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FMC Farmacologia do sistema reprodutor Fármacos que afetam a função reprodutora Hormônios e análogos hormonais Estrógenos - São sintetizados pelo ovário e pela placenta, e em pequenas quantidades, pelos testículos e pelo córtex da suprarrenal - A substância inicial para a síntese de estrógeno (e de outros esteroides) é o colesterol - Os precursores imediatos para os estrógenos são as substâncias androgênicas (androstenediona ou testosterona) - Os estrógenos podem ser endógenos (fisiológicos), exógenos ou sintéticos Mecanismo de ação . Ligam-se aos receptores do tipo 4 (ERalfa e ERbeta) nos tecidos alvo, resultando em modificação da transcrição gênica Efeitos Genitais . Desenvolvimento da puberdade . Desenvolvimento das mamas . Proliferação celular e vascularização no endométrio Extra-genitais . Fechamento das epífises de crescimento . Ajudam a manter a massa óssea . Efeito inotrópico positivo . Aumentam HDL . Reduzem LDL e colesterol total Outros . Agem junto com a progesterona e induzem a síntese de receptores de progesterona no útero, vagina, adeno-hipófise e hipotálamo Efeitos adversos . Sensibilidades das mamas . Náuseas . Vômitos . Anorexia . Retenção de sal e água . Risco aumentado de tromboembolia Uso clínico . Terapia de reposição hormonal (ex: síndrome de turner, menopausa) . Contracepção . Tratamento de câncer de próstata e mama Aplicações farmacológicas e fisiológicas A) Estrogênio endógeno/fisiológico . São eles: estradiol (é o mais potente, principal estrógeno secretado pelo ovário), estrona (é circulante após menopausa) e estriol (é menos potente, produzido pela placenta na gestação) . São transportados ligados á albumina sérica FMC . Ocorrem variáveis graus de recirculação êntero-hepática (motivo pelo qual o uso de antibióticos de amplo espectro alteram a microbiota intestinal e podem tornar os anticoncepcionais orais ineficientes) B) Estrogênio exógenos Estrogênios naturais . São eles: sulfato de estrona, equilina, cipionato ou enantato de estradiol . São absorvidos pelo TGI, pele e mucosas . São biotransformados e parcialmente inativados pelas CYPs . Podem ter administração transdérmica, intravaginal ou injetável . São usados para reposição hormonal . São eliminados na urina Estrogênios sintéticos . São eles: etinilestradiol e valerato de estradiol . São os mais usados na contracepção com progestinas (quando sozinhos não apresentam efeito contraceptivo) . Tem ação prolongada e maior potência . Sofrem menos metabolismo de primeira passagem Progestágenos - O hormônio progestágeno natural (endógeno) é a progesterona - Os progetágenos sintéticos (exógenos) se dividem em 2 grupos principais (derivadas da progesterona e derivadas da testosterona) * Em mulheres, a progesterona é produzida pelo corpo lúteo (resposta ao LH), pela placenta e pela suprarrenal. Em homens, a progesterona é secretada pelos testículos e sintetizada pela suprarrenal Efeitos . Efeitos no metabolismo de carboidratos . Aumenta insulina . Favorece deposição de gordura Uso clínico . Contracepção (quando combinada com estrógeno) . Endometriose . Prevenção de hiperplasia endometrial e carcinoma (quando combinada com estrógeno) Efeitos adversos . Acne . Retenção de líquido . Mudança de peso . Depressão . Mudança na libido . Ciclos menstruais irregulares Aplicações farmacológicas A) Progestinas derivadas da progesterona . São elas: hidroxiprogesterona, medroxiprogesterona e didrogesterona . São administradas via IM, SC, vaginal ou retal e VO . Quando administradas VO sofrem intenso metabolismo de primeira passagem B) Progestinas derivadas da testosterona . São elas: noretisterona, levonorgestrel, norgestrel, etonogestrel, drospirenona, desogestrel e gestodeno . São administrados VO . Características: -> Noretisterona, levonorgestrel, norgestrel, etonogestrel apresentam atividade androgênica e podem causar acnes -> Drospirenona, desogestrel e gestodeno são muito usados na contracepção, principalmente de mulheres com acne. Apresentam menos FMC