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FGV- Fundamentos da Gestão de TI

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Fundamentos da Gestão de TI – FGV
Unidade 1 - Planejamento e Estratégia de TI
1.1. Princípios Fundamentais
1.2. Alinhamento Estratégico TI-Negócio
1.3. Posicionamento Estratégico
Unidade 2 - Modelo da Cadeia de Valor
2.1. Modelo da Cadeia de Valor
2.2. Impacto da Internet na Cadeia de Valor
2.3. Sistemas Customizados e Integrados
2.4. TI: Meio ou Fim?
Unidade 3 - Negócios na Economia Digital
3.1. Empresa Digital
3.2. Rede de Computadores
3.3. Bolha da Internet
3.4. Estouro da Bolha
3.5. Aumento de Usuários
3.6. Bolha 2.0
3.7. Novos Modelos de Negócio na Economia Digital
3.8. Geração V
Unidade 4 - Tendências em Tecnologia da Informação
4.1. Papel da Tecnologia da Informação
4.2. Outras Tendências Focadas no Negócio
Unidade 5 – Estudo de Caso
UNIDADE 1
Planejamento e estratégia de TI
Para estabelecer e manter um posicionamento estratégico diferenciado, uma empresa precisa seguir alguns princípios fundamentais.
1.1 Princípios fundamentais
Para Mintzberg, a estratégia desempenha um papel importante nas organizações: define os direcionamentos principais para que as pessoas possam concentrar-se nos detalhes do dia a dia. Além disso, a estratégia implica o movimento de uma organização de um estado presente para um estado futuro desejado, porém incerto. Segundo Michael Porter, para estabelecer e manter um posicionamento estratégico diferenciado, uma empresa precisa seguir seis princípios fundamentais. São eles:
1- A definição do objetivo correto deve ser o ponto de partida, isto é, o retorno do investimento em longo prazo. Só assentando a estratégia em rentabilidade sustentada conseguiremos gerar verdadeiro valor econômico.
2- A estratégia de uma empresa deve possibilitar a rentabilidade sustentada, distribuindo uma proposição de valor ou um conjunto de benefícios diferentes daqueles que os concorrentes oferecem. A estratégia não é uma busca pela melhor maneira de competir nem um esforço para ser tudo para todos os clientes.
3- A estratégia precisa produzir efeitos em uma cadeia de valor diferenciada. Para estabelecer uma vantagem competitiva sustentada, uma empresa deve desempenhar atividades diferentes das dos rivais ou desempenhar atividades semelhantes, mas de maneira diferente.
4- As estratégias robustas envolvem negócios. Uma empresa deve abandonar certas características de produtos, serviços ou atividades no sentido de ser única em outras. As trocas nos produtos e na cadeia de valor é que tornam uma empresa verdadeiramente distinta das outras.
5- A estratégia define como todos os elementos de uma empresa se interligam. Uma estratégia pressupõe que se façam escolhas, ao longo da cadeia de valor, que sejam independentes. Todas as atividades devem ser reforçadas.
6- A estratégia envolve continuidade. Uma empresa deve definir uma proposição de valor distinta, que a representará, mesmo que isso signifique renunciar a certas oportunidades. Sem continuidade na direção, é difícil para as empresas desenvolverem competências únicas e ativos, ou construir uma reputação forte junto aos clientes.
1.2 Alinhamento estratégico TI-Negócio
A questão do alinhamento estratégico TI-Negócio é um aspecto relevante para os executivos. Segundo Luftman e Ben-Zvi, esse tópico é citado, há quase trinta anos, como um ponto de preocupação para os gerentes de TI. 
Melhorar o relacionamento entre as áreas de TI e de negócios, de forma que a TI entregue valor e alavanque oportunidades para a organização, é uma das prioridades para a alta administração.
