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Aula Resistência de plantas a insetos

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Entomologia Aplicada 
 
 
Resistência de 
Plantas a insetos 
Prof. Dr. Carlos Eduardo Souza Bezerra 
Método de Resistência de Plantas 
Método de Resistência de Plantas 
O emprego de plantas resistentes a insetos é considerado o método ideal de 
controle pela possibilidade de permitir a manutenção da praga em níveis 
inferiores ao de dano econômico, sem causar prejuízos ao ambiente e sem 
ônus adicional ao agricultor. 
 
 Compatibilidade com os demais métodos de controle 
Europa séc. XIX 
Filoxera da videira 
Daktulosphaira vitifoliae 
(Hemiptera: Phylloxeridae) 
Destruição de 1.200.00 ha 
de videira na França 
Solução 
Enxertia dos cultivares sobre 
porta-enxertos americanos 
resistentes 
Método de Resistência de Plantas 
Definição 
Cultivar resistente é aquele que, devido à sua 
constituição genotípica, é menos danificado que 
outros em condições de igualdade para o ataque 
de uma praga 
1. Relativa (necessidade de comparação) 
2. Hereditária 
3. Específica (Sendo muitas vezes resistente a uma 
 praga, sendo suscetível às demais) 
Método de Resistência de Plantas 
Graus de Resistência 
1. Imunidade – o genótipo não sofre nenhum dano sob nenhuma condição; 
2. Alta resistência – o genótipo sofre pequeno dano em relação aos demais; 
3. Resistência moderada – o genótipo sofre dano um pouco menor que os 
demais; 
4. Suscetibilidade – o dano apresentado pelo genótipo é semelhante ao que 
ocorre nos demais; 
5. Alta suscetibilidade – quando o genótipo sofre maior dano que os demais. 
Método de Resistência de Plantas 
Pseudo-resistência 
Quando algumas plantas ou cultivares são menos danificadas que outros sem 
que, de fato, sejam resistentes. 
1. Escape – ocorre quando plantas não são atacadas por mero acaso; 
2. Evasão hospedeira ou assincronia fenológica – ocorre quando a fase de 
maior suscetibilidade da planta coincide com uma época de baixa 
densidade populacional da praga; 
 
Stenodiplosis sorghicola 
(Diptera: Cecidomyiidae) 
Em sorgo, cultivares suscetíveis precoces pouco 
danificados pela mosca-do-sorgo podem ser erroneamente 
consideradas resistentes quando na realidade o menor 
dano se deve à menor população da praga por ocasião do 
florescimento. 
Método de Resistência de Plantas 
3. Resistência induzida – ocorre quando a manifestação da resistência é 
temporária devido a condições especiais do ambiente que, uma vez 
suprimida, fazem com que a planta retorne à sua real condição de 
suscetibilidade. 
 Fertilidade do solo, irrigação, drenagem, etc. 
 Ativação dos mecanismos responsáveis pela produção de 
substâncias de defesa da planta (fitoalexinas) por meio de 
fatores extrínsecos (bióticos e abióticos) chamados indutores 
de fitoalexinas. 
Pseudo-resistência 
Método de Resistência de Plantas 
3. Resistência induzida 
Pseudo-resistência 
Quando algumas plantas ou cultivares são menos danificadas que outros sem 
que, de fato, sejam resistentes. 
Lagarta do cartucho 
Spodoptera frugiperda 
(Lepidoptera: Noctuidae) 
Aplicação de silício em plantas de milho 
(Gussain et al., 2002) 
Método de Resistência de Plantas 
Tipos de Resistência 
1. Não-preferência ou antixenose 
Ocorre quando o cultivar é menos utilizado pelo inseto para alimentação, 
oviposição ou abrigo que outros cultivares em igualdade de condições, ou seja, 
o cultivar provoca uma resposta negativa do inseto durante o processo de 
seleção do hospedeiro. 
 Principais estímulos envolvidos: 
 
I. Localização da planta 
 Atraente – que orienta o inseto em direção à planta; 
 Repelente – que orienta o inseto em direção contrária à planta. 
Método de Resistência de Plantas 
Tipos de Resistência 
1. Não-preferência ou antixenose 
Ocorre quando o cultivar é menos utilizado pelo inseto para alimentação, 
oviposição ou abrigo que outros cultivares em igualdade de condições, ou seja, 
o cultivar provoca uma resposta negativa do inseto durante o processo de 
seleção do hospedeiro. 
 Principais estímulos envolvidos: 
 
