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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC 
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DA REGIÃO SUL - CERES 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
DOCE LAR - CENTRO HUMANIZADO 
DE ATENDIMENTO E 
ACOLHIMENTO AO IDOSO EM 
BRAÇO DO NORTE/SC 
SAMARA DA SILVA BORGERT 
 
LAGUNA - SC, 2016 
SAMARA DA SILVA BORGERT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOCE LAR - CENTRO HUMANIZADO DE ATENDIMENTO E ACOLHIMENTO AO 
IDOSO EM BRAÇO DO NORTE/SC 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Arquitetura e 
Urbanismo do Centro de Educação 
Superior da Região Sul da Universidade 
do Estado de Santa Catarina como 
requisito parcial para obtenção do grau de 
Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. 
 
 
Orientador: Americo Hiroyuki Hara 
 
 
 
 
 
 
LAGUNA - SC 
2016 
SAMARA DA SILVA BORGERT 
DOCE LAR - CENTRO HUMANIZADO DE ATENDIMENTO E ACOLHIMENTO AO 
IDOSO EM BRAÇO DO NORTE/SC 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo 
do Centro de Educação Superior da Região Sul da Universidade do Estado de Santa 
Catarina como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e 
Urbanismo 
 
 
 
 
Banca examinadora 
 
 
 
 
 
Orientador: _________________________________________ 
 Prof. Me. Americo Hiroyuki Hara 
 Universidade do Estado de Santa Catarina 
 
 
 
 
Membro: _________________________________________ 
 Titulação, Nome 
 IES de origem 
 
 
 
 
Membro: ________________________________________ 
 Titulação, Nome 
 IES de origem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laguna, 14/06/2016 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus que mesmo em silêncio sempre me deu 
forças para superar as adversidades e aproveitar as oportunidades que surgiam. 
Aos meus pais, que são meus exemplos de força e determinação, e que 
juntamente com meu irmão e namorado sempre estiveram ao meu lado me apoiando 
em todos os momentos dessa jornada e me incentivando a seguir meus sonhos e 
não desistir perante as dificuldades. 
Ao professor Americo Hiroyuki Hara que dispôs de seu tempo, paciência e 
conhecimento durante esse semestre para auxiliar na realização desse trabalho. E à 
todos os professores da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) que ao 
longo do curso tanto contribuíram para meu crescimento pessoal e acadêmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
BORGERT, Samara da Silva. Doce Lar - Centro Humanizado de Atendimento e 
Acolhimento ao Idoso em Braço do Norte/SC. 2016. Trabalho de Conclusão de 
Curso (Curso de Arquitetura e Urbanismo). Universidade do Estado de Santa 
Catarina. Laguna, 2013. 
 
O envelhecimento da população brasileira e a falta de infraestrutura adequada para 
atender esse público é hoje, um dos grandes desafios no país. Pois, embora existam 
algumas instituições de qualidade no país, muitas estão superlotadas ou não 
possuem os serviços adequados para auxiliar no tratamento dessa faixa da 
população. Para auxiliar na solução desse problema optou-se pela implantação de 
uma instituição de longa permanência para idosos na cidade de Braço do Norte/SC. 
Tendo como principal objetivo propor um ambiente que proporcione o conforto dos 
usuários e disponha dos serviços necessários para atendê-los de modo que assim, 
possa contribuir para retardar ou amenizar os efeitos das doenças que aparecem 
com o envelhecimento. Para isso, será utilizada como método de pesquisa, revisões 
bibliográficas acerca do tema, saídas de campo e questionários. Sendo assim, no 
decorrer deste trabalho será realizada primeiramente uma revisão teórico/histórico 
onde serão analisados o processo do envelhecimento e atividades físicas, e suas 
influências na qualidade de vida dos idosos, bem como, a evolução das instituições 
de longa permanência ao longo da história. Em seguida, para auxiliar na 
compreensão do modo de funcionamento das instituições atuais, será realizado um 
estudo de caso no Abrigo dos Velhinhos em Tubarão/SC, e dois estudos de 
correlatos o Lar de Idosos Peter Rosegger e o St. Nikolaus, ambos localizados na 
Aústria. Como resultado, serão definidas as diretrizes projetuais, o programa de 
necessidades e o pré-dimensionamento que auxiliarão proposta de um projeto 
arquitetônico para um centro de acolhimento ao idoso na cidade de Braço do 
Norte/SC, a ser desenvolvido Trabalho de Conclusão de Curso II. 
 
Palavras-chave: Arquitetura. Instituição de Longa Permanência. Idoso. 
Envelhecimento. Abrigo. 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 8 
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 8 
1.2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 9 
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 9 
1.2.2 Objetivo Específico......................................................................................... 9 
1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................... 10 
2 ANÁLISE HISTÓRICA/TEÓRICA .................................................................. 11 
2.1 O EVELHECIMENTO E A QUALIDADE DE VIDA ........................................... 11 
2.1.1 Envelhecimento ............................................................................................ 11 
2.1.2 Qualidade De Vida ........................................................................................ 13 
2.2 ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE .................................................... 15 
2.3 POLÍTICAS PÚBLICAS DESTINADAS À TERCEIRA IDADE ......................... 16 
2.4 INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA ................................................. 18 
2.4.1 Trajetória das Instituições de Longa Permanência ................................... 18 
2.4.2 Situação atual no Brasil ............................................................................... 21 
2.4.3 Um novo desafio para as ILPIS ................................................................... 23 
3 ANÁLISE DE CORRELATOS E ESTUDO DE CASO.................................... 25 
3.1 ESTUDO DE CORRELATO – LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER ........... 26 
3.1.1 Ficha do produto .......................................................................................... 26 
3.1.2 Conceito e Partido do Projeto ..................................................................... 26 
3.1.3 Entorno e Acessos ....................................................................................... 26 
3.1.4 Setorização .................................................................................................... 26 
3.1.5 Infraestrutura ................................................................................................ 26 
3.1.6 Estrutura ........................................................................................................ 26 
3.1.7 Orientação Solar ........................................................................................... 26 
3.2 ESTUDO DE CORRELATO – ST. NIKOLAUS ................................................ 27 
3.2.1 Ficha do produto .......................................................................................... 27 
3.2.2 Conceito e Partido do Projeto ..................................................................... 27 
3.2.3 Entorno e Acessos ....................................................................................... 27 
3.2.4 Setorização .................................................................................................... 27 
3.2.5 Infraestrutura ................................................................................................ 27 
3.2.6 Estrutura ........................................................................................................27 
3.2.7 Orientação Solar ........................................................................................... 27 
3.3 ESTUDO DE CASO ........................................................................................ 28 
3.3.1 Abrigo dos Velhinhos, Tubarão/SC ............................................................. 28 
3.3.2 Inserção Urbana ............................................................................................ 29 
3.3.3 Visita ao Local ............................................................................................... 30 
3.3.4 Aspectos Funcionais .................................................................................... 30 
3.3.4.1 Acessos ...................................................................................................... 30 
3.3.4.2 Circulação ................................................................................................... 31 
3.3.4.3 Análise da Forma ........................................................................................ 31 
3.3.4.4 Orientação das aberturas ou janelas .......................................................... 31 
3.3.5 Setorização .................................................................................................... 31 
3.3.6 Fluxograma ................................................................................................... 31 
3.4 SÍNTESE ESTUDOS DE CORRELATO E DE CASO ...................................... 32 
4 LEVANTAMENTO DIAGNÓSTICO ................................................................ 33 
4.1 MUNICÍPIO ..................................................................................................... 33 
4.2 RECORTE DA ÁREA ...................................................................................... 35 
4.2.1 Bairro ............................................................................................................. 35 
4.2.2 Equipamentos e infra estruturas existentes .............................................. 35 
4.2.3 Sistema Viário ............................................................................................... 35 
4.2.4 Fluxos ............................................................................................................ 35 
4.2.5 Uso do solo ................................................................................................... 35 
4.2.6 Cheios e Vazios ............................................................................................ 35 
4.2.7 Gabarito ......................................................................................................... 35 
4.3 ÁREA PROPOSTA ......................................................................................... 36 
4.3.1 Análise bioclimática ..................................................................................... 37 
4.3.2 Legislação ..................................................................................................... 38 
4.4 SÍNTESE LEVANTAMENTO E DIAGNÓSTICO ............................................. 40 
5 DIRETRIZES .................................................................................................. 41 
5.1 DIRETRIZES PROJETUAIS ........................................................................... 41 
5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO ................ 41 
5.3 ESTUDOS INICIAIS DE PROJETO ................................................................ 46 
5.3.1 Conceito e partido ........................................................................................ 46 
5.3.2 Implantação ................................................................................................... 46 
5.3.3 Fluxograma ................................................................................................... 46 
5.3.4 Setorização .................................................................................................... 46 
6 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 47 
APÊNDICE B – Questionário Abrigo dos Velhinhos, Tubarão/SC ............................ 51 
APÊNDICE C – Quadro de funcionários ................................................................... 53 
ANEXO A – Diretrizes construtivas para parede segundo NBR 15220-3 para o 
município de Braço do Norte/SC ............................................................................... 54 
ANEXO B - Diretrizes construtivas para cobertura segundo NBR 15220-3 para o 
município de Braço do Norte/SC ............................................................................... 55 
8 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Dados apontam que até 2025, o Brasil será o sexto país em número de 
idosos tendo cerca de 32 milhões (IBGE, 2010). Esse aumento da longevidade da 
população brasileira é uma conquista obtida através da melhoria da qualidade de 
vida da população e da diminuição da mortalidade. No entanto, essa conquista traz 
consigo um grande desafio, a de atender essa população com serviços e 
infraestrutura de qualidade. 
Diversos setores apresentam dificuldades para esse atendimento, porém 
serão abordadas nesse trabalho as instituições de longa permanência para idosos. 
Tais instituições tem sua origem relacionada aos locais onde viviam pessoas que 
não tinham família ou que foram abandonadas por seus parentes e, durante muito 
tempo, essa imagem de abandono e segregação social foi associada aos abrigos 
para idosos. 
Atualmente, no Brasil, muitas pessoas ainda associam essa imagem de 
abandono às instituições de longa permanência. Essa visão negativa dessas 
instituições é agravada ainda mais porque, embora existam algumas instituições de 
qualidade, há poucas para atender a demanda crescente de idosos o que acaba 
ocasionando superlotação dos abrigos existentes. 
Como forma de tentar mudar esse cenário, diversas políticas públicas foram 
surgindo, e novas orientações de projeto foram criadas (um exemplo é a RDC 
73/2001). Atualmente orienta-se que os abrigos sejam um local que forneça 
atendimento integral e especializado aos idosos e tenha um ambiente com caráter 
residencial e aconchegante, onde são consideradas a intimidade e identidade dos 
seus residentes. 
Diante do exposto até o momento, este trabalho tem por objetivo o projeto de 
uma instituição de acolhimento ao idoso onde o espaço arquitetônico não seja um 
limitador, mas sim, um ambiente que contribui para a diminuição das dificuldades 
das pessoas com idade acima de 60 anos e estimula a socialização e 
independência. 
 
