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4
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
CÊMIA PRATES DA SILVA, RU 735535
RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE PSICOPEDAGOGIA
CLÍNICA
BRUMADO –BA
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL
UNINTER
CÊMIA PRATES DA SILVA, RU 735535
RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE PSICOPEDAGOGIA
CLÍNICA
Relatório de Estágio Clínico apresentado como requisito parcial para obtenção do título de especialista de pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional, na modalidade à distância, pelo Centro Universitário Internacional UNINTER.
Profª Genoveva Ribas Claro
BRUMADO –BA
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................04
DESENVOLVIMENTO...............................................................................................04
2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO..................................................................04
2.2.REGISTRO DA QUEIXA.....................................................................................05
2.3. REGISTROS DESCRITIVOS.............................................................................05
2.3.1. Visita à escola.................................................................................................06
2.3.2. Observação do sujeito no recreio....................................................................07
2.3.3. Observação em sala........................................................................................07
2.3.4. Entrevista com a professora.............................................................................07
2.3.5. Histórico Escolar..............................................................................................07
2.3.6. Anamnese........................................................................................................07
2.3.7. (EOCA) Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem..............................07
2.3.8. Elaboração do primeiro sistema de hipótese...................................................08
2.3.9. Área Cognitiva..................................................................................................08
2.3.10. Área Emocional..............................................................................................09
2.3.11. Área Funcional...............................................................................................10
2.3.12. Leitura, escrita e matemática.........................................................................10
2.4. INFORME PSICOPEDAGÓGICO.......................................................................11
2.5. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.......................................................................14
2.6. DEVOLUTIVA AOS PAIS...................................................................................17
2.7. DEVOLUTAVA AO ALUNO ..............................................................................17
2.8 DEVOLUTIVA À ESCOLA...................................................................................17
2.9.CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................18
REFERÊNCIAS..........................................................................................................19
ANEXOS....................................................................................................................20
1 INTRODUÇÃO
  
Compreende-se como assistência psicopedagógica clínica, averiguação e a intervenção para que compreende o sentido, o ensejo e a modalidade de aprendizagem do sujeito com o seu desejo de sanar suas dificuldades. Sendo assim, o diferencial entre o psicopedagogo e outros profissionais é que eixo central é o transmissor da aprendizagem, assim como o neurologista sobrepõe o aspecto essencial; o psicólogo, a ‘’psique’’; o pedagogo, o conceito escolar. 
A psicopedagogia clínica investiga incondicionalmente, os processos cognitivos, emocionais, sociais, culturais, orgânicos e pedagógicos que intervêm na aprendizagem, com propósito de criar circunstâncias que desempenhem o prazer de compreender em seu todo, abrangendo a ascensão da associação entre, professores, pais, formadores pedagógicos e demais especialistas que percorrem na esfera educativa do educando.
 	Cabe o psicopedagogo ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar com a finalidade de que ocorra a aprendizagem. É fundamental que o psicopedagogo conheça como e o que o sujeito aprende. O terapeuta deve está preparado para administra, possíveis reações negativas do paciente frente algumas tarefas, tais como resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc. E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma ao chegar o mais próximo possível da realidade da criança ou do adolescente. Tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais, colegas e professores.
2 DESENVOLVIMENTO
 
2.1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
O estágio psicopedagógico clínico realizou-se na Escola municipal Professor Roberto Santos, localizada na praça João Romão, número 286, bairro Dr. Juraci Brumado-BA, telefone (77)3441-2937. A escola municipal possui 587 alunos em educação infantil ensino fundamental I. A instituição, funciona em tempo integral, conta hoje com um total de 36 funcionários para atender a demanda de 58 alunos matriculados na unidade de ensino, a equipe é composta por 4 merendeiras, 7 funcionários que atuam na secretaria, distribuídos em ambos os períodos, 5 auxiliares de limpeza,1 diretora 1 coordenadora. A instituição atende crianças de bairros próximos á escola. A clientela da escola, quase nas suas totalidades, é composta por alunos proveniente de famílias de baixa renda, muitas delas em situações de vulnerabilidade social, são filhos de pedreiros, domésticos, diaristas, garis, trabalhadores sem qualificação profissional, etc. Uma grande parcelas das crianças também participam de programas sociais como, bolsa escola, bolsa família. A escola atende ainda alunos portadores de necessidades especiais que estão inclusos nas diferentes turmas. A instituição conta com 24 salas de aulas utilizadas uma sala de diretoria, sala de professores quadra de esporte coberta, cozinha, biblioteca, banheiro, almoxarifado, pátio coberto. A escola tem aparelho de som, TV, impressora, projetor multimídia (Datashow). 
2.2. REGISTRO DA QUEIXA
 
