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G.O – 10/02 • Período cíclico de diferenciação hormonal (estrogênio e progesterona) com objetivo que a mulher engravide o Progesterona: hormônio para engravidar (pro=promover) • Ovulação só acontece devido a gonadotrofina (produzida na hipófise) EMBRIOLOGIA • Ovários – início do desenvolvimento por volta da 5ª semana o Período indiferenciado ▪ Ausência do gene GSRY ▪ Epitélio mesodérmico (revestimento interno da parede abdominal posterior) ▪ Mesênquima adjacente ▪ Células germinativas primordiais (CGP) • Células germinativas são observadas no embrião da 3ª semana • Originam-se no endoderma do saco vitelino, próximo a sua extremidade causal -> células germinativas (CGP) • 5ª semana CGP migram ativamente da parede do saco vitelino pelo mesentério dorsal do intestino médio em direção às cristas gonodais -> oogônias o Diplóteno -> ocorre na etapa reducional e impede que siga para equacional • Gametogênese tem início por volta do 6º mês de vida intrauterina com a primeira divisão meiótica do oócito primário o Interrompido na prófase I na fase de diplóteno • Todos os folículos primordiais do RN têm sua miose suspensa (dictióteno) o Fica suspensa na vida intrauterina até o crescimento e maturação folicular • Saída do dictóteno e retomada da meiose -> ação do LH • Na EOC visando FIV, a retomada da meiose é feita com HCG o HCG: fração alta -> TSH, LH e FSH fração beta -> específica PATRIMÔNIO FOLICULAR • CGP -> oogônias -> oócitos primários -> folículos primordiais (contém oócito primário) no nascimento • Curva do patrimônio folicular • Conceitos sobre o desenvolvimento folicular o Desenvolvimento dos pools de folículos primordiais são independentes da ação de gonodotrofinas o Crescimento e atresia folicular são fenômenos dinâmicos que ocorrem em todas as faixas de idade da mulher o Processo de crescimento e atresia não são interrompidos pela gestação, ovulação ou períodos de anovulação o Grande maioria dos oócitos primários que iniciam o crescimento sofrerão atresia • Idade x infertilidade o Tendo 3 a 4 relações por semana, em idade teoricamente fértil, ao completar 1 ano de tentativas -> considerada infértil • Efeito contrário do AMH na transição do folículo primordial para o primário ANATOMIA DO FOLÍCULO • Folículos ováricos em diferentes fases de desenvolvimento FOLICULOGÊNESE • Medidas USG do folículo antral • Avaliação de folículo via ultrassonografia eletrônica ESTEROIDOGÊNESE/TEORIA DAS 2 CÉLULAS ONDAS DE RECRUTAMENTO FOLICULAR FASES DO CICLO MENTRUAL 1. Recrutamento folicular não cíclico • Ocorre independente da ação de gonodotrofinas (FSH/LH) • Fol primordial -> fol pre-antral (inclusive) 2. Recrutamento folicular cíclico • Início no final da fase lúteo do ciclo anterior à ovulação • Gonadotrofina dependente • Formação do antro dependente estimulação tônica do FSH • Liberação pulsátil do GNTH pelo hipotálamo, determina a liberação hipofisária de gonadotrofina (FSH, LH) o FSH, LH agindo sobre o ovário, pela teoria das 2 células o Início da esteroidogênese -> recrutamento e crescimento folicular o Processo coordenado pela ação e inibição destes pela alça longe e curta, modulando o eixo hipotálamo, hipófise e ovariano (HHO) • Recrutamento cíclico o Início no final da fase lútea do ciclo anterior à ovulação o Gonadotrofina dependente o Formação do ântero dependente estimulação tônica do FSH C ICLO FOLICULAR • Fase folicular (recrutamento, seleção e dominância) o Elevação de 10-30% de FSH -> início no final da fase lútea do ciclo anterior a fim de recrutar folículos FSH-dependentes o Folículos gonadotrofinas dependentes ▪ Várias camadas de células teca com rec-LH ▪ Células granulosa com rec-FSH o Ocorre esteroidogênese conforme teoria das 2 células, inicialmente pela via 5delta (via 4delta com ação LH) o Localmente estrogênios -> + formação de novos rec-FSH na célula granulosa e mitose/proliferação acelerada da célula granulosa o Níveis elevados de E2 + inibina B -> inicia mecanismos de retroalimentação negativa sobre o hipotálamo -> queda de FSH (fase folicular média) -> diminuição aromatização do androgênio e proliferação da célula granulosa dos folículos -> atresia o Folículo mais diferenciado (>nº de célula granulosa e rec-FSH) mantém o crescimento -> folículo dominante ▪ Ação do FSH -> (+) formação rec-LH na granulosa - > importante para manutenção do crescimento folicular • Possível manter o crescimento folicular do folículo selecionado (>10mm), apenas com LH ▪ Final da EOC, devido ao bloqueio HHO, necessidade de LH ▪ Mantém a esteroidogêese