1.1 JUSTIFICATIVA 
 
A cidade de Braço do Norte/SC tem atualmente 31.765 habitantes, e cerca de 
9 
 
10% dessa população é de pessoas com idade acima de 60 anos (IBGE, 2010), 
mesmo com esse número, a cidade não apresenta nenhuma instituição de longa 
permanência. 
Dessa forma, os idosos desta cidade que por algum motivo precisam de abrigo 
institucional, são obrigados a se deslocar cerca de 35 km até Tubarão/SC. No 
entanto, essa cidade tem apenas dois abrigos que atendem diversos municípios da 
região da AMUREL (Associação dos Municípios da Região de Laguna), por esse 
motivo existem poucas vagas. Dessa forma, se o longevo não encontra vagas 
nessas instituições se vê obrigado a contratar um cuidador particular ou ainda, para 
aqueles que não possuem condições, se deslocarem para mais longe de seu local 
de origem. 
Por esse motivo, propõe-se este trabalho, um projeto de ILPI para a cidade de 
Braço do Norte/SC voltado a esses com os serviços de saúde, o conforto e 
comodidade de um lar. 
 
1.2 OBJETIVOS 
 
1.2.1 Objetivo Geral 
 
Definir diretrizes projetuais para uma proposta arquitetônica de um Centro de 
Acolhimento ao Idoso em Braço do Norte/SC. 
 
1.2.2 Objetivo Específico 
 
 Fazer levantamentos de informações relacionadas ao tema em estudo; 
 Coletar dados referentes à cidade de Braço do Nortepara amparar a 
elaboração do projeto; 
 Estudar projetos correlatos e estudo de caso a fim de, conhecer formas de 
construções e soluções adotadas para esse tipo de construção; 
 Estudar condicionantes bioclimáticas e legislação do local onde o projeto será 
inserido. 
 
10 
 
1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Para auxiliar na elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso I será utilizada 
a seguinte metodologia: 
 Análise Histórica / Teórica – nessa etapa será realizada uma revisão 
bibliográfica acerca das instituições de longa permanência para idosos e os fatores 
que a influenciam como, sua origem, trajetória, políticas públicas destinadas à 
terceira idade e o processo de envelhecimento e sua interferência na qualidade de 
vida do longevo; 
 Análise de referenciais – nesse momento serão realizadas pesquisas 
em sites e livros para estudo de projetos que abrangem a mesma temática 
analisando aspectos funcionais, estruturais e de conforto ambiental; 
 Estudo de Caso – para essa análise os procedimentos utilizados serão 
o questionário e a visita a campo em uma ILPI, de modo a conhecer seu 
funcionamento, aspectos positivos e negativos; 
 Levantamento e diagnóstico – realização de saídas a campo na região 
do terreno escolhido com o objetivo de analisar aspectos como gabarito, usos, 
cheios e vazios, sistema viário e insolação, utilizando-se para essas análises fotos, 
mapas e croquis; 
 Programa de necessidades e pré-dimensionamento – para essa etapa 
serão utilizadas normas de acessibilidade, leis que definem sobre as instituições de 
longa permanência além de livros de pré-dimensionamento; 
 Diretrizes projetuais – esse último processo será definido levando-se 
em consideração todas as informações coletadas com as etapas anteriores. As 
diretrizes definidas com essa etapa serão fundamentais para elaboração de uma 
proposta no Trabalho de Conclusão de Curso II. 
 
 
 
 
11 
 
2 ANÁLISE HISTÓRICA/TEÓRICA 
 
2.1 O EVELHECIMENTO E A QUALIDADE DE VIDA 
 
2.1.1 Envelhecimento 
 
O envelhecimento é um processo contínuo de modificações mental e física, 
que acontece de forma diferente entre os indivíduos, dependendo do estilo de vida e 
genética. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS (BRASIL, 
2006) esse processo pode ser definido como: 
 
“um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não 
patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os 
membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de 
fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua 
possibilidade de morte” (Brasil, 2006, p. 8). 
 
Em virtude das mudanças que ocorrem à medida que o ser humano 
envelhece, Elie Metchnikoff (1903), propôs a criação de uma especialidade da 
medicina voltada para investigação e estudo do processo de envelhecimento, 
denominando-a de gerontologia, derivado dos termos gregos géron (velho, ancião) e 
–logia (estudo). A partir dos estudos realizados ao longo dos anos, a gerontologia 
evoluiu e atualmente, abrange três grandes ramificações: 
 Gerontologia social – aborda aspectos não orgânicos do envelhecimento 
investigando as modificações morfológicas, psicológicas, fisiológicas e sociais; 
 Gerontologia biomédica – tem como eixo principal o estudo do 
envelhecimento e os elementos que podem interferi-lo compreendendo os aspectos 
antropológicos, psicológicos, legais, sociais, ambientais, econômicos, éticos e 
políticas de saúde; 
 Geriatria – estuda as doenças que acometem aos idosos, abrigando os 
aspectos curativos e preventivos da atenção à saúde. 
Além das modificações mencionadas anteriormente, o processo do 
envelhecimento pode ocasionar a aparição de doenças, a maioria crônicas (doenças 
que requerem o acompanhamento constante pois não tem cura) e não 
12 
 
transmissíveis, que embora não sejam fatais podem comprometer significativamente 
a qualidade de vida, podendo dificultar ou até mesmo inibir a realização de 
atividades diárias de forma independente. 
Por isso, para o projeto de um espaço voltado para o acolhimento de idosos é 
necessário levar em consideração as principais doenças que os atingem, e como 
elas podem influenciar nesse projeto. Entre as principais doenças que acometem as 
pessoas com mais de 60 anos temos: as doenças cardiovasculares (ataque 
cardíaco, angina de peito e asteroclerose), diabetes, déficits sensoriais (audição, 
visão, paladar e olfato) e doenças osteoarticulares (osteoporose, artrite reumatoide e 
osteoartrose). 
Apesar dos estudos sobre o envelhecimento terem iniciados no começo do 
século XX, o assunto ganhou maior visibilidade nos últimos anos, devido ao 
crescimento da população mundial com idade superior a 60 anos. Segundo 
estimativa das Nações Unidas, a população idosa alcançará dois bilhões de pessoas 
até 2050 (CANÇADO et al, 2011). 
No Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 
2010, havia cerca de 20,5 milhões de pessoas com idade acima de 60 anos e, 
segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) até 2025, o país será o sexto do 
mundo em número de idosos, com aproximadamente 32 milhões de idosos, a 
maioria mulheres. 
 Em Braço do Norte, cidade onde se propõe o projeto, a quantidade de idosos 
é elevada (Figura 1). Segundo o IBGE (2010), cerca de 10% da população é de 
idosos o que considerando com a população atual que é de 31.765 habitantes, 
temos cerca de 3.000 pessoas com idade superior a 60 anos. 
 
 
Figura 01: Distribuição da população de Braço do Norte (SC). Fonte: IBGE,2010. 
 
13 
 
 Esses números são reflexos do declínio da fecundidade, aliado à diminuição 
da mortalidade, além de uma melhora na qualidade de vida o que gerou um aumento 
na expectativa de vida. Atualmente, no Brasil, a expectativa é de 75,44 anos (IBGE, 
2015), número que se aproxima daquele observado em países desenvolvidos. 
Devido às mudanças no perfil demográfico brasileiro, vários setores devem se 
adequar para atender a esse novo perfil, dentre eles podemos citar áreas como, a 
educação, a saúde, o trabalho, a previdência social e a habitação. Dentre as áreas 
citadas, a área de saúde ganha maior importância, devido à suscetibilidade dos 
idosos e à necessidade cada vez maior de atendimento de qualidade. 
No Brasil, esse é um dos setores mais carentes, pois ao contrário dos países 
desenvolvidos, em que o envelhecimento aconteceu acompanhado pelo crescimento 
socioeconômico, nas nações em desenvolvimento esse aumento do número de 
idosos aconteceu sem que estivessem preparados para atendê-los (CANÇADO et al, 
2011). 
Os cuidados com a saúde do idoso exigem além de recursos em espaços 
físicos, investimento em medicamentos e pessoal capacitado. Face a isso, o desafio 
para as políticas públicas é contribuir para o aumento de serviços e de benefícios 
voltados ao cuidado do idoso, fornecendo não só o tratamento e a reabilitação para 
doenças já identificadas, como também a prevenção, promoção da saúde, de modos 
de vida saudável, educação, transporte, ambientes adequados além de possibilidade 
de crescimento individual. Dessa forma, através desses serviços será assegurado as 
idoso maior qualidade de vida, bem-estar e participação plena em todos os aspectos 
da sociedade. 
 