efeitos sobre lipídeos e mais riscos de tromboembolismo Andrógenos - A testosterona é o principal andrógeno natural (endógeno) - A testosterona é sintetizada principalmente pelas células intersticiais dos testículos, e, em pequenas quantidades, pelos ovários e pelo córtex da suprarrenal Mecanismo de ação 1- A testosterona é convertida em di- hidrotestosterona pela enzima 5alfa-redutase 2- Ocorre virilização do trato genital no embrião masculino, regulação da produção de LH/ICSH pelas células da adeno-hipófise e modificação na transcrição gênica Efeitos Na puberdade . Maturação dos órgãos reprodutores . Desenvolvimento dos caracteres sexuais (crescimento de pelos, espessamento da voz) . Aumento da força muscular . Ganho de altura Nos adultos . Efeitos anabólicos (retenção de água e íons) . Pele espessa e escura, glândulas sebáceas mais ativas (acne) . Aumento do peso e da massa muscular . Bem estar, vigor físico . Aumento da libido e comportamento agressivo Uso clínico . Hipogonadismo devido a doenças hipofisárias ou testiculares . Masculinização de indivíduos trans . Osteoporose . Perda muscular . Andropausa . Impotência . Hiposexualidade em mulheres seguida de ovariectomia Efeitos adversos . Acne . Retenção de líquido . Mudança no peso . Depressão . Mudança na libído . Desconforto na mama . Sintomas pré-menstruais Aplicações farmacológicas A) Testosterona exógena . É indicada para terapia de reposição de testosterona . Os fármacos podem ser compostos por cipionato ou decanoato de testosterona . É rapidamente metabolizada pelo fígado por VO . Pode ser administrada injetada (IM), através de adesivos transdérmicos, através de pellets subcutâneos (nádegas), através de géis tópicos ou através de spray nasal . Os metabólitos são mais lentamente metabolizados e alguns excretados inalterados na urina B) Esteróides anabólicos . São andrógenos modificados quimicamente para privilegiar efeito anabolizante . Podem ser compostos por: cipionato de testosterona, enantato de testosterona, proprionato de testosterona, decanoato de nandrolona, metiltestosterona, oxandrolona, oximetolona, estanozolol ou metandrostenolona . Aumentam a síntese protéica e o desenvolvimento muscular . Uso clínico não recomendado e usado em abuso por atletas FMC . Efeitos adversos gerais= icterícia colestática, tumores hepáticos e renais, risco aumentado de doença coronarianas, acne, depressão e agressividade . Efeitos adversos em homens = ginecomastia, inibição da espermatogênese, redução da fertilidade, atrofia testicular, alteração da libido, câncer de próstata . Efeitos adversos em mulheres = calvície, hirsutismo, voz grossa, diminuição do seio, aumento do clitóris. Interações medicamentosas com estrogênios e progestinas - Indutores enzimáticos (ex: antibióticos, anticonvulsivantes, analgésicos, tranquilizantes) podem diminuir a eficácia dos anticoncepcionais orais bem como aumentar a incidência de sangramento - Medicamentos hepatotóxicos podem aumentar o risco de hepatotoxicidade dos estrogênios - O hábito de fumar aumenta o risco de graves efeitos adversos cardiovasculares e trombóticos - Anticoncepcionais diminuem as concentrações de ácido fólico e ácido ascórbico Fármacos usados para contracepção Contracepção hormonal 1. Contraceptivos combinados (pílula combinada) - São compostos por estrogênios sintéticos (etinilestradiol ou valerato de estradiol) + progestinas (noretisterona, norgestrel, drospirenona, levonorgestrel, gestodeno ou desogestrel) - Apresentam menor risco de desenvolvimento de doenças da tireoide, câncer de ovário e endometrial - Possuem menor taxa de falha em mulheres sexualmente ativas - O uso combinado com antibióticos de amplo espectro (ex: amoxicilina) causam falha da pílula Mecanismo de ação 1- Estrógeno inibe a secreção de FSH, via retroalimentaçãonegativa na adeno-hipófise, suprimindo o desenvolvimento ovariano 2- A progesterona inibe a secreção de LH (prevenindo a ovulação) e estimula a produção de muco cervical 3- Estrógeno e progesterona agem em conjunto e alterando o