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AULA 08 - INOVAÇÃO E SEUS IMPACTOS NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS CONTEMPORÂNEO

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EMPREENDEDORISMO 
E INOVAÇÃO
AULA 08 - INOVAÇÃO E SEUS IMPACTOS NO AMBIENTE DE 
NEGÓCIOS CONTEMPORÂNEO
ALEXANDRE ALVES
CURSO: PEDAGOGIA E GESTÃO DE RH 
DISCIPLINA: EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 
AULA 08 – INOVAÇÃO E SEUS IMPACTOS NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS CONTEMPORÂNEO 
 
SUMÁRIO 
 
01 – Primeiras Considerações........................................................................................................... 03 
02 – Inovação Incremental x Radical................................................................................................ 04 
03 – Tipos e Estratégias de Inovação............................................................................................... 06 
04 – Inovação no Ambiente de Negócios........................................................................................ 08 
05 – Conclusão...................................................................................................................................... 09 
06 – Referências Bibliográficas......................................................................................................... 10 
 
CURSO: PEDAGOGIA E GESTÃO DE RH 
DISCIPLINA: EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 
AULA 08 – INOVAÇÃO E SEUS IMPACTOS NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS CONTEMPORÂNEO 
 
 
3 
Alexandre Alves 
PRIMEIRAS CONSIDERAÇÕES 
É indispensável pensar como a humanidade evoluiu ao longo do tempo, uma vez que 
conforme o tempo passa, os seres humanos vão criando e modificando o meio em que vivem 
e as relações e conceitos de uma forma geral. Tratamos aqui do termo “evolução” em sentido 
mais genérico e simples, uma vez que desejamos apenas tratar de uma certa melhora ou avanço 
tecnológico nos produtos/serviços ao longo do tempo. Por outro lado, a Antropologia e as 
Ciências Sociais possuem definições mais complexas que tornariam difícil empregar o termo no 
sentido que estamos usando. Portanto, quando empregado, entenderemos “evolução” em 
sentido genérico, como melhora de bens e serviços. Nessa escalada evolutiva, merece destaque 
as chamadas Revoluções Industriais, eventos contínuos que trouxeram novas formas de produzir, 
novos produtos e novas relações de trabalho. 
Apenas a título de recordação, a Primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra por 
volta de 1760 e marca a mudança na manufatura para a maquinofatura, introduzindo o maquinário 
e revolucionando a forma de produzir. Inicialmente, a indústria têxtil foi a mais beneficiada, 
ganhando em produtividade. A Segunda Revolução Industrial, iniciada por volta de 1850 ocorreu 
principalmente nos Estados Unidos e Alemanha e levou a substituição do carvão e máquina a 
vapor pela eletricidade e petróleo. As indústrias elétrica, química e automobilísticas são os 
destaques nesse momento. Por fim, a Terceira Revolução Industrial, iniciada após os anos de 
1945 é chamada de técnico-científica e está ocorrendo até os dias atuais. Destaque a robótica, a 
engenharia genética e as telecomunicações. (SOUSA, 2022) 
É nesse cenário de Terceira Revolução Industrial e de mudanças significativas nas 
comunicações e nas relações sociais, além das mudanças tecnológicas cada vez mais rápidas 
que encontramos um ambiente organizacional propício para a inovação. Como sabemos das 
aulas anteriores, a inovação faz parte do empreendedorismo, uma vez que o empreendedor 
precisa reconhecer no mercado a oportunidade para inserir um novo produto ou serviço. O 
produto pode ser totalmente novo e inovador, o que geralmente traz maiores resultados, ou algo 
já existente, mas melhorado ou adaptado para uma nova realidade. Entenderemos melhor. 
Grosso modo e do ponto de vista organizacional, podemos entender a Inovação como 
sendo a ação voltada para criação de produtos ou serviços (ALMEIDA E ALEIXO, 2020). Esses 
produtos ou serviços podem ser totalmente novos e inexistentes no mercado (Como a empresa 
SpaceX do bilionário Elon Musk, que iniciou as viagens espaciais com finalidade turística) ou 
avanços/melhoras em produtos já existentes (Como o Nubank com as contas digitais facilitadas). 
Podemos encontrar uma definição mais completa de Inovação em Myers e Marquis apud 
Trott (2012) que define Inovação como o processo integrado que envolve ações relacionadas 
a concepção de ideias novas, dispositivos novos e desenvolvimento de novos mercados. A 
partir desta definição é possível perceber como a Inovação é importante para o mundo de 
negócios contemporâneo. Não por acaso, esse assunto é sempre comentado nas Universidades 
em praticamente todos os cursos. Uma vez que, como vimos, a diversidade é fator preponderante 
para a inovação. Além disso, para o mercado de trabalho, o pensamento inovador é sempre 
buscado nos colaboradores. O caso do intraempreendedorismo (Aula 02). 
CURSO: PEDAGOGIA E GESTÃO DE RH 
DISCIPLINA: EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 
AULA 08 – INOVAÇÃO E SEUS IMPACTOS NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS CONTEMPORÂNEO 
 