2.1.2 Qualidade De Vida 
 
A definição sobre qualidade devida mais abrangente foi proposta pelo grupo 
de especialistas da Organização Mundial de Saúde e pode ser exposta da seguinte 
forma: 
 
“Qualidade de vida é a percepção do indivíduo acerca de sua posição na 
vida, de acordo com o contexto cultural e o sistema de valores com os quais 
convive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e 
preocupações”. (CANÇADO et al, 2011, p. 189) 
14 
 
Segundo CANÇADO et al (2011), há diversas definições sobre o que é 
qualidade de vida, porém é consenso entre os pesquisadores que a qualidade de 
vida é subjetiva,multidimensional e bipolar. 
Diz-se que a qualidade de vida é subjetiva, pois ela varia conforme o 
entendimento e julgamento individuais. Multidimensional, porque abriga pelo menos 
três dimensões: a física (corpo ou elementos que exercem alguma influencia no 
meio físico), a psicológica (mente) e a social (relações sociais), há ainda alguns 
estudiosos que incluem a dimensão espiritual (religiosidade). E bipolar, pois o termo 
possui dois lados o positivo e o negativo. 
A mutabilidade é outra característica associada à qualidade de vida, pois a 
avaliação desta muda de acordo com o tempo, pessoa, lugar e contexto cultural. 
Alterando até para uma mesma pessoa conforme o humor, idade e experiências 
vividas (CANÇADO et al, 2011). 
Na velhice, a qualidade de vida é influenciada principalmente por: 
1. Fatores ambientais – que abrange o contexto físico, ecológico e o construído 
pelo homem. Esses itens irão influenciar na forma como idosos se relacionam com o 
ambiente externo por isso devem oferecer condições adequadas à vida das 
pessoas; 
2. Fatores psicológicos – são influenciados por diferentes itens como meio 
físico, saúde em que se encontra o indivíduo, nível socioeconômico e relações 
sociais (essa sendo uma das grandes dificuldades dos idosos, pois em muitos casos 
eles são segregados da sociedade). Dos fatores que influem na qualidade de vida 
este é o mais subjetivo, pois sua qualidade ou não, depende muito de pessoa para 
pessoa. A avaliação de satisfação de vida, poderá ser influenciada também por 
valores, expectativas (realizadas ou não) e experiências vividas pelo idoso. 
3. Fatores sociais – a relação do idoso com a família, parente e com a 
sociedade podem influenciar positiva ou negativamente na maneira como ele 
classifica a sua qualidade de vida. 
4. Saúde – esse é um fator de importância fundamental, pois a qualidade da 
saúde na velhice poderá influenciar não só no bem estar, mas também na realização 
de atividades diárias definindo o grau de dependência. 
Atualmente, devido ao aumento da longevidade da população o 
envelhecimento ativo (processo de otimização das oportunidades de saúde, 
15 
 
participação e segurança) vem ganhando espaço também nas políticas públicas. 
O objetivo principal no cuidado ao idoso não é eliminar as doenças, mas 
atrasar o seu aparecimento, além de auxiliar aqueles que já sofrem de alguma 
limitação através de melhorias nos espaços físicos (seja públicos ou privados), na 
saúde e no transporte, fornecendo uma vida de qualidade e ativa para todos os 
longevos, tornando o idoso apto a ter uma vida longa e saudável (BRASIL, 2005). 
 
2.2 ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE 
 
A inatividade física é considerada um fator de risco para as doenças que 
atingem as pessoas acima de 60 anos. Devido a isso, foram realizados diversos 
estudos que tratam sobre o benefício que atividades físicas adaptadas para as 
limitações dos idosos podem provocar no processo de redução da saúde. Essa 
prática pode, além de retardar o aparecimento de algumas doenças, controlar a 
progressão para aqueles que possuem alguma patologia ou, em alguns casos, até 
mesmo a regressão delas. 
Dentre os principais benefícios da atividade física, tem-se: 
 
ITEM BENEFÍCIOS 
01 Melhor funcionamento corporal, diminuindo as perdas funcionais 
favorecendo a preservação da independência; 
02 Redução no risco de morte por doenças cardiovasculares; 
03 Melhora do controle da pressão arterial; 
04 Manutenção da densidade mineral óssea, com ossos e articulações mais 
saudáveis; 
05 Melhora a postura e o equilíbrio; 
06 Melhor controle do peso corporal; 
07 Melhora o perfil lipídico (conjunto de teste que mostra o risco de doença 
cardíaca); 
08 Melhor utilização da glicose; 
09 Melhora a função intestinal; 
10 Melhora de dores; 
11 Melhora a qualidade do sono; 
12 Ampliação do contato social; 
13 Correlações favoráveis com redução do tabagismo e abuso de álcool e 
16 
 
drogas; 
14 Diminuição da ansiedade do estresse, melhora do estado de humor e da 
autoestima; 
15 Maior longevidade; 
16 Redução das taxas de morbidade e mortalidade; 
17 Redução do número de medicamentos prescritos; 
18 Prevenção do declínio cognitivo; 
Tabela 01: Benefícios da Prática de Atividade Física. Fonte: Envelhecimento e Saúde da pessoa 
idosa, Brasília (2006) 
 
Frente a esses benefícios, nota-se a necessidade de programas de atividades 
físicas específicas para idosos em diferentes instituições. As atividades mais comuns 
são: caminhada, ciclismo (ou exercício em bicicleta ergométrica), natação, 
hidroginástica, dança, ioga, Tai Chi Chuan 1, Lian Gong 2 e exercícios de resistência 
ou treinamento da força muscular (CANÇADO et. al., 2006). 
 A queda da capacidade funcional nos idosos pode ser gerada também por 
ambientes que não sejam adequados. Por isso, ao se projetar um centro de 
acolhimento ao idoso deve-se propor espaços adequados para a realização das 
mais variadas atividades e adaptados às necessidades das pessoas com restrições 
físicas, a fim de disponibilizar um local que proporcione saúde, bem estar e 
segurança. 
 
2.3 POLÍTICAS PÚBLICAS DESTINADAS À TERCEIRA IDADE 
 
A defesa dos direitos do idoso tomou um âmbito em escala mundial, dessa 
forma, as políticas públicas voltadas para esse setor atingem quatro esferas. Na 
esfera internacional, tem-se o Plano de Ação Internacional para o 
Envelhecimento firmado por diversos países do mundo, onde são estabelecidas 
regras que pedem a defesa do direito do idoso, além da promoção de saúde e bem-
estar na velhice, e a criação de ambientes propícios às limitações geradas com a 
idade (BRASIL, 2003). 
Seguindo esse Plano Internacional, em âmbito nacional, foram criadas 
 
1
 Arte marcial chinesa que envolve principalmente respiração, concentração e os preceitos da medicina 
tradicional chinesa 
2
 Une medicina tradicional chinesa com moderna medicina ocidental, artes guerreiras e antigos exercícios 
terapêuticos. Tem como principal objetivo o tratamento e prevenção de dores no corpo 
17 
 
diversas políticas de apoio ao idoso sendo elas: 
 Lei 8.842/1994 (Estabelece Política Nacional do Idoso e cria o 
Conselho Nacional do Idoso) – Esta lei tem por objetivo assegurar os direitos sociais 
das pessoas com mais de 60 anos e influencia no projeto arquitetônico por exigir 
propostas que assegurem e promovam a autonomia do idoso além de integração e 
participação efetiva na sociedade; 
 Portaria 73/2001 (Normas de Funcionamento de Serviços de Atenção 
ao Idoso no Brasil) – Esta portaria tem como finalidade propiciar aos idosos 
abrigados em instituições de longa permanência, serviços adequados às suas 
necessidades e ainda promover o vínculo familiar e integração à comunidade. Dessa 
forma ela explica sobre as modalidades de atendimento institucional, que varia de 
acordo com o grau de dependência do idoso, e estabelece (de acordo com cada 
modalidade) quadro de funcionários, ambientes e mobiliários necessários. Além de 
tratar sobre orientações gerais para o projeto de áreas externas e internas desse tipo 
de instituição. 
 Lei 10.741/2003 (Estatuto Do Idoso) – Também conhecida como 
Estatuto do Idoso, esta lei regula os direitos dos idosos e objetiva assegurar o 
fornecimento de serviços de saúde, segurança, alimentação, educação (incluindo 
cursos relativos a computação e demais avanços tecnológicos), cultura, esporte, 
lazer e habitação. Ela estabelece que as instituições que abrigarem pessoas com 
mais de 60 anos devem, manter padrões de habitação compatíveis com normas 
sanitárias e necessidades dos idosos. Além de incentivar o contato entre os 
familiares através de espaços adequados para visitas. 
 Decreto 5.109/2004 (Conselho Nacional dos Direitos do Idoso) – Esse 
documento estabelece a composição, estruturação e competências do Conselho 
Nacional do idoso. E tem como principalobjetivo zelar pela aplicação da lei 
8.842/94. 
 Portaria 2.528/2006 (Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa) – A 
portaria tem como sua principal finalidade é a implantação de programas de saúde 
para a pessoa idosa e treinamento de profissionais, de modo, a manter e promover a 
autonomia e independência da população brasileira com idade acima de 60 anos. 
Segundo essa lei quando se fala na saúde da pessoa idosa está incluída também a 
saúde mental, dessa forma, obriga-se que instituições para idosos tenham espaços 
18 
 
que permitam a promoção da saúde física bem como atividades e ambientes que 
auxiliem na saúde mental. 
Em âmbito estadual tem-se a Lei 11.436/00, (Política Estadual do Idoso), que 
além de mencionar as orientações feitas pelas leis nacionais, tem como princípios, a 
promoção do direito à cidadania para o idoso, adequação dos espaços públicos para 
melhoria da qualidade de vida e apoio técnico estadual para instituições asilares que 
atendem aos idosos em situação de risco e abandono. 
Em nível municipal, tem-se a Lei Ordinária 2.404/07 (estabelece a Política 
Municipal dos Direitos do Idoso) que retoma as orientações citadas anteriormente 
tendo como principais objetivos, integrar as pessoas com idade acima de 60 anos à 
sociedade em geral, garantir serviço sócio assistencial e atender ao idoso 
desabrigado e sem família. 
 
