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Estágio Curricular Supervisionado em Espaços Não Formais com Deficientes (1)

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Universidade Santa Cecília - Educação a Distância
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Estágio Remoto – Estudo de Caso
Estágio Curricular Supervisionado em Espaços Não Formais com Deficientes
Situação problema: Como o professor de educação especial pode desenvolver estratégias eficazes para incluir e atender às necessidades dos alunos com deficiência em um ambiente esportivo?
O desafio que o professor de educação especial enfrenta é encontrar maneiras eficazes de atender às necessidades dos alunos com deficiência em um ambiente esportivo. Ele precisa desenvolver estratégias de ensino que permitam que os alunos com deficiência sejam incluídos nas atividades esportivas e sejam capazes de desenvolver suas habilidades.
O objetivo é promover a inclusão e a acessibilidade para todos os alunos, independentemente de suas limitações físicas ou mentais. O professor de educação especial precisará conhecer as limitações e potencialidades dos alunos com deficiência, para que possa adaptar as atividades de acordo com suas necessidades.
O desafio é encontrar maneiras de fazer com que o ensino seja inclusivo e acessível, de modo que os alunos com deficiência possam participar das atividades esportivas em igualdade de condições com os demais alunos. O professor precisará encontrar soluções criativas e eficazes para garantir que todos os alunos possam se beneficiar do ensino e desenvolver suas habilidades.
Resolução do Estudo de Caso:
	Há muitas discussões sobre a importância da inclusão e integração do aluno com necessidades educativas especiais, no âmbito da escola regular e nas aulas de Educação Física. O contexto social na qual vivemos as pessoas com necessidades educativas especiais, é considerado incapazes e ineficiente. Olhando em um novo paradigma, a pessoa com necessidades educativas especiais tem que ser vista e aceita pelas suas possibilidades e não pela suas incapacidades.
Depois da família a escola é um espaço fundamental para o processo de socialização da criança. 
Os profissionais envolvidos com a Educação Física adaptada precisam produzir conhecimentos que tragam contribuições para modificar o contexto social dessas pessoas com deficiência. De acordo com Carmo (2002), cada vez menos pessoas estão sendo envolvidas nas aulas de Educação Física, isto é, tendo oportunidades somente aqueles que são mais aptos, os melhores e os mais próximos do mundo dos iguais. 
A Educação Física vem resgatar uma educação para todos, principalmente no que se refere aos alunos que apresentam necessidades especiais permanentes ou não. Dando oportunidades ao aluno, com necessidades educativas especiais de conhecer suas possibilidades e vencer seus limites, facilitando a sua participação sempre que possível nas aulas de Educação Física, promovendo a interação entre todos os alunos.
A educação física inclusiva deve ter como eixo o aluno, para que se desenvolvam competências e condições igualitárias, buscando estratégias para dirimir a exclusão ou segregação. É por meio das atividades de educação física que os alunos podem ampliar esses contatos interpessoais, já que as atividades físicas propiciam o ensino de limites e superação, além de dar uma visão de competitividade e, também, a ter contatos físicos que são propostos pelas dinâmicas das práticas educativas que valorizem a diversidade e o respeito entre os alunos (AGUIAR; DUARTE, 2005)
O professor tem grande importância nos processos de inclusão, enfrentando os desafios vivenciados no ensino regular. É preciso que o professor promova programas com qualidade e segurança, que conheça algumas características fundamentais sobre cada deficiência e, sobretudo, consiga perceber as potencialidades diferenciadas presentes nas crianças, independentemente das deficiências que possam apresentar (GORGATTI, 2008).
No contexto escolar o esporte adaptado destina-se ao atendimento dos objetivos educacionais voltados à inclusão de alunos com deficiência nas aulas de educação física. As atividades são elaboradas seguindo uma metodologia que respeite e valorize as necessidades e características do aluno, em que experiências vividas por ele potencializem o seu repertório motor e em que as suas habilidades fiquem em evidência, e não as limitações causadas pela deficiência que possui. 
A educação física inclusiva gera provações no sentido de oferecer um ensino que vá além dos conteúdos curriculares tradicionais oferecidas até o momento, como os esportes por exemplo. Diante as dificuldades que tal processo demonstra em avançar a nível prático, enfatiza a necessidade de intervenções no processo de formação inicial e continuada do professor, a elaboração de um currículo escolar flexível, materiais pedagógicos adaptados, assim como a organização e preparação do ambiente. Para que o professor tenha condições de orientar suas práticas com flexibilidade ele precisará ser preparado e orientado para tal, assim, sendo capazes de enfrentar tais desafios com postura crítica e reflexiva, com o uso de práticas colaborativas em que o diálogo com seus pares sejam decisivos nas tomadas de decisão acerca das adaptações ou alterações necessárias a uma educação com qualidade para alunos com necessidades educacionais especiais.
Abaixo algumas propostas de atividades inclusivas, aplicadas em crianças consideradas normais, que foram adaptadas para incluir o aluno com necessidades educativas especiais nas aulas de Educação Física.
Sentindo na pele
Número de participantes: livre
Material: Dois pares de meias grossas e uma camisa com botões (é importante que os alunos tragam de casa a camisa e as meias).
Descrição da atividade: A turma deverá ser dividida em pares. Um de cada par vestirá as meias nas mãos. Após o comando do professor o aluno deverá vestir à camisa, abotoá-la, desabotoá-la e sentar em frente ao seu par. Peça a eles para trocarem o material e repetir a experiência. É importante que o professor explique aos alunos que eles irão vivenciar como é ter paralisia cerebral, na tentativa de abotoar uma camisa. (Ministério da Educação e do Desporto/ MEC, 2007).
Caranguejobol
Número de participantes: livre
Material: 1 bola, coletes, 1 bandeira sinalizadora (vermelha).
Descrição do jogo: A turma será dividida em duas equipes com o mesmo número de participantes. Cada equipe se posicionará em metade da quadra, tendo como objetivo defender seu gol e tentar fazer gol na equipe adversária. Todos os participantes só poderão se locomover sentados ou suspendendo o quadril, se locomovendo apenas com o apoio das mãos e dos pés, na posição de 4 apoios, parecendo um caranguejo. A impulsão da bola só poderá ser feita com os pés. Após o gol, o jogo é reiniciado por um dos participantes da equipe que levou o gol. Quando houver transgressão das regras, a equipe infratora será penalizada com uma falta que poderá ser cobrada diretamente ao gol. Vence a equipe que fizer mais gols. (DIEHL, 2006)
Pegue o rabo
Número de participantes: Livre
Material sugestivo: jornal (ou material da escolha do professor).
Descrição do jogo: A turma será dividida em duas equipes, tendo o mesmo número de participantes. Cada participante receberá um jornal, que deverá ser preso na roupa próximo da cintura, que simbolizará o "rabo". O objetivo de cada equipe é roubar o "rabo" dos participantes da equipe adversária. Vence a equipe que conseguir roubar todos os rabos da equipe adversária primeiro. (DIEHL, 2006)
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