D.S.S vem apresentando dificuldade em seu processo de construção de conhecimento. A professora relatou que a criança não realiza muitas das atividades propostas em sala de aula. Quando contrariado, muda seu comportamento, agindo com agressividade porém nas brincadeiras livres interage muito bem com os colegas. 
Não tem uma boa dicção apresenta estrema dificuldade de aprendizagem. Quando a atividade proposta em material escrito é realizada pela turma, demonstra muito interesse, pede sua atividade, mas não consegue escrever ou desenvolver sozinho, devido à dificuldade de coordenação motora. 
  
2.3 REGISTROS DESCRITIVOS DOS ENCONTROS REALIZADOS
Nos tópicos a seguir estão as observações, conversas e atividades propostas que foram realizadas com a aluna citada anteriormente.
2.3.1 Visita à escola
Ao escolher a instituição para desenvolver este estágio, realizou-se uma visita e a permissão da direção para a elaboração do mesmo. Ao solicitar autorização, foi apresentado o objetivo em desenvolver atividades diferenciadas com um aluno, para assim contribuir no desempenho escolar do mesmo, bem como atingir o objetivo proposto pelo curso de pós-graduação em psicopedagogia.
 
 2.3.2 Observação do sujeito no recreio
 
O lanche acontece no refeitório da escola, após lancharem as crianças dispõe de alguns minutos para as brincadeiras no pátio. Neste período, percebe-se uma criança agitada, que corre pralá e pra cá, sem sossego devido ao seu comportamento os colegas reclamam, mas depois acabam brincando com ele.
2.3.3 Observação em sala
Em sala, D.S.S demonstra não sossegar, importunando professora e colegas. No tempo observado permaneceu muito pouco em sua carteira, tem pouca organização com seus materiais e apresentou dificuldade para se concentrar perante os conteúdos propostos e explicados pela professora, com distrações frequente.
2.3.4 Entrevista com a professora
A professora relatou que D.S.S, é uma criança muito agitada, seu relacionamento com a turma é um pouco conturbada, demonstra às vezes até agressivo, mas está sempre tentando estar bem com os colegas, e as vezes tem medo de alguns colegas pois é uma turma bem agitada, onde os alunos bate muito nos outros e como ele é muito inquieto sempre querem bater nele. No entanto, é uma criança que dispersa com facilidade não é muito organizado com seus materiais, tem autoestima baixa, não gosta de desafios, quando as atividades exigem mais dele. Fica deprimido, assim não acompanha o ritmo da sala, deixando as atividades a desejarem.
2.3.5. Histórico Escolar
D.S.S. iniciou a sua vida escolar aos 03 anos de idade, em uma escola pública, cursando creche, pré I e II da educação infantil e hoje cursa o primeiro ano do ensino 
2.3.6. Anamnese 
Durante a entrevista com a mãe, relatou que D.S.S nasceu com 3,100kg, nasceu com nove meses completo e de paro normal. 
Segundo a responsável do mesmo, D.S.S. Começou a engatinhar com nove meses de idade, com um ano e dois meses deu os primeiros passos e no mesmo ano começou a falar. Não apresentou dificuldades na fala, sendo que sua língua estava adequada a sua idade. Hoje a criança está com sete anos, pesa 25kg e 1,10 de altura. D.S.S. Usou fraldas até dois anos e fez xixi na cama algumas vezes até hoje. É uma criança agitada, em casa segundo a responsável tem o mesmo comportamento. 
 	No primeiro período de vida tinha um sono agitado, acordava e chorava durante a noite, sua alimentação foi de leite materno até os seis meses, quando o leite da mãe secou, passou a tomar mamadeira, o qual tomou até os quatros anos. 
D iniciou-se sua vida escolar aos 03 anos de idade, estudando na creche, no início não teve problema de adaptação. Lá se sentia amada.
 	L., o pai de D.S.S. não mora na mesma cidade que ele, está distante e ausente, a criança reclama da ausência do pai que são separados. Sua convivência é com a mãe e avó materno.
Em casa não tem companhia para brincar ou realizar algumas atividades, assiste muito á televisão, gosta de jogar futebol. Por ser uma criança agitada e desorganizado o responsável pelo mesmo (mãe) não consegue realizar as tarefas e colocar limites na criança. D.S.S começou a tomar banho, a se vestir e amarrar o cadarço sozinho com sete anos de idade. A mãe relata que o filho tem muita dificuldade na escola, não sabe ler nem escrever sozinho e desmotivação para estudar, afirmando que prefere ficar em casa a ir á escola.
Na escola em que estuda, não consegue acompanhar o ritmo dos outros colegas não consegue fazer leitura e nem escrita. Seus materiais escolares nem sempre são organizados, perdendo-os e bagunçando-os com frequência.
2.3.7. (EOCA) Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem
Para Visca, a EOCA deverá ser um instrumento simples, porém rico em seus resultados. Consiste em solicitar ao sujeito que mostre ao entrevistador o que ele sabe fazer, o que lhe ensinaram a fazer e o aprendeu a fazer, utilizando-se de materiais disposto sobre a mesa, após seguinte observação do entrevistador: “este material é para que você o use se precisar para mostrar-me o que te falei que queria saber de você” (VISCA, 1987, p.72). O entrevistador poderá apresentar vários materiais, tais como: folhas de oficio tamanho A4, borracha, caneta, massa de modelar, tesoura, régua, livros ou revistas, barbantes, cola, lápis, quebra-cabeça, lápis de cor, lápis de cera, ou ainda outros materiais que julgar necessários. O entrevistado tende a comportar-se de diferentes maneiras após ouvir a consigna. Alguns imediatamente, pegam o material e começam a desenhar ou escrever etc. Outros começam a falar, outros pedem que lhe digam o que fazer, e outros simplesmente ficam paralisados. Neste último caso, Visca (1987,p.73) nos propõe “empregar o que ele chamou de modelo de alternativa múltipla “, cuja intenção é desencadear respostas por parte do sujeito. 
Logo que passei as regras para D.S.S, o mesmo tomou contato com o material e pouco falou, concentrava muito pouco em suas atividades. Quando deixava de olhar para uma ou outra gravura, sempre me perguntava, o que era para fazer. Depois de folhear algumas revistas e mostrou cansado, desanimado. Quanto a sua coordenação motora observei haver alguma dificuldade. De repente, se levantou e disse que já havia terminado, num determinado momento resolveu pegar o lápis e começou a escrever alguns rabiscos, repetindo uma atividade rotineira que percebi acontecer no seu dia a dia quando está na escola. Resolveu que iria fazer um desenho e depois o narrou para mim, usou os seguintes materiais: revistas, tesoura, cola, folha sulfite, folha com pauta e a caneta. Sugeri que me contasse uma história. D começou contar a história do chapeuzinho vermelho com pouca vontade, não finalizou a história falando coisa que não tinha nada a ver. Em seguida, perguntei o que mais ele queria fazer com aqueles materiais sobre a mesa, o que ele sabia ou quisesse fazer , mas ele disse estar cansado e preferiu não fazer nada, então encerrei este momento.
2.3.8. Elaboração do primeiro sistema de hipótese
No primeiro sistema de hipótese o aluno se mostrou tímido e inseguro com a minha presença. Aos poucos foi ficando a vontade. Conversando apresentei-lhe os materiais que ele poderia usar, ficou mais tranquilo por já utilizá-lo na escola, demostrou confiança. Mesmo assim, rejeitou em usá-los, no entanto preferiu não usar todos os materiais disponíveis.
2.3.9. Área Cognitiva
Prova Piagetiana:
Provas de conservação de massa.
Duas massas de modelar de cores diferentes cada uma, cujo tamanho possa fazer duas bolas aproximadamente 4 cm de diâmetro.
O aprendente informou que as duas bolas eram iguais, tinham a mesmo a quantidade. Após a primeira modificação (uma bola e uma salsicha), o aprendente disse que a salsicha era maior que a bola, porque era mais fina e comprida. Fizemos o retorno empírico e este não esquematizou bem o pensamento. Na segunda transformação (uma bola em uma pizza), a criança articulou que a pizza era maior que a bola, fizemos novamente o retorno empírico e este novamente oscilou seu pensamento. Partiu-se a bola inicial em pedacinho como propõe o teste e o aprendente respondeu que na bola maior tinha mais massa.
 Análise: Condutas não conservativas – o aprendente não é capaz de estabelecer um grau de pensamento conservativo, ou seja, oscila seu raciocínio entre a quantidade e tamanho da matéria, estabelecendo como maior o que tem mais comprimento ou quantidade, mesmo realizando o retorno empírico. Não responde bem às contra argumentações (Nível 1- pré-operatório intuitivo global).
2.3.10. Área Emocional
Provas projetivas:
Os 4 momentos de um dia. Objetivo: analisar os vínculos afetivos do aluno, bem como seu desenvolvimento cognitivo e motor. Recursos: folha de papel, lápis e borracha.
Na acolhida conversamos sobre o dia dele na escola, expliquei a D., o que iriamos fazer na sessão, ele achou interessante o desafio de dobrar o papel bem direitinho sem amassar, pedir a ele que colocasse no papel fatos que ocorrem no seu dia a dia sem especificações, poderia colocar qualquer dia. Ele desenhou a seguinte sequência: 1º - dormindo na cama; 2º - desenhou o quarto do avô; 3º - tomando café na mesa e a mãe ao lado; e 4º - jogando bola com o colega.
Chamou-me atenção o fato de que em nenhum momento ele representou a escola, nem tampouco algo referente à aprendizagem, seu desenho tinha detalhes.
Segundo momento: ofereci a D., uma atividade lúdicaonde foi utilizado um quebra cabeça (35 peças, para criança acima de 3 anos), não demonstrou interesse perante o jogo disse que não gostava, mesmo sendo estimulado se recusou a fazer, sendo em vista que a sessão estava no final, pedi a ele que lesse o livro de historinha para eu ouvir, deu um sorriso e disse não sei ler tia, então vamos junto vou te ajudar, sem sucesso ele não conhecia ainda todas as letras.
	
