Buscar

Cardioversão e desfibrilação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

-----------*--------------❤ CARDIOVERSÃO / DESFIBRILAÇÃO ❤ ----------------------
CARDIOVERSÃO E DESFIBRILAÇÃO
A desfibrilação e cardioversão elétrica consistem na aplicação
de alta energia região torácica do paciente para reversão de
arritmias.
● processo no qual aplica energia na região do tórax para
interromper a arritmia
PARA QUE FAZER ISSO E NÃO REMÉDIO? o paciente está
instável logo não dá tempo de esperar o remédio fazer efeito
Ao colocar as pás no tórax do paciente e NÃO aperta
sincronizar = DESFIBRILAÇÃO (choque vai independente do
ciclo)
DESFIBRILAÇÃO
Ao colocar as pás no tórax do paciente não se preocupa com
mais nada, pedi para as pessoas se afastarem e dá o choque
Qual momento do ciclo cardíaco (onda P, QRS e T) o choque
ocorrer não importa
Quando desfibrila a corrente elétrica é aplicada em qualquer
momento do ciclo cardíaco
● pode cair em cima da onda P
● pode cair no QRS
● pode cair entre QRS e onda T
● pode cair em cima da onda T
Aplica o choque → não precisa se preocupar em qual
momento do ciclo e não tem como saber qual o momento do
ciclo
CARDIOVERSÃO
Mesmo procedimento: colocar as pás no tórax do paciente e
apertar o botão, contudo o soft da máquina do desfibrilador
espera e só vai liberar carga sincronizada com o complexo
QRS. O choque está obrigatoriamente no QRS
No monitor/ desfibrilador vai ter um botão (SINC) na hora de
dar o choque deve apertar SINC = isso indica que está fazendo
cardioversão, no momento que ativar o sincronizado acender
luz verde e aparelho espera o próximo QRS para soltar o
choque para não ter perigo de fazer FV (fibrilação ventricular)
ou TV (taquicardia ventricular)
A corrente elétrica é sincronizada com os complexos QRS
para que o estímulo não ocorra durante o período de
repolarização ventricular (risco de FV).
Ao dar o choque e esquecer de sincronizar e o choque cair em
cima da repolarização (onda T) pode gerar taquicardia
ventricular ou fibrilação ventricular, por isso é comum o
aparelho fazer uma pequena pausa (segundos) e dar choque
no momento exato
CHOQUE SINCRONIZADO = CARDIOVERSÃO
EXEMPLO: na FA deve sincronizar, ou seja, fazer cardioversão
POSIÇÃO DAS PÁS:
Nas pás de um lado vai estar escrito (esterno) e do outro
(apex - ápice do coração)
O estímulo elétrico atravessa o coração e vai tirar o ritmo que
está causando a instabilidade do paciente
POSIÇÃO PADRÃO = ântero lateral esterno e depois apice do
coração ou esternoapical
QUALQUER MOTIVO QUE TE IMPEÇA DE COLOCAR AS
PÁS NA POSIÇÃO PADRÃO: pode usar a anteroposterior
(colocar nas costas), na região do dorso e na região ântero
posterior onde conseguir encaixar, ideal que seja um
pouquinho para esquerda para ficar em cima do coração
QUANDO usar a posição ANTEROPOSTERIOR: usar a maior
carga possível do aparelho, pois o estímulo elétrico dvee
atravessar mais tecidos até chegar no coração
**uma pá no esterno e outra pá um pouquinho para baixo da
linha mamilar / do mamilo
INDICAÇÕES DO CHOQUE:
Qualquer arritmia com sinal de instabilidade NÃO pode
perder tempo se não paciente evolui mal
1- Em arritmias com sinais de instabilidade hemodinâmica
2- Em determinadas arritmias sem instabilidade porém
sintomáticas apesar de medidas farmacológicas: após usar
