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Sandra Mara Dobjenski - Criminalista DIREITO PROCESSUAL PENAL COMPETÊNCIA • Limite da jurisdição (iuris diquissio = poder de dizer o direito – cabe ao judiciário dizer o direito = aplicar o direito no caso concreto) • Advém de uma regra legal (se ter na competência uma regra que advém da lei – não é competente quem quer, mas é competente que a lei assim o definir) (lei = norma em sentido amplo) • Três critérios para definir a competência Sandra Mara Dobjenski - Criminalista MATÉRIA (Ex.: Um juiz de um TJ comum julgue um crime militar – a matéria crime militar afeta a justiça militar, dessa forma não pode um juiz de 1º grau, da justiça comum julgar um crime da justiça militar) (um crime eleitoral também não pode ser julgado na justiça comum) PESSOA (Ex.: julgamento de deputado federal (competência do STF); prefeito (competência do TJ do estado) – um deputado federal, sendo julgado por um crime no exercício do cargo e que tenha relação com o cargo – julgado por um juiz de piso (1º grau) – esse juiz é incompetente e o julgamento não terá continuidade) LUGAR (Ex.: Um crime que foi praticado em Santa Cruz do Sul será julgado em Santa Cruz do Sul, mas se por um equívoco o crime está sendo julgado em Santa Maria - Art. 70 CPP. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. – o local onde ocorrerá o julgamento é o local onde o crime se consumar – é possível que um juiz de Santa Maria venha a julgar um crime cometido em Santa Cruz do Sul – a defesa deve arguir a incompetência de Santa Maria para o julgamento no primeiro momento de falar aos autos) Art. 396- Sandra Mara Dobjenski - Criminalista A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. RESPOSTA A ACUSAÇÃO – quando o acusado for responder no prazo de 10 dias colocará na preliminar DA INCOMPETÊNCIA – alegando que o juiz de Santa Maria não é competente para o julgamento. Se o advogado não arguir no primeiro momento de falar aos autos esta incompetência, aquele juiz de Santa Maria que era incompetente, passará a Sandra Mara Dobjenski - Criminalista ser competente, pois a competência se prorroga. Absoluta Absoluta Relativa Improrrogável Improrrogável Prorrogável GUIA DA FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA Para se saber qual a competência pergunta-se sobre: 1. Autor do crime – Ex.: João roubou o celular de Carlos – quem é João? – (o autor possui prerrogativa por foro ou função) João é o prefeito – quem vai efetuar o julgamento é o Tribunal da Justiça do estado. Prefeito Tribunal de justiça Governador Superior Tribunal da Justiça Deputado federal/senador Superior Tribunal Federal Sandra Mara Dobjenski - Criminalista Juiz em atividade Tribunal que atua, independentemente do local do crime Promotor em atividade Tribunal que atua, independentemente do local do crime. OBS.: Jurisprudência do STF e STJ – nos casos de deputados federais, senadores (para serem julgados pelo STF) e governador (julgado pelo STJ), há dois critérios para foro de prerrogativa: A. Esteja no cargo/diplomado B. Crime tenha relação com o cargo Ex.: Carlos deputado federal já empossado, vai a Santa Catarina na oktober fest, desfere um soco em Pedro – lesão corporal praticada por Carlos em relação a Pedro – o crime não tem haver com o cargo, portanto será julgado em Santa Catarina. Se o autor não tiver foro/prerrogativa de função: 2. Qual a justiça que irá julgá-lo? Se o crime for militar vai para a justiça militar, se crime eleitoral vai para a justiça eleitoral, se o crime afeta algum bem da União – crime federal, se o crime não afetar nenhuma dessas esferas vai para a justiça estadual. A competência da justiça estadual é residual. 3. Qual o local do crime? O local do crime definirá qual justiça será competente (Art. 70 CPP) será competente o local onde o crime se consumar – se o crime for tentado, no último local do último ato de execução do fato. Sandra Mara Dobjenski - Criminalista REGRA: lugar de consumação – teoria do resultado EXCEÇÃO: JECRIM – teoria da atividade. OBS.: Crimes dolosos ou culposos contra à vida devem levar em consideração a comunidade que foi atingida e a produção da prova – teoria da atividade. EX.: Se Paulo der um tiro em Carlos em Santa Cruz e Carlos pegar um avião e for até Porto Alegre e vier a óbito – o local da consumação é Porto Alegre, entretanto Paulo será julgado em Santa Cruz – nos crimes de homicídio a competência acena que a competência seja no local onde o fato acontecer. Se o local do crime for desconhecido vai-se: 4. Domicílio do réu - Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu. Ex.: Carlos pratica um crime em um local indeterminado, o crime ocorreu no interior de um ônibus enquanto este se deslocava, a noite – a competência é o local onde Carlos mora. Se Carlos possuir dois domicílios – domicílio voluntário em Santa Cruz do Sul porque ele ali possui um apartamento e possui um domicílio legal em Santa Maria por ser funcionário da justiça militar – Carlos será julgado em Santa Cruz ou Santa Maria - Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa. Critério