com aumento de E2, mesmo em queda do FSH, devido o maior nº de receptores FSH/LH o Queda de FSH -> atresia dos folículos recrutados, exceto o dominante o Janela fisiológica para recrutamento folicular é muito estreita -> apenas 1 folículos não entra em atresia o EOC -> objetivo de ampliar a janela de recrutamento folicular e aumentar o nº de folículos recrutados o Feedback negativo sobre hipotálamo (aumento dos níveis de estrogênio) -> diminuição da secreção de GNRH no sistema porta-hipofisário -> célula hipofisária = gonadotropo -> produz, mas não secreta FSH/LH (armazena) o Níveis de E2 > 200pg/mL, por período > 2 dias (50HS) -> desencadeia a feedback positivo sobre o hipotálamo -> liberação maciça de GNRH -> liberação maciça, em “bolus” LH/FSH -> ação sobre folículo (teca e granulosa) • Fase ovulatória o Pico E2 -> 14-24h pico LH -> 38 horas após início da curva de crescimento do LH ou 16-24h após o pico de LH -> rotura folicular o Limiar de LH de 14-27h -> maturação completa do oócito o Aspiração folicular para captação de oócito faz-se 34-36h após a ADM de HCG (retomada da meiose – MII, sem a rotura folicular) o Folículos acima de 14mm tem o potencial de luteinização precoce -> bloqueio do HHO com antagonistas GNRH ou análogos agonistas do GNRH) -> apenas oócitos maturos -> MII podem ser fertilizados o LH ▪ Retomada da meiose (suspende o dictióteno) ▪ Luteinização célula granulosa ▪ Síntese das prostaglandinas E/F no FF -> liberam enzimas lisossômicas ▪ Digerir e contraem musculatura lisa da parede rotura folicular ▪ Estimula PT proteolíticas (colagenase/plasmina) -> digestão colágeno da parede folículo o FSH ▪ Estimula PT proteolíticas (colagenase/plasmina) -> digestão colágeno da parede folículo ▪ Estimula produção de ácido hialurônico • Fase lútea o Corpo lúteo ▪ Luteinização: célula granulosa se hipertrofia, com maior quantidade de RE, mitocôndrias, complexo de golgi e gotas de lípedes -> célula lútea • Célula lutea -> centro CL • Célula paralutea -> origem célula teca, periferia do CL ▪ Ruptura da membra basal entre célula teca e granulosa, formação de extensa rede capilar estimulada por fatores angiogênicos • CL -> célula lutea – produção P4 (20- 30x mais célula paraluteais), inibina A, relaxina; célula paralutea – p4, ciclooxigenase o Corpo lúteo (CL) produz ↑ ↑ ↑ progesterona (P4) e ↑ estradiol (E2) o CL -> programado para entrar em apoptose (morte celular programada) e 12-16 dias, média de 14 dias o Gestação: produção de HCG (pelo sinciotrofoblasto) -> faz manutenção do CL e inibe sua apoptose ▪ Corpo lúteo mantém produzido P4/E2 até 8 semanas de gestação aprox. e após esse período, placenta produz P4 já em níveis suficiente para manutenção da gestação o Sem gestação: CL entra em apoptose portanto atresia folicular, níveis de P4 e E2 caem, estimulando uma cascata em eventos que leva a menstruação ENDOMÉTRIO/IMPLENTAÇÃO EMBRIONÁRIA FECUNDAÇÃO CROSS TALK JANELA DE IMPLENTAÇÃO • Sincronização • Preparação extensa• Momento certo • Planejamento • Identificação do período receptividade endometrial • Inicia-se após ovulação IMPLANTAÇÃO EMBRIONÁRIA • Requer coordenação de um embrião apto -> fase de blastocisto • Irá se apresenta, aderir e invadir o endométrio receptivo, proporcionando eficiente união do embrião com útero • Implantação o Aposição o Adesão o Invasão • Janela de implantação o Ambiente normalmente não receptivo ao embrião o Curto período de receptividade endometrial o Entre dias 20-24 do ciclo mentrual • Sucesso da implementação o Embrião de qualidade o Endométrio preparado e no tempo certo -> receptivo o Eficiente interação “crosstalk” embrião-endométrio • Receptividade endometrial -> fatores o Marcadores morfológicos ▪ Espessura endometrial ▪ Padrão ecogênico endometrial ▪ Fluxo sanguíneo endometrial e sub endometrial (power doppler) o Marcadores bioquímicos ▪ Moléculas de adesão endometrial ▪ Moléculas de anti-adesão endometrial ▪ Citocinas endometriais ▪ Fatores de crescimento ▪ Marcadores imunológicos endometriais ▪ Glicodelina endometrial ▪ IGF – insulin like growth factor ▪ LIF -leukemia inhibitory factor o Expressão gênica ▪ Vários genes envolvidos CORRELAÇÃO ANATÔMICA – ULTRASSOM FASE LÚTEA • Sinais de ovulação: o USG ▪ Desaparecimento do folículo pré-ovulatório (20- 30mm, regular, homogêneo hipoecogênico) ▪ Corpo lúteo: cisto aproximadamente 20-30mm, volume menor ao cisto pré-ovulatório, retraído, paredes irregulares, conteúdo hiperecogênico, refrigerante ▪ Líquido livre em FSP ▪ ECO endometrial hiperecogênico, com reforço acústico e perda do aspecto trilinear