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PORTFOLIO ANATOMIA (2)

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INTRODUÇÃO
O estudo da anatomia humana é de sumo importância na área da saúde sendo usada a todo o momento, inclusive na realização do exame físico de enfermagem é uma fase essencial da assistência sistematizada que deve ser executada de forma criteriosa pelos profissionais enfermeiros, visando uma atuação profissional científica. A identificação correta dos problemas apresentados pelos pacientes, através de uma avaliação clínica cuidadosa, torna-se fundamental para o desenvolvimento das ações do enfermeiro.
Uma vez que permite ao enfermeiro validar os achados da anamnese, identificar problemas, definir diagnóstico de enfermagem, planejar e implementar ações de enfermagem e acompanhar a evolução do paciente. Como etapa relevante, procura-se por anormalidades, sinais objetivos e verificáveis que possam conter informações sobre os problemas de saúde significativos para a identificação dos diagnósticos de enfermagem, subsídios essenciais para o planejamento da assistência, para isso usamos a anatomia, onde podemos conhecer a fundo o corpo humano no seu funcionamento e partes importantes como, o sistema tegumentar, esquelético, muscular, nervoso, cardiovascular, respiratório, digestório, urinário, endócrino e reprodutor, tudo isso numa só junção de estudos rico para ser garimpado por nos da área da saúde, para salvar vidas.
RELATOS DE CASO
Sumário
ESTRUTURA CORPÓREA	3
SISTEMA TEGUMENTAR	4
SISTEMA ESQUELÉTICO	5
SISTEMA MUSCULAR	6
SISTEMA ARTICULAR	7
SISTEMA NERVOSO	8
SISTEMA ENDÓCRINO	9
SISTEMA DIGESTÓRIO	10
SISTEMA RESPIRATÓRIO	11
SISTEMA CIRCULATÓRIO	12
SISTEMA LINFÁTICO	13
SISTEMA EXCRETOR	14
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO	15
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO	16
CONCLUSÕES	17
ESTRUTURA CORPÓREA
A composição corporal refere-se a quantidade e proporção dos diversos constituintes do corpo humano, os quais estão relacionados com a saúde, doença e qualidade de vida do indivíduo; como conseqüência, o interesse pelo estudo da composição corporal tem aumentado nos últimos cem anos, com o surgimento de novas tecnologias para a medição de seus vários componentes. Este tema é estudado atualmente na perspectiva de mortalidade e morbidade, em relação a obesidade, mudanças que ocorrem durante o processo de crescimento e desenvolvimento, relações com a aptidão física, treinamento esportivo, desempenho esportivo, nutrição, diferenças sócio-culturais entre outros aspectos de pesquisa na área (Hawes in Eston & Reilly, 1996; Heyward & Stolarczyk, 1996). 
Desde o nascimento, cada indivíduo traz características biológicas que o definem fisicamente. Tratam-se dos biotipos, também chamados de somatótipos, que são herdados geneticamente. Isso explica porque algumas pessoas comem demais e não engordam, assim como algumas ganham peso com mais facilidade, por exemplo.Em 1940, o americano William Sheldon classificou o biotipo em três denominações, baseados em três componentes primários, relativos ao genótipo do indivíduo que são: endomorfia, mesomorfia e a ectomorfia. Conhecer o seu biotipo pode te ajudar a ter resultados mais satisfatórios no treino, já que cada um exige uma dieta e foco diferente.
Como visto, os três biotipos definem as estruturas corporais. Seja em relação ao acúmulo de gordura, como também no tamanho dos ossos. Geralmente, nosso corpo possui características de dois biotipos, sendo que um prevalece mais que o outro. 
CARACTERÍSTICAS DOS ECTOMORFOS
 São naturalmente magros, com baixo percentual de gordura. Possuem dificuldade em ganhar peso, quer seja massa muscular ou gordura. Possuem uma estrutura óssea estreita, ombros curtos, cintura fina e uma caixa torácica estreita.
CARACTERÍSTICAS DOS MESOMORFOS
 Podem ganhar e perder peso, quer seja massa muscular ou gordura. Possuem estrutura óssea ideal, têm os ombros largos e a cintura estreita, além de uma caixa torácica larga. Mesomorfos não encontram muitos desafios ou barreiras durante os treinos, já que possuem um corpo praticamente atlético e os resultados são obtidos com maior facilidade.
CARACTERÍSTICAS DOS ENDOMORFOS
 Possuem muita facilidade em ganhar peso. São naturalmente pesados e têm os ombros largos, caixa torácica e cintura largas. Apesar de ganharem peso com muita facilidade, normalmente o peso que ganham é mais de gordura do que músculo, tendo sempre dificuldade para perdê-la.
SISTEMA TEGUMENTAR
A pele recobre a superfície do corpo, sendo constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. Dependendo da espessura da epiderme, distinguem-se a pele fina e a espessa A pele espessa é encontrada na palma das mãos, na planta dos pés e em algumas articulações. O restante do corpo é protegido por pele fina. Abaixo e em continuidade com a derme encontra-se a hipoderme ou tecido celular subcutâneo, que não faz parte da pele, apenas lhe serve de união com os órgãos subjacentes. A hipoderme é um tecido conjuntivo frouxo que pode conter muitas células adiposas, constituindo o panículo adiposo. A pele é um dos maiores órgãos, alcançando 16% do peso corporal, e desempenha múltiplas funções. Graças à camada queratinizada da epiderme, protege o organismo contra desidratação e atrito. Por meio de suas terminações nervosas sensoriais, recebe constantemente informações sobre o ambiente e as envia para o sistema nervoso central. Graças a seus vasos sanguíneos, glândulas e tecido adiposo, colabora com a termorregulação do corpo. Suas glândulas sudoríparas participam da termorregulação e da excreção de várias substâncias. Um pigmento que é produzido e acumulado na epiderme, a melanina, tem função protetora contra os raios ultravioleta. Na pele se forma vitamina D3 pela ação da radiação ultravioleta do sol sobre precursores sintetizados no organismo. Apresenta ainda células do sistema imunitário, que atuam contra a invasão de microrganismos. A junção entre a epiderme e a derme é irregular. A derme tem projeções, as papilas dérmicas, que se encaixam em reentrâncias da epiderme, as cristas epidérmicas, aumentando a coesão entre essas duas camadas. Pelos, unhas e glândulas sudoríparas, sebáceas e mamárias são estruturas anexas da pele. 
Epiderme: é constituída por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. As células mais abundantes nesse epitélio são os queratinócitos. A epiderme apresenta ainda três tipos de células: os melanócitos, as células de Langherans e as de Mercel. A espessura e a estrutura da epiderme variam com o local estudado, sendo mais espessa e complexa na palma das mãos, na planta dos pés e em algumas articulações. Nessas regiões, a espessura chega até a 1,5 mm e apresenta, vista da derme para a superfície, cinco camadas - basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea.
Derme: é o tecido conjuntivo em que se apoia a epiderme e une a pele ao tecido subcutâneo ou hipoderme. A derme apresenta espessura variável de acordo com a região observada, alcançando um máximo de 3 mm na planta do pé. Sua superfície externa é irregular, observando-se saliências, as papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias correspondentes da epiderme. A derme é constituída por duas camadas, de lunites pouco distintos: a papilar, superficial, e a reticular, mais profunda. A camada papilar é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que se inserem por um lado na membrana basal e pelo outro penetram profundamente a derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme à epiderme. Os pequenos vasos sanguíneos observados nessa camada são responsáveis pela nutrição e oxigenação da epiderme. A camada reticular é mais espessa, constituida por tecido conjuntivo denso. Ambas as camadas contêm muitas fibras do sistema elástico, responsáveis, em parte, pela elasticidade da pele. Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, também são encontradas na derme as seguintes estruturas, derivadas da epiderme: folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.
Hipoderme: formada portecido conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme a derme aos órgãos subjacentes. f. a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas quais se apoia. Dependendo da região e do grau de nutrição do organismo, a hipoderme pode ter uma camada variável de tecido adiposo que, quando desenvolvida, constitui o panículo adiposo. O tecido adiposo modela o corpo, é uma reserva de energia e proporciona proteção contra o frio (a gordura é bom isolante térmico).
DESCRIÇÃO DE CASO
Perfil da paciente M.B.M.S., sexo feminino, 58 anos, queixando dor no membro inferior esquerdo (MIE). Cursa com febre e náuseas há 05 dias. Procurou atendimento médico e recebeu uma dose de penicilina benzatina. Devido à piora do quadro e do estado geral, a paciente procurou esse hospital em busca do serviço de saúde. Paciente hipertensa, em uso de captopril (3x/dia) e hidroclorotiazida (1x/dia). Nega diabetes mellitus. Realizou duas cirurgias prévias: varicectomia (retirada de varizes) em 2003 e laqueadura tubária em 2011. Nega alergia medicamentosa. Durante o exame físico verificou-se comprometimento do estado geral, consciente, bem orientada e eupnéica. Ao MIE observa-se edema, rubor e calor presentes. Apresenta lesão em cicatrização no pé esquerdo. Ao mesmo membro, paciente evolui com bolhas drenando secreção serosa. Com relação à hematologia do paciente, tem-se: hemoglobina (10,2g/dl); hematócrito (32,4%); leucócitos (17.500/mm3); plaquetas (433.000mm3). Quanto aos sinais vitais: temperatura (36,4ºC); frequência respiratória (20irpm); frequência cardíaca (87bpm); pulso (76bpm); pressão arterial (130x80mmHg).