da prevenção = o primeiro juiz que tomar uma decisão no Sandra Mara Dobjenski - Criminalista processo será o juiz prevento. Dessa forma o juiz de Santa Maria determinou a prisão de Carlos – a partir desse momento o juiz de Santa Cruz será excluído. O critério da prevenção é utilizado para os crimes permanentes (crime que a consumação se prolonga no tempo) (Ex.: sequestro). Se o réu não possuir nenhum domicílio (réu é um circense, é um nômade) – o primeiro juiz que tomar contato com o processo será competente. (O juiz conhece do processo quando a ele é feito um pedido sobre este) CAUSAS DE MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA Conexão/Continência – situações em que se tem dois crimes – crime A + crime B conexo ou se tem uma pessoa praticando vários crimes em continência. CONEXÃO (vários crimes) CONTINÊNCIA (um crime cometido por várias pessoas ou uma pessoa praticando vários crimes) Art. 76. A competência será determinada pela conexão: I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: Sandra Mara Dobjenski - Criminalista praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras; II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas; III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração. I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal. Intersubjetiva: simultaneidade, concurso ou reciprocidade Concurso de pessoas ou uma pessoa em concurso de crimes Objetivas: material ou probatória Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) I - no concursoentre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art51 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art53 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art54 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) Ex.: Um crime do júri (homicídio, aborto, infanticídio e auxílio ao suicídio) + um crime de ameaça Júri + estupro (Ex.: Paulo está estuprando Maria e chega João, Paulo mata João a fim de ocultar o crime – mesmo contexto fático estupro + homicídio doloso – homicídio doloso julgado no júri e estupro julgado pelo juiz singular – ambos os crimes serão julgados pelo Tribunal do Júri, por ser crime conexo) Júri + crime da Justiça eleitoral ou militar – nesse caso os crimes serão separados, porque as duas competências são constitucionais Existe a possibilidade que exista um júri na justiça federal – Ex.: Se Mauro matar um funcionário público federal, um oficial de justiça federal no exercício de seu cargo, um prf, um policial – Mauro será julgado no júri federal. Se o crime não envolver júri: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art3 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista A. Roubo + furto – ambos em conexão – Pena do roubo = 10 anos e a pena do furto = 4 anos – o Roubo foi praticado em Curitiba por uma quadrilha e essa mesma quadrilha foi a Campo Largo e furtou um outro local – existe uma conexão probatória entre os crimes – o processo será reunido – se verifica o crime mais grave, portanto Curitiba fica competente para o julgamento. B. Roubo (Curitiba) + 5 roubos (Campo Largo) – nesse caso a competência seria de Campo Largo, pois se vai para o maior número de crimes. C. Roubo (Curitiba) + 10 furtos (Campo Largo) – não se olha para o número de crimes quando esses forem de espécies diferentes, olha-se somente para a pena do crime. D. Roubo (Curitiba) + Roubo (Campo Largo) – prevenção – primeiro juiz que tomar uma decisão no processo é prevento • Crime contra a CEF (empresa pública) competência da Justiça Federal. Crimes contra bens, interesses ou serviços da União tem competência na Justiça Federal. • Banco do Brasil que integra a administração pública indireta é uma Sociedade de Economia Mista – competência de julgamento é da Justiça estadual Ex.: Paulo praticou um furto contra a CEF e na mesma cidade essa mesma quadrilha pratica um latrocínio em uma agência do Banco do Brasil – Súmula 122 STJ - Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de Sandra Mara Dobjenski - Criminalista competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, a, do Código de Processo Penal. Conflito de competência entre um crime da justiça federal X crime da justiça estadual – a competência será sempre da justiça federal. PRISÕES CAUTELARES DEFINITIVAS 1. Preventiva 1.1. Cabe na fase do IP ou da ação penal; 1.2. Não pode ser decretada de ofício pelo juiz; 1.3. Quando ilegal deve ser relaxada; (toda a prisão ilegal deve ser relaxada, seja ela flagrante, preventiva ou temporária) 1.4. Quando não mais necessária deve ser revogada; (Ex.: Mauro foi preso preventivamente porque estava coagindo testemunha – Mauro foi preso por preso por Aquela que ocorre após o trânsito em julgado – prisão pena Sandra Mara Dobjenski - Criminalista conveniência da instrução criminal – a testemunha é ouvida pelo juiz – não existe mais coação que o Mauro possa exercer sobre ela – o advogado deve pedir a REVOGAÇÃO da prisão porque ela não é mais necessária) Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. 