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Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 1 introdução Eixo de liberação endócrina é o mesmo para ambos os sexos: hipotálamo libera GnRH que estimula a adeno-hipófise a liberar FSH e LH Mulheres: FSH estimula a liberação dos folículos ovarianos e LH estimula a formação do corpo lúteo o Uso de anticoncepcional evita o pico de LH, inibindo a ovulação (feedback negativo) Homens: FSH e LH estimulam a produção de testosterona o Além dos testículos, a produção de androgênios é feita pelo córtex das glândulas suprarrenais DHEA / androstenediona o Regulação por feedback negativo Aromatase: converte androgênio em estrogênio Estimula a ginecomastia em homens 5-alfaredutase: converte testosterona em DHT Redução da queda de cabelo DHT está envolvida na HPB sistema reprodutor masculino visao geral Uso de hormônios masculinos pode ser para reposição ou uso de antagonistas Usos clínicos: hipogonadismo masculino, estado catabólico (anabolismo proteico), masculinização de indivíduos trans, hipossexualidade em mulheres pós- ovariectomia (alteração da libido) o Estimulação de eritropoietina o Estimulação de osteoblastos formulacoes de androgenios Tentativas de contornar a rápida metabolização da testosterona (meia-vida de 10 a 20 minutos) Presença de diversas formulações em um mesmo medicamento reduz a frequência de aplicações e aumenta a duração do efeito (diferentes tempos de meia-vida) Testosterona = injetável, adesivos intradérmicos ou cremes corporais 17-betaesterificada = injetáveis (IM) Esterificação confere maior solubilidade lipídica e retarda a liberação para circulação, prolongando sua ação 17-alfaderivados = resistência ao metabolismo hepático (ativos quando administrados por VO) Esteroides anabólicos: maior afinidade por receptores de anabolismo proteico o Quanto maior a relação anabólica-proteica, maior é a ação anabolizante em relação à ação androgênica Modificações nos anéis da molécula de testosterona = lenta metabolização, afinidade Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 2 aumentada pelo receptor androgênico (DHT tem maior ação androgênica que a testosterona) e resistência à aromatização a estradiol Menor conversão em estrogênio Ação androgênica na supressão do eixo testosterona-DHT (redução da calvície) o Menos efeitos colaterais Efeitos colaterais: infertilidade, impotência, tumores de próstata, ginecomastia, aumento da libido, retenção hídrica (aumento da PA), dificuldade ou dor para urinar, hipertrofia prostática, masculinização de mulheres, calvície (geralmente, relacionado ao DHT), aparecimento de erupções acneicas, fechamento epifisário prematuro, rupturas tendinosas (aumento exagerado de massa muscular), alterações no metabolismo lipídico (aumento de LDL e redução de HDL), tumores hepáticos, tromboembolismo Dependem a pessoa, uso e dose Contraindicações: CA de próstata, PSA > 4ng/ml, CA de mama masculino, apneia do sono severa, infertilidade masculina, Ht > 50% (aumento da EPO), sintomas severos do trato urinário inferior devido à HPB antiandrogenicos Antagonistas dos receptores de androgênios: bloqueio competitivo da ligação da testosterona e DHT no receptor androgênico intracelular, inibindo a translocação deste para o núcleo (agonista de GnRH dessensibiliza os receptores a partir de hiperestimulação destes para uso de um antagonista androgênico) Substâncias não-esteroides indicadas no tratamento de CA prostático Terapia combinada se justifica pelo aumento do nível sérico de testosterona quando em monoterapia o “Dá a mais para evitar produção” o Bloqueio do eixo GnRH-FSH / LH-androgênios Efeitos colaterais assemelham-se aos efeitos da andropausa (EX: ondas de calor, impotência e perda de libido) Inibidores da 5-alfaredutase: bloqueio do eixo testosterona-DHT pela inibição das isoformas 1 e 2 da enzima 5-alfaredutase Quando usado para HPB, é associado a um antagonista alfa1 para alívio dos sintomas, com redução do tamanho da próstata e melhora do fluxo urinário o Associação em um único fármaco aumenta à adesão ao tratamento Dutasterida tem maior tempo de meia- vida (5 semanas) e maior eficiência que a finasterida (reduz mais a produção) Em mulheres com síndrome dos ovários policísticos, a finasterida pode ser usada para o tratamento do hirsutismo Efeitos colaterais = impotência sexual (disfunção erétil / diminuição da libido), ginecomastia, possível aumento do risco para tumores prostáticos graves (?) sistema reprodutor feminino