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Giovanna Faria ONCO-HEMATO Diagnóstico laboratorial das Leucemias LEUCEMIAS AGUDAS: • Precisam ser tratadas com urgência. • Defeito genético em qualquer das células do pool mitótico da medula (células tronco até as UFC) • Grupo heterogêneo de doenças clonais, caracterizadas pela proliferação anormal de progenitores hematopoéticos. • As células clonais são incapazes de amadurecer e de responder aos reguladores naturais de proliferação e morte celular, ficando estagnada na célula originada. • Acumulam na MO e prejudicam a produção normal das células sanguíneas por ficar infiltrada na medula. • Tais células podem acumular em outros tecidos e órgãos, com comprometimento de função. • Dependendo da célula que deu origem a leucemia, se tem prognósticos diferentes. Quanto mais diferenciada, melhor prognóstico. • São classificadas de acordo com: citomorfologia; citoquimico; imunofenotípico; citogenético e genético-molecular. ➔ Leucemia Mieloide Aguda: • Tipo mais comum nos adultos, mais de 90% das leucemias. • Menos de 15% nas crianças, e quando ocorre geralmente é no primeiro ano de vida (relação com danos genéticos) • Quanto mais velho maior risco, pois, com o envelhecimento se aumenta o risco de dano genético dentro da medula óssea (mielodisplasia) e com isso aumenta risco de LMA. ➔ Leucemia Linfoide Aguda: • Tipo mais comum de leucemia na infância • Representa apenas 15%das leucemias no adulto, com maior incidência dos 25 aos 37 anos. • Incidência de 3 casos/100 mil hab até os 15 anos → variação geográficas; étnicas e socioeconômicas) • No adulto se tem sobrevida baixa 20% a 30%, e na criança a chance de cura nas crianças pode chegas de 80% a 90%. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Secundárias a: • Falência da hematopoese → pela ocupação da replicação das células clonais. • Infiltração de tecidos por células leucêmicas (principalmente do SNC). ➔ Fadiga; palidez e fraqueza; (relacionadas a anemia) infecções; febre; sudorese noturna; hemorragias petéquias e epistaxe, CIVD. ➔ Hepatoesplenomegalia; linfadenomegalias (mais frequente na linfoblastica, já que os linfócitos pertencem ao linfonodo); hipertrofia de gengivas; dor óssea; infiltração da pele e do SNC (pela infiltração de tecidos) ACHADOS LABORATORIAIS: • Sangue periférico: o Leucocitose as custas de blastos → para o citometro conta como se fossem leucócitos por reconhecer ser a única célula normalmente presente com núcleo. SEM6 Giovanna Faria ONCO-HEMATO o Mais de 50% dos casos com hiperleucocitose → mais de 100 mil/mm3 o Anemia normo-nomo o Plaquetopenia • Medula óssea: o Mais de 20% de blastos (mielo ou linfoblastos) → critério diagnostico o O normal de blastos na medula pode chegar apenas até 5%. Certeza de leucemia mieloide → Bastonetes de Auer no blastos. o Inclusões citoplasmáticas, bastonetes. • Outros achados: o Hiperuricemia: pela rápida metabolização de células. o Aumento LDH: pelo aumento de atividade celular. o Alterações da coagulação: LEUCEMIAS CRONICAS: • Pode ser LMC ou LCC. ➔ Leucemia Mieloide Crônica: • 15% das leucemias no adulto, mas pode acometer todas as faixas etárias. • Ocorre por translocação cromossômica recíproca ente cr 9 e 22, que da origem ao cromossoma philadelfia, que a partir daí da origem ao gene anômalo BCR/ABL. • O gene anômalo BCR/ABLsintitiza uma proteína, TKI, que incentiva a replicação autônoma dessas céluas. • Relação M/F: 1,3/1,0 • Assintomáticos ao diagnostico de 40 a 50% • Possui 3 fases (antes do surgimento do tratamento disponível): o Fase crônica: 3 a 5 anos; o Fase acelerada: 3 a 18 meses; o Fase blástica: 3 a 6 meses; • Diagnóstico: essa TKI afeta produção celular, mas não diferenciação, assim, a célula vai se multiplicar muito, mas não perde capacidade de amadurecer. o Leucocitose com neutrofilia; basofilia; eosinofilia a custa de células maduras escalonadas o Hepatoesplenomegalia volumosa: por tentar remover as células o Identificação do Ph1+ em cariótipo o Identificação da translocação do BCR-ABL por PCR. ➔ Leucemia linfocítica crônica: • Doença linfoproliferativa mais comum em pacientes adultos • Idade média do diagnóstico gira em torno de 65 anos, sendo raro aparecer em menores de 50 anos. Não se apresenta na infância. • Cerca de 30% de todas as leucemias dos países ocidentais. • Predominante no sexo masculino 2:1; • Mais de 90% dos pacientes vão ser de imunofenótipo B, por este proliferar muito mais que o T, sendo muito mais susceptível a dano genético; • Proliferação muito grande de LB, o qual pela sua grande produção ficara acumulado na MO, o que vem a atrapalhar a produção de outras células. Pela grande produção, a MO joga essas células para o sangue periférico, e essas acumulam nos linfonodos, fígado e baço. • Se difere as LFA por serem linfócitos B maduros • O acúmulo vai ser de linfócitos maduros imunologicamente incompetentes. Giovanna Faria ONCO-HEMATO • Quadro clínico: o Começa de maneira assintomática, mas à medida que vai ocupando a medula e órgãos, o paciente começa a ter algumas manifestações, como: ▪ Fadiga, perda de peso, febre, sudorese noturna, linfonodomegalias, esplenomegalia e hepatomegalia. o Complicações autoimunes: AHAI, trombocitopenia e aplasia de série eritrocítica. • Quadro laboratorial: o Leucocitose por linfocitose persistente: ▪ >5.000/mm3 por mais de 3 meses ▪ Linfócitos pequenos e maduros ▪ Manchas de Gumprecht o O diagnostico pode ser unicamente com hemograma!! o Infiltração da medula óssea >30% linfócitos: citopenias (pela menor produção de células de outras linhagens); o Hipogamaglobulinemia: aumenta o risco de infecções; • Por ter multiplicação lenta, a quimioterapia não é indicada. • Até o momento não se tem tratamento. Tratar ou não, não aumenta sobrevida do paciente, tem interferência na ocorrência de doenças. • Em um paciente estável, não se precisa de tratamento!! Apenas acompanhamento.
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