avaliação. Observa-se a presença de lesão tumoral Métodos de exames em patologia Biópsia Referências: FILHO BRASILEIRO, G. Bogliolo Patologia Geral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. FRANCO, M.; MONTENEGRO, M.R.; BRITO, T.;BACHI, C.E. ; ALMEIDA, C.A. Atheneu, 2010. ROBINS; CONTRAN. Bases patológicas das doenças. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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