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Direitos Humanos, de Inclusão e do Idoso PROFª. LUDMILA LIMA 2Recapitulando a aula anterior: Promulgação da Constituição Federal de 1988 – Constituição Cidadã. Direitos Humanos (positivados no âmbito internacional) e Direitos Fundamentais (validade dentro de um certo ordenamento jurídico). Art. 5º, CF/88 – Direitos e Deveres Individuais e Coletivos. Art. 6º, CF/88 – Direitos Sociais. Imagem retirada do Google 3 Não se deve ensinar o aluno a ter a resposta, mas a manter a curiosidade, a perguntar sem cessar, a questionar, a fazer da sua dúvida metódica um exercício produtivo de conhecimento. Por quê? Porque a resposta sobre determinados assuntos vai variar muito de pessoa para pessoa. Desse modo, se deve ensinar não apenas o conhecimento, mas informações associadas à curiosidade. Curiosidade para ir atrás de questionamentos. Assim, deseja-se que vivamos todos em uma fase permanente de por quês. Dessa forma, o protagonismo não fica no quadro, seja por tradicional giz, seja por PowerPoint. O protagonismo não deve estar na figura do professor, mas cada aluno (pessoa) deve ser protagonista das suas aprendizagens. (Fonte: Leandro Karnal - 2021) * Historiador•Professor•Escritor• Youtuber•Palestrante Imagem retirada do Google 4 Discordar pode ser saudável, para trazer novos olhares sobre determinadas situações. Dessa forma, discordar pode trazer um aprofundamento sobre algo. A discórdia, o contraditório é o princípio da justiça do Direito, mas também pode ser é o princípio do conhecimento. Por vezes vivemos ampliando, contestando, ressignificando e isso é a habilidade da busca da aprendizagem eterna. Habilidade de desenvolver a capacidade formativa permanente e jamais, em hipótese alguma, dizer: “Acabei, está pronto”, porque o que está pronto terminou. O que não está pronto está se transformando, errando, aprendendo. (Fonte: Leandro Karnal - 2021) Imagens retiradas do Google 5 O professor deve fornecer informações e instigar a pensamentos, criando PONTES PARA O CONHECIMENTO. Todavia, quem decide qual rumo se deve ir traçando sobre determinados pontos é o aluno! Diante de um país democrático de direitos, TODOS tem direito a liberdade de pensamento e expressão, por exemplo. Com isso, há que se ter RESPEITO por ideias contrárias. Todavia, jamais se deve deixar apagar a chama do questionamento e a busca incessante pelo conhecimento! Imagem retirada do Google 6 Então se algum ponto da aula tocou ou mexeu com você, pegue e desenvolva. Busque mais! Aprenda, submeta-se a novas informações. Discorde, mas também aceite o contraditório. Assim, aprenda sempre, mas acima de tudo, considere que esse foi um degrau, um pequeno degrau, e que você continua em constante crescimento e que o conhecimento é infinito e maior que todos nós. (Fonte: Leandro Karnal - 2021) Imagem retirada do Google 7 Imagens retiradas do Google Vejamos um vídeo que aborda sobre: O que são conflitos: https://www.youtube.com/w atch?v=aO6PatGHN3A (Vídeo Canal Rede Mobilizadores) ***Assistir vídeo até 1:58 8 Imagem retirada do Google RESOLUÇÃO DE CONFLITOS ENTRE DIREITOS HUMANOS https://www.youtube.com/watch?v=aO6PatGHN3A RESOLUÇÃO DE CONFLITOS ENTRE DIREITOS HUMANOS Vamos debater sobre o assunto: Haveria colisão entre direito à vida e direito à religião no caso de testemunhas de Jeová para realização de transfusão sanguínea? O que você pensa sobre esse assunto? Poderia a testemunha de Jeová se negar a fazer transfusão sanguínea, em razão da sua crença? Isso seria amparado pela lei? 9 Imagem retirada do Google 10 Vou passar pra vocês alguns pontos de reflexão que estudei a partir de um vídeo do YouTube do advogado Elton Fernandes, e que achei muito interessante repassar aqui pra vocês: Imagem retirada do Google 11 Se a TESTEMUNHA DE JEOVÁ for MAIOR DE IDADE, CAPAZ E OPTAR PELA NÃO TRANSFUSÃO (autonomia da vontade – de forma expressa), para Canotilho não haveria conflito de direitos humanos (direito à vida e à religião) , nesse caso em específico, pois o conflito só existiria quando o direito de uma pessoa conflitaria com o direito de outra... Nesse caso, os “conflitos” estariam dentro de uma mesma pessoa, cabendo a ela a escolha da decisão a ser tomada... da mesma forma que alguém que esteja doente não é obrigado ao tratamento médico, a testemunha de Jeová também não é obrigada a transfusão sanguínea, se isso vai contra a sua crença... aqui entra a liberdade de expressão e de opinião. