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Direito Processal Penal

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Direito Processual Penal 
Código de Processo Penal - Decreto-Lei N° 3689 03/10/1941 
Aula 1 – 10/01/20 – Marcelo Pereira 
Persecução Criminal: 
Apuração e Julgamento de uma infração penal – ​Persecutio Criminis 
Polícia (Atividade Policial): 
# ​Administrativa​ (​Ostensiva)​: Visa evitar o crime (PM, PRF, PFF); 
# ​Judiciária​: Visa solucionar a infração penal praticada (PC, PF). 
Inquérito Policial (​Art. 4°​) 
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a 
quem por lei seja cometida a mesma função. 
Procedimento ​administrativo pois ocorre no âmbito do poder executivo, ​preparatório pois subsidia a 
ação penal e sem ela não haveria necessidade de inquérito e ​investigativo pois visa obter indícios da 
existência da infração (​Materialidade)​ e constatar indícios suficientes de ​Autoria​. 
# ​Características 
● Discricionariedade → Cabe ao delegado conduzir o inquérito de acordo com suas convicções, 
salvo por requisições do ​M.P. ou do ​Juiz ​(a não ser que haja uma ilegalidade em flagrante), ou 
ainda, no caso de ​execução do Corpo de Delito (perícia) em crimes não transeuntes, que 
assim como em ​flagrante se faz obrigatório. Caso o delegado se recuse a abrir um inquérito o 
ofendido poderá recorrer ao ​Chefe de Polícia​; 
● Escrito ​→ Todas as peças do inquérito policial serão reduzidas a termo escrito ou 
datilografado e rubricadas pela autoridade, ainda que estejam em meio digital; 
● Sigiloso → Para preservar a intimidade e garantir o sucesso da investigação o inquérito é 
sigiloso à sociedade e imprensa em geral (​Art. 20​). Não se aplica ao ​Juiz​, ​M.P​. e ao ​Advogado 
somente não se aplica aos autos (Todo procedimento documentado) ou procedimento em 
andamento que não gere riscos à investigação (​Lei 13245/16 Art. 7°, XIV​). O sigilo pode ser 
Natural ou ​Judicial e no segundo caso apenas mediante procuração o advogado poderá 
acessar o inquérito (​Lei 13245/16 Art. 7°, § 10​ ); 
● Indisponibilidade → Uma vez iniciado o inquérito o delegado não pode arquivá-lo (​Art. 17​), 
apenas uma autoridade Judicial o pode (Juiz); 
● Inquisitivo → No inquérito não há direito de contraditório ao litigante e nem ampla defesa. (​Art. 
5, inc. LV, C.F​); 
● Dispensabilidade → Para o M.P. se ele dispuser de autoria e materialidade não há 
necessidade de inquérito. Assim, se a opinio delicti se formar por outros meios, nada impede 
que a ação seja iniciada sem o inquérito; 
● Oficialidade → O inquérito deve se fazer cumprir por órgão oficial do Estado, ou seja, por 
autoridade policial. 
● Oficiosidade​ → O Delegado age de ofício (Agir por força da lei); 
● Autoritariedade​ → ​L. 12830/13 Art. 1°​ Uma autoridade estatal conduz o inquérito (Delegado); 
● Imparcialidade →O inquérito é destinado a apurar fatos e não pessoas, o indivíduo é apurado 
em virtude de conexão com a infração penal. 
 
 
#​ ​Remoção / Avocação / Redistribuição 
L. 12830/13, Art. 2°, § 5° - ​A remoção do delegado só pode ser feita mediante ato 
fundamentado (despacho fundamentado) por um superior hierárquico e havendo interesse público ou 
quebra de regras que comprometam a investigação previstas em Lei ou regulamento. 
# ​Prazos 
Pacote AntiCrime → L. 13964/19. 
 Antes da Lei Após a Lei 
Preso 10 dias 10 + até 15 dias 
Solto 30 dias 30 dias 
Trancamento Eventualmente, ao excesso de 
prorrogação do prazo cabe habeas 
corpus (H.C.) para trancar o Inquérito 
Policial (I.P.). 
Simples petição ao Juiz das 
garantias para aplicação do ​Art. 
3°-B, IX, L. 13964/19​.​(​vetado​) 
# ​Indiciamento 
Ato pelo qual o delegado aponta o autor da infração penal. O indiciamento é atividade privativa 
do Delegado de Polícia. 
# ​Incomunicabilidade (Art. 21) 
Boa parte da doutrina considera inconstitucional. Se trata de literalmente impedir o indiciado de 
se comunicar com qualquer um, salvo o advogado. 
Quem decreta? O Juiz, por meio de um despacho fundamentado 
Quem requere? Autoridade Policial ou órgão do M.P. 
Prazo 3 dias 
Motivação Interesse da sociedade ou conveniência da investigação 
# ​Valor Probatório/Vícios 
O inquérito têm valor relativo pois o Juiz não pode o usar exclusivamente para condenar, mas 
pode para absolver (​Art. 5º, LVII, C.F.​), salvo quando a prova é ​antecipada​, ​cautelar ou ​não 
repetível​. Vícios são informações colhidas de forma indevida, podendo se classificar em Absoluto ou 
Relativo. O vício ​absoluto é aquele que contamina o inquérito e precisa ser removido, enquanto o 
relativo​ é o que não contamina e portanto pode ser corrigido. 
# ​Notitia Criminis (Art. 5° § 3°) 
Comunicação à autoridade de uma infração penal, levando a instauração do inquérito. 
# ​Espécies​: 
● Espontânea →​ Cognição imediata, pautada nas atividades rotineiras; 
 
● Provocada → Cognição mediata, pode ser requisitada pelo Juiz, M.P. ou pelo ofendido, 
ou ainda, por delação de qualquer pessoa que, nesse caso, pode ser classificada como 
Apócrifa ou Inqualificável servindo no primeiro caso apenas mediante verificação da 
procedência da informação (V.P.I.). Quando a ação pública depender de representação, 
não poderá sem ela ter o inquérito iniciado (​Art. 5, § 4°​). Pode ser uma requisição pelo 
Ministro da Justiça caso fira a honra do Presidente da República ou de um chefe de 
Estado estrangeiro (​Art. 24​), como no caso do porteiro do Bolsonaro; 
 
● Coerciva →​ Prisão em flagrante (​Art. 301​ / ​Art. 302​). 
 