Kashanchi e Toland, afirmam que existem três objetivos organizacionais alcançados por meio do alinhamento estratégico TI-Negócio:
1. Maximização do retorno dos investimentos realizados na área de TI;
2. Aumentar a vantagem competitiva através dos sistemas de informações;
3. Alavancar as oportunidades de negócio através de uma TI flexível e direcionada.
Algumas organizações conseguiram passar muitos anos sem práticas eficientes para o alinhamento TI-Negócio. No entanto, a informação é um elemento cada vez mais importante para os produtos, serviços e processos organizacionais.
Weil e Ross, dois pesquisadores da área de governança de TI, revelaram que as empresas de melhor desempenho têm retornos sobre os investimentos em TI até 40% maiores que seus concorrentes, pois:
· Deixam claras as estratégias de negócio e o papel da TI em concretizá-las;
· Mensuram e gerenciam o que se gasta e o que se ganha com a TI;
· Atribuem responsabilidades pelas mudanças organizacionais necessárias para tirar proveito dos novos recursos de TI;
· Aprendem com cada implementação, tornando-se mais hábeis em compartilhar e reutilizar seus ativos.
1.3 Posicionamento estratégico
O posicionamento estratégico significa mais do que o posicionamento do produto ou o conceito de marketing. Esse posicionamento consiste no posicionamento total da empresa.
O posicionamento estratégico envolve todas as funções: 
Produção – Distribuição – Logística – Serviços 
* O Posicionamento Estratégico é o quadro total do empreendimento em seu ambiente competitivo. 
Fica evidente o dinamismo necessário para se manter a vantagem, sem lugar para acomodações.
A vantagem pode ser sustentada de duas formas diferentes:
· Por meio da sorte de criar algo impossível de copiar;
· Por meio da melhora de algo existente, com rapidez suficiente para que a concorrência não nos alcance.
A primeira opção está cada vez mais inviável.
O melhoramento e a busca contínuos de novos benefícios e novas vantagens fazem parte da habilidade da maioria das empresas de sucesso.
Modelos de Porter
Porter propôs dois modelos para o estudo das atividades empresariais que se tornaram clássicos:
· O modelo das forças competitivas;
· O modelo da cadeia de valor.
UNIDADE 2
Modelo da cadeia de valor
Toda empresa é uma reunião de atividades.
2.1 Modelo da cadeia de valor
Atividades de valor
2.2 Impacto da internet na cadeia de valor
A internet é a ferramenta mais poderosa disponível, hoje em dia, para aumentar a eficácia operacional.
Facilitando e aumentando a velocidade da troca de informação em tempo real, a internet permite aperfeiçoamentos ao longo de toda a cadeia de valor, em quase todas as empresas e todos os setores de atividade.
Por ser uma plataforma aberta e com padrões comuns, a empresa pode usufruir seus benefícios com muito menos investimento do que era necessário nas gerações anteriores de tecnologia da informação.
No entanto, muitas das empresas pioneiras nos negócios de internet, tanto as pontocom quanto as estabelecidas, competiram de uma maneira que viola todos os preceitos da boa estratégia.
O que deveriam ter feito? / O que fizeram? 
*Focar os lucros 
*Tentaram, a todo o custo, maximizar as receitas e a participação de mercado, perseguindo os clientes, indiscriminadamente, por meio de descontos, promoções, incentivos de canal e pesada publicidade.
*Concentrar-se em oferecer um valor real pelo qual os clientes pagariam um preço maior.
*Perseguiram receitas indiretas de outras fontes, como as taxas de publicidade e a quantidade de cliques provenientes dos parceiros comerciais na internet.
*Fazer escolhas.
*Esforçaram-se para oferecer todos os produtos, serviços ou tipos de informação que se podiam imaginar.
*Desenhar a cadeia de valor de uma forma diferenciada.
*Imitaram as atividades das rivais.
*Criar e manter o controle sobre os próprios ativos e canais de marketing.
*Enveredaram em ousadas parcerias e terceirizações, corroendo, ainda mais, sua própria diferenciação.
2.3 Sistemas customizados e integrados
A arquitetura da internet, aliada a outros progressos referentes à arquitetura do software e às ferramentas de desenvolvimento, converteu a TI em uma ferramenta bastante poderosa para a estratégia.