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=yc4XXfTuNgM&t=2s 12 Outra situação é se a TESTEMUNHA DE JEOVÁ possui uma DOENÇA INFECTO CONTAGIOSA, que pode transmitir para outras pessoas e causar um DANO À SAÚDE PÚBLICA, aí sim, nesse caso, essa pessoa estaria obrigada pelo Estado a realizar tratamento médico. Uma vez que a decisão pessoal não pode colidir com o bem-estar social da maioria. Não se pode colocar em risco uma sociedade como um todo, em detrimento de uma decisão de uma única pessoa ou um grupo restrito. A dignidade da pessoa humana traz ponderação para a solução entre conflitos de direitos humanos e a dignidade da coletividade deve ser assegurada. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=yc4XXfTuNgM&t=2s 13 Outra situação também é no caso de um pai e uma mãe TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAR A TRANSFUSÃO DE SANGUE PARA SEU FILHO, MENOR DE IDADE, que esteja doente, por exemplo. Necessitando da transfusão por algum motivo. Embora haja o poder familiar sobre os filhos, à autonomia sobre as decisões a serem tomadas sobre a vida de seus filhos não são de forma ilimitada. Nesse caso, o Estado pode obrigar a transfusão de sangue para o filho necessitado, para assegurar sua saúde e a chance dele sobreviver e crescer. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=yc4XXfTuNgM&t=2s Esses posicionamentos estão corretos no seu ponto de vista? 14 Imagem retirada do Google 15 INTERPRETAÇÃO ENTRE DIREITOS HUMANOS: “[...] só é possível determinar a clareza ou obscuridade de determinada lei após a interpretação. Assim, sendo o Direito uma ciência da linguagem, que se apresenta com diferentes significados a depender da leitura, a interpretação é sempre necessária”. (RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2021) 16 “Ocorre que a interpretação conforme aos direitos humanos é complexa, fruto da interdependência e indivisibilidade desses próprios direitos. A indivisibilidade e interdependência impedem que se analise uma norma de direitos humanos de modo isolado dos demais direitos. Pelo contrário, a compreensão e aplicação de uma norma de direitos humanos é sempre feita levando-se em consideração os demais direitos atingidos, que igualmente são relevantes e indispensáveis a uma vida digna”. (RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2021) 17 “A dignidade humana deve ser assegurada em uma constante busca de harmonia na aplicação prática dos direitos humanos, que se irradiam por todo ordenamento e orientam as ações dos agentes públicos e privados”. (RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2021) 18 “O critério da proporcionalidade é a exigência de racionalidade, a imposição de que os atos estaduais não sejam desprovidos de um mínimo de fundamentação.” (MAHLKE, Helisane. Direitos humanos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., p. 43, 2017). 19 “[...] pode-se dizer que o direito da proporcionalidade guarda estreita relação com o princípio da isonomia (igualdade proporcional), quando visa a estabelecer a justa medida na distribuição dos direitos e deveres sociais”. (MAHLKE, Helisane. Direitos humanos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., p. 43, 2017). Imagem retirada de: https://revistaforum.com.br/blogs/mariafro/bmariafro-igualdade-isonomia- desenhadas-para-a-nossa-alegria/ 20 “O princípio e sua importância revelam-se como instrumento da interpretação jurídica do operador do direito, cuja aplicação precisaatender à complexidade das relações sociais”. (MAHLKE, Helisane. Direitos humanos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., p. 43, 2017). “[...] o princípio da proporcionalidade é uma técnica jurídica utilizada para a resolução de conflitos ou colisões entre direitos. [...] Contudo, podemos observar que sua aplicação guarda certo grau de subjetividade, ou seja, o julgador terá de recorrer à sua percepção e interpretação dos anseios da sociedade em relação a tais direitos. É possível fazer isso com isenção, ou seja, sem se pautar em suas próprias convicções morais e ideológicas? É possível que o magistrado decida imparcialmente?”