II. Movimentação na planta 
 Arrestante – que leva o inseto a cessar o movimento em contato com a 
planta; 
 Repelente – que leva o inseto a locomover-se da planta. 
Método de Resistência de Plantas 
Tipos de Resistência 
1. Não-preferência ou antixenose 
Ocorre quando o cultivar é menos utilizado pelo inseto para alimentação, 
oviposição ou abrigo que outros cultivares em igualdade de condições, ou seja, 
o cultivar provoca uma resposta negativa do inseto durante o processo de 
seleção do hospedeiro. 
 Principais estímulos envolvidos: 
 
III. Início da alimentação ou oviposição 
 Iniciante ou excitante – que leva o inseto a iniciar a alimentação 
(mordida ou picada de prova) ou oviposição; 
 Supressor ou supressante (negativo) – que impede que o inseto inicie 
a alimentação ou oviposição. 
Método de Resistência de Plantas 
Tipos de Resistência 
1. Não-preferência ou antixenose 
Ocorre quando o cultivar é menos utilizado pelo inseto para alimentação, 
oviposição ou abrigo que outros cultivares em igualdade de condições, ou seja, 
o cultivar provoca uma resposta negativa do inseto durante o processo de 
seleção do hospedeiro. 
 Principais estímulos envolvidos: 
 
IV. Manutenção da alimentação ou oviposição 
 Estimulante – que faz com que o inseto mantenha a 
alimentação ou oviposição; 
 Deterrente – que impede que o inseto continue a se alimentar 
ou ovipositar. 
Método de Resistência de Plantas 
Tipos de Resistência 
1. Não-preferência ou antixenose 
(Oriani et al. 2005) 
Método de Resistência de Plantas 
Tipos de Resistência 
2. Antibiose 
Ocorre quando o inseto se alimenta normalmente do cultivar, mas este exerce 
um efeito adverso sobre a sua biologia. 
 
 Mortalidade na fase imatura 
 Prolongamento do período de desenvolvimento 
 Redução do tamanho e peso 
 Redução da fecundidade, fertilidade, período de oviposição, etc 
 
 
Método de Resistência de Plantas 
Tipos de Resistência 
2. Antibiose 
Esse tipo de resistência pode ser causado por diversos fatores como: 
 
 Presença na planta de substâncias químicas na planta que provocam 
intoxicação aguda ou crônica no inseto; 
 Antimetabólitos que tornam indisponíveis certos nutrientes essenciais 
ou atuam como inibidores enzimáticos; 
 Enzimas que inibem ou reduzem os processos normais da digestão 
 Compostos que interferem na reprodução; 
 Impropriedade nutricional da planta para o inseto. 
 
Método de Resistência de Plantas 
Tipos de Resistência 
2. Antibiose 
(Suinaga et al. 2004) 
Método de Resistência de Plantas 
Tipos de Resistência 
3. Tolerância 
Ocorre quando um cultivar é menos danificado que os demais, sob o mesmo 
nível de infestação do inseto, sem que haja efeito no comportamento ou 
biologia deste. 
 
Causas da tolerância: 
 
 Maior capacidade da planta de compensar a área destruída por meio do 
crescimento ou regeneração dos tecidos ou mesmo formação de novas 
folhas, raízes ou perfilhos; 
 
 Menor retirada de hormônio de crescimento das plantas por insetos 
sugadores; 
 
 Maior vigor ou maior área foliar; 
 
 Maior rigidez dos colmos, reduzindo a possibilidade de acamamento ou 
quebra por ocasião do ataque de insetos broqueadores, etc. 
Método de Resistência de Plantas 
Causas da Resistência 
Causas físicas 
Representadas basicamente pela cor do substrato vegetal que, em alguns 
casos, afeta não apenas a seleção hospedeira para alimentação e oviposição, 
mas também a biologia do inseto. 
Pieris rapae 
(Lepidoptera: Pieridae) 
Bicudo do algodoeiro 
Anthonomus grandis 
(Colepoptera: Curcuilonidae) 
Cor vermelha causa 
repelência inibindo a 
oviposição 
Método de Resistência de Plantas 
Kale 
REDBOR 
Causas da Resistência 
Causas químicas 
Representadas pelas substâncias químicas que atuam no comportamento ou 
metabolismo do inseto e por impropriedades nutricionais da planta. 
 
