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Comissario AFAC (HIG e MED)

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PPRREEPPAARRAAÇÇÃÃOO PPAARRAA OO EEXXAAMMEE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA TÉCNICA CONGONHAS 
CIAC – CENTRO DE INSTRUÇÃO DE 
AVIAÇÃO CIVIL 
 
 
AFAC – ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA 
ATIVIDADE DO COMISSÁRIO DE VOO 
(HIGIENE E SAÚDE E MEDICINA AEROESPACIAL) 
 
 
 
 
www.escolatecnicacongonhas.com.br 
 
 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO III HIG - 01 
 
 
 
HIGIENE E SAÚDE 
 
 
Conceito de Saúde 
Saúde é estar em “Um Completo Estado de Bem-Estar Físico, 
Mental e Social”. Qualquer desequilíbrio em um desses planos, não 
importando os motivos, caracteriza a Doença. 
 
Conceito de Higiene 
 
É o estudo e a aplicação de medidas que visam prevenir as doenças e 
preservar a saúde. A higiene pessoal refere-se aos cuidados que 
cada um deve ter quanto ao asseio corporal e aos hábitos salutares de 
vida para prevenir doenças. 
 
As prescrições de higiene devem abranger o homem como um todo: 
seja no seu Aspecto Orgânico, quanto no Aspecto Psíquico ou 
Mental, assim como no seu Aspecto Espiritual. 
 
No que diz respeito à dimensão orgânica, a higiene prescreve: 
manter a boa aparência, cuidar do asseio corporal, dividir bem o dia 
reservando 
8 horas para o sono, 8 horas para o trabalho, e outras tantas para o 
lazer e demais atividades vitais. Além disso, morar bem, praticar 
esportes, hidratar-se abundantemente e ter uma alimentação rica em 
nutrientes (Carboidratos, Gorduras, Vitaminas, Proteínas, Sais 
Minerais e Água). 
 
Vale salientar que nem todos os alimentos contêm todos esses 
nutrientes nas proporções desejáveis. Cada alimento contém os 
nutrientes em quantidades próprias, características inerentes do 
alimento. Os alimentos fornecem a energia e o material orgânico para 
a reconstrução e substituição de células. Além disso, fornecem 
elementos que aceleram os processos químicos que ocorrem no nosso 
organismo. Para os tripulantes nos dias de vôo, recomenda-se 
preferir refeições ricas em hidrato de carbono, e pobres em 
gorduras e proteínas. Outro cuidado a ser observado diz respeito ao 
vestuário adequado às condições climáticas. É imprescindível, 
também, dormir 6 horas após os vôos longos. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO III HIG - 02 
 
 
 
No que concerne à dimensão psíquica, prescreve a Higiene 
Mental: escolher a profissão para a qual se tenha realmente vocação, 
e muito amor. Devem-se buscar condições para uma realização plena, 
abrangendo nisso as relações afetivas mais íntimas, as amizades e o 
companheirismo no trabalho. Preocupar-se com o lazer sadio, com o 
cultivo de hobbies, de hábitos de leitura e de aprendizagem que 
possam proporcionar horizontes mais amplos que o da simples rotina 
de trabalho. 
 
Sendo a Higiene uma ciência que ensina preservar a saúde, faz parte de 
suas lições a condenação do uso do fumo, do álcool e de outros 
tóxicos. Como ilustração, vejamos: O fumo - a fumaça do cigarro 
contém mais de 4.700 substâncias químicas das quais 60 são 
cancerígenas. A nicotina é tragada e absorvida pelos pulmões, de 
onde passa para a corrente sangüínea e é tão tóxica que se a 
quantidade contida em um único cigarro, em vez de fumada, fosse 
injetada diretamente na veia, levaria à morte. O monóxido de 
carbono liberado por apenas um cigarro inutiliza para a função 
respiratória 1,5% das hemácias circulantes. O alcatrão (cancerígeno) 
atinge todos os órgãos. Nos pulmões forma uma crosta que dificulta a 
absorção do oxigênio. O álcool quando ingerido, não chega a ser 
metabolizado no fígado, sendo sua absorção rápida pelo estômago e 
duodeno. E uma vez no sangue, leva a uma hipóxia histotóxica, 
ocasionando diminuição da concentração, da memória, 
incoordenação motora e visual. 
 
Noções Gerais Sobre o Organismo Humano 
CONCEITOS: 
BIOLOGIA: É o ramo do conhecimento humano que estuda os seres 
vivos como um todo. 
 
ANATOMIA: É a parte da biologia que estuda a forma e a estrutura 
dos seres vivos. 
 
ANATOMIA HUMANA: É a ciência que estuda a forma e a estrutura 
do corpo humano. 
 
O corpo humano, estrutura física do ser humano, é constituído na sua 
parte mais íntima pelas Células (hepatócitos, osteócitos), que se 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO III HIG - 03 
 
 
 
reúnem dando origem aos Tecidos, (nervoso, epitelial, conjuntivo); 
que se diferenciam constituindo os Órgãos (coração, fígado, 
pulmões); que se organizam formando os Sistemas (ósseo, muscular, 
circulatório, digestório, urinário, nervoso, reprodutor (M) e (F), 
respiratório, endócrino (M) e (F) e linfático); os quais se reúnem em 
dois ou mais grupos formando os Aparelhos (locomotor, 
cardiorrespiratório, urogenital). 
O organismo humano, ser vivo organizado que é, é dotado de 
sensibilidade e movimento, o que confere ao homem a qualidade 
de SER ANIMADO. Em outras palavras, dotado de ANIMA (ALMA, 
ESPÍRITO). 
O corpo humano divide-se em três partes: 
 
CABEÇA, que se subdivide em crânio e face. 
 
TRONCO, que se subdivide em tórax e abdome. 
 
MEMBROS, que se subdivide em dois superiores e dois inferiores. 
 
Fig. H-1: O Corpo humano 
 
1. CABEÇA: 
 
CRANIO: Tipograficamente podemos delimitar o crânio como a 
região a partir dos supercílios para cima e para trás, e dos 
pavilhões 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO III HIG - 04 
 
 
 
auriculares para trás. É uma caixa óssea que abriga o cérebro, 
cerebelo, a protuberância, o bulbo raquidiano, os olhos e os 
ouvidos médios e internos. A parte principal dele, onde se situa o 
cérebro, chama-se caixa craniana. Ela é formada pelos ossos 
frontal, temporais, parietais, occipital, etmóide e esfenóide. 
 
CÉREBRO: É o componente central do sistema nervoso central 
(SNC) que ocupa a parte superior e anterior da caixa craniana, de 
onde se originam os 12 pares de nervos cranianos, entre os quais 
serão objeto de nosso estudo os nervos Olfativo, o Óptico e o 
Auditivo. 
 
CEREBELO: Localiza-se póstero inferiormente ao cérebro, e que 
tem como função a coordenação motora, participando também na 
manutenção do equilíbrio postural. 
 
BULBO RAQUIDIANO: É o segmento mais inferior do SNC, que em 
direção descendente dá continuidade à medula espinhal. Nele 
situam-se importantes centros vitais que controlam a respiração, 
os batimentos cardíacos e a pressão do sangue. 
 
Fig. H-2: OSSOS DO CRÂNIO E DA FACE 
 
1.1 FACE: É delimitada pelos supercílios para baixo e pelos pavilhões 
auriculares para frente. Seu esqueleto é formado pelos ossos 
maxilares, zigomáticos, nasais e mandíbula. 
 
Na face, nos maxilares, assim como nos ossos frontal, etmóide e 
esfenóide, localizam-se importantes cavidades aéreas, 
denominadas Seios Paranasais. 
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BLOCO III HIG - 05 
 
 
 
Em número de oito, os frontais (2), os maxilares (2), os etmoidais 
(2) e os esfenoidais (2), servem para aquecer o ar inspirado que 
vai para os pulmões, para tornar a cabeça mais leve, atuam como 
caixa de ressonância da voz, e ainda para igualar a pressão do seu 
interior com a ambiental. Para o nosso estudo, nos interessa os 
seios frontais e os maxilares, por serem mais amplos, não 
trabeculados, contendo, portanto, maior volume de ar. 
 
Fig. H-3: SEIOS 
PARANASAIS 
 
2. APARELHO AUDITIVO: 
O aparelho auditivo é constituído essencialmente por três partes, a 
saber: 
ORELHA EXTERNA: É formada pelo pavilhão auricular (orelha), 
e pelo conduto auditivo externo. O pavilhão auricular tem a 
estrutura cartilaginosa do tipo hialina, revestida de pele, e destina-
se a captar os sons e ruídos. Continua-se com um canal 
revestido internamente de pele, dotado de pelos e glândulas que 
fabricam a cera ou cerúmen, o conduto auditivo externo, que 
se limita internamentepela membrana do tímpano. 
ORELHA MÉDIA: Também chamada de caixa do tímpano, é uma 
cavidade cheia de ar onde encontramos a membrana do tímpano 
que a separa da orelha externa. Na orelha média estão localizados 
três ossículos que se articulam entre si, o martelo, a bigorna e o 
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BLOCO III HIG - 06 
 
 
estribo. Este último, o menor osso do corpo humano. 
Comunicando a orelha média com o meio externo, encontramos a 
Trompa de Eustáquio ou tuba estato acústica, cuja principal função 
é igualar a pressão do ar sobre as superfícies da membrana 
timpânica. A orelha média tem como função a transmissão das 
ondas sonoras da orelha externa à orelha interna através da sua 
cadeia de ossículos. 
 
Fig. H-4: Aparelho auditivo 
 
 ORELHA INTERNA: A orelha Interna ou labirinto é o órgão 
responsável pela audição. Localizado no rochedo do osso 
temporal, um de cada lado do crânio é constituído de uma parte óssea 
que contém no seu interior o labirinto membranoso, a parte 
funcional do aparelho. Este se compõe do sáculo, do utrículo e dos 
canais semicirculares (superior, lateral e externo). É a parte 
responsável pelo nosso equilíbrio; e pela cóclea ou caracol, 
órgão responsável 
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BLOCO III HIG - 07 
 
 
pela audição. Na cóclea situam-se as terminações do nervo 
auditivo ou acústico. Nela, são processados os sons que lhe são 
transmitidos através da janela oval, que os envia para o córtex 
cerebral, onde são identificados. O aparelho visual está 
intimamente ligado ao sistema vestibular e são os grandes 
responsáveis pelo equilíbrio do corpo. 
 