É muito mais fácil customizar soluções dos aplicativos de internet para uma empresa com posicionamento estratégico diferenciado.
Fornecendo uma plataforma comum de distribuição de TI ao longo da cadeia de valor, a arquitetura da internet e seus padrõestornam possível construir, de verdade, sistemas integrados e customizados.
Esses sistemas reforçam o ajuste entre as atividades.
As atividades virtuais não eliminam a necessidade das atividades físicas. Pelo contrário, muitas vezes, as atividades virtuais ampliam a importância das atividades físicas.
A complementaridade entre as atividades da internet e as tradicionais se dá por uma série de razões.
Ao introduzirmos aplicações de internet em uma atividade, muitas vezes, vemos aumentar a procura de atividades físicas em qualquer parte da cadeia de valor.
Por exemplo, as encomendas diretas aumentam a importância da armazenagem e da expedição.
Mercados digitais
Uma dinâmica similar de complementaridade entre atividades virtuais e físicas acontece nos mercados digitais.
Os fornecedores são capazes de reduzir o custo da transação que envolve o pagamento de pedidos enquanto se movimentam on-line.
No entanto, muitas vezes, os fornecedores têm de responder a demandas adicionais por informação, o que, novamente, coloca novos desafios às atividades tradicionais.
Esses efeitos sistêmicos reforçam o fato de que as aplicações da internet não são tecnologias isoladas e, por isso, necessitam estar integradas no conjunto da cadeia de valor.
2.4 TI: meio ou fim?
Em maio de 2003, Nicholas G. Carr publicou um artigo na Harvard Business Review chamado It doesn’t matter, defendendo que o uso estratégico de TI já não era mais uma vantagem competitiva para as empresas.
O mesmo autor publicou, em 2008, o livro A grande mudança, em que cristaliza essas ideias por meio de um texto claro e consistente.
Segundo Carr, a estabilização da tecnologia, e a adoção da internet e da tecnologia da informação teriam como resultado a transformação da internet em algo novo, em um recurso onipresente. Nesse sentido, a internet passaria a ser uma concessionária pública da informação, um mecanismo utilizado pelas pessoas para acessar informação e contactar outras pessoas de qualquer lugar, utilizando qualquer dispositivo.
Os quatro serviços são água, eletricidade, transmissão e informação. Para cada serviço são apresentadas quatro atributos: medida, rede, acesso e aplicações. Observe a imagem.
Para saber como seria a internet como concessionária pública da informação de acordo com o Carr:
1- Onipresente: O acesso à informação estaria disponível em qualquer lugar. Assim como ter uma tomada na sala, ficaríamos surpresos quando não enxergássemos uma conexão de rede na parede ou mesmo quando constatássemos que não há uma conexão sem fio disponível.
2-Confiável: O acesso à informação estaria sempre disponível, assim como o uso de um telefone ou de uma torneira é parte do nosso dia a dia.
 3-Acessível: O custo do acesso à informação básica seria equivalente ao preço da TV aberta – gratuita para quem assistir à propaganda. Serviços premium estariam sempre disponíveis, analogamente à TV por assinatura.
UNIDADE 3
Negócios na economia digital
O desenvolvimento de negócios na nova economia digital implica, necessariamente, a utilização de sistemas baseados na web e em outras redes eletrônicas.
3.1 Empresa digital
O desenvolvimento de negócios na nova economia digital implica, necessariamente, a utilização de sistemas baseados na web e em outras redes eletrônicas.
Segundo Davis, o conceito de empresa digital incorpora um novo modelo de negócios, que utiliza a tecnologia da informação para alcançar um ou mais de seus três objetivos básicos:
1. Alcançar e envolver clientes de modo mais eficiente;
2. Aumentar a produtividade dos colaboradores;
3. Melhorar a eficiência de suas operações, utilizando tecnologia para melhorar os processos de negócio.
O conceito de empresa digital modifica completamente as antigas premissas sobre o papel da tecnologia da informação nos negócios.