1.5 Admissibilidade prevista no Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art312... http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art312... http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). IV - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). • Para que o agente seja preso preventivamente o crime tem que ter uma pena superior a 4 anos, o agente tem que ser reincidente ou tinha contra ele uma medida protetiva. 1.6 Cabível: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art4 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 1.6.1. Ordem pública 1.6.2. Ordem econômica 1.6.3. Assegurar a aplicação da lei penal 1.6.4. Conveniência da instrução criminal 1.6.5. Descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares 1.6.6. Houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la. 1.7. Deve ser revista a cada 90 dias. (o fato de o juiz não efetuar a análise dos requisitos não significa que o agente será solto – deverá haver o pedido do advogado para que esta análise seja realizada – se feito o pedido e o juiz não efetuou a análise pede-se o RELAXAMENTO) 1.8. Possível ser domiciliar Sandra Mara Dobjenski - Criminalista Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisãopreventiva pela domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). IV - gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art41 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art41 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art41 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art41 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018). I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018). II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018). Direito da mulher gestante ou mãe de criança ou pessoa deficiente. 2. Temporária 2.1. Somente é cabível na fase do IP 2.2. Somente é cabível para o rol taxativo do Art. 1º, III da lei 7960/89 – não é possível de ofício (só é cabível se o juiz for demandado, se o promotor requerer ou se o delegado representar) Art. 1° lei 7960/89 Caberá prisão temporária: III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13769.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13769.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13769.htm#art2 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940) g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940) h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940) i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou Sandra Mara Dobjenski - Criminalista medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas; n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei nº 13.260, de 2016) 2.3. 5 dias prorrogáveis por igual período 2.4. Crime hediondo – 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias OBS.: A prisão em flagrante é uma espécie de prisão pré cautelar, pois ela tem o objetivo de fazer cessar o crime (parar a atividade criminosa) – para que o agente continue preso deverá transformar a prisão em flagrante em preventiva Sandra Mara Dobjenski - Criminalista Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) I - relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; (flagrante próprio) II - acaba de cometê-la; (flagrante próprio) III - é perseguido, logo após (de maneira ininterrupta), pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; (flagrante impróprio) – é folclórica a situação das 24 h, se o agente é perseguido de maneira ininterrupta o flagrante é legal. O flagrante passaria a ser ilegal se fosse interrompido as buscas. No caso da prisão ilegal = RELAXAMENTO DA PRISÃO. IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. (flagrante presumido) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art312... http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista OBS.: A. Juiz, MP e família devem ser IMEDIATAMENTE comunicados – mediante pena de RELAXAMENTO DA PRISÃO; B. Em 24 horas o delegado deve; • Deve ser expedida a nota de culpa; • Deve ser o APF (auto de prisão em flagrante) ser enviado ao juiz (que marcará a audiência de custódia); • Falta de testemunhas não impede o flagrante; • Art. 304, § 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade. Necessidade de testemunhas fedatárias = testemunha que estava presente quando o preso foi apresentado ao delegado • No caso de não haver mais necessidade de o agente preso em flagrante ficar detido deve-se pedir a LIBERDADE PROVISÓRIA. INQUÉRITO POLICIAL • Procedimento administrativo • Prepara uma futura ação penal • Características do IP: 1. Obrigatório por delegado de polícia – delegado tendo um crime que lhe é comunicado ele deve instaurar o inquérito. Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 2. Discricionário – delegadode polícia vai investigar conforme a sua expertise 3. Dispensável – para o MP – Art. 39, 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. 4. Informativo – informa a ação penal. Eventual nulidade do IP não vai anular a ação penal porque o IP possui critérios informativos ao processo. 