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Aula 6 4 Classes de palavras - parte 4

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Aula 6.4
Português p/ PM-DF (Soldado) - Com videoaulas
Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror
Português para PMDF 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 6.4 
 
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Aula 6.4: Colocação pronominal. Classe e emprego de 
palavras. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Pronomes pessoais 1 
2. Colocação dos pronomes oblíquos átonos 12 
3. Valores do vocábulo “se” 23 
4. Demais pronomes 32 
6. Lista de questões para revisão 52 
7. Gabarito 70 
 
 
Olá, pessoal! 
 
Agora, veremos o emprego dos pronomes! 
 
Pronomes 
 
O estudo dos pronomes é importante, porque ele fundamentalmente é 
um vocábulo de coesão, isto é, liga estruturas do texto. Muitas questões das 
provas fundamentam-se simplesmente em reconhecer o referente do pronome. 
Por isso, esse assunto será muito importante também para trabalharmos as 
questões de interpretação de texto. 
A primeira divisão dos pronomes é quanto a sua finalidade: eles podem 
substituir palavras ou acompanhá-las. 
No primeiro caso, chamamos o pronome de substantivo, pois ele passa a 
ocupar o lugar de um substantivo. Assim, tem a finalidade de retomar uma 
palavra anterior, constituindo o recurso anafórico. Veja: 
“O documento prevê cinco estratégias de vendas. Além disso, ele abre 
possibilidades para que elas sejam ampliadas.” 
Chamamos os pronomes “ele” e “elas” de pronomes substantivos, porque 
ocuparam o lugar dos substantivos “documento” e “estratégias”. Esse é o 
recurso chamado de coesão referencial (anafórica), pois esses pronomes 
retomam palavras anteriores. 
O pronome também pode ser adjetivo, quando simplesmente acompanha 
o substantivo, flexionando-se de acordo com ele: 
“Sua família está feliz hoje, pois outra conquista ocorreu.” 
Português para PMDF 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 6.4 
 
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Os pronomes “Sua” e “outra” são chamados de pronomes adjetivos, 
porque acompanham os substantivos “família” e “conquista” e se flexionam de 
acordo com eles. 
 Os pronomes substantivos se subdividem em pessoais, indefinidos, 
demonstrativos, mas também os pronomes adjetivos podem se subdividir em 
demonstrativos, possessivos etc. 
Assim, não se quer que você decore os nomes desses pronomes, mas 
entenda seu emprego. É isso que cai na prova. 
Os pronomes pessoais têm valor substantivo e são aqueles que indicam 
uma das três pessoas do discurso: quem fala (locutor), com quem se fala 
(interlocutor) e de quem se fala (referente). 
Pronomes pessoais do caso reto: são os que desempenham a função 
sintática de sujeito da oração, vocativo e predicativo. São os pronomes eu, tu, 
ele (ela), nós, vós, eles (elas). 
Eu sou professor. O professor sou eu. 
Tu és professor. O professor és tu. Tu, não deixes de estudar! 
Ele é professor. O professor é ele. 
Nós somos professores. Os professores somos nós. 
Vós sois professores. Os professores sois vós. Vós, aceitai a reprimenda. 
Eles são professores. Os professores são eles. 
sujeito predicativo vocativo 
Pronomes pessoais do caso oblíquo: são os que desempenham a função 
sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento 
nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal. 
Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os 
átonos, que não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por 
preposição. 
a) Pronomes pessoais oblíquos átonos: são os seguintes: “me, te, 
se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes”. Eles podem exercer diversos valores 
morfossintáticos nas orações: 
 Objeto direto: “me, te, se, o, a, nos, vos, os, as”. 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
informou-me 
informou-te 
informou-se 
informou-o (a) 
informou-nos 
informou-vos 
informou-os (as) 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
do ocorrido. 
sujeito VTDI + OD + OI 
Se o verbo termina com as nasalizações “m”, ou “õe”; os pronomes o, a, 
os, as transformam-se em no, na, nos, nas. 
Quando encontrarem o material, tragam-no até mim. 
 Os sapatos, põe-nos fora, para aliviar a dor. 
Português para PMDF 
Teoria e exercícios comentados 
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Se o verbo termina em “r”, “s” ou “z”; excluem-se essas terminações, e 
os pronomes o, a, os, as mudam para lo, la, los, las. 
Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim. 
 
