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ENSINO MÉDIO CIÊNCIAS DA NATU REZA E SUAS TECNOLOG IAS MATÉRIA E TRANS FORMAÇÕES MANUAL DO PROFESSORMA N U AL D O PR O FE SS O R M A T É R IA E T R A N S FO R M A Ç Õ E S E N S IN O M É D IO CI ÊN CI A S D A N AT U RE ZA E S U A S TE CN O LO GI A S RodRigo MaRchioRi LiegeL ana Luiza P. ne Ry Editores responsáveis: André Zamboni Lia Monguilhott Bezerra Organizadora: SM Educação Obra coletiva, desenvolvida e produzida por SM Educação. VeRa Lucia Mitiko aoki 02 01 P2 12 03 02 01 P2 12 03 13 4 CÓ DI GO D A C OL EÇ ÃO CÓ DI GO D O LI VR O PN LD 2 02 1 O BJ ET O 2 MA TE RI AL D E DI VU LG AÇ ÃO . VE RS ÃO S UB ME TID A À AV AL IAÇ ÃO . 2 900002 080605 2 0 8 0 6 0 ISBN 978-65-5744-173-2 SP_PNLD21_CAPA_CN_MATERIA_MP_DIVULGACAO.indd 2 19/04/2021 15:08 Organizadora: SM Educação Obra coletiva, desenvolvida e produzida por SM Educação. São Paulo, 1a edição, 2020 AnA LuizA P. nery Bacharela e licenciada em Química pela Universidade de São Paulo (USP). Doutora em Ciências pela USP. Professora no Ensino Médio. rodrigo MArchiori LiegeL Bacharel e licenciado em Química pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Ciências e doutor em Química pela USP. Professor no Ensino Médio. VerA LuciA Mitiko Aoki Bacharela e licenciada em Química pela Universidade de São Paulo (USP). Professora no Ensino Médio. editoreS reSPonSÁVeiS: André zAMboni Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Especialista em Jornalismo Científico pela Unicamp. Editor de livros didáticos. LiA MonguiLhott bezerrA Bacharela e licenciada em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP). Mestra em Ciências, área de concentração Botânica, pelo IB – USP. Editora de livros didáticos. CIÊNCIAS DA NATU REZA E SUAS TECN OLOGIAS MATÉRIA E TRANS FORMAÇÕES ENSINO MÉDIO MANUAL DO PROFESSOR SP_PNLD21_FRONT_CN_MATERIA.indd 1 21/09/20 17:33 Ser Protagonista Ciências da Natureza e suas Tecnologias – Matéria e Transformações © SM Educação Todos os direitos reservados Direção editorial M. Esther Nejm Gerência editorial Cláudia Carvalho Neves Gerência de design e produção André Monteiro Edição executiva Lia Monguilhott Bezerra Edição André Henrique Zamboni, Carolina Mancini Vall Bastos, Juliana Rodrigues F. de Souza, Marcelo Augusto Barbosa Medeiros, Marcelo Viktor Gilge, Sylene Del Carlo, Tomas Masatsugui Hirayama, Tatiana Novaes Vetillo, Filipe Faria Berçot, Mauro Faro Colaboração técnico-pedagógica Marco Silveira, Barbara Kazue Amaral Onishi, Isabella Italiano, Adelaide Viveiros Suporte editorial Fernanda Fortunato, Karina Miquelini Coordenação de preparação e revisão Cláudia Rodrigues do Espírito Santo Preparação: Ana Paula Ribeiro Migiyama, Eliane de Abreu Santoro, Helena Costa, Vera Lúcia Rocha Revisão: Ana Paula Ribeiro Migiyama, Fátima Valentina Cezare Pasculli, Vera Lúcia Rocha Apoio de equipe: Alzira Aparecida Bertholim Meana, Beatriz Nascimento, Camila Durães Torres, Camila Lamin Lessa, Lívia Taioque Coordenação de design Gilciane Munhoz Design: Andreza Moreira Coordenação de arte Ulisses Pires Edição de arte: Vivian Dumelle Assistência de arte: Mauro Moreira, Selma Barbosa Celestino Assistência de produção: Leslie Morais Coordenação de iconografia Josiane Laurentino Pesquisa iconográfica: Bianca Fanelli Tratamento de imagem: Marcelo Casaro Capa Gilciane Munhoz, Lissa Sakajiri Ilustração de capa: Hannah Nader Projeto gráfico Gilciane Munhoz, Thatiana Kalaes Editoração eletrônica Setup Bureau Pré-impressão Américo Jesus Fabricação Alexander Maeda Impressão SM Educação Rua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55 Água Branca 05036-120 São Paulo SP Brasil Tel. 11 2111-7400 atendimento@grupo-sm.com www.grupo-sm.com/br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Nery, Ana Luiza P. Ser protagonista : ciências da natureza e suas tecnologias : matéria e transformações : ensino médio / Ana Luiza P. Nery, Rodrigo Marchiori Liegel, Vera Lucia Mitiko Aoki ; obra coletiva, desenvolvida e produzida por SM Educação ; editores responsáveis André Zamboni, Lia Monguilhott Bezerra. — 1. ed. — São Paulo : Edições SM, 2020. Bibliografia. ISBN 978-65-5744-172-5 (aluno) ISBN 978-65-5744-173-2 (professor) 1. Ciências da natureza (Ensino médio) 2. Tecnologia educacional I. Liegel, Rodrigo Marchiori. II. Aoki, Vera Lucia Mitiko. III. Zamboni, André. IV. Bezerra, Lia Monguilhott. V. Título. 20-41296 CDD-373.19 Índices para catálogo sistemático: 1. Ensino integrado : Livro-texto : Ensino médio 373.19 Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427 1a edição, 2020 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. SP_CIE_NAT2_PNLD21_INICIAIS_002.indd 2 9/18/20 11:30 AM APRESENTAÇÃO Caro(a) estudante, Você já deve ter ouvido falar nas mídias e até mesmo discutido em rodas de conversa sobre temas como energia e suas aplicações no cotidiano, preservação e conservação ambiental, reações quími- cas, engenharia genética e tecnologias aplicadas ao estudo dos átomos. Esses são alguns temas do mundo contemporâneo relacio- nados às Ciências da Natureza. Assim, conhecê-los significa poder compreender assuntos que fazem parte da nossa vida e refletir de modo mais consciente sobre o mundo em que vivemos. Esta coleção foi pensada de modo a articular os conhecimen- tos das áreas que compõem as Ciências da Natureza e suas Tec- nologias. Nesta proposta, conhecimentos da Biologia, da Química e da Física integram-se de forma organizada, simples e direta, para fortalecer sua compreensão e ampliar sua visão de mundo e de si mesmo. Esperamos que a obra colabore para o aprimoramento do seu pensamento crítico, contribuindo para a aquisição dos conteú- dos formais por você, estudante, e para que se torne um cidadão mais participativo e atuante. Aproveite-a para questionar e ques- tionar-se, aprofundando sua reflexão e motivando-se para a ação. Acreditamos em seu protagonismo e em sua capacidade de bus- car respostas e soluções para os desafios presentes e para os que estão por vir. Temos confiança de que, por meio de sua atuação e de sua interação com o mundo, você desenvolverá as competências e as habilidades necessárias ao pleno exercício da cidadania no sé- culo XXI, seguindo caminhos coerentes com seu projeto de vida. Bom trabalho! Equipe editorial 3 A PR ES EN TA ÇÃ O D O S CO N TE ÚD O S E BO XE S PR O JE TO AB ER TU RA S CONHEÇA SEU LIVRO PR O JE TO PRODUTOS QUÍMICOS EM CASA MANUAL PARA IDENTIFICAÇÃO, USO E ARMAZENAGEM O que será feito Ao ser utilizado em ambiente domiciliar, qualquer produto de limpeza, cuja fórmula contém diferentes compostos químicos, pode trazer riscos à saúde, por ser inflamável, tóxico ou contaminante. Também pode causar irritação na pele e alergias. Infelizmente, ainda hoje é comum nos depararmos com produtos de limpeza clandestinos, que podem exibir ou não rótulo em que constem informações sobre sua composição e sobre cuidados de uso e armazenamento. Produtos clandestinos não são certificados pelo Ministério da Saúde, ou seja, não foram submetidos à avaliação de sua eficácia e segurança para uso, manuseio ou armazenagem. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão responsável por fisca- lizar e coibir o comércio desses produtos irregulares e pelo registro de produtos. Por isso, é importante comprar e utilizar apenas produtos certificados por esse órgão. São muitos os produtos químicos domésticos: alvejantes, desengordurantes, detergentes, entre outros. Produtos de limpeza doméstica podem representar riscos à saúde, como intoxicação ou queimaduras. A fr ic a S tu di o/ S hu tt er st oc k. co m /ID/B R No entanto, até mesmo em produtos de limpeza certificados verifica-se, mui- tas vezes, que as informações sobre sua composição e os riscos que podem cau- sar à saúde, presentes nos rótulos, nem sempre estão em uma linguagem aces- sível às famílias, que estarão expostas aos riscos inerentes a esses produtos. Essa falha de comunicação pode causar acidentes domésticos de consequências graves, como intoxicações (por via oral, respiratória ou cutânea) ou queimaduras. Embora os produtos devam ser, geralmente, manuseados apenas por adultos, as vítimas desses acidentes podem também ser crianças, adolescentes e até ani- mais domésticos. Mas o que pode ser feito para prevenir que problemas desse tipo aconteçam? Neste projeto, você e os colegas vão elaborar um manual para identificação, uso e armazenamento de produtos de limpeza doméstica. Esse manual será di- recionado tanto à comunidade escolar quanto à comunidade externa e poderá ser compartilhado tanto em formato impresso quanto em formato digital. A fr ic a S tu di o/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R Não escreva no livro.10 Objetivos » Investigar informações sobre os produtos químicos de uso doméstico. » Definir o público-alvo do manual e as informações mais relevantes a serem divulgadas. » Confeccionar um manual de identificação, uso e ar- mazenagem que contenha essas informações. » Divulgar e disponibilizar o manual para a comuni- dade, em formato físico e/ou on-line, visando alcan- çar o público-alvo. Preparação Listando os produtos de limpeza presentes nas residências Para o desenvolvimento deste projeto, é importan- te refletir sobre algumas questões nesta etapa inicial. Por exemplo: Quais são os produtos de limpeza mais utilizados em residências? Quais são os possíveis ris- cos decorrentes das falhas no uso e no armazenamen- to desses produtos? Esses produtos apresentam in- formações de segurança para seu uso e ar mazenamento em rótulos, estabelecimentos comerciais, internet?, entre outros questionamentos. Comecem o projeto por sua casa. Tendo como pa- râmetros o armazenamento e o uso de produtos de limpeza em sua casa, pensem nas questões a seguir e escrevam as respostas no caderno. 