Na paciente em questão, a erisipela iniciou-se através de um processo infeccioso cutâneo de forma a atingir a gordura do tecido celular subcutâneo, sendo o mesmo acometido por uma bactéria (Streptococcus pyogenes grupo A), mas também pode ser acometido por outros estreptococos ou até por estafilococos. Manifestou-se, principalmente, nas pernas e nos pés, mas pode também aparecer em membros superiores, tronco e face em uma proporção menor. A bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum nos diabéticos, obesos e portadores de deficiência da circulação venosa dos membros inferiores (MMII) não sendo contagiosa. Quanto aos fatores facilitadores à sua aquisição, a erisipela ocorre em decorrência de uma bactéria penetrar numa pele favorável à sua sobrevivência e reprodução. A porta de entrada quase sempre é uma micose interdigital, mas qualquer ferimento pode desencadear a doença. A pele desta paciente estava favorável por apresentar edema nas pernas (região de prevalência), principalmente nos pacientes diabéticos, obesos e idosos. A mesma nega diabetes, sem relato do peso na anamnese e idade propícia a fator de risco para aquisição. Os primeiros sintomas foram àqueles comuns a qualquer infecção: calafrios, febre, astenia, cefaleia, mal-estar, náuseas e vômitos. Embora as alterações da pele possam se apresentar rapidamente e variam desde uma simples vermelhidão, dor e edema (inchaço) até a formação de bolhas e feridas por necrose (morte celular) da pele. No início, a pele apresentou-se lisa, brilhosa, vermelha e quente. Com a progressão da infecção, o inchaço aumenta, surgindo as bolhas e um conteúdo amarelado ou achocolatado (secreção serosa/serossanguinolenta) e, por fim, a necrose da pele. Em alguns casos, é comum o paciente queixar-se “íngua” (aumento dos gânglios linfáticos na virilha) não sendo o caso desta. O diagnóstico médico foi feito através do exame clínico, analisando os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Não houve necessidade de nenhum exame de sangue ou de outro exame especial da circulação, a não ser para acompanhar a evolução do paciente. Quando o paciente é tratado logo no início da doença, as complicações não são tão evidentes ou graves. As crises repetidas foram evitadas através de cuidados higiênicos locais, mantendo os espaços entre os dedos sempre bem limpos e secos, tratando adequadamente as frieiras, evitando e tratando os ferimentos das pernas e tentando manter as pernas desinchadas. A paciente absteve-se de uma dieta controlada na qual procurou evitar engordar, bem como permanecer muito tempo parado, em pé ou sentado. O uso constante de meia elástica ajudou na diminuição do inchaço, bem como fazer repouso com os MMII elevados sempre que possível. A mesma foi orientada a procurar um médico especialista em cirurgia vascular e endovascular quando apresentar qualquer dos sintomas iniciais da doença, relatados anteriormente. Perante a usuária internada sob a responsabilidade da enfermagem, os alunos de enfermagem avaliaram a condição clínica da paciente, determinou o diagnóstico de enfermagem, segundo uma adaptação realizada dos diagnósticos da Nanda, planejou os cuidados, implementou o plano de intervenções e avaliou os resultados. Os diagnósticos, orientadores das “atividades do cuidar” pelos enfermeiros, contribuíram para a elaboração de planos de cuidados individualizados e implementação de intervenções, com a supervisão e orientação do professor preceptor.
SISTEMA ESQUELÉTICO
Aproximadamente um quinto do peso total de um indivíduo saudável é composto por seus ossos. O esqueleto humano é uma estrutura resistente, viva e flexível que tem dentre suas funções sustentar e proteger tecidos e órgãos do corpo.
O esqueleto é um conjunto de ossos e cartilagens ligados entre si para formar o arcabouço do corpo e desempenhar várias funções. Os ossos são rijos com variação de forma, coloração e número, geralmente unidos por articulações e ligamentos (formando o esqueleto articulado) ou isolados, dos quais os únicos exemplos são o osso hioideo e os sesamóides. Pode-se citar várias funções importantes do esqueleto humano, tais como:
 • Sustentação e conformidade: fornece uma base estrutural para o corpo, sustenta os tecidos moles e forma pontos fixos para tendões de diversos músculos esqueléticos; 
• Proteção: protege órgãos nobres (encéfalo, coração e pulmões) contra traumatismos externos; 
• Participação na alavancagem (movimentação): juntamente com os músculos esqueléticos desloca o corpo ou parte dele;
 • Hematopoiese: produz células sanguíneas através da medula óssea vermelha; 
• Homeostasia mineral: armazena vários tipos de minerais, principalmente cálcio e fósforo.
 • Armazenamento de energia: armazena lipídios na medula óssea amarela ou flava.
 O esqueleto humano está didaticamente dividido em duas grandes partes: 
• Esqueleto axial: medial formando o eixo do corpo, constituído pelos ossos do crânio e face, coluna vertebral, costelas e esterno. (Do latim axis igual a eixo, está formado por 80 ossos, sendo 28 ossos entre crânio e face. E 26 ossos da coluna vertebral, 24 costelas, um osso esterno e um osso hioide). 
• Esqueleto apendicular: formado pelos ossos dos membros superiores e inferiores. 
A junção destas duas porções se faz por meio de estruturas ósseas denominadas cinturas: escapular ou torácica (formada pela escápula e clavícula) e pélvica (formada pelos ossos do quadril). O osso do quadril é formado pelos ossos ílio, pube e ísquio.
Um indivíduo adulto tem 206 ossos, mas esta quantidade pode variar se forem levados em consideração alguns fatores, como:
 • Fatores etários: em recém-nascidos o osso frontal é formado é formado por duas metades, sendo posteriormente unidos durante o crescimento, já em alguns idosos pode ocorrer a soldadura de dois ou mais ossos, levando a diminuição numérica dos mesmos.
• Fatores individuais: pode ocorrer que em alguns indivíduos adultos o osso frontal não solde ou pode haver também a presença de ossos extranumerários, determinando dessa forma a variação no número total de ossos. 
DESCRIÇÃO DE CASO 
Recém-nascida de I.S., 5 dias de vida, sexo feminino, 2.460 g, raça negra, idade gestacional não informada, parto eutócico hospitalar, transferida de maternidade pública. A mãe não teve acompanhamento pré-natal e negava doenças familiares. A criança deu entrada em estadoagônico, mucosas hipocoradas, grave insuficiência respiratória, com frequência respiratória de 66 rpm, marcada tiragem intercostal, retração esternal, cianose intensa por hipoxemia grave. O aspecto do recém-nascido era disforme, com extremidades curtas e encurvadas. Notava-se crepitação subcutânea na região da patela e no terço médio da tíbia e fíbula. A cabeça parecia desproporcional, tendendo a ser maior em relação ao tamanho do corpo, orelhas de implantação baixa e com escleróticas azuladas (halo azul). Tinha frequência cardíaca de 146 bpm, sopro sistólico audível em todos os focos auscultatórios, com ictus cordis e frêmito de ++++++/6, com abdome distendido e hepatomegália de 4 cm. Realizadas manobras de suporte básico de vida, incluindo a entubação orotraqueal e a transferência para a Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, sendo submetida à assistência ventilatória contínua. Foi concebida a hipótese diagnóstica de OI, sendo solicitados os seguintes exames complementares: - raio X de ossos longos. O exame de imagem radiológica mostrou múltiplas fraturas na clavícula, úmero, rádio, ulna, patela, fêmur, tíbia e fíbula. Ecografia com Doppler do coração. Cor em situs solitus, boa concordância atrioventricular e ventrículo-lateral, cavidades direitas predominando sobre as esquerdas, septo ventricular íntegro. Defeito septal auricular tipo ostium secundum de mais ou menos 3 mm com shunt de esquerda à direita, espessamento das sigmoideas da veia pulmonar. Tronco da artéria pulmonar discretamente dilatado. Gradiente transvalvular pulmonar e aórtico normal, funções sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo mantidas, sem alterações valvulares morfofuncionais significativas (Figura 3) Não foi realizada radiografia de crânio. O tratamento específico para OI com pamidronato dissódico foi instituído. A recém-nascida foi submetida a suporte avançado de vida para choque cardiogênico com utilização de drogas vasoativas e sedação leve para conforto no suporte ventilatório mecânico. Mantinha-se totalmente dependente de noradrenalina associada à dobutamina, drogas vasoativas para reduzir pré-carga e pós-carga. O aspecto mais preocupante para toda a equipe, objeto de intensa vigilância pelo grupo multiprofissional, foi relativo a não causar inadvertidamente novas fraturas nos períodos de manipulação da criança para aspiração endotraqueal e mudanças de decúbito. Recebeu a ingesta de cálcio e vitamina D por alimentação enteral. Apresentou pneumonia durante a evolução, em ventilação mecânica, e recebeu antimicrobianos conforme as culturas realizadas. Respondeu aos diuréticos e coloide administrados, na tentativa de redução da anasarca observada. Contudo, houve piora progressiva das condições gerais e o recém-nascida veio a falecer com 24 dias de vida. Um dado que chamou a atenção no presente caso foi a presença de comunicação interatrial (CIA) com integridade aórtica e mitral. A anormalidade cardíaca mais frequentemente assinalada em tais casos diz respeito às estruturas esquerdas, com um único caso descrito de envolvimento do coração direito. As anomalias do coração esquerdo assinaladas são: dilatação do tronco da aorta, presente em 12% dos casos; regurgitação aórtica seguida de prolapso mitral; e, mais raramente, dissecção aórtica, aneurisma do sinus de Valsalva e dissecção de artéria coronária. A ocorrência de CIA não foi assinalada anteriormente como parte das anormalidades cardíacas presentes na OI, sendo esta a primeira vez em que é encontrada. O fato de não ter sido realizada a radiografia de crânio para a documentação da existência de ossos wormianos não invalida a hipótese de que se trate de OI tipo II, pois os outros aspectos são bastante importantes em favor dessa hipótese. No presente caso, pela ausência de outros membros com quadro semelhante na família, provavelmente se trata de mutação esporádica.
SISTEMA MUSCULAR
Os músculos são estruturas anatômicas de formas e comprimentos variáveis, formadas por miócitos e que se inserem aos ossos através de tendões, são caracterizados pela contração (capacidade de diminuir o comprimento) e relaxamento, onde estas ações movimentam partes do corpo, inclusive os órgãos internos. Os músculos representam cerca de 40% a 50% do peso corporal total, e são capazes de transformar energia química em energia mecânica.
