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Direito Processual Penal Código de Processo Penal - Decreto-Lei N° 3689 03/10/1941 Aula 1 – 10/01/20 – Marcelo Pereira Persecução Criminal: Apuração e Julgamento de uma infração penal – Persecutio Criminis Polícia (Atividade Policial): # Administrativa (Ostensiva): Visa evitar o crime (PM, PRF, PFF); # Judiciária: Visa solucionar a infração penal praticada (PC, PF). Inquérito Policial (Art. 4°) Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. Procedimento administrativo pois ocorre no âmbito do poder executivo, preparatório pois subsidia a ação penal e sem ela não haveria necessidade de inquérito e investigativo pois visa obter indícios da existência da infração (Materialidade) e constatar indícios suficientes de Autoria. # Características ● Discricionariedade → Cabe ao delegado conduzir o inquérito de acordo com suas convicções, salvo por requisições do M.P. ou do Juiz (a não ser que haja uma ilegalidade em flagrante), ou ainda, no caso de execução do Corpo de Delito (perícia) em crimes não transeuntes, que assim como em flagrante se faz obrigatório. Caso o delegado se recuse a abrir um inquérito o ofendido poderá recorrer ao Chefe de Polícia; ● Escrito → Todas as peças do inquérito policial serão reduzidas a termo escrito ou datilografado e rubricadas pela autoridade, ainda que estejam em meio digital; ● Sigiloso → Para preservar a intimidade e garantir o sucesso da investigação o inquérito é sigiloso à sociedade e imprensa em geral (Art. 20). Não se aplica ao Juiz, M.P. e ao Advogado somente não se aplica aos autos (Todo procedimento documentado) ou procedimento em andamento que não gere riscos à investigação (Lei 13245/16 Art. 7°, XIV). O sigilo pode ser Natural ou Judicial e no segundo caso apenas mediante procuração o advogado poderá acessar o inquérito (Lei 13245/16 Art. 7°, § 10 ); ● Indisponibilidade → Uma vez iniciado o inquérito o delegado não pode arquivá-lo (Art. 17), apenas uma autoridade Judicial o pode (Juiz); ● Inquisitivo → No inquérito não há direito de contraditório ao litigante e nem ampla defesa. (Art. 5, inc. LV, C.F); ● Dispensabilidade → Para o M.P. se ele dispuser de autoria e materialidade não há necessidade de inquérito. Assim, se a opinio delicti se formar por outros meios, nada impede que a ação seja iniciada sem o inquérito; ● Oficialidade → O inquérito deve se fazer cumprir por órgão oficial do Estado, ou seja, por autoridade policial. ● Oficiosidade → O Delegado age de ofício (Agir por força da lei); ● Autoritariedade → L. 12830/13 Art. 1° Uma autoridade estatal conduz o inquérito (Delegado); ● Imparcialidade →O inquérito é destinado a apurar fatos e não pessoas, o indivíduo é apurado em virtude de conexão com a infração penal. # Remoção / Avocação / Redistribuição L. 12830/13, Art. 2°, § 5° - A remoção do delegado só pode ser feita mediante ato fundamentado (despacho fundamentado) por um superior hierárquico e havendo interesse público ou quebra de regras que comprometam a investigação previstas em Lei ou regulamento. # Prazos Pacote AntiCrime → L. 13964/19. Antes da Lei Após a Lei Preso 10 dias 10 + até 15 dias Solto 30 dias 30 dias Trancamento Eventualmente, ao excesso de prorrogação do prazo cabe habeas corpus (H.C.) para trancar o Inquérito Policial (I.P.). Simples petição ao Juiz das garantias para aplicação do Art. 3°-B, IX, L. 13964/19.(vetado) # Indiciamento Ato pelo qual o delegado aponta o autor da infração penal. O indiciamento é atividade privativa do Delegado de Polícia. # Incomunicabilidade (Art. 21) Boa parte da doutrina considera inconstitucional. Se trata de literalmente impedir o indiciado de se comunicar com qualquer um, salvo o advogado. Quem decreta? O Juiz, por meio de um despacho fundamentado Quem requere? Autoridade Policial ou órgão do M.P. Prazo 3 dias Motivação Interesse da sociedade ou conveniência da investigação # Valor Probatório/Vícios O inquérito têm valor relativo pois o Juiz não pode o usar exclusivamente para condenar, mas pode para absolver (Art. 5º, LVII, C.F.), salvo quando a prova é antecipada, cautelar ou não repetível. Vícios são informações colhidas de forma indevida, podendo se classificar em Absoluto ou Relativo. O vício absoluto é aquele que contamina o inquérito e precisa ser removido, enquanto o relativo é o que não contamina e portanto pode ser corrigido. # Notitia Criminis (Art. 5° § 3°) Comunicação à autoridade de uma infração penal, levando a instauração