Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Cardioversão X desfibrilação Potencial de ação: corresponde a entrada e saída de íons. Período refratário: É a capacidade da célula cardíaca, durante a fase de repolarização, responder a um novo estímulo e dependendo do seu estado elétrico. Pode ser: 1. Período refratário absoluto (Cardioversão) 2. Período refratário efectivo 3. Período refratário relativo Atividade elétrica cardíaca: Desfibrilação: É a descarga elétrica que tem como objetivo cessar todos os potenciais de ação, fazendo com que o coração fique parado por 3 a 5 segundos, pois está em um ritmo desorganizado, e voltando a se contrair em seguida, geralmente com o nodo sinusal ou alguma outra parte do coração passando a ser o marcapasso. Quando indicado, o choque inicial será de 360 Joules (monofásico) ou na energia máxima equivalente nos aparelhos bifásicos (entre 120 a 200J) Características: • Na desfibrilação, a corrente penetra na maioria das fibras dos ventrículos ao mesmo tempo, fazendo com que todas fiquem refratárias, em relaxamento máximo. • Logo, cessam todos os potenciais de ação, e o coração fica parado por 3 a 5 segundos e voltando a se contrair em seguida. • Proporciona que o nodo sinusal ou alguma outra parte do coração passe a ser o marcapasso • Indicado para ritmos de PCR (parada cardiorrespiratório) A desfibrilação pode ocorrer em: - Fibrilação ventricular (FV) - Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP): Não utilizar o desfibrilador em casos de: - Assistolia -Atividade elétrica sem pulso (AESP) Clara Brucha Cardioversão: Consiste em aplicar uma breve descarga elétrica através do coração para despolarizar de forma sincronizada, todo o miocárdio. O paciente deve estar monitorizado no cardioversor, para ocorrer a sincronia. Deve-se sincronizar o choque no período refratário absoluto (onda R). É indicado nas situações de taquiarritmias como fibrilação atrial (FA), flutter atrial, taquicardia paroxística supraventricular e taquicardias com complexo largo e com pulso. Não é indicado para ritmos desorganizados, pois é necessário detectar a onda R. Deve haver complexo QRS claramente identificável e frequência ventricular rápida. Se a fibrilação atrial (FA) ocorrer por mais de 48H, é necessário realizar um eco cardiograma para afastar possíveis trombos, possibilidade de AVE-I. Associa terapia com anticoagulantes. S Evitar, aplicar no período refratário relativo do ciclo cardíaco (ONDA T). Podendo gerar uma fibrilação ventricular (FV) O objetivo de utilizar a onda R é evitar a estimulação de um ponto ectópico e que evolua para uma fibrilação ventricular em um ritmo de parada. Indicações: 5 Ds – taquiarritmia com instabilidade hemodinâmica • Dor torácica • Dispnéia • Diminuição do nível de consciência • Desmaio • Diminuição de PA Antes da Cardioversão elétrica é necessário: O – orientar o paciente S – sedar A – ambuzar (oxigênio) S – sincronizar C – chocar O – observar as mudanças. • Certifique-se de que o paciente esteja com tempo de jejum de pelo menos 6 horas • Verifique a cavidade oral para a presença de prótese dentária e remova qualquer corpo estranho presente na via aérea • Tenha todo o material de intubação orotraqueal, medicação de suporte avançado de vida e marcapasso transcutâneo disponível. • Estabeleça um acesso venoso calibroso e forneça oxigênio com um dispositivo de bolsa-valva-máscara (Ambu) • Sede todos os pacientes conscientes, com exceção daqueles hemodinamicamente instáveis ou com rápida deterioração clínica • Ligue o desfibrilador (monofásico ou bifásico) • Conecte os eletrodos ao tórax do paciente de forma correta, escolhendo a derivação com o melhor registro eletrocardiográfico na tela do monitor. • Apertar o botão SYNC do aparelho para acionar o modo sincronizado • Procure as marcações da onda R no ritmo cárdico registrado no monitor para assegurar a sincronização do aparelho • Selecione o nível de energia do choque a ser utilizado seguindo a sequência • Remover a fonte de oxigênio no momento do choque • Apertar simultaneamente os botões SHOCK nas pás para que seja liberado o choque. Aguarde alguns segundos com as pás sobre o tórax do paciente para ter certeza de que o choque sincronizado seja efetivamente liberado • Cheque o monitor para observar o ritmo eletrocardiográfico após a Cardioversão elétrica. Caso a taquiarritmia ainda persista, selecione um nível de energia ainda maior. • Se for necessário um choque subsequente, assegure-se sempre de que o modo SYNC está novamente ativado após cada Cardioversão Clara Brucha • Ao fim do procedimento, sugere-se solicitar um eletrocardiograma de 12 derivações para documentação da reversão do ritmo. Importante: Níveis de energia de choque em desfibrilador monofásicos: FA: 200J, 300J, 360J (QRS estreito e irregular) TV monomórfica: 100J, 200J, 300J, 260J (QRS largo e irregular) Flutter e outras taquicardias supraventriculares: 50J, 100J, 200J, 300J, 360J (QRS estreito e regular) TV polimórfica: trate como FV (desfibrilação de alta energia) QRS largo e regular ✓ Certifique-se de que todos os membros da equipe de saúde estejam afastados do paciente quando o desfibrilador esteja carregado com a energia selecionada ✓ Coloque corretamente as pás do desfibrilador sobre o tórax do paciente ✓ Coloque pressão de aproximadamente 13 kg sobre o tórax do paciente com as pás Fibrilação atrial: É a arritmia mais frequentemente tratada com Cardioversão elétrica Apresenta: • Ausência de ondas P – FC de 140 a 160 bpm • Ritmo irregular, com QRS estreito • 120 – 200J em desfibrilador bifásico • 200J em desfibrilador monofásico Flutter atrial: • FC entre 250 a 350 bpm • Ondas em ‘’Dente de serra’’ (ondas F) • Ausência de ondas P • Complexo QRS estreito e ritmo regular • 50 a 100J Taquicardia ventricular monomórfica: • QRS largo e regular • Choque em 100J bifásico ou monofásico • Ritmo de PCR, se paciente estiver sem responsividade, respiração e pulso devem correr a desfibrilação Taquicardia supraventricular paroxística (TSVP): • FC > 100bpm • Complexo QRS estreito • Ausência de onda P • Intervalor RR regulares • Choque de 50 a 100J • Início e termino brusco da taquiarritmia Clara Brucha
Compartilhar