O corpo humano contém três tipos de músculos: músculo não estriado (músculo liso), músculo estriado esquelético e músculo estriado cardíaco. Com base no tipo de controle exercido sobre sua atividade podem ser classificados também em músculos voluntários e músculos involuntários. Nos músculos voluntários as contrações estão normalmente sob controle consciente do indivíduo que as executa, mas devemos saber que em algumas condições, as contrações destes músculos não requerem um propósito consciente, como por exemplo, usualmente um indivíduo não tem que pensar na contração dos músculos envolvidos na manutenção da postura. Os músculos voluntários são controlados pela porção do sistema nervoso somático. Nos músculos involuntários as contrações não estão sob controle consciente do indivíduo. Estes músculos são controlados pela porção do sistema nervoso autônomo. 
 Músculo Não Estriado (Músculo Liso): neste tipo de músculo as células não apresentam as estriações que são microscopicamente visíveis nas células musculares esqueléticas. Como este músculo é encontrado nas paredes das vísceras ocas e tubulares, como nos vasos sanguíneos, estômago e intestinos, é também chamado de músculo visceral. O músculo não estriado (músculo liso) é um músculo involuntário, pois suas contrações comandam o movimento de materiais através dos sistemas de órgãos do corpo humano.
Músculo Estriado Esquelético: está fixado aos ossos, geralmente através de cordões fibrosos, denominados tendões. As contrações deste músculo estriado esquelético exercem força nos ossos e então eles se movimentam e consequentemente é o responsável por diversas atividades, como levantar objetos e andar ou correr. Vale ressaltar que os músculos estriados esqueléticos são os únicos músculos voluntários do corpo.
Músculo Estriado Cardíaco: é um tipo especializado de músculo que forma a parede do coração e pode ser também chamado de miocárdio. Controla os batimentos cardíacos. Este músculo é involuntário, como o músculo liso, e é estriado, como o músculo esquelético. Sua contração é forte e como já vimos involuntária. 
Quanto à Função: na realização de algum movimento, são envolvidos vários músculos além daquele diretamente responsável pelo mesmo. São os seguintes: 
• Músculo Agonista: agente principal de um movimento, esse músculo se contrai ativamente para produzir um movimento desejado. Ex.: músculos flexores dos dedos, quando apertamos a mão de uma pessoa.
 • Músculo Antagonista: quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, regulando força e velocidade do movimento. Ex.: músculos extensores dos dedos, não deixando apertar com força nem rapidez a mão da pessoa.
 • Músculo Sinergista: músculo que tem função de estabilizar as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante uma ação normal. Ex.: um dos músculos sinergista do movimento de abdução da coxa é o reto femoral.
 • Músculos Fixadores ou Posturais: sua atuação não está diretamente relacionada ao movimento, mas sim na fixação de um segmento do corpo para permitir um apoio básico nos movimentos executados por outros músculos. A inervação dos músculos esqueléticos ocorre no sistema nervoso central que envia através dos nervos o comando para que haja a contração dos músculos. Algumas lesões ou cortes nestes nervos deixam o músculo sem movimento, causando sua atrofia, que é a diminuição da massa muscular pelo desuso. Sabemos que os músculos são estruturas que contêm uma grande rede vascular que os nutrem de sangue arterial, abastecendo-os de oxigênio e nutrientes, necessários ao seu dispêndio de energia com o trabalho muscular. Para efeito de informação destacamos aqui o porquê da aplicação de medicamentos por via intramuscular. Omúsculo funciona como um depósito da substância nele injetada e que aos poucos vai sendo absorvida pela presença da grande rede vascular nele contido. Vale ressaltar também que nem todos os músculos podem receber medicamentos injetáveis, por localizarem-se próximos a nervos e por não terem boa quantidade de tecido carnoso. Os músculos mais utilizados atualmente para injeções são o deltoide, na face lateral do ombro para pequenas quantidades de substancia injetada (até 3 ml ou menos), substâncias irritantes no deltoide não podem ultrapassar os 2ml e o glúteo (nádegas) para injeções até 5ml. 
DESCRIÇÃO DE CASO
Pré-escolar, com quatro anos, do sexo feminino, internada na unidade pediátrica desde 15/10/2010, é portadora de AME tipo I e apresenta bexiga neurogênica em virtude da patologia base. Durante esse período de internação a menor mantinha-se restrita ao leito, com boas condições de hidratação, pele íntegra e rosada, nível de consciência e orientação auto e alopsicamente preservada, alimentação por gastrostomia, traquiostomizada, respiração mecânica do tipo assistida/controlada, monitorizada em multiparâmetros, comunica-se por leves movimentos da cabeça e das pálpebras. Estudos relatam que não há retardo mental, os músculos dos olhos não são afetados e seus movimentos são preservados até os estágios mais avançados, por isso a característica de “falar com os olhos” (4). No objeto do estudo é bem evidente esse tipo de comunicação com a mãe e a equipe. Ela percebe o ambiente ao seu redor e utiliza-se de expressões faciais e olhares para se comunicar, respondendo através do movimento de “piscar dos olhos” todas as perguntas. A progressão das complicações respiratórias para a insuficiência respiratória crônica surge, em geral, como consequência direta da fraqueza e da fadiga dos músculos respiratórios (inspiratórios, expiratórios e de vias aéreas superiores) e pela incapacidade de se manter as vias aéreas livres de secreções (3-4). O fato de não haver tratamento capaz de curar essa doença faz-nos refletir sobre a importância de se instituir cuidados visando, ao menos, retardar a sua progressão, proporcionando qualidade de vida ao paciente. Foram detectados vários problemas que vinham trazendo prejuízos à vida da paciente, tais problemas influenciaram na identificação de alguns diagnósticos de enfermagem, destacaram-se os seguintes: Mobilidade física prejudicada relacionada à diminuição da força e da resistência muscular, secundária a doenças do sistema nervoso, evidenciada por capacidade comprometida de mover-se intencionalmente no ambiente; Risco de desobstrução ineficaz de vias aéreas, relacionada à presença aumentada de secreções, secundária à traqueostomia; Comunicação verbal prejudicada relacionada à capacidade prejudicada de produzir a fala, secundária a traqueostomia, evidenciada pela capacidade de falar; Padrão respiratório ineficaz relacionado a musculatura deficiente, secundária a infecção, evidenciada por perda real ou potencial da ventilação adequada (5). Frente aos diagnósticos, foi elaborado o planejamento da assistência de enfermagem, utilizando as intervenções que pudessem levar a resultados satisfatórios para a paciente de modo atingir as metas. Esses resultados demonstraram que a mesmo apresentou melhoras satisfatórias no seu estado físico e mental. Nesse estudo foi possível identificar a gravidade da AME tipo I, insuficiência respiratória crônica e bexiga neurogênica, bem como as complicações acarretadas pela progressão da fraqueza muscular, levando a criança acometida a uma dependência de ventilação mecânica invasiva para manter-se viva. A aplicabilidade de uma boa SAE proporciona a essa paciente melhora significativas as limitações geradas pela patologia, resultando em uma melhor qualidade de vida.
SISTEMA ARTICULAR
Esse sistema faz parte das junções dos diferentes ossos do esqueleto humano. São divididos em:
Articulações Fibrosas
São todas as articulações que estão quase em contato com a superfície dos ossos.
Suturas: São encontradas nos ossos do crânio e são divididos em: planas, serreadas e escamosas.
Sindesmoses: Os ossos são unidos por meio de tecido fibroso formando um ligamento que permite ou não mais movimentação. Não costumam aparecer nos ossos do crânio.
Gonfoses: Essa articulação fibrosa é responsável pela fixação dos dentes na mandíbula e pode ser encontrada entre os dentes e os alvéolos dentários. Eles ajudam a reduzir os impactos da mastigação.
Articulações Cartilagíneas
Articulações cartilaginosas que permitem pequenos movimentos das articulações.
Sincondrose: Nesse caso os ossos são unidos com a cartilagem hialina. Em sua maioria elas são temporárias sendo substituídas pelo osso.
Sínfises: As articulações unidas pelas sínfises são cobertas pela cartilagem hialina e os ossos possuem um forte tecido fibroso. Ela pode ser encontrada entre as vértebras, entre o sacro e o cóccix e no osso da cintura pélvica.
Articulações Sinoviais
Esse tipo de articulação permite mais movimento e comunicação entre um osso e outro. São constituídas de cartilagem.
Articulação Plana ou Monoaxial:
A articulação faz movimentos em torno de um eixo com a possibilidade apenas de flexão e extensão. Ex: movimento do cotovelo. Gínglimo ou Dobradiça – possibilitam a movimentação em apenas um plano. Articulação pivô ou Trocóide – Permite apenas o movimento de rotação.
Articulação Biaxial:
Quando a movimentação ocorre em torno de dois eixos. São as articulações que conseguem realizar abdução, flexão, extensão e adução. Articulação Condilar – Possibilita o movimento do osso em duas direções como acontece com o punho. Articulação selar – Os ossos unidos por essa cartilagem são modelados e realizam movimentos de flexão/extensão e adução/abdução.
Articulação Triaxial:
Esse tipo de articulação realiza movimentação através de 3 eixos e podem ser encontrados nas articulações do quadril e ombro. Esferoide ou Enartrose: Nessa articulação o osso distal movimenta-se através de vários eixos com um centro em comum.
Articulações Móveis
⇒ Ligamentos: Os ligamentos são elásticos, resistentes e feitos com fibras colágenas entrelaçadas e flexíveis.
⇒ Cápsula Articular: Membrana que envolve as articulações sinoviais e possui uma membrana sinovial e uma membrana fibrosa.
⇒ Discos e Meniscos: Encontrados em muitas articulações sinoviais, os discos e meniscos são estruturas fibro cartilaginosas. Eles são importantes para que as articulações sejam amortecidas. Os meniscos podem ser encontrados nas articulações do joelho.
⇒ Bainha Sinovial dos Tendões: Ajudam no deslizamento dos tendões.
⇒ Bolsas Sinoviais (Bursas): Fendas que ajudam no deslizamento de tendões e músculos sobre ossos e ligamentos. 
