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Introdução à Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)

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LIBRAS
PROF.a JAQUELINE MARIA 
BERTONCINI TOPPAN
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
LIBRAS
PROF.a JAQUELINE MARIA 
BERTONCINI TOPPAN
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 3
SUMÁRIO
AULA 01
AULA 02
AULA 03
AULA 04
AULA 05
AULA 06
AULA 07
AULA 08
AULA 09
AULA 10
AULA 11
AULA 12
AULA 13
AULA 14
AULA 15
05
16
23
36
41
47
52
60
65
72
83
96
103
108
116
CONHECENDO O SURDO
SINAIS FREQUENTES
LIBRAS - DEFINIÇÕES E ASPECTOS DA LÍNGUA 
BRASILEIRA DE SINAIS
NÚMEROS CARDINAIS E QUANTITATIVOS
GÊNERO NA LIBRAS
SINAIS ICÔNICOS E SINAIS ARBITRÁRIOS
TIPOS DE VERBOS
CLASSIFICADORES (CL)
VERBOS E SÍMBOLOS
ADVÉRBIOS DE TEMPO, ADVÉRBIOS DE LUGAR 
E PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
COMPARATIVO DE IGUALDADE, 
SUPERIORIDADE E INFERIORIDADE
TIPOS DE FRASES - ESTAÇÕES DO ANO
ESTADOS BRASILEIROS
ESTRUTURA DA SENTENÇA EM LIBRAS
VOCABULÁRIOS ESPECÍFICOS: PARTES E 
OBJETOS DA CASA
LIBRAS
PROF.a JAQUELINE MARIA 
BERTONCINI TOPPAN
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INTRODUÇÃO
Olá, bem-vindos ao nosso curso! Agora vocês irão conhecer a Língua Brasileira de 
Sinais! Para quem não sabe, Libras é a língua oficial da comunidade surda no Brasil! 
Temos duas línguas por aqui, a Língua Portuguesa na modalidade oral e escrita e a 
Língua Brasileira de Sinais-Libras, na modalidade visual-motora, que deve ser aceita 
e interpretada em todos os locais públicos
Com a Lei nº10.436, de 24 de abril de 2002, que reconhece como meio legal de 
comunicação e expressão dos surdos, a Língua Brasileira de Sinais - Libras, a história 
da Comunidade Surda toma um novo rumo. O surdo agora passa a ter novos direitos 
que antes lhe eram negados. Com ela, novas políticas públicas no sentido de garantir 
ao surdo sua participação efetiva na família, na escola, na sociedade e no mercado 
de trabalho.
O reconhecimento da Libras como língua, só foi possível porque, ao contrário do 
que muitos pensam, os estudos provaram que a Língua de Sinais é uma língua e não 
mímica ou gestos, e como todas as línguas, têm características e gramática próprias. 
Somente depois disso é que foi possível seu reconhecimento como língua.
Nosso objetivo é que você conheça a história, entre em contato com a língua, 
compreenda um pouquinho a forma de comunicação dos surdos, quem sabe, prossiga 
nesse estudo. Desejamos que se encante com esse novo universo dos sinais e que 
possa se aprofundar cada vez mais.
 Bons Estudos 
 
LIBRAS
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AULA 1
CONHECENDO O SURDO
Breve História da Educação dos Surdos no Brasil
Passantes
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/pe%c3%b5es-passagem-estrada-rua-cidade-918471/
Observando a figura acima, se entre eles houver um surdo, você certamente não 
saberá. A menos que ele esteja usando um AASI (Aparelho Amplificação Sonora 
Individual) e que você veja, é óbvio, de outra maneira, a surdez passa por nós muitas 
vezes despercebida, mas não é assim tão simples.
Vamos então conhecer um pouco sobre o surdo, iniciaremos com um trecho falando 
sobre linguagem, comunicação, algo que fazemos sem nos darmos conta do quão 
importante é em nossas vidas:
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A linguagem permite ao ser humano planejar e regular sua ação e 
somente por ela é possível fazer a leitura do mundo e da palavra, 
mesmo porque uma não acontece sem a outra. Essas formas de 
leitura constituem a base da linguagem que se dá pela interação 
social, a interação entre os sujeitos. (FELIPE 2007, p.6)
 
Neste trecho, nós destacamos a importância da linguagem na vida do ser humano, 
como a comunicação nos permite viver em sociedade, interagir, ter o melhor da vida. 
Quando pensamos nos sujeitos surdos, fica em nossas mentes a pergunta: como fica 
a comunicação na vida do surdo? Quem, afinal, é o sujeito surdo? Se procurarmos na 
internet, quem é o sujeito surdo, vamos encontrar:
O sujeito surdo que de acordo com Felipe (2001) são aqueles que 
participam de comunidades, associações, na sua própria cidade 
ou entre outras localidades, sendo fatores predominantes dessas 
comunidades surdas o uso da Língua de Sinais, os esportes e 
interações sociais
Temos aqui uma definição que os coloca em uma Comunidade Surda, e principalmente, 
o uso de uma língua própria. Também é possível encontrar:
Os surdos pertencentes ao convívio da comunidade surda 
consideram-se pessoas que utilizam uma forma linguística diferente, 
sendo que desejam ser vistos como pessoas capazes, que possuem 
suas particularidades, o que não os impede de crescerem e se 
desenvolverem da mesma forma que os ouvintes
Da mesma maneira, este artigo observa a comunidade e a língua, ressalta ainda 
a capacidade e particularidades dos surdos. Em ambas as definições relacionam ser 
surdo a fazer parte de uma comunidade, de sua própria comunidade, a Comunidade 
Surda. Por que seria esse um fator determinante quando se fala em quem é o sujeito 
surdo? O que seria a identidade do surdo? 
Ora, se pensarmos no trecho inicial em que a comunicação é a base de uma 
comunidade, então nada mais natural fazer parte da comunidade que fala a sua língua. 
Esse fator irá determinar a identidade surda, muito mais que a língua, esta é a forma 
como o surdo percebe o mundo, criando assim sua identidade.
 De acordo com Perlin “ Os surdos são surdos em relação à experiência visual e longe 
da experiência auditiva, essa diferença que separa a identidade surda da identidade 
ouvinte...” (PERLIN 2010 , p. 54).
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Perlin, que nasceu ouvinte e se tornou surda, escreve contando também sobre sua 
experiência. O que ela nos diz é que a forma com que o surdo percebe o mundo, é 
diferente da forma do ouvinte. Um se utiliza dos olhos, ouvidos, tendo uma percepção 
total e diferente do outro que sendo surdo, VÊ o mundo, percebe o mundo através 
dos olhos. 
Assim, temos a fala de outro surdo, Pimenta (2001, p. 24), que diz “Ser surdo não é 
melhor ou pior do que ser ouvinte, é apenas diferente “. Diferente porque a forma que 
eles compreendem o mundo não é a mesma que o ouvinte, e devem ser respeitados 
em suas diversidades.
O surdo sofreu e sofre até hoje com a dificuldade em se relacionar com ouvintes, 
em todos os lugares. Pode ser em reuniões familiares, onde ele é o único surdo e 
acaba ficando esquecido num canto, em reunião festiva de trabalho, quando fica fora 
das piadas e brincadeiras de ouvintes que ele não compreende ou pior ainda, nas 
escolas, quando, de acordo com a própria lei, a língua portuguesa deve ser ensinada 
na modalidade escrita.
No entanto, ninguém se pergunta, será que, para o surdo, a transcrição de Libras 
para Língua Portuguesa é simples? Como é isso para eles? O que o surdo pensa disso? 
É tão difícil escrever. Para fazê-lo meu esforço tem de ser num 
clima de despender energias o suficiente demasiada. Escrevo numa 
língua que não é minha. Na escola fiz todo esforço para entender o 
significado das palavras usando o dicionário. São palavras soltas. Elas 
continuam soltas. Quando se trata de pô-las no papel, de escrever 
meus pensamentos, eles são marcados por um silêncioprofundo. 
Eu preciso decodificar o meu pensamento visual com palavras em 
português que tem signos falados. Muito há que é difícil ser traduzido, 
por ser apenas uma síntese aproximada. Tudo parece um silêncio 
quando se trata da escrita em português, uma tarefa difícil, dificílima. 
Esse silêncio é a mudança? Sim é. Fazer frases em português não 
é o mesmo que fazê-las em Libras. Eu penso em Libras, na hora de 
escrever em português eu não treinei o suficiente para juntar em 
uma frase todas as palavras soltas. Agora no momento de escrever, 
eu escrevo diferente. Quando eu leio o que escrevo, parece que não 
tem uma coisa normal como a escrita de ouvinte, falta uma coisa, 
não sei o quê. Não sei se o que escrevo são palavras minhas, elas 
são exteriores, não fazem parte do meu contexto. Parecem não cair 
bem na frase, parece que a escrita do pensamento não ditar o que 
quero dizer. Vezes sem conta parece-me dizer coisas sem sentido. L 
de 40 anos ( SKLIAR, 2010 p. 57).
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É possível perceber o quanto é difícil para o surdo a escrita da língua portuguesa. 
O escrever é um processo que chega a ser doloroso em muitos casos, Perlin comenta 
ainda “... muito embora, hoje, os surdos, evidenciem esforços demasiados em ler e 
escrever a escrita do surdo não vai se aproximar da escrita do ouvinte.” (PERLIN, 2010, 
p 57). Percebemos o esforço que é necessário para que a língua portuguesa seja parte 
integrante da vida do surdo sem que ele sofra dia a dia. 
O mesmo ocorre com a oralidade. Há obviamente surdos que conseguem oralizar, 
porém, a grande maioria não possui uma boa oralidade. Houve época em que o surdo 
era obrigado a “falar” oralmente. O que para muitos era quase um sacrifício visto que 
nem sempre eles conseguem, e mesmo quando o fazem, nunca serão como os ouvintes.
Felizmente este tempo passou, porém, ainda encontram muitos preconceitos e 
barreiras que tornam a vida deles ainda muito difícil. Com a promulgação da Libras 
como lei, muita coisa mudou. Há muito que melhorar, mas estamos caminhando, e 
é isso que importa.
A partir do momento que a Libras passou a ser uma língua oficial, o surdo passou 
a ter direitos, como a ter intérprete em diferentes lugares públicos e principalmente 
nas escolas.
Infelizmente isso não resolve a situação, mas já é um passo! Precisamos que os 
pequenos que nascem surdos possam ter acesso a sua língua, a Libras, logo ao nascer. 
Isso ainda não conseguimos! Muitas vezes esse acesso só ocorre quando ele entra em 
uma escola, visto que grande parte das crianças surdas são filhas de pais ouvintes. 
Porque nós, ouvintes, falamos? Ora, porque ouvimos! Se você conhecer um bebê 
surdo, ele terá as mesmas reações de um bebê ouvinte. Ele balbucia, sabe fazer aquele 
barulhinho “ba ba ba ba”, isso mesmo, mas então, o que acontece? O bebê ouvinte 
escuta e vai repetindo, já o bebê surdo não, ele não escuta nada e acaba parando, 
vai silenciando.
A criança ouvinte vai repetindo tudo que ouve enquanto a criança surda, essa 
não ouve nada, o que vai repetir? Ela nem sabe que sai som da sua boca. Por isso é 
fundamental que ela tenha contato com um surdo para começar, desde 
pequeninha, a aprender sua língua, a Libras. Só assim ela terá um vocabulário rico 
quando estiver na idade de entrar na escola, assim como a criança ouvinte. Dessa 
forma, irá se tornar um adulto mais realizado e muito mais feliz!
Vamos conhecer algumas pessoas que foram importantes no decorrer da história 
para a formação da identidade surda.
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Despertar do Silêncio, livro de Shirley Vilhalva, da Editora Arara Azul, pode ser 
baixado aqui:
http://www.librasgerais.com.br/materiais-inclusivos/downloads/Despertar-do-
Silencio.pdf
Neste livro Shirley Vilharlva conta suas primeiras lembranças, as dificuldades que 
enfrentou sendo surda em família ouvinte, enfim, diversas situações até chegar onde 
chegou! Vale muito a pena a leitura!
Charles Michel de L’Épée
Em 1780, Charles Michel de L’Épée fundou a primeira escola de surdos do mundo, 
que se chamava Instituto Nacional para Surdos- Mudos de Paris. L’Épée foi professor 
de E. Huet, e quando cresceu, veio para o Brasil e fundou a primeira escola para 
alunos surdos.
(GOMES 2015, p. 28)
Helen Adams Keller
 Helen Keller foi a primeira surdo-cega a frequentar e graduar-se em uma faculdade, 
ela superou muitas barreiras para conquistar um bacharelado e se tornar escritora e 
filósofa. Ela se tornou conhecida mundialmente!
http://www.librasgerais.com.br/materiais-inclusivos/downloads/Despertar-do-Silencio.pdf
http://www.librasgerais.com.br/materiais-inclusivos/downloads/Despertar-do-Silencio.pdf
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Helen Keller e sua professora Anne Sullivan
Vamos conhecer um pouco mais sobre Helen Keller? Siga o link Helen Keller, mas 
depois pegue a pipoca e se ligue no filminho!!!
Aqui você encontra o filme, com 1:30min. Se tiver tempo, assista!!
Helen Keller e o Milagre de Anne Sullivan 
https://www.youtube.com/watch?v=uvtaTbdcxsE
Agora, se estiver com pressa, assista ao desenho, esse tem 0,30min
A História animada de Helen Keller
https://www.youtube.com/watch?v=NJAL9Bp0inQ
E. Huet 
E. Huet nasceu na França em 1822, estudou com o abade L’ Epée, seu nome todo 
seria Ernest, Hernest ou Edouardo na verdade seu nome todo é desconhecido. Sigam 
o link abaixo e assistam ao vídeo para melhor entender! 
 