5. Escrito 6. Sigiloso – para todos em REGRA. Exceção: não é sigiloso para o juiz, para o promotor e para o advogado. Fundamentos para se ter acesso ao IP são estatuto da advocacia – Art. 7º, XIV lei 8906 - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; (Redação dada pela Lei nº 13.245, de 2016) – Súmula vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. 7. Inquisitivo – não existe contraditório no IP, o contraditório fica postergado, diferido para ser usado durante a ação penal. 8. Indisponível – delegado de polícia nunca vai arquivar IP – o arquivamento é feito diretamente pelo promotor (decisão suspensa). Hoje o arquivamento é feito diretamente pelo juiz a pedido do promotor. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13245.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 9. Temporário - Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. Prazo para réu preso = 10 dias, já para réu solto prazo de 30 dias prorrogável por mais um prazo que o juiz vier a conceder. Na lei de drogas = 30 dias + 30 dias para réu preso e 90 dias + 90 se for réu solto. INVESTIGAÇÃO PELO MP • Procedimento investigatório criminal (PIC) – definido pelo STF • Teoria dos poderes implícitos • A fundamentação para que o MP possa investigar A. Respeito aos direitos fundamentais B. Situações que tem cláusula de reserva de jurisdição C. Respeitar prerrogativas dos advogados D. Investigação realizada por membros ATENÇÃO: Controle no arquivamento (deve constar acima como exigência para o MP investigar) FORMAS DE INÍCIO DO IP Sandra Mara Dobjenski - Criminalista Ação penal incondicionada Ação penal pública condicionada Ação penal privada Ex ofício Representante da vítima ou de seu representante legal Se a vítima buscar a delegacia de polícia autorizando o início da investigação Requisição do juiz ou do MP Requerimento da vítima ou de seu representante legal – caso o delegado indefira esse pedido de investigação pode se oficiar, requerer, recorrer ainda que inonimadamente para o chefe deste delegado. Notícia de qualquer pessoa - Em caso de denúncia anônima ou apócrifa (sem assinatura), deve ser realizada uma investigação prévia para ver a viabilidade da denúncia. Auto de prisão em flagrante – cognição coercitiva Sandra Mara Dobjenski - Criminalista ELEMENTOS INFORMATIVOS SÃO DIFERENTES DE PROVAS? SIM - Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Três provas que são produzidas no IP: 1. Cautelares 2. Irrepetíveis 3. Antecipadas Inquérito policial X Ação Penal Elementos informativos Provas (feita na presença do juiz) Não há contraditório e ampla defesa Há contraditório e ampla defesa ATENÇÃO: Não se pode condenar com base exclusiva em elementos informativos. ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP) Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) § 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art46 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art46 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art45 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art45 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) Não cabe ANPP. AÇÃO PENAL Direito de pedir ao estado que puna alguém. Espécies de ação: Pública – manejada pelo Ministério Púbico por meio de uma denúncia. 1. Pública condicionada a representação – Retratável (voltar atrás) até o oferecimento da denúncia. - Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 2. Pública condicionada a requisição do Ministro da Justiça 3. Pública incondicionada Privada – por meio do advogado – queixa crime. Para a apresentação de uma queixa crime o advogado precisa de uma procuração com poderes específicos. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art20 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 4. Privada personalíssima – somente o caso do Art. 236 – situações ligadas ao casamento - Art. 236 CP - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 5. Privada Exclusiva – ocorrerá a sucessão processual que se dá por meio do CADI (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão) poderá entrar ou dar continuidade na ação sob pena de perempção – se em 60 dias não assumirem essa ação penal = perempção. Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art36 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 6. Privada Subsidiária da Pública – quando ocorrer a inércia do MP - Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. Art. 24, § 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. (Incluído pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993) PRINCÍPIOS PÚBLICA PRIVADA Obrigatoriedade: tendo elementos de autoria e materialidade, o MP é obrigado a entrar com ação penal. Conveniência e oportunidade: renúncia – durante o IP em ato unilateral Indisponível: O MP não pode desistir da ação penal proposta. Disponível: perdão – durante a ação Perdão/renúncia – institutos da ação penal privada, personalíssima e exclusiva. RENÚNCIA PERDÃO do ofendido Antes do início da ação penal Após o início da ação penal Ato unilateral Ato bilateral – necessário a anuência do ofendido http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8699.htm#art24%C2%A72 