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Temporada III - Episódio - Telecomunicações e redes I

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Telecomunicações e redes I
APRESENTAÇÃO
Nesta Unidade de Aprendizagem, estudaremos os conceitos básicos relacionados com 
Telecomunicações e Redes, analisando os impactos causados no ambiente organizacional pela 
utilização dessas tecnologias. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Explicar o conceito de rede.•
Diferenciar internet, intranet e extranet.•
Reconhecer a importância das redes para aumentar a colaboração entre as pessoas.•
DESAFIO
As redes de computadores foram fundamentais para aumentar o poder de comunicação das 
empresas nos últimos anos, seja com seus funcionários, seja com seus parceiros de negócios, 
como clientes e fornecedores. A criação de ambientes interligados facilita bastante o 
compartilhamento de informações, além de promover maior produtividade aos envolvidos. Uma 
das formas de se interligar os sistemas da empresa com seus parceiros de negócios é através de 
uma estrutura tecnológica conhecida como extranet. Neste ambiente, os usuários devidamente 
registrados podem encontrar diversas funcionalidades de acordo com seu perfil. Caso seja um 
fornecedor, o ambiente disponibilizará funções relacionadas com os processos de fornecimento 
de produtos à empresa, por exemplo, uma cotação de preços. Neste contexto, considere que você 
é o responsável por interligar o ambiente tecnológico de uma empresa com seus clientes e 
fornecedores em uma extranet. Liste pelo menos três funcionalidades a serem disponibilizadas 
para os clientes e outras três para os fornecedores. 
INFOGRÁFICO
Veja no infográfico a seguir as principais formas de uso da internet.
CONTEÚDO DO LIVRO
O uso de redes de telecomunicações mudou drasticamente a forma como as pessoas se 
comunicam e os meios utilizados pelas empresas para fazer negócios. O entendimento correto 
do conceito de rede é fundamental para que seja possível compreender como as empresas atuam 
neste novo contexto. Acompanhe um trecho da obra Administração de Sistemas de Informação, 
de O'Brien e Marakas, a qual serve de base teórica para a nossa unidade de aprendizagem. Leia 
até o final do tópico Tendências da tecnologia. 
Boa leitura.
INFORMAÇÃO
SISTEMAS DE
James A. O’Brien
George M. Marakas
www.grupoa.com.br 
0800 703 3444
ADMINISTRAÇÃO DE
SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
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SISTEM
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15ª Ed.
S I S T E M A S D E I N F O R M A Ç Ã O
AUDY, ANDRADE & CIDRAL
Fundamentos de sistemas de informação
BALTZAN & PHILLIPS
Série A – Sistemas de Informação 
BERKUN, S.
A arte do gerenciamento de projetos
GRAY & LARSON
Gerenciamento de projetos, 4.ed.
KERZNER & SALADIS
O que os executivos precisam saber sobre gerenciamento de projetos
KERZNER & SALADIS
Gerenciamento de projetos orientado por valor
KERZNER & SALADIS
O que os gerentes precisam saber sobre projetos
KERZNER, H.
Gestão de projetos, 2. ed.
MOORE & WEATHERFORD
Tomada de decisão em administração com planilhas eletrônicas, 6.ed.
NOKES & KELLY
O guia definitivo do gerenciamento de projetos, 2.ed.
O’BRIEN & MARAKAS
Administração de sistemas de informação, 15.ed.
SPACKMAN & SPEAKER
Soluções de integração empresarial
STUTELY, R.
O guia definitivo do plano de negócios, 2.ed.
*TURBAN, MCLEAN & WETHERBE
Tecnologia da informação para a gestão: transformando os negócios na economia digital, 8.ed.
TURBAN & COLS.
Business Intelligence: Um enfoque gerencial
*Livros em produção no momento da impressão desta obra, mas que muito
em breve estarão à disposição dos leitores em língua portuguesa.
Como a TI vem sendo aplicada aos negócios no cenário atual? Ela contribui para a vantagem 
competitiva, para os processos de reengenharia, para a solução de problemas e para a 
tomada de decisão das empresas? 
Esses temas são abordados de maneira realista e didática nesta nova edição de 
Administração de Sistemas de Informação. Com organização elaborada para o ensino e o 
aprendizado, o livro combina conceitos, exercícios, estudos de caso e questões para estudo, 
com diagramas, tabelas e figuras bem elaboradas.
Trata-se de uma obra indispensável para estudantes que desejam obter visão gerencial e 
alicerce confiável na definição e conceituação do assunto. Recomendável para alunos de 
graduação em Administração, Economia, Ciências Contábeis e de pós-graduação em 
Administração, Engenharia da Produção, Auditoria, Gestão da TI, Desenvolvimento de 
Software e afins. 
15ª Edição
A Bookman Editora é parte do Grupo A, uma empresa que engloba 
diversos selos editoriais e várias plataformas de distribuição de conteúdo 
técnico, científico e profissional, disponibilizando-o como, onde e quando 
você precisar. O Grupo A publica com exclusividade obras com o selo 
McGraw-Hill em língua portuguesa.
ÁREA DO PROFESSOR
Visite a Área do Professor no site www.grupoa.com.br para acessar material exclusivo,
em português e inglês, deste livro.
15ª Edição
15ª Edição
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arakas
www.grupoa.com.br
37359_Obrien-Administracao.ai 1 16/julho/12 17:5037359_Obrien-Administracao.ai 1 16/julho/12 17:50
O12a O’Brien, James A.
 Administração de sistemas de informação [recurso 
 eletrônico] / James A. O’Brien, George M. Marakas ; tradução: 
 Rodrigo Dubal ; revisão técnica: Armando Dal Colletto. – 15. 
 ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013.
 Editado também como livro impresso em 2013.