# ​Providências 
Art. 6​o​ ​Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I ​- dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das 
coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
II​ - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III​ - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV​ - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no ​Capítulo III do Título 
Vll, deste Livro (Interrogatório do acusado), devendo o respectivo termo ser assinado por duas 
testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; 
VI​ - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações (Confronto frente a frente); 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras 
perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer 
juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, 
sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, 
e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e 
caráter. 
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma 
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado 
pela pessoa presa. 
# ​Arquivamento 
 
Antes da lei ​13964/19 ​→ ​O ​M.P. pode pedir novas ​diligências ao ​Delegado​, oferecer 
denúncia ao ​Juiz ou requerer ​arquivamento ao ​Juiz​, caso o Juiz concorde o inquérito é arquivado e 
caso contrário é remetido ao ​Procurador Geral Judicial (Chefe do M.P.) e este pode denunciar​, 
designar outro promotor​ ou ​insistirno arquivamento​. 
 
Após a lei ​13964/19 ​→ O ​M.P. ​deve comunicar ao ​Ofendido​, que tem 30 dias para questionar 
o ​Instituto de Revisão enquanto ao arquivamento, ao ​Indiciado​, ao ​Delegado e encaminhar ao 
Instituto de Revisão​. 
 
Quando um Inquérito é arquivado por ​Atipicidade do Fato ​(​Art. 386​) e, portanto, a decisão faz 
Coisa ​Julgada Material esse não pode ser desarquivado. Enquanto ao inquérito arquivado por 
Excludente de Ilicitude ​(​Art. 23 C.P.​) o STJ julga como ​Coisa Julgada Material e o STF o julga 
como ​Coisa Julgada Formal ​que, portanto, pode ser desarquivado. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#livroitituloviicapituloiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#livroitituloviicapituloiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#livroitituloviicapituloiii
 
Aula 2 – 17/01/20 – Marcelo Pereira 
 
Ação Penal (​Art. 24​) 
Direito público e subjetivo de exigir do ​Estado Juiz ​(Poder Judiciário) a aplicação do direito 
penal. 
 
# ​Condições da Ação (Art. 257) 
Pressupostos necessários para regular o exercício do direito de ação (​Art. 395 ​). 
 
# ​Genéricas/Gerais (​Estão presentes em todas as ações​) 
● Possibilidade Jurídica do pedido ​→ ​O Promotor deve narrar na denúncia uma 
infração penal; 
● Interesse de Agir do Estado Juiz ​→​O Juiz tem que analisar se o processo será 
útil, ou seja, se é possível condenar o indiciado; 
● Legitimidade das Partes​→ ​Se não o M.P., então o ofendido na ​Parte Ativa 
(Acusação)​ ​e o ​Réu ​na ​Parte​ ​Passiva​ (Defesa); 
● Justa Causa ​→ ​Lastro Probatório Mínimo​. O ​Promotor deve ter pelo menos o 
mínimo de indícios de ​Autoria ​e ​Materialidade​ (Inquérito Policial). 
 
# ​Específicas (​Presentes apenas em algumas ações) 
● Representação​; 
● Requisição​. 
 
# ​Classificação das Ações 
 
# ​Ação Penal Pública 
O M.P. é o titular. ​Inc III, Art. 129, C.F. 
 
# ​Incondicionada 
Toda​ Ação Penal ​não​ especificada​. 
 
# ​Princípios Informadores 
● Obrigatoriedade (​Art. 24​)​→Obrigação de oferecer a denúncia quando 
obtiver indícios de ​Autoria ​e ​Materialidade ​o suficiente. Exceto quando 
a infração for de ​Menor Potencial Ofensivo (Crime cujo a pena não 
supera 2 anos ou contravenção penal) ​Art. 76, L. 9099/95 que permite 
oferecer uma proposta de pena restritiva de direitos ou multa; 
● Indisponibilidade (​Art. 42 e ​Art. 576) ​→​O M.P. (​Promotor​) ​não pode 
desistir da ação penal, mas pode mudar de opinião. Exceto pelo descrito 
no ​Art. 89, L. 9099/95 (Sursis Processual) que permite propor a 
suspensão do processo. 
 
# ​Condicionada 
Deve haver uma manifestação de vontade de quem tiver legitimidade. 
# ​À Representação 
Manifestação de ​vontade da vítima ao ​Juiz​, ​M.P. ou ​Delegado (​Art.39​) 
que pode ser feita de maneira ​informal num ​prazo de até 6 meses (​Art. 38)​, 
prazo esse que ​não se interrompe​, nem se ​suspende​, ​prorroga ou corre 
contra vítima menor​, podendo ser ​sucedido conforme o ​Art. 24, § 1° e 
retratável​ apenas até oferecimento da denúncia (​Art. 25​). 
 
# ​À Requisição 
Requisição do ​Ministro da Justiça quando houver crimes contra a honra 
do ​Presidente da República​ ou ​Chefe de Estado Estrangeiro​. 
O C.P.P. não trata sobre Destinatários, Prazos ou Retratações​. 
 
# ​Ação Penal Privada 
O Titular é o ofendido (​Art. 30​) ou quem sucedê-lo em caso de morte (​Art. 31​) e o Estado só 
age mediante provocação de quem tiver direito. Exemplos: ​Art. 145 C.P. 
 