2.4 INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA 
 
Diversos termos são utilizados para denominar as instituições para idosos 
entre eles tem-se, asilo, abrigo, lar, casa de repouso e clínica geriátrica. Como uma 
forma de tentar padronizar essa nomenclatura, foi proposto pela Sociedade 
Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) o termo Instituição de Longa 
Permanência para Idosos (ILPI), definindo-o como local com serviços especializados 
com dupla função: fornecer atendimento integral e especializado aos idosos que não 
possuem condições de residir junto aos familiares e disponibilizar um ambiente com 
uma atmosfera residencial e aconchegante, onde são preservadas a intimidade e a 
identidade dos seus residentes. 
 
2.4.1 Trajetória das Instituições de Longa Permanência 
 
Segundo QUEVEDO (2002), há poucas informações sobre a origem de abrigo 
de idosos, sendo um dos primeiros registros datado da Idade Média. Quando os 
longevos eram abrigados nas enfermarias dos hospitais que atendiam diversos 
hóspedes e cumpriam as mais variadas funções, como por exemplo, instituição de 
caridade, orfanato, abrigo para rejeitados, casa de hospedagem para viajantes e 
pobres. 
19 
 
Analisando a organização espacial dessas instituições observa-se que, as 
enfermarias eram espaços com formas retangulares, em geral, grandes e altos com 
camas dispostas junto à parede longitudinal em compartimentos semelhantes à 
alcova e capela situando-se ao fundo da sala (QUEVEDO, 2002). 
Foi somente na metade do século XV que a configuração dos espaços dos 
hospitais começou a ser alterada tomando a forma de cruz (Figura 02). Situando-se 
o altar, no cruzamento dos dois braços, de onde partiam as quatro salas de forma 
radial. A partir dessa organização, no final do século XVII, teve início os primeiros 
projetos utilizando esquema de plantas radiais, com mais de quatro raios saindo de 
um mesmo ponto com o objetivo de abrigar o maior número de camas. 
Porém, mesmo com esse novo tipo de organização espacial, a planta em 
forma de cruz seguiu até o século XIX, especialmente nas instituições de 
acolhimento ao idoso. A partir do século XIX, outros modelos foram surgindo como, 
por exemplo, as plantas que consistiam na disposição de vários pavilhões a cada 
lado de um pátio central alongado e com uma grande massa de colunas decorativas, 
ou ainda a distribuição espacial conhecida como colônia, caracterizada por vários 
edifícios pequenos em vez de um único. A partir desses modelos é que começou a 
se pensar na orientação das fachadas como modo de melhora da saúde e conforto 
dos residentes, implantando-o primeiramente em hospitais e em seguida em 
instituições de acolhimento ao idoso (QUEVEDO, 2002). 
Contudo, na metade do século XX, com o avanço dos estudos da geriatria, e 
de acordo com os cuidados que deveriam ser tomados no tratamento de idosos os 
espaços tiveram que ser readequados para atender ao novo programa. Isso levou os 
arquitetos reverem as formas já estabelecidas (Figura 02) e projetar outros modelos 
que se adequassem às exigências da época (Figura 03), construindo agora vilas 
mais retiradas, quarto ou apartamento separados para idosos e incluindo no 
programa de necessidades, ambientes e atividades de cuidado com a saúde e áreas 
de recreação e lazer. 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 02: Exemplos de organização em planta de abrigos no Mundo até o século XX. Fonte: 
QUEVEDO, 2002, Adaptado pela autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 03 Exemplos de organização em planta de abrigos no Mundo a partir do século XX. Fonte: 
QUEVEDO, 2002, Adaptado pela autora. 
 
Esse processo de readequação das plantas das instituições de longa 
permanência para idosos está em constante mutação, pois os avanços da medicina, 
no que tange às melhorias para a saúde do idoso, acabam influenciando 
diretamente o projeto arquitetônico (QUEVEDO, 2002). 
21 
 
2.4.2 Situação atual no Brasil 
 
Segundo CANÇADO et al (2011), apesar dos avanços com relação as 
instituições de acolhimento ao idoso, no Brasil ainda hoje, observa-se que, em geral, 
há um grande preconceito a respeito desses locais. 
Como forma de verificar a imagem que as pessoas possuem desse tipo de 
instituição foi realizada uma pesquisa com 20 pessoas (Apêndice A). O questionário 
foi encaminhado para um público aleatório, tentando assim abranger opiniões e 
vivências variadas. 
No questionário foi apresentada duas questões com alternativas (idade e 
sexo) e 3 discursivas. Sendo que, das questões discursivas a primeira perguntava 
sobre a opinião sobre abrigo para idosos, a segunda questionava se moraria em um 
abrigo e a terceira (que não era obrigatória) sobre o que seria um abrigo ideal. Das 
respostas cerca de 90% das pessoas tinham idades entre 20 e 59 anos e a maioria 
eram mulheres (70%). 
Na primeira questão das 20 pessoas que responderam o questionário, 8 
tinham uma visão negativa desse local, associando ele ao sentimento de tristeza e 
abandono, classificando-os como locais sem conforto e que somente nos 
particulares é que se teria uma melhor infraestrutura. E 14 pessoas tinham uma 
imagem boa ligada aos abrigos, no entanto, as justificativas dessa imagem positiva 
geralmente estavam atreladas ao fato de que é um lugar para se passar o final da 
vida e principalmente voltado para aqueles que não têm onde ficar ou que a família 
não tem condições. 
Porém, apesar de a maioria dos entrevistados dizer ter uma imagem positiva 
dos abrigos quando perguntadas se morariam em uma ILPI, somente quatro 
pessoas disseram que morariam, condicionando essa estadia à infraestrutura 
existente ou se a outra opção, além do abrigo, fosse à rua. O restante respondeu 
que não moraria, sendo os principais motivos são o sentimento de tristeza e 
abandono associado a esse local, e o fato de que ficariam longe da família e sem o 
conforto de um lar. 
 
22 
 
 
Gráficos 01 e 02: Respostas à pergunta 1 do questionário aplicado. Fonte: Elaborado pela autora. 
 
Nota-se que no Brasil essa imagem negativa que a sociedade tem dessas 
instituições, é agravada pelo fato de que no país a quantidade de ILPIs (públicas e 
particulares) não é suficiente para atender a demanda da população, o que acaba 
provocando a superlotação dos abrigos existentes e a má qualidade dos serviços 
prestados. Apesar de possuir algumas instituições com atendimento de qualidade 
(sendo a maioria privada), o número daquelas que não atendem a parâmetros 
básicos de funcionamento ainda é expressivo (ARAÚJO et.al., 2010). 
Como forma de mitigar essa situação, diversas políticas públicas foram 
surgindo sendo as mais importantes, para definição de projetos em ILPIs, a RDC 
283/2005 e a Portaria 73/2001. Segundo essas leis, as instituições de longa 
permanência para o idoso podem ser classificadas em categorias (privada sem 
finalidade lucrativa; privada com finalidade lucrativa e instituições públicas), porte 
(pequeno: até 15 vagas; médio: 16 a 49 vagas; grande: 50 vagas ou mais) e grau de 
dependência dos idosos atendidos (modalidade de atendimento). Sendo o grau de 
dependência um dos norteadores para definição do projeto, pois através da 
definição da modalidade de atendimento da ILPI é que dependerá a quantidade de 
idosos que poderão ser abrigados, número de funcionários, ambientes e mobiliário 
necessário: 
 Modalidade I – idosos independentes para atividades da vida diária, 
mesmo que requeiram uso de equipamentos de autoajuda (andador, bengala, 
cadeira de roda). Para essa unidade é recomendada capacidade máxima de 40 
pessoas, com 70% de quartos para quatro idosos e 30% para dois idosos; 
 Modalidade II – instituições destinadas a idosos independentes assim 
como para aqueles que possuem dependência em até três atividades de 
20% 
55% 
25% 
Qual a sua ideia sobre 
abrigo de idosos? 
(Positiva) 
Bom se não
tem onde
ficar
Bem estar
Passar final
da vida
20% 
55% 
25% 
Qual a sua ideia sobre 
abrigo de idosos? 
(Negativa) 
Longe da
família
Abandono
e tristeza
Sem
conforto
23 
 
autocuidado para a vida diária (alimentação, mobilidade e higiene) e sem 
comprometimento cognitivo ou com alteração cognitiva controlada. É recomendado 
22 pessoas, com 50% de quartos para quatro idosos e 50% para dois idosos; 
 Modalidade III – idosos com dependência que requeiram assistência 
em todas as atividades de autocuidado para a vida diária e ou com 
comprometimento cognitivo. Sendo a capacidade máxima recomendada de 20 
pessoas, com 70% de quartos para quatro idosos e 30% para dois idosos. 
 De acordo com a modalidade de atendimento escolhida, a Portaria 73/2001 
estabelece a contratação dos seguintes profissionais. 
 