MANUÁRIO – E. HUET 
Aqui você irá conhecer um pouco sobre E. Huet, seu sinal é E porque ele é conhecido 
como E. Não perca, você vai gostar!
http://tvines.org.br/?p=17135
E. Huet
(GOMES, 2015, p29)
about:blank
https://www.youtube.com/watch?v=uvtaTbdcxsE
https://www.youtube.com/watch?v=NJAL9Bp0inQ
http://tvines.org.br/?p=17135
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Muito bem, terminamos uma etapa importante! Conhecer os falantes da língua, um 
pouquinho só de como as coisas aconteceram, nos dá mais vontade de aprender! 
Espero que tenham gostado dos vídeos! Pesquisem na internet que vocês irão encontrar 
muitos surdos se pronunciando, hoje eles têm voz! Para começar, conheçam um surdo 
que tem muito a dizer!
 
https://www.youtube.com/watch?v=Bcq6GPyMfPo
Leonardo Castilho é surdo, neste vídeo ele fala um pouco sobre algumas das 
dificuldades de ser surdo, é muito legal, assistam! “O surdo tem voz”.
Breve História da Educação dos Surdos no Brasil
A história da Língua Brasileira de Sinais está intimamente relacionada com a história 
da educação dos surdos no Brasil. Em nosso país, observamos as primeiras notícias a 
esse respeito através da atuação do surdo francês, E. Huet, que chegou ao Brasil em 
1857. Huet foi quem fundou a primeira escola para surdos do Brasil, mais precisamente, 
no Rio de Janeiro. Na época ela foi chamada de Imperial Instituto de Surdos-Mudos. 
Nesta época os surdos eram chamados de surdos mudos, diferente de hoje, que 
sabemos que isso não é real, os surdos não mudos, assim nós os chamamos somente 
de surdos. Não se esqueçam disso ok!
Fonte: https://www.libras.com.br/surdo-mudo
https://www.youtube.com/watch?v=Bcq6GPyMfPo
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Essa escola foi e ainda é, muito importante na vida dos surdos. Digo que ainda é 
porque ela funciona até os nossos dias, obviamente mudou de nome, passou a se 
chamar Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). 
O INES é responsável por muitos materiais em Libras que encontramos disponíveis 
na internet. Além de oferecer, no seu Colégio de Aplicação, Educação Precoce e Ensinos 
Fundamental e Médio, o Instituto também forma profissionais surdos e ouvintes no 
Curso Bilíngue de Pedagogia, experiência pioneira no Brasil e em toda América Latina.
 
RIO DE JANEIRO, RJ - 15/04/2015.INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS. Fachada do Instituto Nacional de Educação de surdos localizado no 
bairro de Laranjeiras no Rio de Janeiro. (Foto: Vanessa Bohn / Foto arena) - Image ID: P48CE8 
Huet trouxe com ele toda sua bagagem de sinais desenvolvidos em sua terra natal, 
França. Aqui ele começou seu trabalho com nossas crianças surdas. Desse trabalho, 
com o passar do tempo, foi surgindo nossa própria língua de sinais, criada a partir da 
Língua Francesa de Sinais e de diversos sinais que os surdos do Brasil utilizavam, e 
passou a ser adotada aos poucos.
No entanto, houve um Congresso em Milão, Itália, no ano de 1880 que teve 
repercussão em todo o mundo, não foi diferente por aqui, em função da proibição 
do uso das línguas de sinais, o Brasil também deixou de usá-la na educação dos 
surdos. Nesse congresso, conhecido como Congresso de Milão, que na verdade foi a 
Primeira conferência internacional de educadores de surdos, havia em torno de 164 
 www.ines.gov.br
 https://www.alamy.com/rio-de-janeiro-rj-15042015-instituto-nacional-de-educao-de-surdos-fachada-do-instituto-nacional-de-educao-de-surdos-
localizado-no-bairro-de-laranjeiras-no-rio-de-janeiro-foto-vanessa-bohn-foto-arena-image209168464.html
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educadores e especialistas que se reuniram entre 6 e 11 de setembro de 1880 para 
discutir os rumos da educação das pessoas surdas. Neste grupo, que decidiu que o 
melhor para o surdo seria a oralidade, havia somente um surdo!
Depois de dias de debates, eles concluíram que o melhor para a educação dos 
surdos, para a reinserção deles na sociedade, seria a oralidade. Seria assim, através 
da educação oralista e não da língua gestual, foi então que aprovaram uma resolução 
que dava preferência ao uso da língua oral nas escolas. 
Por quase 100 anos os surdos foram submetidos a uma educação oralista, o que, 
muitas vezes, levou alunos a abandonarem as escolas.
Os resquícios históricos que ainda persistem dos cem anos pelos 
quais vigorou a filosofia educacional oralista, proibindo o uso da 
Língua de Sinais na Educação de Surdos, acarretam intoleráveis 
danos no aproveitamento educacional do alunado surdo e no seu 
desenvolvimento global. A ideia sobre a importância da aquisição da 
linguagem oral, do tratamento de reabilitação da fala e do treinamento 
da leitura labial, amplamente disseminada pelo Oralismo, a partir 
do famoso Congresso de Milão, em 1880, prejudicou a instrução de 
grande parte das pessoas com surdez, negando o respeito às suas 
singularidades e aos aspectos sociolinguísticos e culturais do Povo 
Surdo. Com a Educação de Surdos regida pelo império da filosofia 
oralista, de práticas educativas ouvicêntricas e de visão patológica 
sobre a surdez, negou-se ao Povo Surdo condições favoráveis de 
produção da linguagem e a possibilidade de inclusão social (ALBINO 
2016, p. 11 ,12).
Ora, os surdos por mais que se esforcem jamais desenvolverão a linguagem no 
mesmo nível oral que um ouvinte, isto é perfeitamente observado, pois eles não 
possuem o feedback do que falam, assim, a voz fica em um ritmo diferente dos ouvintes. 
No entanto, durante esses cem anos de filosofia oralista, os sinais não sumiram 
simplesmente, os surdos continuaram a usá-los.
Eles eram proibidos nas escolas, porém, no dia a dia, o surdo usava os sinais para 
se comunicar. Falando de Brasil, ainda não havia uma padronização na língua de 
sinais, o que levou a um grande prejuízo no seu desenvolvimento, somente surdos 
de uma determinada comunidade se entendiam, a falta de padronização levava ao 
regionalismo.
Na década de 1960, nos EUA, com apoio de pesquisas realizadas na área da 
linguística, verificaram que a língua de sinais continuava viva e que tinha todos os 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oralismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_gestual
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requisitos necessários para que fosse conferida a ela o status de língua, portanto, foi 
um passo fundamental para a volta ao direito à comunicação gestual entre surdos. 
No Brasil, foi no ano de 1980, que a linguista Lucinda Ferreira Brito elaborou uma 
pesquisa sobre a língua de sinais. Foi a partir desta pesquisa que começaram os 
estudos sobre a língua de sinais no Brasil. Esse foi o começo de uma longa batalha 
no nosso país, até a promulgação da lei, que oficializou a Libras como língua, no dia 
24 de abril de 2002.
Neste capítulo, pudemos conhecer um pouco sobre o surdo, alguns protagonistas 
e também um pouquinho da história da educação dos surdos! Vocês, como futuros 
professores, com certeza, terão em algum momento um aluno surdo em sua sala 
de aula. Lembrem-se sempre das dificuldades que eles enfrentam para escrever e 
compreender nossa língua. Procurem avaliá-los pelo aprendizado que adquiriram e 
não pelas dificuldades próprias da surdez!
Assim, percebemos o quanto os surdos tiveram que lutar pelo direito de “falar” 
com suas mãos. Estamos descobrimos um novo mundo. Espero que vocês estejam 
curiosos e com muita vontade de aprender!
Na próxima aula, vamos começar nossos primeiros sinais! Aqui vai uma pequena 
amostra! Este sinal significa Eu te amo! E ele é o mesmo sinal da língua inglesa de 
sinais! I Love You! 
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 Foto ilustração: https://www.assai.com.br/revista/fevereiro-marco-2021-edicao-43/acessibilidade-digital-gera-inclusao
Espero Vocês!
Vamos conhecer um pouco mais sobre o INES !! Acesse o link e veja.
https://www.youtube.com/watch?v=3HLI3tzUd3s
Nossas Instituições - Instituto Nacional de Educação de Surdos - 25/07/2017
Faça um resumo de, no mínimo, 15 linhas contando 
com suas palavras quem é o sujeito surdo e o que você 
compreendeu sobre a educação e a língua de sinais. 
Destaque o que mais lhe chamou a atenção.
https://www.youtube.com/watch?v=3HLI3tzUd3s
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AULA 2
SINAIS FREQUENTES
 
 
 
 
Figuras fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
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Figuras: Desenhos Cristiano Koyama e Claudia Nagura https://www.ces.org.br/site/vamos-aprender-libras.aspx 
https://www.ces.org.br/site/vamos-aprender-libras.aspx
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Aqui o mesmo alfabeto só que em desenho:
Você sabe o que é Datilologia ou Alfabeto Manual?
Datilologia ou Alfabeto manual é um “empréstimo” da Língua Portuguesa, do alfabeto, 
através da representação pelas mãos, usado para a soletração de uma palavra utilizando 
o alfabeto digital ou manual em língua de sinais. Cada sinal corresponde a uma letra 
do alfabeto.
A datilologia ou alfabeto digital é mais usado para expressar nomes de pessoas, 
localidades e outras palavras que ainda não possuem um sinal específico, como nos diz 
Silva et All “na Libras o uso do alfabeto manual é caracterizado como um Empréstimo 
Linguístico (2007, p.18).
Muitas vezes, a datilologia acaba se incorporando à Libras, como um sinal, quando, 
ao ser expressada pelo alfabeto manual, recebe uma incorporação de movimento 
próprio desta língua, será apresentada pela soletração ou parte da soletração, mais a 
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incorporação formando o sinal, por exemplo as palavras: “reais” “oi” e “nunca”, assim, 
estas palavras se tornam sinais soletrados na Libras.
Figuras fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
Comumente quando conhecemos alguém lhes perguntamos logo o 
nome, como se chama, para que todas as vezes que quisermos nos 
referir àquela pessoa temos um signo que a representa. O nome que 
estamos falando é o que na LínguaBrasileira de Sinais denominamos 
de sinal pessoal ou somente sinal, costuma-se dizer que se trata 
de um nome visual, um batismo, para dar início à participação na 
comunidade surda. Um nome visual, como o próprio nome diz, se trata 
de uma marca, um traço visual próprio da pessoa. Quando tal pessoa 
ainda não tem um sinal (nome visual) usa-se o alfabeto manual que 
compõe o quadro das configurações de mãos usadas na Libras (Silva 
et all, p 18).Acesse o artigo
O alfabeto manual é utilizado, portanto, para as coisas que ainda não possuem 
sinais, como, por exemplo, nome de pessoas que ainda não foram “batizadas” com 
um sinal em Libras, portanto, uma pessoa que você acabou de conhecer, ou quando 
nos referirmos a uma cidade podemos antes de utilizar seu sinal, escrever seu nome 
na datilologia. Estes são os casos em que o alfabeto manual é utilizado.
Muito bem, você aprendeu seus primeiros sinais! 
Seu “nome” em Libras deverá ser dado por um surdo, assim que você tiver a chance 
de encontrar com alguém da Comunidade surda, peça a ele que lhe atribua um sinal, 
este será seu nome em Libras! Certamente você irá gostar! 
Para que você possa entender melhor, observe as figuras, elas mostram o que pode 
representar um “nome de batismo” na Libras, como os surdos se baseiam para nos 
dar um sinal quando passamos a fazer parte da comunidade surda:
http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2015/trabalhos/co_04/94.pdf
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a. Representa iconicamente uma característica da pessoa. Por exemplo:
b. Representar a profissão de uma pessoa e uma característica. Por exemplo: 
PROFESSOR@; MAGR@; CABELOS-ONDULADOS;
 
c. Representar um número, que a pessoa passou a ter na caderneta de sua turma 
de escola, ou a primeira letra do nome da pessoa. Por exemplo:
 
O sinal pessoal pode ser, portanto, uma representação visual de uma pessoa ou 
um atributo (Felipe e Monteiro, 2006, p.35).
 iconicidade
1.
LINGUÍSTICA
semelhança existente, em certos signos linguísticos, entre a forma e a coisa representada, o que ocorre em onomatopeias (p.ex.: atchim, 
tique-taque ), e palavras onomatopaicas (p.ex.: sussurrar, zumbido ).
2.
SEMIOLOGIA; SEMIÓTICA
propriedade que tem o signo icônico de representar por semelhança o mundo real 
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Nesta aula aprendemos alguns sinais básicos, além do alfabeto manual!
Então, você deve treinar os sinais e o alfabeto, escreva seu nome, o nome de seus 
familiares, da cidade em que mora, da cidade que você nasceu, enfim, escreva o nome 
de tudo que você puder!!! Bora treinar!!!!
Quanto aos sinais, vamos dar bom dia a todo mundo! Agradecer e tudo mais que 
aprendemos!! O treino é tudo! 
 Até a próxima aula!
https://www.youtube.com/watch?v=sOWgA8FYsPU&list=RDCMUCBS6i8Z1
rr7b2sq8Pybfhxw&index=1
Acesse o link e aprenda com o Carlos a Datilologia! É um desafio! Vai lá treinar.
 