# ​Princípios Informadores 
● Oportunidade/Conveniência ​→O ​Ofendido ​decidirá ​se ​e ​quando oferecer a 
queixa. ​Decairá no ​direito de queixa​, se não o fizer em 6 meses​, contando do 
dia em que vier a saber quem é o autor do crime (​Art. 38​). Caso seja renunciada 
a queixa à um dos autores será renunciada à todos (​Art. 49​). No caso de 
renúncia expressa agir conforme ​Art. 50​. 
● Disponibilidade ​→Cabe ao ofendido prosseguir ou não com o processo. O 
Perdão deve ser ​bilateral​, ou seja, ambas as partes devem estar de acordo 
(perdoar e ser perdoado) e o perdão concedido a um acusado servirá para todos 
que o aceitarem (​Art. 51​). No caso de inércia do ​querelante ​a ação se torna 
Perempta​(​Art. 60​). 
● Indivisibilidade ​→ ​A queixa deve ser contra todos os autores ou não será 
aceita (​Art. 48​). 
Renúncia Perdão 
O Ofendido demonstra que ​não quer 
processar​. 
O Ofendido ​não quer continuar​ com 
o processo. 
Expressa ou Tácita. Expresso ou Tácito. 
Ocorre antes do início do processo. Ocorre durante o processo. 
Unilateral. Bilateral. O ​perdoado deve aceitar​. 
 
# ​Espécies 
● Exclusiva/Propriamente dita ​→É possível a sucessão; 
● Subsidiária ​→A vítima oferece a denúncia no lugar do M.P.(​Art. 29​); 
● Personalíssima ​→Não é possível a sucessão. Ex: Induzimento a erro essencial 
e ocultação de impedimento (​Art. 236 C.P.​). 
P.S. 
Todo crime prescreve, exceto ​Racismo ​(​Inc. XLII, Art. 5° C.F.​) e ​Bando Armado Contra o Estado Democrático de Direito 
(​Inc. XLIV, Art. 5° C.F.​). 
Menor​ de idade não comete crime e sim ​contravenção​, portanto, ​nunca​ será ​réu​. 
Aula 3 – 22/01/20 – Marcelo Pereira 
 
Medidas Cautelares e Prisões 
A prisão durante o processo de persecução criminal pode ser chamada de ​Processual​, ​Cautelar ou 
Provisória e pode ocorrer de forma ​Preventiva​, ​Temporária ou em ​Flagrante dependendo do ​Juízo de 
Periculosidade​, podendo existir contracautela que seriam as ​Medidas Cautelares Diversas à Prisão ​e a 
Liberdade Provisória​. 
 
# ​Medidas Cautelares Diversas da Prisão 
Medidas que devem ser impostas preferencialmente à prisão. 
# ​Requisitos (​Art. 282​) 
● Necessidade para Aplicação da Lei Penal 
● Necessidade para Investigação ou a instrução Criminal 
● Evitar Novas Infrações Penais 
● Adequação à gravidade do crime 
● Circunstâncias do fato 
● Condições pessoais do indiciado ou acusado 
# ​Legitimidade 
Apenas o ​“Juiz de Ofício”​, ​Partes​, ​M.P. ​e ​Delegado ​tem legitimidade para pedir 
Medidas Cautelares Diversas da Prisão​. 
# ​Momento 
Essas medidas são decretadas no curso da ​persecução criminal. 
# ​Espécies (​Art. 319​) 
● Comparecimento periódico em juízo; 
● Proibição de frequentar certos lugares; 
● Proibição de contato com certas pessoas; 
● Proibição de sair da cidade; 
● Recolhimento à residência; 
● Suspensão de funções públicas, atividade econômica ou financeira; 
● Internação quando crime com violência ou grave ameaça e o indiciado for 
inimputável ou semi-inimputável; 
● Fiança; 
● Monitoração eletrônica. 
 
# ​Prisão:​ ​Cerceamento da liberdade 
#​Formalidade/Execução 
● Mandado de prisão ​→Deve ser assinado pela autoridade, descrever a pessoa a 
ser presa pelo nome, alcunha ou sinais característicos, mencionar a infração 
cometida, se for o caso dirá o valor da fiança e será dirigido ao executor (​Art. 
285​); 
● Hora e Domicílio​→Pode ocorrer à qualquer hora entretanto não pode violar o 
domicílio (​§2°, Art. 283​); 
● Prisão em Perseguição ​→ Se houver captura em comarca fora da jurisdição do 
executor, após perseguição, o réu deverá ser entregue a autoridade local e 
poderá ser removido após lavrado o auto de flagrante (​Art. 290​); 
● Prisão Especial​→Recolhimento em local distinto da prisão comum e não será 
transportado junto dos presos comuns (​Art. 295​). Ocorre apenas durante o 
processo (Ação Penal). 
 
 
 
# ​Prisãoem Flagrante (Art. 301) 
É aquela executada no momento e no local do crime e tem natureza administrativa, logo, 
independe de autorização judicial. 
 