 As apostilas, perde-las toda semana. (sujeito oculto “tu”) 
 
 As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade. 
 
Independentemente da predicação verbal, se o verbo termina em 
“-mos”, seguido de “nos” ou de “vos”, retira-se a terminação “-s”. 
Encontramo-nos ontem à noite. 
 Solicitamo-vos a acolhida nesta noite. 
Questão 1: Conder 2013 – Técnico (banca FGV) 
“Agradecer à laranjeira pela laranja é não entendêǦla”. 
As alternativas a seguir apresentam formas corretas de unir a forma verbal de 
presente do indicativo ao pronome “o” enclítico, à exceção de uma. 
AssinaleͲa. 
(A) EntendesͲlo (tu). 
(B) EntendeͲo (ele). 
(C) EntendemoͲlo (nós). 
(D) EntendeiͲlo (vós). 
(E) EntendemͲno (eles). 
Comentário: A alternativa (A) é a errada, pois, quando o verbo termina em 
“s” (“entendes”) e é seguido do pronome pessoal oblíquo átono “o”, deve 
perder o “s” e o pronome deve receber “l”. Veja a correção: Entende-lo. 
 Grifei acima a sílaba tônica “ten”, para você não confundir com o 
infinitivo “entendê-lo”, o qual possui acento gráfico. 
 A alternativa (B) está correta, pois devemos apenas acrescentar o 
pronome “o” quando o verbo terminar em vogal (“entende-o”). 
 A alternativa (C) está correta, pois, quando o verbo termina em “s” 
(“entendemos”) e é seguido do pronome pessoal oblíquo átono “o”, deve 
perder o “s” e o pronome deve receber “l”. Veja a correção: Entendemo-lo. 
 A alternativa (D) está correta, pois, quando o verbo termina em “s” 
(“entendeis”) e é seguido do pronome pessoal oblíquo átono “o”, deve perder 
o “s” e o pronome deve receber “l”. Veja a correção: Entendei-lo. 
 A alternativa (E) está correta, pois, quando o verbo termina em “m” 
(“entendem”) e é seguido do pronome pessoal oblíquo átono “o”, o pronome 
deve receber “n”. Veja a correção: Entendem-no. 
Gabarito: A 
 
deverão trazer + as deverão trazê-las 
perdes + as perde-las 
seduz + as sedu-las 
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Questão 2: CODERN 2014 Técnico Ambiental (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Pela manhã os três sentaram à mesa para tomar café 
e cada qual teve de contar o seu sonho. O padre disse ter sonhado com a 
escada de Jacob e descreveu-a brilhantemente. Por ela, ele subia 
triunfalmente para o céu. O estudante, então, narrou que sonhara já dentro 
do céu à espera do padre que subia. 
Na frase “Por ela, ele subia triunfalmente para o céu.”, a palavra sublinhada 
se refere o(a) 
A) Jacob. B) padre. C) amigo. D) caboclo. E) estudante. 
Comentário: Esta questão trabalha simplesmente o recurso anafórico, isto é, 
quem o pronome retomou. Podemos entender do texto que é o padre que 
sonhou que estava subindo triunfalmente para o céu pela escada. Assim, 
realmente é a alternativa (B) que está correta. 
Gabarito: B 
 