As substânciasresponsáveis pelas interações químicas entre os organismos 
são chamadas de aleloquímicos. 
A
le
lo
q
u
ím
ic
o
s 
Alomônios 
Cairomônios 
Que favorecem o emissor (no caso, a planta 
hospedeira funcionando como substância de 
defesa) 
Que favorecem o receptor (no caso, o inseto 
fitófago) 
Método de Resistência de Plantas 
Causas da Resistência 
Causas químicas 
Florizina 
Macieira 
Myzus persicae 
(Hempitera: Apididae) 
Florizina é deterrende 
(inibidor da 
alimentação) 
Tipo de resistência: Antixenose 
Método de Resistência de Plantas 
Causas da Resistência 
Causas químicas 
Tomatina Tomate Leptinotarsa decemlineata 
(Coleoptera: Chrysomelidae) 
Tomatina é deterrente e repelente 
Tipo de resistência: Antixenose 
Método de Resistência de Plantas 
Causas da Resistência 
Causas químicas 
Gossipol 
Algodão Heliotis sp. 
(Lepidoptera: Noctuidae) 
Gossipol afeta o desenvolvimento de Heliotis sp. 
quando este composto é ingerido pelas lagartas 
Tipo de resistência: Antibiose 
Método de Resistência de Plantas 
Causas da Resistência 
Causas morfológicas 
Representadas por diversas características da planta que podem afetar a 
locomoção, acasalamento, seleção hospedeira para alimentação e oviposição, 
ingestão e digestão do alimento dos insetos. 
 
Essas características podem ser agrupadas basicamente em fatores 
estruturais e fatores da epiderme. 
Método de Resistência de Plantas 
Causas da Resistência 
Causas morfológicas – fatores estruturais 
 Cultivares de cana-de-açúcar com foliares mais compactas (“agarradas”) são 
resistentes a broca da cana Diatrea saccharalis (Lepidoptera: Crambidae); 
 Cultivares de milho com palhas mais compridas, as quais dificultam a penetração 
larval, são resistentes a Helicoverpa zea (Lepidoptera: Noctuidae); 
 Brácteas de algodoeiro levemente retorcidas e perpendiculares ao eixo das flores 
e maçãs, causa resistência ao bicudo Anthonomus grandis (Coleoptera: 
Curculionidae) pois inibem a oviposição; 
Método de Resistência de Plantas 
Causas da Resistência 
Método de Resistência de Plantas 
Causas da Resistência 
Causas morfológicas – fatores da epiderme 
Dureza 
Textura 
Pilosidade 
Epidermes mais duras ou mais espessas normalmente afetam insetos, 
restringindo a alimentação, a oviposição endofítica e a penetração. 
A textura da epiderme (mais lisa ou mais rugosa) pode afetar 
principalmente a oviposição. 
Pode atuar sobre o inseto diretamente, afetando a oviposição, 
alimentação, locomoção ou indiretamente, por meio dos exsudatos 
secretados por tricomas glandulares. 
Método de Resistência de Plantas 
Tricomas são apêndices epidérmicos que podem ser formados 
por uma ou mais células, atuam de diferentes formas, mas, na 
maioria das vezes, promovem a proteção do vegetal. 
Fatores que afetam a manifestação da resistência 
Como caráter genético, a resistência pode ser influenciada por uma série de 
fatores. Essa influência pode ser positiva (aumentando a resistência) ou 
negativa (diminuindo a resistência). 
1. Fatores da planta – Idade, parte atacada e condição fisiológica; 
2. Fatores do inseto – Espécie, biótipo, idade, fase de desenvolvimento, 
condicionamento pré-imaginal e tamanho da população; 
3. Fatores do ambiente – Temperatura, umidade, nutrientes e sais minerais 
do solo, época de plantio, tamanho das parcelas, plantas adjacentes, 
cultura precedente, predação e parasitismo e presença de doenças e 
pragas. 
Método de Resistência de Plantas 
Vantagens e limitações do uso da resistência de plantas 
Vantagens 
 Aumento de produção em razão do menor dano causado pela praga; 
 
 Facilidade de utilização; 
 
 Não tem custo adicional; 
 
 Harmonia com o ambiente; 
 
 Persistência, atuando permanentemente contra baixas populações da praga, que 
não seriam economicamente controladas por inseticidas; 
 
 Redução da infestação em cultivares suscetíveis e em outras culturas, nas situações 
em que o material resistente (cultivado em extensas áreas) provoca redução na 
população da praga; 
 
 Não interferência das demais práticas culturais; 
 
 Compatibilidade, de modo geral, com os demais métodos de controle, sendo, por 
isso, ideal para ser incluída em qualquer programa de manejo de pragas. 
Método de Resistência de Plantas 
Vantagens e limitações do uso da resistência de plantas 
desvantagens 
 Tempo prolongado para sua obtenção, principalmente pela dificuldade de associar 
em um mesmo cultivar as características de resistência à praga com as demais 
características agronômicas desejáveis; 
 
 Limitação genética da planta, que nem sempre tem diversidade genética para uso 
como fonte de resistência; 
 
 Ocorrência de biótipos; 
 
 Característica de resistência conflitantes, já que fatores de resistência a um inseto 
podem induzir suscetibilidade a outros. 
Método de Resistência de Plantas