 ISBN 978-85-8055-111-2
 1. Administração de empresas. 2. Sistemas de informação. 
 I. Marakas, George M. II. Título. 
CDU 658:004
Catalogação na publicação: Fernanda B. Handke dos Santos – CRB 10/2107
206 MÓDULO II • Tecnologias da informação
A empresa em rede
Quando os computadores são conectados em rede, há uma convergência de duas áreas – infor-
mática e comunicação –, e o resultado é muito mais amplo que uma simples soma das partes. 
Repentinamente, os aplicativos de informática tornam-se disponíveis para coordenação e co-
mercialização empresa-empresa, tanto de pequeno como de grande porte. A internet global 
cria uma área pública sem limites geográficos – o ciberespaço – onde cidadãos comuns podem 
interagir, divulgar ideias e adquirir mercadorias e serviços. Em suma, o impacto tanto da 
informática como da comunicação na estrutura social e organizacional é muito maior.
Desse modo, as tecnologias de telecomunicações e de redes estão interconectando e revolucio-
nando empresas e sociedade. As corporações se transformaram em empresas em rede. A inter-
net, a web, a intranet e extranet estão conectando funcionários e processos corporativos a clien-
tes, fornecedores e terceiros interessados nas empresas. As companhias e os grupos de trabalho 
podem, assim, trabalhar em conjunto com mais criatividade, gerenciar operações e recursos 
empresariais com mais eficácia e competir com êxito na atual economia global em contínua 
mudança. Este capítulo apresenta os princípios básicos de telecomunicações e redes aplicados a 
esses desenvolvimentos.
Leia o “Caso do mundo real 1” sobre tecnologia de rede pública sem fio. É possível apren-
der muito sobre o futuro das fronteiras entre o ser humano e o computador e suas aplicações 
comerciais a partir desse caso (ver Figura 6.1).
Como este capítulo enfoca sistemas e tecnologias da informação, é fácil pensar em rede em 
termos de conexão de computadores. No entanto, para entender bem a finalidade da imple-
mentação de redes de computadores, é importante compreender o conceito de rede no sentido 
mais amplo.
O termo rede significa, por definição, cadeias, grupos ou sistemas interconectados ou 
inter-relacionados. Essa definição, a princípio, permite identificar qualquer tipo de rede: cadeia 
de hotéis, sistema viário, relação de nomes da agenda de endereços ou do PDA de um indivíduo, 
sistema ferroviário, membros de uma igreja, clube ou organização. Os exemplosde rede são pra-
ticamente infinitos, e as redes de computadores, embora importantes e poderosas, não passam 
de mais um simples exemplo desse conceito.
Essa definição pode ser expressa como uma fórmula matemática para calcular a quanti-
dade de conexões ou interações possíveis: N(N � 1) ou N 2 � N. Nessa fórmula, N refere-se ao 
número de nós (pontos de conexão) da rede. Se a rede possuir poucos nós, a quantidade de co-
nexões possível será bem pequena. Usando a fórmula, é possível verificar que três conexões pro-
duzem apenas seis conexões possíveis. Uma rede constituída de dez nós produz quantidade bem 
maior de conexões – 90. Quando existe uma grande quantidade de nós conectados, o número 
de conexões possível aumenta bastante. Uma rede com cem nós tem 9.900 conexões possíveis, 
e uma rede com mil nós possui 999 mil conexões possíveis. Esse tipo de progressão matemática 
é denominado exponencial, o que significa que o aumento na quantidade de conexões é muito 
maior que no número de nós. Caso acrescente apenas mais um nó em uma rede, a quantidade 
de conexões aumenta muitas vezes mais. Imagine o efeito de acrescentar uma nova rampa de 
entrada e saída de um sistema viário que conecte 30 mil cidades e bairros. Quantas novas cone-
xões essa rampa criaria? Talvez mais relevante seja o efeito da adição de outra pessoa, como um 
amigo para a sua conta do Facebook, MySpace ou Plaxo. Se você tem cem amigos exclusivos, e 
cada um deles tiver outros cem amigos exclusivos e o novo amigo tiver cem amigos exclusivos... 
bem, você já entendeu tudo. A próxima seção abordará esse assunto.
Robert Metcalfe fundou a 3Com Corp., e criou o protocolo Ethernet para rede de compu-
tadores. Ele usou sua visão de rede para expressar o aumento exponencial, mencionado no 
parágrafo anterior, em termos de potencial de valor de negócio. A lei de Metcalfe postula 
que a capacidade de utilização – ou a utilidade – de uma rede é igual ao número de usuários elevado 
ao quadrado.
A empresa 
em rede
O conceito 
de rede
Lei de Metcalfe
Seção I
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DO MUNDO REAL
CASO Starbucks e outros: o futuro do 
Wi-Fi público1
Os pontos de acesso Wi-Fi públicos são populares há cerca de oito anos. Durante esse período, as empresas 
prestadoras do serviço foram tateando, na tentativa de desco-
brir como ganhar dinheiro com isso. O modelo dominante até 
hoje tem sido o de simplesmente cobrar pelo serviço. Pague 
US$ 20 por mês e você poderá acessar em qualquer um dos 
nossos vários locais. Recentemente, no entanto, uma espécie 
de ponto de virada foi atingido: agora, em vez de ser alugado 
por uma taxa, o Wi-Fi vai ser cada vez mais cedido gratuita-
mente para motivar os clientes a comprar outros bens e ser-
viços. Atualmente o Wi-Fi é como a torradeira que os bancos 
costumavam distribuir para quem abria uma nova conta.
A Starbucks está liderando uma transição de Wi-Fi co-
brado para Wi-Fi como uma isca para levar as pessoas a gastar 
dinheiro em outras coisas. Isso provavelmente tem a ver com o 
fato de a Starbucks estar enfrentando uma forte concorrência 
pela multidão que toma café da manhã em concorrentes como 
o McDonald’s, que também está sendo mais agressivo, liberan-
do o acesso gratuito ao Wi-Fi.