Questão 3: MAPA 2014 Agente Administrativo (banca Consulplan) 
Os elementos destacados em “É sina de minha amiga penar pela sorte do 
próximo, se bem que seja um penar jubiloso. Explico-me. Todo sofrimento 
alheio a preocupa e acende nela o facho da ação, que a torna feliz.” são 
responsáveis por importantes funções de coesão textual, estabelecendovínculos com elementos já anunciados. 
Com base no trecho anterior, marque V para as afirmativas verdadeiras e F 
para as falsas. 
( ) Os pronomes destacados possuem o mesmo referente, indicado 
anteriormente no texto. 
( ) Os dois registros do pronome “a” podem ser substituídos pelo pronome 
“lhe”. 
( ) O uso do pronome pessoal reto “ela” (nela), nesse caso, só é permitido 
porque está antecedido de preposição. 
A sequência está correta em 
A) F, V, F. B) V, V, F. C) V, F, V. D) V, V, V. 
Comentário: A primeira frase está correta, pois o pronome pessoal oblíquo 
átono “a”, o pronome pessoal oblíquo tônico “nela” e o segundo pronome 
pessoal oblíquo átono “a” realmente possuem o mesmo referente: a 
expressão “minha amiga”. 
 A segunda frase está errada, pois os pronomes pessoais oblíquos átonos 
“a” são objetos diretos, os quais não podem ser substituídos pelo pronome 
“lhe”. 
 A terceira frase está certa no gabarito, mas na realidade houve um erro 
conceitual da banca, pois “nela” é uma contração da preposição “em” com o 
pronome pessoal do caso oblíquo tônico “ela”, e não um pronome pessoal do 
caso reto, como afirma a frase. A banca manteve o gabarito como alternativa 
(C), mas tal questão deveria ter sido anulada, por não haver resposta correta, 
haja vista que esta última frase deveria ter sido marcada como errada. 
Gabarito: C 
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Objeto Indireto: “me, te, se, lhe, nos, vos, lhes”. (valor sintático) 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
Ana 
informou-me 
informou-te 
informou-lhe 
informou-nos 
informou-vos 
informou-lhes 
 revoga-se 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o ocorrido. 
o direito 
 
 
 
 
 
 
de ficar calada. 
sujeito VTDI + OI + OD + oração subordinada substantiva 
completiva nominal 
Se o verbo for transitivo indireto terminado em “s”, seguido de lhe, 
lhes, não se retira a terminação “-s”. 
 Obedecemos-lhe cegamente. 
Questão 4: CODEG 2013 Auxiliar Administrativo (banca Consulplan) 
Em “... a nova lei pode estimular o delito, em vez de coibi-lo.”, assinale a 
alternativa em que o complemento em destaque tem a mesma função 
sintática da partícula “lo”. 
A) Lê-se pouco no país. 
B) O réu será condenado pelo júri. 
C) A lei irá requerer uma apuração veloz. 
D) Deveriam entregar-lhe todas as provas. 
E) Há necessidade de apuração rápida dos fatos. 
Comentário: Na oração “coibi-lo”, o pronome pessoal oblíquo átono “o” (-lo) 
encontra-se na função de objeto direto, pois o verbo “coibir” é transitivo 
direto. Agora, temos que achar, dentre as alternativas, aquela que possua um 
objeto direto sublinhado. 
 Na alternativa (A), o vocábulo “se” é o índice de indeterminação do 
sujeito, haja vista que o verbo “Lê”, neste contexto, é intransitivo e o sujeito 
não está determinado. 
 Na alternativa (B), a expressão “pelo júri” é apenas o agente da passiva. 
 A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “requerer” é transitivo direto 
e o termo sublinhado “uma apuração veloz” é o objeto direto. 
 Na alternativa (D), o verbo “entregar” é transitivo direto e indireto, o 
termo “todas as provas” é o objeto direto e “lhe” é o objeto indireto. 
 Na alternativa (E), o termo “de apuração” é apenas o complemento 
nominal, pois o substantivo “necessidade” rege a preposição “de”. 
Gabarito: C 
 
Questão 5: Prefeitura Divinésia Administrador 2006 (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Não se confunda moralidade com moralismo, que é 
filho da hipocrisia. Moralidade faz parte da decência humana fundamental. 
Dispensa teorias, mas é a base de qualquer convívio e ordem social. Embora 
não necessariamente escrita, está contida também nas leis tão mal cumpridas 
do país. Todos a conhecem em seus traços mais largos, alguns a praticam. 
Para que um texto tenha coerência é preciso que as palavras estejam bem 
colocadas e interligadas. Analisando cada elemento do período a seguir e sua 
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referência; a opção que mostra uma possibilidade correta para o mesmo 
registro, sem que haja alteração do significado e consequente interpretação 
do mesmo é a seguinte: 
“Todos a conhecem em seus traços mais largos, alguns a praticam.” 
A) Todos lhe conhecem em seus traços mais largos, alguns lhe praticam. 
B) Todos os conhecem em seus traços mais largos, alguns a praticam. 
C) Todos os conhecem em seus traços mais largos, alguns os praticam. 
D) Todos as conhecem em seus traços mais largos, alguns as praticam. 
E) N.R.A. 
Comentário: Primeiro, vamos perceber que o pronome oblíquo átono “a” 
retoma o substantivo “moralidade”. Se esse vocábulo é feminino e singular, 
não pode ser substituído por “os” ou “as”. Assim, as alternativas (B), (C) e (D) 
estão erradas. 
 Os pronomes “o”, “a”, “os”, “as” são complementos diretos do verbo, 
chamados de objetos diretos. Veja que o verbo “conhecem” não admite 
preposição (conhecem alguma coisa). Assim, não podemos substituir o 
pronome pessoal oblíquo átono “a” (objeto direto) pelo pronome “lhe”, que 
somente pode substituir complementos preposicionados. 
 Assim, nenhuma resposta das alternativas responde ao pedido da 
questão, devendo ser marcada a alternativa (E). 
Gabarito: E 
 