 Modalidade I Modalidade II Modalidade III 
Profissional Quant. Quant. Quant. 
Responsável técnico 
com formação em nível 
superior 
1 1 1 
Cuidador 1 cuidador para cada 20 
idosos, ou fração, com 
carga horária de 8 
horas/dia; 
1 cuidador para cada 10 
idosos, ou fração, por 
turno; 
 
1 cuidador para cada 6 
idosos, ou fração, por 
turno. 
 
Para atividades de lazer 
(formação em nível 
superior) 
1 para cada 40 idosos 1 para cada 40 idosos 1 para cada 40 idosos 
Serviços de limpeza 1 para cada 100m² de 
área interna 
1 para cada 100m² de 
área interna 
1 para cada 100m² de 
área interna 
Serviços de alimentação 1 para cada 20 idosos 
garantindo dois turnos 
de 8 horas 
1 para cada 20 idosos 
garantindo dois turnos 
de 8 horas 
1 para cada 20 idosos 
garantindo dois turnos de 
8 horas 
Serviço de lavanderia 1 para cada 30 idosos 1 para cada 30 idosos 1 para cada 30 idosos 
Médico 0 1 para 4 horas/ dia 8 (e plantão à distância as 
outras 16 horas) 
Fisioterapia 0 1 para 8 horas/ dia 1 para 12 horas/dia 
Fonoaudiologia 0 1 para 6 horas/ dia 1 para 8 horas/ dia 
Terapia Ocupacional 0 1 para 8 horas/ dia 1 para 12 horas/dia 
Psicólogo 0 1 para 4 horas/ dia 1 para 6 horas/ dia 
Pedagogo 1 para 4 horas/ dia 1 para 6 horas/ dia 
Nutricionista 1 para 1 hora/ dia 1 para 4 horas/ dia 1 para 4 horas/ dia 
Tabela 02: Quadro de funcionários por modalidade de atendimento. Fonte: Portaria 73/2001. 
Adaptado pela autora. 
 
2.4.3 Um novo desafio para as ILPIS 
 
Com o passar dos anos, as necessidades das pessoas são alteradas por 
eventos históricos/sociais, costumes e experiências vividas. Dessa forma, 
atualmente o grande desafio no projeto de ILPIs é a criação de uma moradia 
24 
 
especializada que proporcione assistência gerontogeriátrica3 e, ao mesmo tempo, 
ofereça um ambiente com características domésticas e aconchegante, capaz de 
preservar a intimidade e individualidade dos seus residentes (CANÇADO et al, 
2011). 
Dentro desse contexto, ambientes adequados às necessidades dos idosos 
podem representar a diferença entre a independência e a dependência dos mesmos. 
Pois, um ambiente que contenha barreiras físicas e materiais ou equipamentos 
inadequados (pisos escorregadios, portas difíceis de abrir, pouca iluminação, falta de 
corrimão, etc.) aumentam o risco de acidentes e podem provocar o isolamento do 
idoso fazendo com que eles saiam menos e, assim, estejam mais propensos à 
depressão, menor preparo físico e maiores problemas de mobilidade (BRASIL, 
2005). 
 Ao se projetar ambientes para os idosos é necessário um planejamento que 
começa com a sua localização. Segundo BRASIL (2005), o local da instalação de 
uma ILPI deve estar próximo aos centros urbanos, em locais com facilidade de 
acesso ao transporte público e com o máximo de serviços no entorno, 
principalmente aqueles voltados para a saúde, possibilitando assim que o idoso 
fique próximo de seus parentes e amigos e não se sinta isolado do convívio social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Especialidade da enfermagem que cuida do idoso em todos os níveis de prevenção, desde a promoção da saúde até a 
reabilitação. (CANÇADO et. al, 2011) 
25 
 
3 ANÁLISE DE CORRELATOS E ESTUDO DE CASO 
 
Para auxiliar na elaboração de um centro humanizado de acolhimento ao 
idoso na cidade de Braço do Norte foram analisados dois projetos de correlatos, e 
um de caso. Observando aspectos como: conceito e partido, acessos, setorização, 
estrutura e materiais utilizados, além de aspectos referentes à orientação solar. 
Escolheu-se para a análise dos estudos de correlatos, o Lar de Idosos Peter 
Rosegger localizado na cidade de Graz, Aústria, devido a sua organização espacial 
e o lar de idosos St. Nikolaus, em Neumarkt em Wallersee, Aústria, por sua forma e 
materiais utilizados. E para o estudo de caso optou-se pelo Lar dos Velhinhos, 
localizado em Tubarão/SC, por estar em um contexto regional semelhante à cidade 
de Braço do Norte/SC. 
 