endométrio, evitando a implantação do esperma Efeitos . Impedem a ovulação ∙ Alteram o endométrio de forma a desencorajar a implantação . Alteram o muco (viscoso) e impede a penetrabilidade e motilidade dos espermatozóides . Aumentam contratilidade uterina e a motilidade e secreção das tubas uterinas Uso clínico . Reduzem a incidência de amenorréia, ciclos irregulares e sangramento intermenstrual . Reduzem a incidência de anemia ferropriva e TPM . Reduzem a incidência de doenças benignas da mama, fibrose uterina e cistos funcionais ovarianos . Melhora da acne FMC Efeitos adversos . Ganho de peso . Alterações cutâneas como acne e/ou aumento de pigmentação . Náusea, cefaléia, retenção de líquido, rubor, vertigem, depressão ou irritabilidade . Amenorréia e infertilidade temporária . Hiperplasia endocervical e candidíase vaginal . Tromboembolismo, tromboflebite, AVE, IAM Tipos A) Contraceptivos orais - São conhecidos como anticoncepcionais (pílulas) - Podem ser classificados quanto a dosagem de progestágeno em: . Monofásicos = os comprimidos possuem 1 concentração fixa de progestina . Bifásicos = os comprimidos possuem 2 concentrações diferentes de progestina . Trifásicos = os comprimidos possuem 3 concentrações diferentes de progestina Posologia . 21 dias + 7 dias placebo . 24 dias + 4 dias placebo . 84 dias + 7 placebo . 28 dias sem placebo Dosagem estrogênica . Alta dose: 50 mcg/dia etinilestradial (desuso) . Média dose: 50 mcg/dia . Baixa dose: 30-35 mcg/dia . Baixíssima dose: 15-20 mcg/dia B) Adesivos transdérmicos - São compostos por etinilestradiol + norelgestromina - É feito uso de 1 adesivo por semana - O adesivo pode ser inserido no abdome, dorso superior ou nádegas C) Anéis vaginais - São compostos por etinilestradiol + etonogestrel - Permanecem na vagina por 3 semanas e para nova inserção deve ter 1 semana de pausa Vantagens . Não é desconfortável e não interfere na relação sexual . Só precisa ser colocado uma vez por mês . Permite um esquecimento de até 3 horas, para substituir o anel . Ajuda a regular o ciclo e reduzir as dores menstruais Desvantagens . Possui efeitos colaterais como aumento do peso, náuseas, dor de cabeça e acne . Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis . É importante introduzir o anel no mesmo horário para não prejudicar o efeito . Pode sair durante as relações sexuais . Não pode ser usado em pessoas com certas condições (é contraindicado para pessoas com problemas no fígado ou pressão alta) D) Injetáveis - Podem ser compostos por: enantato de estradiol ou cipionato de estradiol ou valerado de estradiol + enantato de noretisterona ou algestona acetofenida ou acetato de medroxiprogesterona FMC - São aplicados via IM 1 ampola entre o 7º e 10º dia após o início da menstruação 2. Contraceptivos de progestinas (pílula só com progesterona) - São compostos por noretisterona, levonorgestrel ou etinodiol - São uma alternativa para mulheres nas quais o estrógeno é contraindicado e podem ser usados por mulheres cuja pressão sanguínea aumenta de forma exagerada durante o tratamento com estrógeno - Seu efeitos contraceptivos são menos confiáveis que os da pílula combinada - O uso combinado com antibióticos de amplo espectro (ex: amoxicilina) não afeta seu efeito Mecanismo de ação . A progesterona inibe a secreção de LH (prevenindo a ovulação), estimula a produção de muco cervical (tornando inviável a penetração do esperma) e impede a implantação do esperma através do seu efeito sobre o endométrio e sobre as secreções da tuba uterina Tipos A) Contraceptivos orais - Conhecidos como minipílulas - São compostos por noretisterona, norgestrel ou desogestrel - Devem ser tomadas sem interrupção (não há pausa) - Uso clínico: contracepção para mulheres na amamentação, intolerantes ao estrogênio e fumantes B) Injetáveis - São compostos por medroxiprogesterona - São administrados via IM ou SC a cada 3 meses - Efeitos adversos: aumento da massa corporal, amenorréia, perda óssea e demora no retorno da fertilidade C) Implantes - São compostos por etonogestrel - São administrados via SC - Duram por 3 anos - Efeitos adversos: menstruação irregular e cefaléia D) Intra-uterino (DIU) - É composto por levonorgestrel - Dura de 3-5 anos - É indicado para efeito prolongado ou quando estrogênios são contra-indicados - Deve ser evitado em casos prévios de gravidez ectópica - Efeitos adversos: sangramento irregular e dor de cabeça Contracepção pós-coital (contracepção de emergência) 1. Administração oral de levonorgestrel - Pode ou não ser combinado com estrógeno - Só é efetivo quando a administração é realizada dentro de 72h (no entanto, deve ser administrado logo que possível, preferencialmente antes de 72h) - Efeitos adversos: náuseas e vômitos 2. Administração oral de ulipristal (antiprogesterona) - É uma contracepção de urgência pois pode ser abortivo - É uma alternativa quando a mulher não fez uso de levonorgestrel em 72h - Pode ser utilizado em até 5 dias após o coito - Nome comercial: ellaOne FMC Fármacos inibidores da síntese de hormônios Agonistas e antagonistas do GnRH - São fármacos que mimetizam a secreção fisiológica de GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas que controla a secreção do FSH e LH pela adeno-hipófise) Efeitos . Estimulam a liberação de gonadotrofina e induzem ovulação (quando administrados por infusão SC em pulsos) . Inibem liberação de gonadotrofina e ovulação por dessensibilização dos receptores (quando administrados de forma contínua por inalação ou via SC) 1. Agonistas do GnRH A) Leuprorrelina e gosserrelina - Administração contínua via IM ou SC - Uso clínico: câncer de próstata, câncer de mama, endometriose, SOP, fibrose uterina avançada - Efeitos adversos: inibem espermatogênese e ovulação B) Nafarrelina - Administração em pulso via intranasal - Uso clínico = reprodução assistida, mioma uterino e endometriose 2. Antagonistas do GnRH - São eles: cetrorrelix e ganirrelix - Uso clínico: endometriose, câncer de próstata estrogênio dependente e infertilidade * Quando usados no tratamento de infertilidade suprimem o pico prematuro do LH prevenindo a ovulação prematura em protocolos de ovulação assistida Antiestrógenos 1. Inibidores da aromatase - São fármacos inibidores da enzima aromatase - São eles: anastrozol letrozol, exemestano e formestano Mecanismo de ação . Inibem a enzima aromatase, impedindo a formação de estradiol e estrona Uso clínico . Tratamento de câncer de mama Efeito adverso . Osteoporose 2. Moduladores seletivos dos receptores de estrógeno A) Tamoxifeno - É antagonista mamário; e agonista nos ossos, metabolismo lipídico e endométrio - Administração: VO - Uso clínico: tratamento de câncer de mama ou adjuvante após mastectomia ou radiação - Mecanismo de ação: suprarregula TGF-beta, retardando a malignidade do câncer - Efeitos adversos: hiperplasia e malignidades no endométrio - Seu uso não deve ultrapassar de 5 anos - Causa pré disposição ao câncer endometrial B) Raloxifeno - É antagonista mamário e endométrio; e agonista nos ossos, metabolismo lipídico e coagulação FMC - Não causa pré-disposição ao câncer de mama ou de endométrio - Administração: VO - Uso clínico: osteoporose pós menopausa (diminui a reabsorção óssea) - Efeitos adversos: trombose venosa C) Toremifeno - É antagonista mamário - Administração: VO - Uso clínico: câncer de mama D) Fulvestranto - Administração: IM - Mecanismo de ação: suprime os receptores alfa de estrogênio - Uso clínico: câncer de mama E) Clomifeno - É antagonista do feedback negativo na adeno-hipófise - Administração:VO - Mecanismo de ação: aumenta GnRH e estrógeno, induzindo ovulação - Uso clínico: infertilidade associada a ciclos anovulatórios e ovulação para congelamento de óvulos - Efeitos adversos: gravidez de múltiplos Efeitos adversos gerais - Náuseas - Fogachos - Cãibras - Embolia pulmonar Antiprogestágenos 1. Inibidores seletivos da 5 alfa-redutase - São eles: finasterida e dutasterida - Uso clínico: hiperplasia prostática benigna 2. Moduladores seletivos de receptores de progesterona A) Mifepristona - É um antagonista da progesterona