do inquérito. # Espécies: ● Espontânea → Cognição imediata, pautada nas atividades rotineiras; ● Provocada → Cognição mediata, pode ser requisitada pelo Juiz, M.P. ou pelo ofendido, ou ainda, por delação de qualquer pessoa que, nesse caso, pode ser classificada como Apócrifa ou Inqualificável servindo no primeiro caso apenas mediante verificação da procedência da informação (V.P.I.). Quando a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ter o inquérito iniciado (Art. 5, § 4°). Pode ser uma requisição pelo Ministro da Justiça caso fira a honra do Presidente da República ou de um chefe de Estado estrangeiro (Art. 24), como no caso do porteiro do Bolsonaro; ● Coerciva → Prisão em flagrante (Art. 301 / Art. 302). # Providências Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV - ouvir o ofendido; V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro (Interrogatório do acusado), devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações (Confronto frente a frente); VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. # Arquivamento Antes da lei 13964/19 → O M.P. pode pedir novas diligências ao Delegado, oferecer denúncia ao Juiz ou requerer arquivamento ao Juiz, caso o Juiz concorde o inquérito é arquivado e caso contrário é remetido ao Procurador Geral Judicial (Chefe do M.P.) e este pode denunciar, designar outro promotor ou insistirno arquivamento. Após a lei 13964/19 → O M.P. deve comunicar ao Ofendido, que tem 30 dias para questionar o Instituto de Revisão enquanto ao arquivamento, ao Indiciado, ao Delegado e encaminhar ao Instituto de Revisão. Quando um Inquérito é arquivado por Atipicidade do Fato (Art. 386) e, portanto, a decisão faz Coisa Julgada Material esse não pode ser desarquivado. Enquanto ao inquérito arquivado por Excludente de Ilicitude (Art. 23 C.P.) o STJ julga como Coisa Julgada Material e o STF o julga como Coisa Julgada Formal que, portanto, pode ser desarquivado. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#livroitituloviicapituloiii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#livroitituloviicapituloiii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#livroitituloviicapituloiii Aula 2 – 17/01/20 – Marcelo Pereira Ação Penal (Art. 24) Direito público e subjetivo de exigir do Estado Juiz (Poder Judiciário) a aplicação do direito penal. # Condições da Ação (Art. 257) Pressupostos necessários para regular o exercício do direito de ação (Art. 395 ). # Genéricas/Gerais (Estão presentes em todas as ações) ● Possibilidade Jurídica do pedido → O Promotor deve narrar na denúncia uma infração penal; ● Interesse de Agir do Estado Juiz →O Juiz tem que analisar se o processo será útil, ou seja, se é possível condenar o indiciado; ● Legitimidade das Partes→ Se não o M.P., então o ofendido na Parte Ativa (Acusação) e o Réu na Parte Passiva (Defesa); ● Justa Causa → Lastro Probatório Mínimo. O Promotor deve ter pelo menos o mínimo de indícios de Autoria e Materialidade (Inquérito Policial). # Específicas (Presentes apenas em algumas ações) ● Representação; ● Requisição. # Classificação das Ações # Ação Penal Pública O M.P. é o titular. Inc III, Art. 129, C.F. # Incondicionada Toda Ação Penal não especificada. # Princípios Informadores ● Obrigatoriedade (Art. 24)→Obrigação de oferecer a denúncia quando obtiver indícios de Autoria e Materialidade o suficiente. Exceto quando a infração for de Menor Potencial Ofensivo (Crime cujo a pena não supera 2 anos ou contravenção penal) Art. 76, L. 9099/95 que permite oferecer uma proposta de pena restritiva de direitos ou multa; ● Indisponibilidade (Art. 42 e Art. 576) →O M.P. (Promotor) não pode desistir da ação penal, mas pode mudar de opinião. Exceto pelo descrito no Art. 89, L. 9099/95 (Sursis Processual) que permite propor a suspensão do processo. # Condicionada Deve haver uma manifestação de vontade de quem tiver legitimidade. # À Representação Manifestação de vontade da vítima ao Juiz, M.P. ou Delegado (Art.39) que pode ser feita de maneira informal num prazo de até 6 meses (Art. 38), prazo esse que não se interrompe, nem se suspende, prorroga ou corre contra vítima menor, podendo ser sucedido conforme o Art. 24, § 1° e retratável apenas até oferecimento da denúncia (Art. 25). # À Requisição Requisição do Ministro da Justiça quando houver crimes contra a honra do Presidente da República ou Chefe de Estado Estrangeiro. O C.P.P. não trata sobre Destinatários, Prazos ou Retratações. # Ação Penal Privada O Titular