3. APARELHO VISUAL: 
 
Também localizado na cabeça, o aparelho visual é formado pelo 
globo ocular e seus anexos. O globo ocular é o receptor externo do 
aparelho visual. Os olhos são importantes órgãos dos sentidos. Eles 
recolhem informações sobre o mundo à nossa volta e as enviam ao 
cérebro, onde elas são processadas para que possamos vê-las como 
imagens. Somente a íris, a pupila e a córnea são visíveis 
externamente. 
 
Alojado nas cavidades orbitárias, o globo ocular é constituído por 
três túnicas ou camadas, a saber: 
 
I. Túnica externa, túnica fibrosa formada pela: 
a) Conjuntiva bulbar; 
b) Córnea, porção mais anterior, menor, mais abaulada e 
transparente. 
c) Esclera, a parte branca do olho, maior, menos abaulada e 
opaca. 
 
II. Túnica média, camada vascular, a úvea formada pela: 
a) Íris, com a abertura central circular da pupila. 
b) Corpo ciliar, com o músculo ciliar e os processos ciliares. 
c) Coróide é a camada vascularizada do olho. 
 
III. Túnica interna, constituída pela retina. 
 
Faz parte ainda das estruturas do olho, o cristalino, que é uma 
lente biconvexa que divide o olho em duas câmaras: uma 
anterior, onde circula o humor aquoso, e outra posterior onde 
circula o humor vítreo. 
Os órgãos anexos do globo ocular são os supercílios, as 
pálpebras, os cílios, o aparelho lacrimal e os músculos 
extrínsecos do olho. 
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BLOCO III HIG - 08 
 
 
 
 
 
Fig. H-5: O globo ocular 
 
O CORPO CILIAR: - É um conjunto de músculos que inseridos na 
coróide, une-se aos ligamentos suspensores do cristalino. A ação 
desses músculos ocasiona o mecanismo da acomodação visual. 
 
A IRIS: – É a parte colorida dos olhos. Dentro dela, existe um 
músculo circular chamado esfíncter, cujo movimento controla o 
diâmetro da pupila. Alterando o diâmetro, a íris regula a 
quantidade de luz que entra no globo ocular. Ela reduz o diâmetro 
para evitar o ofuscamento em ambientes muito claros, ou o 
aumenta para permitir que se enxergue em locais mal iluminados. 
O ajuste do diâmetro da pupila também ajuda a colocar em foco 
objetos tanto próximos quanto distantes. 
 
A dilatação da pupila chama-se midríase. Quando ela se contrai 
chama-se miose. Se apresentam diâmetros iguais, diz-se que são 
isocóricas. Caso contrário, se mostram diâmetros diferentes, são 
ditas anisocóricas. 
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BLOCO III HIG - 09 
 
 
 
A RETINA: – É a região fotossensível do olho. É a membrana que 
reveste o fundo do olho em sua quase totalidade, onde estão 
localizadas as células denominadas Cones e Bastonetes. 
 
O globo ocular é opticamente comparado a uma máquina 
fotográfica simples, visto que é dotado de um sistema de 
lentes, o cristalino, a córnea, o humor aquoso e o vítreo; um 
sistema que se assemelha ao diafragma, à íris; e a retina que 
corresponde ao filme da máquina onde as imagens são 
impressas. 
 
O TRONCO: 
 
Começando na base do crânio, existe um conjunto de peças ósseas 
denominadas vértebras, que se sobrepõem, constituindo a 
Coluna vertebral. Também conhecida como “espinha” do corpo 
humano, literalmente serve de apoio à cabeça, braços e pernas. 
Permite-nos ficar de pé, agachar, virar e mexer a cabeça, girar os 
ombros e quadris. 
Em número de 33, as vértebras classificam-se de acordo com a 
região onde estão situadas. Assim temos: 
 
CERVICAIS 7 vértebras 
DORSAIS OU TORÁCICAS 12 vértebras 
LOMBARES 5 Vértebras 
SACRAS 5 Vértebras 
COCCIGIANAS 4 Vértebras 
 
Articulando-se com a coluna vertebral destacam-se as costelas, que 
em número de 12 pares (7 pares ditos verdadeiros, 3 pares 
ditos falsos e 2 pares ditos flutuantes), vão se articular por 
diante com um osso ímpar, o Esterno, dando origem à “Caixa 
Torácica”, no interior da qual se alojam o coração, os pulmões e 
grandes vasos. 
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BLOCO III HIG - 010 
 
 
 
 
Fig. H-6: CAIXA TORÁCICA 
 
4.1 O PAPEL PROTETOR DA COLUNA VERTEBRAL: 
 
Devido à superposição das vértebras que são dotadas de um canal 
chamado neural, forma-se um túnel ósseo contínuo, dentro do 
qual, bem protegida de viradas e traumatismos moderados, fica a 
delicada medula espinhal. 
 
Através dos espaços localizados lateralmente entre as vértebras saem 
e entram na medula espinhal 32 pares de nervos denominados 
“nervos raquidianos”. E, situados nos espaços formados entre os 
corpos vertebrais existe uma estrutura semelhante a um disco, 
constituído de cartilagem fibrosa na sua periferia, e de um núcleo 
pulposo central, que serve como coxim amortecedor dos impactos que 
a coluna recebe, denominado “Disco intervertebral”. 
Eventualmente, por ação de um brusco movimento da coluna 
vertebral, esse disco pode sair da sua posição normal, formando a 
hérnia de disco. 
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BLOCO III HIG - 011 
 
 
 
 
Fig. H-7: Coluna Vertebral 
 
Ainda no tronco, dentro da cavidade torácica, encontramos órgãos 
pertencentes ao Sistema Respiratório e Sistema Circulatório. 
 
5. SISTEMA RESPIRATÓRIO: 
 
O Sistema Respiratório capta do ar o oxigênio e remove do corpo o 
dióxido de carbono. Ou seja, ele promove a troca gasosa entre os 
níveis celulares no organismo e o meio ambiente. A respiração 
compreende três fases distintas, a saber: 
VENTILAÇÃO: É a fase do ar em movimento dentro e fora dos 
pulmões. 
TROCA GASOSA: Que se processa durante toda a respiração. É a 
fase na qual o sangue que circula nos capilares alveolares cede o gás 
carbônico que contém, o qual é eliminado pela respiração. Ao mesmo 
tempo, o oxigênio que se encontra nos alvéolos é captado pelo 
sangue. Esse fenômeno denomina-se hematose. 
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BLOCO III HIG - 012 
 
 
TRANSPORTE: É a fase na qual o sangue enriquecido de oxigênio 
retorna ao coração, e daí transportado pelas hemácias a todos os 
tecidos orgânicos, e remove deles o gás carbônico e outros resíduos 
indesejáveis. 
 
6. ESTRUTURADO SISTEMA RESPIRATÓRIO: 
O sistema Respiratório divide-se em duas vias aéreas: a superior e a 
inferior. Fazem parte das vias aéreas superiores: as fossas nasais, o 
faringe, e a laringe; e das vias aéreas inferiores a traquéia, os 
brônquios e os pulmões. No interior dos pulmões os brônquios se 
ramificam em brônquios secundários, bronquíolos terminais, 
bronquíolos respiratórios e alvéolos pulmonares. 
 
FOSSAS NASAIS: 
São revestidas por um epitélio do tipo ciliado, onde existem pêlos e 
uma fina camada de muco, fazendo com que o ar que passa pelo nariz 
seja aquecido, umedecido e filtrado. A vibração dos cílios em direção 
à faringe impede que partículas de impurezas maiores de 4 micras 
penetrem nos pulmões. 
FARINGE: 
É uma cavidade localizada na porção posterior da boca e importante 
passagem onde se cruzam às vias digestivas e respiratórias. Atua 
também na função da fala como órgão fonador que é. 
 
LARINGE: 
É um órgão constituído pelas cartilagens tireóide e cricóide, onde 
estão localizadas as cordas vocais, essencial à fonação. É no pequeno 
espaço triangular existente entre essas duas cartilagens que se faz a 
punção com a ponta de uma tesoura ou com uma agulha de grosso 
calibre (n º 16), como uma medida salvadora nos casos 
emergenciais de asfixia mecânica. É a chamada LARINGOSTOMIA 
ou TRAQUEOSTOMIA. 
 
TRAQUÉIA: 
É um tubo de 12 cm de comprimento e de 2,5 cm de largura que liga 
a garganta aos pulmões através dos brônquios. À frente e as laterais 
da traquéia são envolvidas por 16 a 20 anéis cartilaginosos em forma 
de “C”, que a mantêm rígida evitando seu colabamento. Assim sendo, 
ela está aberta o tempo todo para a passagem do ar. Internamente a 
traquéia é revestida por um epitélio ciliado que, juntamente com o 
muco aí existente, atua na remoção das impurezas inspiradas. 
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BLOCO III HIG - 013 
 
 
 
PULMÕES: 
São órgãos que possibilitam a respiração. Localizados um de cada 
lado no interior da caixa torácica estão ligados à traquéia por um tubo 
chamado brônquio. Apresentam uma textura esponjosa e macia que 
lhe permite distender e relaxar quando respiramos. No seu interior 
vamos encontrar numerosas dilatações vesiculares semelhantes a 
cachos de uvas, os alvéolos pulmonares, onde se processam as 
trocas gasosas. 
 
MECANISMO DA RESPIRAÇÃO: 
 
Fig. H-8: Sistema Respiratório 
 
Separando a cavidade torácica da abdominal existe um músculo 
aplanado denominado diafragma. Na inspiração normal os músculos 
intercostais e o diafragma se contraem aumentando o volume da 
caixa torácica; os pulmões se expandem e há entrada de ar que está 
com maior pressão na atmosfera. Desse modo, o ar desce velozmente 
pela traquéia, brônquios e bronquíolos até aos alvéolos pulmonares. O 
ar inspirado contém cerca de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio, 
0,03% de gás carbônico, 0,04% de gases raros e 0,5% de vapor 
d’água, na pressão de 47mm de Hg. 
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BLOCO III HIG - 014 
 
 
Na expiração normal, o diafragma relaxa e curva-se para cima, 
acentuando seu formato abaulado. Isso reduz o volume torácico, 
tornando a pressão no interior da cavidade pleural maior (positiva) 
que a externa. O ar então comprimido pelos pulmões sai pelo nariz. O 
ar expirado contém cerca de 16% de oxigênio e 4% de gás 
carbônico. A troca gasosa que se opera ao nível dos alvéolos 
pulmonares chama-se hematose. A freqüência respiratória no adulto 
jovem gira em torno de 16 a vinte 20 movimentos por minuto. Nesse 
caso, diz-se que estamos diante de uma respiração normal, 
normopnéia ou eupnéia. Se há dificuldade respiratória, temos a 
dispnéia. Se ocorrer um aumento da freqüência respiratória, verifica-
se, então, a taquipnéia; se por acaso a freqüência diminui, ocorre a 
bradipnéia. Quando cessa totalmente a respiração, estamos diante 
da apnéia. 
 
