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Lara de Aquino Santos DELINEADOR: → Instrumento usado para determinar o paralelismo relativo de duas ou mais superfícies de dentes ou outras partes do modelo de uma arcada dentária. COMPONENETES DO DELINEADOR: ACESSÓRIOS DO DELINEADOR: 1. Platina / Mesa Reclinável: 2. Pontas Acessórias: 1. Pontas Calibradoras: → São encontradas em formato de disco e em 3 tamanhos: o 0.25 mm: Para ligas em cobalto cromo (+ utilizada); o 0.50 mm: Para ligas áureas (PPR em ouro); o 0,75 mm: Para ligas de titânio - moles. → São utilizadas na determinação do grau de retenção e no posicionamento correto do terminal retentivo do braço de retenção. 2. Pontas Porta Grafite: → Substitui a ponta analisadora cilíndrica, com o mesmo grau de paralelismo, permitindo que o equador protético seja determinado graficamente. 3. Facas para Recorte: → São pontas cortantes utilizadas no planejamento dos planos guia e nos recortes de cera durante as fases laboratoriais da confecção das PPRs. 4. Pontas Analisadoras: → Devem ser cilíndricas; → Quando fixadas pelo mandril, são uma continuação do paralelismo determinado pela haste vertical móvel; → Consegue-se analisar a retentividade do dente e o paralelismo. OBJETIVO DO DELINEADOR: → Selecionar uma trajetória de inserção em que haja o mínimo de interferências em dentes (retentores) e rebordo, promovendo assim retenção balanceada DELINEAMENTO Base Circular Haste Horizontal Móvel Haste Vertical Fixa Haste Vertical Móvel Mandril Lara de Aquino Santos (equilibrada), quantidade menor de ameloplastia, adequando as forças para serem favoráveis à prótese e aos tecidos de suporte. TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO: → É o caminho que a PPR executa desde o primeiro contato de suas partes rígidas com os dentes de suporte, até a sua posição de assentamento final; → Todas as faces que receberam o metal devem estar paralelas entre si, pois isso facilitará a inserção da PPR. PRINCÍPIOS MATEMÁTICOS DOS DELINEADORES: ‘‘As linhas perpendiculares a um plano são paralelas entre si’’ → A aplicação do princípio matemático com o uso do delineador é podermos medir o quão paralelo são as superfícies dentais e os detalhes anatômicos (rebordo alveolar) de interesse protético, entre si; → A melhor trajetória de inserção é determinada analisando os seguintes fatores: 1. Interferências dentárias e de fibromucosas; 2. Planos guia; 3. Equilíbrio das retenções; 4. Estética. FUNÇÕES DO DELINEADOR: → Determinação da trajetória de inserção; → Localização de interferências; → Determinação e localização da necessidade de planos guia; → Indicação e localização dos terminais retentivos; → Localização das áreas de alívio; → Posicionamento dos encaixes de precisão e semi-precisão. MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DA TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO: 1. Método de Roach ou dos ‘‘Três Pontos’’: → Não considera isoladamente cada caso, generalizando todos os casos a uma única situação. 2. Método das Bissetrizes: → Considera apenas as médias das inclinações dos dentes de suporte, não considera o contorno da coroa de cada dente, nem as outras regiões de interesse protético. 3. Método Seletivo de Applegate ou Das Tentativas: → É o método mais cientifico, pois baseia- se no equilíbrio das retenções, nos planos guia, na interferências e estética. MÉTODO SELETIVO DE APPLEGATE OU DAS TENTATIVAS: 1. Interferências: → Considerar as interferências dentarias e fibromucosas; → As interferências dentarias estão em íntima relação com a confecção de planos guia; → Devemos selecionar uma trajetória com o mínimo de interferência e que seja mais fácil e conservadora. Lara de Aquino Santos 2. Planos Guia: → Selecionar a trajetória de inserção que, além de proporcionar planos guia efetivos na estabilização do dente e da prótese, diminuem os ‘‘ângulos mortos’’. 3. Retenção: → Equilibrar bilateralmente as retenções; → A prótese ao ser removida deve apresentar o mesmo grau de retenção em cada lado do arco dentário. 4. Estética: → Selecionar a trajetória de inserção que diminui ao máximo os ângulos mortos e que tenha a mínima quantidade de metal visível. EQUADOR PROTÉTICO: → Linha traçada sobre as superfícies dentais com o objetivo de identificar a região de maior contorno do dente e assim dividir as áreas retentivas e áreas expulsivas dos dentes; → Através do delineador (pontas calibradoras) iremos definir dentro da área retentiva o local de maior retenção; → Os grampos da PPR têm um braço de retenção, cuja ponta atua abaixo do equador na área retentiva, e um braço de oposição que é posicionado acima do equador protético em área expulsiva; → O equador protético deve ser demarcado tanta no vestibular como na palatina/lingual. Na vestibular é para definir a área de retenção e posicionar o braço de retenção, e na palatina para saber onde é a expulsividade e assim posicionar o braço de oposição acima do equador (gera reciprocidade - rígido). Ângulos Formados a Partir do Equador Protético: → Quando traçamos o equador protético no modelo conseguimos observar dois ângulos: o Ângulo de divergência cervical: Presente na área expulsiva; o Ângulo de convergência cervical: Presente na área retentiva. PLANOS GUIA: → É o paralelismo das faces proximais: o Faces proximais que, por si só ou através