Você já deve ter treinado bastante, agora grave um vídeo de minutos com alguns 
dos sinais trabalhados!! Capricha!!
 
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AULA 3
LIBRAS - DEFINIÇÕES E 
ASPECTOS DA LÍNGUA 
BRASILEIRA DE SINAIS
Para entendermos a definição da Libras, vamos primeiro compreender o que 
significa língua. Os dicionários on-line trazem diversas definições sobre o termo Língua. 
Observemos:
Conjunto dos elementos que constituem a linguagem falada ou 
escrita peculiar a uma coletividade; idioma: a língua portuguesa.
Sistema de vocabulário e sintaxe usado em determinada época, por 
certos escritores, em uma ou outra profissão etc.; linguagem: a língua 
do séc. XVI..
Sistema constituído por palavras e por regras gramaticais que 
permitem a construção de frases e que é usado como meio de 
comunicação, falado ou escrito, pelos membros de uma mesma 
comunidade linguística; idioma. 
Estilo de escrita, discurso ou expressão característicos de 
alguém.
A língua é um instrumento de comunicação, sendo composta por 
regras gramaticais que possibilitam que determinado grupo de 
falantes consiga produzir enunciados que lhes permitam comunicar-
se e compreender-se. 
Portanto, a língua está diretamente ligada a uma coletividade, à forma de se expressar, 
composta por regras gramaticais que possibilitam que essas expressões ocorram. 
Isso posto, a Libras não poderia ser reconhecida como língua sem que tivesse todos 
os quesitos necessários para tal.
Portanto, a Libras para ser reconhecida como língua, passou por várias etapas, 
somente após ser constatado que tinha todos os requisitos necessários, então, no 
dia 22 de abril de 2002, através da Lei 10.436/2002, foi reconhecida legalmente como 
língua. Nesta lei, destaca-se:
 https://www.dicio.com.br/lingua/ acesso em 03/05/2021;
 
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/l%C3%ADngua acesso em 03/05/2021;
 https://dicionario.priberam.org/l%C3%ADngua acesso em 03/05/2021.
 https://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman2.php acesso em 03/05/2021.
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entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de 
comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza 
visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema 
linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades 
de pessoas surdas do Brasil ( Brasil, 2002).
É importante lembrar que a Língua Brasileira de Sinais não é uma língua universal. 
Cada país tem sua própria língua de sinais, da mesma forma que as línguas orais 
são diferentes, tem país que fala inglês, outro francês, italiano, e assim por diante, da 
mesma maneira é a língua de sinais, cada país possui a sua.
Além disso, também existem as diferenças regionais, da mesma forma que as 
línguas orais, em que é possível perceber o sotaque referente a cada região do nosso 
país, ou até mesmo dentro de um mesmo estado, podemos observar diferença de 
“sotaque” também na Libras.
Por ser uma língua viva, sofre influência das regiões, sendo assim, é comum haver 
diferenças em alguns sinais de uma região para outra no Brasil. Assim como na 
língua portuguesa, a Libras é atualizada constantemente, usando gírias e expressões, 
exatamente como todas as línguas. 
Exemplo: a palavra COUVE-FLOR, diferentes sinais em diferentes Estados :
 SP/SC PR/BA 
 
 MS/RS
 
Figuras: CAPOVILLA, F.C.; RAPHAEL, W. D. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira. Volume I e II, Sinais de A a L. São Paulo: 
Editora da Universidade de São Paulo, 2001. 
Podemos também encontrar para algumas palavras, mais de um sinal correspondente. 
Isso não quer dizer que um ou outro sinal esteja errado, simplesmente quer dizer que 
em cada região há expressões diferentes, como os sotaques nas línguas orais.
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Para saber se os sinais estão corretos, temos os dicionários como comparação, as 
expressões que constam nos dicionários de Libras publicados, por serem orientações 
gerais para todos os lugares do Brasil, foram revisados e aprovados, portanto, podemos 
tirar nossas dúvidas. Exemplo de sinais diferentes para uma mesma palavra: BRANCO.
Atualmente, as pesquisas apontam a existência de cinco componentes dos sinais, 
os chamados Parâmetros.
São Parâmetros da Libras: a Configuração de mão, o Ponto de Articulação, o 
Movimento, a Orientação e as Expressões não-manuais. Vamos conhecer cada um 
desses componentes dos sinais.
a) Configurações de mãos
São as diversas formas que as mãos tomam na realização dos sinais. Inicialmente, 
Ferreira-Brito propôs 46 configurações de mãos, porém,hoje já são propostas mais 
de 60, conforme poderemos observar no quadro abaixo. Essas configurações são 
consideradas elementos fundamentais para possibilitar a formação dos sinais.
 
As 64 configurações de mão da Libras. Fonte: Felipe, Tanya A., Monteiro, Myrna Salerno S. - Libras em Contexto - Livro do Professor p. 28.
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 Vamos observar na prática, como funciona a configuração de mãos. Utilizando 
a configuração , com essa configuração de mão podemos realizar, por exemplo, 
os sinais : tanto o sinal de “ÁGUA” como o sinal de “EDUCADO” utilizam a mesma 
configuração de mão. Observe:
 
Outro exemplo, agora utilizando a configuração de mão :
Figuras Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
Na configuração de mão para formar os sinais “AVIÃO”, “DESCULPA” e 
“ARREPENDIDO” podemos observar que a configuração é a mesma, porém, da mesma 
forma que os sinais anteriores, o lugar onde o sinal é feito, ponto de articulação e o 
movimento, são diferentes, tornando assim cada sinal diferente do outro. Com uma 
mesma configuração de mão é possível fazer uma grande quantidade de sinais. 
São sinais distintos que possuem a mesma configuração de mão. Da mesma 
maneira que temos os fonemas em uma língua oral, também temos em cada língua 
de sinais um conjunto de configurações de mão responsável pela formação dos sinais. 
Importante destacar que a lista de configurações de mão de uma língua de sinais não 
coincide com o alfabeto manual. O alfabeto é um sistema artificial criado como forma 
de representação da ortografia da língua oral-auditiva falada no país onde o surdo vive. 
Já as configurações de mão são uma realidade natural da língua.
b) Ponto de articulação (localização)
É a área no corpo ou o espaço próximo ao corpo onde os sinais são articulados. 
Esses sinais articulados são de dois tipos, os que articulam no espaço neutro diante 
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do corpo e os que tocam uma determinada região do corpo, como, por exemplo, a 
cabeça, o rosto, a cintura, os ombros e o espaço neutro.
Existem sinais que são realizados no chamado “espaço neutro”, que é o espaço 
à frente do corpo da pessoa que sinaliza (sinalizador), mas que não toca no corpo. 
Vejamos os sinais abaixo:
Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
Esse local onde ocorre o sinal, é o ponto de articulação, na figura abaixo, estão 
relacionados os espaços em que esses pontos podem ocorrer:
Os sinais de trabalhar e sanfona são realizados sem tocar no corpo, para realizar 
estes sinais, não precisamos tocar em nenhuma parte do corpo. Assim, dizemos que 
são realizados no espaço neutro.
É importante destacar que, quando estamos em um diálogo, ou apenas fazendo 
um sinal, utilizamos um espaço específico, que está localizado em uma espécie de 
retângulo em frente ao nosso corpo, que poderá ser observado na próxima figura. Isso 
quer dizer que não há necessidade de ficarmos “exagerando” ao fazermos um sinal. 
Ele é feito em um espaço específico.
Muitas vezes, vemos pessoas fazendo sinais “exagerados”, na maioria das vezes, 
quando estão representando uma música, por exemplo. Isso não quer dizer que está 
errado, mas sim, que é um tipo de expressão artística. 
No dia a dia fazemos os sinais mais contidos, talvez seja essa a palavra certa, 
utilizando um espaço menor. Observe a figura a seguir, nela está descrito qual a zona 
certa para a comunicação em Libras.
 
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Vamos observar outros sinais : 
 
Figuras fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
Vimos dois sinais diferentes, feitos em um mesmo ponto de articulação. Nestes 
sinais, eles têm em comum, o ponto de articulação e o movimento, o que os difere é 
a configuração de mãos. Vejamos mais um exemplo: 
 
Figuras fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
Dois sinais executados no mesmo local, com movimento e configuração de mão 
diferentes! Se observarmos o que ocorre com esses sinais é o mesmo que acontece 
com algumas palavras na língua portuguesa, são diferentes apenas pela mudança de 
um fonema. Por exemplo: as palavras “vaca” e “faca”, que têm somente os fonemas 
/f/ e /v/ que as diferenciam. Portanto, Ponto de Articulação é o local onde o sinal é 
articulado, ou seja, é feito, podendo tocar ou não nosso corpo.
c) Movimento
É um parâmetro que envolve direção, forma, frequência, velocidade e intensidade, 
desde os movimentos internos da mão, os movimentos do pulso, os movimentos 
direcionais no espaço até conjuntos de movimentos no mesmo sinal. O movimento 
que as mãos descrevem no espaço ou sobre o corpo pode ser em linhas retas, curvas, 
sinuosas, espiral, ondulante, circulares em várias direções e posições. 
Podemos observar no próximo quadro vários sinais com diversos movimentos 
diferentes, como espiral, reto, circular entre outros. Neste quadro não estão todos 
os movimentos, somente alguns para que você possa compreender o que estamos 
falando quando dizemos movimento em Libras.
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PEDROSA,p.28 (2013)
Desse modo, o Parâmetro de Movimento na Libras possui diferentes propriedades 
ou características relacionadas aos seus elementos, vamos observar as variações em 
direção, forma, velocidade/intensidade.
 -Direção: é a direcionalidade do movimento que pode ser unidirecional, bidirecional 
ou multidirecional. 
a) Unidirecional: movimento em uma direção no espaço. Ex.: 
 
Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
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b) Bidirecional: movimento realizado por uma ou ambas as mãos, em duas direções 
diferentes. Ex.:
Imagem fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
c) Multidirecional: movimentos que exploram várias direções no espaço, durante 
a realização de um sinal. Ex.: 
 
Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
- Forma: maneira que as mãos e dedos seguem em uma trajetória quando estão 
executando um sinal. O movimento segundo sua forma pode ser extenso ou curto, 
deslocando-se em linha reta ou curva. 
- Frequência ou repetição do movimento na realização do sinal, que pode ocorrer 
em alguns sinais. 
- Velocidade e intensidade: alguns movimentos são mais rápidos que outros. Isso 
pode diferenciar se você está se referindo a algo bonito ou muito bonito, por exemplo . 
 
Em seguida veremos exemplos de sinais que não possuem movimentos, diferentes 
dos sinais que acabamos de ver.
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Fonte: FELIPE e MONTEIRO (2006)
d) Orientação 
De acordo com Quadros e Karnopp (2004), o parâmetro orientação refere-se à 
direção para a qual a palma da mão aponta quando o sinal é produzido. Existem seis 
tipos de orientação de mão: para cima e para baixo, para dentro (em direção ao corpo 
do sinalizador) e para fora, para os lados. Vejam abaixo as ilustrações que mostram 
as diferentes orientações das mãos. Veja:
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Outro fator importante é que alguns sinais, ao inverter-se a direção, podem significar 
ideia de oposição, como nos exemplos abaixo: 
Fonte Imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006).
Expressões não-manuais
Expressões não-manuais são todas as expressões faciais e corporais realizadas 
concomitantemente ao sinal. São movimentos do corpo, da face, da cabeça e dos 
olhos realizados no momento da articulação do sinal. Observe os sinais a seguir:
Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
Note o primeiro sinal, quando fazemos um sinal de “triste” nossa expressão facial 
precisa seguir a ideia do sinal, ficar triste. Já no segundo sinal, a expressão facial fica 
mais neutra.
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Observe que a configuraçãode mão e o ponto de articulação são os mesmos 
nos dois sinais. O que muda são os movimentos e as expressões não manuais. As 
expressões faciais podem ser realizadas através de movimentos na face, na cabeça, 
tronco, olhos e sobrancelhas. Segundo Quadros: 
expressões faciais têm duas funções distintas: expressar emoções 
(assim como nas línguas faladas) e marcar estruturas gramaticais 
específicas (como orações relativas), servindo para distinguir funções 
linguísticas, uma característica única das línguas de modalidade 
visual-espacial (QUADROS, R.M. et al, p.7 2009).
É possível observar a importância da expressão facial e corporal nas línguas de sinais, 
elas são fundamentais pois representam a entonação da voz, quando conversamos. 
Servem para mostrar sentimentos, parentesco, perguntas, entre outras. As expressões 
faciais podem ser diversas: triste, alegre, bravo, surpreso, duvidoso entre muitas outras.
https://equoideias.com/2019/03/06/expressoes_faciais_para_recortar_e_usar_na_manta_pedagogica/
Chegamos ao fim deste capítulo, nele nós vimos que para falar com nossas mãos 
existe um campo, assim como quando falamos, utilizamos um tom de voz, uma altura, 
não gritamos ou falamos baixo demais. Da mesma maneira ocorre com a Libras, há 
um campo certo onde ela é produzida.
Quando vemos as pessoas apresentando músicas, hino nacional ou outra coisa, 
eles fazem sinais “grandes” usam um espaço maior! Bom vamos pensar que isto é 
arte, e não o dia a dia! 
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No dia a dia temos que nos ater ao espaço que é correto para isso, e não ficar 
“gritando” em sinais. Não se esqueça, basicamente, este é o espaço que utilizamos 
para fazer os sinais! 
Figura: QUADROS, KARNOPP (2004)
Parece que não vamos aprender isso nunca, não é mesmo? Mas, quando for 
aprendendo os sinais você verá todos esses parâmetros incorporados nele! Não se 
assuste! Assista o vídeo a seguir, com certeza irá te ajudar.
 