com atividade agonista parcial - Mecanismo de ação: sensibiliza o útero para ação das prostaglandinas - Uso clínico: administrada em combinação com misoprostol para induzir contrações uterinas ou administrada em combinação com prostaglandina (ex: gemeprosta) para interrupção cirúrgica da gravidez B) Ulipristal - É um agonista/antagonista da progesterona - Mecanismo de ação: inibe o crescimento de tecido endometrial e do miométrio - Uso clínico: mioma e contracepção pós-coital Antiandrógenos 1. Antagonistas andrógenos A) Flutamida, bicalutamida, enzalutamida e nilutamida - Uso clínico: tratamento da hiperplasia prostática benigna e hipersexualidade ou em combinação com GnRH para tratamento de câncer de próstata B) Ciproterona - É um derivado de progesterona - É agonista parcial de receptores andrógenos - Uso clínico: em combinação com GnRH para tratamento de câncer de próstata, contracepção feminina, acne, hirsutismo (SOP), puberdade precoce, alopécia e tratamento da hipersexualidade C) Espironolactona - É antagonista do receptor de aldosterona com atividade em receptor de andrógenos - Uso clínico: calvície, acne, hirsutismo, SOP FMC Patologias 1. Menopausa - Ocorre em média em mulheres entre os 51 anos - Pode ser natural ou induzida cirurgicamente - Decorre da redução da função ovariana e dos níveis de estrógeno - Fatores de risco: histórico familiar, obesidade, tabagismo e quimioterapia podem antecipar a ocorrência Tratamento . É feito através de uma terapia de reposição hormonal . Visa o controle de sintomas vasomotores (fogachos), atrofia genital, osteoporose, prevenção de infartos e AVE . O tratamento ideal da paciente na pós- menopausa exige uma cuidadosa avaliação dos sintomas, além de considerar a sua idade e a presença (ou riscos) de doença cardiovascular, osteoporose, câncer de mama e câncer endometrial Efeitos adversos . Mastalgia . Tromboembolismo . Náuseas . Edema periférico . Hipertensão . Infarto do miocárdio Tipos de terapia de reposição hormonal A) TRH com estrogênios - Fármacos: cipionato ou enantato de estradiol, sulfato de estrona, equilina, estrógeno equino ou estrogênios associados - Os estrógenos podem ser administrados VO (estrógenos, estradiol, estriol conjugados), pela vagina (estriol), através de discos transdérmicos (estradiol) ou atrvés de implantes subcutâneos (estradiol) - É o tratamento pós menopausa indicado para mulheres histerectomizadas Desvantagens . Ocorrência de sangramento cíclico intenso . Efeitos adversos relacionados com a progesterona . Risco aumentado de câncer de mama e endometrial . Risco aumentado de doença tromboembólica venosa . Não reduz o risco de doença cardíaca coronariana B) TRH combinada - É feito uso de medicamentos compostos por estrógeno + progestágeno - É o tratamento pós menopausa indicado para mulheres com útero preservado 2. Endometriose - Afeta mulheres em idade reprodutiva, pós- menopausa e adolescentes com anormalidades uterinas - Fatores de risco: causas genéticas, imunológicas, hormonais e fatores ambientais - Sintomas: dismenorréia, dispareunia, dores crônicas associadas a menstruação, infertilidade Tratamento . AINEs (para amenizar a dor) ou corticóides (para suprimir recrutamento de células inflamatórias e angiogênese) . Pílulas combinadas ou progestinas . DIU . Agonistas e antagonistas do GnRH FMC 3. Síndrome do ovário policístico Tratamento - Perda de peso e metformina (reduzem a resistência a insulina e aumentam a ovulação) - Clomifeno (aumenta a ovulação) - Pílulas combinadas (promove sintomas androgênicos como acne e hirsutismo) - Anti-androgênicos como a espironolactona, ciproterona, flutamida, finasterida (promovem hirsutismo grave) - Agonistas GnRH de ação prolongada (ex: leuprorrelina) + estrogênio (promovem hiperandrogenismo) 4. Câncer de mama - O crescimento mamário depende de estrógeno, progesterona, andrógenos, prolactina, fatores de crescimento - Muitos cânceres expressam ER e tem crescimento estimulado por estrógeno Tratamento
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