. (MAHLKE, Helisane. Direitos humanos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., p. 43, 2017). 21 Imagem retirada do Google 22 “Em síntese, sustentou o Min. Eros Graus que ‘a interpretação do direito não é mera dedução dele, mas sim processo de contínua adaptação de seus textos normativos à realidade e seus conflitos’ (voto do Min. Eros Grau, ADPF 153, rel. Min. Eros Grau, j. 29-4-2010, Plenário, Dje de 6-8-2010)”. (RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2021) 23 “Aplicando a visão de Häberle, os direitos humanos não compõem um corpo dogmático fechado em si mesmo, que se impõem como verdade abstrata e única sobre o conjunto de operadores jurídicos, mas sim o resultado de um processo de conciliação de interesses que se desenvolve para promover a dignidade humana em determinado contexto histórico e social. Os direitos humanos, na medida em que são vividos em sociedade, são interpretados e reinterpretados de maneira constante por todos os que convivem em sociedade, uma vez regem tanto as relações verticais entre indivíduos e Estado quanto às horizontais entre os próprios indivíduos”. (RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2021) 24 “Em se tratando de direitos humanos, exige-se do julgador, inevitavelmente, uma ampla verificação de fatos e ainda de efeitos das disposições normativas no cotidiano das pessoas. Logo, a adoção de um modelo aberto de processo de interpretação jusfundamental permite que os julgadores possam ter mais elementos para a tomada de decisão. Espera-se, então, que os julgadores recebam e efetivamente utilizem tanto os subsídios técnicos quanto as constatações de repercussões sociais, políticas e econômicas que determinada formatação de um direito possa gerar”. (RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2021) 25 “A função da interpretação é concretizar os direitos humanos por meio de procedimento fundamentado, com argumentos racionais e embasados, que poderá ser coerentemente repetido em situações idênticas, gerando previsibilidade jurídica e evitando o arbítrio e decisionismo do interprete-juiz”. A argumentação jurídica deve, então, justificar as decisões jurídicas referentes aos direitos humanos de modo coerente e consistente.” (RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2021) 26 “Diante dessas considerações, observe como é complexa a tarefa dos operadores do direito, pois a proteção dos direitos humanos é, sem dúvida, um campo de conflitos que necessariamente precisam ser resolvidos para que os cidadãos tenham a satisfação da justiça”. (MAHLKE, Helisane. Direitos humanos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., p. 45, 2017). 27 INTERVALO 28 29 DOS DIREITOS DE PRIMEIRA À SEXTA DIMENSÃO: Karel Vasak foi quem inicialmente classificou os direitos humanos em 1ª, 2ª e 3ª geração, na conferência proferida no Instituto Internacional de Direitos Humanos em 1979, na França. Karel Vasak (tcheco-francês) nasceu em 1929 e morreu em 2015, aos 85 anos. Foi diplomata e professor universitário. Imagem retirada do Google 30 É pacífico entre os doutrinadores a divisão dessas 03 gerações de direitos humanos. Todavia, há quem sustente a classificação até a 6ª geração. 31 Geração ou Dimensão “Atualmente há certo consenso quanto à conveniência do uso do termo ‘dimensões’ em lugar de ‘gerações’. (CASTILHO, Ricardo. Direitos humanos. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2019) A sensação de uma geração após a outra transmitia a ideia de algo que foi superado, pois se tornou ultrapassada e algo mais novo e mais coerente tomou seu lugar. Todavia: “Certamente que os direitos humanos não se ‘sucedem’ ou ‘substituem’ uns aos outros, mas se expandem, se acumulam e se fortalecem”. (GUERRA, Sidney. Curso de direitos humanos. 