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Ebook Desenvolvimento do Psiquismo Humano

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Desenvolvimento do Psiquismo Humano
Psicologia da 
Aprendizagem
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
RAQUEL ELISABETH DUMASZAK
AUTORIA
Raquel Elisabeth Dumaszak
Sou formada em Psicologia, na modalidade Bacharelado e 
Licenciatura, e desde então atuo com a Psicologia, Educação e 
Aprendizagem. Tenho interesse por assuntos que envolvem neurociências, 
comportamento e cognição, temáticas que segui na pós-graduação. Fui 
convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores 
independentes e espero contribuir bastante com seu aprendizado teórico 
e profissional! 
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando necessárias 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas 
e links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento;
REFLITA:
se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a ser 
refletido ou discutido;
ACESSE: 
se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada;
TESTANDO:
quando uma 
competência for 
concluída e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
O que é psiquismo humano? .................................................................. 12
Fatores que impactam o desenvolvimento do psiquismo ......... 18
Aspectos biológicos ...................................................................................................................... 18
Aspectos individuais, sociais e histórico-culturais .................................................26
Processos e Constituição do Psiquismo Humano ......................... 31
Atividade ................................................................................................................................................ 31
Identidade .............................................................................................................................................33
Pensamento e linguagem do desenvolvimento humano ..........38
Consciência ........................................................................................................................................ 38
Emoções ................................................................................................................................................ 41
Pensamento e linguagem do desenvolvimento humano .................................43
9
UNIDADE
03
Psicologia da Aprendizagem
10
INTRODUÇÃO
No âmbito das Ciências Humanas, diversas linhas teóricas buscam 
compreender fenômenos humanos, explicando-os de diferentes formas, 
que podem ser complementares ou contraditórias. Dessa forma, a 
compreensão do psiquismo humano pode ser obtida a partir da relevância 
que se dá aos seus diversos aspectos – biológicos, individuais, sociais 
e histórico-culturais. A depender da abordagem, alguns deles serão 
privilegiados. Além disso, para um melhor domínio do assunto, é preciso 
entender os processos envolvidos em sua constituição. 
Primeiramente, para nos familiarizarmos com o tema, precisamos 
compreender que as ideias de psiquismo e sua formação são muito 
discutidas em ambientes que trabalham o coletivo e o individual 
em uma relação dialética, ou seja, a influência de um sobre o outro 
ininterruptamente. Em segundo lugar, devemos saber que esse termo foi 
muito discutido por Lev Semionovich Vygotsky e, por isso, aproxima-se 
também do ambiente escolar. Em terceiro lugar, é imprescindível saber 
que essa teoria foi influenciada por teorias e metodologias marxistas 
soviéticas. 
Com base nessas informações, será mais fácil pensar junto 
com o autor, pois seu ambiente social influencia seu pensamento. Por 
último, faz-se necessário mencionar dois importantes seguidores de 
Vygotsky: Alexis Leontiev (1903-1979), psicólogo soviético marxista e 
autor do clássico O desenvolvimento do psiquismo (1978); e Alexander 
Romanovich Luria (1902-1977). Leontiev e Alexander Romanovich Luria 
juntaram-se a Vygotsky e começaram a pesquisar a influência da cultura 
no desenvolvimento humano. Por isso, sua linha de pesquisa recebeu 
o nome de Psicologia Histórico-cultural, ou sócio-histórica (POLLON; 
PADILLA, 2017). 
Psicologia da Aprendizagem
11
OBJETIVOS
Que você seja muito bem-vindo à Unidade 3 – Desenvolvimento 
do psiquismo humano. Nosso objetivo é auxiliar você no atingimento 
dos seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de 
estudos:
1. Entender o que é o psiquismo humano, definir seus principais 
conceitos e associar suas definições à vida prática do ser humano. 
2. Identificar os fatores que impactam o desenvolvimento do 
psiquismo. 
3. Compreender os processos e a constituição do psiquismo humano. 
4. Entender o pensamento e a linguagem do desenvolvimento 
humano. 
Então, preparado para uma viagem rumo ao conhecimento? Vamos 
lá!
Psicologia da Aprendizagem
12
O que é psiquismo humano?
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos entender o que é o psiquismo 
humano, definir seus principais conceitos e associar suas 
definições à vida prática do ser humano. E então, preparado? 
Vamos lá!
Figura 1 – Multidão de pessoas diferentes entre si
Fonte: Pixabay.
A Psicologia é marcada por uma diversidade de abordagens, não 
há um objeto e método único, o que a torna singular na compreensão 
dos fenômenos estudados. Durante a história humana, muitas propostas 
sobre o psiquismo foram elaboradas. Assim, para compreendermos o 
conceito de psiquismo humano, é importante ressaltar que este é um 
conceito complexo, também influenciado por diversos paradigmas. 
Existem várias definições para essa expressão. Elas variam em suas 
explicações sobre a concepção de psiquismo, seu processo e aspectos 
que influenciam a sua formação, de acordo com a valoração dada a 
Psicologia da Aprendizagem
13
elementos como aspectos biológicos, individuais, sociais e histórico-
culturais.
Algumas definições enfatizam os aspectos biológicos 
como principais na explicação de manifestações humanas, como 
comportamentos, consciência e aprendizagem. Quando falamos em 
abordagens focadas nos aspectos biológicos, dizemos que as hipóteses 
dela sobre os fenômenos são, por exemplo, em termos de maturação 
biológica, de características físicas, de predisposições ou tendências a 
comportamentos inatos (não aprendidos). Outras podem apoiar-se em 
explicações de cunho social, fazendo referência à função da interação 
social no processo de desenvolvimento humano, na formação do 
indivíduo com suas características peculiares e assim por diante. Vamos, 
agora, conhecer alguns exemplos dessas definições.
Em relação aos pressupostos do ponto de vista biológico, psiquismo 
“é o conjunto de características psicológicas de um indivíduo, ou o 
conjunto de fenômenos psíquicos e processos da evolução mental de um 
indivíduo” (INFOPÉDIA, 2003, on-line). 
IMPORTANTE:
Ao falar de psiquismo e, principalmente, seu estudo sob o 
ponto de vista biológico, devemos nos atentar que ele é o 
resultado da apropriação da realidade, e esta é possível por 
meio de funções psicológicas elementares e superiores. 
As funções elementares advêm dos órgãos dos sentidos 
e, como independem de organização cognitiva, estão 
presentes também nos outros animais. Já as funções 
psicológicassuperiores, objeto de estudo de Vygotsky, 
são propriedade exclusiva do homem. É a partir delas que 
o sujeito humano decodifica e se apropria da linguagem 
intelectualizada, contribuindo, assim, para a formação de 
seu psiquismo. O objetivo deste capítulo não é discutir o 
desenvolvimento das funções psicológicas superiores, e 
sim como cada componente do psiquismo compõe uma 
relação dialética na construção do indivíduo.