# ​Espécies 
● Obrigatório/Compulsório​ ​→Destina-se às forças de segurança (​Art. 144 C.F.​); 
● Facultativo ​→Destina-se a qualquer do povo; 
● Próprio, Perfeito ou Real →Acaba ou está cometendo a infração penal (​Art. 
302, I e II​); 
● Impróprio, Imperfeito ou Quase Flagrante →É perseguido logo ​após ​o delito 
por qualquer um (​Art. 302, III​); 
● Flagrante Presumido ou Ficto ​→O acusado é encontrado logo ​depois ​de 
cometer o delito (​Art. 302, IV​); 
● Esperado ​→Ciente da prática de um crime, a polícia aguarda os primeiros atos 
executórios do delito; 
● Preparado ou Provocado ​→O agente é intrigado ou induzido a praticar o crime 
(​Súmula 145/STF​); 
● Prorrogado, Postergado, Diferido ou Ação Controlada →É o retardamento 
da atividade policial; 
● Forjado ​→É crime; 
● Por apresentação ​→Não há possibilidade da decretação de prisão em flagrante 
caso não tenham sido iniciadas as buscas e o indiciado se apresentar. 
# ​Sujeitos 
● Ativo ​→Quem executa a prisão e pode ser​ qualquer pessoa​. 
● Passivo ​→Quem é preso, que pode ser também ​qualquer pessoa​, ​salvo o 
Presidente da República​, ​Diplomata​, ​Usuário de drogas (​Art. 28 e Art. 48, L. 
11343/06​), ​Autor de acidente de trânsito que ​presta socorro e, salvo ​crimes 
inafiançáveis​, ​Parlamentares​,​ membros do M.P. ​e ​Juízes​. 
# ​Procedimentos (​Art. 304​) 
● Oitiva do condutor; 
● Oitiva das testemunhas (​Art. 304, § 2°​); 
● Oitiva do conduzido (Interrogatório); 
● Lavratura do A.P.F. (Auto de Prisão em Flagrante); 
● Entrega da nota de culpa; 
● Encarceramento, se for o caso; 
● Remessa à autoridade o A.P.F. para a Audiência de Custódia; 
● Comunicação à família ou pessoa por ele indicada. 
# ​Decisões do Magistrado (​Art. 310​) 
O que será decidido na Audiência de Custódia de acordo com o ​Art. 310​; 
Relaxar a prisão, converter em Preventiva, conceder Liberdade Provisória ou Liberdade 
Provisória mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais. 
 
# ​Prisão Preventiva (Art. 312) 
Cabe no curso da ​Persecução Criminal​ para assegurar que seja aplicada a lei penal. 
 
# ​Pressupostos Específicos 
Indício​ de ​Autoria​ e ​prova​ de ​Materialidade​ (​FUMUS COMMISSI DELICTI​) 
 
 
# ​Hipóteses Decretação (PERICULUM LIBERTATIS) 
● Garantia da Ordem Pública ​→Réu é perigoso para a sociedade; 
● Garantia da Ordem Econômica ​→Evitar fraudes; 
● Assegurar a aplicação da lei penal ​→Perigo de fuga; 
● Conveniência da instrução criminal ​→O réu pode comprometer o processo; 
● Descumprimento das medidas cautelares; 
 
# ​Infrações (​Art. 313​) 
● Crimes dolosos com pena privativa de liberdade máxima superior à 4 anos; 
● Reincidente de doloso; 
● Violência doméstica e familiar; 
● Dúvida da identidade civil da pessoa; 
● Descumprimento das medidas cautelares. 
# ​Revogação 
Na ausência de motivo a prisão preventiva é revogada, assim como, caso surjam pode 
ser decretada novamente (​Art. 316​). 
# ​Excludentes de Ilicitude (​Art. 314​ e ​Art. 23, C.P.​) 
É o que torna um atitude ilícita, licita. 
Não é considerado crime quando o agente está em estado de ​necessidade​, age em 
legítima defesa​, está em estrito ​cumprimento de dever legal​ ou em ​exercício de direito​. 
 
#​ ​Prisão Domiciliar 
Recolhimento​ do ​acusado​ ou ​indiciado​ ao seu ​domicílio​ no lugar da preventiva(​Art. 317​) 
# ​Requisitos (​Art. 318​) 
● Maior de 80 anos; 
● Extremamente​ debilitado por doença grave; 
● Imprescindível​ aos cuidados de menor de 6 anos ou pessoa com deficiência; 
● Gestante; 
● Mulher com filho de até 12 anos; 
● Homem, caso seja o único responsável do filho de até 12 anos. 
# ​Critérios Específicos para Mulheres 
● Crimes sem violência →O crime ​não pode ter sido ​praticado ​contra a pessoa a 
ser ​cuidada​. 
 
# ​Prisão Temporária (L. 7960/89) 
# ​Momento 
Destinado a investigação, só cabe durante o ​inquérito​. 
# ​Decretação 
O ​Juiz mediante ​requisição do ​M.P. ou ​representação do ​Delegado pode ​decretar 
prisão temporária. 
# ​Cabimento 
Quando ocorre algum crime do inciso III combinado com os incisos I ou II do ​Art. 1°, 
L.7960/89​. 
# ​Infrações (​Inc. III, Art. 1°, L 7960/89​) 
a) homicídio doloso; 
b) seqüestro ou cárcere privado; 
c) roubo; 
d) extorsão; 
e) extorsão mediante seqüestro; 
f) estupro; 
i) epidemia com resultado de morte; 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado 
pela morte; 
l) quadrilha ou bando, todos do Código Penal; 
m) genocídio, em qualquer de sua formas típicas; 
n) tráfico de drogas; 
o) crimes contra o sistema financeiro. 
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. 
# ​Prazo (​Art. 2° L.7960/89​) 
O Prazo para prisão temporária é de ​5 dias ​e ​prorrogável em ​5 dias em caso de 
extrema e comprovada necessidade e o ​dia do cumprimento do mandado se inclui no 
prazo​. 
Não há necessidade de alvará de soltura (​L. 13869/19​). 
 
