Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E FARMACOLOGIA BACHARELADO EM ODONTOLOGIA FARMACOLOGIA PARA ODONTOLOGIA LUIS GUSTAVO ROCHA DOS SANTOS RELATÓRIO: BLOQUEADORES COLINÉRGICOS - CURARE Teresina - Piauí Abril de 2022 LUIS GUSTAVO ROCHA DOS SANTOS RELATÓRIO: BLOQUEADORES COLINÉRGICOS - CURARE Relatório de Bloqueadores Colinérgicos-Curare, elaborado pelo aluno Luis Gustavo Rocha dos Santos com o intuito de complementar a segunda avaliação da disciplina de Farmacologia para Odontologia. Professora: DRª MARIA ZENAIDE DE LIMA CHAGAS MORENO FERNANDES TERESINA - PIAUÍ ABRIL DE 2022 SUMÁRIO 0.1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................4 0.2 OBJETIVO ………………………………..………....................................................5 0.3 METODOLOGIA …………………………...............................................................6 0.4 RESULTADO E DISCUSSÃO ……….……..………………....................................7 0.5 CONCLUSÃO …………………………………..…………..….….............................8 0.6 REFERÊNCIAS ………………………………………..............................................9 1- INTRODUÇÃO Curare é o termo genérico que se remete à mistura de alcalóides que são naturalmente encontrados em plantas variadas da América do Sul. Por séculos, foi utilizado como veneno nas flechas por indígenas que viviam ao longo das margens dos rios Amazonas e Orenoco, na intenção de imobilizar animais para alimentação. Como a absorção oral é baixa, era seguro comer esses animais, mesmo sendo envenenados por curare. Nessa mistura, muitas substâncias têm atividade bloqueadora neuromuscular, sendo a mais importante d-tubocurarina. Embora atualmente seja raramente empregada, foi o primeiro bloqueador neuromuscular de uso clínico. Logo após, surgiram vários agentes sintéticos e semissintéticos com propriedades similares. Os bloqueadores neuromusculares periféricos são compostos quaternários que atuam em receptores colinérgicos nicotínicos da junção neuromuscular, causando relaxamento muscular. Não tem propriedade analgésica ou amnésica. A manutenção da consciência durante cirurgias ou em unidades de cuidados intensivos tem sido descrita em inúmeras publicações. São classificados, de acordo com seu mecanismo de ação, em dois tipos: 1- Agentes não competitivos ou despolarizantes: Tem estrutura semelhante à da acetilcolina. Ligam-se aos receptores colinérgicos nicotínicos e os ativam. Determinam despolarização inicial da placa motora e, após, bloqueiam a ligação da acetilcolina ao receptor. Suxametônio é o único agente em uso clínico. 2- Agentes competitivos ou não despolarizantes: Também se ligam àqueles receptores, mas não os ativam. São antagonistas competitivos e impedem a despolarização. São representados por d-tubocurarina, pancurônio, rocurônio, cisatracúrio e vecurônio. 0.2 OBJETIVO Relacionar as vias de administração curare e suas características de absorção, com início, intensidade, e duração do efeito, utilizando uma mesma dose e espécie animal. Assim, entender como são realizadas as soluções e obtenção dos resultados por ação de um fármaco demonstrando o bloqueio por competição/estabilização e por despolarização através da ação de fármacos bloqueadores neuromusculares. 0.3 METODOLOGIA 3.1 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS - Reprodução de experiência de Claude Bernard; Inicialmente foi observado na parte posterior da coxa de uma Rã o nervo ciático e a artéria que oferece a vascularização da pata, no qual ambos são separados. Ademais, são isolados, para registrar as contrações do músculo gastrocnêmio. - Método experimental com a Rã; Seleciona-se uma rã com seus nervos postos, onde foram colocados estimuladores eletrodos, que estão conectados a estimuladores eletrônicos, e permitem excitar eletricamente o nervo ciático. os tendões dos músculos gastrocnêmios de ambas as patas foram seccionadas e o coto proximal foi conectado a transdutores de força que vão permitir registrar a contração muscular desses músculos. Na coxa direita, foi feita a semelhança da experiência de Claude Bernard, uma ligadura em massa de forma a impedir a circulação sanguínea para a extremidade distal da pata esquerda. Nessas condições , estimula-se ainda os nervos ciáticos simultaneamente, de ambas as patas, e isso vai produzir contrações de toda a musculatura da extremidade distal da pata, que registra-se especificamente através da contração dos músculos gastrocnêmios. OBS 1: A cada estimulação feita, ocorre uma contração da musculatura de ambas as patas, servindo de medida da força da contração muscular e medida da ação curarizante. 0.4 RESULTADO E DISCUSSÃO - Aplicação do Curare no saco linfático dorsal; Passados alguns minutos da aplicação, foi realizada a repetição da estimulação indireta, que é a estimulação através do nervo motor. OBS 2: Sobre a ação do curare, somente o gastrocnêmio da pata direita se contrai até a transmissão neuromuscular do músculo gastrocnêmio. Esse músculo se contrai, enquanto que na pata esquerda não ocorre nenhuma contração muscular. O resultado dessa prática pode ser visto num traçado de linhas, onde cada uma corresponde ao registro de uma contração muscular do gastrocnêmio, na qual as contrações foram provocadas por estímulos indiretos através do nervo motor. Após a injeção do curare, tem-se uma diminuição progressiva da força muscular na pata esquerda que não tinha ligadura, enquanto que na pata direita que estava com a ligadura foi observado que a contração muscular produzida por estímulos indiretos, não era afetada. Portanto, através deste experimento foi possível observar a demonstração da ação do curare ocorrendo numa estrutura existente entre a fibra muscular e a terminação nervosa motora. 0.5 CONCLUSÃO Pode-se concluir que, existem etapas importantes da transmissão neuromuscular, que são: excitabilidade do nervo motor, liberação de acetilcolina, difusão da acetilcolina, combinação da acetilcolina com receptor colinérgico, correntes de placa motora, potencial de ação muscular que por sua vez leva a contração muscular. A partir disso, pode-se apresentar substâncias que vão causar relaxamento muscular ou bloqueio neuromuscular, impedindo a liberação da transmissão. Portanto, essa combinação pode resultar em etapas específicas que mostram a ação do curare na membrana pós-sináptica. 0.6 REFERÊNCIAS AZEVEDO, M. G . P .de. ADMINISTRAÇÃO MEDICAMENTOSA : VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS DIFERENTES VIAS. REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA, São Paulo, n. 20 jan. 2013. GOLAN, D.E.TASHJIAN, A. H. ; ARMSTRONG , A. W. Princípios de Farmacologia: a base fisiopatológica da farmacoterapia. Ed. 3. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.