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Agora é sua vez! Escolha, entre os sinais estudados, três sinais:
a) Com a mesma Configuração de Mão.
b) sinais que tenham o mesmo Ponto de Articulação.
Capricha na escolha! Não vale pegar os exemplos ok!
Até breve.
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AULA 4
NÚMEROS CARDINAIS 
E QUANTITATIVOS
Cores
O numeral na Libras assim como na língua portuguesa apresenta formas diferentes 
quando, dependendo do contexto, são utilizados como Cardinais, Ordinais e Quantitativos.
Números Cardinais e Quantitativos
 Números Cardinais são utilizados para contar. 
Quantos tem?
 
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Já os Quantitativos são usados para quantificar, por exemplo, qual a metragem de 
um tecido, o número de sua casa, o número do seu sapato, números em geral.
 
Já os números Ordinais, eles se diferem dos demais, são feitos com movimentos. 
Há uma leve tremida em sua execução:
Números Ordinais são usados para ordenar. Por exemplo, uma fila, os andares de 
um prédio, um podium:
 
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Muito bem! Vamos treinar, é hora de praticar. Na sua casa, vai treinando com todos 
os números que você encontrar.
Que dia você nasceu?
Qual o número do seu celular?
Que número de sapato você usa?
Você mora em um prédio? Que andar? 
Se não mora, conhece alguém que mora em que andar?
Qual o número do seu R.G.?
Você tem filhos? Quantos?
Vou deixar um link, na verdade dois links, para você poder ver um pouco mais 
sobre o assunto:
 
Carlos Cristian Libras
https://www.youtube.com/playlist?list=PL6ZnmuRbSGfnE75dvh6CzpE6xw39d_noJ
Vamos agora aprender alguns sinais de CORES
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Figuras fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
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Siga o Hugo e aprenda um pouco mais:
CORES em LIBRAS - Assista e aprenda os sinais das cores
https://www.youtube.com/watch?v=7DH9hBtlr9Q
 
Para esse capítulo vamos pensar em sinais que utilizem cores e números, por 
exemplo: 
- Casa branca número 3. 
- Sapato preto número 37.
Procure nos sinais aprendidos até aqui e faça o seu melhor!
Grave um pequeno vídeo!
Boa sorte!
https://www.youtube.com/watch?v=7DH9hBtlr9Q
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AULA 5
GÊNERO NA LIBRAS
Família
Antes de começarmos os sinais de família, vamos prestar atenção em alguns 
pontos que são muito importantes para que você possa compreender melhor essa 
nova língua, a Libras é mais simples que a língua portuguesa, não conjuga verbo, não 
tem preposição, não tem masculino e feminino, não tem singular e plural! Isso tudo 
é marcado em sinais! Bom né!?
Vamos aprender um pouquinho mais!
Quando utilizamos o hífen para separar as letras, significa que esta 
palavra está sendo soletrada no alfabeto datilológico! EX- L-A-U-R-A.
Em Libras não há preposições, não há tempo verbal, para falar de presente, passado 
e futuro, usamos o sinal correspondente ao presente e passado. Também não há verbo 
“ser” e “estar” como no português. Sinaliza-se direto. Se você quer dizer:
 Hoje está chovendo.
Na Libras você dirá:
CHUVA HOJE.
Ou
Maria é bonita.
M-A-R-I-A BONIT@
Exemplo de frases
https://www.youtube.com/watch?v=4A5vkYVOuOs&t=5s
Gênero na Libras.
Os sinais da Libras não apresentam gênero Masculino ou Feminino! Portanto, quando 
precisar indicar gênero, faça o sinal indicando HOMEM ou MULHER, após o referente!
Figuras Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
https://www.youtube.com/watch?v=4A5vkYVOuOs&t=5s
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Dito isso, sempre que você for falar, por exemplo, irmão ou irmã na Libras (IRMÃ@) 
no momento em que o sinal é feito, acrescenta-se o sinal de mulher ou de homem, 
para a indicação do sexo. Isso também ocorre para animais. Porém, não se aplica 
aos sinais de mãe e pai, por exemplo, que são sinais próprios. Veja os exemplos 
apresentados a seguir:
 ou 
Imagem :Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
Portanto, os sinais que não são próprios, necessitam que se designe se estamos 
falando de HOMEM ou MULHER! Como exemplo:
IRMÃO ou IRMÃ
 
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FAMÍLIA 
 
 
 ou 
 
 
Figuras Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
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Contexto Familiar
 
 
 
 
 
 ou 
Figuras Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
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A seguir, você encontrará uma história, que está descrita no livro “Libras em contexto” 
página 261: 
- HOMEM e MULHER se conheceram e namoraram;
- Ficaram NOIVOS e se CASARAM. E viajaram para LUA DE MEL;
- A mulher fica GRÁVIDA;
- NASCE um FILHO- “JOÃO”;
- A mulher é “MÃE” e o homem é “PAI”; 
- Nasce outra filha- “MARIA”;
- JOÃO e MARIA são “IRMÃOS”;
- Os pais adotam uma criança “FILHO ADOTIVO”;
- Os filhos crescem, namoram e casam; 
- A esposa do JOÃO e o marido da MARIA são “NORA” e “GENRO” dos pais deles;
- Nascem os filhos de JÕAO e MARIA;
- A filha do JOÃO é “SOBRINHA” da MARIA e ela é “TIA” da filha do JOÃO e vice-versa;
- Os filhos de JOÃO e MARIA são “PRIMOS”;
- Os filhos de JOÃO e MARIA são “NETOS” dos pais deles.
- Os pais de JOÃO e MARIA são “vov@” dos “NETOS”;
- “FILHO ADOTIVO” nunca casou, é “SOLTEIRO”.
http://tvines.org.br/?p=7015
Siga o Link e você verá o Heveraldo contando parte desta história! Aproveite!
Na Libras não há desinências para indicar gêneros (masculino e feminino ) e 
número (plural ou singular). Quando a Libras estiverescrita em Língua Portuguesa 
e você encontrar o símbolo @ no lugar do “o”, “a” ou “s” é porque não há palavra 
da Língua Portuguesa, ou seja, escrita, que possa indicar estas marcas na Libras. 
Para que não haja confusão, quando se escreve em Português representando a 
Libras, usa-se o símbolo “@” para representar essa ideia de não haver desinência.
 Exemplo:
MENIN@ - que pode significar: menino, menina, meninos ou meninas.
 CADERN@- caderno ou cadernos.
 GAT@- gato, gata, gatos ou gatas.
 AMIG@- amigo, amiga, amigos ou amigas.
 EL@- ele, ela, eles ou elas.
 ME@- meu, minha, meus ou minhas.
 Etc.
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Agora é com você! Grave um vídeo com a história da sua família, nos conte 
quem são seus irm@, pais! Se você é casad@, se tem filh@! Se é av@! Enfim, nos 
fale da sua família! Vamos lá, nós queremos te conhecer!
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AULA 6
SINAIS ICÔNICOS E 
SINAIS ARBITRÁRIOS
Estações do Ano, Dia da Semana e Meses
Por muito tempo, antes da Libras ser reconhecida como língua, as pessoas 
acreditavam que a língua de sinais era apenas mímica, por acharem que representavam 
somente o desenho do que estava sendo dito, como se desenhassem no ar a figura 
do referente, objeto ou ação que estavam querendo falar. 
Achavam ser impossível, portanto, a representação de conceitos abstratos. Com o 
tempo, e muito estudo, foi provado que isso não é verdade, pois em língua de sinais 
tais conceitos também podem e são representados, em toda sua complexidade. 
Outro equívoco que até hoje vemos, é que ainda temos muitas pessoas que acham 
que os sinais são as representações fiéis dos objetos a que se referem. No entanto, 
isso pode sim ocorrer, o sinal pode ser a representação ou semelhança do objeto ou 
referente, porém não é regra.
Vamos entender, na Libras há duas categorias de sinais, os icônicos e os arbitrários.
Sinais Icônicos
A melhor definição de iconicidade seria uma foto, ela representa o objeto ou referente, 
portanto, um sinal é icônico quando ele se parece com a imagem do referente ou 
significado de algo. Para melhor entender vamos aos exemplos, Sinais Icônicos: 
TELEFONE ,CASA, ÁRVORE .
Figuras Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
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Se observarmos, estes sinais se parecem com a imagem do referente ou significado, 
por isso, são considerados sinais icônicos.
Sinais Arbitrários
Os sinais arbitrários, por sua vez, não se parecem em nada ao referente ou significado. 
Eles não reproduzem a ação ou objeto a que se referem. Essa classe forma a maioria 
dos sinais. Por não se parecerem aos referentes, esses sinais são bem diferentes, 
vamos aos exemplos:
Figuras Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
É possível observar que estes sinais em nada se parecem com seus referentes, 
portanto, são chamados de sinais arbitrários. Para finalizar, vamos destacar um trabalho 
realizado por Anderson e Godoi:
Pode-se dizer que os sinais icônicos se configuram como uma 
categoria baseada na plasticidade, consistindo na capacidade de 
um signo poder representar de maneira pictórica ou figurativa o objeto 
tomado como referência. Por outro lado, existem os sinais arbitrários, 
cuja particularidade está no fato de não manter nenhuma relação com 
seu referente ou nenhuma semelhança com o dado da realidade que 
esses sinais representam (ANDERSON, 2010 apud GODOI, 2016).
Aqui fica bem definido o significado de Arbitrariedade e Iconicidade, deixando clara 
as diferenças entre os dois. A seguir, vamos aprender os sinais específicos para:
Estações do Ano, Dia da Semana e Meses.
 
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Figuras Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
Figuras Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
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Figuras Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
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Chegamos ao fim de mais um capítulo, espero que tenham gostado do conteúdo! 
Vamos continuar explorando a Libras e aprendendo cada vez mais!
 
Nosso exercício para este capítulo será relacionado ao seu nascimento!! Nos conte 
em vídeo, que dia do mês, da semana e ano que você nasceu. Se era verão ou inverno, 
ou seja, qual era a estação do ano!! Para finalizar, nos diga a sua idade!
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AULA 7
TIPOS DE VERBOS
Alimentos, Frutas e Bebidas.
Vamos estudar algumas classes gramaticais, iniciando pelos Verbos. Como já vimos, 
Libras é uma língua viva, que está em constante mudança. Sempre com novas palavras 
sendo introduzidas, com a validação da Comunidade Surda, isso acontece quando 
surgem novos lugares, novas pessoas, situações novas que pedem um vocabulário 
diferente do que está ai!
Conhecer um pouco as classes gramaticais, nos mostra a importância da Libras 
como língua, como formam os sinais, sempre validando Língua Brasileira de Sinais 
como língua e não apenas sinais.
Para estudarmos os tipos de verbos na Libras, focamos em exemplos que irão 
orientar o aprendizado levando a um entendimento satisfatório nesta classe gramatical 
tão importante. Primeiro, vamos perceber que na Libras os verbos não são conjugados 
como na Língua Portuguesa. Isso quer dizer que o tempo verbal tem uma marcação 
diferente. 
Vamos entender melhor!
Na Língua Portuguesa quando queremos dizer que algo já aconteceu, nós usamos 
o verbo no passado, assim dizemos: “Fui à casa da minha mãe”. Na Libras, o verbo 
não é conjugado, portanto, para indicar que fui à casa da minha mãe ontem e não 
hoje utilizamos marcação de tempo. 
Esta marcação de tempo é feita pelos Advérbios de Tempo, sinais que veiculam 
conceito temporal, são marcas que representam: passado (movimento para trás), 
futuro (movimento para frente) ou presente (movimento no plano do corpo):
http://libraspocosdecaldas.blogspot.com/2016/12/adverbio-de-tempo.html
http://libraspocosdecaldas.blogspot.com/2016/12/adverbio-de-tempo.html
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As frases são compostas das seguintes formas: 
OSV – Objeto- Sujeito-Verbo. ou SOV - Sujeito Objeto Verbo
O verbo na Libras fica sempre no fim das frases, para o surdo ele estaria no infinitivo, 
seria como se fosse assim a frase:
Português:
Fui à casa da minha mãe.
Libras
(Usar sinal de passado) CASA MÃE IR.
Portanto, sempre que for necessário nas formas verbais, definir a marca de tempo, a 
referência temporal será dada por itens lexicais como os advérbios de tempo: ONTEM, 
AMANHÃ, HOJE, SEMANA-PASSADA, SEMANA-QUE-VEM, entre outros, como veremos 
nos próximos capítulos.
https://www.youtube.com/watch?v=0ZPYDN-EsJA&list=RDCMUCW2IBb1PwAoop
Qxt1IPjq0A&index=3
10 coisas que todo iniciante deve saber sobre Libras - Parte 1 - FELIPE SABARÁ
Neste vídeo há várias dicas de um intérprete que eu gosto muito e que é respeitado 
na Comunidade Surda!! Aqui, entre outras dicas, Fernandes nos explica com muita 
clareza o não uso dos conectivos na Libras:
 