1 Quais produtos de limpeza você e seus familiares geralmente têm em casa? 2 Onde esses produtos são armazenados? Esse ar- mazenamento é feito tomando-se precauções? Quais? Você sabe quais são os riscos desses pro- dutos à saúde? 3 Você já ouviu falar de algum caso de intoxicação ou de queimadura causada pela má utilização de produtos de limpeza em ambiente domiciliar? Des- creva o ocorrido. Organizem-se em grupos para conversar sobre as respostas que deram a essas questões. Elabore com os colegas de grupo uma lista dos produtos de limpe- za mencionados. Com a lista em mãos, cada integrante do grupo de- ve coletar dados nas comunidades escolar e externa. Para isso, façam cópias dessa lista e distribuam-nas entre colegas de outras turmas, vizinhos e outras O álcool em gel é um produto cada vez mais frequente nas residências do Brasil e do mundo. A higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel, assim como o uso de máscaras, estão entre as medidas mais importantes para a proteção contra o SARS-CoV-2, vírus que causa a infecção chamada covid-19. PARA EXPLORAR Acesse » Site da Anvisa A pandemia de covid-19 em 2020 desencadeou uma demanda acima da média por água sanitá- ria e álcool em concentração entre 68° e 72° GL (líquido e em gel). Ambos os produtos usados para desinfecção re- querem cuidados de uso e armazenamento e têm sua fabricação e comercialização reguladas pela Anvisa. Acesse a página dessa agência para sa- ber mais sobre as recomendações para esses produtos. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/ asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/saneantes- populacao-deve-usar-produtos-regularizados/219201. Acesso em: 24 abr. 2020. C G N 08 9/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R pessoas da comunidade, solicitando-lhes que assina- lem os produtos de limpeza que costumam usar e ar- mazenar em casa. Com o auxílio do professor, tabulem os dados in- seridos nas listas, elencando os produtos que apa- recem com mais frequência nas residências. Apresente aos demais grupos os resultados con- tabilizados, expressando as quantidades absolutas e a proporção, em porcentagem, dos produtos mais encontrados. 11Não escreva no livro. O texto principal é complementado por boxes especiais, que aprofundam ou contextualizam o conteúdo. O projeto propõe a realização de atividades que envolvem a comunidade, em busca de um bem coletivo. Abertura de unidade A partir de um pequeno texto, perguntas e uma imagem impactante, você vai começar a refletir sobre o assunto da unidade. Também informa objetivos, justificativa, competências e habilidades desenvolvidas na unidade. Conteúdo apresentado de maneira organizada. Ilustrações, esquemas, fotografias e eventuais atividades resolvidas facilitam a compreensão do conteúdo. Enzimas: Proteínas com a fun- ção específica de acelerar as reações químicas, atuando co- mo catalisadores das reações que ocorrem em células e em tecidos vivos. DE OLHO NO CONCEITO De olho no conceito Retoma e/ou define algum conceito importante para a compreensão do assunto. Educação para o trânsito – o uso do bafômetro Uma das infrações mais graves que um motorista pode cometer é dirigir embriagado. Essa infração gera multa, suspensão da habilita- ção e apreensão do veículo. A condição de embriaguez do motorista pode ser determinada pelo nível de álcool em sua corrente sanguínea. A análise da taxa de álcool no sangue pode ser feita por um exame de sangue ou por meio de um apa relho chamado bafômetro, que é utilizado por policiais. De acordo com a legislação brasileira, o motorista não pode apresentar uma concentração igual ou maior que 0,05 mg de álcool por litro de ar no bafômetro. Há vários tipos de bafômetro. No de funcionamento mais simples (bafômetro descartável), a pessoa investigada sopra em um tubo con tendo dicromato de potássio e sílica. Caso exista etanol em sua expi- A ÇÃ O E C ID A DA N IA Ação e cidadania Exemplos de aplicações da ciência que promovem melhorias na vida das pessoas e no ambiente ou que abordem direitos e deveres dos cidadãos, atitudes e valores, etc. Competências específicas e habilidades das áreas: CECNTEM1 (EM13CNT101), (EM13CNT104) CECNTEM2 (EM13CNT202) CECNTEM3 (EM13CNT301), (EM13CNT303) Competências gerais: CGEB 1, CGEB 2, CGEB 5, CGEB 7, CGEB 9 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DESENVOLVIDAS NA UNIDADE Há indícios de que a diversidade de vida no planeta só foi possível graças à disponibilização de gás oxigênio no ar atmosférico. Esse fe- nômeno provavelmente ocorreu com a evolução de seres vivos capa- zes de realizar fotossíntese, como plantas, algas e algumas bactérias. Nesta unidade, você vai compreender que as reações de oxirre- dução e a transferência de elétrons são processos que ocorrem não só na matéria inanimada, mas também em fenômenos que se de- senvolvem em organismos vivos, como a fotossíntese e o forneci- mento de energia para as células. Você vai conhecer também como os processos metabólicos dos organismos envolvem, direta ou in- diretamente, a produção de proteínas. OBJETIVOS • Compreender as reações de transferência de elétrons e o concei- to de número de oxidação. • Balancear equações de reações de oxirredução. • Reconhecer o papel das reações de oxirredução no metabolismo. • Analisar os processos metabólicos essenciais à manutenção da vida, como a fotossíntese e a respiração celular. • Relacionar o metabolismo a DNA, RNA, código genético, síntese de proteínas e determinação de características nos seres vivos. JUSTIFICATIVA Reconhecer processos de transferência de elétrons e reações de oxirredução, tanto no metabolismo dos seres vivos quanto na ma- téria inanimada, é importante para entender melhor a si mesmoe o que acontece ao seu redor. QUESTÕES PARA REFLETIR 1. Reações de oxirredução, como as que ocorrem em processos de corrosão, são comuns no dia a dia. Destaque dois problemas relacionados à corrosão de materiais. 2. Os seres vivos consomem energia para realizar suas atividades. Qual é a importância de conhecer a origem dessa energia e os processos responsáveis por sua formação? 3. Reações como as de oxirredução são estudadas em diversos setores, como na engenharia metalúrgica e na indústria química. Você já pensou em seguir alguma dessas carreiras? Comente. REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO E METABOLISMO CELULAR 74 PROCESSOS ANAERÓBIOS DE OBTENÇÃO DE ENERGIA Organismos que realizam apenas respiração aeróbia são chamados aeróbios obrigatórios. Alguns microrganismos que fazem respiração celular aeróbia também podem realizar processos anaeróbios em caso de diminuição ou de ausência de gás oxi- gênio no ambiente onde se encontram. Esses organismos são chamados anaeró- bios facultativos. Outros microrganismos não são capazes de utilizar gás oxigênio – são os cha- mados anaeróbios obrigatórios; para eles, o gás oxigênio é prejudicial. A respiração anaeróbia e a fermentação são os dois processos anaeróbios rea- lizados por organismos anaeróbios facultativos e obrigatórios. Respiração anaeróbia Realizada por alguns tipos de bactérias, a respiração anaeróbia ocorre no ci- tosol das células em interação com enzimas presentes na membrana plasmática. Nesse processo, acontecem as mesmas etapas da respiração celular aeróbia, po- rém o aceptor final de elétrons na cadeia respiratória não é o gás oxigênio, mas são substâncias como nitritos, nitratos, sulfatos ou carbonatos. Certas bactérias que vi- vem no solo, por exemplo, realizam a respiração anaeróbia, resumida nesta equação: glicose 0 nitrato 0 ADP 0 Pi é CO2 0 água 0 N2 (gasoso) 0 ATP Fermentação A fermentação é outro processo de liberação de energia que ocorre sem a par- ticipação do gás oxigênio. As reações químicas da fermentação envolvem a degradação parcial da glicose (glicólise) com liberação de piruvato. Entretanto, ao final dessas reações, são pro- duzidas outras substâncias cujas moléculas são maiores do que as de H2O e CO2 produzidas na respiração celular. Como boa parte da energia contida inicialmente na glicose continua associada a seus produtos, ao final da fermentação o rendi- mento energético é pequeno: duas moléculas de ATP por molécula de glicose. Esse processo é considerado, em termos evolutivos, o mecanismo mais antigo de obten- ção de energia. A fermentação ocorre no citosol das células. Inicialmente, a molécula de glicose é degradada em duas moléculas de pi- ruvato. A partir daí, dependendo do tipo de organismo, o pro- cesso de reações químicas prossegue e pode formar álcool etílico (fermentação alcoólica), ácido acético (fermentação acética) ou, ainda, ácido lático (fermentação lática). A fermentação lática, por exemplo, é um processo anaeróbio de obtenção de energia, realizado por vários organismos (como bactérias, protozoários, fungos) e tecidos animais em geral – por exemplo, o tecido muscular esquelético. Bactérias anaeróbias produtoras de ácido lático são ampla- mente utilizadas na produção industrial de iogurtes, coalhadas, queijos, manteigas e outros derivados do leite. A elevação da aci- dez proveniente da produção de ácido lático causa a alteração das proteínas do leite, que coagulam, e isso cria a consistência carac- terística da coalhada. Esses microrganismos também são usados na produção de carnes curadas, como salame e outros embutidos, de conservas do tipo picles e chucrute ou de azeitonas. A acidez que se desenvolve nesse tipo de conserva inibe o crescimento de outros microrganismos, contribuindo para sua preservação. Esquema simplificado da fermentação alcoólica. Fonte de pesquisa: Alberts, B. et al. Fundamentos da biologia celular. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. p. 432. ROTEIRO 4. Compare a fase anaeróbia da respiração com o processo de fermentação. C C C C C C piruvato C C C piruvato glicólise fermentação alcoólica glicose C C álcool etílico álcool etílico NADH 1 H1 C CO2 C CO2 NADH 1 H1 ATP ATP C C C C C NAD1 NAD1 2 2 2 1 ATP ID /B R 96 Não escreva no livro. Unidade 2 Contando elétrons Metabolismo celular 2 1 O fenômeno de oxidação ocorre tanto na matéria inanimada, como o ferro, quanto em seres vivos, como as plantas. In W ay /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 75 FOTOSSÍNTESE A fotossíntese é um fenômeno biológico que ocorre nos cloroplastos de seres eucarióticos ou em sistemas de membranas presentes no citoplasma de seres pro- carióticos fotossintetizantes. O fenômeno envolve dois reagentes (uma fonte de carbono – o gás carbônico, CO2 – e uma fonte de hidrogênio – a água, H2O), uma fonte luminosa e pigmentos sensíveis à luz. A fonte primária de energia luminosa da fotossíntese é o Sol, mas o fenômeno também ocorre na presença de fontes artificiais de energia, como as lâmpadas. O rearranjo das moléculas de gás carbônico e água forma três produtos distin- tos – carboidrato, água e gás oxigênio (O2) – após uma série de reações. Desconsiderando, neste momento, todas as reações bioquímicas envolvidas, a fotossíntese pode ser genericamente representada pela equação: 2 H2O 0 CO2 luz ⎯ → (CH2O) 0 H2O 0 O2 Nessa equação, (CH2O) é a fórmula geral dos carboidratos. É comum encontrar glicose, composto orgânico com seis carbonos, representada nessa equação, embora ela não seja o único carboidrato produzido nesse processo: 12 H2O 0 6 CO2 é C6H12O6 0 6 H2O 0 6 O2 Cloroplasto Um cloroplasto tem três componentes principais: en- voltório, tilacoide e estroma (veja imagem ao lado). O envoltório, parte externa da organela, é formado por uma membrana dupla, composta de membrana externa e membrana interna. As moléculas de clorofila estão lo- calizadas na membrana interna. Nos cloroplastos madu- ros, a membrana interna forma vesículas com o formato de discos achatados, denominados tilacoides, onde ocor- re a etapa fotoquímica da fotossíntese. Os tilacoides podem organizar-se em pilhas, cada uma delas chamada granum (grão, em latim). A totalidade des- sas pilhas em um cloroplasto recebe o nome grana (plural de granum). No espaço entre o envoltório e os tilacoides, encontra- -se uma substância gelatinosa, o estroma, que contém ribossomos, DNA e RNA, responsáveis pela síntese de certas proteínas do cloroplasto. No estroma, ocorre a eta- pa química da fotossíntese. Os primeiros seres fotossintetizantes Evidências indicam que os primeiros organismos capazes de realizar a fotossíntese eram similares às atuais ciano- bactérias e viveram há cerca de 3,5 bilhões de anos. Por volta de 2 bilhões de anos atrás, a proliferação desses organismos unicelulares acar- retou uma mudança conside- rável na atmosfera primitiva da Terra: com o aumento da taxa de fotossíntese, a quan- tidade de gás oxigênio au- mentou gradativamente, tor- nando possível a evolução de seres aeróbios aquáticos e ter- restres. Posteriormente, no- vas espécies de organismos fotossintetizantes e heteró- trofos apareceram, ampliando significativamente a biodiver- sidade em nosso planeta. Células vegetais com grande quantidade de cloroplastos. (Foto ao microscópio de luz; aumento de cerca de 570 vezes.) Corte transversal de cloroplasto. (Foto ao microscópio eletrônico de transmissão; imagem colorizada; aumento de cerca de 12 mil vezes.) Representação de um cloroplasto cortado. Cores-fantasia. Fonte de pesquisa: reece, J. B. et al. Campbell Biology. 10. ed. [S. l.]: Pearson, 2014. p. 111. membrana externa membrana interna tilacoides estroma Jo hn D ur ha m /S P L/ Fo to ar en a D r. Je re m y B ur ge ss /S P L/ Fo to ar en a Representação sem proporção de tamanho. estroma envoltório tilacoides R ei na ld o V ig na ti/ ID /B R 97Não escreva no livro. CA PÍ TU LO 2 METABOLISMO E ENERGIA Todaatividade realizada pelos seres vivos – e, portanto, por suas células – depende de fornecimento constante de energia. Os físicos consideram energia a capacidade que um corpo, uma substância ou um sistema físico têm de realizar trabalho (geralmente produzir movimento). A energia pode ser transferida de um corpo a outro e também ser convertida de um tipo em outro. O calor, a luz e o som, por exemplo, são diferentes tipos de energia. Toda matéria é formada por substâncias, que, por sua vez, são constituídas de moléculas e átomos. Os átomos estão ligados uns aos outros por ligações quími- cas que contêm energia armazenada. As moléculas presentes em um pedaço de madeira, por exemplo, contêm energia química na ligação entre seus átomos. Quando ocorre a combustão (queima) da madeira, a energia química desse ma- terial se transforma em energia luminosa e térmica. O tipo de energia utilizada pelas células é a energia química. É ela que permite às jogadoras de futebol retratadas na foto desta página realizarem movimentos e ações como visualizar a bola, mover o corpo, saltar e manter o equilíbrio, locali- zar as outras jogadoras, decidir qual é a melhor jogada e, ao mesmo tempo, man- ter as funções vitais do organismo. Todas essas atividades requerem a conversão da energia química dos alimentos em outras formas de energia. Além da demanda por energia, a atividade celular depende de inúmeras pro- teínas, moléculas que participam de praticamente todas as reações químicas vi- tais. As proteínas são sintetizadas pelas próprias células por meio de um proces- so que envolve a formação de uma cadeia de aminoácidos a partir de informações contidas no DNA. Neste capítulo, você vai estudar os processos e as reações que garantem a trans- formação da energia contida nos alimentos em energia utilizável no metabolismo celular, bem como os mecanismos de síntese de proteínas e de regulação gênica. » Para começar 1. Como as células obtêm a energia necessária para seu metabolismo? 2. Quais substâncias fornecem energia para as células? Como essas substâncias podem ser obtidas pelos seres vivos? 3. Qual é a importância das proteínas para as células? METABOLISMO CELULAR Seleções femininas de futebol do Brasil e do Chile, em partida disputada em São Paulo (SP). Foto de 2019. Va n C am po s/ Fo to ar en a 88 Não escreva no livro. Abertura de capítulo Um texto e uma imagem abrem o capítulo. Também traz questões sobre o que você já sabe do tema em estudo. Boxe com informações que ampliam ou complementam o assunto. Os primeiros seres fotossintetizantes Evidências indicam que os primeiros organismos capazes de realizar a fotossíntese eram similares às atuais ciano- bactérias e viveram há cerca de 3,5 bilhões de anos. Por volta de 2 bilhões de anos atrás, a proliferação desses organismos unicelulares acar- retou uma mudança conside- Acesse » Balanceamento de reações químicas Elaborado pela Universidade do Colorado, nos EUA, o pro- grama apresenta uma intro- dução com um simulador e uma fase de jogo. Disponível em: http://phet.colora do.edu/sims/html/balancing-che mical-equations/latest/balancing- chemical-equations_pt_BR.html. Acesso em: 26 abr. 2020. PARA EXPLORAR Para explorar Indicações de sites, livros, filmes, entre outras, para você explorar o assunto. REAÇÕES REDOX O número de oxidação permite a identificação de rea- ções de oxirredução, sendo essa a sua principal aplicação. A diminuição do Nox de um átomo presente em determi- nada espécie química indica uma redução; o aumento do Nox indica uma oxidação. Na transformação do etanol em ácido acético, especi- ficamente, observa-se um aumento do Nox do átomo de carbono (C), variando de 21 para 13. Já os átomos de oxi- gênio presentes no O2 têm seus Nox diminuídos ao se incorporar às moléculas de ácido acético e de água, pas- sando de 0 para 22. Essa variação de Nox indica que se trata de um processo de oxirredução. Nessa reação, todos os átomos estão unidos por liga- ções covalentes, ou seja, não há formação de íons e, por- tanto, os Nox não correspondem à carga elétrica. gás oxigênio 00 OO O H H 22 11 11 água agente redutor (sofreu oxidação) aumento do Nox CH H H C O O H 11 11 11 22 11 13 22 23 ácido acético aumento do Nox (21 para 3) diminuição do Nox (0 para 22) agente oxidante (sofreu redução) diminuição do Nox etanol OC CH HH HH 11 23 11 11 21 22 11 11 11 H 1 A descoberta do oxigênio Historiadores admitem que a descoberta do gás hoje conhe- cido como oxigênio envolve no mínimo três personagens: o quí- mico francês Antoine Lavoisier (1743-1794), o teólogo e filóso- fo inglês Joseph Priestley (1733-1804) e o químico sueco Carl Wilhelm Scheele (1742-1786). No século XVIII, diversos estu- diosos se dedicavam a entender o comportamento dos “ares”. Em 1774, Priestley utilizou uma grande lente para focalizar raios solares e decompor uma amostra de óxido de mercúrio, e depois testou o gás produzido. Ao capturar e testar o “ar”, ele notou que este era capaz de manter a combustão de uma vela e, ao expor um camundongo isolado a esse gás, observou que o animal pa- recia mais revigorado. Em 1772, Scheele também tinha notado um estranho comportamento de um gás liberado ao aquecer compostos como o dióxido de manganês, chamando esse gás de “ar de fogo”, devido a sua capacidade de combustão. Lavoi- sier, que teve acesso aos trabalhos de Priestley, decidiu também estudar o óxido de mercúrio. Ao repetir as experiências, Lavoisier analisou as propriedades desse novo gás e per- cebeu que ele não se dissolvia na água, mas reagia com certos metais formando óxidos. Ao realizar vários testes, ele concluiu que o “ar” era formado por dois tipos distintos de gases, um capaz de gerar combustão e sustentar a vida e outro com teor asfixiante. O primeiro é conhecido hoje como oxigênio, e o segundo, como nitrogênio. 