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UNIP-UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE PEDAGOGIA Delma Mirian dos Santos Bessa Evelyn Luciana Costa Pimenta. Janete do Socorro Ramos. Maiara Priscila da Silva Maria. Maria Regiane de Oliveira Gonçalves. INDISCIPLINA NA ESCOLA Belém-Pará 2021 - 2º Semestre Delma Mirian dos Santos Bessa Evelyn Luciana Costa Pimenta Janete do Socorro Ramos Maiara Priscila da Silva Maria Regiane de Oliveira Gonçalves AÇÕES E INTERVENÇÕES Projeto de Pesquisa apresentado Professora a Glacy Rocha - no Curso de Pedagogia da Universidade Paulista, como requisito para obtenção da nota na disciplina Projetos e Práticas de Ação Pedagógico - PPAP. Belém-Pará 2021 - 2º Semestre I – TEMA: Ações e Intervenções II – SITUAÇÃO PROBLEMA A indisciplina de muitos alunos interfere nas relações dentro da escola, tanto com o professor e com os alunos, o desrespeito aos professores vem crescendo ao longo dos anos, muitos alunos se mostram agressivos aos professores e seus amigos de classe, são comportamentos que uma criança não deveria apresentar, e isso interfere no seu aprendizado, como a escola pode ajudar esse aluno? Por que tal comportamento? III – JUSTIFICATIVA Em virtude de várias situações sobre a indisciplina na escola, escolhemos esse tema, pois é algo muito recorrente nas escolas, e devemos fazer uma reflexão sobre tal assunto, nem uma criança nasce violenta ou indisciplinada, esse comportamento indisciplinado ocorre ao longo do seu crescimento, são vários os fatores para isso ocorrer, devido à criança ser influenciada por maus comportamentos, tanto em casa como na sociedade. IV – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA “Estas tantas questões nos levam a considerar a indisciplina como um sintoma de outra ordem que não a estritamente escolar, mas que surte no interior da relação educativa AQUINO, relação educativa” (AQUINO, 1996, pág.41). “As, mas condutas apresentadas por alguns alunos, a desobediência, a desordens e comportamento violento, entre outas indisciplinas, são atitudes vistas em casa pela criança, e ela acaba levando tal comportamento diretamente para escola”. Tiba afirma: “se a criança encontrar terreno fértil dentro de casa se tornará uma planta rebelde na escola, expandindo-se depois em direção à sociedade”. (TIBA, 2006, pág.159). “A escola proporciona a continuação” “da educação que a família” da a ela ou deveria da, a escola ensina a criança ser disciplinado, tendo em vista que a primeira educação vem dos pais da criança, isso é de suma importância para a educação dessa criança, se os pais apresentarem maus comportamentos isso irá contribuir de forma negativa para o desenvolvimento educacional da criança, e consequentemente ela irá expandir essas atitudes na escola e na sociedade. Aquino afirma: “De ambos os modos à indisciplina apresenta-se como sintomas de relações descontínuas e conflitantes entre o espaço escolar e as outras instituições sociais”. (AQUINO, 1996, pág.48). Família é o início para o desenvolvimento educacional da criança para que ela tenha um bom convívio em sociedade, e para ter segurança, assim enfrentará qualquer problema, entretanto se a família estiver desestruturada, ou viverem em meio a conflitos, brigas, desrespeitos, comportamento violento, entre outros maus comportamentos, a indisciplina predominaria nas atitudes da criança afetando diretamente o espaço escolar e a sociedade. “A indisciplina seria talvez o inimigo número um do educador atual, cujo manejo as correntes teóricas não conseguiriam propor de imediato, uma vez que se trata de algo que ultrapassa o âmbito estritamente didático-pedagógico, imprevisto ou até insuspeito no ideário das diferentes teóricas pedagógicas.” (AQUINO, 1996, pág.40). A indisciplina atrapalha muito na sala de aula, aluno indisciplinado ocasiona diversos conflitos durante as aulas, isso é um grande desafio para os professores, pois tem que abri mão do seu tempo de aula para interferir no comportamento do aluno, e isso ocasiona um desgaste para o professor, muitos perdem o estímulo pela profissão, perda de autoridade, porque o aluno não o obedece, e o tempo de aula fica comprometido. “Ora não é possível assumir que a indisciplina se refira ao aluno exclusivamente, tratando-se de um problema de cunho psicológico moral. Também não é possível credita-la totalmente à estruturação escolar e suas circunstâncias sócias – históricas, muito menos atribuir à responsabilidade as ações do professor, tomando a um problema de cunho essencialmente didático – pedagógico”. (AQUINO, 1996 p. 48). Os alunos indisciplinados não devem ser deixados de