7. SISTEMA CIRCULATÓRIO: 
CORAÇÃO: 
O coração é o órgão central do sistema circulatório. Basicamente é 
uma bomba muscular oca, que funciona o tempo todo impelindo o 
sangue através dos grandes vasos que dele partem e aí chegam 
(artérias e veias), para todo o corpo. Vasos menores, em sua 
superfície, abastecem-no de nutrientes e oxigênio e removem 
resíduos, como o gás carbônico. O forte músculo do órgão, chamado 
músculo cardíaco, contrai e relaxa-se ritmicamente, graças ao 
automatismo de que é possuidor. Localizado entre os dois pulmões, 
repousa sobre o diafragma com cerca de 2/3 do seu volume no lado 
esquerdo do tórax. 
Internamente, o coração divide-se em quatro seções ou câmaras. De 
um lado ficam o átrio e o ventrículo esquerdos. Do outro, o átrio e o 
ventrículo direitos. As câmaras da direita recebem sangue pobre em 
oxigênio, as da esquerda, rico em oxigênio. 
 
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BLOCO III HIG - 015 
 
 
 
A CIRCULAÇÃO DO SANGUE: 
 
O sangue circula no corpo por duas rotas principais: entre o coração e 
os pulmões, para captar oxigênio – a pequena circulação – e entre o 
coração e o resto do corpo, para fornecer o oxigênio e nutrientes às 
células teciduais – a grande circulação. 
 
Através de dois grandes vasos, as veias cavas inferior e superior, 
todo o sangue do organismo, rico em gás carbônico, é levado ao 
átrio direito do coração. Daí passa para o ventrículo correspondente. 
Deste, pela contração (sístole cardíaca) o sangue vai até aos pulmões 
através do tronco arterial pulmonar, (artéria pulmonar D e E), onde, 
graças ao fenômeno da Hematose, cede gás carbônico e recebe 
oxigênio. Já oxigenado, o sangue retorna ao coração pelas quatro veias 
pulmonares D e E, que se abrem no átrio esquerdo. Dessa câmara, o 
sangue passa para o ventrículo do mesmo lado, sendo em seguida 
impulsionado novamente pela sístole cardíaca através da artéria aorta 
para todo o organismo. 
 
Fig. H-10: A circulação do sangue 
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BLOCO III HIG - 016 
 
 
 
COMPOSIÇÃO DO SANGUE: 
 
O sangue é um tecido resultante de uma combinação de 
elementos sólidos flutuando num líquido. Os elementos sólidos são as 
células sangüíneas, ou glóbulos, (vermelhos e brancos) e as 
plaquetas, que constituem até 45% do volume total do sangue. 
 
Os glóbulos vermelhos ou hemácias apresentam uma forma discóide, 
e são ricos em um pigmento (proteína) denominada hemoglobina que 
encerra um alto teor de ferro e apresenta uma grande capacidade de 
combinar-se com o oxigênio formado a oxihemoglobina e mais ainda 
com dióxido de carbono (gás carbônico), formado a 
carboxihemoglobina ou carbaminohemoglobina. Em número de 
5.000.000/ mm³ de sangue, as hemácias conferem a cor vermelha do 
sangue e têm como função o transporte do oxigênio para todas as 
células do organismo e a remoção do dióxido de carbono resultante 
do trabalho das células. 
 
Os glóbulos brancos ou leucócitos, em número de 5.000/mm³ de 
sangue, têm como função promover a defesa do organismo contra a 
invasão de corpos estranhos e microorganismos causadores de 
doenças. Eles possuem a capacidade de envolver e digerir esses 
agentes, ocasionando a destruição dos mesmos. Essa propriedade 
recebe o nome de Fagocitose. Ainda através dos Linfócitos T, os 
glóbulos brancos exercem importante papel no nosso sistema de 
defesa imunológica, produzindo anticorpos contra as diferentes 
doenças infectocontagiosas que nos acometem. 
 
As plaquetas ou trombócitos são fragmentos celulares que em 
número de 300.000/mm3 de sangue têm como função atuar da 
coagulação sangüínea. 
 
O PLASMA SANGUÍNEO: 
 
É a porção líquida do sangue e constitui 55% do seu volume. De 
coloração ligeiramente amarelada, é formado por aproximadamente 
90% de água e 10% de substâncias sólidas nele dissolvidas 
(proteínas, sais minerais,glicose, gorduras). 
O volume de líquido circulante no organismo é algo em torno de 
5.000 ml, estando aí incluindo todos os líquidos presentes no nosso 
organismo. A esse volume líquido chama-se VOLEMIA. Quando por 
qualquer motivo esse volume diminui, (hemorragias, desidratação 
intensa, etc...), diz-se que há uma HIPOVOLEMIA. 
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BLOCO III HIG - 017 
 
 
 
 
Abaixo do diafragma, encontra-se a Cavidade Abdominal, onde se 
encontram parte dos órgãos pertencentes ao sistema digestório e a 
totalidade dos órgãos que compõem os sistemas: Urinário e o 
Reprodutor feminino e masculino. 
 
Fig. H-11: Elementos do sangue 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO: 
 
Fig. H-12: Sistema Digestório 
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BLOCO III HIG - 018 
 
 
O Sistema Digestório compreende um tubo disposto ao longo do corpo e 
órgãos anexos conhecidos como glândulas salivares, fígado, vesícula 
biliar e o pâncreas. Esse sistema decompõe o alimento em substâncias 
mais simples num processo chamado Digestão. Com isso, o organismo 
pode absorver essas substâncias e usá-las como fonte de energia e para a 
manutenção do corpo. 
O Sistema Digestório é formado pelos seguintes órgãos: Boca, Faringe, 
Esôfago, Estômago, Intestinos e Canal retal. 
BOCA: 
A boca, ou cavidade oral é a primeira porção do tubo digestivo. Dentro 
dela ficam a língua, os dentes, as gengivas, as tonsilas, a úvula e as 
aberturas das glândulas salivares. Na parte externa situam-se os 
lábios, estruturas que ajudam a colocar o alimento na boca e impedem 
que ele escape enquanto se está mastigando. 
FARINGE: 
A faringe ou garganta é uma região em forma de funil no fundo da 
boca. Ele liga a boca e a cavidade nasal à laringe na frente e ao 
esôfago atrás. É importante região onde se cruzam as vias digestiva e 
respiratória. É revestida por um muco que a lubrifica para a 
passagem do alimento, além de reter partículas de impurezas do ar. 
ESÔFAGO: 
O esôfago é uma passagem para o alimento que se desloca da 
faringe ao estômago. Trata-se de um tubo de cerca de 25 cm achatado 
quando vazio, mas que se abre quando recebe o bolo alimentar. 
Constituído de musculatura lisa, leva o bolo alimentar ao estômago 
através de seus movimentos peristálticos. Na sua extremidade 
inferior é dotado de um esfíncter, o cárdia, que impede o refluxo dos 
alimentos do estômago para o esôfago. 
ESTÔMAGO: 
O estômago, porção mais larga do sistema digestivo, é uma bolsa 
muscular em forma de “J”, que se dilata para armazenar o alimento 
deglutido. Ele comprime o alimento e o mistura a ácidos e sucos 
digestivos produzidos em sua parede interna. Dessa forma, reduz o 
bolo alimentar a um líquido (Quimo), que segue para o intestino 
delgado. 
INTESTINOS: 
De ponta a ponta, os intestinos têm cerca de 7,5m. A primeira parte 
deles, o intestino delgado, é um tubo enrolado dentro do abdome 
e a 
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BLOCO III HIG - 019 
 
 
principal área de digestão e absorção dos alimentos. A segunda parte, 
o intestino grosso ou colo, situa-se em volta do delgado, e também 
acima dele. Sua função básica é absorver água e sais e expelir 
resíduos. 
AMPOLA RETAL: 
Localizada na porção final do intestino grosso, é uma dilatação onde 
fica armazenado o produto final da digestão, as fezes, a fim de serem 
eliminadas no ato da defecação. 
GLÂNDULAS SALIVARES: 
São encarregadas de produzir a saliva, um fluído que contém 
substâncias digestivas chamadas enzimas. As glândulas salivares 
distribuem-se em pares, em três pontos: diante de cada ouvido 
(Parótidas), sob a língua (Sublinguais) e sob a mandíbula 
(Submandibulares). Um litro de saliva é produzido diariamente e 
chega à boca através dos dutos salivares, onde iniciam o processo da 
digestão, além de limpar os dentes e lubrificar a boca permitindo a 
deglutição. 
 
FÍGADO: 
Maior glândula do corpo humano chegando a pesar 2 Kg, o fígado 
exerce várias funções vitais para o organismo. Situado no abdome 
superior, abaixo do diafragma, ele divide-se em duas porções: os lobos 
direito e esquerdo, este bem menor que o outro. Cada lobo é 
constituído de diminutas porções, os lóbulos hepáticos. Além de 
produzir a bile, o fígado armazena glicose jogando-a no sangue na 
medida das necessidades; produz proteínas do sangue, torna 
inativas substâncias tóxicas, destrói glóbulos vermelhos velhos, 
etc... A cada dois minutos, todo o sangue do corpo flui pelos lóbulos 
hepáticos, onde sofre importantes transformações. Anexo ao fígado está 
a Vesícula Biliar, pequena bolsa muscular destinada a armazenar e 
concentrar a bile produzida pelo órgão, que a cada dia produz cerca de 
1 litro de bile. 
 
