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73415_Resumo-Aula4P2_Direito-Civil

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Direito Civil 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Sumário 
2.3 Arras .................................................................................................................. 2 
3. Modalidades de obrigações.................................................................................... 2 
3.1 Obrigação de dar ............................................................................................... 2 
3.1.1 Obrigação de dar coisa certa ....................................................................... 2 
3.1.1.1 Entrega ................................................................................................. 3 
3.1.1.2 Restituição ........................................................................................... 3 
3.1.2 Obrigação e dar coisa incerta ...................................................................... 4 
3.2 Obrigação de fazer ............................................................................................ 4 
3.2.1 Fungível ........................................................................................................ 4 
3.2.2 Infungível ..................................................................................................... 5 
 
 
 
Direito Civil 
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2.3 Arras 
As arras não estão relacionadas com perdas e danos! É um sinal de pagamento que 
demonstra a seriedade na formação de um contrato futuro. 
Elas podem ser confirmatórias ou penitenciais. 
As arras confirmatórias são aquelas que não admitem arrependimento. Elas estão 
previstas no art. 418, CC e são a regra geral. 
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por 
desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu 
haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com 
atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e 
honorários de advogado. 
As arras penitenciais são aquelas que admitem o arrependimento. Elas estão 
previstas no art. 420, CC. 
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das 
partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as 
deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o 
equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar. 
Quando uma pessoa que entregou as arras confirmatórias se arrepende, ela perde as 
arras e ainda poderá ter que pagar perdas e danos. Já no caso das arras penitenciais, não 
serão devidas perdas e danos, no entanto, se a pessoa que se arrependeu foi quem entregou 
as arras, ela perderá o valor das arras, diferentemente, se quem se arrependeu foi quem 
recebeu as arras, essa pessoa deverá dar o valor das arras em dobro. 
As arras penitenciais são devolvidas porque o legislador quis dar a elas uma natureza 
indenizatória, pois mesmo podendo se arrepender, poderá perder as arras. 
 
3. Modalidades de obrigações 
3.1 Obrigação de dar 
A obrigação de dar pode ser de dar coisa incerta ou dar coisa certa. 
A obrigação de dar coisa certa é aquela que tem gênero, quantidade e qualidade. 
Exemplo: dar um carro gol, ano 2015, placa PPP 1111. 
A obrigação de dar coisa incerta é aquela que tem apenas gênero e quantidade. 
Exemplo: dar um carro. 
3.1.1 Obrigação de dar coisa certa 
Quando cair obrigação de dar coisa certa na prova, deve-se fazer quatro perguntas: 
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 1ª) quem é o devedor? É sempre quem está na posse do bem; 
2ª) quem, é o proprietário da coisa? Pode ser o devedor ou credor. Quando o 
proprietário for o devedor, a obrigação de dar coisa certa deve ser chamada de entrega, que 
está disciplinado nos artigos 234, 235, 236 e 237, CC. Quando o credor for o proprietário, a 
obrigação de dar coisa certa deve ser chamada de restituição, que está prevista nos artigos. 
238, 239 e 240, CC. 
3ª) ocorreu a perda da coisa? Se sim, deve-se saber se a perda foi total (perecimento) 
ou foi parcial (deterioração); 
4ª) a perda foi com ou sem a culpa do devedor? 
 
3.1.1.1 Entrega 
Está disposto nos artigos 234 a 237, CC. 
 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, 
antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para 
ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo 
equivalente e mais perdas e danos. 
 
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a 
obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. 
 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a 
coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, 
indenização das perdas e danos. 
 
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e 
acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o 
devedor resolver a obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. 
O art. 237 é o oposto do res perit domino (a coisa perece para o dono), pois se a coisa 
perece para o dono, ela também melhora para o dono, então se houver alguma melhoria até 
a tradição, o dono terá direito a essa melhoria. 
 
3.1.1.2 Restituição 
Artigos 238 a 240, CC 
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Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se 
perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, 
ressalvados os seus direitos até o dia da perda. 
 
Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, 
mais perdas e danos. 
 
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, 
tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o 
disposto no art. 239. 
 
3.1.2 Obrigação e dar coisa incerta 
O gênero não perece, o que perece é sempre a qualidade. Portanto, para que alguém 
cumpra a obrigação de dar coisa incerta é necessário que haja a escolha da qualidade. E essa 
escolha é chamada de concentração do débito e ela é feita, em regra, pelo devedor. Art. 
246, CC. 
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, 
ainda que por força maior ou caso fortuito. 
 
3.2 Obrigação de fazer 
A obrigação de fazer pode ser fungível ou infungível. A fungível é aquela que pode ser 
realizada por um terceiro. Já a infungível é aquela que apenas pode ser realizada pelo 
devedor. 
 
3.2.1 Fungível 
Quando a obrigação for fungível e o inadimplementofor absoluta, cabe apenas pedir 
perdas e danos. Quando for inadimplemento relativo, cabe pedir a execução específica, 
podendo contratar um terceiro para realizar a obrigação (art. 249, CC). 
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo 
executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da 
indenização cabível. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de 
autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido. 
 
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3.2.2 Infungível 
Se for uma obrigação infungível cabe apenas pedir perdas e danos, art. 247, CC. 
O inadimplemento de uma obrigação de fazer infungível é sempre absoluto. 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a 
prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível. 
 O inadimplemento de uma obrigação de fazer admite uma obrigação específica? 
Apenas se for obrigação de fazer fungível.

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