Par Educativo
Objetivo: Investigar os vínculos de aprendizagem do sujeito.
Consigna: gostaria que você desenhasse duas pessoas: um que ensina e outra que aprende.
 	A técnica diagnóstica do par Educativo que tem como objetivos: Verificar o vínculo que a criança estabelece com a aprendizagem por meio da leitura da relação vincular do ser que ensina com o ser que aprende analisar a produção gráfica e o relato nos seus aspectos afetivos, cognitivos e motores; efetuar uma análise do relato verbal e do grafismo do sujeito, buscando estabelecer uma correlação entre os mesmos, verificando se há um vínculo parcial, ausente ou afetivo.
 	O aprendente informou-nos que não sabia desenhar a princípio. Porém, fez um desenho sem base no centro da folha, muito simples, sem nenhum acabamento utilizando a forma humana em palitos.
	Desenhou duas figuras, sendo uma que ensina, segundo ele uma mulher chamada Maria, está no quadro explicando as letras do alfabeto e a que aprende um aluno chamado Lucas de 9 anos está sentado na cadeira observando. 
2.3.11. Área Funcional
O aluno apresenta-se como uma criança normal, exceto pela autoestima baixo e sente falta da presença do pai. Sua coordenação motora fina está em construção, no entanto apresenta uma boa coordenação motora grossa. Durante as atividades utilizou os materiais do seu cotidiano, entretanto demostra dificuldade em concluir uma atividade.
 
