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Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira BBPM I - Biologia Celular Complexo de Golgi O sistema de endomembranas é responsável pela síntese, destinação e degradação de macromoléculas. A síntese, processamento e destinação é associado ao complexo de Golgi. As proteínas e lipídeos produzidos no RE são destinadas ao complexo de Golgi via biossentética, ou seja, através de brotamento e fusão de vesículas de transporte. Sobre o Complexo de Golgi: Organela membranosa; Sáculos achatados independentes, porém com contínua troca de material por vesículas; Processamento de proteínas e lipídeos; Síntese de polissacarídeos; Transporte e endereçamento de substâncias. O aparelho de Golgi foi descoberto em 1898 por Camilo Golgi através da impregnação por prata. No entanto, acharam que se tratava de um artefato de técnica. O aparelho de Golgi foi realmente visualizado em 1950 através da microscopia eletrônica. O aparelho de Golgi possui localização perinuclear e são sacos achatados, independentes e definidos por membranas (que delimitam a cisterna), empilhadas como pratos. Esse complexo de membranas possui uma face CIS, que recebe as vesículas provenientes do RER, enquanto a região de brotamento de vesículas para destinação final de macromoléculas é chamada de face TRANS. A membrana do aparelho de Golgi é uma bicamada de fosfolipídeos com proteínas inseridas (estruturais, enzimas, formação e direcionamento de vesículas). A luz (ou cisterna) do aparelho de Golgi possui: Monossacarídeos e polissacarídeos; Proteínas de secreção; Enzimas residentes. No aparelho de Golgi, ocorrem modificações estruturais em proteínas e lipídeos provenientes do RE: Glicosilações; Fosforilações; Sulfatações. Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira BBPM I - Biologia Celular Ocorre também e reconhecimento e emcaminhamento de endossomos tardios, membrana plasmática ou meio extracelular. Ocorrem glicosidades na luz do RE, onde são enoveladas corretamente, garantindo uma maior estabilidade da proteína. Após a glicosilação, as proteínas glicosiladas (oligossacarídeos N-ligado) saem no RER e são direcionadas ao Golgi, onde os açucares são processados (modificados) na cisterna. No Golgi, ocorre a formação de oligossacarídeos complexos, com a remoção de manoses e adição de outros monossacarídeos. Além disso pode ocorrer também a formação de oligossacarídeo ricos em manose, com a remoção de algumas manose sem adição de outros monossacarídeos. Existe um evento exclusive que só acontece no Golgi, que é a adição de açucares aos grupos OH das cadeias laterais da serina e treonina, através das enzimas glicotransferases. O Complexo de Golgi também é responsável pela polimerização de cadeias de glicosaminoglicano em proteoglicanos. Além disso, também é responsável pelo sistema ABO (glicosilação de lipídeos de membrana). Glicosilação N-ligada: Inicia-se no RE e continua no Golgi; Carboidratos ligados ao radical NH2 de resíduos de aspargina; Adição de oligossacarídeo em bloco no RE; Oligossacarídeos grandes (mais de 4 resíduos). Glicosilção O-ligada: Ocorre exclusivamente no Golgi; Carboidratos ligados ao radical OH de resíduos de serina e treonina; Adição de monossacarídeos nas diferentes cisternas do Golgi; Oligossacarídeos, em geral, pequenos. Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira BBPM I - Biologia Celular Os açúcares incorporados em glicosaminoglicanos são fortemente sulfatados no aparelho de Golgi logo após estes polímeros serem produzidos, somando-se, assim, uma porção significativa da sua grande carga negativa característica. Algumas tirosinas das proteínas também se tornam sulfatadas logo após elas saírem do aparelho de Golgi. Em ambos os casos, a sulfatação depende do doador de sulfato 3’- fosfoadenosina-5’-fosfossulfato (PAPS), que é transportado do citosol para dentro do lúmen da rede TRANS de Golgi. É composta pelo retículo endoplasmático, aparelho de Golgi e vesículas de transporte, que promovem processamento, seleção e transporte de