Ao invés de automatizar os velhos e repetitivos processos, a ênfase agora está em alcançar novos mercados, convergir produtos e serviços, e melhorar o atendimento ao cliente. Todos os elementos da cadeia de valor se integram, permitindo que haja convergência entre as operações desde a ideia inicial até o consumidor.
Atenção!
O consumidor deixa de ser passivo nessa relação.
Nesse contexto, já começa a ser cada vez mais comum a figura do prosumer:
producer
+
consumer
O prosumer seria algo como o produtor-consumidor.
3.2 Rede de computadores
O novo conceito de empresa digital utiliza, intensivamente, as redes para interligar:
· suas atividades internas, por meio de uma intranet;
· seus parceiros comerciais, por meio de um acesso seguro a seus sistemas internos, a partir de uma extranet;
· seus clientes, por meio de acesso a seu website ou de canais de informação, a partir de tecnologia celular ou wireless.
Conceito de economia digital:
Uma economia digital baseia-se em uma infraestrutura global de telecomunicações.
Em uma economia digital, as pessoas e as organizações podem:
· comunicar-se;
· interagir;
· planejar;
· procurar bens e serviços, muitos dos quais são prestados por meio dessa infraestrutura exclusivamente. 
A economia digital engloba também o conceito de convergência entre a tecnologia da informação e as tecnologias de comunicação, por meio da internet e de outras redes.
3.3 Bolha da internet
Durante os anos de 1995 a 2001, as bolsas de valores ocidentais (especialmente, a Nasdaq) experimentaram um aumento considerável no valor de mercado das empresas ligadas à tecnologia da informação.
A combinação de juros baixos, especulação e empreendedorismo, aliada a uma nova e empolgante tecnologia, levou a um número expressivo de casos de sucesso e fracasso nessa área.
O período foi marcado pela criação de novas empresas baseadas na internet, chamadas de empresas pontocom (do inglês, dotcom).
Empresas pontocom
Os modelos de negócios das empresas pontocom eram:
· Baseados em número de acessos, visibilidade ou mesmo na criação de comunidades virtuais;
· Extremamente deficitários em muitos casos;
· Mantidos pelo capital de risco abundante na época.
Nesse caso, o objetivo era a geração de uma vantagem competitiva que, no futuro, levasse a lucros compensatórios.
Eram comuns gastos exorbitantes com anúncios de TV em horários nobres, sedes luxuosas e aquisição de empresas tradicionais. Contudo, poucas empresas sobreviveram para poder usufruir de tudo isso.
3.4 Estouro da bolha
O ponto mais alto de valorização das ações de empresas da nova economia ocorreu em 10 de março de 2000. Nessa data, o índice Nasdaq chegou aos 5.048 pontos, marca que significou o dobro da alcançada um ano antes.
Dessa forma, teve início um colapso, com uma enxurrada de ordens de venda de ações no dia 13 de março.
Esse processo teve consequências ao longo de todo o ano. Demissões, fechamento de empresas e aquisições se tornaram uma realidade amarga para o setor.
Efeitos do estouro da bolha
Depois do estouro da bolha, o cenário não poderia ser pior no setor de tecnologia.
Uma enorme recessão se instalou nesse setor.
Na Europa
As empresas de telecomunicações gastaram bilhões em leilões de licenças para telefonia celular de terceira geração (3G), o que as levou a enormes dívidas.
Nos Estados Unidos
A empresa WorldCom, que, nos anos anteriores, tinha adquirido dezenas de concorrentes, admitiu ter cometido uma série de fraudes contábeis. Esse fato levou seu controlador, Bernard Ebbers, à prisão.
3.5 Aumento de usuários
Mesmo após todos os percalços, a internet continuou atraindo novos usuários.
3.6 Bolha 2.0
Entre os anos de 2005 e 2012, o setor de tecnologia da informação experimentou alguns indicadores típicos da nova economia. 
3.7 Novos modelos de negócio na economia digital
Com o aumento expressivo do número de usuários da internet, novos modelos de negócio estão sendo utilizados pelas empresas. O livro Free: o futuro dos preços. aborda o poder desses novos modelos de negócio na era digital.