1. Durante muito tempo, o crédito pela descoberta do oxigênio foi dado exclusivamente ao francês Lavoisier. Segundo o texto acima, é possível afirmar que somente ele foi responsável por essa descoberta? Justifique sua resposta. CI ÊN CI A S E DI SC UT E S P L/ Fo to ar en a O número total de elétrons compartilhados pelos áto- mos também é o mesmo nos reagentes e nos produtos. Os átomos de carbono compartilham, cada um, quatro pares de elétrons; os de oxigênio, dois pares; e os de hi- drogênio, um par. Logo, nenhum átomo perdeu ou ganhou elétrons, transformando-se em íon. Por que, então, essa reação é considerada de oxirredução? Qual é o significado dos números de oxidação? Cada átomo de oxigênio que faz parte do O2 (molécula apolar) passou a formar ligações com átomos de elemen- tos menos eletronegativos: o carbono presente no ácido acético e o hidrogênio na água. Essas ligações são pola- res, e os elétrons são mais atraídos pelo oxigênio, que é mais eletronegativo. Ou seja, a densidade eletrônica de cada oxigênio nas moléculas dos produtos é maior do que aquela na molécula O5O, em que os elétrons da ligação são igualmente atraídos pelos dois átomos. Já o átomo de carbono ligado ao oxigênio, no etanol, tem sua densidade eletrônica diminuída, pois passa a ter dois de seus elétrons atraídos por um átomo de oxigênio adicional, que é mais eletronegativo. Nessa reação, ocorrem a diminuição da densidade ele- trônica do carbono (que corresponde a um aumento da carga parcial positiva: d1) e o aumento da densidade ele- trônica do oxigênio (que corresponde a um aumento da carga parcial negativa: d2). Logo, podemos concluir que há transferência de elétrons do átomo de carbono do agente redutor para os átomos de oxigênio do agente oxidante, mesmo que ela não tenha originado cátions e ânions. A variação dos Nox indica, por- tanto, o número de elétrons envolvidos no processo. Equipamentos utilizados por Joseph Priestley para estudar o comportamento dos “ares”. Gravura presente na obra Nomenclature Chimique: Ou SynonymieAncienne Et Moderne, Pour Servir A L'Intelligence Des Auteurs (1789). 79Não escreva no livro. Ciência se discute Apresenta debates, conflitos e controvérsias entre os próprios cientistas ou entre sociedade e ciência. 4 Não escreva no livro. ATIVIDADES 1 Reação química e equação química são sinônimos? Justifique. 2 A proporção entre os reagentes químicos é impor- tante? Explique. 3 Como as espécies químicas participantes de uma reação são representadas em equações químicas? 4 Faça o balanceamento das equações a seguir. a) H2SO4(aq) 1 Fe(OH)3(s) é Fe2(SO4)3(aq) 1 H2O(º) b) N2H4(g) 1 N2O4(g) é N2(g) 1 H2O(g) c) SO2(g) 1 O2(g) é SO3(g) 5 Leia as afirmações a seguir e aponte qual delas está correta. Justifique sua resposta com base na defini- ção dos termos utilizados. a) Oxidação é o processo pelo qual o agente redutor doa elétrons para o agente oxidante. b) Redução é o processo pelo qual o agente oxidan- te doa elétrons para o agente redutor. 6 É possível haver uma reação de oxidação sem que ocorra uma reação de redução? Por quê? 7 Qual é a principal modificação nos átomos quando ocorre uma reação de oxirredução? 8 Quatro tubos de ensaio contêm uma solução de íons Aº31. Em cada um deles são inseridos os seguintes metais: Sr, K, Cr e Pb. O que deve acontecer em cada um dos tubos? E se os tubos contivessem íons Ba21? 9 Analise se os pares de substâncias apresentados em cada um dos itens abaixo reagem. Em caso afirma- tivo, equacione as reações. a) Au 1 HCº b) Ba 1 2 HCº c) Aº 1 3 HCº 10 Considere as reações a seguir. I. CaCO3 CaO 1 CO2 II. AgBr Ag 1 Br2 III. NaCº Na 1 Cº2 • Como essas reações podem ser classificadas? Fa- ça o balanceamento, se necessário. 11 Dada a reação Cº2 1 2KBr é 2KCº 1 Br2, indique: a) o agente oxidante e o agente redutor; b) o elemento que ganha elétrons; c) o elemento que perde elétrons. 12 O hidrogenocarbonato de sódio (NaHCO3) é utilizado em fármacos denominados antiácidos e ajuda a di- minuir a acidez estomacal causada pelo excesso de ácido clorídrico (HCº). Escreva a equação da reação entre esses dois compostos. 13 Na reação Aº 1 Cr31 é Aº31 1 Cr, indique o agente redutor e o agente oxidante. Explique. 14 Dois béqueres (A e B) contêm soluções aquosas de sulfato de cobre(II) – CuSO4 – de cor azul, como mos- tra o esquema abaixo. Nos béqueres A e B são introduzidas, respectivamen- te, uma lâmina de zinco metálico (Zn) e uma de prata metálica (Ag). Elas permanecem em contato com as soluções por, aproximadamente, duas horas. Com a retirada das lâminas, observa-se que: • a lâmina de zinco apresenta-se recoberta por uma camada de sólido escuro; • nenhuma alteração foi observada na lâmina de prata nem na solução em que essa lâmina foi in- troduzida. a) Justifique o que ocorreu no béquer A. Por que no béquer B nenhuma alteração é observada? b) Explique as observações indicadas acima. 15 A droga conhecida como aspirina ou AAS é um medi- camento muito popular no mundo todo. Seu princípio ativo é o ácido acetilsalicílico, cuja estrutura molecular encontra-se representada abaixo (em cores-fantasia). • Determine a fórmula molecular e a composição centesimal do ácido acetilsalicílico com base na es- trutura representada na imagem. 16 O aspartame é um adoçante artificial cujo poder adoçante é cerca de duzentas vezes maior que o do açúcar comum. Por isso, é muito utilizado em bebidas diet. Sua fórmula molecular é C14H18N2O5. Obtenha sua fórmula porcentual. 17 A massa de 13,9 g de uma substância X foi formada a partir da reação entre 2,07 g de fósforo (P) e uma determinada massa de gás cloro (Cº2). Identifique a fórmula empírica da substância X. D luz eletricidade Ilu st ra çõ es : I D /B R Zn camada de sólido avermelhado soluções aquosas de CuSO4 Ag Zn Ag A B carbono oxigênio hidrogênio 42 Não escreva no livro. Atividades Ao final dos capítulos, há um conjunto de atividades sobre os assuntos do capítulo. Pode incluir um exemplo de atividade resolvida. PENSANDO CIÊNCIAS COMO DESCOBRIR SE O LEITE FOI ADULTERADO? A indústria alimentícia segue normas rígidas que regulam a qualidade dos pro- dutos comercializados para o consumo humano. Alterações na composição dos alimentos, porém, podem ocorrer por acidente ou mesmo intencionalmente. No caso do leite, pode-se citar a adição de substâncias proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a fim de aumentar o rendimento e/ou disfarçar a deterioração do produto. Reúna-se em grupo e imagine a seguinte situação: você e os colegas de grupo fazem parte do setor de inspeção de produtos lácteos e receberam uma denúncia de que o fabricante de determinada marca de leite está adulterando o produto. Como vocês fariam para determinar se a composição do leite foi alterada? Decompondo o problema Inicialmente, vocês vão decompor o problema complexo em problemas mais simples de serem resolvidos. Para responder à questão “Como determinar se a composição do leite foi alterada?”, é necessário conhecer a regulamentação da indústria de laticínios, as fraudes geralmente aplicadas nesse segmento, a ma- neira como o leite é fiscalizado pelas autoridades, entre outros aspectos. Algumas sugestões de perguntas: • Qual é o padrão de qualidade determinado para os leites processados? • Que aditivos legais podem ser colocados no leite? • Quais substâncias são geralmente usadas para adulterar o leite? • Como detectar a presença de substâncias ilegais no leite? • Que materiais devem ser utilizados para fazer a análise da composição do leite? Reconhecendo padrões Partindo da pergunta “Como detectar a presença de substâncias ilegais no lei- te?”, é possível reconhecer características desta situação que sejam comuns a ou- tras situações que envolvem a identificação de substâncias em uma amostra. Por exemplo, se você adicionar iodo em uma amostra de farinha de trigo, vai notar a região dessa amostra em que o iodo foi aplicado fica mais escura. Isso acontece porque a farinha de trigo tem amido em sua composição e esse carboi- drato reage com o iodo, passando da cor laranja para a cor preta. A mudança de coloração do iodo, portanto, evidencia a ocorrência de uma reação química entre ele e o amido presente na farinha. Discuta com os colegas de grupo se faria sentido pensar em reações químicas para identificar a presença de substâncias ilegais no leite adulterado. Reconhe- çam também padrões para os demais problemas levantados na etapa anterior. O leite processado industrialmente pode ser pasteurizado