PÂNCREAS: 
O Pâncreas é uma glândula de cerca de 15 cm de comprimento 
situado no abdome superior, bem atrás do estômago. É uma glândula 
endócrina mista, na qual a maioria das células do órgão produz 
substâncias chamadas enzimas, que fluem pelo duto pancreático até 
o duodeno, onde ajudam na decomposição dos alimentos. Outras 
células do órgão fabricam o glucagon e a insulina, hormônios 
responsáveis 
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BLOCO III HIG - 020 
 
 
 
pelo controle dos níveis de açúcar no sangue. O glucagon atua no 
fígado para aumentar aqueles níveis. Já a insulina reduz os níveis de 
açúcar na circulação. 
COMO SE PROCESSA A DIGESTÃO: 
Na boca os dentes mastigam o alimento, reduzindo-o a pequenos 
pedaços que são envolvidos pela saliva com suas enzimas e 
transformados em um bolo úmido. A língua impele esse bolo para a 
garganta, de onde ele passa para o esôfago, e daí chega ao 
estômago. No estômago o bolo alimentar é esmagado e misturado às 
enzimas do suco gástrico e convertido num líquido cremoso chamado 
Quimo. O alimento permanece no estômago cerca de três horas, 
passando em seguida ao intestino delgado, onde, pela ação das 
enzimas digestivas oriundas do pâncreas, e da bile que vão constituir 
o suco entérico, se completa o processo da digestão, sendo o 
alimento decomposto em substâncias mais simples, que em seguida 
são absorvidas pelo corpo através do revestimento interno do órgão, 
as vilosidades intestinais. Ato contínuo, o intestino grosso recebe 
do delgado o alimento que não pode ser digerido e, portanto, não 
pode ser usado para a nutrição. Durante um período de 12 a 36 
horas, água e sais minerais são absorvidos desses resíduos, que se 
ressecam e se transformam em fezes, que depois serão eliminadas do 
corpo pelo ânus. 
 
9. SISTEMA URINÁRIO: 
O Sistema urinário compreende os rins, ureteres, bexiga e a uretra. 
Sua principal função é manter um equilíbrio constante de fluídos no 
organismo por meio da produção de urina. Além disso, ele elimina do 
corpo alguns produtos residuais e controla os níveis de sais e ácidos 
do organismo. 
RINS: 
Os rins constituem a parte mais importante do sistema urinário. Em 
número de dois, estão localizados na porção retroperitonial do 
abdome. Sua forma lembra um feijão e têm cerca de 12 cm de 
comprimento por 5 cm de largura e 2,5 cm de espessura, 
apresentando uma coloração marrom-avermelhada. Os rins são 
responsáveis pela remoção do sangue do excesso de água, sais e 
substâncias tóxicas, como a uréia. Dentro de cada rim, o sangue é 
filtrado e as substâncias indesejadas formam um fluído, chamado 
urina, que desce por um canal muscular, o ureter até a bexiga onde é 
armazenada. 
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BLOCO III HIG - 021 
 
 
 
 
URETERES: 
Cada um dos rins possui um ureter, fino tubo muscular por onde a 
urina segue Até a bexiga. Constituídos de duas camadas musculares 
concêntricas, suas contrações impulsionam a urina rumo à bexiga. 
Quando estase enche os ureteres ficam fechados, impedindo o 
refluxo da urina para os rins. 
 
BEXIGA: 
Localizada no abdome inferior, é uma bolsa constituída de 
musculatura lisa, que se expande para armazenar a urina. Na sua 
parte póstero- inferior, chegam os ureteres que trazem a urina dos 
rins. Na base da bexiga situa-se a uretra, um canal muscular de 
paredes finas, através da qual a urina é expelida. 
 
URETRA: 
É um canal muscular que no homem atravessa todo o corpo 
esponjoso do pênis, através do qual a urina e o sêmem são expelidos 
para fora do corpo. 
 
 
Fig. H-13: Sistema Urinário 
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BLOCO III HIG - 022 
 
 
 
10. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO: 
 
A vida humana começa no Sistema Reprodutor Feminino. Ali um 
óvulo é produzido, fecundado, transforma-se em ovo, e mantido em 
desenvolvimento por nove meses até que esteja pronto para 
sustentar- se por si próprio, como um bebê. Os órgãos reprodutores da 
mulher funcionam apenas entre a puberdade e a meia idade. O 
Sistema Reprodutor Feminino é constituído pelos ovários, tubas 
uterinas, útero e vagina. 
 
 
Fig. H-14: Sistema Reprodutor Feminino 
 
OVÁRIOS: 
Em número de dois, um de cada lado do útero, são os órgãos 
encarregados de produzir as células reprodutoras femininas. Cada 
ovário produz um óvulo maduro por mês, liberado por uma pequena 
bolsa, o folículo ovariano. Além disso, os ovários segregam 
hormônios responsáveis, entre outras funções, pela maturação dos 
óvulos e pelas características sexuais femininas. 
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BLOCO III HIG - 023 
 
 
 
TUBAS UTERINAS: 
São dois tubos musculares que ligam os ovários ao útero. O 
revestimento interno das tubas é formado por dois tipos principais de 
células. As semelhantes a pêlos impelem o ovo em direção ao útero, 
numa viagem que dura cerca de 4 a 5 dias. As outras produzem um 
muco que mantém úmida a passagem e fornecem nutrientes ao ovo. 
 
ÚTERO: 
É um órgão muscular feminino em forma de pêra, com cerca de 7,5 
cm de comprimento e 5 cm de largura (na mulher não grávida), 
localizado no centro da pelve, atrás da bexiga e à frente do intestino 
grosso. É o receptáculo para o ovo que dará origem ao embrião e 
futuro bebê. 
 
VAGINA: 
É um canal muscular de cerca de 9 cm de comprimento que liga o 
útero ao exterior do corpo feminino. Ela recebe o pênis do homem 
durante o ato sexual e constitui também o canal do parto pelo qual o 
bebê vem ao mundo. 
 
O CICLO MENSTRUAL: 
É um processo que ocorre a cada 28 dias na mulher. Começa 
quando um óvulo não fecundado e o revestimento interno do útero 
(endométrio) saem pela vagina, durante o chamado período 
menstrual. Ao mesmo tempo, um novo óvulo começa a amadurecer 
no ovário e o revestimento do útero vai se espessando para recebê-lo. 
O óvulo é então liberado na tuba uterina. Se não ocorrer a 
fecundação, o revestimento do útero se decompõe e começa um novo 
ciclo menstrual. 
PUBERDADE: 
É a fase da vida que a criança evolui para o estado adulto. Em geral, 
começa por volta dos 10 ou 11 anos e termina pelos 16, embora 
isso varie entre meninos e meninas. Nesta fase, certos hormônios 
provocam importantes mudanças físicas, tais como, na menina 
desenvolvimento dos seios, dos pelos pubianos, deposição de gordura 
nos quadris e menstruação. No menino pelos na face, mudança na 
voz, desenvolvimento muscular, dos pelos pubianos e funcionamento 
dos testículos. Também costumam ocorrer mudanças de atitude e a 
criança vai se ajustando ao futuro papel de adulto. 
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BLOCO III HIG - 024 
 
 
 
 
11. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO: 
O objetivo do Sistema Reprodutor Masculino é produzir e liberar 
espermatozóides para fecundar um óvulo feminino. Todos os órgãos 
do sistema estão presentes no menino desde pequeno. Porém, a 
produção só começa a partir da puberdade. 
 
O sistema é formado pelos testículos, epidídimo, canais deferentes, 
vesículas seminais, próstata e pênis. 
 
 
 
Fig. H-15: Sistema Reprodutor Masculino 
 
TESTÍCULOS: 
São órgãos masculinos pares, externamente localizados no interior da 
bolsa escrotal. São formados por um “novelo” de numerosos 
condutos seminíferos, onde se formam as células reprodutoras 
(espermatozóides) e o hormônio sexual chamado testosterona. 
Este, responsável pelo desenvolvimento sexual masculino e regula o 
apetite sexual. 
EPIDÍDIMO: 
É um corpo alongado e vermiforme, situado na parte superior de cada 
testículo e formado pelos condutos seminíferos oriundos dos 
testículos. Deste sai o conduto deferente, que dá passagem ao 
espermatozóide até as vesículas seminais. 
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BLOCO III HIG - 025 
 
 
 
CANAIS DEFERENTES: 
Em número de dois, são delgados tubos que têm a finalidade de 
armazenar e transportar os espermatozóides do epidídimo até a uretra 
prostática, para serem eliminados por ocasião da ejaculação. 
 
VESÍCULAS SEMINAIS: 
São duas glândulas masculinas situadas abaixo da bexiga. Elas 
segregam um fluído espesso que se mistura com os espermatozóides 
formando o sêmem, o qual ajuda a neutralizar parte da acidez da 
vagina, em o que o espermatozóide não sobreviveria. 
 
PRÓSTATA: 
É uma glândula exclusiva do homem, situada no colo da bexiga, 
circundando a uretra. A próstata segrega um líquido leitoso e pouco 
denso, cujo volume aumenta durante o coito, denominado líquido 
prostático. Este se une ao líquido seminal no momento da 
ejaculação, atuando como nutriente para os espermatozóides, assim 
também como lubrificante para facilitar cópula. 
 
PÊNIS: 
É o órgão sexual masculino. Fixado à parte frontal da pélvis, ele é 
suspenso no exterior do corpo. É constituído anatomicamente pelos 
corpos cavernosos e pelo corpo esponjoso, através do qual 
caminha a uretra, por onde é eliminada a urina. Quando excitado 
entra em ereção atuando não só como órgão de cópula, como para dar 
passagem ao sêmen durante a ejaculação. 
 
FECUNDAÇÃO: 
Durante a relação sexual, milhões de espermatozóides maduros 
deslocam-se por uma rede de tubos até a extremidade do pênis. Daí 
são lançados no canal vaginal durante a ejaculação. A fecundação 
ocorre quando um dos espermatozóides encontra-se com um óvulo 
feminino, que a partir daí passa a chamar-se ovo ou zigoto. 
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BLOCO III HIG - 026 
 
 
 
12. MEMBROS: 
Destacando-se do tronco, temos dois pares de apêndices, os membros 
superiores e os inferiores. 
 
MEMBROS SUPERIORES: 
CINTURA ESCAPULAR: 
Compreendendo os omoplatas, as cabeças dos úmeros 
correspondentes e as clavículas, que se articulam na frente com o 
esterno. 
BRAÇO: 
Cuja estrutura óssea é formada por um único osso, o úmero. 
ANTEBRAÇO: 
Formado por dois ossos, o rádio e a ulna. 
MÃO: 
Dividida em carpo (com 8 ossos dispostos em duas fileiras), 
metacarpo (com 5 ossos) e dedos ou quirodáctilos, subdivididos em 
falanges, falanginhas e falangetas (com 14 ossos). 
 