A obra é iniciada com o exemplo de um inventor frustrado. Nada que King Gillette havia inventado, tinha trazido sucesso para ele.
Um dia, ao fazer a barba com uma navalha gasta que não podia ser mais afiada, teve umaideia: e se a navalha fosse feita com uma lâmina fina de metal, que não necessitasse ser afiada, sendo descartada quando perdesse o fio?
Passou alguns anos fazendo experimentos e chegou a um aparelho de barbear seguro e descartável. No entanto, a invenção não foi um sucesso imediato, pois ele não conseguia vender o produto!
Aa coisas só começaram a mudar quando ele tomou duas iniciativas:
·  vendeu, praticamente de graça, ao Exército milhões de barbeadores para que o hábito dos soldados em batalha se mantivesse em tempos de paz.
·  vendeu, também praticamente de graça, aos bancos milhões de barbeadores para que dessem como brinde aos clientes quando abrissem uma nova conta corrente.
Os brindes ajudavam a vender esses produtos, mas a tática ajudou a Gillette ainda mais. Ao vender barato a parceiros que davam os aparelhos de barbear de graça, que, sozinhos eram inúteis, ele estava criando demanda por lâminas descartáveis. Uma vez que o cliente se acostumava com as lâminas descartáveis, a Gillette tinha um cliente diário para a vida inteira.
E o que a TI tem a ver com isso?
O grátis do século XXI é impulsionado por uma poderosa capacidade de reduzir custos de bens e serviços a zero. Dessa forma, o grátis deste século representa um novo modelo econômico.
Na economia dos átomos – composição da maioria dos objetos que nos cercam – há uma tendência das coisas se tornarem mais caras com o tempo. No entanto, na economia dos bits, caracterizadora do mundo on-line, as coisas ficam mais baratas. A economia dos átomos é inflacionária, enquanto a economia dos bits é deflacionária.
Os autores do livro Free: o futuro dos preços afirmam o seguinte:
“Os subsídios cruzados constituem a essência da frase – não existe almoço grátis. Isso significa que, de uma forma ou de outra, a comida precisa ser paga, se não diretamente por você, então por alguém cujo interesse é dar-lhe comida de graça.”
3.8 Geração V
Basicamente, a geração V engloba as pessoas que substituem a experiência física pela experiência on-line.
Essa substituição é feita por meio de:
· Mundos virtuais;
· Videogames;
· blogs;
· redes sociais;
· Interação em sites de comércio eletrônico, como Amazon.com ou Americanas.com.
A cada dia, aumenta o número de pessoas que se enquadra no perfil da geração V.
Geração V nas empresas
A classificação como geração V é muito importante e difícil para as empresas.
As empresas vendem produtos e serviços a novos consumidores sem poder contar com dados demográficos tradicionais, como nome, idade e endereço, para o desenvolvimento de mensagens de marketing customizadas. Dessa forma, preveem a possibilidade de se comunicar não com o consumidor, mas sim com seu personagem ou avatar.
A partir dessa nova realidade das empresas, o Gartner Group recomenda algumas ações para o atendimento às necessidades da geração V. Navegue pelas setas para conhecê-las.
· Organização de produtos e serviços ao redor de personalidades virtuais múltiplas.
· Venda ao personagem, e não à pessoa.
· Criação de ambientes virtuais como forma de orquestrar a exploração do cliente em direção às compras.
· Mudança do alvo dos investimentos: de clientes conhecidos para clientes desconhecidos e anônimos.
· Desenvolvimento de novas habilidades dos empregados para atrair, conectar, contribuir e obter dicas da geração V e de seus ambientes virtuais.
UNIDADE 4
Tendências em tecnologia da informação
Atualmente, o papel da tecnologia da informação é apoiar as atividades que envolvem os negócios das empresas.
4.1 Papel da tecnologia da informação
Turban conceitua tecnologia da informação como:
“[...] o conjunto de sistemas de informação, seus usuários e seu gerenciamento, incluindo hardware, software, bancos de dados, redes e outros dispositivos eletrônicos.”