Questão 6: CITEPE / 2012 / Técnico (banca Cesgranrio) 
O termo em destaque foi substituído pela forma de pronome oblíquo, de 
acordo com a norma-padrão, em: 
(A) Deram a notícia em primeira página. 
 Deram-la em primeira página. 
(B) Joguei as melhores fotos no computador. 
 Joguei-las no computador. 
(C) Merece o prêmio pelo seu trabalho. 
 Merece-lo pelo seu trabalho. 
(D) Vender o livro pela internet foi fácil. 
 Vendê-lo pela internet foi fácil. 
(E) Escolheram as crônicas mais interessantes. 
 Escolheram-las. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo transitivo direto 
“deram” termina em “m”, por isso devemos inserir “n” ao pronome “a”: 
“Deram-na em primeira página”. 
 A alternativa (B) está errada, pois o verbo transitivo direto “joguei” não 
termina em “r”, “s” ou “z”, por isso não se admite a consoante “l”: 
“Joguei-as no computador”. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo transitivo direto “merece” não 
termina em “r”, “s” ou “z”, por isso não se admite a consoante “l”: 
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“Merece-o pelo seu trabalho”. 
 A alternativa (D) é a correta, pois o verbo transitivo direto “vender” 
termina em “r”, por isso devemos inserir “l” ao pronome “o”. 
 A alternativa (E) está errada, pois o verbo transitivo direto “Escolheram” 
termina em “m”, por isso devemos inserir “n” ao pronome “a”: 
“Escolheram-nas”. 
Gabarito: D 
 
Complemento nominal: “me, te, lhe, nos, vos, lhes”. 
 Vimos na aula de sintaxe da oração que o complemento nominal é o 
termo que é exigido pelo nome. Assim, note que o substantivo “respeito” 
exigiu os complementos nominais que estão em negrito abaixo: 
 
(você) Tenha-me respeito. Tenha respeito a mim. 
(eu) Tenho-te respeito. Tenho respeito a ti. 
(eu) Tenho-lhe respeito. Tenho respeito a ele. 
(você) Tenha-nos respeito. Tenha respeito a nós. 
(eu) Tenho-vos respeito. Tenho respeito a vós. 
(eu) Tenho-lhes respeito. Tenho respeito a eles. 
sujeito VTD + CN + OD VTD + OD + CN 
Valor de posse (algo de alguém): “me, te, lhe, nos, vos, lhes”. 
Algumas gramáticas determinam a esses pronomes a função de adjunto 
adnominal, outras, objeto indireto. Para concurso, basta entender o valor de 
posse. 
Doem-me as pernas. (As minhas pernas doem.) 
Doem-te as pernas. (As tuas pernas doem.) 
Doem-lheas pernas. [As suas pernas doem. As pernas dele(dela) doem.] 
Doem-nos as pernas. (As nossas pernas doem.) 
Doem-vos as pernas. (As vossas pernas doem.) 
Doem-lhes as pernas. [As suas pernas doem. As pernas deles(delas) doem.] 
 