#​ Diferença entre Preventiva e Temporária 
 
 Preventiva Temporária 
Quem Decreta: Juiz Juiz 
Quem Solicita: Requerimento do ​M.P.​, do ​Querelante​ ou do 
Assistente​, ou por representação do 
Delegado 
Requerimento do ​M.P.​ ou Representação 
do ​Delegado 
Em Qual 
Momento: 
Persecução Criminal (Inquérito e Ação Penal) Inquérito 
Qual Prazo: Não tem 5 dias e mais 5 prorrogáveis 
Quais Crimes: Art. 313 Inc. III, Art. 1° L.7960/89 
Quais 
Pressupostos: 
Art. 312 Inciso ​III​ combinado com o ​I​ ou ​II​ do ​Art. 
1°, L. 7960/89 
 
# ​Liberdade Provisória (Art. 321) 
Caso não seja aplicável prisões a liberdade provisória deverá ser concedida e se for o caso 
aplicando as medidas cautelares do ​Art. 319​ e atentando para o ​Art. 282​. 
# ​Modalidades (​Inc. LXVI, Art. 5° C.F.​) 
Com ou sem fiança 
 
# ​Cabimento 
Quando não couber prisão em flagrante ou preventiva, tendo em vista que é uma 
contracautela à ambas. 
 
# ​Fiança 
Entrega de bens e valores em troca da liberdade. 
# ​Inadmissibilidade (Inafiançável) (​Art. 323​ e ​Art. 324​) 
● Tráfico, Terrorismo, Tortura, Crime Hediondo, Racismo e Grupo Armado 
Contra o Estado Democrático; 
● Quebra de fiança; 
● Prisão civil ou militar; 
● Presentes requisitos da prisão preventiva. 
 
# ​Legitimidade para conceder fiança(​Art. 322​) 
Delegado​ em crimes com pena máxima de até 4 anos e ​Juiz​ em qualquer caso. 
# ​Valor (​Art. 325​ e ​Art. 350​) 
● Pena até 4 anos ​→​ 1 a 100 salários mínimos; 
● Pena Superior à 4 anos ​→​ 10 a 200 salários mínimos; 
● Dispensa, Redução ou Aumento ​→​Baseado na situação econômica do 
preso o juiz poderá dispensar a fiança; Reduzir em até ⅔ o seu valor ou 
aumentar em até 1000 vezes (​§ 1° Art. 325​); 
● Critérios para Cálculo ​→ A natureza da infração, as condições pessoais 
de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias indicativas de 
sua periculosidade, a importância provável das custas do processo, até o 
final do julgamento (​Art. 326​). 
 
# ​ Deveres (​Art. 327​ e ​Art. 328​) 
● Estar presente em todas as vezes que a autoridade chamar; 
● Não mudar de residência ou se ausentar por mais de 8 dias sem 
permissão do Juiz. 
 
#​ Quebra de Fiança (​Art. 341​) 
Descumprimento das obrigações (deveres e medidas cautelares) ou prática de 
novas infrações. 
 
# ​Cassação 
Ocorre quando a fiança foi concedida erroneamente. 
 
# ​Perda (​Art. 344​) 
Quando o condenado não se apresenta para o cumprimento da pena. 
 
# ​Reforço (​Art. 340​) 
O Juiz poderá exigir reforço da fiança quando se enganar e pedir um valor 
insuficiente, quando houver depreciação dos benstomados ou quando for inovada a 
classificação do delito. 
 
P.S. 
A ​reincidência tem um ​prazo de ​5 anos e no final deste prazo o agente volta a ser ​Réu Primário​. E ​Bons Antecedentes 
tem quem nunca cometeu crime. 
No​ Mandado de Prisão​ não pode acontecer a violação de domicílio ao contrário da ​Busca e Apreensão ​(​Art. 240​) 
O ​Atentado Violento ao Pudor não foi revogado, mas sim houve a aplicação do ​princípio da Continuidade Típica 
Normativa​. 
O ​Promotor​ pode alterar a ​classificação do delito​ (​Inc. III , Art. 340​) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jurisdição e Competência 
 
STF 
STJ 
(Tudo que não couber a Justiça Especial) 
TST 
(Assuntos 
Trabalhistas) 
TSE 
(Assuntos Eleitorais) 
STM 
(Crimes Militares) 
TJ TRF 
(​Art. 109 C.F.​) 
TRT TSE (*) 
Juiz de ​Direito Juiz ​Federal Juiz ​Trabalhista Juiz ​Eleitoral Juiz ​Militar 
JUSTIÇA COMUM JUSTIÇA ESPECIAL 
 
 
# ​Jurisdição 
É o poder do qual ​todo​ ​magistrado​ é ​investido​ para ​solucionar​ de ​maneira definitiva​ os 
conflitos​ surgidos no âmbito ​da sociedade​. 
 
# ​Competência 
Medida, Capacidade, Limite da Jurisdição... 
 
# ​Critérios para Definir a Competência Criminal (​Art. 69​) 
#​ Em razão da matéria 
# ​Justiça Especial 
● STM​ ​→​ Crimes Militares (​Art. 125, § 4° C.F.​); 
● TSE​ ​→​ Assuntos Eleitorais; 
● TST​ ​→​ Assuntos Trabalhistas. 
# ​Justiça Comum 
Tudo que não couber a Justiça Especial. 
# ​STJ 
● TJ​ ​→​ Âmbito Estadual; 
● TRF​ ​→​ Âmbito Federal (​Art. 109 C.F. -​). 
 