visao geral A partir do primeiro dia da menstruação, ocorre um aumento dos níveis de FSH, o qual aumenta os níveis de estrógenos, caracterizando a fase folicular ou proliferativa Ovulação ocorre quando o estrogênio aplica um feedback positivo nos ovários, estimulando um pico de LH para que o óvulo seja liberado e dando início à fase lútea ou secretora, com predomínio de progestágenos (produção se dá pelo corpo lúteo) e duração de 14 dias Se houver gestação, a produção de progesterona continua sendo feita pelo corpo lúteo até ser substituída pela produção placentária Se não houver gestação, a produção de progesterona cessa, dando início a um novo ciclo a partir da menstruação A depender do receptor, alguns fármacos podem ser tanto agonistas, quanto antagonistas Contraceptivos usam apenas progestágenos ou os associam a estrogênios, uma vez que o uso apenas de estrogênios manteria a mulher na fase folicular, estimulando hiperplasia de endométrio Podem ser bifásicos ou trifásicos a depender da proporção dos hormônios, respeitando as fases do ciclo menstrual o Apesar de haver predomínio de estrogênio na primeira fase e de progesterona na segunda, não há Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 3 o feedback positivo, impedindo a ovulação pela ausência do pico de LH (não há variações hormonais) Todo dia é a mesma quantidade do hormônio o Contraceptivos bifásicos não tem obrigatoriedade de pausa, uma vez que o sangramento não é de fato uma menstruação, mas um sangramento por supressão o Durante o uso de contraceptivos há supressão da produção de LH e FSH (apresentam níveis muito baixos ou zerados) estrogenios Os estrogênios, assim como todos os hormônios esteroides, possuem receptores intracelulares Receptor alfa = estradiol e estrona Receptor beta = estradiol e estriol Estrogênios podem ser usados para contracepção e também para terapia de reposição hormonal Em casos de histerectomia, pode ser uso simples, uma vez que não há mais o risco de hiperplasia do endométrio Efeitos colaterais: sensibilidade de mamas e aumento de tamanho, náusea / vômito, retenção hídrica, ganho de peso, risco de tromboembolia, acne (maior nos que possuem maior efeito androgênico), adenoma hepatocelular, mioma Não recomendado para gestantes ou durante a lactação e para mulheres com risco aumentado de trombose (aumento dos níveis de HDL e da coagulação) Estrógenos não devem ser usados durante a lactação, uma vez que reduzem os níveis de prolactina (contracepção deve ser feita apenas com progestágenos / minipílulas) progestagenos Possui reatividade cruzada com androgênicos, uma vez que seus receptores derivam de um único receptor ancestral Progestina = derivação sintética da progesterona e da testosterona que mimetiza os efeitos dos progestágenos (3ª geração é a mais potente, com menor ação androgênica e poucas mudanças no metabolismo de lipoproteínas, mas aumento do risco de tromboembolia) Progestágenos associados a androgênios podem ter como efeitos colaterais hirsutismo e acne Ciproterona: efeito antiandrogêniopor promover a diminuição dos níveis de testosterona, DHT e androstenediona (feedback negativo) Usado para tratamento antiandrogênico em carcinoma de próstata inoperável, em manifestações graves de androgenização feminina, contracepção, SOP e TRH o Em casos de SOP, pode reduzir o efeito da testosterona produzida pelos cistos, reduzindo sintomas OBS: muco cervical, durante a ovulação / período fértil (em “folha de samambaia”), é diferente do muco cervical da fase lútea (em “clara de ovo”), de modo que contraceptivos apenas de progesterona mantém o muco impróprio para fecundação OBS: DIU mirena mantém níveis constantes de levonorgestrel, estimulando a fase lútea Pode levar ao aumento da acne pela alta ação androgênica OBS: contraceptivos que apresentam níveis hormonais muito baixos, atuam mantendo a mulher no mesmo estado da TPM (aumento do risco de depressão) Taxas de depressão na menopausa e no pós-parto se justificam pela queda dos níveis hormonais OBS: uso de alguns antibióticos diminuem a microbiota intestinal, afetando a recirculação entero-hepática, de modo que há redução do efeito Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 4 Contraceptivos de emergência apresentam doses muito altas de progestágenos, sendo eficientes por alterar os folículos ou retardar a ovulação na primeira fase do ciclo, ou alterar o transporte dos espermatozoides e do óvulo e modificando o muco cervical na segunda fase do ciclo O ulipristal (ellaOne) é um modulador seletivo de progesterona que promove a inibição ou o atraso da ovulação através da supressão do aumento de LH moduladores de receptores de estrogenios (agonistas ou antagonistas) Efeito agonista ou antagonista depende de qual receptor o modulador se liga Tamoxifeno tem efeito antagonista nas mamas e agonista no útero (manutenção da fase folicular) Raloxifeno estimula receptor estrogênico nos ossos, sendo eficaz para osteoporose o Não está associado à hiperplasia uterina, mas aumenta o risco de tromboembolismo e TVP Fulvestranto se liga com muita afinidade ao receptor estrogênico, mas impede que ele entre no núcleo, sendo degradado no citoplasma (efeito antagonista) o Classificado apenas como MSRE o Usado para casos específicos de CA de mama avançado, em geral, pós-menopausa devido à redução natural de estrógeno circulante Uso em mulheres jovens produz efeito semelhante à menopausa precoce Uso em mulheres pós- menopausa se justifica pela produção adrenal de estrógenos Clomifeno atua bloqueando receptores de estrogênio no hipotálamo, o que induz a ovulação devido à hiperestimulação do eixo hipotálamo-adenohipófise-gônadas o Supressão do feedback negativo o Pode ser usado em mulheres que estão tentando fertilização (FIV) o Aumenta o risco de gemelaridade o Pode levar à hipertrofia ovariana o Efeitos colaterais semelhantes à menopausa decorrem do bloqueio de receptores de estrogênio em outros locais (consequência) Alteração do endométrio e do muco faz com que o útero não seja adequado para implantação inibidores de aromatase Podem ser esteroides (ligação mais estável) ou não esteroides (mais usados), sendo que os de 3ª geração são mais seletivos (sem bloqueio P450) Devido ao bloqueio da conversão de androgênio em estrogênio, podem ser usados para prevenção de ginecomastia e para tratamento de CA de mama positivo para receptor de estrogênio Durante a fase reprodutiva da mulher, a conversão de estrogênios pela aromatase é a relativamente baixa se comparada à grande produção pelos ovários efeito de contraceptivos, uma vez que, ao cair no intestino, o hormônio não consegue se separar do conjugado, sendo excretado e, portanto, aumentando a chance de ovulação OBS: a reposição hormonal pode começar a partir do aparecimento de alguns sintomas de alteração menstrual, mas deve sempre se avaliar o risco-benefício Início do uso no período de transição pode evitar o aparecimento de alguns sintomas (EX: fogacho) Pode ser feita em associação Alguns estudos indicam que o uso precoce pode reduzir o risco de evento cardiovascular OBS: mulheres com muito baixo percentual de gordura costumam apresentar amenorreia devido à redução dos níveis de estrogênio, o que reduz a densidade mineral óssea (maior risco de fratura / lesão por estresse) Universidade Nove de Julho TXXX @estounamed 5 antiprogestagenos Fármacos utilizados nos casos de aborto, uma vez que atuam como antagonistas de receptores de progesterona ao aumenta a contração uterina Uso de mifepristona deve ser feito em associação ao misoprostol (análogo de prostaglandina), o qual induz a produção uterina Efeitos colaterais estão associados ao excesso de prostaglandina (dor abdominal, náusea / vômito, dor de cabeça, diarreia, fadiga) agonista e antagonista de gnrh Agonistas bloqueiam o eixo hipotálamo-hipófise- gônadas através da dessensibilização, uma vez que são administrados em altas doses (GnRH é liberado em baixas doses e de forma pulsátil) No momento inicial, ocorre um estímulo chamado de efeito “flare-up” Estimulação contínua gera uma down regulation, dessensibilizando o eixo Apesar de análogos de GnRH serem usados para leiomiomas, não são a primeira escolha (opção para mulheres que não querem retirar o útero) Devido ao efeito inibitório sobre a secreção hipofisária, análogos de GnRH podem ser usados como adjuvantes na hiperestimulação ovariana para reprodução assistida Antagonistas de GnRH agem diretamente na inibição do eixo, não precisando do “flare-up” Apesar do uso de fármacos que influenciam na produção de GnRH poder ser feito para mulheres com endometriose, é mais comum que se use pílulas anticoncepcionais associadas a AINEs para evitar as cólicas OBS: para síndrome dos ovários policísticos, pode-se usar contraceptivo e espironolactona (bloqueador de receptor androgênico), já que a elevação dos níveis de LH aumentam a produção de androgênio, gerando resistência à insulina (tratamento com metformina)
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