Psicologia da Aprendizagem
14
Já autores que defendem o ponto de vista histórico-cultural 
compreendem o psiquismo como “a totalidade dos processos psíquicos 
superiores e do comportamento social que possibilitam ao homem 
constituir a unidade que é sua psique” (SOUZA; ANDRADA, 2013). 
Estudiosos como Silvia Lane e Ana Bock enxergam o indivíduo por meio 
da perspectiva social e consideram ainda que essa unidade se expressa 
no modo peculiar de cada indivíduo ser no mundo – a subjetividade 
(SILVA, 2009).
Sobre subjetividade e psiquismo, Silva (2009, p. 170) acrescenta:
Geralmente, subjetividade é entendida como aquilo que 
diz respeito ao indivíduo, ao psiquismo ou a sua formação, 
ou seja, algo que é interno, numa relação dialética 
com a objetividade, que se refere ao que é externo. É 
compreendida como processo e resultado, algo que é 
amplo e que constitui a singularidade de cada pessoa. 
A ideia de que a subjetividade é algo, mas sem definir 
claramente o que vem a ser esse algo, é muito recorrente.
Dessa forma, a subjetividade tem papel fundamental na constituição 
da identidade do indivíduo, conforme afirma Bock (2004, p. 6 apud SILVA, 
2009, p. 170):
O fenômeno psicológico deve ser entendido como 
construção no nível individual do mundo simbólico que 
é social. O fenômeno deve ser visto como subjetividade, 
concebida como algo que se constituiu na relação com 
o mundo material e social, mundo este que só existe 
pela atividade humana. Subjetividade e objetividade se 
constituem uma à outra sem se confundirem.
Nessa perspectiva, o psiquismo tem origem no social e desenvolve-
se ao longo do percurso da história da sociedade humana de acordo as 
relações sociais, históricas e culturais nela vigentes (SILVA, 2009; SOUZA; 
ANDRADA, 2013). 
Psicologia da Aprendizagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_social
15
IMPORTANTE:
Cabe ressaltar a importância de não se debruçar sobre 
um único ponto de vista, pois isso dificultaria uma 
compreensão mais ampla e ponderada dos fatos. Ao 
estudarmos a constituição da psique humana, temos 
diversas denominações, como, por exemplo, identidade ou 
personalidade.
SAIBA MAIS:
Para saber mais sobre identidade, personalidade, 
subjetividade e individualidade, leia o artigo Subjetividade, 
individualidade, personalidade e identidade: concepções a 
partir da Psicologia Histórico-cultural, de Flávia Gonçalves 
da Silva. Acesse clicando aqui. 
Além das vertentes supracitadas, outros processos participam da 
constituição do psiquismo. A vertente histórico-cultural, por exemplo, 
estuda a origem e o desenvolvimento do psiquismo, a fim de entender 
os processos envolvidos. Assim sendo, aponta os processos intelectuais – 
emoções, consciência, atividade, linguagem, desenvolvimento humano e 
aprendizagem – como elementos participantes desse cenário.
REFLITA:
Cada um desses processos intelectuais é estudado 
de maneira que sua função seja compreendida como 
fundamental para a sobrevivência do indivíduo. Para 
isso, diversas perspectivas se propõem a essa tarefa. Por 
exemplo, você já se perguntou o que é uma emoção? 
Qual a utilidade do sentimento de raiva? É uma emoção ou 
sensação? Indagações como essas são respondidas à luz 
de diferentes vertentes de pesquisa. 
Psicologia da Aprendizagem
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752009000100010&lng=pt&nrm=iso
16
Figura 2 – Emoções
Fonte: Pixabay.
ACESSE:
Para saber mais sobre as emoções, assista ao vídeo O que 
são emoções? do canal Minutos Psíquicos. Acesse clicando 
aqui. 
A partir dessa breve apresentação sobre as diferenças entre as 
principais concepções de psiquismo, podemos prosseguir para um 
conhecimento mais aprofundado sobre os fatores centrais que impactam 
a sua constituição do e os processos envolvidos em sua formação. 
Observe a Figura 3 e reflita: para você, qual imagem define este 
conceito?
Psicologia da Aprendizagem
https://youtu.be/GyFQj64amhY
https://youtu.be/GyFQj64amhY
17
Figura 3 – Como podemos representar o psiquismo?
Fonte: Pixabay
RESUMINDO:
E então, compreendeu tudo que estudamos neste 
capítulo? Vamos, então, revisar um pouco do que vimos. 
Neste capítulo, você viu que em relação aos pressupostos 
do ponto de vista biológico, psiquismo é o conjunto 
de características psicológicas de um indivíduo, ou o 
conjunto de fenômenos psíquicos e processos da evolução 
mental de um indivíduo. Ainda, entendeu que alguns 
autores defendem o ponto de vista histórico-cultural, 
compreendendo o psiquismo como a totalidade dos 
processos psíquicos superiores e do comportamento social 
que possibilitam ao homem constituir a unidade que é sua 
psique. Por fim, você compreendeu que alguns estudiosos 
enxergam o indivíduo por meio da perspectiva social e 
consideram ainda que essa unidade se expressa no modo 
peculiar de cada indivíduo ser no mundo – a subjetividade.
Psicologia da Aprendizagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_social
18
Fatores que impactam o desenvolvimento 
do psiquismo
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos identificar os fatores que impactam 
o desenvolvimento do psiquismo. E então, preparado? 
Vamos lá!
Aspectos biológicos
Os aspectos biológicos são considerados por algumas abordagens 
da Psicologia como fatores preponderantes para a explicação do 
desenvolvimento psíquico. 
A partir da evolução histórica da Psicologia, podemos notar que, à 
medida em que ela se aproxima das diretrizes da Ciência Experimental, 
afasta-se da Filosofia antiga, ou seja, quanto mais adota métodos 
científicos, baseados na objetividade, na observação, na precisão, mais 
distante fica das teorias filosóficas e do estudo da mente. Assim, é possível 
identificar que o surgimento da Psicologia está atrelado às ciências 
naturais e ao experimentalismo e, por conseguinte, atribuiu ao psiquismo 
bases biológicas. 