A oferta da Starbucks poderá ser um golpe de gênio. A 
empresa, junto com a AT&T, vai dar ao cliente duas horas gra-
tuitas de Wi-Fi por dia, mas somente com o uso de um cartão 
Starbucks. Se você quiser mais de duas horas, poderá pagar US$ 
19,99 por mês, o que também dará direito a Wi-Fi ilimitado 
oferecido pela AT&T em cerca de 70 mil pontos de acesso, em 
89 países. A Starbucks não só supera outros vendedores de açú-
car e cafeína, oferecendo acesso Wi-Fi, mas também difunde 
seu lucrativo cartão Starbucks e fornece um caminho para as 
pessoas ansiosas em pagar pelo acesso ilimitado.
Os cartões Starbucks beneficiam a empresa de três manei-
ras. Em primeiro lugar, as pessoas com cartões ficam provavel-
mente mais propensas a escolher a Starbucks mesmo com outras 
alternativas próximas. Em segundo lugar, fazendo que milhões de 
clientes paguem antecipadamente, a Starbucks recebe o dinheiro 
antes (em vez de esperar que as pessoas realmente tomem seu 
café). Por último (e o melhor): no caso de perda, roubo ou ex-
travio dos cartões, a Starbucks fica com o dinheiro sem dar nada 
em troca.
Como os muitos cafés indie, o Bauhaus Books and Coffee, 
em Seattle, há muito tempo confia no acesso Wi-Fi gratuito 
para ajudar a atrair clientes. “À noite, toda a parte do bar próxi-
ma à janela fica cheia com pessoas usando seus computadores”, 
diz Grace Heinze, que há 13 anos é gerente do Bahaus, situado 
entre o centro de Seattle e o sofisticado bairro de Capitol Hill. 
O Bauhaus tem prosperado apesar de todas as Starbucks que 
surgiram em seu entorno: 15 lojas em um raio de 1 quilômetro, 
e 38 em 1,5 quilômetros.
Será que Heinze está preocupada que seu artístico café, 
cujo nome vem do movimento de arte alemão dos anos 1920, e 
repleto de recordações possa perder clientes para a Starbucks, 
agora que a empresa está disponibilizando seus ótimos recur-
sos de Wi-Fi por duas horas diárias gratuitas para qualquer 
cliente? Na verdade, não.
“As pessoas vêm aqui porque gostam de nossa atmosfe-
ra e de nosso café”, diz Heinze. “Não estamos sentindo muita 
pressão por causa disso.” Os pontos de acesso Wi-Fi começaram 
a surgir por volta do início do milênio. Impulsionados pela po-
pularidade crescente dos laptops, os cafés com acesso Wi-Fi ra-
pidamente suplantaram os antiquados cibercafés, que pagavam 
os altos preços de aquisição e manutenção de computadores.
Ainda assim, até alguns anos atrás, muitos cafés libera-
vam o acesso aos seus pontos de acesso Wi-Fi por meio de 
códigos dados apenas a clientes que pagavam, segundo Jack 
Kelley, presidente regional em Seattle da Caffe Ladro. Havia 
o temor de “que, se o Wi-Fi público fosse gratuito, o lugar 
ficaria lotada de ‘campistas’”, conta Kelley, referindo-se a con-
sumidores que permanecem o dia inteiro sem comprar nada. 
Mas isso não aconteceu depois que os doze cafés Ladro da área 
de Seattle mudaram para o acesso Wi-Fi gratuito alguns anos 
atrás. Hoje em dia, “não nos importamos se você vai se sentar 
no estacionamento e usar o acesso”, diz Kelley. Questionado 
sobre o impacto da decisão do Starbucks sobre sua empresa, 
Kelly respondeu: “O Wi-Fi é gratuito em toda parte hoje em 
dia. Será que a Starbucks não está um pouco ultrapassada?”
Conforme a pressão aumenta para tornar gratuitos os 
pontos de acesso Wi-Fi, algumas operadoras estão se voltan-
do para publicidade na web a fim de compensar os custos ou 
ganhar dinheiro. Esses anúncios são exibidos durante o login 
ou na homepage do usuário. A JiWire fornece anúncios para 
mais de 8 milhões de usuários por mês em várias redes Wi-Fi, 
incluindo a Boingo, com taxas muito maiores do que das pági-
nas web comuns. No entanto, esse tipo de publicidade “parece 
bruta” para Kelley, da Ladro. “É como todos aqueles anúncios 
no cinema”, diz ele. “Acho que é excessivo.”
“Muitos fregueses dos cafés menores continuarão a 
apoiar a sua loja local, por lealdade, um ambiente único contra 
o de um corporação gigantesca, apoio da comunidade, a conve-
niência da localização etc.”, relata. “Qualquer perda de clientes 
Fonte: Getty Images.
FIGURA 6.1 O acesso público sem fio pode estar em uma 
encruzilhada com os recentes movimentos em direção à 
livre prestação desse serviço baseada em publicidade.
Continua �
O'Brien_06.indd 207O'Brien_06.indd 207 16/05/12 16:5616/05/12 16:56
também pode ser compensada, simplesmente porque continua 
a haver muito mais demanda por acesso Wi-Fi em geral.”
Heinze, do Bauhaus, concorda: “Estamos perto de duas 
universidades, em um bairro com uma grande quantidade de 
prédios de apartamentos”. Embora a sua empresa esteja com-
petindo no quintal da Starbucks, o Bauhaus, de acordo com 
Heinze, nunca “esboçou qualquer reação. E o pontocentral 
não é ser um indie café, sendo o seu próprio? Se isso significa 
fazer algo semelhante ao que o Starbucks faz, tudo bem”.
Como a televisão, o Wi-Fi cada vez mais é distribuído 
em troca de anúncios. Não é um modelo comprovado. Nin-
guém está obtendo enormes lucros com essa abordagem ainda. 