 
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Alexandre Alves 
Por fim, vale apresentar mais uma definição para o termo Inovação, sendo esta a 
apresentada por ALMEIDA E ALEIXO (2020) “Inovação é a combinação de conhecimentos, 
tecnologias e esforços humanos que são traduzidos em novos produtos, serviços, processos 
e tipos de negócio desenvolvidos com o intuito de obter sucesso em seus fins comerciais e 
de aceitação pelo mercado.” 
Antes de prosseguir, cabe destacar a diferença entre Inovação e Invenção, uma vez que 
essa confusão é muito comum. Como já destacamos o conceito de inovação, em especial sua 
importância para o mundo dos negócios está relacionada com a criação de algo novo ou melhora 
de algo existente para que seja absorvido pelo mercado. Invenção, por outra lado, é 
basicamente a criação de algo totalmente novo, sendo um requisito para solicitação de 
patentes. A inovação pode ser vista como o uso comercial da invenção, contudo, essa afirmação 
é apenas um complemento para a definição já apresentada. Por exemplo, a tela sensível ao toque 
foi INVENTADA na Inglaterra nos anos 60. Contudo, ganhou caráter de INOVAÇÃO ao ser aplicada 
em dispositivos destinados a venda para o grande público na década de 80. 
Outro exemplo nesse sentido, é a internet. Inventada nos Estados Unidos durante os anos 
de Guerra Fria, tinha como finalidade conectar os diversos computadores militares para que a 
rede pudesse continuar funcionando mesmo em caso de um bombardeio. No entanto, seu uso 
comercial só teve início a partir dos anos 1980. Portanto, podemos dizer que a internet foi 
INVENTADA em 1960, contudo, só ganhou caráter de INOVAÇÃO nos anos 80. 
Ainda no que tange à inovação, foi Schumpeter que primeiro teorizou sobre o assunto, 
ressaltando a relevância para a economia capitalista. Para o Economista, a criação de novos 
produtos e serviços era capaz de eliminar seus pares anteriores. Esse processo ele chamou de 
Destruição Criativa. Tal evento acirra a disputa e concorrência entre as empresas e favorece a 
economia, além de impulsionar o desenvolvimento. Esse conceito já foi trabalhado na Aula 01, 
quando introduzimos o conceito de Empreendedorismo. 
 
INOVAÇÃO INCREMENTAL X RADICAL 
Uma das divisões mais comuns realizadas quando se estuda a inovação é distinção da 
Inovação Incremental para a Inovação Radical. Vamos ver suas particularidades. 
Inovação Incremental é aquela cujo foco está no desenvolvimento contínuo de 
produtos, serviços e/ou processos. Esse tipo de inovação é caracterizado pelas mudanças 
pequenas e sutis que aperfeiçoam o produto de forma a melhorar sua aceitação pelo mercado 
consumidor. São pequenos progressos e modificações realizados de forma justificada e embasada 
com o intuito de torná-lo o melhor possível para o seu público-alvo. Quem trabalha com Inovação 
Incremental sabe que não é uma boa ideia fazer modificações extremas nos produtos ou serviços, 
uma vez que isso pode causar estranheza no mercado já conquistado e reduzir de forma 
significativa os resultados. As origens das mudançaspodem ser as mais diversas, desde uma 
pesquisa, observação de colaboradores a sugestões ou reclamações de clientes. 
 