6. ed. São Paulo, Saraiva, 2020) 32 33 Art. 5º - Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Todos os direitos humanos são universais, interdependentes, INTER-RELACIONADOS. A comunidade internacional deve tratar todos os direitos humanos globalmente de forma justa e equitativa, em pé de igualdade e com a mesma ênfase”. 34 Características das dimensões: “Essas dimensões não se referem a uma hierarquia, ou seja, não há ordem de importância entre eles”. “[...] há uma interdependência entre eles, [...] podendo ser exercidos de forma acumulada”. “[...] eles estão interligados”. (MAHLKE, Helisane. Direitos humanos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., p. 30, 2017). 35 “A classificação geracional apresentada serve para demonstrar como os direitos humanos foram conquistados, identificando o correspondente marco histórico, sendo, por isso mesmo, um ótimo modelo didático para efeito de compreensão do estudo dos direitos humanos [...]”. (GUERRA, Sidney. Curso de direitos humanos. 6. ed. São Paulo, Saraiva, 2020) 36Karel Vasak associou cada geração ao lema da Revolução Francesa: 1ª Dimensão: “surgida com as revoluções burguesas dos séculos XVII e XVIII, valorizava a LIBERDADE”. 2ª Dimensão: “decorrente dos movimentos sociais democratas da Revolução Russa, dava ênfase a IGUALDADE”. 3ª Dimensão: “geração se nutriu das duras experiências sofridas pela Humanidade durante a Segunda Guerra Mundial e da onda de descolonização que a seguiu, refletindo os valores da FRATERNIDADE”. (GUERRA, Sidney. Curso de direitos humanos. 6. ed. São Paulo, Saraiva, 2020) Imagens retiradas do Google 37 Imagem retirada de: https://jus.com.br/artigos/31948/quantas-dimensoes-ou-geracoes-dos-direitos-humanos-existem 38 DIREITOS DE 1ª DIMENSÃO: LIBERDADE “Compreendem as liberdades públicas, direitos civis e políticos”. Liberdade negativa: Não interferência do Estado sobre as ações do indivíduo => abstenção estatal. Exemplos: direito à vida, à liberdade, à propriedade, à intimidade... (MAHLKE, Helisane. Direitos humanos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., p. 26, 2017). 39 DIREITOS DE 2ª DIMENSÃO: IGUALDADE Correspondem “[...] aos direitos sociais, culturais e econômicos, que nascem com o princípio da igualdade”. Liberdade positiva: O Estado tem o dever de fazer ou agir em prol do indivíduo, “[...] no sentido de suprir as carências humanas individuais e as desigualdade sociais [...]”. Exemplos: “direito à seguridade social, à educação, à cultura, a condições justas de trabalho”, direito à saúde... (MAHLKE, Helisane. Direitos humanos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., p. 26, 2017). 40 DIREITOS DE 3ª DIMENSÃO: FRATERNIDADE “Correspondem aos direitos difusos e coletivos” => direitos transindividuais (vão além do interesse do indivíduo). O ser humano inserido em uma coletividade. Não se destinam ao indivíduo, mas à coletividade. “Para a sua concretização, há a soma da atuação do indivíduo, da sociedade e das entidades públicas e privadas”. Exemplos: direito a um meio ambiente limpo e sadio, direito à paz, direito ao desenvolvimento, direito à comunicação, direito à autodeterminação entre os povos... (MAHLKE, Helisane. Direitos humanos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., p. 27-28, 2017). 41 “Mencionamos que os direitos de terceira dimensão compreendem tanto os direitos difusos quanto os coletivos.Mas, você sabe qual a diferença entre eles? Direitos difusos são aqueles cuja titularidade é indeterminada, ou seja, pertencem a todos, a princípio. Porém, sua titularidade é determinada quando qualquer um de nós o reivindica, por exemplo, o direito a um meio ambiente sadio. Já os direitos coletivos são aqueles que, como se pode inferir pela própria nomenclatura, pertencem a uma coletividade, ou seja, a um grupo específico de pessoas, como o direito do consumidor, direito dos idosos, direito das crianças e adolescentes, direito dos indígenas e quilombolas, etc”. (MAHLKE, Helisane. Direitos humanos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., p. 28, 2017). 