[...] essas omissões que ocorrem na Libras em relação aos artigos, 
preposições e flexões verbais ou nominais (gênero, número) nos 
levam a pensar que a gramática da Libras seria mais “simplificada” 
em relação ao português, mas não se trata disso. Enquanto que no 
português há elementos conectivos indicados com palavras, na Libras 
esses mecanismos são discursivos e espaciais, estando incorporados 
ao movimento ou em referentesespaciais. (FERNANDES, 201, p. 62).
https://www.youtube.com/watch?v=0ZPYDN-EsJA&list=RDCMUCW2IBb1PwAoopQxt1IPjq0A&index=3
https://www.youtube.com/watch?v=0ZPYDN-EsJA&list=RDCMUCW2IBb1PwAoopQxt1IPjq0A&index=3
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Assim, Libras, por usar um canal visual-gestual, possibilita fatos que não acontecem 
nas línguas orais, sendo línguas que ocorrem em realidades diferentes. Fique atento!
Tipos de Verbos na Língua Brasileira de Sinais
Quadros e Karnopp (2004), destacam que os verbos na língua de sinais brasileira 
estão divididos nas seguintes classes: 
• Verbos que não possuem marca de concordância: são verbos que não se flexionam 
em pessoa e número, e não incorporam afixos locativos. Em geral, são ancorados 
ou feitos tocando o corpo. Esses tipos de verbos, também são chamados de verbos 
simples. Exemplo: AMAR, APRENDER, SABER, GOSTAR, CONHECER
Figuras Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
Exemplo:
Língua portuguesa: Eu sei Libras.
Libras: LIBRAS SABER.
Disponível em : https://portal.estacio.br/media/1967/cartilha_lingua_brasileira_de_sinais.pdf Acesso 06/2021
https://portal.estacio.br/media/1967/cartilha_lingua_brasileira_de_sinais.pdf
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É importante aprender Libras.
LIBRAS IMPORTANTE APRENDER. 
Imagem fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
Os Surdos se comunicam através da Libras. 
LIBRAS SURDOS COMUNICAR.
Imagem fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
• Verbos com marca de concordância: 
São verbos subdivididos em Verbos Direcionais e Verbos Não Direcionais.
Verbos Direcionais:
Estes verbos partem do sujeito que está falando em direção ao objeto que se fala. 
Possuem marca de concordância, a direção do movimento marca no ponto inicial o 
sujeito e no final o objeto.
 Assim, não necessita sinalizar o sujeito e o predicado, eles já compõem o sinal. 
Com isso, a direção do movimento destes verbos sempre irá variar com a posição 
das pessoas que estão envolvidas. Você irá direcionar o sinal para onde está o objeto/
predicado. Para melhor entender, vamos aos exemplos:
Eu pergunto para você. / Você me pergunta.
https://www.facebook.com/Libras-eu-falo-com-as-m%C3%A3os-1076061092431528/
https://www.facebook.com/Libras-eu-falo-com-as-m%C3%A3os-1076061092431528/
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É possível observar que os verbos direcionais, ligam-se à pessoa do discurso, verbos 
com concordância se flexionam em pessoas, números e aspectos ou incorporam o 
objeto referido. 
Outro exemplo:
Imagem fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
Figuras Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
Aqui você encontra um vídeo, com vários verbos direcionais!
Principais Verbos Direcionais na Libras - FELIPE SABARÁ
https://www.youtube.com/watch?v=SwaL1FSW8h0
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ALIMENTOS, FRUTAS E BEBIDAS
 
Figuras Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
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Figuras Fonte: CAPOVILA e RAPHAEL (2001)
Fonte imagem: PEDROSA et al (2013)
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Receita em Libras: Sopa de espinafre
https://www.youtube.com/watch?v=3FjW6o_oXhw
“A professora de Libras, Vanessa Lesser, mostra seus dotes culinários com receitas 
deliciosas e fáceis para acalmar e temperar a nossa quarentena nesta série chamada 
“Receita em Libras”. Acompanhe, agora, a receita de sopa de espinafre! Uma delícia!”
 
Para esse capítulo, vamos pensar em receita!! Escolha os ingredientes e vamos 
lá! Capriche no vídeo, pelo menos um minuto e meio de gravação!
https://www.youtube.com/watch?v=3FjW6o_oXhw
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AULA 8
CLASSIFICADORES (CL)
Quando falamos em classificar, vamos pensar na Língua Portuguesa, que classifica 
substantivos e adjetivos em masculino e feminino ao colocar artigos, por exemplo. 
Já vimos que em Libras não há essa classificação por artigos, porém, classificações 
podem se manifestar de várias formas:
• uma desinência, como em português, que classifica os substantivos e os adjetivos 
em masculino e feminino através do sinal de menina – menino/ homem – mulher;
• uma partícula que se coloca entre as palavras; 
• uma desinência que se coloca no verbo para estabelecer concordância. 
• quando atribuímos uma qualidade a um objeto, por exemplo, o tipo de blusa 
que ele está usando.
Neste caso, estamos descrevendo o substantivo ou adjetivo, atribuindo-lhe uma 
qualidade. Por serem as línguas de sinais espaço-visuais, elas podem representar 
iconicamente qualidades de objetos. Por exemplo, para dizer nestas línguas que 
“uma pessoa está vestindo uma blusa de bolinhas, quadriculada ou listrada”, estas 
expressões adjetivas serão desenhadas no peito do emissor, mas esta descrição não 
é um classificador. Isso são adjetivos :
Fonte Imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
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O que seria então um Classificador na Libras?
Na Libras, para os estudiosos deste assunto, um classificador é uma configuração 
que existe em número restrito e estabelece um tipo de concordância. Portanto, 
classificadores são configurações de mãos, incorporadas ao movimento de certos tipos 
de verbos que, relacionadas à coisa, pessoa e animal, funcionam como marcadores 
de concordância. 
Facilitando, seriam descrições visuais capturadas de uma imagem que pode ser de 
seres animados como pessoas e animais e de seres inanimados como uma janela, 
por exemplo. Nestas descrições são observados aspectos tais como: tipo de andar/ 
movimento, som, tamanho, paladar, tato, cheiro, olhar, textura, intensidade de cor, 
sentimentos, enfim, tudo que possa ser diferenciado.
Assim, na Libras, os classificadores são formas que classificam o sujeito ou o 
objeto que está ligado à ação do verbo. Pensando na formação do sinal, Capovilla e 
Raphael (2001), esclarecem que CL (Classificador) é o “conceito utilizado nas línguas de 
sinais que diz respeito aos diferentes modos como um determinado sinal é produzido 
dependendo das propriedades físicas específicas do referente que é representado”. 
Os classificadores para Pessoa e Animal, conforme nos diz Felipe, “podem ficar 
no singular e plural, que é marcado ao se representar duas pessoas ou animais 
simultaneamente com as duas mãos ou fazendo um movimento repetido em relação 
ao número” (FELIPE e MONTEIRO, 2006, p. 168).
Figura Fonte: CAPOVILLA e RAPHAEL (2001)
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Já quando os classificadores são para Coisa, estes incorporam, através da 
concordância, características desta coisa que está sendo o objeto da ação verbal. 
Por exemplo, quando falamos “ABRIR A PORTA” o sinal vai depender do tipo de porta 
que você está abrindo. No sinal abaixo, vemos o sinal da abertura de uma porta 
comum, como está no desenho, caso fosse uma porta de correr o sinal certamente 
seria diferente, pois seguiria a maneira de abrir da porta de correr.
 
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
Se observarmos o quadro a seguir, é possível perceber a diferença dos Classificadores 
(CL). Se estamos falando, por exemplo, que uma folha caiu da árvore, usaríamos o sinal 
de CAIR (coisa plana) caindo do sinal de árvore, se queremos dizer que uma pessoa 
caiu, utilizamos o sinal CAIR (pessoas), podendo classificar a forma que ela caiu. 
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
Assim, o verbo Classificador depende da coisa, pessoa ou animal a que estamos 
nos referindo. Isso é fundamental para a definição da ação pretendida.
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 O classificador não pode jamais ser confundido com Adjetivos, que características 
descritivasdo objeto, ou seja, ao atribuir uma qualidade a um objeto, podemos utilizar 
um tipo de classificação, mas não necessariamente um classificador na concepção 
linguística do termo. Os classificadores são configurações de mãos que, relacionadas à 
coisa, pessoa e animal, funcionam como marcadores de concordância verbal (FELIPE, 
2001 apud GESUELI, 2009).
Assista ao vídeo e veja a piada contada por Carlos Cristian, observe a quantidade 
de Classificadores ele utiliza! 
 
(Piada Surdo) O BOI - Classificadores
https://www.youtube.com/watch?v=tMiAQiAt_zk
Faça filminhos com ações utilizando os classificadores para mostrar as ações das 
cenas, capriche na filmagem: 
Verbo ABRIR
https://www.istockphoto.com/br/vetor/ilustra%C3%A7%C3%A3o-de-uma-pessoa-abrindo-a-janela-e-ventilando-gm1217132094-355158802
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Verbo CORRER
https://www.petz.com.br/blog/bem-estar/por-que-cachorros-correm-atras-de-carros/
Verbo CAIR
https://www.twinkl.ae/illustration/copo-de-agua-caindo-preto-e-branco
.
https://www.petz.com.br/blog/bem-estar/por-que-cachorros-correm-atras-de-carros/
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CAPÍTULO 09
VERBOS E SÍMBOLOS
Neste capítulo veremos alguns sinais de verbos, além de conhecermos os principais 
símbolos relacionados à surdez! Vamos lá!
Verbos:
 
Fonte Imagem: CAPOVILLA e RAPHAEL (2001)
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Fonte Imagem: CAPOVILLA e RAPHAEL (2001)
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Fonte Imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
 
https://cursos.escolaeducacao.com.br/artigo/vocabul-rio-da-libras-v
https://cursos.escolaeducacao.com.br/artigo/vocabul-rio-da-libras-v
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Algumas vezes nos deparamos com símbolos e nem sempre sabemos direito o 
que eles querem dizer. Vamos dar uma olhadinha para entender um pouco sobre os 
símbolos relacionados aos surdos:
Primeiro vamos ver o Símbolo Universal de Acessibilidade da Organização das 
Nações Unidas – ONU 
Este símbolo foi desenhado pela ONU, com apoio de organizações da sociedade 
civil e organizações de pessoas com deficiência de diferentes países, para finalmente 
chegarem a um consenso sobre o significado de acessibilidade. Recebeu o nome de 
“The Accessibility”, ou “A Acessibilidade”. 
Seu desenho representa todas as abas da acessibilidade: acesso físico, serviços 
e tecnologias de comunicação. Simboliza a esperança, a igualdade de acesso para 
todos. Portanto, esse símbolo é universal e está relacionado a todas as deficiências. 
Vamos analisar agora o Símbolo Internacional da Surdez 
O uso do Símbolo é previsto pela Lei nº 8.160 , de 8 de janeiro de 1991, que determina 
sua colocação em todos os locais de acesso aos surdos e em todos os serviços 
disponibilizados a eles. Pode também ser colocado no vidro dos carros, permitindo 
que o motorista de ambulância, policiais, resgate e outros identifiquem que o condutor 
é surdo, podendo assim respeitá-lo, evitando a buzina, e quando necessário, fazer 
 https://centroauditivoviver.com.br/blog/simbolos-de-acessibilidade-entenda-a-funcao-de-cada-um/
 https://desculpenaoouvi.com.br/significado-dos-simbolos-de-acessibilidade-para-deficientes-auditivos/
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sinalização visual com lanterna de faróis altos. Neste caso, o uso não é obrigatório, o 
surdo pode usar ou não o adesivo em seu carro. Outra informação importante é que 
este adesivo não dá o direito ao estacionamento para Deficientes Físicos! 
O Símbolo de Língua de Sinais 
Este símbolo indica que o evento, palestra, filme ou visita guiada conta com apoio 
de intérprete de Língua de Sinais. No Brasil temos um símbolo específico para indicar 
a acessibilidade a Libras, o Símbolo Acessível em Libras . 
Criado pela Centro de Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 
O símbolo Acessível em Libras foi idealizado em 2012, com objetivo de suprir a carência 
de um ícone que identificasse de forma visual os conteúdos e serviços disponíveis na 
Língua Brasileira de Sinais -Libras. Assim, é comum o encontrarmos em alguns sites, 
indicando que estes oferecem tradução de português para Libras.
Este símbolo também é encontrado em camisetas e botons representando os 
tradutores e intérpretes de Libras, ou seja, pessoas fluentes em Libras que promovem 
a acessibilidade.
 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8160.htm
 https://desculpenaoouvi.com.br/significado-dos-simbolos-de-acessibilidade-para-deficientes-auditivos/ 
 https://www.ufmg.br/marca/libras/#assinaturas
https://desculpenaoouvi.com.br/tag/libras/
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Estes não são os únicos símbolos relacionados à surdez, porém, são os mais 
utilizados. Se você quiser saber mais, dê uma olhada nos sites de referência no rodapé, 
lá encontrará mais símbolos e seus significados!
Para saber um pouco mais sobre verbos, acesse os links e pratique com o Hugo!! 
VERBOS em LIBRAS - Parte 1 - Assista e aprenda os principais verbos em LIBRAS
https://www.youtube.com/watch?v=GZGYRPusgpM
VERBOS em LIBRAS - Parte 2 - Assista e aprenda os principais verbos em LIBRAS
https://www.youtube.com/watch?v=2QXQti3UiMU
https://www.youtube.com/watch?v=GZGYRPusgpM
https://www.youtube.com/watch?v=2QXQti3UiMU
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Escolha no mínimo três verbos e crie frases com eles, pode ser diálogo se preferir! 
Vamos lá! Capricha no vídeo!
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AULA 10
ADVÉRBIOS DE TEMPO, 
ADVÉRBIOS DE LUGAR E 
PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
Pronomes Interrogativos
Pronomes Indefinidos
Como já vimos em capítulos anteriores, a libras não tem conjugação verbal, é 
como se os verbos ficassem sempre no infinitivo. Para marcar o tempo, utilizamos 
os advérbios de tempo, que devem vir sempre no início das frases.
Assim, quando o verbo se refere a um tempo passado ou futuro, o que vai marcar o 
tempo da ação. Geralmente, quando estamos falando no presente, não há marcação 
de tempo. Somente usamos se queremos dizer que a ação irá ocorrer ainda hoje, ou 
seja, se desejamos marcar o tempo presente!
Vamos ver os sinais mais usados para esta classe:
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
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Portanto, quando quero expressar que algo que vai acontecer ou aconteceu hoje, 
uso o sinal de “AGORA” ou de “HOJE”.
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
Se quero dizer que vou fazer algo ou que vai acontecer amanhã ou depois de 
amanhã, posso usar o sinal de “AMANHÔ ou então de “FUTURO”.
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
Quando quero falar de futuro, utilizo os sinais de “ONTEM”, “ANTEONTEM”, “PASSADO”, 
“JÁ”.
Desta forma, vamos colocando os sinais nos tempos que desejamos, sem termos 
a conjugação, como na Língua Portuguesa, mas com o apoio dos Advérbios de 
tempo!
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Ex.
Fui à casa da minha mãe ontem.
ONTEM IR CASA MÃE! 
 