fármacos e não reverter pode fazer cardioversão
3- Em paciente com PCR em ritmo de FV ou TV sem pulso: vai
desfibrilar e não cardioverter
**assistolia ou AESP esses 2 ritmos não precisa dar choque
PODE CONVERTER PACIENTES ESTÁVEIS APÓS MEDIDAS
FARMACOLÓGICAS SEM SUCESSO
CRITÉRIOS DE INSTABILIDADE HEMODINÂMICA
Rebaixamento nível consciência/ hiporresponsividade
(sonolento, não responde)
Hipotensão sintomática
(pressão ↓ + síncope, pele fria,tontura)
Dor precordial anginosa (maior consumo de O2):
dor começa durante esforço, melhora quando a pessoa
para, dor tipo aperto / peso / queimação que irradia para
pescoço ou braço
Congestão pulmonar (dispnéia + ausculta com crepitações)
**somente PA ↓ não é critério de instabilidade DEVE ter
sintomas
** hipotensão associada a sinais de choque e na presença de
instabilidade
** a presença de dispneia, associada a congestão pulmonar,
dor torácica anginosa ou rebaixamento do nível de consciência
indica instabilidade
CARDIOVERSÃO (CVE) DESFIBRILAÇÃO
APERTAR SINCRONIZAR
(SINC)
NÃO APERTA
SINCRONIZAR (SINC)
corrente elétrica
sincronizada com complexo
QRS
corrente elétrica aplicada
em qualquer momento do
ciclo cardíaco
usada no tratamento das
taquiarritmias associadas a
sinais de instabilidade
usada no tratamento da FV,
TV sem pulso e TV
polimórfica sustentada
empregada para reversão
de taquiarritmias estáveis
tratáveis refratárias ao
tratamento farmacológicos
desfibrilação em ritmos
chocáveis deve ser
priorizada e não retardada
frente a outras manobras na
PCR
empregada para reversão
de fibrilação atrial
persistente quando for
optado pela estratégia de
controle do ritmo
Taquicardia ventricular sem
pulso = paciente em PCR
Taquicardia ventricular
polimórfica sustentada
FA, Taqui supra, Flutter
atrial e Taqui ventricular
com pulso
Fibrilação ventricular
CLASSIFICAÇÃO DOS APARELHOS
MANUAL SEMI AUTOMÁTICO (DEA)
o médico manuseia para os leigos
onde reconhecimento, ritmo
e descarga de energia
dependem do operador
(o médico)
reconhecimento do ritmo e
recomendação da descarga
de energia
são feitos pelo aparelho
(pré-hospitalar)
o médico que reconhece o
ritmo e escolhe a carga
o aparelho reconhece qual o
ritmo e recomenda o choque
e carga
é o que tem na faculdade apenas apertar o botão
MONOFÁSICOS (1 fase) BIFÁSICOS (2 fases)
mais antigos mais modernos
aparelho manda uma vez só
o estímulo em uma única
direção
aparelho manda estímulo e
depois retorna
estímulo passa 1 vez estímulo passa 2 vezes
usa uma carga maior usa uma carga menor
(descarga de energia em
única direção)
(mais modernos: uso de
menor energia para
reversão da arritmia)
importante usar gel para
evitar queimaduras
TIPOS DE CARGA DE ACORDO COM A ARRITMIA
Taquicardia
Supraventricular
E Flutter Atrial
QRS estreito, regular =
50 a 100 J
(dose pequena)
FA (fibrilação atrial) QRS estreito, irregular =
100-120 J (bifásico) ou 200
J (monofásico)
Taquicardia ventricular
monomórfica
QRS largo, regular = 100 J
Taquicardia ventricular
polimórfica e Fibrilação
ventricular
360 J (monofásico)
e 200 J (bifásico)
QRS largo, irregular =
desfibrilar
(choque não sincronizado
usar carga máxima do
aparelho)
**taquicardia supraventricular: paciente tem uma dupla via
nodal desde nascença, provavelmente já teve outras vezes,
pode tentar massagem no seio carotídeo, é uma arritmia
benigna, é difícil levar a instabilidade.