Esse referencial propõe que os fenômenos biológicos têm mais 
concretude que os demais. Sendo assim, as Ciências Humanas têm 
um vínculo irrenunciável com as Ciências Biológicas, uma vez que 
manifestações humanas, como a consciência, o conhecimento, o 
pensamento, a linguagem, entre outras, estão ligadas a funções cerebrais 
e, por isso, para essa abordagem, o psiquismo é considerado “um 
conjunto de características psicológicas de um indivíduo ou o conjunto de 
fenômenos psíquicos e processos da evolução mental de um indivíduo” 
(INFOPÉDIA, 2003, on-line).
Psicologia da Aprendizagem
19
IMPORTANTE:
A definição de psiquismo, isto é, como ele é constituído no 
ser humano, muda de acordo com a abordagem teórica. 
Neste momento, estamos falando sobre a teoria que se 
aproxima das ciências biológicas. 
Com isso, podemos destacar algumas linhas teóricas que foram 
fundamentais para o estabelecimento da concepção biológica do 
psiquismo humano, como o Behaviorismo, que teve seu surgimento 
favorecido pela mudança no objeto de estudo da Psicologia Científica. 
Como exemplo da relevância dada aos termos biológicos e da influência 
da mudança de objeto de estudo da Psicologia Científica, podemos 
salientar o fato de que o Behaviorismo rejeitava a concepção de mente e 
priorizava o estudo de aspectos puramente físicos e observáveis. 
IMPORTANTE:
Outra importante abordagem que contribuiu para a difusão 
das concepções biológicas foi a Psicanálise. Freud foi 
um médico neurologista e, por isso, a herança fisiológica 
estaria em suas obras e teorias. Sua teoria é metafisica, 
na qual interpreta-se o comportamento do indivíduo 
utilizando como base trêsestruturas formadoras da psique 
humana: ID, EGO e SUPEREGO. Estas seriam incentivadas 
pelos processos vividos conscientes, pré-conscientes e 
inconscientes, responsáveis pelas ações e pulsões libidinais 
do indivíduo. 
A Teoria Psicanalítica é muito atual e empregada em diversas áreas 
do conhecimento científico, desde a clínica tradicional, até em ambientes 
organizacionais, educacionais e pesquisas embasadas na área cognitiva e 
das neurociências. 
ACESSE:
Caso você tenha interesse em se aprofundar em alguns 
desses temas, leia o artigo A atualidade do projeto freudiano 
de 1895, de Sidarta da Silva Rodrigues. Acesse clicando aqui.
Psicologia da Aprendizagem
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-106X2009000200006&lng=pt&nrm=iso
20
Outros conceitos freudianos apresentam correlação com os 
pressupostos biológicos, como o de pulsão de vida e o de pulsão de 
morte, na medida em que atuam com base no princípio homeostático, 
mantendo o equilíbrio entre o interno e o externo, entre o indivíduo e o 
meio. 
SAIBA MAIS:
Para saber mais sobre o conceito de pulsão, assista ao 
vídeo A pulsão – Glossário Freud, de Christian Dunker. 
Acesse clicando aqui.
A epistemologia genética também se constituiu nas bases 
biológicas. A área central dos estudos piagetianos seria o terreno das 
formações cognitivas (CRUXEN, 2002). Para Piaget (1971, p. 58): 
As estruturas do conhecimento tornam-se necessárias ao 
cabo de um processo de desenvolvimento, sem o serem 
desde o início e não comportam programação prévia. Nas 
formações cognitivas a hereditariedade e a maturação se 
limitam a determinar as zonas de impossibilidade ou de 
possibilidade de aquisições. É esse o relevo das bases 
biológicas do psíquico. 
EXPLICANDO MELHOR:
A Teoria Piagetiana segue um raciocínio amparado na 
Biologia para explicar o desenvolvimento humano. Para 
ela, cada indivíduo evolui cognitivamente de acordo com 
uma previsão maturacional biológica para cada idade. Por 
exemplo, é esperado que uma criança de 3 anos já saiba 
falar e andar, mas ela ainda não tem estrutura cognitiva para 
responder a questões mais complexas, como perguntas de 
divisão e multiplicação ou, ainda, a profissão dos pais.
A resposta de um organismo ao meio, para Piaget (1971), depende 
de sua estruturação cognitiva e de competências alcançadas pela 
evolução de estágios de desenvolvimento cognitivo. No entanto, apesar 
do amparo da abordagem biológica, Piaget não a considera a única 
Psicologia da Aprendizagem
https://www.youtube.com/watch?v=VzLIk5Myfq8
21
explicação para os fenômenos psicológicos, tampouco privilegia as 
influências ambientais. Todavia, ele acreditava no impacto desses fatores 
sobre os estágios cognitivos. 
É contundente destacar que, assim como a epistemologia genética, 
o Behaviorismo e a Psicanálise não mantiveram uma postura rígida na 
adoção da vertente biológica do psiquismo. Eles consideraram esse ponto 
de vista relevante para o esclarecimento dos conceitos e explanações de 
suas teorias, contudo apreciaram outros aspectos insidiosos.
Figura 4 – Os níveis do desenvolvimento humano
Fonte: Pixabay.
Psicologia da Aprendizagem
22
Piaget (1971) definiu quatro períodos no processo evolutivo humano, 
que são reconhecidos pelo nível máximo de desenvolvimento em cada 
faixa etária ao longo do seu processo de crescimento. São eles:
 • Período sensoriomotor (0 a 2 anos): 
Este período vai desde o nascimento até os 2 anos de idade, 
o que o caracteriza como um momento de muitas mudanças, pois 
a criança aprende a se equilibrar, sentar-se, andar, se alimentar – 
desde a amamentação a outros alimentos – e ainda se prepara para o 
desenvolvimento da linguagem.
Conforme exemplifica Dias (2010, p. 6):
Neste período, a atividade cognitiva do sujeito é de 
natureza sensorial e motora, tendo como característica a 
ausência da função semiótica (inicialmente não representa 
mentalmente os objetos). A ação ocorre diretamente sobre 
os objetos, o que irá possibilitar a atividade cognitiva 
futura. O período que finaliza este momento inicial já inicia 
a capacidade de representação.
Nesta fase, a criança age principalmente por meio de ações 
reflexas e utiliza basicamente percepções sensoriais e esquemas motores 
para a resolução de seus problemas. A criança não possui capacidade 
de representar situações, nem tem noção de tempo passado e futuro. A 
noção de tempo e causalidade é adquirida no decorrer do processo de 
desenvolvimento, por meio do contato com outras pessoas. 
Figura 5 – Período sensoriomotor (0 a 2 anos)
Fonte: Freepik.