lado, é importante que todos ao redor da criança tenham participação na educação dela o tempo todo, e não apenas quando a criança apresenta comportamento indisciplinar, muitas famílias pensam que educar é tira a liberdade da criança, e não é dessa forma, educar é ensinar a criança a ser respeitosa, educada, disciplinada, pois assim terá um bom convívio na sociedade. “É importante que os professores adotem um padrão básico de atitudes diante dos tipos de indisciplina mais comuns, como se todos vestirem o mesmo uniforme comportamental". (TIBA, 2006. pág.127). A indisciplina não é uma coisa muito fácil de trabalhar, mais também não é impossível de se resolver, são de suma importância que seja estabelecido normas de convivência na instituição dês do começo do ano letivo, e discutir sobre o assunto de um trabalho que englobe todos os setores: corpo docente, serviços administrativos, equipe pedagógica, secretaria, pais e alunos, com o intuito de que sejam respeitadas e conhecidas por todos. “Enfrentar as indisciplinas da vida, portanto exige dos profissionais da educação uma nova postura, democrática e dialógica, que entenda os alunos não mais como sujeito subserviente ou como adversário que devem ser vencidos e dominados”. O caminho é reconhecer os alunos como possíveis parceiros de uma caminhada política e humana que almejam a construção de uma sociedade mais justa, solidária e feliz, as relações na escola devem ser de respeito mútuo, a diversidade dos interesses pessoais e coletivos deve ser valorizada, e a escola deve busca construir uma “Realidade que atenda os interesses da sociedade e de cada um de seus membros”. (ARAÚJO, pág.232). Algumas famílias pensam que são os primeiros a ver essas situações e acabam isolando o assunto, pensando que o problema é pessoal, mas não é esse desafio deve ser resolvido na parceria responsável, deixando de avaliar de quem é a culpa, esse é um problema de todos, para cada problema a uma solução, e dessa forma todos ficam responsáveis de educar tem que se comprometer a trabalhar no coletivo para que todos caminhem na mesma direção. “Portanto tenhamos cuidado em condenar a indisciplina sem ter examinado a razão de ser das normas impostas e dos comportamentos esperados, e sem, também, termos pensado na idade dos alunos: Não se podem exigir as mesmas condutas e compreensão de crianças de oito anos e de adolescentes de 13 ou 14 anos.” (LA TAILE, 1996, pág.20). É importante que os alunos aprendam a ter uma postura de respeito, os adequados é que seja trabalhada desde o começo da escolaridade com o foco na idade de cada aluno, querendo ou não a indisciplina afetará o desenvolvimento do trabalho de todos, pode mudar a coordenação da escola, a equipe de professores, sua direção, mas sempre haverá tais atitudes de alunos rebeldes, acima de tudo é necessário que tenham um novo olhar sobre o assunto e sobre os alunos, de quem são eles? E quais são suas necessidades? A escola precisa se adaptar a sociedade e aos modos de veresse novo mundo. TIBA ALERTA: “O ambiente interfere na disciplina”. (TIBA, 2006, pág.128). Os alunos indisciplinados em sala de aula também tem haver com o lugar que a escola ocupa na sociedade, às vezes não está preparada para enfrenta a complexidade desse problema, pois é importante que a escola esteja preparada para combater esse comportamento. Tiba: “Assim, tanto para a alta, como para a baixa autoestima, a indisciplina está presente.” (TIBA, 2006, pág.154). O caminho para que a escola chegue a uma solução para as questões conflituosas, os alunos têm que passar pela formação ética, mas não é necessário ser passado por conteúdos didáticos, mas para o convívio diário entre os alunos dentro da escola. V – PÚBLICO ALVO Alunos de 6 a 12 anos. VI – OBJETIVO VI - 1 -OBJETIVO GERAL Diminuir o índice de evasão escolar, realizar as mudanças necessárias para a escola e também, com os alunos e responsáveis para haver uma educação de qualidade. VI - 2– OBJETIVOS ESPECÍFICOS Refletir sobre as causas que levam os alunos tomarem a indisciplina em sala de aula. Direcionar a atuação da comunidade escolar diante das situações de indisciplina do aluno. VII – PERCURSO METODOLÓGICO A indisciplina tem sido intensamente vivenciada nas escolas, apresentando-se como uma fonte de esgotamento nas relações interpessoais, principalmente quando está relacionada com situações de conflitos na sala de aula. Sabe-se que, ainda que complexas, as relações humanas são a base para a construção do comportamento do ser humano em todos os âmbitos, desde a interação familiar até sua vida profissional, pois, desde o nascimento, se recebe estímulos de todos