DESCRIÇÃO DE CASO
ID: J.F.N, sexo feminino, 53 anos, branca, divorciada, bancária, natural e procedente de Salvador. Queixa Principal:” Dor intensa (7/10) nas articulações das duas mãos há 9 meses, porém com piora há 3 meses” Paciente refere dor em articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas há 9 meses, que perdurou durante cerca de 4 semanas, passando por um período de recessão sem dor e retornando há 3 meses com piora do quadro. Relata que ambas as vezes a dor melhorava ao uso de AINEs, principalmente dipirona sódica monohidratada (500mg). Relata que acompanhado das dores teve rigidez matinal nas articulações acometidas e que esta rigidez perdurava por cerca de 60 minutos, melhorando com o decorrer do dia. Relata fadiga, que iniciou conjuntamente com o quadro há 9 meses e perdura até os dias atuais. Refere ainda sensação febril de prostração (sic), não chegando a medir tal febre, mas que iniciou recentemente, cerca de 2 semanas e que tem atrapalhado bastante o seu cotidiano.
Interrogatório Sistêmico (IS): Nega perda de peso, diminuição do apetite lesões em pele, queda de pelos, diarreia, vômitos e astenia. Relata leve formigamento em 4 e 5 metacarpos e falanges em ambas as mãos quando realizava atividades manuais durante um longo período, como digitar no trabalho (sic).
Antecedentes médicos (AM): Nega DM,HAS, asma, uso de medicamentos, internações, traumas, cirurgias prévias, alergias a medicamentos e alimentos. Nega transfusão sanguínea.
Antecedentes epidemiológicos (AE): Nega viagens recentes, contato com pessoas com doenças infectocontagiosas.
Antecedentes familiares (AF): Pais vivos, mãe com 73 anos, sem problemas de saúde de seu conhecimento. Pai com 81 anos com DMII diagnosticado há 30 anos. Nega outras doenças de caráter heredofamiliar.
HV: Nega etilismo e uso de drogas ilícitas. Refere ser tabagista há 28 anos, fumando 1 maço/dia. Refere boa alimentação e sedentarismo.
Dados vitais:PA= 130X80mmHg, FC=78 BPM, FR=18 IPM
Geral: Bom estado geral e nutricional vígil, normocorada, afebril e acianótica.
Pele: Nódulos subcutâneos em I e III falanges da mão direita.
Cabeça e pescoço: Sem alterações
ACV: Precórdio calmo, ictus não palpável, BRNF em 2 tempos
ABD: Plano, simétrico, cicatriz umbilical intrusa e centralizada, RHA+ indolor a palpação e ausência de visceromegalias.
OSTEOMOTOR: Manutenção de movimentos de flexão, dorsiflexão, abdução e adução em ambos os punhos. Pequena dificuldade de realizar movimentos de flexão e extensão das articulações metacarpofalangeanas e interfalangeanas, em ambas as mãos. Ao teste do squeeze sentiu intensa dor.
EXTREMIDADES: Bem perfundidas e sem edemas.
 Discussão:
Para iniciar o diagnóstico do caso em questão deve-se olhar para o sintoma guia que nesse caso foi a dor em articulações metacarpofalangeanas de forma simétrica que melhorava ao uso de AINEs. Tal fato é uma característica típica das artrites, sendo a mais comum delas a artrite reumatoide. Vemos então outro sintoma bem típico da doença que é a rigidez matinal, além da sensação febril. Em hábitos de vida podemos ver que a mesma era fumante e parece que tal fator está relacionado à uma maior incidência dessa doença. Além de que a doença costuma acometer em maioria pacientes do sexo feminino, como o caso da nossa paciente. Uma outra possível patologia que poderia ser levantada seria a artrite psoriática, porem estas tem um caráter maior de acometimento da pele, causando lesões descamativas; poderia se suspeitar de outras artrites como infecciosas, porem estas acometem normalmente somente uma articulação, tendo também um padrão mais agudo. Para o correto diagnóstico e manejo da doença se recomenda a requisição de radiografias e do fator reumatoide sérico, além de exames de prova inflamatória como PCR E VHS; sendo que para correta conclusão diagnostica se utilizam os critérios de EULAR/ACR.
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é o conjunto de neurônios, nervos, gânglios e centros nervosos que asseguram o comando e coordenação das funções vitais, além das reações e das mensagens sensoriais. Ele é composto pelo Sistema Nervoso Central, que é constituído pelo encéfalo e a medula espinhal, e pelo Sistema Nervoso Periférico, que é constituído pelo sistema somático e o sistema autônomo.
Encéfalo localiza-se na cabeça protegido pelo crânio, é o centro de todo sistema nervoso. São extremamente complexos possuem cerca de 86 bilhões de neurônios ligados por 10.000 conexões sinápticas. O encéfalo se comunica com todo o corpo por meio de vias chamadas de axônios.
Medula espinhal é um alongamento do encéfalo, aloja-se no interior da coluna vertebral. A medula é responsável pela parte motora, onde os neurônios motores que são responsáveis por enervarem os músculos ficam. Ela é responsável também pela parte da sensibilidade do corpo e parte da sensibilidade da cabeça. E nela são iniciados alguns dos processos de processamento inicial de informações.
O sistema nervoso somático é constituído pelos nervos sensoriais, que mantém o corpo em contato com o mundo exterior e pelos nervos que comandam as reações do corpo ao mundo exterior. E também com os impulsos voluntários enviados aos músculos esqueléticos. Basicamente é a parte responsável pelas sensações e por toda parte de movimentação esquelética.
Já o sistema nervoso autônomo controla o funcionamento interno do organismo, como o ritmo cardíaco, respiração e atividades fisiológicas, além das reações físicas de ordem emocional. Esse sistema é responsável também pela resposta corporal a uma mudança do ambiente, como por exemplo, ao frio, fazendo com que o corpo não perca tanto calor para o ambiente. O sistema nervoso autônomo é divide em Sistema Nervoso Simpático e Sistema Nervoso Parassimpático.
O sistema simpático é responsável por reações de stress, como uma briga, discussão ou perigo aumentando os batimentos cardíacos, pressão arterial e adrenalina no sangue.
O sistema parassimpático, no entanto, é responsável por reações de calma, como yoga, meditação e dormir.
DESCRIÇÃO DE CASO
MRA, masc, 66 anos, pardo, aposentado, nat. BA, SP, 4 anos escolaridade
QP: dificuldade para falar e mexer o lado do corpo direito a meia hora
HDA: Há meia hora parou de falar e de movimentar o lado direito do corpo, com desvio de rima para esquerda. Negava cefaleia, convulsão ou outros déficits neurológicos.
ISDA: dispneia por médios esforços e palpitações e tratando com cardiologista.
AP: tabagismo, etilismo, HAS (Losartana) e DMII (Metformina + Glicídica), Lasix e Carvedilol
Exame Físico
PA: 180x105 mmHg, Pulso: 89 A, FR: 16ipm, Dextro: 175mg%, Temp: 36,7
Cardiaco: BANF S/S em 2T
Respiratório: MV (+) sim. s/ RA
Abdome: plano, normotenso, RHA (+) e nl, sem visceromegalias
Membros: sem edemas ou sinais de artrite
Circulatório: pulsos ++/4+ nos 4 membros, carótidas ++/4+ e s/s
Exame Neurológico
Consciência e linguagem: lúcido, não falava espontaneamente, não repetia, não lia e nem escrevia, mas compreensão preservada;
Motricidade: FM grau 5 MSE/MIE e Grau 3 MSD/ 4 MID, com paresia dos 2/3 inf. hemiface dir., reflexos grau 2 esq e 4 dir (B/T/ER/P/Aq), Cutâneo Plantar em flexão esq. e extensão direita;
Sensibilidade sup. e profunda preservadas; Manobras cerebelares normais; Sinais meníngeos ausentes; Pares cranianos: normais FO: KW2
Diagnósticos:
Sindrômico (s)
 
Síndrome Motora
Síndrome Piramidal de Déficit e liberação
Déficit: Hemiparesia completa e desproporcionada com predomínio braquio-facial;
Liberação: Hiperreflexia profunda a direita, sinal de Babinski presente à direita;
Distúrbio da Linguagem
Afasia de expressão ou motora (Broca)
 Topográfico (s)
Sistema Nervoso Central, acometendo o ENCÉFALO
Hemisfério Cerebral Esquerdo: Área de Broca e Giro Pré-Central
Artéria Cerebral Média esquerda
ETIOLÓGICO
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUEMICO PROVAVELMENTE CARDIOEMBOLICO (FIBRILACAO ATRIAL CRONICA)
Tratamento: 
OBEJTIVOS
Realizar anamnese e exame físico, iniciar avaliação do sinais vitais e glicose capilar: ABCD, reconhecer os sinais e sintomas do AVEI, aplicar Escala NIH e Glasgow
Iniciar tratamento da PA caso ≥ 185X110 mmHg
Encaminhar paciente para TC crânio
Exames laboratoriais: hemograma, coagulograma, glicemia jejum, bioquímica, função renal, enzimas cardíacas
1. Reavaliar PA e sinais vitais, além do NIH após TC de crânio
2. Checar critérios de inclusão e exclusão uso trombolítico
3. Indicar Alteplase (caso tempo sintoma agulha < 4,5 horas)
4. Manter monitorização PA, P, Glicose capilar e NIH 15 em 15’ durante trombolise e após 2 horas no PS ou UTI
Encaminhar paciente para UNIDADE AVC ou UTI
Manter PA ≤ 185X110 mmHg nas 1ª 24 horas
Manter paciente euglicêmico e eutérmico
 
 
SISTEMA ENDÓCRINO
Esse sistema é responsável pela produção de hormônios que regulam as mais diversas atividades fisiológicas do organismo. Ele trabalha em conjunto com sistema nervoso, em uma perfeita sincronia que funciona da seguinte forma: os receptores do sistema nervoso captam estímulos externos e, a partir deles, induzem o sistema endócrino a reagir.
O sistema endócrino é formado por glândulas, sendo que são elas que produzem os hormônios. Vamos ver quais são elas:
• Hipófise
É uma glândula de extrema importância que se localiza na cabeça, logo abaixo do cérebro. Ela produz hormônios fundamentais como o do crescimento (GH) e o antidiurético (ADH), cujo objetivo principal é fazer com que o corpo economizeágua para a formação da urina. Além disso, a hipófise estimula o funcionamento de outras glândulas, por isso é conhecida como a “mestra”.
