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PFP1- 3SM @brunagsaboia Patologia�da�pressão�arterial ….. . • Quais são os agentes medicamentosos considerados de primeira linha no tratamento da hipertensão arterial sistêmica? Correlacione a fisiopatogenia da hipertensão com estes agentes. ● Diurético tiazídico: inicialmente promovem diminuição da quantidade de sal e água do organismo, e posteriormente promovem dilatação das artérias, diminuindo desta forma a resistência vascular e a pressão arterial. ● Inibidores da ECA - enzima conversora da angiotensina: reduzem a pressão arterial através da dilatação das artérias.❤ (os mais usados) ● Bloqueadores do receptor da angiotensina II: reduzem a pressão arterial através de um mecanismo similar ao mecanismo dos inibidores da enzima conversora da angiotensina (que é vaso constritor) – porém de forma mais direta e com menos efeitos colaterais.❤ cardioprotetora, protege de agravar essas lesões. ● Betabloqueadores: – bloqueia os efeitos do sistema nervoso simpático, sistema que pode responder rapidamente ao estresse, elevando a pressão arterial. Atualmente. Os beta bloqueadores não são considerados de primeira linha. ● Antagonistas do cálcio: produz dilatação dos vasos sanguíneos através de um mecanismo diferente. Especialmente indicado para os indivíduos de raça negra, idosos. HIPERTENSÃO ARTERIAL: Definições ➢ Condição crônica caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial. ➢ Se associa com lesões em órgãos alvo - coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos. ➢ Classificação etiológica: Hipertensão essencial - 90-95% dos casos. ➢ Causas desconhecidas. Hipertensão secundária - etiologia determinada. 5-10% dos casos. Aspectos etiológicos (causa): 95 a 97% idiopática 3 a 5% secundárias • Hiperaldosteronismo primário. • Feocromocitoma e paragangliomas. • Hiper e Hipotireoidismo. • Síndrome de Cushing. • Acromegalia (GH aumenta PA) • Coartação da aorta. • Síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono. • Doença renal crônica (retém líquido) • Medicamentos e drogas. • Tabagismo (aumento de FC, PA) • Idade (>60 anos), porém, até 50 anos predomina em homens e depois dos 60 em mulheres. • Sexo e etnia: mulheres afro-descendentes tem risco até 130% maior do que caucasianas. • Grupo socioeconômico mais baixo. • Obesidade: até 30% das HAS aumento do IMC. • Elevado consumo de álcool. • Sedentarismo: até 30% das HAS são atribuíveis. • Consumo de sódio. Controle dos fatores de risco modificáveis é essencial e pode ser suficiente para o tratamento da HAS. Manifestações clínicas e critérios diagnósticos : • fadiga e baixa resistência física, cansaço. • Dor de cabeça, dor no pescoço, dor nos olhos. • palpitações e angina. • tontura. • sensação de peso nas pernas. Gravidade da HAS • Urgência hipertensiva: crise hipertensiva (valores de hipertensão grau III) em que não se verifica lesão de órgãos alvo. (pode medicar em casa) • Emergência hipertensiva: crise hipertensiva quando o aumento brusco da pressão arterial se acompanha de lesão dos órgãos alvo. • Encefalopatia hipertensiva, causada pelo edema do cérebro e manifestada através de perturbações da consciência. • Retinopatia hipertensiva com hemorragias e/ou exsudatos no fundo do olho e papiledema • IAM • Dissecção de aorta • Insuficiência do ventrículo esquerdo • edema pulmonar • Insuficiência renal aguda (rápida deterioração da função renal) Manifestações das complicações em órgãos alvos: Aterosclerose e arterioloesclerose • Infarto do miocárdio • Aneurismas. • Perda da visão (retinopatia hipertensiva). • Insuficiência renal crônica. • AVC isquêmico e hemorrágico (40% das mortes) • Demência por microinfartos cerebrais. Secundárias ao remodelamento cardíaco • Hipertrofia e fibrose. (aumenta demanda, oxigênio chegando na mesma quantidade= microinfartos, formando áreas de fibrose que reduz a capacidade contrátil, a longo prazo forças de stalin, sobra