Muitas vezes, a frequência de uma ação é utilizada para expressar os advérbios 
de tempo na Libras, para isso, utilizamos expressões específicas, como veremos os 
sinais a seguir:
 
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
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Acesse o link e veja as dicasdo intérprete Felipe Sabará!!
Advérbios de Tempo Em Libras Na Prática 
https://www.youtube.com/watch?v=Bbg3-lT7uoE&t=99s.
Pronomes Demonstrativos e Advérbios de Lugar
Tanto na Libras como na Língua Portuguesa os pronomes demonstrativos e os 
advérbios de lugar estão relacionados às pessoas do discurso, ou seja, se definem pelo 
seu posicionamento frente à ação comunicativa: primeira, representando aquela que 
fala (eu/nós); segunda, representando aquela com quem se fala (tu/vós/você/o senhor); 
e a terceira, demarcada por aquela de quem se fala (ele/eles/ela/elas). Representam 
na perspectiva do emissor, o que está bem próximo, perto ou distante.
Os pronomes demonstrativos e os advérbios de lugar têm o mesmo sinal, somente 
o contexto os diferencia pelo sentido da frase acompanhada de expressão facial.
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
https://www.youtube.com/watch?v=Bbg3-lT7uoE&t=99s
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Vamos aos exemplos:
1- BOLA ONDE?
R- LÁ BOLA VERMELHA PERTO MESA.
2- CANETA ONDE?
R- AQUELA CANETA AZUL?
3- BANHEIRO ONDE?
R- ESQUERDA ENTRAR SÓ.
4- SALA AULA ONDE?
R- EM-CIMA SEGUNDO-ANDAR.
É possível identificar os pronomes demonstrativos e os advérbios de lugar, dependendo 
do contexto da conversa, mesmo os sinais sendo iguais, conforme vimos nos diálogos 
acima!
Pronomes interrogativos
Por quê, O quê, Quem, Como e Onde 
 
Os Pronomes Interrogativos na Libras necessitam da Expressão Facial para ser 
definido, sempre que fazemos uma pergunta, é preciso franzir a sobrancelha ou levantá-
la, sem isso, a pergunta não se caracteriza.
 Os sinais QUEM, QUE e ONDE podem vir no início ou final das frases.
Fonte Imagem: CAPOVILLA e RAPHAEL (2001)
Já os sinais QUAL, COMO e PARA QUE, são mais utilizados, mas no final das frases.
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Fonte Imagem: CAPOVILLA e RAPHAEL (2001)
 
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
Já o pronome interrogativo POR QUE/ PORQUE é usado sempre no final da frase.
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
É preciso destacar que na Libras, não há diferença entre “POR QUÊ” interrogativo (por 
que) e o “PORQUÊ” explicativo (porque), a diferença será demonstrada pelo contexto, 
pelas expressões facial e corporal, quando ele está sendo usado em frase interrogativa 
ou então em frase explicativa à pergunta. Portanto, o sinal será sempre o mesmo.
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Fonte Imagem: CAPOVILLA e RAPHAEL (2001)
Quando usamos o sinal de QUANDO, este está relacionado a um advérbio de tempo 
na resposta ou a um dia específico. Desta maneira, há dois sinais diferentes para 
“QUANDO”: um que especifica passado QUANDO-PASSADO e outro que especifica 
futuro: QUANDO-FUTURO.
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
Ou poderá utilizar o sinal de “ QUANDO DIA” para ser mais específico.
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
Para falarmos de horas: Que-horas e quantas-horas, utilizamos os numerais cardinais 
(quantidade). Não utilizamos 24h e sim 12 horas dia e 12 noite. O que define se estamos 
falando de dia ou noite, é o contexto da conversa. É pelo contexto que saberemos se 
estamos nos referindo a manhã, tarde, noite ou madrugada.
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Quando nos referindo ao tempo cronológico, vamos utilizar a expressão “QUE 
HORAS”, por exemplo:
VOCÊ QUE HORAS CHEGAR?
FESTA QUE HORAS SERÁ?
PROVA QUE HORAS?
Utilizamos então o sinal seguinte, seguido do sinal do número relativo ao tempo. 
A prova será às 10 da manhã!
PROVA 10 HORAS CEDO!
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
Já quando queremos dizer que a prova durou 2 horas, estamos nos referindo ao 
tempo gasto, então a expressão será para “QUANTA@ HORA”.
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
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PRONOMES INTERROGATIVOS LIBRAS - Aula completa!!!
Carlos Cristian Libras
https://www.youtube.com/watch?v=UxN7tJCN6EU
Carlos Cristian, que é usuário da Libras, depois de dizer que “QUANDO” não pertence 
a Libras, nos explica certinho o que disse e como os surdos utilizam os advérbios de 
tempo nestes casos. Porém, também diz que é importante conhecer o sinal, já que 
muitas pessoas utilizam!! Assistam ao vídeo e vejam como ele nos explica.
QUANDO - SINAL EM LIBRAS + JEITO DE SURDO
https://www.youtube.com/watch?v=FZ_4CIU3NHA
PRONOMES INDEFINIDOS
Pronomes indefinidos são aqueles que se referem a substantivos de modo indefinido, 
vago, impreciso. Na Libras, os sinais que os representam são:
 
 
https://www.youtube.com/channel/UCBS6i8Z1rr7b2sq8Pybfhxw
https://www.youtube.com/watch?v=UxN7tJCN6EU
https://www.youtube.com/watch?v=FZ_4CIU3NHA
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Este sinal também é utilizado em resposta a “OBRIGADO” 
Vamos nos aprofundar na gramática da Libras!!! Assista este vídeo do INES e aprenda 
um pouco mais.
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A VIDA EM LIBRAS – GRAMÁTICA I (TV INES)
https://www.youtube.com/watch?v=GLsORSmyqiY
Responda as questões:
1- Que horas você acordou hoje?
2- Você estuda frequentemente ou nunca?
3- Quanto tempo você demora para chegar da sua casa até seu trabalho/escola?
4- Onde você foi domingo passado?
5- Você irá viajar no ano que vem? Quando?
6- Com quem você estava no Natal do ano passado?
Tente gravar as questões e as respostas!! Não esqueça de como as sentenças são 
em Libras (SOV ou OSV). Capriche nos sinais!
http://www.youtube.com/watch?v=GLsORSmyqiY
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AULA 11
COMPARATIVO DE 
IGUALDADE, SUPERIORIDADE 
E INFERIORIDADE
Adjetivos
Para compararmos algo na Libras, utilizamos os sinais de IGUALDADE, 
SUPERIORIDADE e INFERIORIDADE:
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
Assista ao vídeo e entenda como devemos utilizar os sinais:
 
GRAU COMPARATIVO
https://www.youtube.com/watch?v=DQGfxV9B7j8
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Adjetivos
Na Língua Portuguesa, os adjetivos formam uma classe de palavras que atribuem 
qualidade a uma outra classe como substantivo, por exemplo, acrescentando defeito, 
estado, condição, aspecto etc.
Na Libras os adjetivos, como várias outras classes gramaticais, não têm marca 
para gênero, masculino ou feminino, nem para número, singular ou plural, portanto, 
é sempre neutro.
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Fonte Imagem: CAPOVILLA e RAPHAEL (2001)
Muitos adjetivos, por serem descritivos, apresentam de forma icônica uma qualidade 
do objeto, que pode ser desenhada no ar ou mostrada a partir do objeto ou do corpo do 
emissor. Isto é, quando falamos sobre o formato de um objeto, se ele é de bolinhas ou 
de listas ou de outra coisa em libras, utilizamos o espaço para traçar o que estamos 
falando ou então o próprio corpo, conforme podemosobservar nos exemplos a seguir:
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
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Usamos os adjetivos, de um modo geral, após o substantivo, dando assim qualidade 
a ele.
MENIN@ CAMISA PRETA CAIR.
MEU VESTIDO AZUL LISTRAS ADORO.
 Não se esqueça que muitos adjetivos são icônicos, vamos relembrar, eles se parecem 
com o significante, como, por exemplo, o sinal de “bolinhas” de “listas”, etc.
 
Vamos montar um diálogo!!! 
Mostre aqui tudo que você aprendeu! Grave um vídeo de 2 até 3 minutos!! Estamos 
esperando ansiosos.
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AULA 12
TIPOS DE FRASES - 
ESTAÇÕES DO ANO
Sinais de Fenômenos da Natureza e Afins
Assim como toda língua, em especial as línguas de sinais, as expressões faciais e 
corporais desempenham papéis fundamentais, como já discorremos anteriormente. 
Em Libras, quando falamos em formação de frases as expressões faciais e corporais 
são como as entonações na língua portuguesa, por isso, são essenciais para perceber 
se uma frase, em Libras, está na forma afirmativa, exclamativa, interrogativa, negativa 
ou imperativa. 
É, portanto, fundamental estarmos atentos às expressões facial e corporal que são 
feitas no desenvolvimento de um sinal, numa frase, num diálogo, enfim, na comunicação 
em Libras. As expressões faciais, segundo Brito, 1995, são divididas em: Expressões 
afetivas, que expressam sentimentos e Expressões gramaticais, que estão relacionadas 
à estrutura do sinal, são, portanto, específicas, diferentes das expressões afetivas.
Frases Afirmativas
Quando utilizamos uma frase afirmativa, pode haver movimento da cabeça, para 
cima e para baixo, indicando afirmação, no entanto nossa expressão costuma ser 
neutra, não há expressão significativa. 
Ex.:
MEU CARRO AQUELE.
EL@ VIAJAR.
ESCOLA MENIN@ IR.
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
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 Não há, portanto, nestas frases demonstração de sentimento, seja estrutural ou 
sentimental. Diferente do que acontece nas frases negativas, conforme veremos a 
seguir:
Frases Negativas
As frases negativas são determinadas por movimentos de cabeça, negando, 
expressões faciais negativas bem como o acréscimo do sinal “não”, feito com a mão:
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
Também é possível, no caso de alguns verbos, utilizar um movimento contrário, 
indicando a negação:
 
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
Fonte Imagem: CAPOVILLA e RAPHAEL (2001)
Com aceno de cabeça negando:
 