Fig. H-16: Membros superiores. 
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BLOCO III HIG - 027 
 
 
 
13. MEMBROS INFERIORES: 
 
CINTURA PÉLVICA: 
Formada pelos ossos da pelve, as cabeças dos fêmures e a coluna 
sacro-coccigiana, com a qual se articulam. 
COXA: 
Cujo esqueleto é formado por um único osso, o fêmur, que é maior 
osso do corpo humano. 
PERNA: 
Cuja estrutura óssea é representada pela tíbia e fíbula. 
PÉ: 
Subdividido em tarso ou tornozelo (formado por 7 ossos), metatarso 
(formado por 5 ossos), e dedos ou pododáctilos, subdivididos em 
falange, falanginha e falangetas (com 14 ossos). 
 
Fig. H-17: Membros inferiores 
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BLOCO III HIG - 028 
 
 
 
14. MÚSCULOS: 
 
Movimentando os diferentes segmentos e componentes do organismo, 
existem os músculos, que de acordo com sua natureza, temos: 
músculos esqueléticos ou voluntários, os quais, presos aos ossos 
que constituem o esqueleto, (bíceps, tríceps) movimentam-se de 
acordo com a nossa vontade. Músculos lisos ou involuntários, que 
constituem a maior parte dos nossos órgãos internos (estômago, 
intestinos, útero) e funcionam independentemente da nossa 
vontade. E o músculo cardíaco, que embora seja estriado, tem seu 
automatismo próprio. 
 
Um músculo apresenta na sua constituição: células (fibras 
musculares), tecido conjuntivo, vasos sangüíneos e fibras 
nervosas. 
 
Fig. H-18: Músculos 
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BLOCO III HIG - 029 
 
 
 
 
Finalmente, revestindo o corpo humano existe um tegumento, a pele. 
 
15. PELE: 
A pele é a camada externa de proteção do corpo. Pesa cerca de 4Kg e 
recobre todo o corpo, numa área total de aproximadamente 2m2. Sua 
espessura varia de acordo com as diferentes regiões do corpo. Nas 
pálpebras ela é mais fina que no dorso. 
A pele divide-se em: Epiderme e Derme. Modernamente a hipoderme 
passou a chamar-se Tela subcutânea. A pele apresenta inúmeras e 
importantes funções. A mais importante é a de atuar como uma 
barreira entre os meios interno e externo. Além disso, ela desempenha 
um importante papel na regulação da temperatura corporal, 
excreção, secreção, síntese da vitamina D, sensibilidade 
(térmica, táctil e dolorosa) e aparência. A pele atua regulando a 
temperatura corporal através da conservação do calor do corpo em um 
ambiente muito frio. Através do suor, ela pode baixar a temperatura 
corporal nos ambientes muito quentes. As glândulas sudoríparas são 
inervadas pelo sistema nervoso simpático e parassimpático. A pele 
atua ainda na proteção do organismo contra estímulos lesivos que 
podem ser físicos, químicos, elétricos, térmicos ou biológicos. 
Quando íntegra, a pele bloqueia organismos patogênicos, não 
permitindo sua entrada no corpo, e, ao mesmo tempo, evita a perda 
excessiva de água, eletrólitos e proteínas para o meio externo. 
 
Fig. H-19: Anatomia da pele. 
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BLOCO III HIG - 030 
 
 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
O controle das doenças transmissíveis é dentre os programas de 
saúde do Governo o que deverá ter maior prioridade. Inúmeras são as 
atividades requeridas para que seus objetivos e metas sejam 
cumpridos tais como: 
- Vacinação; 
- Saneamento básico; 
- Melhoria da Habitação. 
- Educação para a saúde; 
- Investigação epidemiológica; e 
- Controle de doentes e comunicantes. 
 
A notificação de doenças, um dos elementos fundamentais no 
controle das doenças transmissíveis, contribui de dois modos distintos, 
a saber: 
 
A) Possibilita a descoberta de novos casos de doenças e o 
desencadeamento da investigação e das ações de controle dos 
comunicantes e do meio ambiente. 
B) Permite graças às informações decorrentes das notificações e 
investigações, a análise do comportamento epidemiológico das 
doenças, a avaliação dos programas elaborados e a fixação de novas 
metas e prioridades. 
 
Assim sendo, podemos conceituar Vigilância Epidemiológica como 
sendo o alerta permanente e responsável em relação à ocorrência e 
distribuição das doenças e dos fatores ou condições que propiciem o 
aumento do risco de transmissão ou da gravidade das doenças. 
São, portanto, de notificação compulsória às autoridades sanitárias os 
casos suspeitos ou confirmados de: 
 
1) Doenças que podem implicar em medidas de isolamento ou 
quarentena de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional; 
 
2) Doenças constantes de relação elaborada pelo Ministério da Saúde 
para cada Unidade de Federação, a ser atualizada periodicamente. 
 
As doenças abaixo relacionadas são objeto de notificação 
compulsória em todo o território nacional, bem como de investigação 
epidemiológica: 
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BLOCO III HIG - 031 
 
 
 
Febre amarela; Varíola 
Cólera; Poliomielite 
Tuberculose; Raiva humana 
Tétano; Dengue 
Doença meningocócica e outras meningites; Leptospirose 
Febre tifóide; Peste 
Bubônica 
Leishmaniose (visceral e cutâneo-mucosa); 
Encefalite por arbovírus; 
Esquistossomose; 
Malária; 
Doença de Chagas; 
Sífilis; 
Gonorréia 
SIDA. 
 
ENFERMIDADES 
 
As doenças que acometem o homem podem ser classificadas de 
diversas maneiras, tais como: agudas e crônicas, psicossomáticas e 
infecto-contagiosas. 
Em nosso estudo, daremos um enfoque especial às Infecto- 
contagiosas. Essas doenças podem, por serem transmissíveis, 
contagiar pessoas que entrem em contato com portadores. Para que 
isso não ocorra, existe a necessidade de conhecimento e conduta 
apropriados para o convívio no dia-a-dia. Elas podem ser classificadas 
como: 
Endêmicas: Quando sua presença é contínua dentro de uma zona 
geográfica determinada; 
Epidêmicas: Quando há uma eclosão e o número de casos que 
surgem na comunidade excede o da incidência normal esperada. 
Pandêmicas: Quando quase toda a população é atingida. 
 
1. ALGUNS TIPOS DE DOENÇAS: 
 
 MALÁRIA: 
É uma doença aguda causada por uma das espécies de protozoários 
do gênero Plasmodium. Seu período de incubação é, em média, de 
12 dias. 
No Brasil, ocorre malária por Plasmodium falcíparum, causador da 
Terçã maligna e Plasmodium vivax, causador da Terçã benigna. 
Raramente pelo Plasmodium malarie. 
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BLOCO III HIG - 032 
 
 
A transmissão ocorre através da picada de mosquitos do gênero 
Anopheles (fig 1). Para que a doença se propague, há necessidade 
que o ciclo Homem doente-Anofelino-Homem são, se complete. 
Raramente a transmissão ocorre por transfusões de sangue e 
excepcionalmente pela via congênita. A morbidade é elevada em 
regiões com vegetação exuberante e clima quente e úmido. No Brasil, 
a malária é endêmica na Região Amazônica e Centro-Oeste. Em 
São Paulo verificou-se casos isolados de malária no Vale do Ribeira e 
em pontos da fronteira com o Mato Grosso (Pantanal Mato-
grossense). O paciente apresenta febre alta e intermitente 
acompanhada de intenso calafrio, que o acomete a cada 24, 36 ou 48 
horas. Na forma maligna os sintomas são bem mais intensos, podendo 
a febre chegar até 41°C. As complicações mais freqüentes são: 
insuficiência renal aguda, choque, encefalite; coma malárico e edema 
agudo dos pulmões seguido de morte. O encontro do parasita no 
sangue do paciente dá o diagnóstico da doença. 
Na Terçã benigna a evolução é favorável. Pode se tornar crônica em 
20 % dos casos em que o diagnóstico não é feito precocemente ou o 
tratamento é mal orientado, não combatendo as formas teciduais. 
Na terçã maligna, a evolução é menos favorável e depende da 
presteza com que a doença for diagnosticada, o tratamento for 
estabelecido de imediato e não ocorreram complicações. O tratamento 
é feito com o emprego de antimaláricos, objetivando sempre 
combater as formas periféricas e teciduais. 
 
Fig. H-20: Mosquito transmissor da Malária 
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BLOCO III HIG - 033 
 
 
 
 FEBRE AMARELA: 
É uma doença aguda de início abrupto, caracterizado por febre alta 
com calafrios, perda de albumina pela urina (albuminúria), e 
vômitos hemorrágicos. Esses três sintomas caracterizam clinicamente 
a doença, que é produzida por um vírus. 
A Febre Amarela pode ser encontrada no Brasil nos Estados do AM, 
PA, AC, RO, AP e MT, considerada uma doença endêmica. Com um 
período de incubação de 3 a 6 dias, fase em que já se encontrao 
vírus no sangue do enfermo, sua transmissão ocorre pela picada de 
um mosquito, o Aaedes aegypti. Ao picar uma pessoa infectada o 
mosquito ingere o vírus. No seu organismo o vírus leva cerca de 12 
dias até se desenvolver e atingir a probóscide do inseto, isto é, a parte 
do organismo com a qual pica a vítima. Ao fazê-lo, ele injeta o vírus 
da Febre Amarela e se a pessoa estiver susceptível, contrairá a 
doença. 
 
Fig. H-21: Aaedes aegypti 
Existem dois tipos da doença: a Febre Amarela Urbana e Silvestre. 
A forma urbana pode ser controlada pela erradicação do mosquito. Já 
a silvestre é impossível de ser controlada, visto que o vírus é 
encontrado nas florestas no seu reservatório natural que são certos 
tipos de macacos. O Aaedes aegypti se desenvolve em águas limpas 
coletadas em vasilhas expostas ao tempo, em xaxins, em pratos 
com água, etc... É um pernilongo de hábitos diurno e domiciliar. 
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Como sintomas e sinais os enfermos queixam-se de dor de cabeça 
intensa e fortes dores nas costas. Apresentam febre alta com 
pulso lento, o que, em medicina, se chama “Sinal de Faget” e 
icterícia, isto é, a coloração amarelada da pele e das mucosas, fato 
que confere o nome à doença. Essa icterícia se deve à destruição 
das células do fígado e a passagem para a corrente sangüínea de 
grande quantidade de bilirrubina. Surgem também vômitos de sangue 
escuro (hematêmese), e consequentemente, evacuações de sangue 
também escuro (melena). Podem surgir pontos hemorrágicos na 
pele, as petéquias, e sangramento pelas gengivas. Segue-se 
hipotensão, delírio, choque, convulsões e coma. É uma doença que 
deixa o paciente muito prostrado, podendo levá-lo ao óbito em duas 
semanas. Os doentes que conseguem sobreviver ficam imunes para 
toda vida. A mortalidade é alta, em virtude de não haver tratamento 
específico. Faz-se o tratamento sintomático com analgésicos, 
antitérmicos, hidratação e com todos os cuidados de enfermagem. 
 