Psicologia da Aprendizagem
23
 • Período Pré-operatório (2 a 7 anos): 
Nesta fase, aparece a linguagem oral. A criança vai se tornando 
capaz de utilizar esquemas que auxiliam na substituição de ações, 
situações, pessoas e objetos por símbolos (palavras). O pensamento 
predominante é o egocêntrico, no qual a própria criança é tida como 
referência. Outras características dessa fase são o animismo (atribuição de 
intenções e sentimentos a coisas e animais) e a irreversibilidade (a criança 
identifica a possibilidade de retornar mentalmente ao ponto de partida).
Figura 6 – Período pré-operatório (2 a 7 anos)
Fonte: Freepik.
Psicologia da Aprendizagem
24
 • Período das Operações Concretas (7 a 11 ou 12 anos): 
Neste período, o egocentrismo é abandonado, e a criança começa 
a estabelecer correlações e a coordenar pontos de vista diferentes  e 
integrá-los de modo lógico. A criança também passa a ser capaz de 
interiorizar as ações, realizando mentalmente operações, e não somente 
operações físicas, sem precisar medir fisicamente objetos para saber qual 
é o maior.
Figura 7 – Período das Operações Concretas (7 a 11, 12 anos)
Fonte: Freepik.
Psicologia da Aprendizagem
25
 • Período das Operações Formais (12 anos em diante): 
Neste período, há a ampliação das capacidades adquiridas no 
período anterior. Assim, ocorre o raciocínio sobre hipóteses, possibilidade 
de compreensão de conceitos abstratos e realização de operações 
mentais dentro de princípios da lógica formal. Este período se diferencia 
da infância porque aos 12 anos a criança já estabeleceu um padrão de 
equilíbrio, isto é, o raciocínio cognitivo que ela levará durante sua vida. 
Figura 8 – Período das operações formais (12 anos em diante)
Fonte: Freepik.
Psicologia da Aprendizagem
26
Aspectos individuais, sociais e histórico-
culturais
Apesar da importância dos pressupostos biológicos para o estudo 
do psiquismo, outros fatores, como os aspectos individuais, sociais 
e histórico-culturais, precisam de atenção por serem ativos em sua 
formação e permitirem uma compreensão mais ampla e ponderada dos 
fatores envolvidos. 
Os aspectos individuais se referem às características pessoais, 
peculiares, únicas e singulares que os indivíduos possuem. Essas 
características formatam seu modo de existir e de se relacionar com o 
mundo. Assim, tais aspectos dizem respeito ao indivíduo e à formação 
do psiquismo. É, portanto, um fenômeno interno, que se relaciona 
dialeticamente com a objetividade (com o externo). 
As características biológicas do indivíduo (disposição física, 
emoções, funcionamento do sistema nervoso, emoções e necessidades 
biológicas), segundo Leontiev (1978), vão se tornando singulares e 
permitindo a diferenciação entre eles. Isso ocorre por meio da apropriação 
da realidade e dos processos de objetivação e da apropriação. 
REFLITA:
Apesar das invariáveis controvérsias sobre a gênese dos 
elementos individuais, há um entendimento preponderante 
entre autores, como Vygotsky (1995 apud SOUZA; 
ANDRADA, 2013), que, ao se referir a aspectos peculiares 
do indivíduo, considera a parcialidade das origens dos 
seus elementos constitutivos, ou seja, o desenvolvimento 
do individual ocorre à medida que ocorre a dialética entre 
o interno e o externo. Nesse intercâmbio com o meio, o 
indivíduo se apropria dasexperiências, subjetivando-as 
e transformando-as em uma maneira única e singular de 
existir. 
Podemos entender, conforme Bock (2004 apud SILVA, 2009), que 
os aspectos individuais são construções do mundo social individual. 
Psicologia da Aprendizagem
27
Dessa forma, Vygotsky foi um importante autor nessa área, pois, 
ao atribuir complexidade à formação do psiquismo humano, ampliou 
os estudos, sugerindo novos caminhos. Assim, trouxe o elemento 
histórico-social do desenvolvimento psicológico e introduziu a noção 
de historicidade no Psiquismo humano (fundamentada no materialismo 
histórico-dialético proposto por Marx e Engels). 
Vygotsky, então, indicou que, para se desenvolver e formar suas 
características individuais, primeiramente, deve ocorrer a atividade 
externa (o contato dialético do indivíduo com o ambiente), para a posterior 
apropriação cultural e internalizarão pela atividade individual. Sendo 
assim, para que haja apropriação, é necessária a interação com outros 
sujeitos possuidores do conhecimento a serem internalizados. 
VOCÊ SABIA?
Você sabia que o conceito de internalizarão diz respeito à 
imposição que a criança faz a si para assimilar a mesma 
forma de comportamento e condutas sociais em princípio 
impostas a ela por outras pessoas? Pois é, dessa forma, a 
internalização de condutas culturais ocorre inicialmente no 
âmbito externo e, ao ser reconstruído, ocorre internamente.
Com isso, Vygotsky (2008) também aponta a interação dialética 
com o meio social como fonte responsável pelo desenvolvimento de 
importantes funções psíquicas, própria dos seres humanos, como a 
linguagem, a escrita, o cálculo, o desenho, a atenção voluntária, a memória 
lógica e a formação de conceitos, as ações conscientes, o pensamento 
abstrato, entre outras (chamadas de funções mentais superiores). 
EXPLICANDO MELHOR:
Observa-se que, apesar de não desconsiderar os aspectos 
biológicos, em sua teoria, Vygotsky enfatiza a interação 
contínua dos aspectos sociais no desenvolvimento 
psicológico. Por isso, não se pode falar em mudanças 
isoladas da personalidade, pois, sob o efeito das 
multiplicidades de fatores, a mudança interna que ocorre 
altera sua estrutura como um todo.
Psicologia da Aprendizagem
28
Assim, para o autor, tendo como base a correlação entre 
desenvolvimento e aprendizagem, não se pode reduzir a compreensão 
dos fenômenos a determinações de estágios de desenvolvimento. 
Nesse caso, é imprescindível conhecer as relações que permeiam seus 
processos. Para isso, Vygotsky dividiu em três zonas de desenvolvimento 
os espaços de desenvolvimento e execução de atividades, diferenciadas 
pelos níveis de necessidade de interferências e mediação. São elas:
1) Zona de desenvolvimento real: são as capacidades mentais 
de solucionar problemas já alcançados pela criança. Nela, as 
atividades são executadas sem o auxílio do outro. 
2) Zona de desenvolvimento potencial: capacidade de solucionar 
problemas com a ajuda do outro. O que faz hoje com colaboração, 
poderá realizar sozinha amanhã.
3) Zona de desenvolvimento proximal: está entre a zona de 
desenvolvimento real e a potencial. Refere-se às funções em 
desenvolvimento. 