ou esterilizado pelo método UHT (sigla para ultra high temperature). Ao aplicar iodo em uma amostra de açúcar (A) e em uma amostra de farinha de trigo (B), nota- -se que a reação ocorre apenas na farinha de trigo. Logo, apenas a farinha apresenta amido em sua composição. M ar d e Pa lh a/ ID /B R D O N O T6 _S TU D IO /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R A AB B 68 Não escreva no livro. ESTUDO DE CASO MUDANÇAS DE PARADIGMA NA CIÊNCIA: O EXEMPLO DA PRODUÇÃO DE ATP A vida na Terra não seria possível se os mecanismos de captura, de transfor- mação e de armazenamento de energia não tivessem evoluído. Esses mecanis- mos são tão fundamentais à vida, que foram altamente conservados ao longo da evolução. Ou seja, são os mesmos entre os organismos mais primitivos e os mais recentes na história evolutiva. Até a década de 1950, muito já havia sido descoberto sobre como os seres vi- vos transformam e armazenam a energia capturada do ambiente. Os cientistas sabiam, por exemplo, que a energia é armazenada na molécula de ATP mediante a fosforilação do ADP, e que a quebra do ATP libera essa energia. A via bioquími- ca do ciclo de Krebs já havia sido elucidada. Já se conhecia a existência da cadeia transportadora de elétrons, localizada na membrana interna das mitocôndrias, e dos carreadores de elétrons, hoje chamados NAD e FAD. Sabia-se também que ao final da cadeia, o O2 seria o últimoaceptor de elétrons, e a partir daí o ATP se- ria produzido. No entanto, o que os bioquímicos ainda não haviam descoberto era o que ligava o transporte de elétrons à produção de ATP. Naquela época, a abordagem usada pelos cientistas para desvendar uma via bioquímica era isolar cada um de seus componentes, como enzimas e substratos, e associá-los in vitro para demonstrar a ocorrência das reações. Assim, era dessa forma que os bioquímicos estavam tentando responder ao mistério da produção do ATP: buscavam por substratos, enzimas e reações intermediárias entre a ca- deia transportadora de elétrons e a produção de ATP. Cerca de uma década se passou sem que obtivessem sucesso. Em 1961, o bioquímico britânico Peter Mitchell (1920-1992) propôs uma nova e ousada hipótese para a época: o fluxo de elétrons pela cadeia transportadora de elétrons, tanto nos cloroplastos quanto nas mitocôndrias, gerava um gradien- te de prótons (H1) através da membrana. A síntese de ATP seria, então, promovi- da por uma força motora de prótons, gerada por esse gradiente eletroquímico. Por essa teoria, que foi comprovada por estudos subsequentes, Mitchell recebeu o prêmio Nobel de Química em 1978. Representação de figura de artigo de Mitchell, de 1961, com hipóteses sobre o papel da quimiosmose (força motora de prótons) na produção de ATP. Fonte de pesquisa: Tischler, M. L. How to make ATP: three classic experiments in biology. Disponível em: https://sciencecases.lib. buffalo.edu/files/2-atp_ syntesis_flip.pdf. Acesso em: 23 abr. 2020. (Tradução dos autores.) Interior SH2 QH2 FPH2S 1 H1 FP 1 H1 Q 1 2H1 H1 O 1 H1 1 H 2 2 3 OHˇ OH ˇ 2H Cyt. 3 (ADP 1 P) ˇ 3 ATP DPN1 DPNH Membrana Exterior 114 Não escreva no livro. • Misturando-se os reagentes de forma adequada e fornecendo energia suficiente para iniciar o pro- cesso, determine a massa de Fe2O3 necessária pa- ra reagir com 135 g de alumínio. 20 A glicose (C6H12O6) é a principal fonte de energia para os diversos tipos de atividades metabólicas que nosso organismo realiza. Considere a combustão de 18 g de glicose de acordo com a equação química balanceada e determine o que se pede. C6H12O6(s) 1 6 O2(g) é 6 CO2(g) 1 6 H2O(º) 1 energia a) A quantidade de matéria de gás oxigênio, em mol, necessária para a combustão completa da glicose. b) O volume de dióxido de carbono formado, a 1 atm e 36 °C. Dado: R 5 0,082 atm ? L ? mol21 ? K21. c) A massa, em grama, de água formada no processo. 21 A metalurgia inclui um conjunto de técnicas desen- volvido ao longo do tempo com a finalidade de extrair e manipular metais e ligas metálicas a partir de mi- nérios. A indústria siderúrgica é o ramo da metalur- gia associado à produção de aço a partir de minério de ferro, cujo principal componente é o Fe2O3. Essa conversão pode ser representada pela equação: • Calcule a quantidade máxima de etanol, em tone- lada, que pode ser obtida a partir da fermentação de 1 ? 106 mol de sacarose, considerando que o processo apresenta um rendimento de 75%. 26 Um medicamento líquido indica, em seu rótulo, que a concentração de diclofenaco de potássio em sua composição é igual a 15 mg/mL. Uma enfermeira ministrou uma dose desse medicamento a um pa- ciente por meio da diluição de 2 mL dele em água, resultando em um volume final de 200 mL. • Qual era a concentração de diclofenaco de potás- sio na solução ingerida pelo paciente? 23 O hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) é conhecido como cal hidratada ou cal extinta e é muito utilizado na cons- trução civil. Para determinar o grau de pureza em hidróxido de cálcio de uma amostra de 15 g de cal hidratada, um químico realizou a neutralização total dessa amostra, o que consumiu 0,3 mol de ácido clorídrico. • Qual foi o grau de pureza da amostra encontrado pelo químico? 24 Em uma das etapas da produção de ácido nítrico, a amônia é queimada sobre telas de platina em pre- sença de ar atmosférico. Essa reação é representada pela equação abaixo. 18 Principal componente da parede celular das plantas, a celulose corresponde a 50% da composição da ma- deira. A análise de uma amostra de 1 kg de celulose obteve os resultados apresentados na tabela abaixo. Determine a fórmula mínima da celulose. Massa total da amostra Massa de carbono Massa de hidrogênio Massa de oxigênio 1 kg 444,5 g 61,7 g 493,8 g Importante • Considere o volume molar de 22,4 L/mol nas CNTP e 25 L/mol nas CATP, e a constante de Avogadro igual a 6,0 ? 1023 mol21. 19 A reação termita, fortemente exotérmica, envolve o metal alumínio e um óxido de outro metal. Entre as diversas aplicações, essa reação pode ser utilizada para soldar ou cortar grandes peças metálicas. Ob- serve a representação dessa reação: 22 Em um recipiente contendo 300 g de ferro em pó, foram adicionados 3 mol de gás O2. O recipiente foi fechado e, sob agitação e aquecimento, ocorreu a formação de Fe2O3, de acordo com a equação repre- sentada abaixo. Supondo rendimento de reação igual a 100%, calcule a massa produzida de óxido de ferro(III). Considerando que sejam misturados 150 g de NH3 com 150 g de O2, pergunta-se: a) Os reagentes foram misturados em proporção estequiométrica? b) Qual é a massa, em grama, de NO formada nessas condições? c) Há algum reagente em excesso? Em caso afirma- tivo, determine a massa desse excesso. 25 Biocombustíveis têm origem biológica não fóssil e são obtidos em escala industrial a partir de produtos agrícolas, como cana-de-açúcar, mamona, soja, ba- baçu e milho, entre outros. O etanol, biocombustível comercializado há mais tempo nos postos de gaso- lina, pode ser obtido pela fermentação da sacarose, reação representada de modo simplificado pela se- guinte equação química balanceada: Fe2O3(s) 1 2 Aº(s) é Aº2O3(s) 1 2 Fe(s) 4 Fe(s) 1 3 O2(g) é 2 Fe2O3 4 NH3(g) 1 5 O2(g) é 4 NO(g) 1 6 H2O(g) C12H22O11(s) 1 H2O(º) é 4 C2H6O(º) 1 4 CO2(g) Fe2O3(s) 1 3 CO(g) é 2 Fe(º) 1 3 CO2(g) • Determine a massa, em tonelada, de ferro metálico que pode ser obtida pela reação de 16 toneladas de Fe2O3 na presença de CO em excesso. 43Não escreva no livro. Abstraindo o problema Cada detalhe levantado ao se estudar um problema mais complexo envolve questiona- mentos. Alguns deles, porém, não são pertinentes para o estudo em questão. Por isso, é im- portante abstrair os pontos relevantes de um problema. Para isso, vamos voltar à questão: “Como detectar a presença de substâncias ilegais no leite?” Uma das substâncias adicionadas ilegalmente ao leite para mascarar o gosto azedo de sua deterioração é o hidróxido de sódio (NaOH), conhecido popularmente como soda cáustica. A presença de substâncias básicas como a soda cáustica pode ser evidenciada por meio de um indicador de acidez, como a fenolftaleína, que fica incolor em meio ácido e cor-de-rosa em meio básico. O leite fraudado com água também fica levemente mais básico. Analisem se o uso de um indicador de acidez é uma opção interessante para detectar a presença de substâncias ilegais no leite. Na discussão, procurem identificar os aspectos que realmente importam à solução do problema. Por exemplo: A marca do indicador de acidez é relevante? Não. E quem vai aplicar o produto também é relevante? Também não. Existem ou- tros indicadores de acidez? Sim. Quais são eles e como funcionam? Para essa questão, é pos- sível organizar uma tabela com as informações a respeito de vários tipos de indicador de aci- dez conhecidos. Indicador de acidez Que cor fica em meio ácido? Que cor fica em meio básico? Facilidade de obtenção e custo fenolftaleína incolor cor-de-rosa ////////////////////////////// //////////////////////////// //////////////////////////// //////////////////////////// ////////////////////////////// //////////////////////////// //////////////////////////// //////////////////////////// ////////////////////////////// Além disso, levantem questionamentos a respeito dos outros problemas. É importante con- siderar que a mudança de coloraçãoé apenas uma das evidências da ocorrência de uma rea- ção química. Outro ponto é que substâncias similares podem desencadear as mesmas reações. Buscando soluções Em grupo, discutam uma possível solução para o problema, descrevendo qual procedimento e quais materiais serão utilizados. Compartilhem a ideia com o profes- sor para que ele possa avaliá-la. Elaborando o algoritmo A solução de um problema pode ser expressa na forma de um algoritmo, que apresen- ta o passo a passo do que deve ser realizado. Tomando como exemplo a tarefa de pendurar um quadro pequeno na parede, é necessário: a. marcar na parede, com um lápis, o local onde se deseja colocar o prego; b. escolher um prego com cabeça de tamanho adequado ao quadro; c. segurar o prego, posicionando sua ponta sobre a marca a lápis na parede; d. com a outra mão, usar o martelo para bater algumas vezes na cabe- ça do prego até que entre na parede; e. pendurar o quadro na parede, pelo seu suporte. Com base na pesquisa e na discussão em grupo, elaborem um algoritmo para determinar se há alguma substância ilegal no leite denunciado por adulteração. PARA DISCUTIR 1 Compartilhem com os demais grupos o algoritmo que desenvolveram e analisem o algo- ritmo deles. Depois, discutam as diferenças e semelhanças entre eles. 2 Quais são as limitações do algoritmo desenvolvido em cada grupo? 