 DOENÇA DE CHAGAS: 
É uma doença sistêmica, infecciosa, endêmica, causada por um 
protozoário, o Trypanosoma cruzi. 
 
Intensamente disseminada nos Estados de GO, TO, MG, BA, SP, PR, 
RS, CE, PE e PB, a doença se apresenta de forma endêmica. Mais 
conhecida como Doença de Chagas, a Tripanossomíase americana 
ou Tripanossomíase cruzi é uma doença transmitida por insetos que 
durante o dia vivem escondidos nas frestas das casas de taipa na zona 
rural, conhecidos como Barbeiros ou Chupança. 
 
À noite eles saem do esconderijo e picam as pessoas adormecidas, 
geralmente nas pálpebras e na região da barba. Decorrido o período 
de incubação que é de 5 a 14 dias, o enfermo apresenta febre, mal-
estar, astenia, falta de apetite, dor de cabeça. Podem ocorrer 
adenomegalia, hepatoesplenomegalia e edema. 
 
É a fase aguda da doença. No entanto, o maior problema da Doença 
de Chagas é a sua fase crônica, quando o Trypanosoma cruzi se 
assesta no coração, esôfago e intestino grosso, causando aumento de 
volume desses órgãos. 
A profilaxia da Doença de Chagas consiste na educação sanitária, 
melhoria da situação sócio-econômica da população e no combate 
ao 
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Triatomídeo. Quanto ao tratamento, ainda não existe uma forma 
definitiva de combate específico da doença. No comércio, encontramos 
disponíveis os medicamentos Nifortimox e Benzonidazol, ambos 
com sérios efeitos colaterais. 
 
Fig. H-22: Ciclo do Trypanosoma cruzi e Barbeiro 
 
 CÓLERA: 
É uma doença aguda de início súbito, causada por um bacilo, o 
Vibrião Colérico, encontrado nas fezes. Originária da Índia, a doença 
expandiu- se para o mundo todo. Uma das últimas pandemias de 
Cólera ocorreu no Egito, em 1947, quando 10.265 pessoas morreram 
em apenas dois meses. Deduz-se que o Cólera coexista com 
populações de situação sócio-econômica precária, como doença 
endêmica. 
O período de incubação é de 1 a 3 dias e os sintomas iniciam com o 
surgimento abrupto de diarréia líquida, em grande quantidade, 
branco- acinzentada, lembrando água de arroz e contendo pedaços 
de muco. Não há cólicas abdominais, nem controle do esfíncter anal. 
Surgem também vômitos profusos. Essa fase é chamada de período 
de evacuação e dura de 2 a 12 horas. Em seguida, em virtude da 
intensa desidratação, a pele se torna frouxa, os olhos encovados e 
o paciente 
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apresenta um ar patético e grande ansiedade. Como é grande a 
perda de eletrólitos, o enfermo passa a ter câimbras intensas. O 
paciente não perde a consciência, mas seu estado de prostração e 
astenia é muito grande. Chama-se a essa fase período de colapso. 
Se o paciente sobrevive a esse estágio dramático da doença, em 
quatro a cinco dias entra na fase de convalescença. É o chamado 
período de reação. 
Para prevenir-se de contaminações, recomenda-se que a pessoa faça 
o tratamento da água que vai ingerir, seja pela ebulição ou com 
tabletes de cloro ou de iodo. Não se devem ingerir alimentos crus; 
ferver o leite ou usar o pasteurizado; selecionar os lugares de estada 
isentos de moscas e onde os alimentos sejam manipulados por 
pessoas sadias. 
 
Existe vacinação contra o cólera. Todavia, a Organização Mundial de 
Saúde constatou que somente 50 % das pessoas vacinadas adquiriam 
imunidade, fato que levou a dispensa da vacinação, visto que havia o 
perigo de algumas pessoas, acreditando estarem imunizadas, se 
descuidassem das medidas preventivas, chegando a contrair a 
doença. O cólera é facilmente tratado com o emprego de antibióticos. 
 
 ESQUISTOSSOMOSE MANSONICA (Verminose Intestinal): 
 
É uma enfermidade causada por um verme trematódeo do gênero 
Schistossoma Mansoni. 
No Brasil, a doença existe como forma endêmica nas Regiões 
Nordeste e Centro-Oeste. O seu período de incubação gira em 
torno de 4 a 6 semanas e vai desde a penetração das cercarias pela 
pele até a postura dos ovos pelas fêmeas adultas, que juntamente 
com os machos vivem acasalados nas veias do intestino do 
hospedeiro. Esses ovos atravessam a parede dos intestinos e são 
eliminados com as fezes. 
Se caírem n’água liberam os embriões chamados miracídios, que 
penetram num caramujo do gênero Planorbis, eventualmente 
existentes na região. 
No caramujo o miracídio evolui até chegar à fase de cercárias, as 
quais abandonam o caramujo e ficam livres na água. Se uma pessoa 
entra em contato com essa água, as cercarias penetram ativamente 
através da pele, caem na corrente sangüínea, passam pelos pulmões e 
depois ficam no fígado até se transformarem em vermes adultos. 
Nessa fase, vão para as veias do intestino e aí recomeça o seu ciclo. 
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Na fase aguda da doença o paciente pode apresentar infecção das vias 
aéreas superiores, bronquite asmatiforme, prurido e urticária. Pode 
ocorrer diarréia, febre, desidratação leve, e aumento doloroso do 
fígado e baço. Anos depois surgem os sintomas mais graves. Aí não há 
febre, o fígado se torna fibrosado, há aumento do baço, 
formação de varizes no esôfago, hipertensão porta ou hemorragia 
digestiva maciça causada por ruptura das varizes do esôfago. 
A profilaxia da doença consiste no combate ao caramujo, seja 
através do uso de inseticida lançado nas lagoas (método químico), 
ou pela presença de um outro caramujo do gênero pomacéa, que 
tem a capacidade de comer não só os ovos, como os embriões do 
planorbis, (método biológico), destruindo-os. A fase aguda da 
doença pode ser tratada com esquistossomicidas, acompanhado do 
tratamento sintomático. 
 
 
Fig. H-23: Ciclo evolutivo do Schistosoma mansoni 
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 FEBRE TIFÓIDE E PARATIFÓIDE: 
 
É uma doença febril aguda transmissível e com grave 
comprometimento sistêmico causada por um bacilo, a Salmonella 
typhi. Sua incidência é grande nas áreas carentes de saneamento 
básico e é transmitida somente ao ser humano através do ciclo anal-
fecal-oral, por água e alimentos contaminados com excreções 
humanas, doentes agudos e portadores sãos. Estes são pessoas 
que albergam nos seu organismo, a Salmonella typhi, porém não 
apresentam os sintomas da doença, e, portanto, capazes de transmiti-
la a outras pessoas. 
Os sintomas iniciais são perda de apetite, prostração, dor de cabeça 
intensa e contínua, desconforto abdominal e náuseas. Nos casos 
graves há confusão mental, delírio e coma. É muito comum diarréia 
sanguinolenta e a morte geralmente ocorre por perfuração 
intestinal e hemorragias. 
O diagnóstico da doença pode ser facilmente realizado através da 
cultura de sangue, das fezes, ou por reação feita no soro do doente, 
denominada Reação de Vidal. É uma doença de notificação 
compulsória e o enfermo deve ficar em hospital de isolamento. O 
cloranfenicol é o antibiótico de eleição no combate da Salmonella 
Typhi. 
 
 FEBRE PARATIFÓIDE: 
 
Esta é muito mais freqüente que a Febre Tifóide. Seus sintomas são 
mais brandos e é causada pela Salmonella paratyphi. O tratamento 
também é feito com o emprego do Cloranfenicol. 
 
 GONORRÉIA OU BLENORRAGIA: 
 
É uma doença adquirida através do contágio sexual, causada por uma 
bactéria, o diplococo, denominada Neisseria Gonorrheae. 
Após um período de incubação de 2 a 5 dias, a doença se manifesta 
subitamente causando no homem desconforto uretral seguido 
freqüentemente de ardor e dor à micção e a eliminação de secreção 
purulenta pelo meato uretral. É a uretrite anterior aguda que pode 
ascender e atingir a uretra posterior, próstata, vesículas seminais e o 
epidídimo. Na mulher pode causar uretrite e cervicites 
assintomáticas em cerca de 80 % dos casos. Algumas vezes ocorre 
secreção vaginal. A doença pode causar esterilidade, principalmente 
na 
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mulher bem como artrite, faringite e até endocardite e meningite. No 
recém-nascido pode causar cegueira. 
A doença é facilmente diagnosticada através da pesquisa dos 
gonococos em esfregaço da secreção purulenta. Seu tratamento é 
feito à base de Penicilina procainada na dosagem de 2.400.000 UI em 
cada nádega, precedida de um grama de Probenecid por via oral uma 
hora antes. Para os sensíveis à Penicilina, pode-se apelar para a 
Tetraciclina ou Ampicilina. 
 
 SÍFILIS ADQUIRIDA (LUES) – Venérea: 
A Sífilis ou Lues é uma doença infecciosa adquirida pelo contato direto 
com lesão infectada, causada por um espiroqueta, o Treponema 
pallidum. 
Trata-se de uma doença perigosa visto que os espiroquetas 
atravessam as mucosas íntegras ou a apele lesada e caem 
diretamente na corrente sanguínea que as levam imediatamente a 
todo o organismo. 
O período de incubação da doença vai de 10 a 90 dias. Geralmente 
os sintomas iniciais surgem por volta do 21° dia. Classicamente 
podemos dividir a Sífilis em três estágios diferentes, a saber: 
Sífilis Primária ou recente é o cancro duro que surge em média 5 a 
10 dias após o contato sexual. Trata-se de uma pequena úlcera com 
base endurecida, fundo liso e avermelhado e sem pus. É indolor 
atingindo o homem no sulco balanoprepucial, e a mulher nos 
grandes lábios e no colo uterino. Pode fechar-se espontaneamente, 
sem deixar cicatriz. Às vezes, acompanha-se de adenite satélite 
(íngua) pouco volumosa e indolor. 
Sífilis Secundária, caracterizada por uma erupção cutânea 
localizada ou generalizada, as roséolas sifilíticas; pequenas 
manchas avermelhadas e altamente contagiosas, que depois se 
infiltram passando à forma de sifílides papulosas, acompanhadas da 
queda de cabelo em forma de clareiras, placas na mucosa da boca, 
altamente contagiosas pelo beijo ou felação. 
Sífilis Terciária, que aparece muitos anos após terem desaparecidos 
os sintomas e sinais da fase secundária. Nesta fase a doença atinge 
órgãos nobres como a medula espinhal, o cérebro, o coração, o 
sistema músculo-esquelético, ocasionando dores intensas, 
demência paralítica, aortite sifilítica, estenose coronariana, perfuração 
do palato mole, destruição do septo nasal, e etc... 
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A doença é facilmente diagnosticada com a pesquisa do Treponema 
pallidum em material colhido das lesões, ou exames sorológicos 
(VDRL). E o tratamento é feito com Penicilina benzatina 
2.400.000 UI, duas doses de 7 em 7 dias. 
 