CURSO: PEDAGOGIA E GESTÃO DE RH 
DISCIPLINA: EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 
AULA 08 – INOVAÇÃO E SEUS IMPACTOS NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS CONTEMPORÂNEO 
 
 
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Alexandre Alves 
(A Inovação Incremental) “utiliza a tecnologia corrente no mercado para fortalecer as 
competências. Esse tipo de inovação gera valor através do efeito acumulativo e através da 
criação de versatilidade (CALIA et al, 2007; p. 427). Por exemplo, evolução do CD comum para 
CD duplo, com capacidade de armazenar o dobro de faixas musicais.” 
(NIRAZAWA et al, 2015, p. 8) 
 
Cabe ressaltar ainda que a Inovação Incremental normalmente não traz grandes 
aumentos nas receitas obtidas com o produto ou serviço, uma vez que são mudanças sutis. Por 
outro lado, esse tipo de inovação é mais acessível às pequenas empresas, já que não costumam 
demandar uma grande quantidade de recursos financeiros a serem aplicadas em pesquisa e 
desenvolvimento. Esse tipo de inovação é muito presente, toda vez que uma empresa busca 
coletar informações (feedback) de clientes que consumiram seus produtos e/ou serviços, estão 
em busca de identificar falhas ou desejos não atendidos para que possam pouco a pouco 
aprimorar seus produtos. 
Diferentemente da Inovação Incremental que faz modificações sutis, a Inovação radical 
ou disruptiva é caracterizada pela criação de produtos, serviços, processos ou mesmo 
negócios e segmentos de mercado totalmente inéditos. Como pode-se perceber, esse tipo de 
inovação é menos acessível para as pequenas empresas, isto porque, normalmente é necessária 
uma grande quantia financeira a ser investida em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para criação 
de produtos novos. Esse tipo de inovação costuma mudar radicalmente o status quo e criar novos 
comportamentos ou modificar radicalmente os existentes. Dado essa característica disruptiva, os 
resultados financeiros gerados por esse tipo de inovação são muito maiores que aqueles gerados 
pela Inovação Incremental. 
 
(A Inovação Disruptiva se trata de) “começar em um mercado limitado, depois da melhora de 
tecnologia, eles substituem a tecnologia corrente e simplifica o produto e a preposição de valor” 
(CALIA et al, 2007; p. 427) Como por exemplo, evolução do CD de música para os arquivos digitais 
em MP3.” (NIRAZAWA et al, 2015, p. 8) 
 
 Balestrin e Verschoore (2016) incluir duas importantes dimensões à análise da 
Inovação Incremental e Disruptiva, a dimensão “Componente” e a dimensão “Sistêmico”. Para 
esses autores, quando a inovação ocorre em bens, produtos e serviços, este estará relacionado a 
dimensão “Componente”. Por outro lado, quando o fato inovador estiver relacionado a gestão do 
empreendimento, este estará ligado a dimensão “Sistêmico”. Partindo desta análise, os autores 
concluíram que existem quatro modos de inovação: a melhoria contínua, a melhoria contínua de 
processos de negócios, a inovação não-linear e a inovação de conceitos de negócios. 
 Podemos assim, estabelecer a seguinte relação: Quando a inovação for radical e ligada a 
dimensão componente, estaremos tratando de uma Inovação Não-Linear. Quando a inovação for 
radical e ligada a dimensão sistêmico, estaremos tratando de uma Inovação de Conceitos de 
Negócios. Por outro lado, quando a inovação for incremental e ligada a dimensão componente, 
estaremos tratando de uma Melhora Contínua. Por fim, quando a inovação for incremental e 
ligada a dimensão sistêmico, estaremos tratando de uma Melhoria de Processos de Negócio. 
CURSO: PEDAGOGIA E GESTÃO DE RH 
DISCIPLINA: EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 
AULA 08 – INOVAÇÃO E SEUS IMPACTOS NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS CONTEMPORÂNEO 
 