O programa “Anúncios por acesso” da JiWire oferece a alguns 
usuários acesso Wi-Fi gratuito em pontos de acesso, normal-
mente pago por outros em troca de ver anúncios ao mudar 
de uma página web para outra. A empresa recentemente (e de 
modo sábio) passou a mirar nos usuários do iPhone. O Wi-Fi é 
gratuito em alguns aeroportos. Um dos maiores é o Aeroporto 
Internacional de Denver. Além da publicidade, o acesso Wi-Fi 
da FreeFi Redes é subsidiado pelo aluguel dos programas de 
televisão da Disney-ABC, que os usuários podem baixar pela 
conexão. Uma empresa chamada HypeWifi tem seu acesso 
Wi-Fi gratuito baseado em publicidade, mas também faz “pes-
quisa de mercado” para anunciantes, cobrando uma taxa. Os 
usuários que fazem login em um ponto de acesso HypeWifi 
podem obter acesso respondendo a uma pergunta ou duas, que 
são agregadas e enviadas ao patrocinador, juntamente com in-
formações demográficas sobre os usuários.
Não há setor no qual todos as empresas ofereçam univer-
salmente acesso Wi-Fi gratuito de forma habitual. Alguns hotéis, 
por exemplo, oferecem o serviço, e outros não. Alguns aeroportos 
têm, e outros não. É também interessante notar que o Wi-Fi fun-
ciona como um incentivo, mesmo quando não é gratuito.
Depois de um algumas hesitações, o Wi-Fi no setor de 
transportes de repente começa a decolar. A representativa maio-
ria das grandes companhias aéreas, nos Estados Unidos e na Eu-
ropa, têm ou estão planejando oferecer Wi-Fi durante o voo, mas 
a maioria vai cobrar pelo serviço. Dentro de dois anos, todas as 
principais empresas aéreas oferecerão o serviço gratuitamente.
A Airline Wi-Fi, por sua vez, provocou uma corrida para 
instalar o serviço Wi-Fi em trens por toda a Europa. Essas em-
presas de serviços ferroviários consideram as companhias aéreas 
concorrentes no lucrativo mercado de viagens executivas. Trens 
suburbanos e até táxis estão adotando Wi-Fi – na verdade, onde 
quer que haja uma concentração de empresários com diárias de 
viagem e tempo sobrando, haverá Wi-Fi. Todo mundo quer es-
ses clientes, porque eles gastam dinheiro em outras coisas.
Os preços vão do acesso livre sem nenhum tipo de fide-
lidade aos visivelmente superfaturados, passando pelos valores 
criativos ou seletivos, à la Starbucks ou Boingo. No entanto, a 
tendência é clara: o Wi-Fi está mudando gradualmente para 
ser livre para sempre, em todos os lugares. Simplesmente não 
há como escapar dessa tendência. Todo mundo adora Wi-Fi – 
e quanto mais livre, melhor.
Alguns, no entanto, não acham que o Wi-Fi tem futu-
ro. “Como a banda larga móvel está aumetando, os pontos de 
acesso Wi-Fi se tornarão tão irrelevantes quanto as cabines te-
lefônicas”, diz Johan Bergendahl, diretor-chefe de marketing 
da Ericsson Telephone Co. “A banda larga móvel está crescen-
do mais rapidamente do que a telefonia móvel ou fixa jamais 
conseguiram.” Na Áustria, dizem que a banda larga móvel 
vai ultrapassar a banda larga fixa este ano. “Já está crescendo 
mais rápido, e na Suécia o telefone mais popular é um modem 
USB”, diz Bergendahl.
Quanto mais as pessoas começarem a usar banda larga 
móvel, mais os pontos de acesso não serão necessários. Além 
disso, o suporte ao acesso a pacote de alta velocidade (high-speed 
packet access - HSPA), facilitado pela Ericsson, está sendo inte-
grado a um número cada vez maior de laptops. A empresa assi-
nou recentemente um acordo para colocar a tecnologia HSPA 
em alguns notebooks Lenovo. “Em poucos anos, o [HSPA] será 
tão comum quanto o Wi-Fi é hoje”, diz Bergendahl.
Os desafios continuam. Cobertura, disponibilidade e 
preço – especialmente quando alguém está em roaming – são 
fatores decisivos para o sucesso. “A indústria terá de resolver a 
questão do roaming internacional”, diz Bergendahl. “As ope-
radoras precisam trabalhar em conjunto. Pode ser tão simples 
quanto pagar US$ 10 por dia quando você estiver fora do país. 
Não saber de quanto será a sua conta após uma viagem de ne-
gócios não é aceitável para usuários profissionais. A cobertura 
também tem de melhorar.”
Fonte: Adaptado de Eric Lai. “Indie Coffeehouses Tell Starbucks: Bring on 
Your Free Wi-Fi”. Computerworld, 14 de fevereiro de 2008; Mikael Ricknäs, 
“Ericsson Predicts Demise of Wi-Fi Hotspots”. Computerworld, 10 de 
março de 2008; e Mike Elgan. “Wi-Fi Wants to Be Free”. Computerworld, 
15 de fevereiro de 2008.
 QUESTÕES DO ESTUDO DE CASO ATIVIDADES DO MUNDO REAL
 1. Você concorda com os planos da Starbucks de oferta de 
acesso Wi-Fi por tempo limitado para os clientes? Você 
acha que o Wi-Fi gratuito seria suficiente para criar esse 
tipo de lealdade? Com base nas experiências relatadas de 
outros cafés, você acha que o acesso gratuito foi um fator 
decisivo no desenvolvimento de uma base de clientes leais?
 2. Parte da razão da estratégia da Starbucks teve a ver com o 
aumento da concorrência de cadeias como o McDonald’s 
em relação à multidão de clientes de café da manhã. O 
acesso Wi-Fi gratuito por um concorrente desse tipo teria 
angariado uma parcela significativa de clientes do Starbu-
cks? Por quê?