CORRELATO ESTUDO DE CASO 
 
Figura 04: Lar de Idosos 
Peter Rosegger. 
Fonte: 
www.archdaily.com.br 
Figura 05: St. Nikolaus 
Fonte: 
www.archdaily.com.br 
Figura 06: Abrigo dos Velhinhos. 
Fonte: Google Maps. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Local: Graz, Estíria, Aústria
Ano do projeto: 2014
Projetistas: Dietger Wissouning 
Architekten
Número de residentes: 108
Observa-se nas figuras 11 e 12 que em ambos 
os pavimentos os setores de serviços e apoio foram 
agrupados em torno do átrio o que facilita no 
atendimento aos residentes ficando em uma distância 
próxima para todos. Quanto à circulação horizontal e 
vertical, ambas estão distribuídas pela edificação 
atendendo assim todos os ambientes. 
Em se tratando dos demais setores, houve uma 
distribuição de modo que cada um dos quatro blocos 
distribuídos ao redor do átrio são formados por 
dormitórios (para uma ou duas pessoas), jardim de 
inverno, e áreas compartilhadas (constituída aqui por 
varandas, cozinha e refeitório para 13 idosos e um 
enfermeiro).
Nesta edificação foi trabalhado 
com estruturas inteiramente de 
madeira, exceto pela escada principal 
e pilares do átrio (nos quais foram 
trabalhados com metálicos). Houve a 
utilização de pilares somente no átrio 
e áreas próximas à ele, no restante da 
construção foi t rabalhado com 
madeira laminada cruzada, na parede 
e teto, formando assim uma estrutura 
portante. Outro material utilizado 
somente para fechamento, foi o vidro .
O principal objetivo dos projetistas 
era propiciar um local que atendesse as 
necessidades dos seus residentes sem 
ficar com a aparência formal de uma 
instituição.Construindo a residência de 
modo que não fosse necessário longas 
caminhadas para chegar até as áreascompartilhadas. Dessa forma, o edifício é 
compacto com formato quadrado 
organizado com quatros blocos ao redor 
de um pátio central contendo um átrio em 
cada bloco.
Organizado em dois pavimentos, o abrigo está localizado 
próximo ao Parque Municipal de Gaz em uma área bastante 
povoado (Figura 08). Apesar disso, no terreno não foi 
proposto estacionamento e o pedestre é mais valorizado 
conforme observado na Figura 03.
 E m r e l a ç ã o à s 
instalações hidráulicas e 
elétricas, nota-se, através 
da análise de fotos da 
e d i fi c a ç ã o , q u e a s 
luminárias e interruptores 
são embutidos nas paredes 
e tetos. Dessa forma, 
conc lu i -se que essas 
instalações seguem por 
dentro das paredes .
Legenda
Acesso Principal
Acesso ServiçosLegenda
Blocos
3.1 Lar de Idosos Peter Rosegger 
GRAZ / AÚSTRIA ANÁLISE DE CORRELATO 
3.1.1 Ficha do projeto 3.1.2 Conceito e Partido do projeto
Figura 06: Lar de Idosos Peter 
Rosegger. Fonte: www.archdaily.com.br
Figura 07: Partido do projeto. 
Fonte: www.archdaily.com.br
3.1.3 Entorno e Acessos
Acesso Pedes t res
Acesso Veículos
Figura 03: Acessos Fonte: Archdaily.com.br
3.1.2 Conceito e Partido do projeto
3.1.4 Setorização
Figura 11: Setorização Térreo
Fonte: Archdaily.com.br. Adaptado pela autora.
Figura 12: Setorização 1º Pavimento
Fonte: Archdaily.com.br. Adaptado pela autora.
Legenda
Áreas compartilhadas
Circulação Horizontal
Circulação Vertical
Dormitórios
Jardins
Serviços e apoio
3.1.5 Infraestrutura
Legenda
Lixo
Escada
Elevador
Figura 13: Infraestrutura
Fonte: Archdaily.com.br. Adaptado pela autora.
3.1.6 Estrutura
1
2
3
1
2
3
Legenda
Área de utilização de pilares
4
4
Pilar metálico
Pilar de madeira
Viga de madeira
Vidro
Figura 14 e 15: Estrutura
Fonte: Archdaily.com.br. Adaptado pela autora.
3.1.7 Orientação Solar
Pátio Átrio
N
Parque Municipal 
de Graz
Local: Graz, Estíria, Aústria
Ano do projeto: 2014
Projetistas: Dietger Wissouning 
Architekten
Número de residentes: 108
O principal objetivo dos projetistas 
era propiciar um local que atendesse as 
necessidades dos seus residentes sem 
ficar com a aparência formal de uma 
instituição.Construindo a residência de 
modo que não fosse necessário longas 
caminhadas para chegar até as áreas 
compartilhadas. Dessa forma, o edifício é 
compacto com formato quadrado 
organizado com quatros blocos ao redor 
de um pátio central contendo um átrio em 
cada bloco.
 Organizado em dois pavimentos, o abrigo está localizado próximo ao Parque 
Municipal de Gaz em uma área bastante povoado (Figura 09). No terreno temos a entrada 
de serviços localizada ao norte da edificação ao e a principal ao sul. Observa-se nos 
acessos a valorização do pedestre (Figura 10) .
 Observa-se na Figura 16 que devido à distribuição 
dos dormitórios na edificação, há quartos locados em todas 
as orientações por isso, em cada fachada foi trabalhado com 
uma estratégia para auxiliar no conforto.
 Na fachada sul (Figura 17) onde a presença do sol é 
bem vinda há maior número de aberturas que vão 
diminuindo a quantidade a medida que se aproximam da 
parte que pega a insolação do período da tarde (oeste). 
 Já na fachada oeste, foi utilizada vegetação um 
pouco mais densa para barrar o excesso de sol. Ao 
contrário, da leste que possui uma vegetação mais esparsa. 
As paredes externas têm uma espessura maior o que 
contribui para conforto térmico nos períodos frios, 
principalmente na fachada norte onde há pouca incidência 
solar.
Legenda
Blocos
3.1 Lar de Idosos Peter Rosegger 
GRAZ / AÚSTRIA ANÁLISE DE CORRELATO 
3.1.1 Ficha do projeto 3.1.2 Conceito e Partido do projeto
Figura 07: Lar de Idosos Peter 
Rosegger. Fonte: www.archdaily.com.br
Figura 08: Partido do projeto. 
Fonte: www.archdaily.com.br
3.1.3 Entorno e Acessos
Legenda
Acesso Principal
Acesso Serviços
Acesso 
Pedes t res
Acesso Veículos
Figura 10: Acessos Fonte: Archdaily.com.br
3.1.2 Conceito e Partido do projeto
3.1.4 Setorização 3.1.5 Infraestrutura
Legenda
Lixo
Escada
Elevador
3.1.6 Estrutura
1
2
3
1
2
3
Legenda
Área de utilização de pilares
4
4
Pilar metálico
Pilar de madeira
Viga de madeira
Vidro
3.1.7 Orientação Solar
Figura 16: Orientação 
Solar
Fonte: Archdaily.com.br. 
Adaptado pela autora.
Pátio Átrio
N
Parque Municipal 
de Graz
Figura 09: Entorno. Fonte: Google Earth. Adaptado pela autora
N
N
N
N
N
N N
L
O
S
N
L
O
S
N
L
O
S
N
L
O
S
N
N
Figura 17: Fachada sul. Fonte: Archdaily.com.br
26
Local: Neumarkt am Wallersee, 
Salzburg, Aústria.
Ano do projeto: 2001
Projetistas: Kadawittfeldarchitektur
Número de residentes: 60
Nota-se na figuraque os setores de serviços e 
apoios foram locados próximo à entrada de serviços 
com apenas um ponto instalado próximo à entrada 
principal. No 1º pavimento esses setores localizaram-
se em torno do pátio central, criando assim uma 
centralidade e facilitando o atendimento. 
Quanto à circulação horizontal e vertical, 
ambas estão distribuídas pela edificação atendendo 
assim todos os residentes. Porém, uma deficiência 
encontrada (talvez gerado pela localização de terreno 
e o programa de necessidades) foi a de falta locais 
para realização de atividades ao ar livre.
Para a estrutura nesta 
edificação foi utilizado madeira 
juntamente com metálicas em 
alguns pontos, com pilares 
somente no átrio e refeitório onde 
foi trabalhado com paredes de 
vidro o que justifica a utilização 
de pilares. Nas demais áreas 
f o r a m u t i l i z a d a s m a d e i r a 
laminada colada, em paredes 
portantes. 
O objetivo dos projetistas foi propor uma edificação com traçado linear e 
ortogonal, que proporcionasse também aos residentes espaços de convivência 
e permitisse a visibilidade dos espaços públicos. Dessa forma a edificação foi 
 Organizado em dois 
pavimentos , o St. Nikolaus 
está localizado próximo ao 
Lago da cidade, em uma 
área, rural, com poucas 
casas e densa vegetação 
(Figura 20 Inserida em um 
terreno com topografia 
plana observa-se na figura 
2 1 o m o d o c o m o s e 
organizam os acessos à 
essa instituição.
 Não foi encontrado menção nos documentos pesquisados 
sobre a infra estrutura das instalações hidráulicas e elétricas. 
 No entanto, acredita-se que essas instalações embutid nas 
as paredes.
 Os dormitórios foram distribuídos com 
aberturas voltadas para as fachadas norte e 
sul. Dessa forma, observa-se na Figura 28, 
que na fachada sul onde a presença do sol é 
bem vinda foram locados além dos quartos, o 
refeitório com fechamento em vidro e estrutura 
metálica para aproveitar a insolação, como na 
região as temperaturas não chegam a ficar 
muito altas (média anual de 7,9º C), o sol da 
tarde não gera um grande problema. Embora 
na fachada norte não tenha muita insolação, 
através da análise da carta solar no terreno 
verifica-se que durante algumas horas no 
período da manhã há a presença do sol o que 
auxilia no conforto térmico dos ambientes 
locados nessa fachada.
Legenda
3.1 St. Nikolaus 
NEUMARKT AM WALLERSEE / AÚSTRIA ANÁLISE DE CORRELATO 
3.1.1 Ficha do projeto 3.1.2 Conceito e Partido do projeto
Hall
Figura 18: St. Nikolaus
Fonte: Archdaily.com.br
Figura 19: Partido do projeto
Fonte: Archdaily.com.br
3.1.3 Entorno e Acessos
Legenda
Acesso Principal
Acesso Serviços
Acesso Pedestres
Acesso Veículos
Figura 21: Acessos. 
Fonte: Archdaily.com.br
3.1.2 Conceito e Partido do projeto
3.1.4 Setorização
Figura 22: Setorização Térreo
Fonte: Archdaily.com.br. Adaptado pela autora.
Figura 23: Setorização 1º Pavimento
Fonte: Archdaily.com.br. Adaptado pela autora.
Legenda
Áreas compartilhadas
Circulação Horizontal
Circulação Vertical
Dormitórios
Jardins
Serviços e apoio
3.1.5 Infraestrutura
Legenda
Escada
Elevador
Figura 24: Infraestrutura
Fonte: Archdaily.com.br. Adaptado pela autora.
3.1.6 Estrutura
1
2
Legenda
Área de utilização de pilares
3Estrutura metálica
Estruturade madeira
Vidro
Figura 25, 26 e 27: Estrutura
Fonte: Archdaily.com.br. Adaptado pela autora.
3.1.7 Orientação Solar
Figura 28: Orientação Solar
Fonte: Archdaily.com.br. Adaptado pela autora.
Volumes
dividida em 4 volumes retangulares que se 
interligam através dos corredores. Nos 
quartos foi utilizada grandes janelas (com 
vidro espelhado) que se destacam na 
fachada e possibilitam a visibilidade do 
espaço público sem prejudicar a privacidade 
do morador. Além disso, a cada dois quartos, 
foi criado um hall externo ao dormitório, 
onde os residentes podem se reunir.
N
N
N
N
1
3
2
N
N
L
O
S
N
L
O
S
N
L
O
S
N
L
O
S
N
Figura 20 Entorno
Fonte: Google Earth. 
Adaptado pela autora
27
28 
 
3.3 ESTUDO DE CASO 
 
Conforme mencionado o Abrigo dos Velhinhos, localizado na cidade de 
Tubarão/SC foi escolhido devido à proximidade com a cidade de Braço do Norte, 
fazendo parte assim de um contexto regional semelhante, além de atender 
atualmente residentes de toda região de Tubarão. 
 Para observação das instalações do abrigo foi acordado com a coordenadora 
da instituição uma visita e em um posterior momento, o envio de um questionário 
(Apêndice B). 
 Além de sua inserção urbana serão analisados a planta-baixa, a configuração 
espacial e fluxos de acessos com o objetivo de identificar as potencialidades e as 
deficiências e utilizar essas informações para um melhor projeto. 
 
3.3.1 Abrigo dos Velhinhos, Tubarão/SC 
 
O Abrigo dos Velhinhos foi fundado em 5 de setembro de 1962, com o 
objetivo de abrigar os idosos carentes de Tubarão e região. Mantido pelo Clube das 
Ladies (Organização da Sociedade Civil [fundada em 1959] formado por um grupo 
de senhoras de Tubarão), o abrigo recebe o apoio ainda de empresas da região 
além de doações da própria comunidade. 
 
 
Figura 29: Abrigo dos Velhinhos (década de 60) 
Fonte: http://diariodosul.com.br/SITE2015/tunel_do_tempo/1228/Abrigo-dos-Velhinhos-de-Tubarao--.html 
 
 A instituição recebe idosos de diversas cidades da AMUREL4 (como Grão-
Pará, Braço do Norte, Gravatal, Jaguaruna, entre outros) e conta com internação em 
 
4 Associação dos Municípios da Região de Laguna 
http://diariodosul.com.br/SITE2015/tunel_do_tempo/1228/Abrigo-dos-Velhinhos-de-Tubarao--.html
29 
 
regime de longa permanência. Tendo em seu quadro de funcionários 22 pessoas, 
entre assistente social, nutricionista, enfermeira, técnico em enfermagem, auxiliar de 
serviços gerais e motorista. 
Em parceria com a comunidade, o abrigo fornece aos idosos serviços de lazer 
(música, canto, dança, leitura de histórias e poesias, bingo e passeios) e de saúde 
(médico, manicure, cabelereira, atividade física, cão terapia5 e reiki6). Além dessas 
atividades, dentro do abrigo existe uma loja de artigos, onde são vendidas roupas 
confeccionadas pelos residentes, além das doações que não foram utilizadas. Dessa 
forma, o montante arrecadado com as vendas é revertido na manutenção do abrigo. 
 