# ​Em razão da localidade (​Art. 70​) 
● Teoria do Resultado​ ​→​ Local da consumação da infração - Regra; 
● Teoria da Atividade​ →​ Local do último ato de execução - Crime 
Tentado; 
● Crimes à distância ​→​ Crimes envolvendo outras nações além do Brasil; 
● Teoria da ubiquidade ou Teoria Mista​ ​→​ Fusão das teorias do 
resultado ou atividade com um crime à distância; 
● Incerteza do local do crime ​→​ 1° caso: Sei onde foi mas não sei a qual 
comarca pertence. 2° caso: Não sei onde foi mas sei o trajeto em que 
ocorreu a infração. ​Em ambos​ os casos usa-se o ​critério da prevenção​. 
● Infração continuada ou permanente​ ​→​ A competência é decidida por 
prevenção​ se praticada em território de mais de uma jurisdição (​Art. 71​); 
● Domicílio do Réu ​→​ Não sendo conhecido o local mas sim o autor da 
infração a competência cabe ao local de domicílio do réu, salvo se o réu 
possuir mais de uma residência que passa a ser por prevenção, ou 
ainda, se o réu não tiver residência certa ou for ignorado seu paradeiro 
que, no caso, será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento 
do fato (​Art. 72​); 
● Ação Privada ​→​ É possível que o querelante escolha o foro de domícilio 
do réu (​Art. 73​) (Abrir o processo na comarca de residência do réu). 
# ​Natureza da infração (​Art. 74​) 
● Crimes dolosos contra a vida​ ​→​ Tribunal do Júri; 
● Infrações de menor potencial ofensivo​ ​→​ Juizado Especial Criminal - 
JECRIM; 
● Violência doméstica e familiar contra a mulher ​→​ Juizado de violência 
contra a mulher; 
# ​Distribuição (​Art. 75​) 
Sorteio entre juízes da mesma jurisdição e mesma comarca feito por um 
algoritmo. 
# ​Conexão (​Art. 76​) 
Elo entre 2 ou mais infrações que deve ser julgado no mesmo juízo. 
# ​Espécies 
# Intersubjetiva 
● Simultaneidade ​→​ Se ocorrido duas ou mais infrações com duas 
ou mais pessoas sem planejamento prévio; 
● Concursal ​→​ “Combinada”, Organização criminosa, por exemplo; 
● Reciprocidade ​→​ Quando há pessoas cometendo crimes umas 
contra as outras. Briga entre torcidas, por exemplo. 
# ​Objetiva 
Quando uma infração é utilizada em função de outra. Cometer um 
homicídio para conseguir executar um sequestro, por exemplo. 
#​ Probatória/Instrumental 
A prova de um crime influencia na prova de outro. ​Facilita​ ​provar 
a receptação se houver prova de que houve um crime na obtenção do 
objeto receptado. 
 
# ​Continência (Art. 77) 
Ocorre quando um fato criminoso contém outros, o que impõe julgamento único. 
# ​Espécies 
# Subjetiva 
Quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela 
mesma infração. 
# ​Objetiva 
Quando uma única ação resulta em mais de um crime 
 
# ​Prevalência do foro 
# Regras de prevalência do foro(​Art. 78​) 
● Júri X Justiça comum​→​ Quando há tanto competência do Júri 
quanto da Justiça comum prevalece o Júri, ​salvo​ quando houver 
foro​ ​por​ ​prerrogativa​ de ​funções​ assim constituindo ​separação 
obrigatória​; 
● Jurisdição de diversas categorias ​→​ Prevalece a de ​maior 
categoria​; 
● Justiça Comum X Especial ​→​ Prevalece a ​especial​; 
● Jurisdição de mesma categoria ​→​ Prevalece o local com a 
pena mais grave​ ou onde ocorreu o ​maior número de infrações 
e aos ​demais​ ​casos​ cabe a ​prevenção​. 
# ​Separação de processos (​Art. 79​) 
# Obrigatória 
● Justiça comum separa da Justiça Militar; 
● Justiça comum separa da Infância e Adolescente; 
● Superveniência de doença mental (Constatar doença mental 
durante o processo); 
● Co-réu foragido, se o co-réu não puder ser julgado o processo 
dele é separado. 
# ​ Facultativa (​Art. 80​) 
● Quando as infrações são cometidas em momentos e lugares 
“muito” diferentes; 
● Número excessivo de acusados; 
● Para não prolongar a prisão provisória; 
● Qualquer situação que o juiz julgar relevante. 
 
 
# ​Citação 
O ato pelo qual o ​réu é chamado​ para oferecer ​defesa prévia​, feita corretamente estará 
completa a relação processual e​ se o réu não for citado​ o processo será ​nulo​. 
# ​Espécies 
# Real / Pessoal 
O réu tem até 10 dias para apresentar a defesa; 
● Mandado ​→​ O mandado é cumprido pelo ​Oficial de Justiça​ e deverá conter o 
nome do juiz​, o ​nome do querelante​ nas ações iniciadas por queixa, o ​nome 
do réu ​ou ​sinais característicos​, a ​residência do réu​, o ​fim para que é feita a 
citação​, o ​juízo e o lugar​, ​o dia e a hora em que o réu deverá comparecer​, a 
subscrição do escrivão ​e a ​rubrica do juiz​. O mandado deve ser ​lido ao 
citado​ e entregue a ​contrafé​ onde constará o dia e a hora da citação, assim 
como, declarado na ​certidão a entrega da contrafé​ e sua ​aceitação​ ou ​recusa 
(​Art. 352​ e ​Art. 357​). 
● Militar ​→​ O citado é o mais antigo do serviço (​Art. 358​); 
● Funcionário Público ​→​ Tanto o réu quanto o chefe devem ser notificados (​Art. 
359​). 
● Preso ​→​ Deve ser citado pessoalmente (​Art. 360​); 
● Precatória ​→​ Quando o réu está em outra comarca; 
● Rogatória​ ​→​ Quando réu está em outro país, consulado ou embaixada. A 
citação deve ser dirigida ao país e então repassada via consulado ou embaixada 
até chegar ao réu (​Art. 368​ e ​Art. 369​). 
 
# ​Ficta 
● Edital (Quando não se sabe o paradeiro)→​ O réu encontra-se em local 
desconhecido e tem 15 dias para apresentar a defesa após o término da 
publicação do edital. Quando o réu comparece a citação sem advogado o Juiz 
deve nomear um defensor. Em contraparte ao comparecimento e caso não 
tenha sido enviado um advogado em seu lugar suspende-se por ​prazo 
prescricional ​somado com o ​tempo máximo da pena​ e pode ser decretada a 
prisão preventiva​ (​Art. 366)​; 
● Hora certa (Quando se sabe o paradeiro)​→​ O réu impede a citação, quando 
isso ocorre o Oficial de Justiça tem 3 tentativas de citação sendo a 3ª para 
deixar recado contendo um ponto de encontro futuro que deve ser 
obrigatoriamente acatado. Quando o réu não comparece e esse tipo de citação é 
completada o Juiz deve nomear um defensor dativo. (​Art. 362​) 
 
Provas (​Art. 155 - 250​) 
 
# ​Disposições Gerais 
# Sistemas de avaliação das provas 
● Íntima Convicção ​→​ Nesse sistema não há necessidade de esclarecer os motivos da 
decisão. Exemplo único: Tribunal do Júri; 
● Prova Legal ou Tarifada ​→​ Nesse sistema o legislador determina e deve comprovar 
como chegou à conclusão. Exemplo: Exame de corpo de delito; 
● Livre Convencimento / Persuasão Racional ​→​ O Juiz julgará pela livre apreciação da 
prova e deverájustificar a decisão (​Art. 155​). 
 