• Tireoide
Ela fica localizada no pescoço e o hormônio que secreta é chamado de tiroxina, que regula a velocidade do metabolismo. Por isso, pode-se dizer que a sua atividade atinge o organismo como um todo.
• Paratireoides
São um total de quatro glândulas que ficam ao redor da tireoide, portanto, também no pescoço. Elas trabalham produzindo o paratormônio, que serve para regular as quantidades de cálcio e de fósforo que entram na corrente sanguínea.
• Suprarrenais
Também chamadas de ad-renais, são glândulas que ficam acima dos rins e produzem o hormônio adrenalina, responsável por deixar o organismo preparado para reagir em situações de emergência. A adrenalina promove um aumento da glicose no sangue (para que as células possam produzir mais energia) e a taquicardia (o coração fica acelerado e manda mais sangue para os membros superiores e inferiores).
• Timo
Fica entre os pulmões e diminui de tamanho quando o indivíduo atinge a idade adulta, justamente porque sua função é mais relevante na infância. Basicamente, o hormônio produzido pelo timo combate infecções, principalmente nos recém-nascidos.
• Pâncreas 
Produz dois hormônios muito importantes, o primeiro deles é a insulina, que serve para controlar a entrada de glicose da corrente sanguínea para as células, bem como seu armazenamento no fígado, sob a forma de glicogênio. O outro hormônio é o glucagon, que estimula a ruptura de glicogênio em glicose para ser enviada para o sangue. Atua quando a pessoa fica muito tempo sem comer, por exemplo, entrando num quadro de hipoglicemia.
O pâncreas também produz o suco pancreático, muito importante no processo de digestão.
• Glândulas sexuais
Testículos nos homens e ovários nas mulheres. Produzem hormônios relacionados aos caracteres masculinos e femininos, respectivamente, e são estimuladas pela hipófise.
Resumo do sistema endócrino – doenças relacionadas
O mal funcionamento dessas glândulas citadas acima pode provocar uma série de doenças:
• Nanismo e gigantismo: quando a hipófise é deficiente na produção do hormônio GH, secretando menos do que deveria, o indivíduo pode acabar sendo vítima de nanismo. O contrário também é verdadeiro. Em algumas pessoas, essa glândula trabalha mais do que o normal e produz hormônios em excesso, assim, a pessoa acaba ficando com uma altura muito superior à média.
• Hipertireoidismo e hipotireoidismo: quando a tireoide trabalha demais, provoca um quadro de hipertireoidismo, em que o metabolismo funciona muito mais rápido e pode levar a problemas de saúde, como doenças cardíacas. Por outro lado, quando a glândula trabalha de menos, o problema é o hipotireoidismo onde o metabolismo fica muito mais lento, a pessoa tende a ganhar peso com mais facilidade e todas as suas respostas a estímulos são mais lentas.
• Tetania: quando as funções das paratireoides é comprometido e a produção de paratormônio cai, a concentração de cálcio e fósforo no sangue diminui fazendo com que os músculos se contraiam. Isso é a tetania. Mas o contrário pode acontecer, o excesso de paratormônio faz com que muito cálcio seja enviado para a corrente sanguínea e pode fazer falta nos ossos, deixando-os mais fracos e quebradiços.
Esses são apenas alguns exemplos dos problemas causados quando o sistema endócrino não funciona bem como deveria. Perceba que são doenças que não atingem apenas um órgão localizado, mas comprometem o corpo todo, afinal, esse é um sistema que tem essa atuação mais generalizada.
DESCRIÇÃO DE CASO
INTRODUÇÃO: A amiodarona é um potente antiarrítmico utlizado no tratamento de arritmias, e sua mais notável característica é a alta porcentagem de iodo que contém, aproximadamente 37% de seu peso molecular. Por isso como um de seus efeitos colaterais, a droga pode causar "distireoidismo" com hipotireoidismo (AIH) ou tireotoxicose (AIT) induzido por amiodarona, como ocorreu nos dois casos descritos. Devido ao grande valor da amiodarona no tratamento das arritmias é importante saber reconhecer e como atuar frente a essa disfunção tireóidea, porque em muitos casos o uso da droga é imprescindível à vida do paciente. 
RELATO DE CASO: Caso I: B. A. C., 48 anos, masculino, branco. Paciente portador de prolapso de válvula mitral, com diagnóstico de taquiarritmia em 1995 quando iniciou uso de amiodarona (200 mg/dia). Em 2000, apresentou quadro de fibrilação atrial, na investigação foi constatado TSH < 0,01 mU/ml (0,5-4,0), T4l = 1,72 ng/dl (0,8-1,7) e T3 = 1,2 ng/dl (80-180). Exceto pelo quadro de fibrilação atrial apresentou-se clinicamente eutiroideo. Nega qualquer antecedente tireopatia pessoal ou familiar. Caso II: M. C. A. 64 anos, feminina, branca. Em uso de amiodarona (200 mg/dia) há 10 anos por arritmia (sic). Refere ultrasom de tireóide com bócio multinodular, na investigação laboratorial: TSH = 20 um/ml, T4l = 0,7 ng/dl e T3 = 84 ng/dl. Ultrasom de tireóide com textura heterogênea, múltiplos nódulos menores que 5 mm. Clinicamente eutiroidea. 
COMENTÁRIOS: O "distireoidismo" induzido pela amiodarona não ocorre em todos os pacientes que fazem uso da droga, e pode-se manifestar mesmo depois da retirada da droga. O tratamento na maioria dos casos é efetivo, no AIT tipo I está indicado o uso de tionamidas e percloratos, enquanto que no AIT tipo II corticoesteróides, nos casos resistentes existe a possibilidade da tireoidectomia. No AIH o restabelecimento do eutireoidismo é possível através da reposição com levotiroxina ou com a suspensão da droga.
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SISTEMA DIGESTÓRIO
O Sistema Digestivo (também chamado de Sistema Digestório) consta essencialmente de um tubo de 10 a 12 metros de comprimento, colocado adiante da coluna vertebral, e aberto nas duas extremidades. Estudaremos, na ordem mencionada, estas cinco partes, e respectivos anexos, tanto anatômicos como fisiologicamente.
A boca
O primeiro importante componente do Sistema Digestivo. A primeira porção do tubo digestivo é a boca, sede de duas importantes funções, a mastigação e a insalivação.
A cavidade bucal apresenta uma parede anterior, que são os lábios; duas paredes laterais, as bochechas; urna parede superior, a abóbada palatina; e uma parede posterior, compreendendo o véu palatino e a abertura que comunica a boca com a faringe. Anexos à boca existem certos órgãos de grande importância no fenômeno da digestão: a língua, os dentes e as glândulas salivares.
Língua
Graças à sua mobilidade, é ela auxiliar precioso da mastigação. Demais, sua sensibilidade especial aos sabores lhe permite perceber, muitas vezes, o estado dos alimentos, pelo que é tida como “sentinela” à entrada do tubo digestivo.
Dentes
Os dentes são órgãos esbranquiçados, duros, de consistência pétrea, implantados nos alvéolos dos maxilares.
Em cada dente se distinguem, superficialmente, três partes:
1. uma porção visível, fora do alvéolo, que é a coroa do dente;
2. uma porção oculta no alvéolo, denominada raiz;
3. uma porção intermediária, o colo.
Saliva
O produto segregado pelas glândulas salivares fundamental ao sistema digestivo é a saliva. Diferem as salivas, segundo a glândula que as produziu, chamando-se saliva mista à mistura das três espécies. Em 100 partes de saliva, há mais ou menos 95 de água, alguns sais, sulfocianeto de potássio, mucina e um fermento, a ptialina, que desdobra o amido em maltose.
A ptialina, ou amilase salivar, atua melhor em meio neutro, sendo a sua atividade prejudicada pelos ácidos e destruída pelo aquecimento a 60 graus.
Como sucede aos fermentos em geral, a ação da ptialina sobre o amido é impedida pela presença do próprio produto da reação: quando 80% do amido se transformou em maltose, o fenômeno cessa. Provocam a secreção salivar excitações diversas.
Os movimentos da mastigação, a presença de substâncias quaisquer na boca, basta para isso. Contudo, a ação das substâncias sápidas é a mais adequada para despertar a secreção salivar. O cheiro dos alimentos, a sua vista,a simples representação mental deles, pode despertar a atividade das glândulas salivares: é o que se chama secreção psíquica.
Digestão bucal
Os fenômenos digestivos que se passam na boca são os seguintes:
1. gustação dos alimentos, para o que concorrem as terminações nervosas da língua, e a saliva, que dissolve partículas alimentares suscetíveis de solução;
2. mastigação, feita pelos dentes, que cortam, dilaceram e trituram, auxiliados pela língua e bochechas, que fazem que os alimentos passem de um lado para outro;
3. início da sacarificação do amido, que, atacado pela amilase salivar, ou ptialina, começa a transformar-se em maltose.
Este último fenômeno prossegue no estômago, durante ainda uns trinta a quarenta minutos, pela saliva deglutida com os alimentos. Findo esse tempo, o ácido clorídrico do estômago, impregnando completamente o bolo alimentar, torna inativa a ptialina.
Faringe
O fígado desempenha funções importantíssimas em nosso organismo. Umas dependem de secreções que ele verte diretamente no sangue (secreções internas) e serão estudadas em lição posterior, em que se exporá a anatomia do órgão. Outras são relacionadas com a bílis, que a glândula hepática envia ao intestino (secreção externa), que coopera de maneira muito eficaz nos fenômenos digestivos. Vamos, pois, expor as noções fundamentais referentes à bílis, e analisar a sua interferência na digestão intestinal.
Bílis – Secreção e excreção
A bílis não pode deixar de ser citada no estudo do Sistema Digestivo. Ela é fabricada pelas células hepáticas, e lançada em canalículos ramificados no interior do fígado, os quais, após sucessivas confluências, formam o canal hepático, que sai do órgão pelo hilo, na face inferior. O canal hepático, depois de curto trajeto, se bifurca, dando, de um lado, o canal cístico, que vai à vesícula biliar situada por baixo do fígado, e, de outro, o colédoco, que desce para o duodeno, em cujo interior se abre numa dilatação denominada empola de Tater.