 
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Alexandre Alves 
 
IMAGEM 01 – Tipos de Inovação segundo Balestrin e Verschoore (2016). Perceba que os quatro tipos de 
inovação têm origem na relação entre a Inovação Radical e Incremental com as dimensões Componente e 
Sistêmico. Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
 O diagrama acima permite compreender facilmente a teoria explicada nos parágrafos 
anteriores. Basta cruzar os dados para que se entenda de que tipo de inovação estamos tratando. 
Perceba que o eixo X possui as dimensões “Componente” e “Sistêmico”, já o eixo Y possui as 
formas de inovação, “Incremental” e “Disruptiva”. Cruzando os dados, temos os quatro tipos de 
inovação conforme Balestrin e Verschoore (2016). 
 
TIPOS E ESTRATÉGIAS DE INOVAÇÃO 
 É importante ressaltar que a divisão entre Inovação Incremental e Inovação Disruptiva é a 
mais famosa e mais comentada em cursos introdutórios de Empreendedorismo e Inovação. 
Contudo, essa divisão didática não é a única possível, existindo diversas classificações a depender 
do autor em questão. Porém, como estamos em uma disciplina introdutória e para alunos de 
cursos distintos, vamos apresentar apenas mais uma classificação. 
 Antes, no entanto, é interessante apresentar mais uma definição para o conceito de 
Inovação. Desta vez, a fonte é o famoso Manual de Oslo. Criado pela OCDE – Organização para 
Cooperação e Desenvolvimento Econômico em 1995, o Manual de Oslo é a principal fonte 
internacional de diretrizes para coleta e uso de dados sobre atividades inovadoras da indústria. 
Segundo o Manual, inovação pode ser descrito como a implementação de um novo ou 
relevante recurso para a empresa, podendo ser um produto, processo, marketing e método; 
com o intuito de reafirmar uma posição competitiva, além de aumento de conhecimento. De 
acordo com esse conceito, podemos afirmar que existem quatro tipos de Inovação: Inovação de 
Produto, Inovação de Processo, Inovação de Marketing e Inovação Organizacional. Veremos cada 
uma delas na tabela logo abaixo. 
CURSO: PEDAGOGIA E GESTÃO DE RH 
DISCIPLINA: EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 
AULA 08 – INOVAÇÃO E SEUS IMPACTOS NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS CONTEMPORÂNEO 
 
 
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Alexandre Alves 
Tabela 1 – Tipos de Inovação segundo o Manual de Oslo (2005) 
Tipo de Inovação Definição / Características 
Inovação de Produto Uma inovação de produto é a introdução de um bem ou serviço 
novo ou significativamente melhorado no que concerne a suas 
características ou usos previstos. Incluem-se melhoramentos 
significativos em especificações técnicas, componentes e 
materiais, softwares incorporados, facilidade de uso ou outras 
características funcionais. (Manual de Oslo. 2005, p. 57) 
Inovação de Processo Uma inovação de processo é a implementação de um método 
de produção ou distribuição novo ou significativamente 
melhorado. Incluem-se mudanças significativas em técnicas, 
equipamentos e/ou softwares. (Manual de Oslo. 2005, p. 58) 
Inovação de Marketing Uma inovação de marketing é a implementação de um novo 
método de marketing com mudanças significativas na 
concepção do produto ou em sua embalagem, no 
posicionamento do produto, em sua promoção ou na fixação 
de preços. (Manual de Oslo. 2005, p. 59) 
Inovação Organizacional Uma inovação organizacional é a implementação de um novo 
método organizacional nas práticas de negócios da empresa, 
na organização do seu local de trabalho ou em suas relações 
externas. (Manual de Oslo. 2005, p. 61) 
 