EXEMPLO: 
Vygotsky (1998 apud SOUZA; ANDRADA, 2013), para exemplificar os 
conceitos delimitados, apresenta uma situação com duas crianças com 
idade mental de 8 anos, considerando-se que elas estão no mesmo nível 
real de desenvolvimento em relação ao que conseguem fazer sozinhas, 
sem ajuda. Entretanto, há diferenças entre elas: uma conseguia, sem 
ajuda, resolver problemas correspondentes à idade mental de 9 anos, 
enquanto a outra realizava, sozinha, atividades características da idade 
mental de 12 anos. Essa divergência entre a idade mental (exemplo de 
desenvolvimento real) e o nível que a criança alcança ao resolver tarefas 
com colaboração (exemplo de desenvolvimento potencial) é o que o 
autor denomina zona de desenvolvimento proximal. 
Psicologia da Aprendizagem
29
Figura 9 – Mapa mental sobre as Zonas de desenvolvimento Vygotskyanas
Zona de 
desenvolvimento 
real
Zona de 
desenvolvimento 
potencial
Distância entre
Zona de desenvolvimento proximal
Resolve-se 
o problema 
individualmente
Resolve-se o 
problema com 
ajuda
Fonte: Educando o Amanhã (2016).
Assim, podemos perceber que Vygotsky rejeita explicações 
deterministas e naturalizantes sobre o desenvolvimento humano. Seu 
legado privilegia a apropriação da cultura como fator potencializador do 
desenvolvimento psicológicos dos indivíduos (PASQUALINI, 2006 apud 
CAMPOS, 2015).
EXPLICANDO MELHOR:
Para Vygotsky, os pensamentos superiores são assim 
considerados por se distinguirem das ações reflexas 
(processos psicológicos elementares), como, por exemplo, 
a sucção do seio da mãe pelo bebê; das as associações 
simples, como evitar o contato da mão com o fogo; e das 
reações automatizadas, como virar a cabeça em direção a 
um ruído repentino.
Psicologia da Aprendizagem
30
Figura 10 – Aprendizagem em diferentes culturas: visão histórico-cultural Vygotskyana
Fonte: Wikipedia.
RESUMINDO:
E então, compreendeu tudo que estudamos neste 
capítulo? Vamos, então, revisar um pouco do que vimos. 
Neste capítulo, você viu que os aspectos biológicos são 
considerados por algumas abordagens da Psicologia 
como fatores preponderantes para a explicação do 
desenvolvimento psíquico. Ainda, entendeu que apesar da 
importância dos pressupostos biológicos para o estudo do 
psiquismo, outros fatores, como os aspectos individuais, 
sociais e histórico-culturais, precisam de atenção por serem 
ativos em sua formação e permitirem uma compreensão 
mais ampla e ponderada dos fatores envolvidos. Por fim, 
você compreendeu que as características biológicas do 
indivíduo (disposição física, emoções, funcionamento do 
sistema nervoso, emoções e necessidades biológicas) vão 
se tornando singulares e permitindo a diferenciação entre 
eles. Isso ocorre por meio da apropriação da realidade e 
dos processos de objetivação e da apropriação.
Psicologia da Aprendizagem
31
Processos e Constituição do Psiquismo 
Humano
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos compreender os processos e a 
constituição do psiquismo humano. E então, preparado? 
Vamos lá!
Entre os anos de 1924 e 1934, como expõem Libâneo e Freitas 
(2009), Vygotsky iniciou uma pesquisa com a colaboração de psicólogos 
e pedagogos, entre eles A. N. Leontiev e A. R. Luria. O estudo embasou 
teoricamente a Psicologia Histórico-cultural quanto às formulações 
sobre origem e desenvolvimento do psiquismo, processos intelectuais, 
emoções, consciência, atividade, linguagem, desenvolvimento humano 
e aprendizagem.
A seguir, serão abordados individualmente alguns desses 
elementos.
Atividade
VOCÊ SABIA?
Libâneo e Freitas (2009), em seus estudos, informaram 
que o conceito de atividade para a concepção histórico-
cultural é elementar, pois é fundamental para que se possa 
explicar o processo de mediação. Para eles, é a atividade 
que promove a relação entre o homem e a realidade 
objetiva. Dessa forma, o homem não apenas responde 
automaticamente aos estímulos, mas reage ativamente, 
atuando e transformando tanto o meio quanto a si. 
Leontiev (1903-1979), a partir das ideias da Teoria Histórico-cultural 
da Atividade, também a investigou buscando demonstrar que a atividade 
psíquica humana, como forma singular de atividade humana, expressa 
elementos do desenvolvimento psíquico.
Psicologia da Aprendizagem
32
As concepções marxistas também contribuíram para o 
entendimento da atividade, ao sugerir duas premissas: a primeira denota 
que a natureza humana da atividade, ao afirmar que a atividade representa 
a ação humana, promove a relação entre o homem (ativo) e o meio; a 
segunda informa que o desenvolvimento das atividades psíquicas, como 
processos psicológicos superiores, acontece a partir das relações sociais, 
do contexto cultural.
Nesse sentido, entre 1930 e 1940, Leontiev estudoua relação entre 
a atividade humana e os processos internos da mente. Ele entendeu que 
as atividades só se concretizam por meio de ações, operações e tarefas se 
instigadas por necessidades e motivações. Assim, a atividade humana se 
materializa por meio de ações correspondentes: as atividades didáticas, 
por meio das ações de aprendizagem; as atividades físicas, por meio de 
exercícios físicos, entre outros exemplos. 
NOTA:
Em suma, a atividade humana acontece e se materializa 
com uma ação humana, ativa e devidamente motivada 
por uma necessidade. Ela transforma reciprocamente o 
homem e o social, à medida que eles interagem. Esses 
eventos, além de permitirem a visualização de elementos 
do desenvolvimento psíquico, podem promover o 
desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 
Figura 11 – Atividade Psíquica e aprendizado
Fonte: Pixabay.
Psicologia da Aprendizagem
33
Figura 12 – Desenvolvimento humano na perspectiva sócio-histórica
Fonte: Freepik.
Identidade
Os termos “subjetividade”, “individualidade”, “personalidade” e 
“identidade” são, na Psicologia, utilizados com frequência para fazer 
menção ao seu objeto de estudo, referindo-se a seus processos ou 
resultados ou atuando sobre o entendimento desse objeto. Autores 
brasileiros vinculados ao pressuposto histórico-cultural utilizam, por 
vezes, os referidos termos como sinônimos ou dão prioridade a algum 
em detrimento de outro, por considerarem que um deles retrataria melhor 
as peculiaridades do assunto (SILVA, 2009). 