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
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EU VIAJAR PODER NÃO 
Observe na gravura abaixo a expressão facial utilizada em uma frase negativa:
Fonte imagem: FELIPE (2013).
É possível entender o quanto a expressão é importante para a compreensão de 
uma frase, logo no início já é perceptível a negação. Também é o caso das frases 
interrogativas que veremos mais a seguir, mas já é possível observar no exemplo 
acima a expressão usada (EU?) de forma interrogativa!
Frases Interrogativas
Nas frases interrogativas, utilizamos as expressões faciais e expressões gramaticais, 
feitas a partir de um franzir da testa, sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento 
da cabeça, inclinando-se para cima.
• NOME QUAL? (expressão facial interrogativa feita simultaneamente ao sinal QUAL)
 • VOCÊ CASAD@?
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
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Forma Exclamativa
Na forma exclamativa, também é importante o uso das expressões faciais e corporais, 
utilizamos as sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando 
para cima e para baixo. Pode ainda vir também com um intensificador representado 
pela boca fechada com um movimento para baixo.
• CARRO BONITO!
Fonte imagem: FELIPE e MONTEIRO (2006)
Na Libras, o uso das expressões faciais e corporais são fundamentais como pudemos 
observar em todas as frases. Mesmo na frase afirmativa, ainda assim, apesar de 
neutra, há uma leve expressão que ajuda a confirmar a frase.
A seguir, há um vídeo com o Hugo (Objeto de Aprendizagem) que nos mostra alguns 
sinais de frases, utilizadas no dia a dia! Dê uma olhada e treine para nossa atividade!
 #HugoEnsina21 - Sinais de FRASES DO COTIDIANO em Libras
https://www.youtube.com/watch?v=mGfq4jBT3TI
https://www.youtube.com/hashtag/hugoensina21
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Estações do Ano
Fonte Imagem: CAPOVILLA e RAPHAEL (2001)
Sinais de Fenômenos da Natureza e Afins
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Fonte imagem: PEDROSA et al (2013)
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Para essa atividade você deve criar cinco frases que contemplem o conteúdo visto 
neste capítulo, ou seja, tipos de frases diferentes. Use também o vocabulário específico 
que vimos aqui. Capriche nas expressões faciais!!
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AULA 13
ESTADOS BRASILEIROS
Cultura e Comunidade surda
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Fonte imagem: PEDROSA et al (2013)
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Cultura e Comunidade surda
Conforme afirma Skiliar (1998) é preciso compreender a cultura surda como uma 
cultura múltipla, multicultural, e entender que ocupa lugar nos diversos espaços e 
comunidades. Destaca ainda que essa cultura tem seus aspectos característicos e se 
utiliza de metodologias diferenciadas, muitas vezes, desconhecidas do mundo ouvinte. 
No entanto, é fundamental perceber que essas singularidades não podemos criar 
barreiras, mesmo diferentes, as culturas devem ser complementares, e não divergentes. 
Há espaço para a cultura surda e ouvinte conviverem harmonicamente, convergindo 
para a formação de pessoas de um mesmo país, com os mesmos ideais.
Encontramos uma definição sobre cultura e comunidade surda que nos auxilia 
muito, mostrando com clareza o que cada uma significa:
A linguista surda Carol Padden estabeleceu uma diferença entre 
cultura e comunidade. Para ela, uma cultura é um conjunto de 
comportamentos aprendidos de um grupo de pessoas que possuem 
sua própria língua, valores, regras de comportamento e tradições. 
Ao passo que uma comunidade é um sistema social geral, no qual 
pessoas vivem juntas, compartilham metas comuns e partilham certas 
responsabilidades umas com as outras. Para esta pesquisadora, 
uma Comunidade Surda é um grupo de pessoas que mora em 
uma localização particular, compartilha as metas comuns de seus 
membros e, de vários modos, trabalha para alcançar estas metas. 
Portanto, em uma Comunidade Surda pode ter também ouvintes e 
surdos que não são culturalmente surdos. Já a Cultura da pessoa 
Surda é mais fechada do que a Comunidade Surda. Membros de 
uma Cultura Surda comportam como as pessoas Surdas, usam a 
língua das pessoas Surdas e compartilham das crenças das pessoas 
Surdas entre si e com outras pessoas que não são surdas (FELIPE 
e MONTEIRO:2006 P,45).
Nesta definição, conseguimos perceber a complexidade de uma Cultura e de uma 
Comunidade. Muitos surdos nascem em lares de ouvintes, portanto, pouco se apropriam 
da Cultura Surda, apesar de serem surdos, pouco sabem sobre essa Cultura. Já uma 
Comunidade, esta pode incluir várias pessoas com diversos tipos de Culturas, desde 
que tenham metas em comum.
Portanto, ficou bem clara a diferença entre Cultura e Comunidade Surda! Para 
entendermos sobre a cultura é preciso atentarmos ao fato de que o surdo tem uma 
forma própria de ver e apreender o mundo. Nós ouvintes, possuímos os ouvidos e 
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olhos para compreendermos tudo ao nosso redor, já o surdo, ele tem os olhos para 
perceber tudo o que ocorre ao seu redor.
Assim, certamente, sua maneira de “ver” o mundo será diferente da forma de um 
ouvinte, com isso, a cultura surda irá se fortalecer entre seus membros.
Para conhecer um pouco mais sobre a vida de uma pessoa surda, sugiro a leitura 
do livro “O Grito da Gaivota”, neste livro podemos conhecer um pouco a vida de uma 
surda. O título do livro faz referência ao fato dela gritar, como um pássaro, até se 
apropriar da língua de sinais. É muito interessante, vale a pena!!
SINOPSE
“Emmanuelle Laborit é surda profunda. Neta do cientista Henri Laborit, atriz agraciada 
com o Prémio Molière, é a protagonista deste testemunho, marcado pela memória de 
um crescimento que se viveu diferente. Testemunho de uma vida, vista pelos olhos 
de uma menina, contado pelo sentir de uma mulher. Relato pessoal e subjetivo de 
alguém que cresceu no mundo do silêncio, que nunca aprendeu a viver à distância 
da comunicação, e que acaba por se libertar de um mundo que não precisava ser 
assim. O Grito da Gaivota confronta-nos com uma realidade de que, em geral, pouco 
conhecemos, e convida-nos a partilhar as experiências, tantas vezes dolorosas, do 
dia a dia dos que vivem envoltos no silêncio e na incompreensão”.
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Acesse o link e leia, esta será a atividade do capítulo!
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxt
YXRlcmlhbGRhYW5kcmVpYXxneDo2MjhiZGU3ZGJhNDU1MTRh
Pesquise sobre a comunidade surda da sua cidade! Veja o que você consegue 
descobrir e nos conte um pouco, onde eles se reúnem, qual a igreja que frequentam, 
se há intérprete, existem ouvintes que estão sempre com a comunidade? São casados 
ou namoram, surdos ou ouvintes? Enfim, nos conte uma história sobre o que você 
descobriu!
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AULA 14
ESTRUTURA DA 
SENTENÇA EM LIBRAS
Vocabulário financeiro e Documentos Pessoais
 Quando falamos em sentença na Libras, há vários formatos de composição, porém 
vamos nos ater a dois dos formatos mais utilizados:
OSV – Objeto- Sujeito-Verbo. ou SOV - Sujeito Objeto Verbo
Por que estes são os formatos mais utilizados? Estes modelos são mais utilizados 
porque eles conseguem dizer exatamente como a sentença deve ser. É como se você 
“desenhasse” a sentença. Veja o exemplo: Quando você diz em Língua Portuguesa “A 
gata subiu não telhado”, oralmente nós conseguimos construir a história de forma 
simples e compreender o que foi dito. Porém, se você disser isso em Libras, é preciso 
prestar atenção para que isso faça sentido.
Para começar, é preciso dizer onde está acontecendo a situação, como se você 
fosse desenhar a história, primeiro você iria desenhar a casa com telhado certo, ou 
seja, o OBJETO. Em seguida, quem está neste cenário, quem é o SUJEITO? Então, 
temos que colocar em nosso cenário o gato, que é o sujeito da nossa oração e, por 
último, vamos colocar a ação, o VERBO, neste caso subir.
Então em Libras, esta frase deve ser dita:
TELHADO → GAT@ → SUBIR
Utilizando o sistema Objeto(O) → Sujeito(S) → Verbo(V), você irá descrever a oração 
de forma clara e coerente, de fácil entendimento para o interlocutor, construindo um 
cenário e depois praticando a ação sobre o cenário construído, desta maneira, fica 
visualmente fácil de compreender a frase construída.
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Exemplos:
a) João comprou um carro. (Língua Portuguesa)
CARRO JOÃO COMPRAR. (Libras)
b) A menina comeu o tomate. (Língua Portuguesa)
TOMATE MENIN@ COMER. (Libras)
c) O homem lê um livro. (Língua Portuguesa)
LIVRO HOMEM LER. (Libras)
d) A menina caiu da cama. (Língua Portuguesa) 
CAMA MENINA CAIR. (Libras)
Observe o exemplo:
Fonte: Quadros e Karnopp (2004)
LIVRO EU PERDER
O S V
Aqui, entre outras dicas, Felipe Sabará explica com muita clareza o não uso dos 
conectivos na Libras e como formar frases.
10 coisas que todo iniciante deve saber sobre Libras - Parte 1 e 2 FELIPE SABARÁ 
https://www.youtube.com/watch?v=0ZPYDN-EsJA
https://www.youtube.com/watch?v=Wu8Bo0nBQSE
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Vocabulário Financeiro e Documentos Pessoais
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Fonte imagem: PEDROSA et al (2013)
TDD1
 Você já parou para pensar que até muito muito pouco tempo atrás, para o surdo 
se comunicar pelo telefone ele tinha que ter um aparelho TDD e a pessoa para quem 
ele ligaria também ou, caso a pessoa não tivesse o aparelho, ele tinha ao seu dispor 
uma telefonista que iria ler a mensagem digitada e falar para o ouvinte. Tudo mudou 
com a chegada do celular e das mensagens de texto! Antes do Whatssap, eram elas 
que auxiliavam os surdos na comunicação com seus familiares e amigos! Hoje, com 
as chamadas de vídeo, isso está ainda melhor! Salve a tecnologia!
1 Um dispositivo de telecomunicação para surdos (TDD, sigla em inglês) é aparelho normal que é acoplado à um aparelho de teletexto, 
caso o receptor não possua um aparelho igual, a pessoa com perda auditiva/ surdez retira o telefone do gancho, coloca no aparelho teletexto e 
dicas. Uma atendente então faz o serviço de intermediação entre um deficiente auditivo/surdo e uma pessoa ouvinte. https://www.direitodeouvir.
com.br/blog/telefones-para-deficientes-auditivos.
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Nesta atividade você terá que procurar uma curiosidade sobre o surdo! Está atividade 
será escrita. Nos surpreenda, vasculhe a internet a procura de uma curiosidade bem 
legal!
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CAPÍTULO 15
VOCABULÁRIOS ESPECÍFICOS: 
PARTES E OBJETOS DA CASA 
Natureza
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 Prato Portão 1 Portão 2
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 Janela 1 Janela 2 Porta
 
 
 
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 Cadeira Guarda roupa Gaveta
 