3 Quais foram as principais dificuldades para desenvolver essa atividade? Como cada grupo lidou com elas? Sy da P ro du ct io ns / S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 69Não escreva no livro. Cadeia respiratória e produção de ATP nas mitocôndrias como conhecemos hoje. Cores-fantasia. Fonte de pesquisa: Pereira, L. Mitocôndria como alvo para avaliação de toxicidade de xenobiótico. Revista Brasileira de Toxicologia, v. 25, p. 1-14, jan. 2012. Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Fosforilacao- Oxidativa-Os-complexos-da-cadeia-respiratoria-I-II-III-e-IV-e_fig1_279912311. Acesso em: 23 abr. 2020. Reúna-se com os colegas para resolver as atividades a seguir. 1 No modelo de Mitchell, os elétrons estão representados por “2” e os componentes DPN1, DPNH, FP 1 H1 e FPH2 equivalem ao que chamamos hoje NAD1, NADH, FAD e FADH2. Identifiquem as outras correspondências entre os componentes do sistema de Mitchell e os componentes do sistema conhecido hoje, indicados na figura a seguir. (A) Vesículas artificiais contendo diferentes quantidades da proteína da Halobacterium halobium. Cores-fantasia. (B) Gráfico com os resultados do primeiro experimento de Racker e Stoeckenius. Fonte de pesquisa: Tischler, M. L. How to make ATP: three classic experiments in biology. Disponível em: https:// sciencecases.lib.buffalo.edu/ files/2-atp_syntesis_flip.pdf. Acesso em: 23 abr. 2020. 2 Com base em seus conhecimentos sobre a cadeia respiratória, determinem qual é a po- laridade de cada lado da membrana interna da mitocôndria resultante do transporte de prótons produzido pela cadeia transportadora de elétrons. 3 Em 1974, o bioquímico polonês Efraim Racker (1913-1991) e o biofísico alemão Walther Stoeckenius (1921-2013) publicaram um estudo que forneceu fortes evidências em favor da hipótese de Mitchell. Em um experimento, eles purificaram uma proteína de membrana da bactéria fotossintetizadora Halobacterium halobium e inseriram-na nas membranas de vesículas artificiais. Essa proteína realiza o transporte de prótons H0 na presença de luz. Depois, expuseram as vesículas à luz e mediram a quantidade de prótons transportados para o interior de vesículas, as quais continham diferentes quantidades dessa proteína. • O que o gráfico dos resultados indica? 4 Em um segundo experimento, quando os autores adicionaram mais uma proteína à mem- brana das vesículas artificiais – extraída das mitocôndrias do coração de bois –, passaram a observar a formação de ATP na presença de luz. Além disso, quando retiravam desse sistema as proteínas da Halobacterium halobium, nenhum ATP era produzido. Hoje se sabe que a proteína retirada das mitocôndrias do coração de boi é a ATP sintetase. a) De acordo com o exposto acima, expliquem por que o modelo criado por Racker e Stoeckenius foi uma evidência crucial para a confirmação da hipótese de Mitchell. b) Por que podemos dizer que a ideia de Mitchell representou uma mudança de paradigma na bioquímica? mg proteína da Halobacterium halobium 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 20 40 60 80 100 ng ío ns H 1 A BID/ B R R ei na ld o V ig na ti/ ID /B R Representação sem proporção de tamanho. Representação sem proporção de tamanho. R ei na ld o V ig na ti/ ID /B R M em br an a m ito co nd ria l i nt er na Espaços intermembranas Matriz mitocondrial complexo I 4H1 4H1 2H1 1/2O2 1 2H1 ADP 1 Pi H2O ATP H1 F0 F1 H1 H1 H1 NADH 1 H1 NAD1 H1 Fe2S Fe2S UQ citocromo C FMN FADH2 succinato fumarato complexo II complexo III complexo IV ATP sintetase 115Não escreva no livro. (Enem) De acordo com o texto abaixo, responda às duas próximas questões. 4 O suco extraído do repolho roxo pode ser utili- zado como indicador do caráter ácido (pH entre 0 e 7) ou básico (pH entre 7 e 14) de diferentes soluções. Misturando-se um pouco de suco de repolho e da solução, a mistura passa a apre- sentar diferentes cores, segundo sua natureza ácida ou básica, de acordo com a escala adiante. Algumas soluções foram testadas com esse indicador, produzindo os seguintes resultados: Cor vermelho rosa roxo azul verde amarelo pH 2 6 9 124 8 11 141 53 7 10 13 Material Cor I. amoníaco verde II. leite de magnésia azul III. vinagre vermelho IV. leite de vaca rosa Utilizando-se o indicador citado em sucos de abacaxi e de limão, podem-se esperar como resultado as cores a) rosa ou amarelo. b) vermelho ou roxo. c) verde ou vermelho. d) rosa ou vermelho. e) roxo ou azul. 5 De acordo com esses resultados, as soluções I, II, III e IV têm, respectivamente, caráter a) ácido/básico/básico/ácido. b) ácido/básico/ácido/básico. c) básico/ácido/básico/ácido. d) ácido/ácido/básico/básico. e) básico/básico/ácido/ácido. 6 (Enem) Diversos produtos naturais podem ser obtidos de plantas por processo de extração. O lapachol é da classe das naftoquinonas. Sua estrutura apresenta uma hidroxila enólica (pKa 5 6,0) que permite que este composto seja isolado da serragem dos ipês por extração com solução adequada, seguida de filtração simples. Consi- dere que pKa 5 2log Ka, em que Ka é a constan- te ácida da reação de ionização do lapachol. Qual solução deve ser usada para extração do lapachol da serragem do ipê com maior eficiência? a) Solução de Na2CO3 para formar um sal de lapachol. b) Solução-tampão ácido acético/acetato de sódio (pH 5 4,5). c) Solução de NaCº a fim de aumentar a força iônica do meio. d) Solução de Na2SO4 para formar um par iô- nico com lapachol. e) Solução de HCº a fim de extraí-lo por meio de reação ácido-base. 7 (UEM-PR) O pH (potencial hidrogeniônico) de soluções aquosas é dado pela expressão pH 5 2log [H1], onde [H1] indica a concentração em mol/litro de íons H1 nessa solução. O quadro abaixo fornece o pH aproximado de algumas bebidas do nosso dia a dia. Bebida pH suco de limão 2,5 vinho 3,0 suco de laranja 3,5 cerveja 4,5 leite 6,5 água 7,0 Com base nessa tabela e nos conhecimentos de Química, assinale o que for correto. (01) Um litro de cerveja contém mais íons H1 do que um litro de suco de laranja. (02) Quanto maior for a concentração de íons H1 mais ácida será a bebida. (04) Em um litro de leite existem, aproximada- mente, d XXXX 1 ____ 1013 mols de íons H1. (08) O pH de uma solução tendo 100 mililitros de água e 200 mililitros de vinho é menor do que 4. (16) Se adicionarmos água a qualquer outra bebida da tabela, a concentração de íons H1 na nova solução irá aumentar. 8 (UEPB) Seca na Paraíba A Paraíba, bem como todo o Nordeste, passa pela pior seca dos últimos cinquenta anos. A situação hídricaestá em nível crítico, com mais da metade dos mananciais monitorados abaixo de 20% da capacidade de armazenamento da água. Esta diminuição do volume de água ar- mazenada impede que seja utilizada para con- sumo humano. Além disso, as águas de poços artesianos que ainda resistem também têm concentração elevada de sais. Com a finalidade O O OH Lapachol CoSta, P. R. R. et al. Ácidos e bases em química orgânica. Porto Alegre: Bookman, 2005 (adaptado). 