# ​Ônus da prova (​Art. 156​) 
● Acusação ​→​ Deve provar a autoria, materialidade e o elemento subjetivo ( dolo ou 
culpa); 
● Defesa ​→​ Deve provar o álibi, o excludente de ilicitude (se for o caso) e o elemento 
subjetivo. 
 
# ​Regra geral quanto a produção das provas (​Art. 155​) 
Liberdade para provar o alegado. 
 
# ​Poderes instrutórios do Juiz (​Art. 156​) 
É permitido ao Juiz produzir provas antecipadas mesmo antes de iniciada a ação penal e 
realizar diligências para dirimir dúvidas antes da sentença. 
 
# Prova Ilícita 
● Vedação expressa​ ​→​ Segundo o ​Inc. LVI, Art. 5° C.F.​ é inadmissível e segundo o ​Art. 
157​ é Inadmissível, deve ser desentranhada e inutilizada; 
● Exceções à vedação ​→​ Quando ocorre a favor do Réu e há razoabilidade para 
inocentar; 
● Prova ilícita derivada​→​ Previsão legal. ​(Art. 157)​. Por regra é inadmissível, salvo, 
quando há​ ausência de nexo causal ​(​Caso uma prova ilícita não interfira nas demais 
provas lícitas o processo continua mediante exclusão da ilícita​), ​fonte independente 
(quando há duas fontes concretas da mesma prova a lícita se mantém e a ilícita é 
descartada) ou ​descoberta inevitável​ (Se a prova fosse ser inevitavelmente 
descoberta e a prova ilícita apenas adiantou os fatos, a prova ilícita se mantém). 
 
# Provas em espécie 
# ​ Interrogatório (​Art. 185​) 
Momento que o acusado tem para se defender. 
● Obrigatoriedade​ ​→​ O Juiz tem que possibilitar o interrogatório; 
● Posição na audiência ​→​ Último ato executado pelo Juiz; 
● Local para o interrogatório ​→​ Quando o réu estiver em liberdade será 
realizado onde ele se encontrar. Caso contrário, Será realizado onde ele estiver 
recolhido, no Fórum ou excepcionalmente por videoconferência que, nesse 
último caso, a parte deve ser intimada 10 dias antes e oferecer risco à ordem 
pública ou estar enfermo. 
● Procedimento (​Art. 185 §5°​)​→ 
○ Entrevista reservada com advogado; 
○ Qualificação e ciência da acusação ao réu (​Art. 186​); 
○ Informar ao réu do direito de silêncio (​Art. 186​); 
○ Perguntar sobre o réu (​Art. 187​)​→​ A maioria da doutrina entende que se 
o réu mentir será falsidade ideológica; 
○ Perguntar sobre o fato ​→​ A doutrina entende que mentir não configura 
crime nesse caso; 
○ Esclarecimento dos fatos. 
# ​Perícias (​Art. 158​) 
● Obrigatoriedade →​ Sempre que a investigação deixar vestígios o exame de 
corpo de delito é obrigatório e não é suprido pela confissão do acusado; 
● Desaparecimento dos vestígios​ ​→​ Prova testemunhal o substitui (​Art. 167​); 
● Não vinculação ao laudo ​→​ O Juiz não é obrigado a seguir o laudo (​Art. 182​); 
● Direta ​→​ Recai sobre o corpo de delito; 
● Indireta ​→​ Vestígios do crime ou provas testemunhais; 
● Peritos ​→​ Se oficial, 1 perito e se não oficial 2, no segundo caso com nível 
superior ​preferencialmente​ na área (​Art. 159​). A nomeação é feita pelo Juiz e as 
partes não podem interferir nisso; 
○ Atuação ​→ 
■ Realização →​ Qualquer hora (​Art. 161​). Tratando-se de autópsia, 
essa será feita pelo menos 6h depois do óbito, exceto que o 
perito julgue que possa ser feita antes baseado nas evidências 
dos sinais de morte (​Art. 162​); 
■ Laudo ​→​ Elaboração em 10 dias, salvo, laudo de insanidade 
mental que serão 45 dias (​Art. 150​); 
■ Presença do perito na audiência ​→​As partes podem solicitar a 
presença do perito e o mesmo deve ser intimado 10 dias antes; 
■ Divergência de laudo ​→​ O Juiz pode chamar um 3° perito; 
■ Exame complementar para lesão corporal grave ​→​ Caso o 
exame pericial seja incompleto, pode ser requisitado exame 
complementar por autoridade policial ou judicial de ofício ou 
requerimento do M.P., do ofendido ou do acusado e seu defensor. 
E deverá ser feita logo que decorra o prazo de 30 dias a partir da 
data do crime. Na falta de exame complementar pode ser usada 
prova testemunhal (​Art. 168​). 
# ​Confissão (​Art. 197, 198, 199, 200​) 
# Tipos 
● Simples ​→​ Quando o réu admite o fato; 
● Qualificada ​→​ Quando ele admite o fato em oposição a outro 
fato. ( Ex: Admitir homicídio em legítima defesa ). 
# ​Características 
A confissão é retratável e divisível. 
 