3.3.2 Inserção Urbana 
 
 Com uma economia bastante diversificada com serviços (hospital, por 
exemplo), comércios, industrias e instituições educacionais, a cidade de Tubarão 
(local em que está localizado o abrigo dos Velhinhos), possui segundo o IBGE 
(2010) uma população de 97.235 habitantes e é considerada uma cidade pólo da 
microrregião de Tubarão. 
O abrigo está localizado em uma área afastada do centro, em uma região 
predominantemente residencial, que possui algumas empresas, localizadas 
principalmente próximas à Rua José Alberto Nunes, rua esta que margeia a BR 101. 
 
Figura 30: Localização Abrigo dos Velhinhos – Tubarão/SC. Fonte: Google Maps. Adaptado pela autora 
 
 
 
5
 Uma terapia que utiliza o contato com cachorros como modo de tratamento 
6 Prática de massagem criada em 1922 pelo monge budista japonês Mikao Usui. Tem por base a crença na existência da 
energia vital universal "Ki" que é manipulável através da imposição de mãos. 
 3.3.3 Visita ao local
 A visita ao Abrigo dos Velhinhos foi realizada no dia 25 de março 
de 2016 no horário de visitas disponibilizado pela coordenadora, 
sendo o acesso feito por uma via local sem calçamento, lateral ao 
abrigo. 
 Como a visita foi realizada no final de semana, a coordenadora 
não se encontrava para auxiliar e mostrar os cômodos. Dessa forma, 
foi conversado com uma funcionária que se disponibilizou a guiar a 
visita serviu de guia. No entanto, como o local tinha muitas pessoas 
visitando, a visita foi realizada rapidamente sendo que, muitas salas 
não foram abertas para que se pudesse observar atentamente, como 
também não foi possível registrar fotos do local. A Figura 30 abaixo, 
apresenta uma planta esquemática com o percurso realizado no dia da 
visita e organização dos ambientes (Tabela 04). 
1
2
3
10
11
10
12
13
16
14
10
14
27
14 19
21
17 26
24
25
23
10
22
21
15
20
18
19
21
14
21
6
9
85
4
7
15
1419
Figura 31: Planta esquemática com percurso da visita e organização dos 
ambientes. Fonte: Acervo pessoal.
Nº CÔMODO CARACTERÍSTICAS
01 Depósito Cômodo utilizado para guardar móveis que não 
estão sendo utilizados atualmente ou que 
porventura tenham estragado.
02 Garagem Cômodo não acessado, mas imagina-se que seja 
para guarda dos carros dos funcionários ou do 
próprio abrigo.
03 Pomar O local é agradável, porém não é acessível e 
devido a existência de muitos idosos com baixa 
mobilidade aparentemente acaba não sendo 
utilizado pelos residentes. 
04 Caixa d'aguaTorre da caixa d'agua onde tem-se uma caixa de 
10 mil litros. 
05 Área para 
secagem de 
roupa 
Área externa para secagem da roupa. O local está 
fora do alcance da visão das pessoas que chegam 
ao abrigo, e próximo à lavanderia. Não foi 
identificada área coberta para secagem de roupa.
06 Lavanderia Cômodo estava fechado.
07 Secretaria Cômodo estava fechado.
08 Brechó Cômodo estava fechado.
09 Sala de 
Costura
Cômodo estava fechado.
10 Guarda 
Volume
Área destinada à guarda de produtos não 
perecíveis, como roupas e fraudas.
11 Área de 
Lazer
Área aberta destinada ao lazer dos idosos. No 
entanto observou-se que no local não possuía 
muitos itens que poderiam ser utilizados, apenas 
uma televisão e uma mesa com algumas cadeiras.
12 Jardim Os jardins são bem cuidados, no entanto não são 
acessíveis para o idoso. 
13 Circulação Apesar de ter dois andares somente o térreo é 
utilizado. Dessa forma fez-se uma análise somente 
da circulação horizontal. Nesses locais verificou-se 
que a largura estava acessível (NBR 9050), no 
entanto poucos corredores possuíam corrimão, 
alguns contavam com pisos soltos e ainda alguns 
objetos como cadeiras de rodas espalhado nesses 
lugares.
14 Banheiros Cômodos próximos aos quartos dos residentes 
estavam fechados. O único que estava aberto 
acredita-se que seja para funcionários pois ele era 
pequeno para que possa ser utilizado por idosos.
15 Depósito Cômodo estava fechado. Foi informado que esse 
cômodo é utilizado como despensa da instituição.
16 Cozinha Cômodo tem um espaço razoável. É utilizado 
apenas por funcionários e possui duas bancadas 
para servir aos idosos uma voltada para a Área de 
convivência e outra para o Refeitório.
17 Área de 
convivência
Esse cômodo foi reformado recentemente, no 
entanto o espaço é pequeno para abrigar todos os 
idosos. No dia da visita tinha voluntários que 
estavam cantando nesse local, no entanto não 
havia lugar suficiente todos os idosos, fazendo 
com que alguns ficasse em pé próximo e outros 
sentassem no refeitório.
18 Refeitório Área tem um tamanho razoável com cadeiras com 
suporte para os braços e diversas mesas com 4 
lugares cada.
19 Quarto 
individual
Cômodo estava fechado. Na instituição há quatro 
quartos individuais dois para mulheres e dois para 
homens. Como estava fechado não foi possível 
observar se estes estavam de acordo com regras 
de acessibilidadeprevistas. 
20 Espaço 
ecumênico
Cômodo estava fechado. 
21 Quartos 
coletivos
Esses são os cômodos que apresentam maior 
problema, pois há uma quantidade significativa de 
idosos por quarto e embora tenha espaço para 
circulação entre as camas não foi possível 
observar nenhum espaço para que os idosos 
possam manter seus objetos pessoais próximos a 
cama. Sendo as camas organizadas uma ao lado 
da outra em fileiras que colocam cabeceira com 
cabeceira. 
22 Sala de 
visitas e Hall 
de entrada
No dia da visita observou-se que os idosos e seus 
familiares concentravam-se entre a sala de 
convivência, refeitório ou até mesmo sentados nas 
camas nos quartos, mas na sala de visitas não 
havia ninguém. 
23 Administração Cômodo estava fechado
24 Administração Cômodo utilizado para consultas realizadas por 
um médico voluntário que vem até o abrigo em 
alguns dias da semana.
25 Sala de 
curativo
Cômodo estava fechado
26 Pátio Interno Espaço agradável, porém, no dia da visita 
observou-se que ele estava sendo utilizado. 
27 Vestiário Cômodo possui alguns armários, acredita-se que 
ele seja utilizado somente pelos funcionários, pois 
ele é muito estreito o que poderia acarretar 
acidentes caso um idoso tentasse se movimentar 
nesse local.
Tabela 03: Espaços internos e externos do abrigo e suas características. Fonte: 
Acervo pessoal.
 A entrada principal do abrigo (Figura 04) acontece através 
da Rua São João, nesse acesso observou-se a presença de uma 
passagem para veículos, porém nenhuma para pedestres.
	 Há ainda uma entrada lateral (Figura 05) que, em um 
primeiro momento era utilizada como entrada de serviços, porém 
atualmente ela é utilizada também como acesso dos visitantes, 
provavelmente devido a sua proximidade com as áreas de 
convivência (Figura33) e também para evitar que os visitantes 
passem pela área intima para chegarem aos espaços públicos.
 3.3.4 Aspectos funcionais
 3.3.4.1 Acessos
Figura 32: Acesso principal. 
Fonte: GoogleMaps
Figura 33: Acesso lateral. 
Fonte: Google Maps
Legenda
Acesso 
Principal
Acesso 
Lateral
Figura 34: Planta esquemática com marcação de acessos. 
Fonte: Acervo pessoal
Legenda
Percurso
30
 A circulação do edifício é formada por corredores que em 
momentos passam ao lado dos ambientes, situação mais frequente, 
que permite o acesso ao mesmo sem prejudicar a privacidade e em 
outros passam por dentro do ambiente (quartos femininos, refeitório, 
sala de visitas e enfermaria) o que segundo Ching (2008) pode acabar 
interferindo no descanso dos usuários e movimento dentro do 
ambiente. 
10
Figura 35: Esquema de circulação. Fonte: Elaborado pela autora.
 3.3.4.2 Circulação
Legenda
 Circulação 
que passa ao 
lado do ambiente
 Circulação 
que passa dentro 
do ambiente
 3.3.4.3 Análise da Forma
 Quanto ao volume o edifício é dividido em três partes todas 
apresentam formas retilíneas e retangulares. 
Figura 36 Volume Abrigo
Fonte: Elaborado pela autora
 Separado do resto da edificação tem-se a parte de garagem e 
depósito, em seguida (da esquerda para direita) é possível observar a 
construção que comporta a parte de serviços e apoio, conectada 
através de um corredor ao volume maior. Este, apresenta algumas 
subtrações (Figura 38), na lateral e no seu centro (pátio interno). 
Analisando-se as fachadas, observa-se a hierarquia na fachada 
nordeste (Figura 39), que acontece devido à presença de um segundo 
pavimento e de uma área coberta que marca a entrada ao edifício.
Figura 38: Subtrações da forma.
Fonte: Elaborado pela autora
Legenda Área construída Subtrações
Figura 39: Hierarquia na fachada 
Nordeste.
Fonte: Google Earth
Figura 37: Abrigo dos Velhinhos. 
Fonte: Google Earth.
 3.3.4.4 Orientação das aberturas / janelas
N
N
NN
N
N N
N
 Analisando a Figura 40, observa-se as seguintes ocasiões:
· Os quartos individuais femininos e um dos coletivos possuem 
aberturas locadas na fachada noroeste, dessa forma, esses 
ambientes recebem insolação durante todo o ano, o que gera um 
problema no verão, quando provavelmente o quarto se torna muito 
quente;
· Os demais quartos coletivos femininos localizam-se na 
fachada nordeste, considerada a melhor insolação, por receber o sol 
no período da manhã quando este não é tão quente, trazendo com 
isso somente os seus benefícios;
· Quartos masculinos: tanto os quartos individuais quanto o 
coletivo sofrem com a orientação, pois um dos quartos individuais 
não recebe nenhum sol por não haver janelas e o demais quartos 
estão locados na fachada sul, que também não recebe o que pode 
deixar o local úmido e ocasionar alguns problemas respiratórios.
Vento Sul
Vento 
Nordeste
Figura 40: Análise bioclimática. Fonte: Elaborado pela autora
 3.3.5 Setorização
Figura 41: Setorização. Fonte: Elaborado pela autora.
Legenda
Administração
Áreas compartilhadas
Áreas verdes
Circulação
Dormitórios
Serviços e apoio 
· Administração – a instituição tem duas salas separadas para 
o setor administrativo uma em cada acesso ao edifício. Observou-se 
que a entrada lateral, embora não seja a principal, acaba sendo a 
mais utilizada. Dessa forma, conclui-se que uma sala da 
administração foi locada próxima a essa entrada lateral de forma a 
controlar o acesso.
· Áreas compartilhadas – nesse setor o problema encontrado
seria o fato de estar disperso pelo abrigo. Essa dispersão acaba 
provocando situações como a encontrada no dia da visita, onde não 
havia espaço suficiente para as pessoas aproveitarem a música e 
ainda, a proximidade aos dormitórios prejudicava o sossego dos 
idosos que permanecem em seus quartos.
· Circulação – observou-se que, embora a circulação tenha os 
problemas citados anteriormente ela atende quase todos os 
cômodos. Com exceção de um dos quartos coletivos femininos, 
onde o acesso a ele acontece somente através dos outros quartos.
· Dormitórios – observa-se nesse setor que ele está muito 
próximo das áreas compartilhadas o que dificulta a privacidade e 
conforto dos idosos.
· Serviços e apoio – está distribuído por toda instituição o que 
ajuda no apoio aos idosos. O único problema é o tamanho de alguns 
dos setores (banheiro e vestiário) que não são suficiente para 
atender aos residentes. 
 Acesso 1 
Sala de visitas 
e Hall 
C
i
r
c
u
l
a
ç
ã
o
 