157Não escreva no livro. CIÊNCIA TEM HISTÓRIA Influências sociais na síntese industrial da amônia no século XX As leguminosas como a ervilha e o feijão conseguem absorver o nitrogênio presente na atmosfera, pois apresentam, em suas raízes, microrganismos fixadores de nitrogênio. A AGRICULTURA NO SÉCULO XIX E A URGÊNCIA EM OTIMIZAR A PRODUÇÃO A prática da agricultura permite ao ser humano obter alimentos em quantida- de suficiente, desde que haja condições adequadas ao plantio. Para isso, desta- ca-se a utilização de substâncias contendo nitrogênio, um nutriente essencial ao desenvolvimento das plantas. Até o início do século XIX, os agricultores utiliza- vam restos da própria colheita e excrementos como fontes de nitrogênio. Com a expansão da industria- lização na Europa, porém, as pessoas passaram a viver concentradas nos grandes centros urbanos, longe das áreas de plantio. Com essa mudança, os agricultores já não tinham meios de recolher os res- tos de alimentos ou excrementos para fertilizar suas lavouras, dificultando sua produção. Concomitante- mente, o século XIX se caracterizou por grandes ta- xas de crescimento populacional, desproporcionais ao aumento na produção de alimentos. Por essa ra- zão, desenvolver novos meios para otimizar a pro- dução das lavouras se tornou uma necessidade. Para lidar com as dificuldades em obter nitrogênio fixo, os agricultores lançavam mão de duas alternati- vas: o salitre (NaNO3) oriundo dos desertos chilenos e o excremento de guano, ave marítima do litoral perua- no. Esses recursos naturais foram amplamente utilizados até o início do século XX. Entretanto, devido ao consumo crescente desses recursos, previu-se seu esgota- mento em poucos anos. Esse problema conduziu à busca por alternativas que os substituíssem. Entre as alternativas existentes na época, cogitou-se o uso da maior fonte de nitrogênio disponível, o ar atmosférico, para se obter nitrogênio fixo. A obtenção de nitrogênio como matéria-prima para fertilizantes se tornou um grande desafio, pois as plantas, de modo geral, não são capazes de aproveitar o nitrogênio do ar, que contém aproximadamente 78% de gás nitrogênio (N2), um gás inerte em virtude de sua elevada estabilidade química. Ao fim do século XIX, não havia tecnologia capaz de transformar de modo rentável o N2 em outras subs- tâncias reativas, como nitritos ou nitratos, para que as plantas as absorvessem. A síntese da amônia a partir dos gases hidrogênio e nitrogênio Fixar nitrogênio foi uma tarefa árdua. Métodos baseados em descargas elétri- cas e em aumento da temperatura ou da pressão atmosférica foram testados sem sucesso. Uma das possibilidades era fixar o nitrogênio pela produção de amônia (NH3) a partir das substâncias simples correspondentes, como demonstra o equi- líbrio a seguir. 3 H2(g) 1 N2(g) 2 NH3(g) DH0f 5 245,89 kJ/mol M at hi a C oc o/ S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 1 Cores-fantasia. ID /B R 130 Não escreva no livro. PRÁTICAS DE CIÊNCIAS INVESTIGANDO O pH DE SOLUÇÕES A escala de pH é utilizada para descrever o grau de acidez de uma solução. É possível medir o pH uti- lizando diversos instrumentos, e o mais preciso deles é o peagâmetro. Nesta atividade, você e os colegas vão realizar a simulação de um peagâmetro para investigar o pH de diferentes soluções, bem como sua variação após a adição de água. Material • computador, celular ou tablet com acesso à internet • Simulador de peagâmetro. Disponível em: https://phet.colorado.edu/sims/html/ph-scale/latest/ ph-scale_pt_BR.html. Acesso em: 29 jun. 2020. Como fazer 1 Acesse a simulação da escala de pH pelo link e selecione a opção “Macro”. 2 Escolha “água” para que 0,5 L dessa substância seja adicionado no recipiente. Você também po- de abrir a torneira da direita para despejar água na cuba. 3 Posicione o instrumento verde na solução para medir o pH. Observe, no visor do peagâmetro, o valor do pH calculado pelo equipamento. Qual é o pH da água pura? Ela é considerada ácida, neutra ou básica? 4 Copie a tabela a seguir no caderno e complete-a com dados coletados na simulação. Para diluir uma amostra, adicione água, abrindo a torneira da direita. Amostra (0,5 L) pH A amostra é acida, básica ou neutra? pH após adição de 0,25 L de água pH após adição de 0,5 L de água A amostra diluída é acida, básica ou neutra? Suco de laranja ////////////////// ////////////////// ////////////////// ////////////////// /////////////////////// Leite ////////////////// ////////////////// ////////////////// ////////////////// /////////////////////// Sabonete ////////////////// ////////////////// ////////////////// ////////////////// /////////////////////// Canja de galinha ////////////////// ////////////////// ////////////////// ////////////////// /////////////////////// Sangue ////////////////// ////////////////// ////////////////// ////////////////// /////////////////////// 5 Em seguida, selecione “café”. Qual é o pH do café nesse caso? Ele é considerado ácido, neutro ou básico? 6 Teste a seguinte hipótese: É possível diluir o café até um ponto em que ele se torne básico? Em caso afirmativo, qual é o volume de água necessário? Se for preciso, utilize a torneira da esquerda para dre- nar parte da solução. Para discutir 1 Com base nos dados coletados, elabore uma regra para a variação do pH após adição de água a uma solução qualquer. 2 Você imaginava o resultado obtido ao analisar soluções de café no item 6 de Como fazer? O que se pode concluir dessa investigação? 3 A mistura de partes iguais de sabonete e leite resultaria em uma amostra ácida, neutra ou básica? Explique seu raciocínio. Simulador de peagâmetro. P hE T In te ra ct iv e S im ul at io ns . U ni ve rs ity o f C ol or ad o B ou ld er . D is po ní ve l e m : h tt ps :// ph et .c ol or ad o. ed u/ . 147Não escreva no livro. Questões globais Questões mais elaboradas e/ou atividades de vestibulares do país e do Enem para você se familiarizar com os exames de ingresso no Ensino Superior. Ciência, tecnologia e sociedade Apresenta um texto de circulação social e estimula a reflexão sobre ciência e tecnologia e suas implicações na sociedade. Ciência tem história Apresenta e discute o contexto em que algumas das ideias científicas foram construídas, estimulando a discussão e a reflexão. Práticas de Ciências Atividades práticas, experimentais e investigativas levam você a desenvolver as várias formas de investigação próprias da ciência. AT IV ID A DE S SE ÇÕ ES Pensando Ciências Apresenta um problema/uma questão a ser solucionado(a) por meio da aplicação do pensamento computacional. Estudo de caso Texto narrativo em que uma personagem ou um narrador apresenta uma situação- -problema, para que você e os colegas discutam e, em grupo, proponham uma solução e/ou interpretação para o caso. ROTEIRO 9. Com base na análise de uma proteína e sua sequência de aminoácidos, é possível de- terminar a sequência de có- dons do DNA que a gerou? Justifique sua resposta. Roteiro Ao longo dos capítulos, atividades trabalham os conteúdos dos tópicos estudados. QUESTÕES GLOBAIS 1 (Fuvest-SP) A figura a seguir é um modelo simplificado de um sistema em equilíbrio quí- mico. Esse equilíbrio foi atingido ao ocorrer uma transformação química em solução aquosa. Considere que as soluções dos reagentes iniciais são representadas por: Ilu st ra çõ es : F uv es t- S P. F ac -s ím ile : I D /B R Assim,qual das seguintes equações químicas pode representar, de maneira coerente, tal trans- formação? e representam diferentes espécies químicas. Moléculas de solvente não foram representadas. a) H1 1 Cº2 1 Na1 1 OH2 Na1 1 Cº2 1 H2O b) 2 Na1 1 C O322 1 2 H1 1 2 Cº2 2 Na1 1 1 2 Cº21 H2O 1 CO2 c) Ag1 1 N O32 1 Na1 1 Cº2 AgCº 1 Na1 1 N O23 d) Pb21 1 2 N O23 1 2 H1 1 2 Cº2 PbCº2 1 2 H1 1 1 2 N O23 e) NH41 1 Cº2 1 H2O NH4OH 1 H1 1 Cº2 2 (UFRGS-RS) O gráfico abaixo representa a evo- lução de um sistema em que uma reação rever- sível ocorre até atingir o equilíbrio. a) uma situação anterior ao equilíbrio, pois as velocidades são iguais. b) um instante no qual o sistema já alcançou o equilíbrio. c) uma situação na qual as concentrações de reagentes e produtos são necessariamente iguais. d) uma situação anterior ao equilíbrio, pois a velocidade da reação direta está diminuindo e a velocidade da reação inversa está au- mentando. e) um instante no qual o produto das concen- trações dos reagentes é igual ao produto das concentrações dos produtos. 3 (Enem) Os refrigerantes têm se tornado cada vez mais o alvo de políticas públicas de saúde. Os de cola apresentam ácido fosfórico, subs- tância prejudicial à fixação de cálcio, o mineral que é o principal componente da matriz dos dentes. A cárie é um processo dinâmico de desequilíbrio do processo de desmineralização dentária, perda de minerais em razão da acidez. Sabe-se que o principal componente do esmal- te do dente é um sal denominado hidroxiapati- ta. O refrigerante, pela presença da sacarose, faz decrescer o pH do biofilme (placa bacteria- na), provocando a desmineralização do esmal- te dentário. Os mecanismos de defesa salivar levam de 20 a 30 minutos para normalizar o nível do pH, remineralizando o dente. A equação química seguinte representa esse processo: Ca5(PO4)3OH(s) desmineralização mineralização 5 Ca21(aq) 1 1 3 P O 4 3− (aq) 1 OH2(aq) Groisman, S. Impacto do refrigerante nos dentes é avaliado sem tirá-lo da dieta. Disponível em: http://www.isaude.net. Acesso em: 1o maio 2010 (adaptado). Considerando que uma pessoa consuma refri- gerantes diariamente, poderá ocorrer um pro- cesso de desmineralização dentária, devido ao aumento da concentração de a) OH2, que reage com os íons Ca21, deslocan- do o equilíbrio para a direita. b) H1, que reage com as hidroxilas OH2, deslo- cando o equilíbrio para a direita. c) OH2, que reage com os íons Ca21, deslocan- do o equilíbrio para a esquerda. d) H1, que reage com as hidroxilas OH2, deslo- cando o equilíbrio para a esquerda. e) Ca21, que reage com as hidroxilas OH2, des- locando o equilíbrio para a esquerda. t t1 v ID /B R Sobre o ponto t1, nesse gráfico, pode-se afirmar que indica 156 Não escreva no livro. CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE […] A capacidade do oceano de absorver CO2 da atmosfera é regulada por dois tipos de processos, denominados bomba física e bomba biológica. A bomba física está relacionada à solubilidade do CO2 na água do mar. Uma vez dissolvido, o CO2 reage com a água para formar ácido carbônico (H2CO3) que se transforma em íons H1 e HCO3 2. Em uma situação de equilíbrio, os íons H1 em excesso reagem com os íons carbonato (CO23 2) para formar bicarbonato (HCO3 2), evitando assim a acidificação da água. A bomba