substancias a serem secretadas. Esse trânsito é altamente organizado. Uma capa de proteínas na face citossólica da membrana do RER/Golgi é formada, compondo vesículas revestidas, que auxiliam no formato da membrana para formar vesículas e na captação de moléculas a serem transportadas. As vesículas se formam a partir de regiões especializadas da membrana. Essas vesículas são revestidas por proteínas específicas, proteínas de cobertura, que auxiliam na curvatura da membrana para brotamento da vesícula e realizam seleção do material a ser transportado. Clatrina; COP I; COP II. A proteína clatrina corresponde a três cadeias leves e pesadas (trisquélion) que formam uma rede fibrosa que formam pentágonos e hexágonos numa estrutura convexa. As adaptinas são moléculas adaptadoras entre a grade de clatrina e a membrana celular. As clatrinas se associam a receptores de carga na membrana celular através das adaptinas. Esses receptores de Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira BBPM I - Biologia Celular carga estão presentes na membrana celular e se ligam aos produtos que serão transportados e também à adaptina. Essa carga corresponde a molécula que se liga ao receptor para ser transportada. A rede de clatrina força o curvamento da membrana para a formação da vesícula. A dinamina (uma GTPase que se forma ao redor do pescoço de cada broto) promove a fusão da membrana celular para liberação da vesícula. Depois que a vesícula é liberada, ocorre a perda do revestimento de clatrina. Essas vesículas revestidas por clatrinas brotam da rede TRANS do Golgi e seguem para: Endossomas tardios; Vacúolos citoplasmáticos; Membrana plasmática. Além disso, essas vesículas também podem brotar da membrana plasmática e formam vesículas endocíticas. COP II corresponde ao transporte anterógrado, onde vesículas saem do RER em direção ao Golgi. Já o transporte retrógrado consiste em vesículas que saem da rede TRANS do Golgi em direção ao RER. Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira BBPM I - Biologia Celular Algumas vezes, proteínas residentes do RER pode ser enviada para o Golgi durante a formação de vesículas revestidas por COP II. Por conta disso, existem sinais de recuperação de proteínas residentes. Proteínas solúveis do RE possuem uma sequência KDEL (Lys-Asp-Glu-Leu) na região C-terminal que interagem com receptor KDEL e com COP I. Sinais de recuperação de proteínas residentes do RE: Proteínas transmembranas do RE possuem sequências KKXX (duas lisinas + dois quaisquer aa) na região C-terminal. Uma vez que a vesícula de transporte perde conexão com a membrana que a originou, ela deve encontrar o seu destino correto, o que acontece através de reconhecimento específico entre vesícula e membrana-alvo. Vesículas de transporte apresentam marcadores moleculares que a identificam, de acordo com sua origem e conteúdo. Esses marcadores são reconhecidos por receptores nas membranas-alvo. Rab: GTAses que direcionam as vesículas aos locais específicos na membrana-alvo correta (identificação/aprisionamento); Snares: catalisam a fusão das bicamadas lipídicas (V-snare e T-snare). Tétano e Botulismo: toxinas liberadas por microrganismos (Clostridium tetani e Clostridium botulinium) são proteases que clivam snares do SNC, impedindo fusão da vesícula sináptica com membrana pré- sináptica e, consequentemente, a liberação de neurotransmissores. Golgi estático: moléculas movidas através das cisternas por vesículas de transporte. O transporte retrógrado faz a manutenção dos compartimentos enzimáticos diferentes. Leonardo ViníciusRibeiro Moreira BBPM I - Biologia Celular Golgi dinâmico: migração de cisternas em direção à rede TRANS do Golgi, à medida que estas amadurecem. Transporte retrógrado faz a manutenção dos compartimentos enzimáticos diferentes. Associação dos dois mecanismos: Modelo do transporte vesicular: movimentação mais rápida Modelo de maturação de cisternas: movimentação mais lenta Acrossomo: vesícula com enzimas hidrolíticas, proteases e glicosidases.
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