A secreção da bílis é contínua. À medida que deixa o fígado, pelo canal hepático, é ela encaminhada para a vesícula biliar, onde se armazena.
Uma válvula, o esfíncter de Oddi, no orifício terminal do colédoco, impede que a bílis se lance no duodeno fora das horas de digestão, e a obriga a refluir para a vesícula.
Quando as primeiras porções de quimo deixam o estômago e penetram no duodeno, o contato dos alimentos com a mucosa intestinal provoca um reflexo, pelo qual as paredes da vesícula se contraem, impelindo a bílis, ao mesmo tempo em que o esfíncter de Oddi se inibe. A bílis tem, pois, nesse momento, livre passagem para o duodeno, onde se mistura intimamente com os alimentos e com o suco pancreático.
A bílis no Sistema Digestivo
A bílis representa, ao mesmo tempo, uma excreção e uma secreção digestiva.
· Como veículo de excreção, a bílis transporta os pigmentos biliares, a colesterina, os ácidos biliares, que pelo menos em parte são eliminados com as fezes.
· Como secreção digestiva, a bílis, conquanto desprovida de fermentos, possui uma influência zimastênica (Roger), pois é capaz de aumentar a ação de certos fermentos. É assim que ela reforça o poder amilolítico do suco pancreático e permite à lactase intestinal atuar sobre a lactose.
· Mas a sua atividade no sistema digestivo se manifesta principalmente sobre a digestão das gorduras: a lipase pancreática é sensivelmente ativada por ela. Se representarmos por 1 a quantidade de gordura desdobrada pelo suco pancreático, deveremos representar por 2, e mesmo 2,5, a intensidade da fermentação na presença da bílis. Se, como no duodeno, o meio for acidulado pelo ácido clorídrico, a ativação é ainda maior.
· A bílis favorece igualmente a absorção das gorduras. De fato, os ácidos biliares atuam como solventes das gorduras e dos ácidos gordurosos. A experiência em animais demonstra que, quando se impede a chegada da bílis ao duodeno, a maior parte das gorduras deixa de ser absorvida, é eliminada com as fezes.
 
Absorção do Sistema Digestivo
Os produtos da digestão, desde que transformados em quilo, atravessam a mucosa intestinal e penetram no sangue. É a absorção digestiva. Se bem que o fenômeno se possa realizar em todo o tubo digestivo, desde a boca até o intestino grosso, é o intestino delgado o mais adequado para efetuá-lo. Veremos, pois, tão somente a absorção ao nível deste órgão.
Na mucosa do intestino delgado, há, como se sabe, pequenas saliências, denominadas vilosidades. Recordemos que nestas vilosidades existem capilares sanguíneos e ainda, no centro, o início de um vaso linfático ou quilifero.
O alimento, uma vez digerido, isto é, simplificado e pronto para penetrar no sangue, deve atravessar o epitélio da mucosa e entrar nos capilares sanguíneos e vasos quilíferos. Certos produtos digestivos ingressam logo nos vasos sanguíneos. Tais são a água, os sais, a glicose, os produtos albuminoides, um pouco de gordura.
Os albuminoides são absorvidos sob a forma de ácidos aminados, que o sangue vai distribuir pelas células, para que cada uma recolha os de que precisa. Pelos linfáticos penetra a gordura. Esta última, absorvida sob forma de glicerina e ácido gorduroso, na própria mucosa se recompõe, de forma que os quilíferos se apresentam ricos de gotículas gordurosas.
Chegando aparelho circulatório, os alimentos são arrastados pelo sangue e pela linfa, e gradualmente distribuídos às várias regiões do organismo.
Cumpre não esquecer que o sangue saído das vilosidades intestinais, rico em alimentos recém absorvidos, vai, pela veia porta, ao fígado. Este importante órgão do sistema digestivo está encarregado de lhes regularizar a distribuição, armazenando os excessos e alterando as substâncias tóxicas. Tais funções da glândula hepática virão estudadas em capítulo especial.
 
Fenômenos mecânicos da digestão
Os alimentos, enquanto estão sendo atacados pelos vários fermentos digestivos, e depois que se acham transformados em quilo, vão sendo vagarosamente impelidos através do tubo intestinal. Dessa impulsão, que é feita pelos movimentos peristálticos do órgão, resulta uma mistura mais íntima dos alimentos com os sucos digestivos, e um contato mais completo dos produtos da digestão com a mucosa que os vai absorver.
Os movimentos peristálticos que ocorrem no Sistema Digestivo provêm das contrações da musculatura intestinal, determinadas por gânglios nervosos situados na espessura das próprias paredes.
Os intestinos, importantíssimos órgãos do Sistema Digestivo, se movimentam, pois, automaticamente. Demais, os seus gânglios recebem, dos centros nervosos, impulsos moderadores ou excitadores, que lhes regulam a atividade. A observação tem demonstrado que os hidratos de carbono percorrem o intestino delgado todo em cerca de quatro horas; as gorduras, em cinco; os proteicos, em seis horas.
Matérias fecais do Sistema Digestório
Os materiais inaproveitados, de mistura com as excreções reunidas no intestino, chegam à válvula íleo-cecal, e, pelo respectivo orifício, ao intestino grosso, que se encarrega de expulsá-los, sob a forma de matérias fecais. Constam estas, portanto, de duas partes, intimamente misturadas: o resíduo de origem alimentar, não digerido ou não absorvido, e as excreções, umas provindas da própria mucosa intestinal, outras, do fígado, por intermédio da bílis. A excreção dos materiais fecais pões fim à nossa completa análise sobre o Sistema Digestivo.
DESCRIÇÃO DE CASO
L.M.A.M., sexo feminino, 78 anos, do lar Paciente relata azia de longa data, há muitos anos, com períodos mais intensos e outros de acalmia. Relata também, entre os períodos de azia, episódios de dor epigástrica de leve intensidade, mas de baixa frequência. Em muitas ocasiões utilizou IBPs, variando uso de omeprazol, pantoprazol e até lansoprazol. Em alguns períodos fez uso contínuo desses medicamentos, em outros usou por 30 a 60 dias, mas na maior parte das vezes usou, e usa, quando tem os sintomas. Fez uso também, em muitas vezes, de chás caseiros. Nos períodos em que reduzia um pouco o peso passava melhor. Em outros períodos, em que o pesoaumentava, notava reaparecimento da azia. Relata também frequência, há muitos anos, de episódios de plenitude pós-prandial. Nunca teve episódios de disfagia. O peso, apesar de algumas oscilações, atualmente é de 62 kg. Mede 1,59m. Relata ser portadora de hipotireoidismo e está em tratamento medicamentoso. Nesse tempo todo fez alguns exames endoscópicos (EDA). Na última consulta relatou azia que, mesmo com uso de Lansoprazol 30 mg/dia, apresenta com alguma frequência, principalmente quando se descuida da alimentação, ingerindo volumes maiores e principalmente alguns alimentos como pães, farináceos, doces, biscoitos e molho de tomate. Hábito alimentar: poucas frutas e verduras. 3 refeições diárias. Café da manhã: café, leite, pão e mamão. Almoço: arroz, feijão, carne e alguma verdura. Jantar: repete almoço. Cirurgias prévias e comorbidades: histerectomia total há 15 anos por miomas. Cirurgia na coluna há 9 anos, com dor residual e dor nas costas quando em flexão anterior e rotação. Cefaleia tensional frequente. Em uso de Puran T4, Frontal e Lansoprazol 30 diariamente. Por diversas vezes, nos últimos anos, fez exames laboratoriais, principalmente para controle de hipotireoidismo, e avaliações ginecológicas. Não foram detectadas outras anormalidades. Fez ultrassonografia de abdomem superior e abdomem total, que não mostrou alterações no fígado ou nas vias biliares.
DISCUSSÃO A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma das doenças orgânicas do aparelho digestivo mais frequentes nos adultos, apresentando um crescimento importante de ocorrência nos últimos 30 anos. Estima-se que entre 12% e 20% da população adulta apresente pelo menos um episódio importante de refluxo por semana. Certamente a gradativa mudança qualitativa e quantitativa dos hábitos alimentares da população ocidental tem influenciado marcadamente esse acréscimo de ocorrência. Observa-se aumento da quantidade de alimento ingerido com o passar do tempo, levando a aumento de peso, sobrepeso, obesidade, fatores que levam a um aumento na pressão intrabdominal, e esse aumento tem nítida relação com o desencadeamento da DRGE. A mudança na qualidade dos alimentos, em detrimento de alimentos naturais e saudáveis, como as frutas, as verduras, os legumes e os cereais, e em favor de alimentos industrializados, processados, artificializados, sem dúvida traz alterações disgestivas, uma das quais é o aumento da secreção ácida gástrica que participará, refluindo, da gênese da DRGE. A mudança desses parâmetros alterados de hábitos alimentares e de vida é o primeiro e mais importante passo no tratamento da DRGE. O paciente, tomando consciência dos aspectos nóxicos dessa alimentação errada e de outros hábitos de vida inadequados, deverá ser o principal aliado do médico na correção do problema e de seus sintomas. Medidas medicamentosas importantes e altamente eficazes estão à disposição hoje, para um controle bastante adequado dessa doença, principalmente embasada nos medicamentos que reduzem de forma importante a produção de secreção ácida gástrica. São principalmente os chamados inibidores da bomba protônica que exercem sua ação reduzindo marcadamente a produção de ácido clorídrico. Esse ácido clorídrico é o principal, e às vezes único, agente causal terminal dos sintomas e das lesões esofágicas do portador de DRGE. Omeprazol, pantoprazol, rabeprazol, lansoprazol e o esomeprazol e num futuro próximo o dexlanzoprazol, são estes agentes bloqueadores da produção ácida. Todos semelhantes e altamente eficazes, e com muitos poucos efeitos colaterais, mesmo a longo prazo. São os medicamentos que, por excelência, aliviam os sintomas, cicatrizam as lesões e previnem as complicações do paciente com DRGE. Essas três ações são importantíssimas porque melhoram os sintomas e a qualidade de vida do paciente, apressam e estabilizam as lesões, e principalmente, evitam complicações. É exatamente de uma das importantes complicações da DRGE que tratam as dúvidas no caso clínico aqui enfocado. O que chamamos de “esôfago de Barrett”, e de hérnia hiatal de deslizamento.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Um dos fenômenos mais importantes da vida é a respiração, pela qual a célula absorve oxigênio e elimina anidrido carbônico. Salvo reduzido número de seres vivos elementares, incompatíveis com o oxigênio livre (seres anaeróbios), todas as plantas, todos os animais respiram (seres aeróbios). Por isso, a importância em conhecer o aparelho respiratório e estudar o sistema respiratório humano dentro da anatomia.