Segundo Silva (2009, p. 170): 
Na Psicologia Histórico-cultural (para alguns, Psicologia 
Sócio-histórica), que tem em seus fundamentos teórico-
metodológicos as produções de Vygotsky, Leontiev, 
Luria e outros autores soviéticos, o objeto de estudo é 
a consciência, mas, para compreendê-la, é necessário 
Psicologia da Aprendizagem
34
considerar os processos que a constituem e fazem com 
que seja constituída. Entre estes estão a subjetividade, a 
individualidade, a personalidade e a identidade.
Com isso, alguns conceitos que diferenciam esses termos são 
apresentados no estudo da autora. No entanto, mesmo sabendo que 
todos são termos que participam da constituição e compreensão da 
consciente e, apesar da sua proximidade, nos restringiremos ao conceito 
de identidade.
DEFINIÇÃO:
“Identidade” é um termo complexo estudado em diversas 
abordagens das Ciências Humanas, como a Psicologia, 
a Sociologia e a Antropologia. Para Stuart Hall (2011), 
existem três tipos de identidades categorizadas de acordo 
com o período histórico: identidade do sujeito iluminista 
(identidade como um núcleo interno do homem, sendo 
esse imutável ao longo da vida); identidade do sujeito 
sociológico da idade moderna (existe um núcleo, mas ele é 
modificado no contato social); e identidade do sujeito pós-
moderno da atualidade (para esse período, a identidade 
é vista como fragmentada, havendo várias identidades). 
O autor também menciona as identidades culturais como 
sendo “aqueles aspectos de nossas identidades que 
surgem de nosso ‘pertencimento’ a culturas étnicas, raciais, 
linguísticas, religiosas e, acima de tudo, nacionais” (HALL, 
2011, p. 8).
Dessa forma, não há um consenso sobre o tema. Entretanto, 
seguiremos com o objetivo de abordar a identidade e suas influências 
sobre o psiquismo humano a partir de um olhar mais amplo. 
Psicologia da Aprendizagem
35
IMPORTANTE:
Nesse sentido, podemos, então, destacar Silvia Lane 
e Antonio da Costa Ciampa, que, na década de 1980, 
realizaram pesquisas em Psicologia Social, amparados 
teoricamente nos estudos de Vygotsky e Leontiev. Esses 
autores desenvolveram seus trabalhos posicionando-
se criticamente em relação à psicologia burguesa, que 
entendia a identidade (referida pelo termo personalidade) 
como algo individual, que, mesmo com interferências 
externas, originava-se do indivíduo. Assim, abandonaram o 
termo personalidade, preferindo utilizar o termo identidade, 
por entenderem que este trata a constituição do eu de 
forma crítica, multifatorial e dinâmica (SILVA, 2009).
Para Ciampa (1987 apud FARIA; SOUZA, 2011), identidade é como 
metamorfose. Ela está sujeita a transformações constantes e pode, 
assim, ser entendida como uma consequência temporária da relação 
entre fatores como a história de vida do indivíduo, seus projetos e seu 
contexto histórico e social. Ou seja, sugere que a identidade é dada a cada 
diferente momento (possuímos várias identidades visíveis nos diferentes 
papéis que exercemos), não sendo algo pronto, atemporal e imutável. Ela 
está em um contínuo processo. 
Ainda segundo o autor, “[...] identidade é o reconhecimento de 
que é o próprio de quem se trata; é aquilo que prova ser uma pessoa 
determinada, e não outra”. (CIAMPA, 2007 apud WONSOSKI; DOMINGUES, 
2015). Para ele, ela se estabelece na relação entre diferença e igualdade, 
posto que alguns elementos nos aproximam e nos diferenciam uns dos 
outros (como o nome, que nos diferencia, e o sobrenome, que nos traz 
uma relação de parentesco). 
Psicologia da Aprendizagem
36
EXPLICANDO MELHOR:
Para entender a dinâmica e o processo de formação da 
identidade, Ciampa (2007) utilizou o método da narrativa 
e empregou também as categorias atividade (entendida 
como ação, trabalho) e consciência para alcançar o 
conhecimento sobre os conteúdos que participam da 
formação da identidade. Assim, o indivíduo narrava os 
fatos sobre si, sobre sua história e, com base nesse relato 
permeado pela consciência, era possível observar e 
conhecer o processo de individualização do sujeito na 
atividade humana atuando sobre a formação da identidade.
Figura 13 – O que é identidade?
Fonte: Freepik.
Psicologia da Aprendizagem
37
RESUMINDO:
E então, compreendeu tudo que estudamos neste 
capítulo? Vamos, então, revisar um pouco do que vimos. 
Neste capítulo, você viu que o conceito de atividade 
para a concepção histórico-cultural é elementar, pois 
é fundamental para que se possa explicar o processo 
de mediação. Ainda, entendeu que existem três tipos 
de identidades categorizadas de acordo com o período 
histórico: identidade do sujeito iluminista (identidade como 
um núcleo interno do homem, sendo esse imutável ao 
longo da vida); identidade do sujeito sociológico da idade 
moderna (existe um núcleo, mas ele é modificado no contato 
social); e identidade do sujeito pós-moderno da atualidade 
(para esse período, a identidade é vista como fragmentada, 
havendo várias identidades). Por fim, você compreendeu 
que a identidade está sujeita a transformações constantes 
e pode, assim, ser entendida como uma consequência 
temporária da relação entre fatores como a história de vida 
do indivíduo, seus projetos e seu contexto histórico e social.
Psicologia da Aprendizagem
38
Pensamento e linguagem do 
desenvolvimento humano
OBJETIVO:
Neste capítulo, vamos entender o pensamento e a 
linguagem do desenvolvimento humano. E então, 
preparado? Vamos lá!
Consciência
Para compreender o conceito de consciência como componente 
formador do psiquismo, é preciso, primeiramente, saber que, para os 
teóricos sócio-históricos, a composição dela se deve à dinâmica dialética 
entre o meio social e a criança (LORDELO, 2007 apud CASTRO; ALVES, 
2012). 
DEFINIÇÃO:
Termo criado por Karl Marx e Friedrich Engels para 
compreender os fenômenos sociais que aconteciam em seu 
país. Essa concepção filosófica defendia que o ambiente, o 
organismo e os fenômenos físicos tanto modelam animais 
irracionais e racionais, sua sociedade e cultura quanto são 
modelados por eles, ou seja, que a matéria está em uma 
relação dialética (WIKIPEDIA, 2021).