 3. O caso mostra algumas empresas que oferecem Wi-Fi gra-
tuito em troca de ver publicidade ou responder a perguntas 
de pesquisas de mercado. Você estaria disposto a fazer isso 
para obter acesso gratuito em, por exemplo, um aeroporto? 
Você daria outra resposta se estivesse usando um laptop cor-
porativo em vez do seu próprio, por questões de segurança?
 1. Johan Bergendahl, da Ericsson, acredita que o desapare-
cimento de Wi-Fi é bastante iminente e que a banda larga 
móvel substituirá os pontos de acesso por acessos sem fio. 
Faça uma pesquisa na internet sobre as atuais ofertas co-
merciais da banda larga móvel e compare com seus recur-
sos em pontos de acesso Wi-Fi. Qual deles você escolheria? 
Que fatores poderiam afetar a sua decisão?
 2. Faça uma pesquisa na internet e procure diferentes em-
presas em um dos setores citados no caso, observando que 
empresas oferecem acesso sem fio e quais não o fazem. 
Divida a turma em pequenos grupos e faça um brainstor-
ming buscando possíveis explicações para essas diferenças. 
Você vê algum padrão no tipo de empresa que cobra pelo 
acesso em relação àquelas que oferecem o serviço gratui-
tamente?
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CAPÍTULO 6 • Telecomunicações e redes 209
Fica fácil entender a lei de Metcalfe quando se pensa em um simples equipamento tecno-
lógico de uso rotineiro: o telefone. O telefone seria de uso bem limitado se apenas um indivíduo 
e seu amigo possuíssem um. Se uma cidade inteira estiver conectada no sistema, este se torna 
muito mais útil. Se o mundo todo estiver conectado, a utilidade do sistema é fenomenal. Acres-
cente-se a quantidade de conexões telefônicas sem fio e obtém-se um valor potencial enorme. 
Para chegar a esse valor, no entanto, muitas pessoas devem ter acesso ao telefone – e elas têm de 
usá-lo, ou seja, a utilização do telefone precisa atingir uma massa crítica de usuários. O mesmo 
se aplica a qualquer tipo de tecnologia.
Até atingir a massa crítica de usuários, qualquer mudança na tecnologia afeta apenas a 
própria tecnologia. Entretanto, uma vez atingida a massa crítica, os sistemas social, político e 
econômico mudam. O mesmo ocorre com a tecnologia de rede digital. Considere a internet. 
Ela atingiu massa crítica em 1993, quando existiam cerca de 2,5 milhões de computadores cen-
trais na rede. Em novembro de 1997, a ampla rede continha quase 25 milhões de computadores 
centrais. Segundo a internet World Stats, o número de usuários na internet, em março de 2009, 
superou 1,6 bilhão! Mais importante: isso representa apenas cerca de 24% da população mun-
dialestimada. Com a queda rápida e permanente dos custos de informática (lembre-se da lei de 
Moore mencionada no Capítulo 3) e o crescimento exponencial da internet (lei de Metcalfe), 
espera-se aumento do valor – supostamente mediante redução dos custos – sempre que um 
usuário acessar a rede.
Telecomunicações é a troca de qualquer forma (voz, dados, texto, imagem, áudio, vídeo) de 
informação por rede. As primeiras redes de telecomunicações não usavam computadores para 
encaminhar o tráfego e, desse modo, eram muito mais lentas do que as atuais baseadas em 
computadores. É necessário estar ciente das principais tendências das indústrias, tecnologias e 
aplicações em telecomunicações que aumentam significativamente as alternativas de decisões 
enfrentadas pelos gerentes e profissionais de negócios (ver Figura 6.2).
A arena competitiva dos serviços em telecomunicações tem mudado muito nos últimos anos. A 
indústria de telecomunicações passou de monopólios controlados pelo governo para um merca-
do sem regulamentação com fornecedores de serviços de telecomunicações, competitivos e vo-
razes. Hoje, inúmeras companhias oferecem a empresas e consumidores alternativas para tudo, 
de serviços telefônicos locais e globais até canais por satélite de comunicações, rádio móvel, TV 
a cabo, serviços de telefonia celular e acesso à internet (ver Figura 6.3).
Tendências 
das telecomu-
nicações
Tendências da 
indústria
Tendências
da aplicação
Tendências 
da tecnologia
Tendências 
da indústria
Voltada a fornecedores, portadoras, alianças e serviços de
rede mais competitivos, impulsionada pela desregulamentação
e pelo crescimento da internet e da World Wide Web.
Voltada ao uso disseminado de internet, intranets corporativas
e extranets interorganizacionais para auxiliar as empresas e o
e-commerce, a colaboração e a vantagem
estratégica do mercado local.
Voltada ao uso abrangente de tecnologia de internet,
fibra óptica digital e sem fio para criar interligações locais
e globais de alta velocidade para comunicação de voz, 
dados, imagem, áudio e vídeo.
FIGURA 6.2 Princi-
pais tendências das 
telecomunicações nas 
empresas.
O'Brien_06.indd 209O'Brien_06.indd 209 16/05/12 16:5616/05/12 16:56
210 MÓDULO II • Tecnologias da informação
O crescimento explosivo da internet e da World Wide Web fez surgir uma quantidade 
enorme de produtos, serviços e provedores de telecomunicações. Motivadas a atender a esse 
crescimento, as empresas têm utilizado cada vez mais a internet e a web no comércio eletrônico 
(e-commerce) e na colaboração. Desse modo, as opções de fornecedores e serviços disponíveis 
para atender às necessidades de telecomunicações das empresas aumentaram significativamente, 
assim como as alternativas para a tomada de decisão dos gerentes.