é o ofendido (Art. 30) ou quem sucedê-lo em caso de morte (Art. 31) e o Estado só age mediante provocação de quem tiver direito. Exemplos: Art. 145 C.P. # Princípios Informadores ● Oportunidade/Conveniência →O Ofendido decidirá se e quando oferecer a queixa. Decairá no direito de queixa, se não o fizer em 6 meses, contando do dia em que vier a saber quem é o autor do crime (Art. 38). Caso seja renunciada a queixa à um dos autores será renunciada à todos (Art. 49). No caso de renúncia expressa agir conforme Art. 50. ● Disponibilidade →Cabe ao ofendido prosseguir ou não com o processo. O Perdão deve ser bilateral, ou seja, ambas as partes devem estar de acordo (perdoar e ser perdoado) e o perdão concedido a um acusado servirá para todos que o aceitarem (Art. 51). No caso de inércia do querelante a ação se torna Perempta(Art. 60). ● Indivisibilidade → A queixa deve ser contra todos os autores ou não será aceita (Art. 48). Renúncia Perdão O Ofendido demonstra que não quer processar. O Ofendido não quer continuar com o processo. Expressa ou Tácita. Expresso ou Tácito. Ocorre antes do início do processo. Ocorre durante o processo. Unilateral. Bilateral. O perdoado deve aceitar. # Espécies ● Exclusiva/Propriamente dita →É possível a sucessão; ● Subsidiária →A vítima oferece a denúncia no lugar do M.P.(Art. 29); ● Personalíssima →Não é possível a sucessão. Ex: Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (Art. 236 C.P.). P.S. Todo crime prescreve, exceto Racismo (Inc. XLII, Art. 5° C.F.) e Bando Armado Contra o Estado Democrático de Direito (Inc. XLIV, Art. 5° C.F.). Menor de idade não comete crime e sim contravenção, portanto, nunca será réu. Aula 3 – 22/01/20 – Marcelo Pereira Medidas Cautelares e Prisões A prisão durante o processo de persecução criminal pode ser chamada de Processual, Cautelar ou Provisória e pode ocorrer de forma Preventiva, Temporária ou em Flagrante dependendo do Juízo de Periculosidade, podendo existir contracautela que seriam as Medidas Cautelares Diversas à Prisão e a Liberdade Provisória. # Medidas Cautelares Diversas da Prisão Medidas que devem ser impostas preferencialmente à prisão. # Requisitos (Art. 282) ● Necessidade para Aplicação da Lei Penal ● Necessidade para Investigação ou a instrução Criminal ● Evitar Novas Infrações Penais ● Adequação à gravidade do crime ● Circunstâncias do fato ● Condições pessoais do indiciado ou acusado # Legitimidade Apenas o “Juiz de Ofício”, Partes, M.P. e Delegado tem legitimidade para pedir Medidas Cautelares Diversas da Prisão. # Momento Essas medidas são decretadas no curso da persecução criminal. # Espécies (Art. 319) ● Comparecimento periódico em juízo; ● Proibição de frequentar certos lugares; ● Proibição de contato com certas pessoas; ● Proibição de sair da cidade; ● Recolhimento à residência; ● Suspensão de funções públicas, atividade econômica ou financeira; ● Internação quando crime com violência ou grave ameaça e o indiciado for inimputável ou semi-inimputável; ● Fiança; ● Monitoração eletrônica. # Prisão: Cerceamento da liberdade #Formalidade/Execução ● Mandado de prisão →Deve ser assinado pela autoridade, descrever a pessoa a ser presa pelo nome, alcunha ou sinais característicos, mencionar a infração cometida, se for o caso dirá o valor da fiança e será dirigido ao executor (Art. 285); ● Hora e Domicílio→Pode ocorrer à qualquer hora entretanto não pode violar o domicílio (§2°, Art. 283); ● Prisão em Perseguição → Se houver captura em comarca fora da jurisdição do executor, após perseguição, o réu deverá ser entregue a autoridade local e poderá ser removido após lavrado o auto de flagrante (Art. 290); ● Prisão Especial→Recolhimento em local distinto da prisão comum e não será transportado junto dos presos comuns (Art. 295). Ocorre apenas durante o processo (Ação Penal). # Prisãoem Flagrante (Art. 301) É aquela executada no momento e no local do crime e tem natureza administrativa, logo, independe de autorização judicial. # Espécies ● Obrigatório/Compulsório →Destina-se às forças de segurança (Art. 144 C.F.); ● Facultativo →Destina-se a qualquer do povo; ● Próprio, Perfeito ou Real →Acaba ou está cometendo a infração penal (Art. 302, I e II); ● Impróprio, Imperfeito ou Quase Flagrante →É perseguido logo após o delito por qualquer um (Art. 302, III); ● Flagrante Presumido ou Ficto →O acusado é encontrado logo depois de cometer o delito (Art. 302, IV); ● Esperado →Ciente da prática de um crime, a polícia aguarda os