Fonte imagem: PEDROSA et al (2013)
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Natureza
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Chegamos ao fim do nosso curso! Foi um prazer ter vocês conosco! Espero que 
tenha se apaixonad@ pela Libras! Você conheceu o básico da língua de sinais, agora 
não pode parar de praticar. Continue conversando e estudando!! Há muito para você 
explorar. Siga em frente!
Para finalizar, faça um vídeo com a temática de sua escolha. Busque colocar o 
máximo de tudo que você aprendeu. Bom trabalho!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FELIPE, T. A. O discurso verbo-visual na língua brasileira de sinais – Libras. 
Bakhtiniana, São Paulo, 8 (2): 67-89, Jul./Dez. 2013. Disponível em : https://www.scielo.
br/j/bak/a/MJ378DGggYhnmTfCFzh6VRy/?format=pdf&lang=pt Acesso : 14/08/2021.
TEIXEIRA, Vanessa Gomes; LEITÃO, Catarina Modesto de Carvalho. Flexão verbal 
em libras e em língua portuguesa: análise contrastiva. Revista Philologus, Ano 19, N° 
55, p. 31-43. Rio de Janeiro: CiFEFiL, jan./abr.2013. Disponível em: http://www.filologia.
org.br/revista/55/003.pdf Acesso 07/2021.
https://www.scielo.br/j/bak/a/MJ378DGggYhnmTfCFzh6VRy/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/bak/a/MJ378DGggYhnmTfCFzh6VRy/?format=pdf&lang=pt
http://www.filologia.org.br/revista/55/003.pdf
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ANEXO
Charles Michel de l’Epée, o pai da educação pública para surdos
O clérigo francês utilizou seu patrimônio para integrar à sociedade pessoas com 
deficiência auditiva. Ele é reconhecido como “benfeitor da humanidade” pela Assembleia 
Nacional francesa.
ALBERTO LÓPEZ/ 24 NOV 2018 - 21:25 GMT-2
O clérigo francês Charles Michel de l’Épée é uma das figuras mais destacadas da 
história para as pessoas surdas. Embora ele não sofresse de deficiência auditiva, é 
considerado um membro ilustre dessa comunidade por ter contribuído decisivamente 
para o acessodos surdos à educação pública e gratuita através do uso da língua de 
sinais.
Filho de uma família rica e tão inteligente que se formou em Teologia aos 17 anos, 
De l’Épée desenvolveu, como pedagogo e logopedista, um método sistemático para 
ensinar pessoas com deficiência auditiva e um alfabeto manual, dando-lhe o nome 
https://brasil.elpais.com/autor/alberto-lopez-herrero/
https://brasil.elpais.com/acervo/2018-11-24/
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de Língua de Sinais Francesa, que foi adaptado para a Língua de Sinais Americana 
décadas depois de sua morte. Seu trabalho, seu altruísmo e sua generosidade com 
a própria riqueza familiar o transformaram em uma figura tão determinante que a 
comunidade de surdos da França realiza sua celebração anual mais importante na 
data de seu nascimento.
Charles Michel de l’Épée nasceu em 24 de novembro de 1712 em Versalhes. Filho 
de um arquiteto e no seio de uma família abastada, iniciou ainda na adolescência 
os estudos para ser sacerdote e, apesar de se formar em Teologia aos 17 anos, foi 
orientado por seu pai a cursar Direito, tornando-se advogado aos 21 anos. Desde 
criança ele praticava o alfabeto manual francês, uma espécie de língua de sinais com 
os dedos, que era muito difundida naquela época entre os estudantes e, sem dúvida, 
influiu na vocação que desenvolveu ao longo de sua vida.
Também estudou Filosofia e obteve um doutorado, mas seu sonho de ser ordenado 
padre foi interrompido devido às suas ideias progressistas: negaram-lhe este sacramento 
por não refutar em público a validade das ideias jansenistas, uma corrente católica 
muito popular na França nas primeiras décadas do século XVIII. Por esse motivo, 
recebeu apenas o título de abade, que permitia realizar alguns trabalhos religiosos, 
como ser tutor de crianças ou atender as famílias ricas como conselheiro espiritual.
De l’Épée orientou sua vocação religiosa para obras de caridade. Arrecadava dinheiro 
para ajudar os necessitados, embora grande parte do dinheiro para os projetos que 
empreendeu viesse de sua própria fortuna familiar. Pouco mais se sabe de sua vida 
e de suas obras de caridade até o ano de 1760, quando assumiu a responsabilidade 
de outro religioso amigo dele — falecido repentinamente em um dos subúrbios que 
visitava, o padre Vanin — de educar duas gêmeas surdas muito pobres, cuja formação 
espiritual estava a cargo de Vanin.
As pessoas com deficiência auditiva tinham naquela época poucas oportunidades 
de subir na vida e, certamente, nenhuma facilidade. As superstições e os preconceitos 
ainda estavam arraigados em muitas áreas da Europa Ocidental. Por exemplo, o filósofo 
grego Aristóteles escreveu no ano 355 a.C. que os surdos eram incapazes de raciocinar, 
algo que perdurou mais de um milênio como se fosse uma verdade absoluta. Felizmente, 
o médico Girolama Cardano realizou, em 1500, um estudo que demonstrou que os 
surdos eram, sim, capazes de raciocinar. Mesmo assim, em grande parte da Europa 
as pessoas surdas estavam sujeitas a decretos que as proibiam de se casar, possuir 
bens ou, em alguns casos, de ter acesso a uma mínima e elementar educação. Só os 
filhos surdos de famílias ricas podiam ler e escrever. Alguns até aprenderam a falar 
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graças a professores dedicados exclusivamente a isso, cujos métodos, considerados 
quase milagrosos, eram um segredo bem guardado.
Em Paris, a comunidade de pessoas surdas usava uma linguagem manual comum, 
e De l’Épée começou a ensinar as gêmeas utilizando sinais manuais que substituíam 
os sons do alfabeto. Os resultados foram excelentes e ele se convenceu de que era 
possível ensinar os surdos com uma linguagem de gestos. Ele resolveu então abrir 
uma instituição para receber outras crianças surdas e instruí-las ensinando religião. 
Assim, em 1755, com financiamento próprio, fundou a Institution Nationale dê Sourds-
Muets na capital francesa, enchendo suas salas de aula com menores surdos que ele 
mesmo recrutava por toda a cidade.
O verdadeiro avanço do clérigo na educação de surdos foi sua afirmação de que as 
pessoas surdas devem aprender visualmente o que os outros adquirem ao escutar, e 
seu método de ensino estabeleceu as bases para a educação sistemática de surdos. 
“Todos os surdos-mudos que recebemos já têm uma linguagem”, escreveu. “Têm o 
hábito de usá-la e compreendem as outras pessoas que a usam. Com ela expressam 
suas necessidades, desejos, dúvidas, dores, etc., e não cometem erros quando outros se 
expressam da mesma maneira. Queremos instruí-los e, portanto, ensinar-lhes francês. 
Qual é o método mais curto e fácil para que nos expressemos em sua linguagem? 
Ao adotar sua linguagem e fazer isso usando regras claras, não poderemos conduzir 
sua instrução como desejamos?”
De l’Épée adotou uma visão democrática da educação para os deficientes auditivos. 
Fez isso sempre praticando a caridade com a que se comprometeu quando quis ser 
padre e não o deixaram. Nunca quis enriquecer com seus métodos, nem mesmo quando 
entre seus alunos surdos havia gente das classes altas da Europa. Pelo contrário, 
empobreceu para ensinar crianças de todas as esferas da sociedade. Aumentou de 
maneira progressiva o número de alunos que recebia e divulgava seus avanços com 
exibições em sua própria casa: o religioso ditava uma oração a seus estudantes em 
sua linguagem de gestos e logo eles a transcreviam para o francês escrito. Em sua 
escola, os estudantes também aprendiam a falar recorrendo a métodos que já existiam 
e eram bem-sucedidos.
Mas essa pedagogia não estava isenta de grandes desafios. Um deles era a 
complexidade do próprio idioma francês, com as terminações das palavras e a ordem 
delas em uma oração. De l’Épée ideou uma série de sinais manuais para o final das 
palavras em francês e um vocabulário baseado nas raízes latinas das palavras. 
Esse sistema evoluiu para a Língua de Sinais Francesa (o que chamamos de sinais 
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metódicos), e seu sucesso foi tanto que suas façanhas educativas se estenderam de 
Paria para toda a França e daí, para a Europa.
O bispo de Bordéus, por exemplo, ao saber dos avanços dos estudantes que o abade 
tinha em Paris, enviou para lá um menino que acabaria sucedendo a De l’Épée após sua 
morte. Esse professor, transformado depois no abade Roch-Ambroise Sicard, fundou a 
segunda escola para surdos em Bordéus, em 1786. Em sua escola de Paris, o clérigo 
de Versalhes recebeu muitas pessoas de outros países europeus interessadas em 
sua atividade. Várias dessas pessoas retornaram depois para seus países de origem 
e fundaram neles escolas similares, o que deu o Charles Michl de l’Épée uma fama 
continental e expandiu seu método de ensino.
De l’Épée foi uma das primeiras pessoas a afirmar que os surdos eram cidadãos 
com plenos direitos na sociedade, de acordo com a Declaração dos Direitos do Homem 
e do Cidadão da França. Como ele escreveu em seu livro de 1784, La Véritable Manière 
d’Instruire les Sourds et Muets, Confirmée par une Longue Expérience (“o verdadeiro método 
de educar os surdos-mudos, confirmado por uma longa experiência”), “a religião e 
a humanidade me inspiram um interesse tão grande em uma classe de pessoas 
verdadeiramente destituídas que, embora sejam semelhantes a nós mesmos, reduzem-
se, por assim dizer, à condição de animais sempre que não se tenta resgatá-las da 
escuridão que as rodeia, por isso considero uma obrigação absoluta fazer todo o 
possível para libertá-las dessas sombras”.
Apesar de tudo que realizou, foi acusado de que seus alunos não faziam nada além 
de aprender de cor, sem ter compreensão da linguagem nem capacidade de construir 
orações por si mesmos. Com a tenacidade que o caracterizava, De l’Épée também 
demonstrou que seus detratores estavam equivocados, já que Clement de la Pujade, 
um de seus estudantessurdos, foi reconhecido por um discurso de cinco páginas em 
latim e por sua participação em um debate sobre a história do pensamento filosófico.
Sua fama ainda em vida foi tanta que Luís XVI apoiou financeiramente o instituto 
para surdos que ele dirigia, e até o imperador do Sacro Império Romano-Germânico 
José II visitou sua escola, chegando a oferecer uma abadia a L’Épée, que recusou a 
oferta. Entretanto, o imperador enviou um abade para aprender a técnica do francês, 
e na volta o enviado fundou uma instituição para surdos em Viena.
Charles Michel de l’Épée morreu quase na indigência em 23 de dezembro de 1789 em 
Paris. Apesar de sua fama, acabou arruinado por sua causa. Seus próprios estudantes 
contavam que morreu sem aquecimento em seu quarto para que eles pudessem ter 
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luz nos deles. Foi enterrado na igreja de Saint-Roch, em Paris, e em 1838 foi erguido 
um monumento de bronze sobre seu túmulo.
Pouco antes de sua morte, uma delegação de estudantes e representantes da 
recém-criada Assembleia Nacional da França o visitou. O órgão legislativo, estabelecido 
na esteira da Revolução Francesa naquele mesmo ano, comprometeu-se a dar 
prosseguimento a seu trabalho. Assim, a escola de l’Épée foi assumida formalmente 
pelo Governo francês em 1791, e permanece aberta hoje com o nome do Institut 
National de Jeunes Sourds de Paris. A Assembleia também declarou o abade um 
“benfeitor da humanidade” por sua contribuição à educação e ao desenvolvimento 
da comunidade surda.
Os métodos de trabalho do religioso De l’Épée continuaram dando frutos várias 
gerações de surdos depois de sua morte, com destacados intelectuais na França dos 
séculos XVIII e XIX. Essas conquistas serviram para dar à sua escola e à sua tradição 
de ensino o nome de “método francês”, segundo o qual a prioridade é a formação 
intelectual dos alunos através do desenvolvimento de habilidades de escrita e leitura. 
Charles Michel de l’Épée educou, instruiu e formou uma população abandonada que 
ninguém sabia como entender e ninguém queria atender.
 Disponível em HTTPS://BRASIL.ELPAIS.COM/BRASIL/2018/11/24/CULTURA/ 
1543042279_562860.HTML
Helen Keller 
Escritora e ativista social
Por Dilva Frazão
 
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/24/cultura/1543042279_562860.html
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Helen Keller
Helen Keller (1880-1968) foi uma escritora e ativista social norte-americana. Cega 
e surda formou-se em filosofia e lutou em defesa dos direitos sociais, em defesa das 
mulheres e das pessoas com deficiência. Foi a primeira pessoa cega e surda a entrar 
para uma instituição de ensino superior.
Helen Adams Keller nasceu em Tuscumbia, Noroeste do Alabama, Estados Unidos, 
no dia 27 de junho de 1880. Filha de um capitão aposentado e editor do jornal local, 
com 19 meses de idade contraiu uma doença desconhecida diagnosticada como 
febre cerebral, que a deixou cega e surda.
Como Helen aprendeu a ler
Depois da doença, Helen tornou-se uma criança difícil, gritava muito e tinha acessos 
de mau humor.
Em 3 de março de 1887, antes de completar sete anos de idade, passou a contar 
com a ajuda da professora Anne Sullivan, que foi contratada pela família e passou a 
morar em sua casa.
A professora, que aos cinco anos perdera parte da visão e aos dez ficou órfã de mãe, 
foi abandonada pelo pai e colocada em um albergue. Em 1886 graduou-se na Perkins 
School for the Blind, uma escola para cegos, e começou a procurar um emprego.
Com muito trabalho e paciência, a partir de abril de 1887, Anne consegue fazer Helen 
entender o significado das palavras que eram soletradas em sua mão, pela professora.
A primeira palavra foi água, que era soletrada em uma das mãos e sentida na outra, 
despertando o entendimento da palavra. Em um só dia Helen aprendeu trinta palavras.
Mais tarde, numa rápida assimilação ela aprendeu os alfabetos Braille e o manual, 
o que facilitou sua escrita e leitura.
Em 1890 Helen pediu a sua professora para aprender a falar. Foi matriculada no 
Institute Horace Mann para surdos, em Boston e em seguida na Escola Wright-Humason 
Oral School de Nova York, onde durante dois anos recebeu aulas de linguagem falada 
e de leitura labial.
Além de conseguir aprender a ler, escrever e falar, Helen estudou as disciplinas do 
currículo regular da escola.
Livro e trabalhos literários
Antes de se formar, Helen escreveu a autobiografia “A História de Minha Vida”, que 
foi publicada em 1902.
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Em sua árdua luta para se integrar à sociedade, escreveu uma série de artigos 
para o ‘Ladies Home Journal’. Em seus trabalhos literários, usava a máquina de 
datilografia de Braille preparando os artigos e depois os copiava na máquina de 
datilografia comum.
Ativista
Em 1904 graduou-se bacharel em Filosofia pelo Radcliffe College. Desenvolveu 
diversos trabalhos em favor das pessoas com deficiência, participou de campanhas 
pelo voto feminino e pelos direitos trabalhistas.
A partir de 1924, Helen foi nomeada membro e conselheira em relações nacionais e 
internacionais da ‘American Fundation for the Blind’, uma instituição para informações 
sobre a cegueira, fundada em 1921.
Em 1924 foi também o ano em que começou sua campanha para levantar verbas 
para a criação do “Fundo Helen Keller”.
A partir de 1946 deu início a uma série de viagens, visitou 35 países. Em 1952 foi 
nomeada “Cavaleiro da Legião de Honra da França”. Recebeu a “Ordem do Cruzeiro do 
Sul”, no Brasil, o Tesouro Sagrado, no Japão, o prêmio “Medalha de Ouro do Instituto 
Nacional de Ciências Sociais”, entre outros.
Helen Keller tornou-se membro honorário de sociedades científicas e organizações 
filantrópicas dos cinco continentes.
Helen Keller faleceu em Easton, Connecticut, Estados Unidos, no dia 1 de junho de 
1968. Nesse mesmo ano foi lançado o filme “O Milagre de Anne Sullivan”, um drama 
biográfico baseado no livro de Helen.
Frases de Helen Keller
• A vida é uma aventura ousada ou nada.
• As melhores e as mais lindas coisas do mundo não se podem ver nem tocar. 
Elas devem ser sentidas com o coração.
• Quando uma porta da felicidade se fecha, outra se abre, mas costumamos ficar 
olhando tanto tempo para a que se fechou que não vemos a que se abriu.
• Evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto se expor ao perigo. A 
vida é uma aventura ousada ou, então, não é vida.
 Disponível em HTTPS://WWW.EBIOGRAFIA.COM/HELEN_KELLER/ Última atualização: 
05/06/2020
ACESSO EM 20 DE MAIO DE 2021.
https://www.ebiografia.com/helen_keller/
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