ADENOSINA É A DROGA DE ESCOLHA PARA
TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR
** FA: átrio fica tremendo, chega a 300 bpm, é uma arritmia +
complexa precisando de uma carga maior
**Taquicardia ventricular polimórfica e Fibrilação ventricular:
não vai cardioverter e sim desfibrilar na carga máxima
COMPLICAÇÕES
● Queimadura da parede do tórax (falta aplicação gel ou
carga inadequada)
● Acidente vascular cerebral - AVC (deslocamento trombo)
pós FA
● Risco de necessidade de intubação orotraqueal (excesso
dose de sedação para procedimento)
● Choque elétrico (desatenção/falta cuidados
pré-procedimento)
● Arritmias – fibrilação ventricular (escolha inadequada
modo cardioversor)
ROTEIRO PARA CARDIOVERSÃO OU DESFIBRILAÇÃO
1. Ligar aparelho – conectar pás ao tórax do paciente
2. Identificar arritmia no monitor
3. Selecionar carga (50/100/200/360j) do choque
4. Determinar necessidade de sincronização
5. Observar e orientar medidas de proteção antes do
choque (pedir para afastar)
6. Aplicar descarga selecionada: pedir para colega apertar
o botão do raio
** se o paciente reverter com o 1º choque ótimo, se não
mantém as pás nas posições do tórax, ↑ carga e dá novo
choque
CASO CLÍNICO
Paciente com DM chega ao pronto socorro com FC de 140
bpm com o seguinte ECG: Sugestivo de uma taquicardia
sinusal, sendo uma resposta fisiológica do organismo nesse
caso frente a uma hipoglicemia (20) somente realizarglicose
CASO CLÍNICO: PROVA
Paciente atendido com quadro de mal-estar e sudorese há 3
horas - Realizado ECG abaixo. Conduta?
● FC: +/- 200 bpm (entre 300 e 150 bpm) → taquiarritmias
● Ritmo regular sem ondas P visíveis: taquicardia
supraventricular
● Sem critérios de instabilidade hemodinâmica
● Droga de escolha indicada = adenosina
● Caso não haja sucesso com terapia medicamentosa =
indicado cardioversão elétrica com 150 J
CASO CLÍNICO
Paciente atendido com “batedeira no peito” e tontura há 24h.–
Realizado ECG abaixo. Conduta?
● FC : aproximadamente 156 bpm
● Ritmo irregular sem ondas P bem delimitadas:
provável fibrilação atrial com 24h de evolução
● Sem critérios de instabilidade hemodinâmica
● Droga de escolha indicada: amiodarona
● Caso não haja sucesso com terapia medicamentosa –
indicado cardioversão elétrica com 150J.
CASO CLÍNICO
Paciente atendido com quadro desconforto torácico tipo
aperto com irradiação para região de mandíbula há 2 horas..
– Realizado ECG abaixo. Conduta?
● FC : aproximadamente 180bpm (entre150 e 300bpm
● Ritmo regular sem ondas P bem aparentes (não é
possível localizar ondas P e T): provável taquicardia
ventricular
● Com critérios de instabilidade hemodinâmica: dor
torácica anginosa
● Conduta indicada: cardioversão elétrica com 150J.
CASO CLÍNICO: não fez esse
Paciente portador de ICC vem ao hospital com queixa de
“coração acelerado” – edema MMII, PA: 90/50 mmHg
Realizado ECG abaixo. Conduta?
● FC : aproximadamente 150 bpm
● Ritmo regular com QRS alargado – provável
taquicardia ventricular
● Sem critérios de instabilidade hemodinâmica
● Conduta: Amiodarona EV
CASO CLÍNICO: não fez esse
Paciente portador de ICC vem ao hospital com queixa de
“dispnéia intensa– edema MMII, crepitações pulmonares
difusas. Realizado ECG abaixo. Conduta?
● FC : aproximadamente 150 bpm
● Ritmo regular com QRS alargado: provável
taquicardia ventricular
● Sem critérios de instabilidade hemodinâmica
● Conduta – Cardioversão elétrica

Continue navegando