primeiros atos executórios do delito; ● Preparado ou Provocado →O agente é intrigado ou induzido a praticar o crime (Súmula 145/STF); ● Prorrogado, Postergado, Diferido ou Ação Controlada →É o retardamento da atividade policial; ● Forjado →É crime; ● Por apresentação →Não há possibilidade da decretação de prisão em flagrante caso não tenham sido iniciadas as buscas e o indiciado se apresentar. # Sujeitos ● Ativo →Quem executa a prisão e pode ser qualquer pessoa. ● Passivo →Quem é preso, que pode ser também qualquer pessoa, salvo o Presidente da República, Diplomata, Usuário de drogas (Art. 28 e Art. 48, L. 11343/06), Autor de acidente de trânsito que presta socorro e, salvo crimes inafiançáveis, Parlamentares, membros do M.P. e Juízes. # Procedimentos (Art. 304) ● Oitiva do condutor; ● Oitiva das testemunhas (Art. 304, § 2°); ● Oitiva do conduzido (Interrogatório); ● Lavratura do A.P.F. (Auto de Prisão em Flagrante); ● Entrega da nota de culpa; ● Encarceramento, se for o caso; ● Remessa à autoridade o A.P.F. para a Audiência de Custódia; ● Comunicação à família ou pessoa por ele indicada. # Decisões do Magistrado (Art. 310) O que será decidido na Audiência de Custódia de acordo com o Art. 310; Relaxar a prisão, converter em Preventiva, conceder Liberdade Provisória ou Liberdade Provisória mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais. # Prisão Preventiva (Art. 312) Cabe no curso da Persecução Criminal para assegurar que seja aplicada a lei penal. # Pressupostos Específicos Indício de Autoria e prova de Materialidade (FUMUS COMMISSI DELICTI) # Hipóteses Decretação (PERICULUM LIBERTATIS) ● Garantia da Ordem Pública →Réu é perigoso para a sociedade; ● Garantia da Ordem Econômica →Evitar fraudes; ● Assegurar a aplicação da lei penal →Perigo de fuga; ● Conveniência da instrução criminal →O réu pode comprometer o processo; ● Descumprimento das medidas cautelares; # Infrações (Art. 313) ● Crimes dolosos com pena privativa de liberdade máxima superior à 4 anos; ● Reincidente de doloso; ● Violência doméstica e familiar; ● Dúvida da identidade civil da pessoa; ● Descumprimento das medidas cautelares. # Revogação Na ausência de motivo a prisão preventiva é revogada, assim como, caso surjam pode ser decretada novamente (Art. 316). # Excludentes de Ilicitude (Art. 314 e Art. 23, C.P.) É o que torna um atitude ilícita, licita. Não é considerado crime quando o agente está em estado de necessidade, age em legítima defesa, está em estrito cumprimento de dever legal ou em exercício de direito. # Prisão Domiciliar Recolhimento do acusado ou indiciado ao seu domicílio no lugar da preventiva(Art. 317) # Requisitos (Art. 318) ● Maior de 80 anos; ● Extremamente debilitado por doença grave; ● Imprescindível aos cuidados de menor de 6 anos ou pessoa com deficiência; ● Gestante; ● Mulher com filho de até 12 anos; ● Homem, caso seja o único responsável do filho de até 12 anos. # Critérios Específicos para Mulheres ● Crimes sem violência →O crime não pode ter sido praticado contra a pessoa a ser cuidada. # Prisão Temporária (L. 7960/89) # Momento Destinado a investigação, só cabe durante o inquérito. # Decretação O Juiz mediante requisição do M.P. ou representação do Delegado pode decretar prisão temporária. # Cabimento Quando ocorre algum crime do inciso III combinado com os incisos I ou II do Art. 1°, L.7960/89. # Infrações (Inc. III, Art. 1°, L 7960/89) a) homicídio doloso; b) seqüestro ou cárcere privado; c) roubo; d) extorsão; e) extorsão mediante seqüestro; f) estupro; i) epidemia com resultado de morte; j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte; l) quadrilha ou bando, todos do Código Penal; m) genocídio, em qualquer de sua formas típicas; n) tráfico de drogas; o) crimes contra o sistema financeiro. p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. # Prazo (Art. 2° L.7960/89) O Prazo para prisão temporária é de 5 dias e prorrogável em 5 dias em caso de extrema e comprovada necessidade e o dia do cumprimento do mandado se inclui no prazo. Não há necessidade de alvará de soltura (L. 13869/19). # Diferença entre Preventiva e Temporária Preventiva Temporária Quem Decreta: Juiz Juiz Quem Solicita: Requerimento do M.P., do Querelante ou do Assistente, ou por representação do Delegado Requerimento do M.P. ou Representação do Delegado Em Qual Momento: Persecução Criminal (Inquérito e Ação Penal) Inquérito Qual Prazo: Não tem 5 dias e mais 5 prorrogáveis Quais Crimes: Art. 313 Inc. III, Art. 