sangue dentro do coração, e aquilo que era hipertrófico, começa a dilatar, perde a capacidade de circulação (ejeção ok, porém não é suficiente, mas quando dilatada fica baixa, congestão/estase desse sangue)= insuficiência cardíaca esquerda). • Insuficiência cardíaca esquerda. • Arritmias cardíacas - morte súbita. (condição errática) CARDIOPATIA HIPERTENSIVA: Definições ● Alterações miocárdicas em resposta adaptativa à sobrecarga da pressão arterial (sistêmica ou pulmonar). ● Pode afetar tanto o ventrículo esquerdo como o direito (cor pulmonale). ● As pressões elevadas provocam hipertrofia dos cardiomiócitos e fibrose intersticial que aumentam a espessura e a rigidez da parede. CARDIOPATIA HIPERTENSIVA ESQUERDA: Generalidades Hipertrofia: resposta compensatória à sobrecarga pressórica. Mesmo a hipertensão leve (acima de 140/90 mmHg), se prolongada, leva à hipertrofia do ventrículo esquerdo. Remodelamento – aumento de expressão de fibrilas contráteis. Isquemia por compressão – miocardioesclerose. Indução de apoptose pela hipóxia. Evolução para a insuficiência cardíaca e dilatação. • Fase compensada: assintomática. Hipertrofia concêntrica do miocárdio: hipertrofia das paredes com redução das câmaras cardíacas. Os novos sarcômeros são depositados “em paralelo” aos pré ́-existentes espessura do miocárdio ultrapassa o limite da normalidade. • Fase descompensada: na evolução do processo, ocorre remodelamento cardíaco e cardiopatia dilatada com diminuição da espessura das paredes cardíacas e diminuição da força de contração. Insuficiência cardíaca pode ocorrer em qualquer fase! CARDIOPATIA HIPERTENSIVA MORFOLOGIA • Aumento do peso (até 1,0 kg) • Coração globoso • Sistêmica: – Hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo (além de 1,5 cm) Aspectos microscópicos: 1. Aumento do diâmetro transverso dos cardiomiócitos 2. Irregularidades nucleares 3. Fibrose intersticial Hipertrofia fisiológica (atletas): • Quando ocorre aumento das solicitações hemodinâmicas nos períodos de exercício, basicamente ocorrem alongamento e tensão nas células cardíacas, que respondem com hipertrofia, caracterizada por aumento das miofibrilas nos cardiomiócitos. Mas...no repouso, há diminuição da frequência cardíaca, tendência à vasodilatação, melhora metabólica e angiogênese... Nas situações patológicas de hipertrofia, não há estímulo para angiogênese, nem o músculo apresenta uma melhora metabólica no uso dos nutrientes, resultando na hipóxia – aguda (IAM) ou crônica (miocardioesclerose). CARDIOPATIA HIPERTENSIVA DIREITA: Cor pulmonale Ocorre no contexto de hipertensão pulmonar. Hipertensão arterial pulmonar é definida como uma anormalidade circulatória caracterizada por aumento da resistência vascular na pequena circulação, em geral por meio de múltiplos mecanismos, envolvendo vasoconstrição, remodelamento da parede arterial e trombose in situ. (trombo no pulmão afeta o coração, porque não há redistribuição de sangue no órgão) • Cor pulmonale agudo: dilatação abrupta do ventrículo direito. TEP maciço (a cavaleiro ou afetando extenso território arterial). • Cor pulmonale crônico: hipertrofia progressiva do ventrículo direito que pode cursar com dilatação. DPOC (enfisema), TEP de repetição, fibrose pulmonar, doenças cardíacas esquerdas que cursam com hipertensão pulmonar, doenças valvares – valva atrioventricular esquerda (mitral/bicúspide) ou aórtica. Diagnóstico • Em geral, a pressão no território pulmonar equivale a 1/5 do sistêmico • pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP) >a 30 mmHg e a diastólica (PDAP) > a 15 mmHg , pressão média na artéria pulmonar (PMAP) > 25 mmHg em repouso, ou > 30 mmHg durante o exercício • Pressão média: (2 x diast. + 1 x sist.) /3 Cor pulmonale agudo – morfologia – dilatação de ventrículo direito Cor pulmonale crônico – morfologia hipertrofia do ventrículo direito Fibrose intersticial pulmonar
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