2.3.12. Leitura, escrita e matemática.
 
As atividades foram realizadas com relação à leitura com imagem e D.S.S não conseguiu juntar as sílabas, e nem formar palavras, consegue escrever seu nome com ajuda da fixa. Na classificação de estágio da escrita ele apresenta estar no nível pré-silábico. Consegue identificar com facilidades as cores, porém não sossega um instante para concluir as atividades, ficando as mesmas por terminar.
 
2.4. INFORME PSICOPEDAGÓGICO 
I. Dados pessoais
Nome: D. S. S
Data de nascimento: 08.09.2012
Escola: Professor Roberto Santos
Ano: 2019
II. Motivo da avaliação
O aluno D.S.S. apresenta déficit de atenção e dificuldades de aprendizagem, uma criança que apresenta comportamentos inseguros diante das situações em sala de aula ou fora dela, no período escolar, que está sempre agitado, assim não conseguindo se concentrar como devia.
III. Período de avaliação e números de sessões:
A avaliação teve início no dia: 11/11/2019 até 13/12/2019.
Primeira sessão 14/11/2019: conversa com a professora. 
Segunda sessão 20/11/2019: observação na hora do recreio.
Terceira sessão 22/11/2019: observação na sala. 
Quarta sessão 25/11/2019: EOCA.
Quinta sessão 27/11/2019: prova projetiva.
Sexta sessão 29/11/2019: prova projetiva.
Sétima sessão 02/12/2019: prova piagetiana.
Oitava sessão 03/12/2019: prova pedagógica. 
Nona sessão 06/12/2019: Anamnese.
Décima sessão 09/12/2019: prova pedagógica.
Décima primeira sessão10/12/2019: análise de documentos.
Décima segunda sessão12/12/2019: prova lateralidade.
Décima terceira sessão 13/12/2019: Devolutiva.
IV. Instrumentos utilizados:
EOC, Anamnese, Provas projetivas, Provas pedagógicas, Provas piagetianas, Analise do material escolar.
Análise dos resultados:
1 - Área Pedagógica:
No entanto, é preciso investigar como se dá a construção do conhecimento através de diferentes metodologias, pois cada aluno tem sua forma própria de adquirir novos conhecimentos. Então, após a realização das provas, percebe-se que o aluno D.S.S. ainda não realiza leitura corretamente, confunde as letras e tenta adivinhar o que está escrito, é capaz de identificar algumas vogais mais familiares.
Quanto à escrita, realiza apenas cópia, e mesmo assim sente dificuldade e troca as letras. Entretanto nos conhecimentos matemáticos, conhece os números de 0 a 9, e as cores, não é capaz de fazer cálculo e nem realiza operações de adição e subtração.
 2- Área afetivo:
 	Demonstra condições inadequadas de relacionamento. Ele apresenta um comportamento de alto grau de ansiedade, considerando que a situação no ambiente familiar impõe a ele restrições quanto ao fortalecimento das relações à ausência do pai, medo de expressar seus sentimentos, demonstra fragilidade e rejeição quando trata-se em falar da família, as pessoas não interage entre se fazendo as coisas de forma isolada. Embora a mãe revele afetividade ela mantém o filho infantilizado satisfazendo todas as suas vontades. Essa conduta afeta seu emocional contribuindo para que ele apresta dificuldade em lidar com frustações, e na sua autonomia, interferindo na capacidade de pensar.
3 - Área Cognitiva: 
Demonstra falta de envolvimento com o objeto de aprendizagem e com o conhecimento do transmissor. Seu nível pedagógico e criativo está abaixo de sua escolaridade e de sua faixa etária. Possui baixo nível de atenção, dificuldade na concentração, tem um comportamento muito apreensivo, necessita de muita compreensão. É desorganizado, não explora todo material disponibilizado e prefere usar o material já conhecido. Para fazer qualquer atividade necessita de estímulos diretivos, que indiquem o que deve fazer e como fazer. 
4 - Área Social: O aluno não é capaz de transmitir informações pessoais como seu nome, o nome dos seus pais, endereço, idade, seu esporte preferido, o time que torce os nomes de parente mais próximo. 
 