42 4ª, 5ª e 6ª Dimensão: Introdução (Contexto): “Certamente que, com o passar dos tempos, as aspirações sociais e culturais continuam a evoluir, assim como continuam em constante e vertiginosa ascensão os conflitos e obstáculos que se apresentam ao ser humano em seu caminhar pela face da Terra. Sendo assim, principalmente em decorrência do acelerado desenvolvimento tecnológico e do novo panorama representado pelos efeitos da globalização e pela sociedade de risco contemporânea, despertaram os juristas para a necessidade de previsão e proteção de novos direitos”. (CASTILHO, Ricardo. Direitos humanos. 7. ed.. São Paulo: Saraiva, 2019) 43 Posicionamento favorável à 4ª, 5ª e 6ª dimensão: “Essa classificação não deve ser tomada de forma estanque, o que demonstra que a evolução histórica dos direitos humanos é um processo dinâmico e que novos direitos podem emergir das relações da sociedade com outros seres e com o meio no qual está inserida”. (MAHLKE, Helisane. Direitos humanos. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., p. 30, 2017). 44 DIREITOS DE 4ª DIMENSÃO: Paulo Bonavides: São relacionados à globalização, à informação, ao pluralismo, à democracia. Norberto Bobbio: “Direito vinculado ao desenvolvimento científico, também chamado de desenvolvimento biotecnológico (DNA, genética, nanotecnologia, clonagem, biotecnologia, entre outros)”. => engenharia genética (OLIVEIRA, Erival da Silva. Manual de direitos humanos para concurso. São Paulo: Saraiva, 2018) Paulo Bonavides 1925 - 2020 Norberto Bobbio 1909 - 2004 45 Imagem retirada de: https://www.migalhas.com.br/quentes/335756/morre-constitucionalista-paulo- bonavides-aos-95-anos Imagem retirada de: https://en.wikipedia.org/wiki/Norberto_Bobbio “Foi um jurista, jornalista e cientista político brasileiro. Reconhecido nacional e internacionalmente como um dos principais constitucionalistas do Brasil, foi professor emérito da Universidade Federal do Ceará e membro da Academia Cearense de Letras”. “Foi um filósofo político, historiador do pensamento político, escritor e senador vitalício italiano”. Um dos grandes pensadores do século XX. ***Os dois faleceram aos 95 anos de idade. Fonte: Wikipédia 46 DIREITOS DE 5ª DIMENSÃO: Paulo Bonavides: Direito à paz Outros doutrinadores: Proteção diante da Internet. 47DIREITOS DE 6ª DIMENSÃO: “Zulmar Fachin e Deise Marcelino da Silva defendem a existência de uma sexta dimensão de direito, que corresponde ao acesso à água potável e, desse modo, há o dever de receber do Estado e também da sociedade o tratamento adequado a fim de que seja preservado em benefício de todas as pessoas, quer das presentes, quer das gerações futuras. Saliente-se que compete privativamente à União legislar sobre águas (art. 22, IV, da CF)”. (OLIVEIRA, Erival da Silva. Manual de direitos humanos para concurso. São Paulo: Saraiva, 2018) Imagem retirada do Google 48 Posicionamento contrário à 4ª, 5ª e 6ª dimensão: Quanto ao 4ª, 5ª e 6ª dimensão há quem diga que: “Quanto aos demais ‘direitos’ acima mencionados, constata-se que corporificam pretensões de direitos, que ainda buscam reconhecimento na órbita internacional. Além disso, ainda que fossem reconhecidos como ‘novos direitos’, seriam facilmente alocados em alguma das dimensões anteriormente expostas, sem qualquer necessidade de criação de uma nova, específica para eles”. (CASTILHO, Ricardo. Direitos humanos. 7. ed.. São Paulo: Saraiva, 2019) 49 “Sem embargo, é inegável que os direitos humanos obtiveram enorme crescimento nos últimos anos, mas, como alertou Bobbio no simpósio promovido pelo Instituto Internacional de Filosofia sobre o Fundamento dos Direitos Humanos, ‘o problema grave de nosso tempo, com relação aos direitos do homem, não era mais o de fundamentá-los, e sim o de protegê-los’”. (GUERRA, Sidney. Curso de direitos humanos. 6. ed. São Paulo, Saraiva, 2020) 50 51 Ementa da Unidade de Ensino 1 – concluída! É proibida a reprodução do conteúdo desse material em qualquer meio. Esse material contém conteúdo autoral e citações com suas respectivas referências bibliográficas. *** LEMBRAMOS QUE ESSA DISCIPLINA NÃO SE MANIFESTA DE MODO FAVORÁVEL OU CONTRÁRIO A TODOS OS ASSUNTOS AQUI TRATADOS. OS PROTAGONISTAS DESSA MATÉRIA SÃO OS ALUNOS. 52
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