Questão 7: IBGE / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) 
O pronome destacado NÃO indica posse na seguinte frase: 
(A) A brisa da madrugada tocava-lhe o corpo. 
(B) A expectativa mantinha-lhe o coração acordado. 
(C) Faltava-lhe vontade de voltar para casa. 
(D) O sal impregnava-lhe as roupas. 
Comentário: Basta que troquemos pelo pronome possessivo. Veja: 
(A) A brisa da madrugada tocava seu corpo. 
(B) A expectativa mantinha seu coração acordado. 
(D) O sal impregnava suas roupas. 
 Perceba que, na alternativa (C), o verbo “Faltava” é transitivo direto e 
indireto, em que o pronome “lhe” é objeto indireto e “vontade” é o objeto 
direto. Assim, esse pronome não possui valor de posse. 
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Gabarito: C 
 
Questão 8: Câmara Mun Petrópolis–2010–Contador (banca F. Dom Cintra) 
O pronome em caixa alta no período “Abriu-LHE o paletó, o colarinho, a 
gravata e a cinta” tem emprego semântico e sintático semelhante ao do 
pronome em caixa alta na frase: 
A) Um menino pobre trouxe uma vela para acender-LHE junto ao corpo. 
B) Ninguém LHE deu oportunidade de morrer com dignidade. 
C) Como ninguém LHE queria pagar a corrida, o taxista negou-se a 
transportá-lo. 
D) Afinal, o morto só queria que LHE proporcionassem um mínimo de 
consideração. 
E) O policial disse que não LHE assistia recolher defuntos. 
Comentário: Na frase “Abriu-LHE o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta”, 
o verbo “abriu” é transitivo direto e o pronome “lhe” está sendo empregado 
com valor de posse. Veja: 
“Abriu o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta dele” 
“Abriu o seu paletó, o colarinho, a gravata e a cinta” 
 Assim, esse pronome “lhe” é o adjunto adnominal, que se encontra 
dentro do objeto direto “(-lhe) o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta”. 
 A questão pede a alternativa que possua o mesmo emprego semântico 
(valor de posse) e sintático (adjunto adnominal) do pronome “lhe”. 
 A alternativa (A) é a correta. É claro que podemos entender o verbo 
“acender” como transitivo direto, cabendo o pronome “a” como objeto direto. 
Veja: 
Um menino pobre trouxe uma vela para acendê-la junto ao corpo. 
 Se você pensou assim, está correto; mas deve perceber que também se 
admite a construção com o pronome “lhe” avivando o valor de posse. Veja: 
Um menino pobre trouxe uma vela para acender-lhe junto ao corpo. 
Um menino pobre trouxe uma vela para acender junto ao seu corpo. 
Um menino pobre trouxe uma vela para acender junto ao corpo dele. 
 Assim, o pronome “lhe” é o adjunto adnominal que se encontra agora 
dentro do adjunto adverbial de lugar “junto ao corpo”. Note que podemos 
fazer a seguinte pergunta: Para acender a vela onde? 
 O verbo continua sendo transitivo direto, mas o objeto direto passa a 
ficar subentendido: para acender (a vela) junto ao seu corpo. 
Assim, cabe entendermos a expressão “junto ao corpo” como adjunto 
adverbial de lugar e o “lhe” como adjunto adnominal que determina o núcleo 
“corpo”. 
 A alternativa (B) está errada, porque o pronome “lhe” é objeto indireto e 
não tem valor de posse. 
 O verbo “deu” é transitivo direto e indireto, o termo “oportunidade” é o 
objeto direto e “lhe” é o objeto indireto (deu oportunidade a alguém). 
 A alternativa (C) está errada, pois o pronome “lhe” é objeto indireto e 
não tem valor de posse. 
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 O verbo “pagar” é transitivo direto e indireto, o termo “a corrida” é o 
objeto direto e “lhe” é o objeto indireto (pagar a corrida a alguém). 
 A alternativa (D) está errada, porque o pronome “lhe” é objeto indireto 
e não tem valor de posse. 
 O verbo “proporcionassem” é transitivo direto e indireto, o termo “um 
mínimo de consideração” é o objeto direto e “lhe” é o objeto indireto 
(proporcionassem um mínimo de consideração a alguém). 
 A alternativa (E) está errada, porque o pronome “lhe” é objeto indireto e 
não tem valor de posse. 
 O verbo “assistia” é transitivo indireto, no sentido de “caber, competir”. 
A expressão “recolher defuntos” é o sujeito oracional e “lhe” é o objeto 
indireto (recolher defuntos não assistia a alguém = isso não assistia a 
alguém). 
Gabarito: A 
 