Parecer Diagnóstico
Ao desenvolver o presente trabalho, com o levantamento de dados escolares do aluno, conversas e aplicações de instrumentos investigativos, conclui-se que a mesmo na área cognitiva enfrenta algumas dificuldades. Na área afetiva, apresenta se como uma criança sentimental. No momento, seu desempenho vem progredindo lentamente, o que deve ser mais trabalhado. Com relação à área funcional, tem desenvolvimento normal de acordo com sus idade. Em todo o processo percebi que a separação dos pais e a distância interfere muito.
Prognóstico
O aluno questão tem possibilidade de desenvolver sua aprendizagem desde que o seu ritmo seja respeitado e aproveitando os poucos momentos em que fica mais tranquilo, necessita de um tempo maior para decifrar a leitura e colocar o seu pensamento em papel, dificultando a produção livre. Ainda precisa ser trabalhada atividade que estimule a leitura e a escrita.
Recomendações e indicações
A- Família 
Deve auxiliar nas tarefas de casa, bem como estabelecer horário para estudo diário e envolver o educando nas atividades que necessitam, é importante também estimular as habilidades verbais (pedir para o aluno contar como foi o seu dia, propor que a criança conte histórias antes de dormir) evite perguntas fechadas onde a resposta pode ser apenas sim ou não.
 	Reserve horário para momentos de lazer em família com intuito de estreitar laços familiares, pensar também em avaliações psicológica envolvendo toda família. 
 B - Escola
Apoio extraclasse para ao resgate de sua aprendizagem por meio de estratégias que despertem o interesse do aluno e uma parceria mais intima com a família. É valido também estimular as atividades verbais, recomenda-se jogos de parceria, brincadeiras que possibilitem o diálogo, pedir que o aluno explique a brincadeira ou o jogo.
	