Atualmente, o papel da tecnologia da informação é apoiar as atividades que envolvem os negócios das empresas.
Clique nos itens a seguir para conhecer outras definições relevantes para a tecnologia da informação.
Hardware:
· Conjunto de dispositivos, tais como processadores, monitores, teclados, memória, discos rígidos e impressoras.
· Sua função é aceitar dados e processá-los, exibindo-os em seguida.
Software:
· Conjunto de instruções que são fornecidas ao hardware para o processamento.
Banco de Dados:
· Conjunto de arquivos, tabelas e relações que armazena dados e suas associações.
Redes:
· Sistemas interconectados que permitem o compartilhamento de recursos pelos dispositivos.
Principais tendências
As principais tendências em tecnologia são as seguintes:
· inteligência artificial;
· integração da internet com dispositivos domésticos;
· mobilidade e aplicações wireless;
· vídeo e TV pela internet;
· 3D;
· computadores se tornando cada vez mais compactos e embutidos;
· uso intensivo do comércio eletrônico;
· desaparecimento ou modificação de setores inteiros da economia;
· aumento dramático da capacidade de armazenamento, incluindo drives virtuais;
· web semântica, por meio da qual existe a criação de metadados, em que rótulos são criados para descrever os dados existentes, tornando possível processar o significado do conteúdo;
· mundos virtuais;
· sistemas baseados em web e software como um serviço (SaaS);
· personalização;
· economia da atenção, segundo a qual os usuários concordam em receber serviços ou mesmo remuneração em troca de sua atenção;
· arquitetura aberta;
· uso intensivo de automação comercial com uso de identificação por radiofrequência (RFID);
· uso de tecnologias de toque e gestual como interface.
Atenção! O iPhone, o iPad e o iPod Touch, da Apple, bem como o Microsoft Kinect, por exemplo, indicam-nos um caminho a ser seguido.
4.2. Outras tendências focadas no negócio
Clique nos produtos a seguir para saber mais sobre suas tendências no mercado.
Cloud computing: 
Para o livro Computação em nuvem: uma abordagem prática, a cloud computing (computação em nuvem) é uma ideia que nos permite utilizar as mais variadas aplicações via internet, em qualquer lugar e independentemente de plataforma, com a mesma facilidade de quando as temos instaladas em nosso próprio computador.
No modelo de cloud, nossos sistemas, serviços e plataformas estarão hospedados em um ambiente remoto (um datacenter) normalmente, com redundância, ou seja, um outro datacenter localizado em outra cidade, ou até mesmo, outro país. Essa estrutura com redundância garante a disponibilidade adequada dos sistemas, melhorando a qualidade dos serviços prestados pela área de TI.
O foco da cloud é cortar custos operacionais e, o mais importante, permitir que as áreas de TI se concentrem em projetos estratégicos, em vez de em manter o datacenter funcionando.
Desse modo, a utilização de soluções de cloud reduz os gastos com equipes de TI, diminuindo a quantidade de técnicos envolvidos nas atividades operacionais, tarefa que passa a ser desempenhada pelo provedor da nuvem. Com a mudança, os profissionais de TI ficam mais livres para trabalhar mais próximos ao negócio, o que aumenta, consideravelmente, o alinhamento TI/Negócio.
A computação em nuvem é uma das tecnologias de maior impacto na transformação das empresas, revela pesquisa realizada pela consultoria KPMG com mais de 500 companhias de vários segmentos da economia ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Segundo a pesquisa, 50% das empresas abordadas apostam em cloud para reduzir custos e obter benefícios financeiros.