A consciência trabalha com signos formadores da linguagem, 
conforme afirma Saviani (2013 apud POLON; PADILHA, 2017, p. 86):
A consciência é resultante do desenvolvimento da 
linguagem e, portanto, do emprego dos signos, ou seja, um 
lastro social e simbólico que, desvinculado do processo 
evolutivo biológico, demarcou o desenvolvimentosocialmente histórico do ser humano.
Psicologia da Aprendizagem
39
SAIBA MAIS:
Signo é a linguagem propriamente dita, que pode ser 
expressa por palavras, sinais, sons etc. Esse signo produz 
um significante, que é o elemento perceptível na linguagem, 
o produto dela, enquanto o conceito da linguagem é 
chamado de significado. Vejamos um exemplo: Alguém 
fala, escreve, interpreta em libras a palavra “cachorro” – o 
que foi visto e decodificado por você é o significante, e o 
que você tem como conceito de cachorro é o significado.
Figura 14 – Signos
Fonte: Freepik.
Psicologia da Aprendizagem
40
REFLITA:
Agora, convido você a fazer uma breve reflexão. Observe 
a Figura 14 e reflita: você acredita que todos têm o mesmo 
conceito de “cachorro”? Como é essa relação entre o 
individual e biológico, no sentido de consciência, linguagem, 
sensação, percepção e meio social? Os cachorros com que 
uma pessoa interage estão sempre soltos, enquanto outros 
só saem à noite. Isso exerce alguma influência? Agora, 
vamos além: leve essa reflexão para a sala de aula. Como 
você enxerga a relação dialética entre os indivíduos e a 
escola? 
Para fortalecermos a discussão a respeito de consciência, vejamos 
a interpretação de Aita e Tuleski (2017, p. 101):
A consciência possui uma natureza social, e se desenvolve 
pela maneira como o indivíduo se apropria da objetividade 
da realidade. Ao apreender os significados sociais, 
o indivíduo pode dar a eles um significado pessoal 
relacionado com suas experiências particulares, com as 
suas necessidades, seus motivos e sentimentos, ou seja, 
com a sua própria vida. 
A linguagem compartilhada provoca um efeito em quem ouve, 
mas também em que fala. Esse efeito não é só ouvir e decodificar, mas 
coordenar comportamentos, sensações e a consciência do outro e de 
si mesmo. Por isso, o estudo de classes sociais, relação social, dentre 
outras variáveis culturais, é essencial (CASTRO; ALVES, 2012). Para os 
autores histórico-culturais, o processo de construção da linguagem deve 
ser estudado em meio ao social, pois este, com seu meio de produção e 
seu produto material, influencia diretamente a relação do indivíduo com o 
material, refletindo a concepção do psiquismo. Essa relação, por sua vez, 
não é imutável, tendendo a se modificar à medida que o indivíduo atribui 
novos sentidos ao que foi apropriado por ele da realidade (AITA; TULESKI, 
2017). 
Psicologia da Aprendizagem
41
Emoções
Podemos dizer que o indivíduo tem acesso às emoções pelos 
neurônios sensoriais, presentes nos órgãos dos sentidos, e pelos neurônios 
presentes na região cerebral que decodifica os sinais. A sensação do 
estímulo é biológica, mas a interpretação (percepção) dela é subjetiva. Esse 
é um exemplo básico de como os mecanismos biológicos influenciam os 
processos cognitivos e, como vimos anteriormente, influenciam também 
a consciência, a linguagem e a subjetividade (MAGIOLINO, 2014). 
IMPORTANTE:
Ao estudar o conceito de psiquismo humano em Vygotsky, 
unimos sensação e subjetividade humana, e concluímos 
que o contexto social pode influenciar na maneira como 
elaboramos as sensações, ou seja, a sensação de quebrar 
um dedo é assimilada mundialmente da mesma maneira, 
pelos neurônios nociceptivos, mas a percepção dessa dor 
pode sim, se modificar de acordo com a cultura do povo, 
para alguns a dor pode ser algo mais significativo. Essas 
interpretações são parte da constituição da subjetividade 
humana. Como exemplifica Magiolino (2014, p. 51):
Para compreender o modo como às emoções 
significam nas relações sociais e no processo 
dramático de constituição do sujeito, é necessário 
compreender essa intrincada relação da emoção 
com as demais funções psicológicas na consciência 
que, emerge na/pelas relações sociais. Isso nos 
leva a indagar sobre as posições sociais ocupadas 
pelos sujeitos e pelos sujeitos que se emocionam na 
dinâmica das interações.
Podemos dizer que as emoções fazem parte das funções 
psicológicas superiores, não somente para garantir a sobrevivência da 
espécie, mas também para organizar a vida de cada indivíduo em seu 
meio. Um exemplo disso é o indivíduo preocupado com uma iminente 
chuva. A preocupação (ansiedade) só é possível se ele tiver memória, 
pois se lembrará de algum evento traumático vivenciado anteriormente. 
Psicologia da Aprendizagem
42
O homem se diferencia dos demais animais por essa capacidade, “o 
planejamento das ações futuras”, o que resultou em nossa evolução. 
As emoções por sua vez diferem o indivíduo entre si, pois cada ser 
interpreta diferentemente um evento, isso proporciona a individualidade/
subjetividade e, ao mesmo tempo, modifica o ambiente.
DEFINIÇÃO:
As funções psicológicas superiores são a atenção, a 
memória, a imaginação, o pensamento e a linguagem. 
Figura 15 – Emoções e catarse no teatro
Fonte: Freepik.
Psicologia da Aprendizagem
43
IMPORTANTE:
A emoção é diferente do sentimento, pois esta se deve 
a um processo inconsciente, involuntário. Como nos traz 
Garcia (2005, p. 147):
As emoções são caracterizadas pelas vivências 
afetivas mais simples, que estão relacionadas 
à satisfação e à insatisfação das necessidades 
orgânicas, tais como as sexuais, de alimento, de saciar 
a sede, de defender-se dos perigos diários e tantas 
outras. Também pertencem ao grupo das emoções as 
reações afetivas relacionadas às sensações, as quais 
exercem grande influência na vida do indivíduo, uma 
vez que são provocadas pelos objetos e fenômenos 
da realidade.
Ainda, para a autora, os sentimentos, dotados de processo cognitivo, 
são parte construtiva do psiquismo humano. Garcia (2005, p. 147) ainda 
ressalta:
Os sentimentos são diferentes das emoções, pois estão 
relacionados às necessidades que vão sendo criadas no 
processo de desenvolvimento da sociedade; dependem 
das condições de vida, especialmente das necessidades 
dos homens de se relacionarem entre si. São inseparáveis 
das necessidades culturais. Fundamentadas na Teoria 
Histórico-Cultural, sabe-se que não existe atividade 
cognitiva desprovida de sentimentos ou reações 
emocionais.