Nos animais unicelulares, a célula está diretamente em contato com o oxigênio, e as suas trocas gasosas se fazem através da periferia celular, sem a intervenção de aparelho especial. No homem, porém, que é um Metazoário, as células se acham isoladas da atmosfera, na intimidade dos tecidos; o oxigênio precisa ser por algum intermediário levado a elas.
Desta função se incumbem dois aparelhos: o respiratório, que recolhe o oxigênio da atmosfera e o leva aos pulmões, e o circulatório que transporta esse elemento dos pulmões aos tecidos. Inversamente, o anidrido carbônico, produzido nas células, vai destas aos pulmões pela via circulatória, ou hemática, e dos pulmões à atmosfera, pela via respiratória.
As trocas entre o ar pulmonar e o sangue, pelas quais este perde anidrido carbônico e ganha oxigênio, constituem a chamada respiração externa, fenômeno meramente preparatório da verdadeira respiração. A respiração interna se passa na intimidade do organismo, entre o sangue e os tecidos, e constitui o fenômeno capital da respiração.
Partes do Aparelho Respiratório
Na anatomia do aparelho respiratório, intermediário entre a atmosfera e o sangue, para levar a este o oxigênio e dele receber o anidrido carbônico, consta das seguintes partes: nariz, faringe, laringe, traquéia, brônquios e pulmões.
Nariz
Nosso estudo sobre o Sistema Respiratório começa no Nariz.
O nariz é uma cavidade de esqueleto em parte ósseo, em parte cartilaginoso, dividida por um septo em duas fossas. Cada fossa nasal tem uma abertura anterior, ou narina, e uma abertura posterior, comunicante com a faringe, a coana. O teto da fossa nasal é formado pela lâmina crivada do etmóide.
A parede interna é o próprio septo nasal, de separação com a fossa vizinha: a parede externa é irregular, pela presença de três lâminas ósseas enroladas — os cartuchos superior e médio, dependência do etmóide, e o cartucho inferior — os quais dividem as fossas em três andares, ou meatos; a parede inferior, ou assoalho da fossa nasal, mais ou menos côncava como uma telha invertida, é formada pelo maxilar superior, e, atrás, pelo osso palatino.
Reveste a cavidade nasal urna mucosa, a pituitária, cujo epitélio é cilíndrico-ciliado. Essa mucosa, profusamente irrigada pelo sangue, produz o muco nasal. Nas narinas veem-se pelos curtos, as vibrissas, protetoras da fossa nasal.
Ao nariz incumbem duas funções: a de órgão do olfato, desempenhada por uma parte da pituitária, e a de via respiratória. Para o exercício desta última função, está o nariz perfeitamente aparelhado: a) as vibrissas das narinas retêm corpúsculos estranhos, do ar que se inspira; b) o muco nasal prende, por aderência, boa quantidade das partículas microscópicas, inclusive micróbios, que escapam às vibrissas, e que se destroem pelo próprio muco, ou, aos poucos, pelos cílios do epitélio, são expulsos; c) a rica vascularização da mucosa permite que o ar inspirado se aqueça antes de chegar às vias respiratórias inferiores. Estas circunstâncias servem de fundamento ao preceito de higiene pessoal, que manda respirar sempre pelo nariz, e não pela boca.
Faringe
A Faringe fica situada atrás das cavidades nasal e bucal, serve de passagem tanto ao ar da respiração como ao bolo alimentar. As duas vias aí se cruzam, mas não funcionam simultaneamente, pois que, como se mostrou antes, o ato da deglutição inibe a atividade respiratória. Temos um artigo especial sobre esse importante componente do sistema respiratório:
Laringe
A laringe é classificada como componente do Sistema Respiratório mas tambémdo sistema digestivo, pois além do ar é onde passa o alimento. é um conduto de esqueleto cartilaginoso que faz parte do sistema respiratório, situado na parte anterior do pescoço, em cuja superfície cutânea se percebe a saliência que ele faz. Na composição da laringe entram as seguintes cartilagens: tiróide, cricóide, aritnóide, epiglote.
A cartilagem tiróide, a maior de todas, assemelha-se a um livro meio aberto, com o dorso voltado para a frente, sendo que a parte superior deste sobressai, no pescoço, com o nome de pomo de Adão. A cartilagem cricóide, em forma de anel, fica na parte inferior da laringe. As aritódicles, em número de duas, são pequenas, e acham-se posteriormente, sobre a cricóide.
Por fim, a epiglote é uma lingüeta que se abaixa sobre a abertura da laringe no momento da deglutição, protegendo desta maneira o conduto contra a penetração dos alimentos. A cavidade da laringe, cujos pormenores serão descritos a propósito da função fonadora deste órgão, é revestida por uma mucosa de epitélio ciliado.
Temos um artigo especial sobre esse importante componente do sistema respiratório:
Traqueia
A traqueia é um canal cilíndrico, de 12 centímetros de comprimento, em continuação à laringe, e bifurcado, inferiormente, nos dois brônquios. É formada por um tubo de tecido fibroso, em cuja espessura se dispõe, em número de 15 a 20, anéis cartilaginosos incompletos na parte posterior. A presença desta armadura cartilaginosa torna a traqueia rígida e a mantém sempre aberta, ao contrário do esôfago. O epitélio da mucosa da traqueia é ciliado.
Brônquios
Na extremidade inferior, a traqueia se bifurca dando dois tubos, os brônquios, cada um dos quais se dirige para um pulmão, em que penetra. A constituição dos brônquios é igual à da traqueia. No interior dos pulmões estes condutos se ramificam em brônquios cada vez menores, e terminam em canalículos muito finos, os brônquios. los, que se abrem, finalmente, nos ácinos pulmonares.
Pulmões
São os pulmões os órgãos essenciais do sistema respiratório, pois através de suas paredes se efetuam as trocas gasosas entre o ar inspirado e o sangue. Situados na cavidade torácica, separa-os uma série de órgãos importantes, o coração, o esôfago, a artéria aorta, etc.
Cada pulmão, comparável a um semicone vertical, apresenta: uma base, mais ou menos côncava, relacionada com a abóbada diafragmática; um ápice, voltado para cima, vizinho da primeira costela; uma face externa, convexa, em relação com as costelas, que nela imprimem seu desenho, e com os espaços intercostais; e uma face interna, côncava, olhando para o mediastino, e tendo, no centro, o hilo pulmonar, zona de passagem dos órgãos que entram no pulmão, ou dele saem.
O pulmão direito mostra dois sulcos, que o dividem em três lobos: lobo superior, lobo médio e lobo inferior. O pulmão esquerdo só tem um sulco, e, portanto, só dois lobos: o superior e o inferior. A cor do pulmão varia com a idade. No recém-nascido que ainda não respirou, os pulmões, com as dimensões muito pequenas, têm cor vermelho-escura, lembrando a do fígado.
Inspiração no Sistema Respiratório
O mecanismo da inspiração é fácil de entender-se. O reservatório pulmonar se dilata, seguindo-se a isso grande diminuição da pressão interior. O ar exterior, impelido pela pressão atmosférica, se precipita nos pulmões.
Como se efetua o aumento do reservatório pulmonar?
Pela atividade de dois grupos de músculos: de um lado, o diafragma, que, abaixando-se, alonga o diâmetro vertical da caixa torácica; de outro, os intercostais externos, que elevam a extremidade anterior das costelas, tornando-as mais ou menos horizontais, e, deste modo, aumentando nos outros sentidos as dimensões do tórax. Os pulmões, solidários com a caixa torácica, em que estão contidos, a acompanham na dilatação, produzindo-se a penetração do ar exterior. O diafragma constitui o principal músculo inspirador. Demais, no seu abaixamento, não só se dilata o tórax, como ainda se comprimem as vísceras alojadas no abdômen, cuja parede anterior se desloca para frente.
 
Expiração no Sistema Respiratório
A expiração, que expulsa dos pulmões o seu conteúdo gasoso, se verifica mais de modo passivo do que por atividade muscular, entrando em função, sobretudo forças elásticas de diversas procedências. Está, em primeiro lugar, a retração dos pulmões, precedentemente distendidos pela inspiração, cuja energia, como facilmente se compreende, diminui à medida que a expiração progride. Intervêm ainda a força elástica das cartilagens costais e a das paredes abdominais, estas últimas forçadas, na inspiração, pelo diafragma, bem como a gravidade, que solicita para baixo as extremidades anteriores das costelas.
Conquanto a expiração seja acentuadamente passiva, nela colaboram, ativamente, os músculos intercostais internos, antagonistas dos externos, e, em certos casos, vários auxiliares, tais como os abdominais, que, ao se contraírem na expiração forçada, recalcam para cima o diafragma.