Os sistemas abertos com conectividade irrestrita, que utilizam como plataforma a tecnologia 
de rede da internet, são hoje a principal tendência em termos de tecnologia de telecomunica-
ções. Navegadores web, editores de páginas HTML, servidores de internet e intranet e software 
de gerenciamento de redes, produtos de rede TCP/IP e firewalls para segurança da rede são 
apenas alguns exemplos. Essas tecnologias são adotadas em aplicações da internet, intranet e 
extranet, principalmente para o e-commerce e para a colaboração. Essa tendência motivou os 
movimentos técnicos e setoriais anteriores rumo à criação de redes cliente-servidor baseadas em 
uma arquitetura de sistemas abertos.
Sistemas abertos são sistemas de informação que adotam padrões comuns de hardware, 
software, aplicações e rede. Sistemas abertos, como a internet e as intranets e extranets corpo-
rativas, criam um ambiente de computação aberto e acessível aos usuários e seus sistemas de 
computadores conectados em rede. Esse tipo de sistema oferece maior conectividade, ou seja, 
facilidade de comunicação e acesso recíproco, e compartilhamento de dados entre os compu-
tadores conectados em rede e outros dispositivos. Qualquer arquitetura de sistemas abertos 
também proporciona alto grau de interoperabilidade de rede. Em outras palavras, esse tipo de 
sistema permite ao usuário final executar diversas atividades utilizando variados sistemas de 
computadores, pacotes de software e bancos de dados oferecidos por várias redes interconecta-
das. Muitas vezes, são utilizados middlewares para auxiliar sistemas diversificados no trabalho em 
conjunto de diversos sistemas.
Middleware é um termo genérico referente a qualquer programação que serve para “unir” 
ou mediar dois programas separados e normalmente já existentes. Uma das aplicações do 
middleware é permitir que programas criados para acessar determinado tipo de banco de dados 
(por exemplo, DB2) acessem outros tipos (por exemplo, Oracle) sem a necessidade de codifica-
ção específica.
O middleware é mais conhecido como uma espécie de “encanamento” do sistema de infor-
mação, pois ele encaminha os dados e as informações de forma clara para diferentes fontes de 
dados internos e aplicações de usuários finais. Ele não precisa ser alvo de estudo profundo – não 
possui muito mais do que “interface” própria visível –, no entanto, é componente essencial de 
Tendências da 
tecnologia
Entretenimento
Transações de
informações
Comunicações
Gama completa de serviços
Transmissão de TV
TV de alta definição
Pay-per-view avançado
Vídeo sob demanda
TV interativa
Videojogos interativos
Videoshopping
Estudo a distância
Serviços multimídia
Rede de imagens
Serviços de transações
Acesso à internet
Teletrabalho
Videoconferência
Videofone
Acesso sem fio
Sistemas celular/PCS
Sistema de telefonia tradicional
CategoriasFIGURA 6.3 Gama 
de serviços de teleco-
municações disponí-
veis hoje.
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CAPÍTULO 6 • Telecomunicações e redes 211
qualquer infraestrutura de TI, porque permite a junção de sistemas distintos em um esquema 
comum.
As telecomunicações também estão sofrendo uma revolução por causa da rápida mudança 
na tecnologia de rede de analógica para digital. Os sistemas de telecomunicações sempre foram 
baseados na transmissão analógica de voz por meio de frequências elétricas variáveis geradas 
por ondas de som da voz humana. Desse modo, obtêm-se (1) muito mais velocidade de trans-
missão, (2) mais volume de transmissão de informações, (3) mais economia e (4) e taxas de erro 
bem menores do que nos sistemas analógicos. Além disso, a tecnologia digital permite a trans-
missão de diversos tipos de comunicação (dados, voz, vídeo) pelos mesmos circuitos das redes 
de telecomunicações.
Outra grande tendência em termos de tecnologia de telecomunicações é a substituição 
do meio baseado em fios de cobre e sistemas de relé de micro-ondas fixos no solo por linhas 
de fibra óptica e celulares, satélite de comunicações e outras tecnologias de transmissão sem 
fio. A transmissão por fibra óptica, que utiliza pulsos de luz gerada por laser, oferece vantagens 
significativas em termos de redução no tamanho e no esforço de instalação, aumento amplo na 
capacidade de comunicação e na velocidade de transmissão, e ausência de interferência elétrica. 
A transmissão por satélite proporciona vantagens significativas para as organizações que neces-
sitam transmitir enormes quantidades de dados, áudio e vídeo por redes globais, principalmente 
para áreas isoladas. Celulares, rádio móvel e outros sistemas de transmissão sem fio estão conec-
tando telefones celulares, assistentes digitais pessoais e outros dispositivos de acesso sem fio à 
internet e a outras redes corporativas.
As mudanças mencionadas na indústria e na tecnologia estão alterando o uso dos sistemas de 
telecomunicações nas empresas. A tendência de aumento no número de fornecedores, serviços, 
tecnologia da internet e sistemas abertos, e o rápido crescimento da internet, da World Wide 
Web e das intranets e extranets corporativas aumentam consideravelmente a quantidade de 
aplicações em telecomunicações viáveis. Portanto, hoje, asredes de telecomunicações desempe-
nham papel profundo e fundamental nos processos de negócios eletrônicos baseados na web, no 
e-commerce, na colaboração e em outras aplicações empresariais de apoio a operações, gerencia-
mento e objetivos estratégicos de grandes e de pequenas empresas.
É impossível abordar as tendências das telecomunicações sem reiterar que a internet continua 
firme no centro das ações. Apesar da sua importância e dos limites aparentemente inexplorados, 
hoje estamos embarcando na próxima geração da “rede das redes”. Internet2 é uma rede de alto 
desempenho que utiliza uma infraestrutura totalmente diferente da internet pública conhecida. 