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista Quando ofertado a um, atinge os demais. Quando ofertado a um, atinge os demais. PROVAS • Prova ilegal/ilícita deve ser desentranhada – não é admitida a prova ilegal, a ilícita e a ilegítima – teoria da derivação da prova ilícita – Art. 157, § 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) • É possível a prova emprestada Art. 158. Quando a infração deixar vestígios (crime não transeunte), será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Exame de corpo de delito – confissão não supre o exame de corpo de delito. O exame de corpo de delito poderá ser: 1. Direto 2. Indireto - Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. (quando desaparecidos os vestígios a prova testemunhal vai suprir esse exame) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. Cadeia de custódia – processo para manter a higidez, a seriedade na condução da prova Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) Para a realização do corpo de delito é necessária uma única pessoa (perito). § 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) . Em caso de não se tiver o perito oficial – 2 pessoas idôneas (peritos louvados) § 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) § 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) Hoje é possível o MP, o assistente de acusação, o ofendido, o querelante e o acusado podem trazer oassistente técnico. § 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) O assistente técnico atua no processo a partir de sua admissão pelo juiz. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. O exame de corpo de delito pode ser realizado a qualquer dia e hora desde que se respeite a inviolabilidade dos domicílios. Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. A autopsia somente poderá ser realizada após 6 horas do óbito. Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. O juiz poderá discordar do exame de corpo de delito. Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade. O exame de corpo de delito é obrigatório pelo delegado. Art. 185, § 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009) Para interrogatório de réu preso a regra é que o juiz, o promotor vão até onde estiver preso. 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: (Redação dada pela Lei nº 11.900, de 2009) Excepcionalmente poderá haver videoconferência, com o intuito de garantir a segurança, a ordem pública. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste Código; (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) IV - responder à gravíssima questão de ordem pública. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do processo. Os documentos podem ser apresentados em qualquer fase do processo. Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade. Os documentos em língua estrangeira serão traduzidos se necessário. Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. A busca será determinada de ofício pelo juiz ou a requerimento das partes. INSTRUÇÃO CRIMINAL http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art217. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11900.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista Procedimento comum ordinário – REGRA Oferecimento de uma denúncia ou queixa o juiz possui dois caminhos: 1. Rejeitar – hipóteses de rejeição: Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). (quando não se tem a descrição do fato de maneira razoável) (Ex.: crime de estupro de vulnerável o MP acusa alguém por estupro de vulnerável e deixa de escrever na queixa a idade da vítima – denúncia manifestamente inepta – falta a descrição do fato típico) (Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá- lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.) II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). (se a pessoa não idosa for vítima de estelionato o MP vai depender da representação para a proposição da ação penal – se não ocorrer a representação falta a condição para a proposição da ação penal) III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). – Ausência de justa causa = ausência de lastro probatório mínimo para dar sustentáculo a ação. Recurso cabível da decisão que rejeita a denúncia ou queixa = RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: I - que não receber a denúncia ou a queixa; Prazo = 5 dias – Súmula 707 STF - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo. ATENÇÃO: EXCEÇÃO - Art. 82 da lei 9099/95 – Rejeição da denúncia/ queixa - JECRIM- Procedimento sumaríssimo - Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. O recurso cabível será APELAÇÃO. Prazo = 10 dias. Denúncia foi oferecida e o MP imputou dois crimes – estelionato + associação – o juiz resolver receber a denúncia por um crime e rejeitar por outro = REJEIÇÃO PARCIAL – da parte que o juiz rejeitou parcialmente caberá RESE 2. Receber a denúncia/queixa – fazer citação do acusado (dar prosseguimento) – o acusado deverá vir ao processor e apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO - Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito,no prazo de 10 (dez) dias. Prazo = 10 dias a partir da citação do acusado (ciência) – Súmula 710 STF - No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. No processo penal contam-se os prazos a partir da data da intimação/citação. Ex.: (Paulo foi citado na quinta feira (1º dia útil é sempre o dia seguinte ao da ciência) - Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. 