 O Manual de Oslo é uma das mais importantes publicações sobre Inovação disponível, 
sendo um documento internacional bastante consultado. O aluno pode acessar o manual na 
íntegra através do link a seguir: 
 http://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/manualoslo.pdf 
 Por fim, no que tange às estratégias de inovação, podemos dizer que existem 
basicamente duas: Inovação Aberta e Inovação Fechada. A primeira considera que as empresas 
vão buscar a sua tecnologia em várias fontes, promovendo a eficiência através de parcerias que 
trazem resultado. A segunda, por sua vez, emprega a estratégia de contratar o pessoal qualificado 
para a pesquisa e desenvolvimento. Esse tipo de estratégia parte do princípio quedeve ser a 
própria empresa a desenvolver os seus novos produtos e serviços e ser a primeira a fazê-los 
chegar ao mercado. (NIRAZAWA et al, 2015, p. 9) 
 
http://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/manualoslo.pdf
CURSO: PEDAGOGIA E GESTÃO DE RH 
DISCIPLINA: EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 
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Alexandre Alves 
INOVAÇÃO NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS 
 Atualmente muitas empresas atuam tendo a inovação como norte estratégico de seus 
negócios. Tais empreendimentos direcionam esforços e recursos buscando alcançar vantagem 
competitiva em um mercado cada vez mais acirrado. A inovação, nessa perspectiva, passa a ser 
um objetivo da empresa que através desta busca se diferenciar de seus pares concorrentes e 
conquistar uma fatia cada vez maior do mercado. Perceba que não só as empresas grandes estão 
atrás desta diferenciação, cada vez mais os pequenos negócios estão buscando, na inovação, uma 
vantagem frente aos concorrentes, sobretudo os locais. 
 Essa afirmação justifica as empresas que investem pesado na criação de ambientes de 
fato inovadores. Tais negócios criam uma cultura organizacional voltadas para a inovação, 
adotando estratégias voltadas para esse objetivo. Nesse sentido, podemos dizer, grosso modo, 
que existem três formas estratégicas de inovação, cada qual com suas possibilidades. As três 
formas são Inovação Interna, Aliança e Cooperação e Inovação por Aquisição. As 
possibilidades que cada forma oferece pode ser visualizada no infográfico abaixo. 
 
IMAGEM 02 – Formas Estratégicas de Inovação e suas diversas possibilidades. Perceba que as 
possibilidades apresentadas são apenas alguns exemplos, pois não esgotam todas as existentes. 
Diagrama criado com base em Almeida e Aleixo (2020) apud Trott (2012). Elaborado pelo autor. 
 
 Basicamente, a Inovação Interna está voltada para o uso da própria estrutura 
organizacional para se chegar à inovação. As pesquisas realizadas pelas empresas farmacêuticas 
durante a pandemia COVID 19 são um exemplo real. Estes empreendimentos direcionaram seus 
recursos internos para inovar na criação de uma vacina naquele momento inexistente. Aliança e 
Cooperação parte da ideia de parceria entre duas empresas, empresa e governo, empresa e 
universidade etc. A parceria da Petrobrás com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no 
campo da pesquisa é um exemplo. Por fim, a Inovação por Aquisição está associada a ideia de 
comprar uma patente ou mesmo outra empresa com vistas à inovação no mercado. 
CURSO: PEDAGOGIA E GESTÃO DE RH 
DISCIPLINA: EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 
AULA 08 – INOVAÇÃO E SEUS IMPACTOS NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS CONTEMPORÂNEO 
 
 
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Alexandre Alves 
 O estímulo à inovação no ambiente de trabalho parte da noção que boas ideias tendem a 
surgir em ambientes estimulantes, além de ser um potencializador do chamado 
intraempreendedorismo (ver aula 02). Nesse sentido, as empresas veem investindo cada vez mais 
na busca de espaços e colaboradores capazes de contribuir com a política de inovação da empresa. 
 A inovação traz resultados não apenas no ambiente empresarial, mas também no 
âmbito social (empreendedorismo social). Isto porque, através da inovação é possível que 
surjam soluções interessantes para resolver demandas latentes da sociedade, como água 
encanada e oferta de alimentos para famílias mais pobres. Ou seja, a inovação social é capaz de 
oferecer respostas inéditas a problemas antigos da sociedade. Cada vez mais atores sociais 
buscam a inovação nesse campo, objetivando não o lucro, mas uma melhora da vida de parcela 
significativa da população. 
 