Além disso, já existem mais de 200 universidades e entidades científicas e mais de 70 corpora-
ções de comunicações participantes da rede internet2. Um grande equívoco em relação à inter-
net2 é considerá-la uma sequência da internet original e sua provável substituta, o que jamais 
deve ocorrer, porque ela não foi criada para isso. Ao contrário, sua finalidade é criar uma espécie 
de diretriz que possa ser seguida durante o próximo estágio de inovação da internet atual. As 
ideias ali nutridas, como a criação de novos protocolos de endereçamento e fluxo de vídeo com 
qualidade de transmissão por satélite, talvez sejam implementadas na internet, entretanto essa 
implementação pode levar ainda cerca de uma década.
Além disso, a rede internet2 jamais deverá ser totalmente aberta – ela deverá permanecer 
sob domínio exclusivo de universidades, centros de pesquisa e governos. Como prova disso, a 
tecnologia – que evoluiu à velocidade da luz – utilizada hoje na internet2 deve acabar sendo 
transferida para a internet pública. No entanto, por ora, o projeto da internet2 tem como ob-
jetivo o compartilhamento, a colaboração e a tentativa de criação de novas ideias em termos 
de comunicação de alta velocidade – curiosamente, muitas das mesmas metas que formaram a 
história inicial da internet atual.
A maioria das instituições e dos parceiros comerciais na rede internet2 está conectada via 
Abilene, rede principal que logo terá capacidade de operar a 10 gigabytes por segundo (Gbps). 
Diversas redes internacionais também estão conectadas na infraestrutura da Abilene, e, à me-
dida que o projeto vai crescendo, cada vez mais redes estarão capacitadas a se conectar com a 
estrutura atual. Um denominador comum entre todos os parceiros da internet2 é a participação 
Tendência de 
aplicativos 
empresariais
Internet2
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212 MÓDULO II • Tecnologias da informação
ativa em desenvolvimento e testes de novas aplicações e protocolos de internet com ênfase na 
pesquisa e na colaboração voltados a recursos, como videoconferência, transmissão múltipla, 
aplicações remotas e novos protocolos que aproveitem as muitas oportunidades oferecidas pela 
megalargura de banda. Em suma, a internet2 é o que existe de mais avançado em termos de 
telecomunicações de alta velocidade e largura de banda infinita.
Para se ter uma ideia exata da velocidade dessa rede do futuro, uma equipe internacional 
de pesquisadores já chegou a utilizá-la para estabelecer um novo recorde de velocidade em solo. 
No final de 2002, a equipe transmitiu 6,7 GB de dados por cerca de 9.500 quilômetros de rede 
de fibra óptica em menos de um minuto. Isso representa mais ou menos dois filmes inteiros de 
DVD viajando um quarto da Terra em menos de um minuto a uma velocidade média de 923 
milhões de bits por segundo! Corresponde a aproximadamente 660 mil quilômetros por hora. 
Além disso, a mesma equipe já está trabalhando para tentar quebrar seu próprio recorde.
Basta dizer que, enquanto o empresário busca novas formas de obter vantagem empre-
sarial utilizando a internet, há um esforço enorme para torná-la ainda maior e mais veloz. Em 
2009 internet2 completou seu 13º aniversário com muito mais fôlego, velocidade e capacidade 
de armazenamento em relação ao seu lançamento em 1996. A internet2 será abordada nova-
mente nesse capítulo com o protocolo de endereçamento da internet.
Qual é o valor para o negócio obtido quando uma companhia investe nas tendências das telecomu-
nicações que acabamos de discutir? O uso de internet, intranets, extranets e outras redes de te-
lecomunicações pode reduzir consideravelmente os custos, diminuir o tempo de espera e reação 
da empresa, facilitar o e-commerce, melhorar a colaboração entre equipes, desenvolver processos 
operacionais on-line, compartilhar recursos, controlar clientes e fornecedores, e desenvolver 
novos produtos e serviços. Isso torna as aplicações de telecomunicações mais estratégicas e vitais 
para as empresas que precisam cada vez mais encontrar formas para competir tanto nos merca-
dos domésticos como nos globais.
A Figura 6.4 mostra como as aplicações empresariais baseadas nas telecomunicações aju-
dam as companhias a superar barreiras geográficas, de tempo, custo e estrutura para obter o 
sucesso. Observe os exemplos de valor para o negócio dessas quatro capacidades estratégicas das 
redes de telecomunicações. Essa figura destaca como diversas aplicações de negócios eletrôni-
O valor 
empresarial 
das redes de 
telecomunica-
ções
Capacidade estratégica Exemplos de negócios 
eletrônicos
Valor comercial
Superar barreiras geográficas: captar 
locais remotos informações sobre as transa-
ções comerciais.
Utilizar internet e extranets para 
transmitir pedidos dos clientes 
de vendedores em viagem para 
um centro de dados corporativo 
para processamento do pedido e 
controle de estoque.
Melhora o atendimento ao cliente, reduzindo 
a demora no preenchimento de pedidos, e 
melhora o fluxo de caixa, agilizando o envio 
de fatura ao cliente.
Superar barreiras de tempo: fornecer a 
locais remotos informações imediatamente 
depois de solicitadas.
Autorização de crédito no ponto 
de venda utilizando redes de ponto 
de venda on-line.
Pesquisa de crédito feita e respondida em 
segundos.
Superar barreiras de custos: reduzir o 
custo dos meios mais tradicionais de comu-
nicações.
Videoconferência, por meio do 
computador pessoal, entre a 
companhia e parceiros comer-
ciais, usando internet, intranet e 
extranet.
Reduz a quantidade de viagens de negócios; 
permite que cliente, fornecedor e funcioná-
rios trabalhem em conjunto, melhorando, 
assim, a qualidade da decisão tomada.
Superar barreiras estruturais: suportar 
conexões para obter vantagem competitiva.
Sites de e-commerce empresa-
-empresa para transações com 
fornecedores e clientes utilizando 
internet e extranets.
Serviços convenientes e rápidos permitem o 
controle dos clientes e fornecedores.
FIGURA 6.4 Exemplos de valor para o negócio de aplicações empresariais de redes de telecomunicações.