As organizações podem beneficiar-se da computação em nuvem de diferentes maneiras. Atualmente, existem três modelos principais de serviços de cloud:
· software como serviço (SaaS) – tipo de armazenamento mais conhecido, utilizado, por exemplo, por servidores de e-mail. O SaaS é simplesmente um provedor de nuvem que fornece o software que a empresa deseja utilizar;
· plataforma como um serviço (PaaS) – modelo bastante semelhante ao SaaS. A diferença está no fornecimento do aplicativo, pois, no PaaS, é fornecido um mecanismo para o desenvolvimento das próprias aplicações. Dessa forma, a organização terá um ambiente para o desenvolvimento de software sem se preocupar como licenciamento de plataformas para este desenvolvimento;
· infraestrutura como um serviço (IaaS) – neste modelo, são utilizados os servidores de uma empresa fornecedora desse serviço. A fornecedora desse modelo de serviço não se preocupa com o software que será instalado ou a plataforma que será utilizada: apenas aloca espaço e processamento em sua infraestrutura de datacenter, sob demanda da contratante. No modelo IaaS, deve-se ter cuidado com a legislação: dependendo do segmento ou setor em que a organização atua, não é permitida a terceirização ou o armazenamento de dados fora da empresa. Esse modelo apresenta três subcategorias:
·  nuvem pública: quando a infraestrutura está em recursos compartilhados, padronizados, com o autoatendimento acontecendo pela internet, tudo fornecido por uma empresa terceirizada;
· nuvem privada: infraestrutura que segue a virtualização da computação em nuvem, mas de forma privada;
· nuvem híbrida: combinação das duas primeiras, utiliza as características de uma ou de outra quando é mais conveniente.
Internet das coisas: 
Como vimos, a internet está cada vez mais sendo usada para integrar pessoas. Em outras palavras, a revolução da internet levou à interconexão das pessoas em uma escala e um ritmo sem precedentes.
A próxima revolução será a interconexão de objetos para criar um ambiente inteligente. Somente em 2011, o número de dispositivos interconectados ultrapassou o número real de pessoas no planeta. Atualmente, existem 9 bilhões de dispositivos interligados e espera-se que esse número chegue a 24 bilhões até 2020. Essa nova fase é chamada Internet das Coisas (Internet of Things – IoT).
A evolução da próxima geração do sistema móvel dependerá da criatividade dos usuários na concepção de novas aplicações. IoT é uma tecnologia emergente, ideal para influenciar esse domínio, fornecendo novos dados em evolução e os recursos computacionais necessários para a criação de aplicativos revolucionários.
Segundo o Gartner, uma das promessas da IoT é reduzir o custo com manutenção e bens de consumo.
Existem vários domínios de aplicação que serão impactados pelo uso da IoT. As aplicações podem ser classificadas com base no tipo de disponibilidade de rede, cobertura, escala, heterogeneidade, envolvimento do usuário e impacto.
Podem-se classificar as aplicações em quatro domínios principais:
· pessoal;
·  empresarial;
· serviços públicos;
· móvel.
Por exemplo, no domínio pessoal, o usuário produz dados de uso de eletricidade em sua casa e torna disponível para a empresa de eletricidade, que pode, por sua vez, otimizar a oferta e demanda para o usuário de IoT.
A internet permite a partilha de dados entre diferentes prestadores de serviço de uma forma contínua, criando múltiplas oportunidades de negócio. Outro exemplo: o monitoramento das informações de uma geladeira, com o acionamento dos fornecedores corretos quando determinado alimento está próximo do fim.
e-pappers e tablets
O crescente sucesso de leitores como o Kindle, da Amazon, e o Nook, da Barnes and Noble, que já são vendidos a menos de US$ 80, indicam o caminho a ser seguido.
O sucesso dos tablets, como o iPad e o Galaxy Tab, mostram que os livros em papel estão com seus dias contados. A Amazon reporta já vender mais livros digitais que os tradicionais em papel. Segundo Nicholas Negroponte, criador do projeto One Laptop per Child, os livros digitais estariam mortos em cinco anos, previsão que foi feita na conferência Technomy, em agosto de 2010, e que, como vimos, não parece ter se concretizado.
UNIDADE 5
Estudo de caso
Uma importante característica da Web 2.0 é o efeito de rede advindo das contribuições dos usuários, que são a chave para o domínio do mercado.

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