1° L.7960/89 Quais Pressupostos: Art. 312 Inciso III combinado com o I ou II do Art. 1°, L. 7960/89 # Liberdade Provisória (Art. 321) Caso não seja aplicável prisões a liberdade provisória deverá ser concedida e se for o caso aplicando as medidas cautelares do Art. 319 e atentando para o Art. 282. # Modalidades (Inc. LXVI, Art. 5° C.F.) Com ou sem fiança # Cabimento Quando não couber prisão em flagrante ou preventiva, tendo em vista que é uma contracautela à ambas. # Fiança Entrega de bens e valores em troca da liberdade. # Inadmissibilidade (Inafiançável) (Art. 323 e Art. 324) ● Tráfico, Terrorismo, Tortura, Crime Hediondo, Racismo e Grupo Armado Contra o Estado Democrático; ● Quebra de fiança; ● Prisão civil ou militar; ● Presentes requisitos da prisão preventiva. # Legitimidade para conceder fiança(Art. 322) Delegado em crimes com pena máxima de até 4 anos e Juiz em qualquer caso. # Valor (Art. 325 e Art. 350) ● Pena até 4 anos → 1 a 100 salários mínimos; ● Pena Superior à 4 anos → 10 a 200 salários mínimos; ● Dispensa, Redução ou Aumento →Baseado na situação econômica do preso o juiz poderá dispensar a fiança; Reduzir em até ⅔ o seu valor ou aumentar em até 1000 vezes (§ 1° Art. 325); ● Critérios para Cálculo → A natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, a importância provável das custas do processo, até o final do julgamento (Art. 326). # Deveres (Art. 327 e Art. 328) ● Estar presente em todas as vezes que a autoridade chamar; ● Não mudar de residência ou se ausentar por mais de 8 dias sem permissão do Juiz. # Quebra de Fiança (Art. 341) Descumprimento das obrigações (deveres e medidas cautelares) ou prática de novas infrações. # Cassação Ocorre quando a fiança foi concedida erroneamente. # Perda (Art. 344) Quando o condenado não se apresenta para o cumprimento da pena. # Reforço (Art. 340) O Juiz poderá exigir reforço da fiança quando se enganar e pedir um valor insuficiente, quando houver depreciação dos benstomados ou quando for inovada a classificação do delito. P.S. A reincidência tem um prazo de 5 anos e no final deste prazo o agente volta a ser Réu Primário. E Bons Antecedentes tem quem nunca cometeu crime. No Mandado de Prisão não pode acontecer a violação de domicílio ao contrário da Busca e Apreensão (Art. 240) O Atentado Violento ao Pudor não foi revogado, mas sim houve a aplicação do princípio da Continuidade Típica Normativa. O Promotor pode alterar a classificação do delito (Inc. III , Art. 340) Jurisdição e Competência STF STJ (Tudo que não couber a Justiça Especial) TST (Assuntos Trabalhistas) TSE (Assuntos Eleitorais) STM (Crimes Militares) TJ TRF (Art. 109 C.F.) TRT TSE (*) Juiz de Direito Juiz Federal Juiz Trabalhista Juiz Eleitoral Juiz Militar JUSTIÇA COMUM JUSTIÇA ESPECIAL # Jurisdição É o poder do qual todo magistrado é investido para solucionar de maneira definitiva os conflitos surgidos no âmbito da sociedade. # Competência Medida, Capacidade, Limite da Jurisdição... # Critérios para Definir a Competência Criminal (Art. 69) # Em razão da matéria # Justiça Especial ● STM → Crimes Militares (Art. 125, § 4° C.F.); ● TSE → Assuntos Eleitorais; ● TST → Assuntos Trabalhistas. # Justiça Comum Tudo que não couber a Justiça Especial. # STJ ● TJ → Âmbito Estadual; ● TRF → Âmbito Federal (Art. 109 C.F. -). # Em razão da localidade (Art. 70) ● Teoria do Resultado → Local da consumação da infração - Regra; ● Teoria da Atividade → Local do último ato de execução - Crime Tentado; ● Crimes à distância → Crimes envolvendo outras nações além do Brasil; ● Teoria da ubiquidade ou Teoria Mista → Fusão das teorias do resultado ou atividade com um crime à distância; ● Incerteza do local do crime → 1° caso: Sei onde foi mas não sei a qual comarca pertence. 2° caso: Não sei onde foi mas sei o trajeto em que ocorreu a infração. Em ambos os casos usa-se o critério da prevenção. ● Infração continuada ou permanente → A competência é decidida por prevenção se praticada em território de mais de uma jurisdição (Art. 71); ● Domicílio do Réu → Não sendo conhecido o local mas sim o autor da infração a competência cabe ao local de domicílio do réu, salvo se o réu possuir mais de uma residência que passa a ser por prevenção, ou ainda, se o réu não tiver residência certa ou for ignorado seu paradeiro que, no caso, será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato (Art. 72); ● Ação Privada → É possível que o querelante escolha o foro de domícilio do réu (Art. 73) (Abrir o processo na