os ambientes pelos quais nos auxiliarão no desenvolvimento. No decorrer da vida, os valores que adquirimos, seja na família, igreja, comunidade, vizinhos, amigos, etc. contribuem para nossa aprendizagem e modo de vida ao qual levamos em sociedade. Uma série de fatores influência a indisciplina, logo, é necessário analisar os variados determinantes que influenciam esse comportamento, para isso é necessário entender o contexto escolar e familiar do estudante. Na pesquisa não há intenção de culpar alguém pelo fato da indisciplina que acontece dentro da sala de aula, mas sim apresentar quais os fatores que contribuem para que ela permaneça e se prolifere dentro desse ambiente. A indisciplina é um dos maiores desafios enfrentados no ambiente escolar, não só pelos professores, mas também pelos alunos e até mesmo pela família assim como toda a comunidade escolar, visto que ela influência diretamente e parte das relações estabelecidas nesse ambiente, pois além de dificultar o processo de ensino aprendizagem, também afetam as relações que são construídas no âmbito escolar. A indisciplina envolve diferentes aspectos e fatores, causando assim uma grande complexidade no ambiente escolar. As manifestações indisciplinares em sala de aula causa transtornos, falta de atenção, desinteresse e por consequência baixo rendimento escolar. VIII – RECURSOS Para o desenvolvimento das atividades deve ser utilizados, papéis, lápis de cor, revistas, recorte e colagem, livros, sala de vídeo, microfones, caixa de som, profissionais mais especializados sobre o assunto para as palestras, computadores, e os demais recursos que são necessários para executar o projeto. IX – CRONOGRAMA Vamos dividir esse projeto por etapas, com o objetivo do aprofundamento das discussões, será feito uma etapa por mês com os membros da comunidade escolar e com os professores, ao 2º semestre, a aplicação do projeto com as atividades em salas, sugere-se ser aplicadas duas vezes por semana. Atividades Previstas Período Atividades Envolvidos Março Reunião para decidi a temática, opinião sobre vídeos e bibliografias que pontuem o assunto. Coordenadores Supervisores e Professores. Abril Pesquisa leituras sobre as principais atuações da Indisciplina. Professores e Coordenadores. Maio Palestras com profissionais da área de assistência social e psicologia. Supervisor e Coordenador. Junho Sugestão de vistoria e modernização do regimento da instituição. Diretor e Professores. Julho Férias escolares, Diretor Coordenador Professores e alunos. Agosto Retomada do projeto. Professores e Alunos Setembro Continuidade de atividades do projeto. Professores e Alunos Outubro Reunião pedagógica para apresentar os resultados dos projetos, e definir o dia da culminação do projeto. Diretor, Professores, Supervisor e Coordenador. X – AVALIAÇÃO Vamos observar e avaliar os alunos continuamente, pois este é um projeto que viabiliza os resultados em médio e longo prazo, os retrocessos e avanços serão discutidos e analisados com a supervisão escolar, professores, coordenador pedagógico, e diretor em reuniões pedagógicas com os pais. XI – PRODUTO FINAL Remate do projeto se promoverá com um dia de festa para toda a sociedade escolar, será apresentado palestras e peças teatrais, com o intuito de reforça o assunto trabalhado, e apresentação dos melhores momentos do trabalho executado. XII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AQUINO, Júlio G. Indisciplina na Escola: alternativas teóricas e práticas. ARAMAN, Elaine Maria de Oliveira. O trabalho do Pedagogo nos espaços educativos. 1 Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. ARAÚJO, Ulisses F. Disciplina, Indisciplina e a complexidade do cotidiano Escolar. BARBOSA, Ana Clarice Alencar; et al. Teorias e Práticas do currículo. 1 Ed. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal; Centro Gráfico, CHIARATTI, Fernanda Germani de Oliveira; GONÇALVES, Carlos Eduardo de de Souza; CURY, Augusto. Indisciplina escolar infantil: causas, consequências e como combate-la. 2015. LAJONQUIÉRE, Leandro de. A criança, “sua” (in) disciplina e a psicanálise. OLIVEIRA, Marta k. Psicologia, Educação e as temáticas da vida contemporânea. São Paulo: Moderna, 2002, p.215-232. RICIERI, Marilucia. Psicologia da Educação: desenvolvimento e aprendizagem. 1 Ed. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. TAILLE, Yves de La. A indisciplina e o sentimento de vergonha. São Paulo: Sumus,1996, 148 p. TIBA, Içami. Disciplina: limite na medida certa. Novos paradigmas/ Içami Tiba. Ed. Ver. Atual e ampla. São Paulo: Integrarem Editora, 2006.
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