1 
Administrativo 
Enfermaria
Quarto coletivo 
Homens 
Quartos 
individuais 
Homens 
Banheiro
Vestiário
Sala de Curativos
 
Jardim Interno 
Quarto coletivo 
Mulheres 1 
Quarto coletivo 
Mulheres 2
Quarto coletivo 
Mulheres 3
C
i
r
c
u
l
a
ç
ã
o
 
2 
Quartos 
individuais 
Mulheres 
Banheiro 
Igreja 
Áreas Externas 
Refeitório 
Sala de 
convivência 
Circu-
lação 
2 
Cozinha 
Depósito
Banheiro
Circulação 2 
Lavanderia Secretaria Brechó Sala de 
Costura 
Guarda 
Volume 
Área de lazer 
Guarda 
Volume 
Acesso 
2 
Área para 
secagem 
de roupa 
 
Áreas externas 
Pomar Garagem Caixa d’ água Depósito
 3.3.6 Fluxograma
Acesso
Administração
Áreas compartilhadas
Áreas verdes
Circulação
Dormitórios
Serviços e apoio 
Figura 42: Fluxograma. Fonte: Elaborado pela autora.
31
32 
 
3.4 SÍNTESE ESTUDOS DE CORRELATO E DE CASO 
 
A tabela 4 apresenta os principais itens analisados: 
 
 Potencialidades Deficiências 
Estudo de 
Correlato 1: 
 
* Organização espacial; 
* Conjunto de edificações; 
* Átrio central; 
* Materiais utilizados: madeira, 
vidro e estruturas metálicas. 
 
Estudo de 
Correlato 2: 
 
* Criação de nichos para 
encontro a cada 2 quartos; 
* Materiais utilizados: madeira, 
vidro e estruturas metálicas; 
* Áreas de convivência locadas 
próximas umas às outras. 
* Falta de locais para 
realização de atividades 
ao ar livre. 
Estudo de Caso: 
Abrigo de 
Velhinhos 
Tubarão/SC 
* Existência de uma sala de 
costura e lojinha de artigos 
novos e usados 
* Presença de bastante área 
verde, jardim interno e Pomar; 
* Agendamentode visitas de 
grupo que realizam atividades 
com os idosos como música, 
dança, reike, atividade física, 
bingo e leitura de histórias. 
* Jardins e pomar não 
acessíveis; 
* Sala de visitas pequena 
e não integrada com área 
de convivência; 
* Pátio interno isolado e 
sem acesso a outras 
áreas. 
Tabela 04: Resumo Estudo de Caso e Estudos de Correlatos 
 
 
 
 
 
33 
 
4 LEVANTAMENTO DIAGNÓSTICO 
 
4.1 MUNICÍPIO 
 
 Localizado entre a serra e o mar, ao sul do estado de Santa Catarina e 
distante cerca de 170 km (quilômetros) da capital Florianópolis, a cidade de Braço do 
Norte tem seu acesso feito através das SC-108, (que corta a cidade vinda de São 
Ludgero e seguindo para Rio Fortuna) e a SC-370, (que passa pela cidade de 
Gravatal corta Braço do Norte e segue para Grão Pará). 
 
 
Figura 43: Localização de Braço do Norte. 
Fonte: IBGE, adaptado pela autora 
Figura 44: Principais acessos à Braço do Norte. 
Fonte: Google Earth, adaptado pela autora 
 
O povoamento da cidade de Braço do Norte teve início em 1862, com a vinda 
de Tomaz Pinto acompanhado por, Manoel Nazário Corrêa, José Marculino Rosa, 
Leandro Demétrio e suas famílias. Porém, somente a partir de 1870, com a 
influência de colonos alemães conduzidos à região pelo Padre Guilherme Roher, 
teve início o desenvolvimento na cidade. A partir dessa época começaram a vir 
imigrantes de outros países chegando em 1875, os italianos e, em 1876, os 
portugueses. 
 Braço do Norte era um distrito de Tubarão até 1955, ano de sua 
emancipação. A partir de Braço do Norte, alguns anos mais tarde se emanciparam 
ainda as cidades de Rio Fortuna e São Ludgero. Atualmente, Braço do Norte 
pertence à microrregião do vale de Tubarão e faz parte da Associação dos 
Municípios da Região de Laguna – AMUREL, tendo na cidade sua própria SDR 
(Secretaria de desenvolvimento regional). 
Sua economia é baseada principalmente no setor industrial, sendo este setor 
bastante diversificado na cidade, produzindo diversos produtos alimentícios como 
34 
 
doces, geleias, bebidas e derivados do leite. Além da produção de máquinas e 
equipamentos, produtos de uso doméstico (esmaltado, higiene e limpeza), 
confecções, plásticos e molduras. Outros setores que também estão presente na 
região são os de criação de gado de corte e de gado leiteiro, suinocultura, 
piscicultura, avicultura e agricultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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IR
O
10,558,04
10,40
5,00
5,20
7,95
5,20
5,09
15,10
18,30
15,10
18,30
6,45
4,00
5,00
11,00
5,00
6,45
7,00
20,15
11,90
20,15
11,90
7,00
5,50
7,00
5,50
1,50
19,90
24,15
19,10
25,65
8,00
9,20
9,20
2,05
4,90
32,22
14,80
4,50
14,80
4,50
1,90 4,05
3,50
13,65
3,50
1,90
9,60
9,50
3,30
2,50
6,05
7,00
9,35
3,80
7,50
3,80
7,50
A=125,34
A=276,33
A=100,15
A=239,78
A=38,50
A=1.156,10
A=66,60
A=66,01
A=73,70
A=28,50
6,10
3,73
18,04
0,92
4,23
1,60
1,50
7,00
0,000,00
0,000,00
5,88
0,00
1,20
0,30
4,00
6,22
0,000,00
0,000,00
19,90
0,00
19,10
0,00
2,00
0,00
9,60
6,80
9,60
6,80
11,25
5,10
1,18
5,77
1,20
3,65
6,80
4,15
14,52
3,00 5,75
7,05
1,20
10,056,95
7,05
5,753,00
4,50
6,55
1,15
3,45
9,10
3,10
3,55
1,37
5,06
4,47
8,61
7,00
5,10
7,00
5,10
1,90
6,90
1,90
6,90
3,55
1,37
5,06
4,10
0,50 5,14
9,02
10,61
11,20
4,80
11,20
4,80
9,60
5,00
4,80
4,40
4,80
9,60
9,40
4,15
7,00
2,80
11,00
6,95
4,00
3,00
7,45
3,00
7,45
6,80
7,40
3,00
4,15
7,00
2,80
3,20
14,36
A=65,28
A=154,29
A=29,31
A=81,51
A=33,62
A=35,70
A=13,11
A=86,51
A=53,76
A=111,36
A=47,40
A=22,35
A=101,70
0,000,00
2,802,00
0,000,00
4,104,30
0,000,00
0,000,00
1,00
0,00
3,21
1,50
0,000,00
1,00
0,00
0,000,00
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