comarca de residência do réu). # Natureza da infração (Art. 74) ● Crimes dolosos contra a vida → Tribunal do Júri; ● Infrações de menor potencial ofensivo → Juizado Especial Criminal - JECRIM; ● Violência doméstica e familiar contra a mulher → Juizado de violência contra a mulher; # Distribuição (Art. 75) Sorteio entre juízes da mesma jurisdição e mesma comarca feito por um algoritmo. # Conexão (Art. 76) Elo entre 2 ou mais infrações que deve ser julgado no mesmo juízo. # Espécies # Intersubjetiva ● Simultaneidade → Se ocorrido duas ou mais infrações com duas ou mais pessoas sem planejamento prévio; ● Concursal → “Combinada”, Organização criminosa, por exemplo; ● Reciprocidade → Quando há pessoas cometendo crimes umas contra as outras. Briga entre torcidas, por exemplo. # Objetiva Quando uma infração é utilizada em função de outra. Cometer um homicídio para conseguir executar um sequestro, por exemplo. # Probatória/Instrumental A prova de um crime influencia na prova de outro. Facilita provar a receptação se houver prova de que houve um crime na obtenção do objeto receptado. # Continência (Art. 77) Ocorre quando um fato criminoso contém outros, o que impõe julgamento único. # Espécies # Subjetiva Quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração. # Objetiva Quando uma única ação resulta em mais de um crime # Prevalência do foro # Regras de prevalência do foro(Art. 78) ● Júri X Justiça comum→ Quando há tanto competência do Júri quanto da Justiça comum prevalece o Júri, salvo quando houver foro por prerrogativa de funções assim constituindo separação obrigatória; ● Jurisdição de diversas categorias → Prevalece a de maior categoria; ● Justiça Comum X Especial → Prevalece a especial; ● Jurisdição de mesma categoria → Prevalece o local com a pena mais grave ou onde ocorreu o maior número de infrações e aos demais casos cabe a prevenção. # Separação de processos (Art. 79) # Obrigatória ● Justiça comum separa da Justiça Militar; ● Justiça comum separa da Infância e Adolescente; ● Superveniência de doença mental (Constatar doença mental durante o processo); ● Co-réu foragido, se o co-réu não puder ser julgado o processo dele é separado. # Facultativa (Art. 80) ● Quando as infrações são cometidas em momentos e lugares “muito” diferentes; ● Número excessivo de acusados; ● Para não prolongar a prisão provisória; ● Qualquer situação que o juiz julgar relevante. # Citação O ato pelo qual o réu é chamado para oferecer defesa prévia, feita corretamente estará completa a relação processual e se o réu não for citado o processo será nulo. # Espécies # Real / Pessoal O réu tem até 10 dias para apresentar a defesa; ● Mandado → O mandado é cumprido pelo Oficial de Justiça e deverá conter o nome do juiz, o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa, o nome do réu ou sinais característicos, a residência do réu, o fim para que é feita a citação, o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer, a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. O mandado deve ser lido ao citado e entregue a contrafé onde constará o dia e a hora da citação, assim como, declarado na certidão a entrega da contrafé e sua aceitação ou recusa (Art. 352 e Art. 357). ● Militar → O citado é o mais antigo do serviço (Art. 358); ● Funcionário Público → Tanto o réu quanto o chefe devem ser notificados (Art. 359). ● Preso → Deve ser citado pessoalmente (Art. 360); ● Precatória → Quando o réu está em outra comarca; ● Rogatória → Quando réu está em outro país, consulado ou embaixada. A citação deve ser dirigida ao país e então repassada via consulado ou embaixada até chegar ao réu (Art. 368 e Art. 369). # Ficta ● Edital (Quando não se sabe o paradeiro)→ O réu encontra-se em local desconhecido e tem 15 dias para apresentar a defesa após o término da publicação do edital. Quando o réu comparece a citação sem advogado o Juiz deve nomear um defensor. Em contraparte ao comparecimento e caso não tenha sido enviado um advogado em seu lugar suspende-se por prazo prescricional somado com o tempo máximo da pena e pode ser decretada a prisão preventiva (Art. 366); ● Hora certa (Quando se sabe o paradeiro)→ O réu impede a citação, quando isso ocorre o Oficial de Justiça tem 3 tentativas de citação sendo a 3ª para deixar recado contendo um ponto de encontro futuro que deve ser obrigatoriamente acatado. Quando o réu não comparece e esse tipo de citação é completada o Juiz deve nomear um defensor dativo. (Art. 362) Provas (Art. 155 - 250) # Disposições Gerais # Sistemas de avaliação das provas ● Íntima Convicção → Nesse sistema não há necessidade de esclarecer os motivos da decisão. Exemplo único: Tribunal do Júri; ● Prova Legal ou Tarifada → Nesse sistema o legislador determina e deve comprovar como chegou à conclusão. Exemplo: Exame de corpo de delito; ● Livre Convencimento / Persuasão Racional → O Juiz julgará pela livre apreciação da prova e deverájustificar a decisão (Art. 155). # Ônus da prova (Art. 156) ● Acusação → Deve provar a autoria, materialidade e o elemento subjetivo ( dolo ou culpa); ● Defesa → Deve provar o álibi, o excludente de ilicitude (se for o caso) e o elemento subjetivo. # Regra geral quanto a produção das provas (Art. 155) Liberdade para provar o alegado. # Poderes instrutórios do Juiz (Art. 156) É permitido ao Juiz produzir provas antecipadas mesmo antes de iniciada a ação penal e realizar diligências para dirimir dúvidas antes da sentença. # Prova Ilícita ● Vedação expressa → Segundo o Inc. LVI, Art. 5° C.F. é inadmissível e segundo o Art. 157 é Inadmissível, deve ser desentranhada e inutilizada; ● Exceções à vedação → Quando ocorre a favor do Réu e há razoabilidade para inocentar; ● Prova ilícita derivada→ Previsão legal. (Art. 157). Por regra é inadmissível, salvo, quando há ausência de nexo causal (Caso uma prova ilícita não interfira nas demais provas lícitas o processo continua mediante exclusão da ilícita), fonte independente (quando há duas fontes concretas da mesma prova a lícita se mantém e a ilícita é descartada) ou descoberta inevitável (Se a prova fosse ser inevitavelmente descoberta e a prova ilícita apenas adiantou os fatos, a prova ilícita se mantém). # Provas em espécie # Interrogatório (Art. 185) Momento que o acusado tem para se defender. ● Obrigatoriedade → O Juiz tem que possibilitar o interrogatório; ● Posição na audiência → Último ato executado pelo Juiz; ● Local para o interrogatório → Quando o réu estiver em liberdade será realizado onde ele se encontrar. Caso contrário, Será realizado onde ele estiver recolhido, no Fórum ou excepcionalmente por videoconferência que, nesse último caso, a parte deve ser intimada 10 dias antes e oferecer risco à ordem pública ou estar enfermo. ● Procedimento (Art. 185 §5°)→ ○ Entrevista reservada com advogado; ○ Qualificação e ciência da acusação ao réu (Art. 186); ○ Informar ao réu do direito de silêncio (Art. 186); ○ Perguntar sobre o réu (Art. 187)→ A maioria da doutrina entende que se o réu mentir será falsidade ideológica; ○ Perguntar sobre o fato → A doutrina entende que mentir não configura crime nesse caso; ○ Esclarecimento dos fatos. # Perícias (Art. 158) ● Obrigatoriedade → Sempre que a investigação deixar vestígios o exame de corpo de delito é obrigatório e não é suprido pela confissão do acusado; ● Desaparecimento dos vestígios → Prova testemunhal o substitui (Art. 167); ● Não vinculação ao laudo → O Juiz não é obrigado a seguir o laudo (Art. 182); ● Direta → Recai sobre o corpo de delito; ● Indireta → Vestígios do crime ou provas testemunhais; ● Peritos → Se oficial, 1 perito e se não oficial 2, no segundo caso com nível superior preferencialmente na área (Art. 159). A nomeação é feita pelo Juiz e as partes não podem interferir nisso; ○ Atuação → ■ Realização → Qualquer hora (Art. 161). Tratando-se de autópsia, essa será feita pelo menos 6h depois do óbito, exceto que o perito julgue que possa ser feita antes baseado nas evidências dos sinais de morte (Art. 162); ■ Laudo → Elaboração em 10 dias, salvo, laudo de insanidade mental que serão 45 dias (Art. 150); ■ Presença do perito na audiência →As partes podem solicitar a presença do perito e o mesmo deve ser intimado 10 dias antes; ■ Divergência de laudo → O Juiz pode chamar um 3° perito; ■ Exame complementar para lesão corporal grave → Caso o exame pericial seja incompleto, pode ser requisitado exame complementar por autoridade policial ou judicial de ofício ou requerimento do M.P., do ofendido ou do acusado e seu defensor. E deverá ser feita logo que decorra o prazo de 30 dias a partir da data do crime. Na falta de exame complementar pode ser usada prova testemunhal (Art. 168). # Confissão (Art. 197, 198, 199, 200) # Tipos ● Simples → Quando o réu admite o fato; ● Qualificada → Quando ele admite o fato em oposição a outro fato. ( Ex: Admitir homicídio em legítima defesa ). # Características A confissão é retratável e divisível. # Ofendido (Art. 201) ● Depoimento / Entrevista → O Juiz deve indagar o ofendido sempre que possível; ● Atos de intimação obrigatória → O Juiz deve comunicar ao ofendido a entrada, saída ou fuga do acusado da prisão e entregar-lhe uma cópia da sentença. # Indícios (Art. 239) Método indutivo para se provar um fato. Pode haver condenação por indícios, se eles forem o suficiente para isso, como no caso do Goleiro Bruno. Reconhecimento Objetivo → Identificar pessoas ou objetos; Fotografias → O STF admite o reconhecimento mas não permite a condenação baseada unicamente nisso; Procedimento → Descreve-se a pessoa, daí a pessoa descrita é colocada ao lado de outras semelhantes para que seja feito o reconhecimento. Acareações Possibilidade → Entre todos os envolvidos; Cabimento → Dirimir dúvida relevante; Procedimento → Confronto de versões, ambas as partes apresentam e ouvem ambas versões. Documentos Definição → Quaisquer escritos públicos ou privados; Momento para apresentação → A qualquer tempo. No tribunal do Júri nenhum documento pode ser apresentado sem 3 dias de antecedência do início do processo. Testemunhas Regra → Qualquer pessoa e essa não pode deixar de depor (Art. 202 e 206). Exceção → Dispensadas → Existem pessoas que são dispensadas de depor, como cônjuge, pais, filhos e afins em linha reta, salvo se for a única testemunha; Proíbidas → Situação Profissional , que requer sigilo, salvo autorização do titular da informação (Art. 207); Advogado → Só depõe se quiser. Compromisso → Dizer a verdade. Esse compromisso não é exigido dos dispensados, doentes mentais e menores de 14 anos (Art. 208); Número → No Procedimento comum ordinário e na 1ª fase do Júri são permitidas 8 testemunhas enquanto no Procedimento comum sumário e na 2ª fase do Júri apenas 5 testemunhas; Dever → A testemunha deve Comparecer e Dizer a verdade. A testemunha que não comparecer após ser intimada comete crime de desobediência enquanto a que não disser a verdade comete falso testemunho; Oitiva → Qualificação → Coleta de informações pessoais da testemunha; Contradita → Possibilidade dada à parte para desacreditar a testemunha (Art. 214). Silêncio → É possível se o que ela for dizer puder encriminamina-la. Busca e apreensão Natureza jurídica → É um meio de prova e uma medida cautelar ( Medida cautelar probatória ); Previsão →Domicílio → Art. 240 e a casa é asilo inviolável e ninguém nela pode penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito, desastre, prestar socorro ou determinação judicial se for durante o dia (Art. 5°, XI C.F.) Pessoal → Independe de mandado e basta fundadas suspeitas (baseado em empirismo) e a busca em mulher pode ser, por homem, executada para evitar o retardamento ou prejuízo da diligência. Domiciliar (§4° e §5°, Art. 150 C.P.) → Local não aberto ao público onde a pessoa exerça arte, ofício ou profissão. Pressupostos → Flagrante delito, bastam fundadas suspeitas; Cabimento → § 1°, Art. 240; Questões específicas → Descoberta fortuita (Serendipidade) → Descoberta de outro fato/crime diverso do constante no mandado. 1° grau → O fato/crime descoberto tem relação com a investigação, logo servirá como prova; 2° grau → O fato/crime não tem relação com a investigação, portanto, serve apenas como V.P.I. Carro → Independe de mandado, salvo se tiver sua natureza desvirtuada. Crime permanente → A ação do sujeito se prolonga pelo tempo, portanto, em flagrante e daí pode ser violado o domicílio. Escritório do Advogado → É possível adentrar se houverem indícios de participação/autoria do advogado no crime com acompanhamentoda OAB, salvo flagrante delito. Celular → O STJ não permite acesso ao histórico sem autorização judicial. Procedimentos # Procedimento Comum (Art. 319) # Procedimento comum ordinário Pena igual ou superior à 4 anos # Procedimento comum sumário Pena inferior à 4 anos # Procedimento comum sumaríssimo Infrações penais de menor potencial ofensivo PS: Falta de pressupostos processuais: Juiz com jurisdição ou competência insuficientes, réu menor de idade ou falta de demanda(responder por crime que já está sendo ou já foi julgado, ou prescreveu). O Procedimento Comum Sumário é idêntico ao Procedimento Comum Ordinário exceto pelas seguintes questões, para acontecer a Audiência, a Instrução e o Julgamento no PCS há um prazo de 30 dias contra 60 no PCO e no PCS podem haver até 5 testemunhas enquanto no PCO até 8. Denúncia Inepta ou w é quando a denúncia não descreve com clareza fatos ou autorias.
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