 HERPES SIMPLES: 
 
É uma doença causada por um vírus, o Herpevirus hominis tipo 2. 
Trata-se de uma dermatose vesiculosa que de uma forma geral, 
dissemina-se através do contato sexual com um parceiro que na 
ocasião está com herpes genital ou pelo contato orogenital com uma 
pessoa portadora de herpes labial em atividade. 
 
Com um período de incubação que vai de 2 a 20 dias, inicialmente 
surge um ardor tipo queimação, prurido (coceira) ou inchaço no 
ponto do órgão genital atingido. Depois aparecem micro vesículas que 
logo se rompem, formando uma única úlcera bastante dolorosa, 
apresentando secreção branco-acinzentada, que tendem à 
cicatrização, sem deixar vestígios. É comum a recidiva do processo e 
quase sempre nos mesmos locais. A doença é altamente 
contagiosa, mesmo que o paciente não apresente úlceras e persiste 
por toda a vida. A infecção neonatal parece ocorrer quando a mãe está 
com vesículas ou eliminando o vírus no momento do parto. 
Evidentemente que com manobras obstétricas adequadas o risco de 
infecção pode ser reduzido a zero. 
 
Os locais preferencialmente acometidos pelo herpes genital são, no 
homem: a glande, o prepúcio, o escroto e o períneo. Na mulher: o 
monte Vênus, períneo, pequeno e grandes lábios, clitóris, vagina 
e colo do útero. Antes das lesões surgirem, o paciente poderá sentir 
sintomas prodrômicos, tais como, sensação de queimor ou suave ardor 
na área genital, nevralgia nas nádegas ou na região das coxas, que 
perduram até 24 horas. 
 
 HERPES LABIAL RECORRENTE: 
 
Existem fatores que predispõem o aparecimento do Herpes labial, tais 
como: febre alta, queimadura do sol, traumatismos, tensão 
emocional (stress) e a fadiga. As lesões normalmente surgem do 
mesmo modo que o Herpes genital, localizando-se nos lábios, junto à 
borda vermelha, e evoluem igualmente para a cura. A estomatite 
herpética ocorre com bastante freqüência após o contato orogenital. 
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Até o presente momento não existe tratamento específico para o 
herpes. Recentes drogas antivirais aparentemente eficazes contra a 
doença como o Zovirax (Acylovir), podem aumentar a possibilidade 
de sucesso no tratamento dessa doença. 
 
 AIDS (SIDA) – SINDROME DA
 IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA: 
 
É uma doença infecto-contagiosa pelo vírus HIV-1. O vírus da 
Imunodeficiência Humana tipo 1. 
 
A doença ocorre em todo o mundo e estima-se que cerca de 32 
milhões de pessoas estejam infectadas pelo HIV-1. Embora o vírus da 
AIDS já tenha sido isolado da lágrima e da saliva, parece que somente o 
sangue, o sêmen, secreções vaginais e o leite materno têm a 
capacidade de transmitir a doença. Assim sendo, a transmissão da 
doença ocorre principalmente por: 1) Contato sexual; 2) Sangue e 
seus derivados; 3) Via materno-fetal, estando incluída nesta a 
gravidez, o trabalho de parto e a amamentação e 4) Materiais 
contaminados. 
 
O período de incubação é desconhecido. Os enfermos podem apresentar 
como sintomas uma síndrome viral aguda,com emagrecimento, 
diarréias, queda do cabelo, febre, erupções da pele, 
linfadenopatia, etc. A maioria dos indivíduos infectados, senão todos 
acabarão desenvolvendo a doença sintomaticamente. Isso se deve a 
imunossupressão que ocorre devido o tropismo que o vírus tem para 
com os linfócitos T, responsáveis pela defesa orgânica, favorecendo o 
aparecimento de doenças oportunistas e processos neoplásicos 
(Sarcoma de Kaposi). 
 
O diagnóstico é feito através da pesquisa de anticorpos circulantes 
no soro dos suspeitos soropositivos para HIV -1 e o tratamento é 
realizado com o emprego do AZT (Zidovudina), e coquetéis com 
drogas inibidoras da protease. 
 
 HEPATITE POR VÍRUS: 
 
Hepatite é uma doença primária do fígado, causada por sete tipos de 
vírus. Deteremos-nos somente o estudo da Hepatite causada pelos 
vírus A e B. 
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Com um período de incubação variando entre 10 a 40 dias, em 
média 21 dias, tanto a Hepatite A como a B pode ser transmitida por 
via oral, sexual e também por fezes e urina, bem como pelo beijo, 
saliva, alimentos contaminados, esperma e secreções. Ambas no 
primeiro estágio são agudas. O tipo A, muito comum no Brasil, 
acomete em grande parte as crianças; é sempre benigna, totalmente 
curável, e nunca se cronifica. Já 10 a 15% dos casos de Hepatite B 
tornam-se crônicos e de 5% destes evoluem para a cirrose. 
Durante o verão ocorre uma maior incidência de Hepatite B devido à 
poluição do mar, águas contaminadas por esgotos, além de alimentos 
como ostras e outros frutos do mar. 
Os principais sintomas são: mal-estar geral, enjôo, adinamia, vômitos 
após comer, febrícula, discreto desconforto e dolorimento no 
hipocôndrio direito, e icterícia, esta caracterizada pela pele e mucosas 
amareladas, fezes claras e urina escura. Elas podem ser, contudo, 
assintomáticas, o que torna o quadro mais perigoso, principalmente 
quando se trata do tipo B, a mais grave. A determinação do perfil 
hepático realizado no sangue do paciente permite ao médico saber se 
o mesmo apresenta lesão no fígado, se tem ou teve hepatite, ou 
se ela está crônica. 
Como medida de tratamento deve-se proceder ao isolamento do 
paciente mesmo no seu domicílio, com o cuidado de manter 
utensílios de seu uso exclusivo, uso de banheiro privativo, e todo 
material (seringas, agulhas, etc.), descartável. Repouso relativo e 
restrição de gordura, assim como evitar bebida alcoólica por um ano 
a partir da cura. O uso de medicamentos é discutido. Alguns 
preconizam o uso de Quebra-pedra, Interferon, etc.. . 
Preventivamente devem-se fazer uso de vacinas, tanto para a 
Hepatite A como a B, já existentes no Brasil. 
 
 MICOSES SUPERFICIAIS: 
As Micoses superficiais são doenças causadas por fungos, 
microorganismos popularmente conhecidos como “bolores”, que 
podem atingir a pele, as unhas e o couro cabeludo das pessoas, 
independente de idade, sexo ou cor. 
A doença se manifesta através de vermelhidão da pele, descamação e 
prurido. Pode ocorrer queda dos fios do cabelo que se quebram 
próximo à raiz e deformidade e escurecimento das unhas. Entre outras, 
podemos citar alguns tipos mais comuns de micoses superficiais como 
o Pano branco (pitiríase versícolor), a Impingem do couro 
cabeludo 
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(tinea capitis), Impingem da pele glabra (tinha córporis), e a 
frieira ou pé de atleta (dartro). 
A prevenção das micoses superficiais deve ser feita através dos 
cuidados que se deve tomar com o corpo, como secar bem os pés 
após o banho, evitar o uso de sapatos fechados, principalmente no 
verão, usar meias sempre limpas e secas, bem como pó anti séptico 
nos pés e etc. 
O tratamento normalmente é feito à base de antimicóticos por via 
oral ou tópico em forma de loções, cremes ou pós; e a persistência 
no tratamento é à base do sucesso para a cura. 
 
 TÉTANO: 
O tétano não é uma doença contagiosa. Trata-se da infecção pelo 
Clostridium tetani, um microorganismo encontrado na terra, no 
adubo e na sujeira. Sua transmissão ocorre pela penetração dos 
esporos do Tétano no corpo através de uma ferida aberta (um corte, 
uma espetada, uma queimadura etc...), ou pelo umbigo do recém-
nascido. O Clostridium tetani libera então uma toxina que atinge o 
sistema nervoso central, causando séria rigidez e espasmos 
musculares. 
O período de incubação do Tétano é variável, sendo de três a vinte e 
um dias no Tétano Acidental, e de três a dez dias no Tétano 
Neonatal. O começo é lento e como sintomas o paciente apresenta 
rigidez muscular, especialmente no queixo e no pescoço. 
Quarenta e oito horas após, a doença está definida, apresentando-se 
dificuldade de abrir a boca e de engolir, inquietação, hiper 
irritabilidade, dor de cabeça, calafrios, dor nas extremidades e 
espasmos. A função muscular normal pode ficar tão prejudicada, que a 
respiração pode se interromper nos primeiros três a quatro dias. Uma 
característica da doença é a expressão facial denominada riso 
sardônico, revelando-se pelo franzimento da testa e afastamento 
dos cantos da boca, como se o doente estivesse chorando do nariz 
para cima e rindo do nariz para baixo. O maior perigo desta doença é 
a infecção tetânica da ferida umbilical, pela falta de cuidados 
higiênicos. É o chamado mal-de-sete- dias, pois é por volta do fim 
da primeira semana que o recém-nascido apresenta os sintomas 
característicos da doença. 
O tempo necessário para a recuperação completa do doente depende 
da gravidade da doença, mas geralmente, é de três semanas. A 
vacinação preventiva é de suma importância para o controle dessa 
doença. 
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BLOCO III MED – 01 
 
 
 
 
Todas essas doenças antes mencionadas podem ser transmitidas e 
contagiar as pessoas que entrem em contato com portadores. 
E, para que isso não ocorra, há necessidade do conhecimento e de 
técnicas apropriadas para um convívio adequado às nossas 
necessidades. 
 