DESCRIÇÃO DE CASO
CASO CLÍNICO – Sistema Respiratório 1. Aspectos clínicos Paciente C.S.B., sexo feminino, 52 anos de idade, divorciada, sem filhos, classe socioeconômica média baixa, reside sozinha em um bairro da periferia de São Paulo. Relata que há um ano vinha apresentando sintomas de dispneia e tosse seca persistente, os quais se agravavam quando ela visitava seu amigo o qual era dono de um gato. Ao longo dos últimos seis meses, esses sintomas se intensificaram e as crises começaram a ocorrer em um intervalo de tempo menor, em especial a sibilância, que ocorria duas vezes por semana. Sua única lembrança de situações parecidas ao longo da vida é de quando era criança que ocasionalmente apresentava dispneia e sibilos depois de correr. Devido a piora do quadro, procurou atendimento médico de um clínico geral, o qual diagnosticou o caso como “bronquite asmática crônica” onde iniciou tratamento medicamentoso com formoterol e tiotrópio. Queixa Atual No início do tratamento obteve alívio dos sintomas, porém, continuou necessitando com grande frequência de seu medicamento broncodilatador de ação rápida, o salbutamol e pelo menos duas vezes por mês ainda precisa ir ao pronto-socorro devido “crises mais fortes”. Nas últimas duas semanas vem apresentando piora da dispneia e sua tosse passou de seca para secretiva. Também tem apresentado dores no corpo e sensação de febre. Comorbidades Tabagista social e com sobrepeso. Medicamentos em uso Formoterol 12mcg – 01 cápsula – via inalatória - 2x ao dia Tiotrópio 2,5 mcg - 01 puff – via Inalatória - 1 x ao dia Salbutamol 100 mcg – 04 puffs – via inalatória - quando necessário 2. Ponto Crítico (criatividade) • Paciente com diagnóstico e tratamento de enfermidade crônica errados: - Não existe “bronquite asmática crônica”. Ou é Asma ou é Bronquite crônica. - A dispneia e tosse seca persistente, a qual se agrava no contato com o pelo de gato, é uma característica mais específica da Asma. O histórico de sintomas da infância também direciona a suspeita por Asma, a qual inicia seus sintomas na infância, cessa na adolescência e retorna na fase adulta. - Na bronquite crônica o paciente geralmente apresenta os sintomas de tosse secretiva e dispneia por um período contínuo, de aproximadamente 4 a 5 meses e após esse período os sintomas e a inflamação brônquica cessam, podendo retornar em um período de 12 meses. - O fato da paciente ser tabagista pode confundir muitas vezes o profissional médico, desconfiando de uma bronquite crônica ou de uma DPOC. É difícil um paciente asmático conseguir manter o tabagismo, porém encontramos alguns casos. - O tratamento de controle da Asma persistente tem como objetivo principal o controle da inflamação, sendo necessário o uso de corticosteroide inalatório (CI). O uso de broncodilatadores de ação longa (formoterol e tiotrópio) isolados (sem associação a um CI) não promovem benefício algum no controle da inflamação, e consequentemente no controle da Asma. - O uso do tiotrópio no controle dos sintomas não compensa farmacoeconomicamente. Beta-agonistas de ação longapromovem semelhante alívio e por um custo menor. - A dose completa diária do tiotrópio corresponde a 02 puffs – 1 x ao dia. O uso errôneo de 01 puff/dia não promove o limiar de ação necessário para a broncodilatação prolongada. • Paciente classe média baixa e fumante: - O protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para a asma possui como critério de exclusão pacientes com tabagismo atual; - Possibilidade de acesso aos medicamentos de controle e de alívio na rede farmácia popular; uso de cartão de desconto disponibilizado pelos fabricantes. • Paciente com pré-disposição a infecções pulmonares: - A exacerbação e a falta de controle de enfermidades respiratórias obstrutivas predispõem o paciente a infecções pulmonares graves, como a pneumonia viral e/ou bacteriana. • Paciente utiliza o dispositivo inalatório errado: - O uso inadequado do dispositivo inalatório diminui significativamente a deposição do medicamento no pulmão e consequentemente sua ação local. 3. Acesso aos medicamentos (SUS) Formoterol 12mcg e tiotrópio 2,5 mcg estão inclusos no componente especializado de assistência farmacêutica, porém o tiotrópio para a indicação de DPOC e bronquite crônica. O salbutamol está incluso no componente básico de assistência farmacêutica.
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
Sistema Circulatório – Características, fisiologia, anatomia e curiosidades
Características, fisiologia, anatomia e curiosidades
O sistema circulatório é o responsável por transportar elementos essenciais como glicose, oxigênio, hormônios para os tecidos e os produtos do metabolismo como o CO2, ureia e amônia para os órgãos excretores. Nesta aula você verá os elementos que compõe o sistema circulatório, como o coração, os tipos de vasos, e o sangue. Além de diferenciar a grande e pequena circulação.
O sistema circulatório ou cardiovascular formado pelo coração e os vasos sanguíneos e o sangue. Através da circulação do sangue é possível o transporte e a distribuição de nutrientes, além de hormônios e gás oxigênio para as células e tecidos de todos os órgãos do corpo humano. Além disso, o sangue também transporta resíduos do metabolismo para que possam ser eliminados do corpo através do sangue venoso.
Os sistema circulatório também recebe o nome de sistema cardiovascular. De forma bem resumida podemos dizer que o sangue passa duas vezes pelo coração formando 2 circuítos que são chamados de pequena circulação, sendo que o sangue sai do coração pela primeira vez, vai até o pulmão para deixar o CO2 e receber O2 nos pulmões e retorna ao coração.  Ao sair do coração pela segunda vez o sangue será transportado para as outras partes do corpo. Esse processo recebe o nome de Grande Circulação.
O Sistema circulatório também é conhecido como cardiovascular. Seus principais componentes são coração e vasos sanguíneos, que é responsável pelo transporte de nutrientes e oxigênio para todas as partes do corpo. A partir disso, a circulação sanguínea corresponde a todo o percurso do sistema circulatório que o sangue realiza no corpo humano de modo que no percurso completo, o sangue passa duas vezes pelo coração. Esses circuitos são chamados de pequena circulação e grande circulação.
Pequena Circulação
A pequena circulação também é chamada de circulação pulmonar. Nessa circulação ocorrem algumas exceções no sistema circulatório, pois o sangue que sai do ventrículo direito,sai por uma artéria e esse sangue é rico em gás carbônico. Saindo do coração pelo ventrículo direito pela artéria pulmonar, esse sangue vai para o pulmão, onde irá realizar a troca gasosa, liberando o gás carbônico e assimilando o gás oxigênio.
Veja também Os órgãos do corpo humano.
O sangue sairá dos pulmões pelas veias pulmonares, nesse estágio, o sangue estará com alta concentração de oxigênio e concentração baixa de gás carbônico. As veias pulmonares se conectarão ao coração pelo átrio esquerdo.
Conclui-se que a pequena circulação faz apenas o circuito coração – pulmão e pulmão – coração. E também que na pequena circulação, as artérias são ricas em sangue com altas concentrações de gás carbônico e as veias possuem alta concentração de oxigênio. Fato esse que é o oposto na grande circulação.
A Grande Circulação
Na grande circulação, o sangue é distribuído para todo o resto do corpo. é também conhecida como circulação sistêmica. Depois que o sangue vem dos pulmões, o coração irá bombear o sangue para todos os órgãos através do poderoso ventrículo esquerdo, que se for comparado com o ventrículo direito, poderá se notar que o músculo é mais desenvolvido justamente pelo fato de o coração precisar bombear para uma circulação muito maior.
O sangue sai do coração pelo ventrículo esquerdo pela maior artéria do organismo, a Aorta, que é a responsável por levar o sangue para várias artérias menores que ajudarão a distribuir por todos os tecidos de nosso organismo.
As artérias irão se ramificar em arteríolas que por sua vez se ramificarão em capilares e estes poderão distribuir nutrientes, hormônios, e oxigênio para todas as células, que por sua vez irão liberar produtos do metabolismo celular e gás carbônico, que irá fazer agora o caminho inverso, ou seja, irá dos tecidos e órgãos para o coração, através das venículas, vênulas e veias. A veia cava superior e veia cava inferior vai se conectar no coração através do átrio direito.
A veia cava superior, trará sangue venoso dos membros superiores e a veia cava inferior trará sangue venoso dos membros inferiores.
Componentes do Sistema Circulatório
Sangue
O sangue é um tecido líquido que tem a função de transportar pelo organismo diversos nutrientes, hormônios além de oxigênio para todas os tecidos dos organismos. O sangue também retira os metabólitos da atividade celular e gás carbônico, que é produzido durante a respiração celular.
O sangue também transporta células de defesa e ajuda o organismo na manutenção da temperatura, pois distribui calor para os tecidos.
São três tipos básico de células. Os glóbulos brancos, responsáveis pela defesa, os glóbulos vermelhos, que transportam gás carbônico e oxigênio e as plaquetas, responsáveis pela coagulação. Além da parte líquida, que é um plasma, rico em proteínas, carboidratos e sais minerais.
O coração é um órgão fantástico, que começa a bater ainda no ventre materno e só para no quando a vida finda. É um músculo consistente e poderoso.
Fica localizado logo abaixo dos pulmões, entre eles, mais ao lado esquerdo do que o direito. Fica dentro da caixa torácica, tem o tamanho aproximado de um punho fechado. Possui um ápice que aponta para o lado esquerdo inferior.
Através do movimento de seus poderosos músculos cardíacos, o sangue passa pelas suas quatro cavidades e é empurrado, bombeado através do movimento de tensão e relaxamento para todo o corpo. Esses movimentos são chamados de sístoles e diástoles.
Estrutura do Coração
Vejamos agora os tecidos e o conjunto de estruturas que formam o coração
· Pericárdio: é a membrana que reveste e protege coração, é formado por uma parte externa outra interna.
· Endocárdio: é uma membrana que reveste e protege a parte interna do coração
· Miocárdio: músculo poderoso, que é o responsável pela contração e descontração para bombear o sangue por todo o organismo.
· Ventrículos: cavidades inferiores por onde são conectadas as artérias. É por onde sai o sangue. Há uma direita e uma esquerda
· Átrios: são as cavidades superiores por onde são conectadas a veias no coração. Há uma direita e uma esquerda
· Válvula Tricúspide: impede o refluxo de sangue do átrio direito para o ventrículo direito a cada bombeamento.
· Válvula Mitral: impede o refluxo de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo cada vez que o coração bombeia.
Vasos Sanguíneos
Para que o sangue chega em todas as partes do corpo, em todos os tecidos é necessário que haja uma enorme estrutura para garantir isso. Isso se dá pelos vasos sanguíneos, que funcionam como tubos, que se ramificam em diversos calibres e assim possibilitam o transporte de nutrientes, hormônios, gases e o recolhimento de produtos do metabolismo

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