Pensamento e linguagem do 
desenvolvimento humano
O pensamento e a linguagem estão diretamente relacionados ao 
desenvolvimento humano, pois este é o produto das atividades mentais 
superiores, as quais estão envolvidas no processo de aquisição, retenção 
e uso do conhecimento, por meio do pensamento e linguagem. Juntos, 
eles compõem a cognição.
Psicologia da Aprendizagem
44
DEFINIÇÃO:
Cognição é a capacidade de processar informações e 
transformá-las em conhecimento. 
Figura 16 – Pensamento/Cognição
Fonte: Freepik.
Enquanto para Vygotsky a linguagem e o pensamento são fruto 
da interação sociocultural do indivíduo, para Piaget (1987, p. 15-16), a 
inteligência é:
A solução de um problema novo, é a coordenação dos 
meios para atingir um certo fim, que não é acessível de 
maneira imediata; enquanto o pensamento é a inteligência 
interiorizada e se apoiando não mais sobre a ação direta, 
mas sobre um simbolismo, sobre a evocação simbólica 
pela linguagem, pelas imagens mentais etc. 
Psicologia da Aprendizagem
45
A Teoria Genética de Piaget defende um sistema de operações 
interiorizadas e simbólicas que, posteriormente, serão convertidas 
em pensamento. As ações desenvolvidas pela criança até então serão 
atividades de autoconhecimento e de exploração do ambiente, as quais a 
farão superar as fases iniciais do desenvolvimento.
REFLITA:
Acerca do que foi discutido até o momento, trazemos 
as seguintes indagações: você consegue explicar o que 
é pensar? O que é pensamento? Quando adquirimos 
a capacidade de pensar? O que é linguagem? Como a 
linguagem influencia o pensamento? Qual a relação entre 
memória, pensamento e linguagem? 
Para responder a algumas dessas perguntas, poderíamos recorrer às 
fases do desenvolvimento infantil, quando a criança começa a desenvolver 
seu pensamentoabstrato e, assim, pode solucionar problemas. Então, 
se pensar é a capacidade de solucionar um problema por meio de um 
pensamento abstrato, como seria esse processo cognitivo?
Podemos, então, dizer que, para resolver um novo problema, 
é necessário o uso das capacidades cognitivas. A cognição se refere 
às atividades mentais envolvidas na aquisição, retenção e no uso do 
conhecimento, que são a percepção, a aprendizagem e a memória 
(PINTO, 2011). 
Ainda, pensar inclui duas representações mentais conscientes a 
fim de produzir inferências e conclusões: imagens mentais e conceitos. 
As imagens mentais são a representação mental de objetos ou eventos 
passados, e os conceitos são os agrupamentos de ideias a respeito 
de um objeto (HOCKENBURRY, 2001). Nessa categoria, é possível 
compreendermos a relação entre o meio e o indivíduo, pois, para os 
autores sócio-históricos, ela interfere na formação de conceitos. 
Psicologia da Aprendizagem
46
Figura 17 – Pensamento e linguagem
Fonte: Freepik.
REFLITA:
Para finalizar esta unidade, gostaríamos de chamar atenção 
a temas atuais e que, por estarem presentes no meio social, 
moldam a nossa psique. São eles: gênero, tecnologias e 
bullying. Você consegue identificar algum? 
SAIBA MAIS:
Agora, imagine uma pessoa que tenha vivido fora 
do ambiente social. Como você acha que seria o 
desenvolvimento de sua linguagem e de seu pensamento? 
Reflita sobre a questão da estimulação e, após, assista ao 
A maçã (1999), dirigido por Samira Makhmalbaf. O filme, 
vencedor do Prêmio Troféu Sutherland, conta a história de 
duas crianças privadas do convívio social. Compare o que 
você assistiu com as fases de desenvolvimento piagetianas 
e com a questão Vygotskiana acerca da relação entre meio 
social e desenvolvimento. 
Psicologia da Aprendizagem
https://www.google.com/search?q=a+ma%C3%A7%C3%A3+samira+makhmalbaf&stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LSz9U3MCorTM8xUeIEs03LKrK0xLKTrfTTMnNywYRVSmZRanJJftEiVqlEhdzEw8sPL1YoTszNLALxsjNyE3OSEtMAkFl3qk4AAAA&sa=X&ved=2ahUKEwiEk-WGk-nhAhXDB9QKHchDAzsQmxMoATAeegQICxAK
https://www.google.com/search?q=a+ma%C3%A7%C3%A3+trof%C3%A9u+sutherland&stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LSz9U3MCorTM8xUQKzjSuTisqTtWSzk630E8sTi1IgZHx5Zl5eapEVmFO8iFU6USE38fDyw4sVSory0w6vLFUoLi3JSC3KScxLAQD7dPCRVwAAAA&sa=X&ved=2ahUKEwiEk-WGk-nhAhXDB9QKHchDAzsQmxMoATAlegQICxAg
47
RESUMINDO:
E então, compreendeu tudo que estudamos neste 
capítulo? Vamos, então, revisar um pouco do que vimos. 
Neste capítulo, você viu que a composição da consciência 
se deve à dinâmica dialética entre o meio social e a criança, 
e que ela é resultante do desenvolvimento da linguagem 
e, portanto, do emprego dos signos. Ainda, você entendeu 
que as emoções fazem parte das funções psicológicas 
superiores, não somente para garantir a sobrevivência 
da espécie, mas também para organizar a vida de cada 
indivíduo em seu meio. Por fim, você compreendeu que o 
pensamento e a linguagem estão diretamente relacionados 
ao desenvolvimento humano, pois este é o produto das 
atividades mentais superiores, as quais estão envolvidas no 
processo de aquisição, retenção e uso do conhecimento, 
por meio do pensamento e linguagem. Juntos, eles 
compõem a cognição.
Psicologia da Aprendizagem
48
REFERÊNCIAS:
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crítica: o desafio do método dialético na didática. Maringá: Universidade 
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ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 24., 2015, Maringá. Anais... Maringá: 
Universidade Estadual de Maringá, 2015. 
Psicologia da Aprendizagem
	O que é psiquismo humano?
	Fatores que impactam o desenvolvimento do psiquismo
	Aspectos biológicos
	Aspectos individuais, sociais e histórico-culturais
	Processos e Constituição do Psiquismo Humano
	Atividade
	Identidade
	Pensamento e linguagem do desenvolvimento humano
	Consciência
	Emoções
	Pensamento e linguagem do desenvolvimento humano

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