1º dia será sexta-feira, 2º sábado, 3º domingo, 4º segunda, 5º terça, 6º quarta, 7º quinta, 8º sexta, 9º sábado, 10º domingo ( o primeiro e o último dia não pode ser dias que não sejam Sandra Mara Dobjenski - Criminalista úteis) – prazo prorrogado para segunda (sábado e domingo e feriados contam como prazo quando estiverem no meio da contagem) Regra – Prazo processual 1º dia tem que ser útil e o último dia também. Súmula 310 STF - QUANDO A INTIMAÇÃO TIVER LUGAR NA SEXTA-FEIRA, OU A PUBLICAÇÃO COM EFEITO DE INTIMAÇÃO FOR FEITA NESSE DIA, O PRAZO JUDICIAL TERÁ INÍCIO NA SEGUNDA-FEIRA IMEDIATA, SALVO SE NÃO HOUVER EXPEDIENTE, CASO EM QUE COMEÇARÁ NO PRIMEIRO DIA ÚTIL QUE SE SEGUIR. Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. O acusado poderá arguir tudo o que interessar a defesa – se o acusado não apresentar um defensor o juiz designa um. Apresentada a Resposta a acusação esta segue para o juiz e este possui dois caminhos: 1 Extinguir o processo – Absolvendo sumariamente Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente (evitar a audiência de instrução) o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). – causas de excludentes da ilicitude - Art. 23 CP - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art396a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista II - em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (Vide ADPF 779) III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) O juiz para o processo e absolve sumariamente II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Art. 22 CP. É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. O juiz não pode absolver sumariamente uma pessoa reconhecida como inimputável – se ocorrer essa absolvição o juiz estaria aplicando uma medida de segurança – a pessoa é absolvida impropriamente III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). (fato atípico em razão do princípio da insignificância – ausência de dolo) IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). (fato prescrito) 2 O juiz designará AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO - Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art222 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. Ordem em que serão ouvidos: A. Ofendido B. Testemunhas de acusação e defesa – inversão da ordem das testemunhas só pode com a anuência – do contrário causa de NULIDADE – Procedimento comum ordinário REGRA – 8 testemunhas para cada parte, já no procedimento Sumário o número de testemunhas é 5 (Ex.: Paula quer ouvir uma testemunha que Mauro referiu quando ele foi ouvido e o juiz indefere – a defesa quer ouvir a testemunha e o juiz indefere sobre argumentos irrisórios – causa de nulidade – cerceamento de defesa) – testemunha referida não computa no número de testemunha. Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2o A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Quem pode ser testemunha: Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha. Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art209 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art209 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias. Quem pode eximir-se de ir depor: ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, pai, mãe o filho do acusado. Somente serão obrigados a depor se por outro meio não for possível a obtenção da prova. Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206. DEMAIS PROVAS 1. Acareação - Art. 229. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. 2. Reconhecimento de pessoas e coisa Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma: I - a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida; Il - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras quecom ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la; III - se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art203 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art206 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais. Parágrafo único. O disposto no no III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução criminal ou em plenário de julgamento. 3. Peritos se forem solicitados 4. Interrogatório do acusado – Art. 185, § 5o Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o preso. É possibilitado antes da interrogação do acusado entrevista prévia com o seu defensor. Em caso de negação cerceamento de defesa. 5. Alegações finais orais – fala 20 min a acusação prorrogáveis por mais 10 min. Depois fala 20 min a defesa prorrogáveis por mais 10 min. Se tiver o assistente de acusação (vítima, seu representante legal assistindo ao MP – crimes de ação penal pública). Existe a possibilidade da conversão dos debates orais em memoriais – Prazo de 5 dias – Possibilidades: 5.1. Causa complexa 5.2. Grande número de acusados 5.3. Pendência de diligência Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista § 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem as alegações finais. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 6. Sentença – da sentença os recursos cabíveis são: 6.1. Embargos declaratórios - Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão. Prazo – 2 dias 6.2. Apelação – prazo – 5 dias Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art8 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948) d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948) PROCEDIMENTO DO JÚRI (crimes dolosos contra a vida) Procedimento especial, bifásico, possui base constitucional 1ª fase - Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) – recebida a reposta a acusação em 10 dias – o juiz dá vista a acusação para que ocorra a manifestação no prazo de 5 dias a respeito do que foi juntado pela defesa. Designação de instrução e julgamento. Art. 411. Na audiência de instrução, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se o http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista debate. A confissão não supre a necessidade de corpo de delito. (confissão deve ser valorada com as demais provas). Depois dos debates o juiz da 1ª fase do tribunal do júri vai poder adotar: A. Proferir uma decisão de pronúncia – única decisão que leva o acusado para a 2 ª fase Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia será feita: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) I – pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) II – ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do Ministério Público, na forma do disposto no § 1o do art. 370 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto que não for encontrado. (Incluído pelaLei nº 11.689, de 2008) A decisão de pronúncia será feita pessoalmente ao acusado, pode ocorrer informação da decisão por edital somente se acusado estiver solto e não for encontrado. Pronúncia Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art370 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art370 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista § 1o A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 2o Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fiança para a concessão ou manutenção da liberdade provisória. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 3o O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição de quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) Prova da materialidade e indícios da autoria – pronúncia fase de prelibação. Contra a pronúncia caberá RESE tanto para a acusação quanto para a defesa (Ex.: O MP denuncio por homicídio qualificado e o juiz pronuncia por homicídio simples, afastando a qualificadora, porque ela não restou comprovada durante a qualificação – se o MP quiser lutar pelo homicídio qualificado interpõem RESE) B. Decisão de impronúncia - dúvida Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#livroitituloix http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista Contra a impronúncia caberá apelação Impronúncia faz coisa julgada formal C. Absolvição sumária – ocorre após a instrução da 1ª fase Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) I – provada a inexistência do fato; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) – Juízo de certeza II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) III – o fato não constituir infração penal; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) – Não se pode absolver um acusado em razão de doença mental se houver tese alternativa – para uma pessoa ser absolvida sumariamente em razão da inimputabilidade em razão de doença mental somente pode acontecer se for tese única – pois se o juiz absolver com base na doença mental aplicará uma medida de segurança. Ex.: Se Carlos alegar ser inimputável e ter agido em legítima defesa – existindo tese alternativa – juiz deve pronunciar http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art26 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art26 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista o inimputável para que os jurados na 2ª fase escolham se ele tem que ser absolvido em razão da inimputabilidade ou acolher a outra tese. Absolve sumariamente o acusado e evita que ele vá ser julgado pelos jurados. Absolvição sumária faz coisa julgada formal e material. (Uma vez absolvido. Sem recurso, não há o que fazer) (no processo penal não se pode revisar sentenças absolutórias genuínas – somente cabe revisão em prol do acusado) D. Desclassificação – quando o juiz se convence, em discordância do que foi trazido, de que que não há crime doloso contra a vida. Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de crime diverso dos referidos no § 1o do art. 74 deste Código e não for competente para o julgamento, remeterá os autos ao juiz que o seja. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro juiz, à disposição deste ficará o acusado preso. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) Recurso cabível contra desclassificação RESE. Pronúncia RESE Desclassificação RESE Impronúncia Apelação http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art74%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art74%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista Absolvição Sumária Apelação E. Juiz pode reconhecer nulidade 2ª fase – plenário Preparação do processo para julgamento em plenário – juiz presidente – acusado foi pronunciado - jurados Sessão de julgamento Instrução em plenário Art. 422 - Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a intimação do órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco), Formação do Conselho de sentença (Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o juiz presidente declarará instalados os trabalhos, anunciando o processo que será submetido a julgamento. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)) (Art. 473. Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenáriaquando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer diligência. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)) acusação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)) Arrolar testemunhas – prazo 5 dias Composição do júri – Art. 447 - O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 1. Juiz presidente (juiz togado) 2. Convocação de 25 jurados 3. 7 jurados formarão o conselho de sentença Ofendido (se possível) Requerer testemunhas Para que haja julgamento dos 25 jurados testemunhas de acusação e defesa http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista convocados tem que se ter presentes 15 - Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o juiz presidente declarará instalados os trabalhos, anunciando o processo que será submetido a julgamento. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Sessão de julgamento - Art. 473. Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Demais provas Art. 478. Durante os debates as partes Debates orais http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado; (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) As nulidades tem que ser arguidas no momento da sua ocorrência. (Art. 571. As nulidades deverão ser arguidas: VIII - as do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo depois de ocorrerem.) – em recurso de APELAÇÃO as partes poderão entrar com uma apelação para anular o http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista julgamento. Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Na sessão de julgamento ocorrerá o julgamento pelos jurados através da votação – sentença proferida pelo juiz presidente (Ex.: Se os jurados entenderem que não era crime doloso contra a vida – Art. 492, § 1o Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em seguida, aplicando- Votação http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista se, quando o delito resultante da nova tipificação for considerado pela lei como infração penal de menor potencial ofensivo, o disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) § 2o Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja doloso contra a vida será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, aplicando-se, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Sentença RECURSOS http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art69 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art69 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm#art69 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 Sandra Mara Dobjenski - Criminalista Recurso interposto exclusivo exclusivamente pela defesa, a resposta deste recurso nunca poderá piorar a situação do acusado. (Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da sentença.) Somente pode ocorrer piora se acusação + defesa recorrerem ou se a acusação recorrer. (Proibição de Reformatio in pejus) Súmula 160 STF - É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício. Recurso Base Legal Prazo Dicas Importantes Recurso em sentido estrito (RESE) – cabível de decisões do juiz de 1º grau durante o curso do processo desde que presentes as Hipóteses do Art. 581- Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: I - que não receber a Art. 581 a 592 CPP Súmula 707 STF - Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazoes ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo. • 5 dias interposição • 2 dias razões • 2 dias contrarrazões Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias. Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o Em regra, a decisão que rejeita a peça acusatória é recorrível via RESE. No JECRIM utiliza-se a APELAÇÃO. No júri caberá RESE para a pronúncia e desclassificação. Hipóteses passíveis de AGRAVO: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art383. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art386 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art387 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art581 Sandra
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