2.5. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
 	Percebe-se que D.S.S apresenta Déficit de atenção, é uma criança agitada e insegura, principalmente nas situações em que o resultado depende somente dele.
 	Essa insegurança e agitação impendem a sua iniciativa para executar ou encontrar respostas ás atividades propostas e melhor convivo com a turma. A sua aprendizagem torna-se desafiadora e requer intervenções psicopedagógica. Neste sentido, afirma: Ellis(1995, p.56) que ‘’a constituição de uma intervenção psicopedagógica segue orientações específicas, porém, não há modelos rígidos para tal. ‘’importante ter em mente as finalidades traçadas ao processo, bem como uma visão bem exercitada. O processo, uma vez iniciado pela apresentação de uma proposta de inclusão em educação, seguiu uma trajetória de grupo operativo e construção de um projeto político pedagógico. O presente trabalho toma esse processo como exemplo, detonado o papel do psicopedagogo frente as demandas educacionais futuras. Para a implementação da proposta de trabalho, a articulação com a metodologia de pesquisa-ação confiou maior produtiva ao mesmo; apontando a intervenção cotidiana com a mais eficaz.
 	Neste contexto, ao se tratar duma criança com Déficit de atenção, a intervenção psicopedagógica é de suma importância, porque ‘’se realizam entre um sujeito que acompanha o processo e outro que vivencia ativamente, configurando ambos, um sistema transformador’’ (VISCA, apud BARBOSA, 2010, p.15). Neste sistema, a criança tem a oportunidade de vencer os obstáculos que surgem no processo de aprendizagem. 
 Nesta intervenção psicopedagógica seria viável utilizar jogos e brincadeiras, por serem elementos de ação e de caráter objetivo, podendo ser utilizado tanto no âmbito individual quanto grupal, atingindo assim, o objetivo principal de aprendizagem desta criança. Segundo Barbosa (2019, p. 182), ‘’Tanto a brincadeira quanto o jogo são marcadas pela ludicidade, ‘’sendo esta, um ingrediente fundamental desses recursos psicopedagógicos. No caso da brincadeira, apresenta a imaginação e a regra, sendo a imaginação o que a define, pois as regras são frágeis. Já o jogo possui ênfase nas regras, embora não abandone a imaginação.
Jogos e brincadeiras possuem formas de utilização diferentes, sendo as brincadeiras espontâneas e disparadoras, enquanto os jogos podem desenvolver e 
instrumentar, aliviar tensões e servir de elementos intermediários na relação com a aprendizagem, e ambos devem preservar a ludicidade e a vinculação afetiva durante o seu desenvolvimento.
 	Com base em Macedo, Petty e Passos, apud (BARBOSA 2010, p. 183 e 184) as atividades para serem lúdicas devem possuir cinco qualidades devem ter o prazer funcional, que “está relacionado à escolha que um aprendiz pode fazer entre ou não participar de uma atividade“; Serem desafiadoras, colocar em prática o conhecimento vivenciado e estar disposto a desenvolver habilidades novas, Criarem possibilidades de tornar seus sonhos em realidades e encontrar resultados possíveis ao que parece impossível; Possuírem o caráter simbólico, onde “as brincadeiras e jogos expressão sua intuição e que as narrativas decorrentes do faz de conta são uma projeção de seus sentimentos, desejos e valores; Serem expressas de possibilidade de considerar-se numa atividade lúdica, vários pontos de vista e várias possibilidades de expressão”.
No caso de D.S.S. iniciei com brincadeiras espontâneas, por permitir que ele desenvolva nos aspectos relacional, psicomotor, criativo e que possa se posicionar de maneira decisiva, partindo do prazer para depois conviver com a realidade. Sendo que esta, quando vivida pela criança, abre novos caminhos para ele se localizar sentir-se inserido no meio em que vive e adquirir novos conhecimentos Oliveira, apud (BARBOSA 2010) apresenta três núcleos organizadores que atraem e direcionam á criança: o corpo, o simbólico e a regra, através dos quais a criança pode se organizar no espaço e no tempo, se organizar no mundo interno e externo, sentindo desejo de expressar-se como sujeito. Para Friedmann (1996) e Volpado (1999), citados por Almeida e Shigunov, A brincadeira refere-se ao comportamento espontâneo ao realizar uma atividade das mais diversas. O jogo é uma brincadeira que envolve certas regras, estipuladas pelos próprios participantes. O brinquedo é identificado como objeto de brincadeira. A atividade lúdica compreende todos os conceitos anteriores. 
 	Para isso, buscar também intervir através dos jogos, quando se sabe que os mesmos podem ser utilizados com diferentes propósitos, instigando o aluno a novos desafios, ampliando as possibilidades de desenvolvimento e instrumentação, podendo ser de caráter competitivo quanto cooperativo. De acordo com Barbosa (2010, p. 197): No processo de atenção psicopedagógica, é possível utilizar os jogos com o objetivo de desenvolvimento do aprendiz em diferentes aspectos ou dimensões: raciocínio logico, oralidade, escrita, percepção, rapidez, ritmo, motricidade, atenção, memória e outros. 
 	Nesta perspectiva, seria variável para o aluno o jogo dominó, cuja finalidade é propiciar a possibilidade de progredir segundo seu próprio ritmo, valorizando a motivação pessoal, desenvolver a sua capacidade de concentração, além da criatividade, ousadia, improvisação, solidariedade e cooperação. Cito aqui também o jogo de xadrez e o jogo de dama para que possa ajudar a desenvolver a memória da criança. Essa atividade ajudará na escrita espontânea e assim no processo de aprendizagem da leitura e da escrita. A criança defronta-se com um mundo cheio de atrações com letras, palavras, frases e textos, e se engarajá neste mundo mais facilmente se puder participar integralmente dele e se o processo for transformado num grande ato lúdico participativo, na forma de jogos e brincadeiras, para despertar o interesse e arrebatar a atenção do mesmo, tornando este processo recheado de significado.
JUSTIFICATIVA PARA A EXECUÇÃO DO PROJETO NA ESCOLA
Conforme resultado contido no informe psicopedagógico, se fez necessário pensar uma forma de sanar as dificuldades apontada pela avaliação clínica.
Para tanto se propõe desenvolver um projeto com recursos onde poderá exercitar sua coordenação motora no sentido de minimizar ou super a sua dificuldade. Visando contribuir e favorecer o processo pedagógico que é o objetivo da escola.
OBJETIVO
Propor atividades para a dominação da leitura e escrita do educando, mostrando para ele que o processo de redução na escola ocorrerá em um ambiente de construções de relações equilibradas e harmoniosas. Ou seja, oportunizar um desenvolvimento seguro, de confiança e afeto.
ATIVIDADES
1 Exercício de raciocínio, exemplo: Jogos de cartas, palavras cruzadas e quebra cabeça. A variação é interessante para trabalhar com números, palavras e imagens.
2 Jogos com sequenciamento.
3 Esboço de textos e desenhos
4 Música com leitura em voz alta.
8 Teatrinho de faz de conta
2.6. DEVOLUTIVA AOS PAIS
Ao concluir este estágio, para a família de D.S.S expliquei-lhes o trabalho desenvolvido diante da queixa apresentada pela professora e a equipe escolar, o informe psicopedagógico com todos os passos que foram realizados durante este estágio, as, recomendações e indicações para favorecer o desempenho escolar do aluno. Assim, conclui-se que D.S.S. é uma criança saudável e inteligente, que precisa ser trabalhando sua inquietude, afetividade e dedicar-se a leitura e melhorar o seu processo de escrita, no entanto, para que esse processo ocorra da melhor forma, necessita da compreensão e ajuda familiar.
	