CONCLUSÃO 
 Por fim, para concluir a presente aula, é necessário apenas destacar a importância de se 
mensurar a inovação no âmbito organizacional e utilizar dessa métrica como uma ferramenta 
gerencial objetivando resultados cada vez melhores. A inovação, em suas várias nuances, pode 
ser mensurada de forma quantitativa e qualitativa, possibilitando uma compreensão ampla sobre 
o ambiente organizacional. Essas métricas são capazes de dizer à equipe diretiva qual o perfil 
inovador daquela organização, quanto tempo em média demora para que o acúmulo de 
conhecimento permita o surgimento de algo inovador, além de uma análise mais assertiva quanto 
ao investimento e retorno esperado para o mesmo. 
 Como se pode perceber, os conceitos de empreendedorismo e inovação estão bem 
relacionados, sendo que um possui ampla ligação com o outro. Nesta disciplina, buscou-se dar 
ênfase ao empreendedorismo, uma vez que são assuntos mais cobrados pelos estudantes e de 
maior interesse, sobretudo daqueles que objetivam um dia abrirem seus próprios negócios, sejam 
eles pequenos, médios ou grandes empreendimentos. Além disso, questões de 
empreendedorismo são mais comuns em concursos públicos e abrem uma ampla gama de 
possibilidades para os alunos da disciplina. 
 
CURSO: PEDAGOGIA E GESTÃO DE RH 
DISCIPLINA: EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 
AULA 08 – INOVAÇÃO E SEUS IMPACTOS NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS CONTEMPORÂNEO 
 
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Alexandre Alves 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALMEIDA, Eder Gonçalves de. ALEIXO, Tayra Carolina Nascimento. Empreendedorismo e Inovação. 
Londrina: Educacional SA, 2020. 
ARAGÃO, Ronara. “Afinal, Inovação e Invenção é a mesma coisa”; Senai CE. Disponível em: 
https://www.senai-ce.org.br/blog/afinal-inovacao-e-invencao-sao-a-mesma-
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Acesso em 25 de junho de 2022. 
BAGGIO, Adelar Francisco. BAGGIO, Daniel Knebel. Empreendedorismo: Conceitos e Definições. Revista 
de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, p. 25-38, 2014. 
BALESTRIN, A.; VERSCHOORE, J. Redes de cooperação empresarial: estratégias de gestão na nova 
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CALIA R.C., CARMO M., FAÇANHA, S.L.O. MOURA, G.L. (2007). Aprendizado em redes e processo de 
inovação dentro de uma empresa: o caso Mextra. Revista de Administração de Empresas. v.7 n.1, Art. 5 
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. 
Empreendedorismo e viabilização de novas empresas. Um guia eficiente para iniciar e tocar seu próprio 
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coleta e interpretação de dados sobre inovação. 3 ed. Paris: OCDE, 2005. Disponível em: 
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LONGENECKER, J. G. et al. Administração de pequenas empresas: lançando e desenvolvendo iniciativas 
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SOUSA, Rafaela. "Segunda Revolução Industrial"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/segunda-revolucao-industrial.htm. Acesso em 26 de junho de 
2022. 
 
 
 
 
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https://www.senai-ce.org.br/blog/afinal-inovacao-e-invencao-sao-a-mesma-coisa/#:~:text=Invenção%20tem%20a%20proposta%20de,pelo%20mercado%20e%20gere%20negócio
http://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/manualoslo.pdf
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/segunda-revolucao-industrial.htm

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