biológica ocorre depois dessa dissolução e diz respeito à assimilação do gás durante a “pro- dução primária” marinha (fotossíntese) e ao transporte dos detritos produzidos pelo fitoplâncton pa- ra o oceano profundo. Dessa forma, a bomba biológica possibilita que o CO2 seja absorvido da atmos- fera. A integração entre os mecanismos da bomba física e a bomba biológica permite que os oceanos moderem os impactos do clima na vida terrestre. Sem a interação entre a atmosfera e o oceano a concentração de CO2 na atmosfera seria muito mais elevada que a atual. Com o aumento da concentração de CO2 na atmosfera, a dissolução desse gás na superfície marinha também aumenta. […] […] As consequências da acidificação dos oceanos nos organis- mos marinhos dependem de suas características metabólicas e estruturais, níveis de atividade e aspectos do ciclo de vida. Es- tudos sobre os efeitos da acidificação foram realizados em diver- sos grupos de organismos marinhos revelando impactos no me- tabolismo, crescimento e calcificação, expressão gênica, sistema imunológico e estrutura da comunidade, que poderiam produzir efeitos devastadores na cadeia alimentar e nos ecossistemas. […] Os organismos potencialmente mais sensíveis são os que pos- suem esqueletos calcários (compostos por calcita ou aragonita), já que em pH mais baixo, a produção do esqueleto pode ser se- veramente comprometida pela dificuldade em se depositar car- bonato de cálcio. As estruturas calcárias expostas à água tam- bém podem ser dissolvidas, reduzindo a capacidade de sustentação e proteção do organismo. […] turrA, A.; MAiA, R. S. Mudanças climáticas e sequestro de carbono: a acidificação dos oceanos. In: JAcobi, P. R. et al (org.). Temas atuais em mudanças climáticas para os ensinos Fundamental e Médio. São Paulo: IEE-USP, 2015. p. 57-59. Disponível em: http://www.incline.iag.usp.br/data/arquivos_download/TEMAS_ATUAIS_EM_MUDANCAS_ CLIMATICAS_on-line.pdf. Acesso em: 27 mar. 2020. PARA DISCUTIR 1 Suponha que a principal fonte de renda de famílias de pescadores costeiros seja a pesca e a venda de peixes e frutos do mar, como lagostas, camarões e ostras. Com a acidificação dos oceanos, essas famílias seriam prejudicadas? Como? Reescreva um trecho do texto em sua resposta. 2 As implicações da acidificação dos oceanos dependem da característica de cada espécie. De acordo com o texto, como esse processo de acidificação afetaria organismos com esqueleto calcário? 3 Que medidas podem ser tomadas a fim de minimizar os impactos da acidificação do oceanos? Se necessário, faça uma pesquisa. Mudanças climáticas e sequestro de carbono: a acidificação dos oceanos Os ecossistemas de corais são mais sensíveis às alterações causadas pela acidificação dos oceanos. R ub ia C ez ar /S hu tt er st oc k. co m /ID /B R 151Não escreva no livro. 5Não escreva no livro. 6 (CGEB1) Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. (CGEB2) Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. (CGEB4) Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. (CGEB5) Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (CGEB7) Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. (CGEB9) Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. (CGEB10) Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS (CECNTEM1) Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e global. (CECNTEM2) Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Universo, e fundamentar e defender decisões éticas e responsáveis. (CECNTEM3) Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC). COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA BNCC Neste volume, são desenvolvidas as competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio indicadas a seguir. As siglas utilizadas para as competên- cias são: competências gerais da Educação Básica (CGEB) e competências específicas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias para o Ensino Médio (CECNTEM). 6 Não escreva no livro. 7 HABILIDADES CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 1 (EM13CNT101) Analisar e representar, com ou sem o uso de dispositivos e de aplicativos digitais específicos, as transformações e conservações em sistemas que envolvam quantidade de matéria, de energia e de movimento para realizar previsões sobre seus comportamentos em situações cotidianas e em processos produtivos que priorizem o desenvolvimento sustentável, o uso consciente dos recursos naturais e a preservação da vida em todas as suas formas. (EM13CNT104) Avaliar os benefícios e os riscos à saúde e ao ambiente, considerando a composição, a toxicidade e a reatividade de diferentes materiais e produtos, como também o nível de exposição a eles, posicionando-se criticamente e propondo soluções individuais e/ou coletivas para seus usos e descartes responsáveis. COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 2 (EM13CNT202) Analisar as diversas formas de manifestação da vida em seus diferentes níveis de organização, bem como as condições ambientais favoráveis e os fatores limitantes a elas, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros). (EM13CNT205) Interpretar resultados e realizar previsões sobre atividades experimentais, fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas noções de probabilidade e incerteza, reconhecendo os limites explicativos das ciências. COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 3 (EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses, previsões e estimativas, empregar instrumentos de medição e representar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou resultados experimentais para construir, avaliar e justificar conclusões no enfrentamento de situações-problema sob uma perspectiva científica. (EM13CNT302) Comunicar, para públicos variados, em diversos contextos, resultados de análises, pesquisas e/ou experimentos, elaborando e/ou interpretando textos, gráficos, tabelas, símbolos, códigos, sistemas de classificação e equações, por meio de diferentes linguagens, mídias, tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), de modo a participar e/ou promover debates em torno de temas científicos e/ou tecnológicos de relevância sociocultural e ambiental. (EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações. (EM13CNT306) Avaliar os riscos envolvidos em atividades cotidianas, aplicando conhecimentos das Ciências da Natureza, para justificar o uso de equipamentos e recursos, bem como comportamentos de segurança, visando à integridade física, individual e coletiva, e socioambiental, podendo fazer uso de dispositivos e aplicativos digitais que viabilizem a estruturação de simulações de tais riscos. (EM13CNT307) Analisar as propriedades dos materiais para avaliar a adequação de seu uso em diferentes aplicações (industriais, cotidianas, arquitetônicas ou tecnológicas) e/ou propor soluções seguras e sustentáveis considerando seu contexto local e cotidiano. Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base nacional comum curricular: educação é a base. Brasília: MEC/SEB, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 14 jul. 2020. 7Não escreva no livro. CAPÍTULO 1 - Contando átomos e moléculas 16 Reações químicas 16 Equações químicas 17 Práticas de Ciências: Regras de segurança e descarte de resíduos 22 Balanceamento de equações 23 Tipos de fórmulas 24 Práticas de Ciências: Queima da palha de aço 27 Cálculo estequiométrico 28 Reagente em excesso e reagente limitante 31 Relações entre a quantidade de soluto e a de solvente ou a de solução 35 UNIDADE 1 Reações químicas 14 Ciência tem história: O estudo da concentração de CO2 na atmosfera no século XX 40 Atividades 42 CAPÍTULO 2 - Reações químicas na natureza e no sistema produtivo 44 Reações químicas e a obtenção de produtos 44 Processos de obtenção de alguns metais 45 Reações ácido-base 47 Reações de combustão 48 Reações que envolvem funções oxigenadas 50 Práticas de Ciências: Investigando a fermentação 54 Sabões 62 Práticas de Ciências: Oficina de saponificação 64 Ciência, tecnologia e sociedade: Ciência dos aromas: os segredos por trás do gosto da sua comida 65 Atividades 66 10Produtos químicos em casa: manual para identificação, uso e armazenagem CAPÍTULO 1 - Contando elétrons 76 Reações de oxirredução 76 Transferência de elétrons 77 Eletronegatividade e número de oxidação 78 Reações redox 79 Regras para determinação do Nox 80 Práticas de Ciências: Por que o ferro enferruja? 81 Balanceamento de equações de oxirredução 82 UNIDADE 2 74 Reações de oxirredução e metabolismo celular SUMÁRIO PROJETO Pensando Ciências: Como descobrir se o leite foi adulterado? 68 Questões globais 70 8 Não escreva no livro. CAPÍTULO 1 - Estado de equilíbrio 120 Reconhecendo o equilíbrio químico 120 Equilíbrio químico 122 Práticas de Ciências: Estabelecendo o equilíbrio químico 124 Constantes de equilíbrio 126 Cálculo das constantes de equilíbrio 129 Ciência tem história: Influências sociais na síntese industrial da amônia no século XX 130 Princípio de Le Châtelier 132 Atividades 135 CAPÍTULO 2 - Equilíbrio ácido-base 136 Ácidos e bases no cotidiano 136 Ácidos e bases segundo a teoria de Arrhenius 137 UNIDADE 3 Equilíbrio químico 118 Ácidos e bases segundo a teoria de Brönsted-Lowry 138 Constantes de dissociação de ácidos e bases 139 Equilíbrio iônico e produto iônico da água 140 Determinação do pH 142 Indicadores ácido-base 144 Cálculo de pH de
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