# ​Ofendido (​Art. 201​) 
● Depoimento / Entrevista ​→​ O Juiz deve indagar o ofendido sempre que 
possível; 
● Atos de intimação obrigatória ​→​ O Juiz deve comunicar ao ofendido a 
entrada, saída ou fuga do acusado da prisão e entregar-lhe uma cópia da 
sentença. 
#​ Indícios (​Art. 239​) 
Método indutivo para se provar um fato. Pode haver condenação por indícios, se eles forem o 
suficiente para isso, como no caso do Goleiro Bruno. 
 
 
 
 
 
Reconhecimento 
Objetivo​ ​→​ Identificar pessoas ou objetos; 
Fotografias ​→​ O STF admite o reconhecimento mas não permite a condenação baseada unicamente nisso; 
Procedimento ​→​ Descreve-se a pessoa, daí a pessoa descrita é colocada ao lado de outras semelhantes 
para que seja feito o reconhecimento. 
 
Acareações 
Possibilidade ​→​ Entre todos os envolvidos; 
Cabimento ​→​ Dirimir dúvida relevante; 
Procedimento ​→​ Confronto de versões, ambas as partes apresentam e ouvem ambas versões. 
 
Documentos 
Definição ​→​ Quaisquer escritos públicos ou privados; 
Momento para apresentação ​→​ A qualquer tempo. No tribunal do Júri nenhum documento pode ser 
apresentado sem 3 dias de antecedência do início do processo. 
 
Testemunhas 
Regra ​→​ Qualquer pessoa e essa não pode deixar de depor (​Art. 202​ e ​206​). 
Exceção ​→ 
Dispensadas ​→​ Existem pessoas que são dispensadas de depor, como cônjuge, pais, filhos e afins 
em linha reta, salvo se for a única testemunha; 
Proíbidas ​→​ ​Situação Profissional ​, que requer sigilo, salvo autorização do titular da informação (​Art. 
207​); 
Advogado ​→​ Só depõe se quiser. 
Compromisso ​→​ Dizer a verdade. Esse compromisso não é exigido dos dispensados, doentes mentais e 
menores de 14 anos (​Art. 208​); 
Número ​→​ No Procedimento comum ​ordinário​ e na ​1ª fase​ do Júri são permitidas ​8 ​testemunhas enquanto 
no Procedimento comum ​sumário​ e na ​2ª fase​ do Júri apenas​ 5​ testemunhas; 
Dever ​→​ A testemunha deve ​Comparecer​ e Dizer a ​verdade​. A testemunha que não comparecer após ser 
intimada comete crime de desobediência enquanto a que não disser a verdade comete falso testemunho; 
Oitiva ​→ 
Qualificação ​→​ Coleta de informações pessoais da testemunha; 
Contradita ​→​ Possibilidade dada à parte para desacreditar a testemunha (​Art. 214​). 
Silêncio ​→​ É possível se o que ela for dizer puder encriminamina-la. 
 
Busca e apreensão 
 
Natureza jurídica ​→​ É um meio de prova e uma medida cautelar ( Medida cautelar probatória ); 
Previsão ​→​Domicílio​ ​→​ ​Art. 240​ e a casa é asilo inviolável e ninguém nela pode penetrar sem consentimento 
do morador, salvo em caso de flagrante delito, desastre, prestar socorro ou determinação judicial se for 
durante o dia (​Art. 5°, XI C.F.​) 
Pessoal ​→​ Independe de mandado e basta fundadas suspeitas (baseado em empirismo) e a busca em 
mulher pode ser, por homem, executada para evitar o retardamento ou prejuízo da diligência. 
Domiciliar (​§4° e §5°, Art. 150 C.P.​) ​→​ Local não aberto ao público onde a pessoa exerça arte, ofício ou 
profissão. 
Pressupostos ​→​ Flagrante delito, bastam fundadas suspeitas; 
Cabimento ​→​ § 1°, Art. 240​; 
Questões específicas ​→​ ​Descoberta fortuita (Serendipidade) ​ ​→​ Descoberta de outro fato/crime diverso do 
constante no mandado. 
1° grau ​→​ O fato/crime descoberto tem relação com a investigação, logo servirá como prova; 
2° grau ​→​ O fato/crime não tem relação com a investigação, portanto, serve apenas como V.P.I. 
Carro ​→​ Independe de mandado, salvo se tiver sua natureza desvirtuada. 
Crime permanente ​→​ A ação do sujeito se prolonga pelo tempo, portanto, em flagrante e daí pode ser 
violado o domicílio. 
Escritório do Advogado ​→​ É possível adentrar se houverem indícios de participação/autoria do advogado no 
crime com acompanhamentoda OAB, salvo flagrante delito. 
Celular ​→​ O STJ não permite acesso ao histórico sem autorização judicial. 
 
Procedimentos 
# Procedimento Comum (​Art. 319​) 
# Procedimento comum ordinário 
Pena igual ou superior à 4 anos 
# Procedimento comum sumário 
Pena inferior à 4 anos 
# Procedimento comum sumaríssimo 
Infrações penais de menor potencial ofensivo 
 
 
 
PS: 
Falta de pressupostos processuais​: Juiz com jurisdição ou competência insuficientes, réu menor de 
idade ou falta de demanda(responder por crime que já está sendo ou já foi julgado, ou prescreveu). 
O ​Procedimento Comum Sumário​ é idêntico ao ​Procedimento Comum Ordinário ​exceto pelas 
seguintes questões, para acontecer a ​Audiência​, a ​Instrução​ e o ​Julgamento​ no​ PCS há um prazo de 30 
dias contra 60 ​no ​PCO​ e no ​PCS​ podem haver ​até 5 testemunhas​ enquanto no​ PCO até 8​. 
Denúncia Inepta ​ou ​w​ é quando a denúncia n​ão descreve com clareza fatos ​ou​ autorias.

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