2.7.DEVOLUTIVA AO ALUNO
Durante o decorrer das sessões, conversei com, D. sobre o motivo dele comparecer as mesmas e porque ele estava realizando as atividades. Através dessas conversas de maneira informal, aos poucos fomos criando um laço de afetivo e um vínculo de confiança mútua. Antes de cada sessão, D. falava como estava sua relação com a escola, os amigos, professora, e também como se sentia em relação os estudos. Em todos os momentos, me coloquei como uma pessoa que estava disposta a ajudá-lo a superar as suas dificuldades e resgatar suas habilidades, assim como também realizar um resgate de sua autoestima. 
2.8 DEVOLUTIVA À ESCOLA
Ao finalizar este trabalho, apresentei a conclusão do mesmo à equipe escolar a partir da queixa exposta. Assim, relatei as observações feitas no aluno, o trabalho desenvolvido, a proposta de intervenção e a conclusão deste estágio ao nívelde desenvolvimento de ensino aprendizagem em que a aluna encontra-se. 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 	Este Estágio oportunizou a pratica das teorias e conhecimentos adquiridos durante o curso de Psicopedagogia Clínica e institucional. Ao desenvolver este trabalho, pude observar analisar desta forma melhor compreender a aprendizagem de um sujeito com Déficit de atenção. Bem como este sujeito vence os obstáculos que surgem durante este processo.
 	A partir da queixa apresentada pela escola e responsáveis, acompanhei o processo ensino aprendizagem e dificuldades da aluna apresentada. Assim, expus o resultado aos pais e a escola e apresentei alternativas para contribuir com um melhor desempenho escolar do mesmo.
 	Percebe-se com este Estagio a grande importância e a presença de um psicopedagogo e como pode intervir junto aos professores para sanar dificuldades no aprendizado de um aluno.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. C. P.C. de; SHIGUNOV. V. A atividade lúdica infantil e suas possibilidades. Revista da educação Fisica∕UEM. Maringa.v. 11, n. 1, 2000.
BALESTRA, Maria Marta Mazano: A Psicopedagogia em Piaget. Curitiba: InterSaberes,2012.
 
BARBOSA, Laura, Monte Serrat. Intervenção psicopedagógica no espaço clínica. 
Curitiba: Ibpex, 2010. 
CARLBERG, Simone: Psicopedagogia: uma matriz de pensamento diagnóstico noãmbito clínico. Curitiba: interSaberes, 2012.
GRASSI, Tânia Mara: Psicopedagogia: um olhar uma escuta. Curitiba: interSaberes,2013. 
ANEXOS
1. Autorização da mãe
2. – Parecer do supervisor de estágio
3. – EOCA
4. Provas Projetivas 
Os quatros momentos de um dia
Prova projetiva (par Educativo)
5. Prova Pedagógica: leitura e escrita

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