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra. 
DICA DO PROFESSOR
Neste vídeo iremos apresentar o conceito básico de redes, enfocando sua utilização pelas 
empresas para aumentarem sua comunicação com funcionários, clientes e fornecedores.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) A internet é um importante meio para o compartilhamento de informações entre 
pessoas e organizações, pois as redes sociais possuem funcionalidades que facilitam a 
postagem, divulgação e troca de recursos de informação (como textos e vídeos, por 
exemplo) por seus usuários. Analisando as afirmações acima, conclui-se que: 
A) 
As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
B) 
As duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
C) 
A primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
D) 
A primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
E) 
As duas afirmações são falsas.O imenso crescimento é um fenômeno revolucionário em termos de computação e 
telecomunicações. Atualmente, a internet é a maior e mais importante rede das redes 
e evoluiu, transformando-se em um grande canal de informações. Pode-se pensar na 
internet como uma rede composta por milhões de pequenas redes privadas, cada uma 
com capacidade para operar de forma independente ou em harmonia com todos os 
demais milhões de redes conectadas na internet. A internet continua expandindo-se à 
medida que mais e mais empresas e outras organizações e seus usuários, 
computadores e redes vão juntando-se à sua rede global. Em relação à internet, 
analise as afirmações a seguir: 
I. Uma das peculiaridades da internet é que ninguém efetivamente é sua proprietária. 
II. A rede possui um sistema de computador central ou centro de telecomunicações. 
III. O provedor de acesso é uma empresa que oferece acesso à internet para pessoas 
2) 
físicas e jurídicas, normalmente mediante o pagamento de uma taxa mensal. Está 
CORRETO SOMENTE o que se afirma em: 
A) 
I e II.
B) 
I e III.
C) 
II e III.
D) 
I.
E) 
II.
3) Organizações de todos os tipos estão implementando uma vasta gama de usos de 
intranet. Um dos métodos utilizados pelas companhias para organizarem as 
aplicações de intranet é agrupando-as conceitualmente por categorias de serviços que 
reflitam os serviços básicos oferecidos pelas intranets aos usuários. Esses serviços são 
oferecidos por portais, navegadores e softwares de servidores de intranets, bem como 
por outros sistemas e softwares de aplicação e groupwares componentes do ambiente 
de software da intranet. Conceitualmente, a intranet pode ser definida como: 
A) 
Um aplicativo para smartphones cujo objetivo principal é centralizar a publicação de 
conteúdo em diferentes redes sociais pelos funcionários da empresa.
B) 
Um portal de informações internas da empresa, acessível por qualquer usuário que 
disponha de acesso à internet.
C) 
Um software com funcionalidades de compartilhamento de recursos de dados entre os 
funcionários da empresa e seus clientes.
D) 
Uma máquina (hardware) especial capaz de criar um ambiente on-line de trabalho, 
possibilitando a execução remota de tarefas pelos funcionários.
E) 
Uma rede que utiliza tecnologia de internet para proporcionar um ambiente de 
colaboração, podendo ser acessada apenas por funcionários da organização.
Conforme as empresas vão usando a tecnologia da internet denominada extranet 
para melhorar a comunicação com clientes e parceiros, vão adquirindo mais 
4) 
vantagem competitiva ao longo do caminho – em desenvolvimento de produtos, 
economia de custos, marketing, distribuição e aperfeiçoamento das parcerias. Neste 
contexto, as extranets são ligações de rede que utilizam tecnologia da internet para 
interconectar a intranet de uma empresa com as intranets de clientes, fornecedores 
ou outros parceiros comerciais. Analise as afirmações a seguir que tratam a respeito 
das extranets: 
I. A extranet de uma empresa pode ligar ao mesmo tempo a organização a apenas um 
parceiro de negócio específico. 
II. As tecnologias de firewall e criptografia não podem ser usadas nas extranets, pois 
ela extrapola o ambiente tecnológico da empresa. 
III. O processo on-line e interativo de desenvolvimento e marketing de produtos 
voltados ao cliente é facilitado pela utilização de uma extranet. Está CORRETO 
SOMENTE o que se afirma em: 
A) 
I.
B) 
II.
C) 
III.
D) 
I e II.
E) 
II e III.
Apesar de ser apenas mais um tipo de rede, uma rede de computador permite que seus 
usuários efetivamente compartilhem informações e conhecimento por meio de um 
ambiente tecnológico que favorece este tipo de interação. Atualmente, é comum setores 
inteiros pararem suas tarefas quando a rede de computadores não está disponível, seja 
por qual motivo for. Isso demonstra claramente sua importância perante a gestão 
moderna, fazendo com que os departamentos de tecnologia da informação trabalhem 
bastante para que as redes utilizadas estejam sempre ativas e funcionais. Neste 
sentido, analise a figura que apresenta uma rede composta de diversas entidades inter-
relacionadas:
5) 
Analisando a figura, é possível identificar que a rede utilizada para interligar diversas 
entidades (tanto internas quanto externas à organização) é uma:
A) 
Arpanet.
B) 
Extranet.
C) 
Intranet.
D) 
Rede local de computadores.
E) 
Rede sem fio.
NA PRÁTICA
Normalmente, as tecnologias são desenvolvidas para auxiliar as organizações ou pessoas a 
realizarem suas atividades com mais eficiência e produtividade. Especialistas da área de 
tecnologia são unânimes em afirmar que a internet foi uma das mais recentes inovações que 
promoveram profundas mudanças na sociedade. Neste aspecto, talvez a comunicação e a 
colaboração sejam as áreas mais beneficiadas por ferramentas que usam a estrutura da internet. 
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
TURBAN, Efrain; VOLONINO, Linda. Tecnologia da Informação para Gestão: em busca 
do melhor desempenho estratégico e operacional. Porto Alegre: Bookman, 2016. (G5 pág. 
396)
Administração de Sistemas de Informação

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