de pequenas modificações apresentam- se ou tornam-se paralelas entre si; → Guiam a prótese ao seu assentamento e retirada, dando desta forma, uma superfície de contato friccional, resultando em uma maior estabilidade da prótese e do dente; → Proporciona um único sentido de direção para inserção e retirada da prótese; → Elimina forças tangenciais nocivas; → Proporciona o princípio biomecânico de reciprocidade (sempre que o braço de retenção tocar a vestibular o braço de oposição também estará tocando a palatina/lingual); → Impede retenção e impactação alimentar (ângulo morto). Lara de Aquino Santos Importante: → As faces que não estão paralelas entre si iremos transforma-las em paralelas, através do desgaste de proximal (desgastar no próprio modelo); → Para realizar o desgaste na cavidade oral da proximal que não se encontra paralela iremos utilizar a guia de transferência/coroa guia; → Uma das coisas que mais se leva em consideração para definir a trajetória de inserção é a quantidade de desgaste que será realizado para remover uma ou mais interferências, que estão fazendo com que as faces não fiquem paralelas entre si; → A melhor trajetória de inserção é aquela que a maioria das faces ficam paralelas entre si, e a que não estar, a ameloplastia realizada nela é mínima para torna-la paralela, afim de evitar uma maior exposição de dentina e consequentemente sensibilidade dentária ou cárie; → Em casos que o desgaste a ser realizado é muito exacerbado afim de deixar a parede paralela, é indicado equilibrar o desgaste, ou seja, desgastar um pouco de cada face; → A face que não se apresenta paralela possui um triângulo (ângulo morto) no final. É importante que a ponta acessória toque o dente por completo para não deixar os triângulos negros. COROA GUIA / GUIA DE TRANSFERÊNCIA: → Ela auxiliará na transferência dos desgastes realizados no modelo para a boca do paciente, por meio da resina acrílica do tipo duralay; → Será utilizada no preparo de boca tipo II, por meio de pontas diamantadas, de preferência cilíndricas com o topo arredondado. Protocolo Clínico: Desgaste realizado na parede proximal. 1. Vaselinar a faca, o dente desgastado e o dente adjacente a ele; 2. Manipular a resina acrílica duralay; 3. Checar se a faca permanececolada na proximal do dente; Lara de Aquino Santos 4. Inserir a resina na proximal, cobrindo a coroa, tocando na faca, e se estendendo para vestibular até o equador protético ou um pouco além (não pode cobrir a vestibular por completo); 5. Transferir a coroa guia para a cavidade oral do paciente; → A coroa guia estará menor que o dente, porque no modelo foi realizado o desgaste necessário para que as faces permanecessem paralelas. 6. Desgaste do dente com uma ponta diamantada cilíndrica. → Desgastar exatamente a quantidade de estrutura dentária que está além da coroa guia, até que a proximal fique rente a coroa guia. PROTOCOLO CLÍNICO DO DELINEAMENTO: 1. Posicionar o modelo na mesa e liberar a junta universal: 2. Determinar a trajetória de inserção: → É estipulado com base no paralelismo das paredes; → Observar com a ponta analisadora se a maioria das faces proximais estão paralelas entre si, e a que não está a interferência é pequena; → Travar o parafuso da junta universal. 3. Traçar o equador protético: → Inserir a porta grafite; → Traçar em todas as faces vestibulares e palatinas/linguais; → Na face palatina ou lingual é para definir onde o braço de oposição ficará (acima do equador protético); → Visualizar se os pilares diretos possuem retenção, através da análise das zonas (grande, pequena ou ausente). Lara de Aquino Santos Podemos modificar a posição do modelo para gerar retenção no dente (só pela mudança da posição) ou acrescentar resina composta. 4. Mensurar dentro da zona de retenção onde será o terminal retentivo: → Por meio da ponta analisadora (0.25 mm); → A extremidade (a) e a haste vertical do disco (b) devem tocar simultaneamente a superfície do dente, formando o triângulo; → Quanto maior o triângulo, maior é a retenção; → O terminal retentivo é onde a ponta final do braço de retenção vai permanecer; Podemos encontrar a zona de maior retenção antes de traçar o equador protético. 5. Fixar a trajetória de inserção (fixação de haste metálica no modelo): → Realizar um orifício no modelo de estudo, na região do palato; → Fixar uma haste metálica (prego) no mandril e posicionar no orifício; → Inserir resina acrílica ou gesso sobre o prego. Meios de transferir a posição do modelo de estudo para o novo modelo, sem ter que delinear novamente: o Fixação de haste metálica no modelo; o Traços realizados no modelo; o Seleção dos três pontos. 6. Guia de transferência: → Consiste em posicionar o modelo de trabalho na mesma posição em que o modelo de estudo estava. Esse modelo é considerado o modelo de estudo. Após as alterações realizadas na boca do paciente (desgaste, inserção de resina e nichos) iremos moldar o paciente novamente e enviar o modelo de trabalho para que seja confeccionado a estrutura metálica. COMO EVITAR O INSUCESSO: → Realizando um planejamento adequado; → Exame clínico detalhado; → Exame radiográfico; → Delineamento nos modelos de estudo; → Preparo adequado dos dentes; → Desenho da estrutura de maneira clara e correta; → Moldagem friccional.
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