Na aviação: “É proibido o portador de doenças infecto- 
contagiosas viajar em aviões comerciais”. O ideal seria 
transportar esses pacientes em aviões-ambulância. Mas, 
infelizmente isso não acontece e nessas horas somos obrigados a ter 
conhecimentos que nos ajudem a superar o fato. 
Todas as enfermidades infecto-contagiosas têm um período que vai 
do momento em que houve o contato até o aparecimento dos 
sintomas. É o chamado Período de Incubação, o qual é bem 
variado e depende do agente infectante que pode ser um vírus, 
uma bactéria e outros patógenos. Abaixo estão relacionados alguns 
exemplos de períodos de incubação. 
 
Gripe 01 a 03 dias 
Gonorréia 02 a 09 dias 
Sífilis 00 a 30 dias 
Rubéola 14 a 25 dias 
Sarampo 07 a 14 dias 
Caxumba 20 a 26 dias 
Tétano 02 a 15 dias 
Meningite 02 a 10 dias 
Hepatite 10 a 40 dias 
Assim sendo, existe tempo suficiente para que, se por ventura 
algum tripulante entrar em contato com um passageiro doente, ter 
a informação correta de como se prevenir, recorrendo ao 
Departamento Médico de sua empresa. 
Todavia, deve-se enfatizar que a melhor prevenção contra essas 
doenças é a vacinação. E as vacinas, quando existentes, são 
imunizações preventivas, com resultados probatórios. Assim sendo, 
é necessário que se vacinem todos aqueles que entrem em contato 
com doentes ou mesmo o público em geral, principalmente quando 
existe a possibilidade da ocorrência de surtos epidêmicos, do 
deslocamento para áreas endêmicas, ou a permanência em 
ambiente confinado, como é o caso de uma aeronave. 
Algumas vacinas são obrigatórias, por isso, é muito importante 
perguntar aos pais, quais foram as doenças infecto-contagiosas 
que 
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tivemos na infância, e quais as vacinas tomadas e no caso de 
dúvida, reforçá-las. 
Dependendo da localidade para onde o vôo se realizar, existe a 
necessidade de se fazer vacinação preventiva. No território 
nacional, recomenda-se: 
VACINAS OBRIGATÓRIAS NA AVIAÇÃO COMERCIAL: 
Febre Amarela e Tétano. 
VACINAS IMPORTANTES: 
Antidiftér
ica; 
Antigripal
; Anti-
rubéola; 
Contra parotidite (caxumba); 
Contra cólera; 
Contra meningite 
tipo B; Contra 
sarampo; 
Contra hepatites A e 
B; Contra 
tuberculose; Contra 
varicela (catapora). 
Como se pode ver existem doenças que ainda não possuem 
vacinas preventivas. Entre elas podemos citar: Malária, Sífilis e 
Aids. Para estes casos, o importante é a prevenção. 
No Brasil, por ser um país tropical com vasta extensão territorial 
existe uma grande disseminação de doenças infecto-contagiosas, 
que podem acometer os aeronautas. 
No caso de pacientes com sinais e sintomas de meningite a 
bordo, (febre alta, vômitos em jato, dor de cabeça intensa e rigidez 
da nuca), recomenda-se, se consciente, deixá-los nos últimos 
assentos e comunicar ao Comandante para que faça um pouso 
alternado, encaminhando o enfermo a um hospital. 
Doenças próprias da infância como: Rubéola, Sarampo e 
Varicela (Catapora) têm um aumento típico na primavera. E, hoje 
em dia, são facilmente controladas com a vacinação preventiva. 
“Não há palavras e nem frases que possam nos manter seguros, há somente 
ações. Todos têm o direito de viver em um ambiente seguro sem correr 
riscos desnecessários e sem receios de danos à sua saúde. Este não e um 
sonho ideológico, é a nossa visão”. 
SESMT 
 
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BLOCO III MED – 01 
 
 
 
 
 
MEDICINA AEROESPACIAL 
 
1. A ATMOSFERA TERRESTRE: 
Para que se entenda a Medicina de Aviação, é necessário que tenhamos 
em mente algumas noções sobre o ambiente onde ocorre o voo: a 
atmosfera. 
A atmosfera é a camada gasosa que envolve a Terra e a acompanha em 
todos os movimentos ao redor do Sol. Não se sabe precisamente onde a 
atmosfera termina, visto que sua última camada, a exosfera, não tem 
limite definido. 
A atmosfera é divida em camadas, a saber: a troposfera, a camada 
mais próxima da Terra, que até 10.000 pés de altitude, é chamada de 
biosfera. Seu limite superior chega a 19 km no equador. É a zona de 
grandes turbulências. Depois, vem a tropopausa, que tem 3 a 5 km de 
espessura e cujo limite superior está em torno de 24 km, no equador. 
Segue-se a estratosfera, com a altura de até 70 km Depois, a 
ionosfera, que atinge até 500 km de altura. Por último temos a 
exosfera, cujo limite superior está em torno de 1.000 km. A exosfera 
é ainda atmosfera, com ar muito rarefeito. Segue-se a magnetosfera, 
espaço interplanetário, que se estende até 100.000 km. E, por fim, o 
infinito. É na ionosfera que se refletem as ondas curtas, médias e 
longas emitidas pelas estações de rádio. Atualmente, o limite da 
atmosfera é considerado a 35.000 Km da superfície terrestre. Aí a 
força centrífuga se torna superior à da gravidade. 
 
Fig. I-1: As camadas da atmosfera 
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A atmosfera é composta, essencialmente, de Nitrogênio (78%), 
Oxigênio (21%), Gás Carbônico (0,03%), e traços de seis gases 
raros: hélio, argônio, neônio, xenônio, criptônio e hidrogênio. 
As várias camadas sobrepostas da atmosfera exercem uma pressão 
sobre todos os corpos colocados na superfície da Terra, chamada 
pressão barométrica ou pressão atmosférica, que ao nível médio do 
mar (NMW) é igual a 760 mm Hg e corresponde a 1 Atm ou 1013.2 
hectopascal, ou milibares. À medida que se ganha altitude, a pressão 
atmosférica cai. 
Considerando-se a pressão atmosférica como um total, estende-se que 
seu peso corresponde ao da soma de cada uma das parcelas dos gases 
que a compõem. Assim sendo, a pressão atmosférica é a soma da 
pressão parcial de cada gás. 
 
2. OSCILAÇÃO DA PRESSÃO PARCIAL DO OXIGÊNIO: 
 
ALTURA EM PÉS VALOR DA P. ATMOSFÉRICA PP DE OXIGÊNIO 
30.000 226,6 mm Hg 47,2 mm Hg 
19.000 364,0 mm Hg 76,1 mm Hg 
4.000 656,3 mm Hg 137,3 mm Hg 
1.000 732,0 mm Hg 153,3 mm Hg 
N.W.M 760,0 mm Hg 159,6 mm Hg 
 
3. PRESSURIZAÇÃO: 
 
Fig. I-2: Aeronave pressurizada 
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É a manutenção da pressão da cabine de uma aeronave compatível com 
a altitude fisiológica do ser humano. A pressurização da cabine permite 
que os tripulantes e passageiros voem em um jato a 34.000 pés de 
altitude, aproximadamente 10.200 metros, onde as condições 
atmosféricas são totalmente hostis, impossibilitando a vida humana, e 
desfrutem de um ambiente semelhante ao da superfície terrestre. 
Até a descoberta das cabines pressurizadas (1943), os voos comerciais 
não podiam ser feitos acima de 12.000 pés. Hoje os aviões a jato vão 
até 42.000 pés e os supersônicos até 65.000 pés. Em qualquer um dos 
casos, no entanto, a cabine da aeronave deve estar pressurizada a uma 
altitude correspondente a, no máximo, 8.000 pés. Habitualmente, essa 
pressurização gira em torno de 6.000 a 7.500 pés. 
 
 
 
Fig. I-3: Primeira aeronave pressurizada (L-49 Constellation) 
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Fig. I-4: Altitude de pressurização 
 
 
4. DESPRESSURIZAÇÃO: 
 
Voando a uma grande altitude, a aeronave leva no interior da sua 
cabine uma amostra de atmosfera de menor altitude, e, portanto, de 
maior pressão que a do ambiente externo no qual a aeronave 
encontra-se voando. Se ocorrer uma despressurização imprevista da 
cabine, como por exemplo, a perda de uma janela, num jato voando a 
42.000ft, o tempo em que a pressão interna igualar-se à externa será 
de algo em torno de 14 segundos. Se em vez da janela fosse perdida 
uma porta, esse tempo ficaria reduzido para menos de 1 segundo. 
 
A despressurização é o maior risco que poderão enfrentar os ocupantes 
de uma aeronave nas grandes altitudes. E, quanto menor o tempo de 
descompressão, maiores serão os danos físicos sofridos pelos 
passageiros e tripulantes. A despressurização pode ser: 
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 Explosiva: De ocorrência muito rara e conseqüente a acidentes. A 
perda da pressão é instantânea, em menos de 1 segundo. 
 
 Lenta: É uma ocorrência devido a vazamentos mínimos da cabine, 
facilmente controlável e com grande margem de segurança. 
 
 Rápida: É a de ocorrência mais freqüente e importante, levando 
cerca de 1 segundo para as pressões se igualarem, e pode 
acarretar: 
 
Os objetos leves sobem para o teto e as pessoas ouvem um 
sopro no local por onde a pressão escarpa. 
Resfriamento brusco da cabine devido à acentuada queda da 
temperatura, com a formação de uma intensa neblina de rápida 
duração. 
Momentânea sensação de ofuscamento e confusão mental. 
Saída brusca do ar dos pulmões, exalado violentamente pelo 
nariz e pela boca, trazendo a sensação de um súbito aumento dos 
pulmões dentro do tórax. 
Dificuldade de articular as palavras e de ouvir os sons, devido à 
rarefação do ar. 
Hipóxia severa, caso o equipamento de oxigênio não venha a ser 
usado de imediato. 
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Aeroembolismo severo. 
Aerobaropatias por descompressão dos gases cavitários. 
 
Em uma situação emergencial dessa magnitude, quais as medidas a 
serem tomadas? 
 
O comandante deverá descer a aeronave à razão de 4.000 a 
6.000 pés por minuto, até atingir uma altitude de segurança, 
onde todos os ocupantes da aeronave possam respirar sem o 
auxílio do sistema fixo da aeronave.

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