Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1) Ferramentas que trabalhamos no semestre (liberalismo, cidadania, cidadão) Tópicos importantes: -‐ cidadão à elites letradas -‐ liberalismo político = idéia aparece no final do império (com a republica). Antes era só liberalismo econômico. Textos: -‐ “O liberalismo europeu: antecedentes” – Harold Laski -‐ o autor afirma que o liberalismo pregava um mercado mundial, e que, portanto, ia contra o pacto colonial. -‐ Pregava também limitar a intervenção politica. -‐ Afirma que o liberalismo sempre protegeu uma minoria (proprietários). -‐ Consolidação do liberalismo é uma consolidação do capitalismo. -‐ “Cidadania, confiança e instituições democráticas” = José Álvaro de Moises -‐ autor ressalta a ligação entre a cidadania e a confiança da população nas instituições democráticas. -‐ “Cidadania: tipos e percursos” – José Murilo de Carvalho 2) Interiorização da metrópole à Estado e ordem jurídica centralizados. Tópicos importantes: -‐ Estudo de como ocorreu a interiorização. -‐ Brasil como solução à Portugal à consolidação do estado brasileiro como meio de controle de estabilidade (evitar as revoltas, etc) e de evitar a fragmentação do Brasil para seu potencial econômico ser utilizado ao máximo. -‐ Fatores que contribuíram para a interiorização: 1-‐ Atividade comercial (infraestrutura) 2-‐ Ordem jurídica 3-‐ Aparelhos ideológicos 4-‐ São Francisco (grade curricular – ex.: direito comercial) Textos: -‐ “A geração de 1790 e a idéia do império luso-‐brasileiro” -‐ Trata dos aparelhos ideológicos: -‐ Elite vê o liberalismo como “desequilíbrio e instabilidade”, pois o associa à revolta do Haiti, às inconfidências, etc.. Queriam manter certas estruturas econômicas, politicas e sociais vigentes, “filtrando” o liberalismo. -‐ Trata do Brasil como solução para Portugal: -‐ Muitos criticavam o pacto colonial pois ia contra o liberalismo. -‐ Evitar que o Brasil se fragmente por causa do desequilíbrio interno. -‐ Brasil como solução para o Brasil: se tornou Estado autônomo de Portugal. -‐ “A interiorização da metrópole” -‐ Interiorização é um enfraquecimento dos poderes regionais com os avanços econômicos e os investimentos em infraestrutura por parte do governo. -‐ A identidade nacional nasceu como identidade politica através da centralização e não como identidade cultural ou ideológica. A identidade cultural e ideologia no Brasil era entre grupos específicos. -‐ “Os pródomos da independência” -‐ A produção no Brasil era feita em autarquias (“reinos” autossuficientes) o que fazia com que a produção não fosse voltada para o mercado interno. -‐ A interiorização gerou um maior dinamismo, o que obrigou que a produção fosse mais voltada para o mercado interno. -‐ Um problema para a interiorização eram as elites latifundiárias. O problema foi resolvido com a incorporação delas ao governo através de concessão de títulos, etc. -‐ “Observacoes sobre o comercio franco no Brasil” – Visconde de Caiuru -‐ Trata da ordem jurídica: -‐ O autor defendia a liberdade de comercio e a liberdade de indústria. Tais liberdades são promovidas através de medidas legislativas, que promovem, ao mesmo tempo, a centralização política. -‐ O Estado também ganha funções administrativas: financiar o desenvolvimento econômico no Brasil. -‐ * “Projetos para o Brasil” – José Bonifácio -‐ Primeiro autor realmente liberal. -‐ Defende a miscigenação entre as etnias para que haja uma maior identidade física e cultural no Brasil. -‐ Defende o abolicionismo e a necessidade de incluir os escravos na sociedade, pois julga incompatível com a ideia de Estado soberano (pois estão à margem da lei e não fazem parte deste Estado) e com a ideia de liberdade de indústria (questão da mão de obra). -‐ Defende a instauração de uma Monarquia Constitucional (governo) e democrática (Estado). -‐ Defende um governo de leis e não de homens. Obs.: Bonifácio se preocupa mais com a estrutura do Estado, enquanto Cauiru se preocupa mais com a nação e sua criação. Bonifácio entende melhor a completude do assunto, ve a necessidade de separar Estado e Governo, etc. Cauiru se preocupa mais em defender as liberdades (de expressão, principalmente). -‐ * “Elites brasileiras” – José Murilo de Carvalho -‐ Elite: é ser letrado, alfabetizado, possuir boa formação, e não somente relacionado às condições econômicas. -‐ Coimbra: era aonde se estudava pois a metrópole não permitia universidades no Brasil (manter laços ideológicos com o Brasil). Assim, o surgimento da SanFran foi fundamental para a interiorização da metrópole. Apesar disso, de inicio, servia como um meio de homogeneizar a ideologia (manter igual a de Portugal) e ganhar poder político (poder politico = estudo). -‐ Importância para a interiorização: todos os cargos públicos eram exercidos por pessoas com a mesma formação e, portanto, mesmas ideologias de governo. 3) Organização do Estado Nacional à como se governa e não como se consolida (temas anteriores). Tópicos importantes: -‐ Dois grandes debates quanto à organização: 1) Debate acerca da divisão espacial do poder à deve estar concentrado/centralizado ou não? Como se distribui o poder? – foca na administração. (textos de Visconde de Uruguay e Tavares Bastos) 2) Debate acerca da separação dos poderes com o critério funcional e não espacial. (texto de Pimenta Bueno) Textos: -‐ “Centralização e descentralização” – Visconde de Uruguay -‐ Tendências centralizadoras. -‐ Autor apresenta vantagens da centralização e desvantagens da centralização excessiva. -‐ Centralização:é uma unidade de acao, que corresponde a uma unidade de poder, onde há uma subordinação das autoridades locais à autoridade central e aonde ocorre uma centralização também das opiniões. -‐ Defende que a centralização politica e legislativa é essencial para os países. -‐ Criterio funcional (administrativo): não é ferrenho defensor da centralização administrativa, pois afirma que depende das circunstancias e peculiaridades de cada país. à deve haver uma combinação entre centralização e descentralização. -‐ Defende que ao poder provincial caberia as questões locais do ponto de vista administrativo. -‐ José Tavares de Bastos -‐ Tendências descentralizadoras. -‐ Defende o Federalismo: ao contrario de Uruguay que defende a descentralização administrativa, Bastos defende o Federalismo, onde há uma atribuição de competências para cada nível (federal, estadual), não havendo hierarquia entre lei federal, estadual, municipal. -‐ Pimenta Bueno -‐ Noção de cidadania não teve caráter de liberdade como na Rev. Francesa. -‐ Trata da separação dos poderes no Império, que destoa da concepção liberal. -‐ Poder (órgão) ≠ poder (função)à existem (na época) 3 órgãos (os três poderes) e 4 funções (função de cada poder + função do moderador). -‐ Discorre sobre as funções, dando destaque ao poder moderador. -‐ A legitimidade do moderador reside no fato de que ele está sempre a favor do povo (interesse geral e não da maioria). -‐ Atribuições do moderador (influencias sobre ouros poderes) vinham prescritos na constituição de 94. -‐ Moderador quando fosse agir tinha que convocar o Conselho de Estado (responsável pelas ações do moderador, que era irresponsável politicamente). Tal instituto foi abolido (autor é contra tal abolição). -‐ O poder executivo tem poder governamental de condução do Estado e função administrativa. -‐ É a favor da centralização politica, jamais da administrativa.
Compartilhar