Questão 9: Furp 2009 Técnico (banca Funrio) 
Observe o conjunto de frase a seguir: 
1. Saiba que lhe amo por demais. 
2. Venha cá para eu lhe entregar o documento. 
3. Cresceram-lhe unhas e cabelos de modo surpreendente. 
Nos enunciados acima, o pronome lhe foi empregado, normativamente, 
A) na 1ª. e na 3ª. frases. 
B) na 1ª. e 2ª. frases. 
C) apenas na 2ª. frase. 
D) apenas na 3ª. frase. 
E) na 2ª. e 3ª. frases. 
Comentário: A frase 1 está errada, pois o verbo “amo” é transitivo direto, 
por isso não cabe o pronome “lhe”. Neste caso, o pronome correto deve ser 
“o” ou “a”: 
Saiba que a amo por demais. ou Saiba que o amo por demais. 
 A frase 2 está correta, pois o verbo “entregar” e transitivo direto e 
indireto, o termo “o documento” é o objeto direto e o pronome “lhe” está 
corretamente empregado como objeto indireto. 
Venha cá para eu lhe entregar o documento. 
 A frase 3 está correta, pois o pronome “lhe” está sendo empregado com 
valor de posse. Para entendermos isso, veja a reescrita: 
Cresceram-lhe unhas e cabelos de modo surpreendente. 
Suas unhas e cabelos cresceram de modo surpreendente. 
As unhas e cabelos dele/dela cresceram de modo surpreendente. 
 Assim, a alternativa correta é a (E). 
Gabarito: E 
 
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Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 6.4 
 
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 Sujeito acusativo: Os pronomes que funcionam como sujeito acusativo 
são “me, te, se, o, a, nos, vos, os, as”, quando estiverem em um período 
composto formado pelos verbos “fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir”, e 
um verbo no infinitivo ou no gerúndio. Esses são os verbos causativos e 
sensitivos, os quais foram mencionados quando estudamos as peculiaridades 
das orações subordinadas substantivas objetivas diretas. 
Ex. Deixei-a entrar atrasada. 
 Mandaram-me conversar com o diretor. 
 
 Parte Integrante do Verbo: Os pronomes me, te, se, nos, vos são parte 
integrante do verbo pronominal. Verbo pronominal é aquele que não se 
conjuga sem o pronome. São exemplos de verbo pronominal “suicidar-se, 
queixar-se, arrepender-se, esquecer-se, recordar-se, lembrar-se, referir-se...” 
Ex. Queixei-me de Pedro por ter atrapalhado o nosso trabalho. 
 Arrependam-se, pecadores! 
 
 Partícula Expletiva ou de Realce: Os pronomes que são partículas 
expletivas, ou partículas de realce são me, te, se, nos, vos. 
 Ocorre a partícula de realce com verbo intransitivo, com sujeito 
claramente determinado. Esse pronome pode ser retirado da frase, sem 
prejuízo de significado. 
Ex. João foi-se embora. 
 Maria morria-se de ciúmes da cunhada. 
Questão 10: Pref Apuiarés 2014 Cirurgião Dentista (banca Consulplan) 
Na tirinha, o “se” é utilizado com duas funções. Identifique o exemplo em que 
as duas ocorrências de “se” são iguais às da tirinha, respectivamente. 
 
a) Se acertamos, ninguém se lembra. Se erramos, ninguém se esquece. 
b) Desconcertado, a sós parte e nunca se lembra se foi o botão ou o tango. 
c) Há um vazio que sufoca, principalmente quando a gente se lembra de que 
se esqueceu. 
d) A felicidade também pode estar nas coisas simples e imperceptíveis a que 
não se dá valor, nem mesmo se lembra que se trata de um verdadeiro 
milagre. 
Comentário: Em “Selembra”, o pronome “se” é parte integrante do verbo. 
Em “se eu casasse”, o “se” é uma conjunção condicional. 
 A alternativa (A) está errada, pois apresenta quatro vocábulos “se”. O 
primeiro e terceiro são conjunções condicionais, e o segundo e quarto são 
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partes integrantes dos verbos. Como os quatro vocábulos deveriam seguir a 
ordenação parte integrante do verbo e conjunção, esta alternativa está 
errada. 
 A alternativa (B) é a correta, pois, em “se lembra”, o pronome “se” é 
parte integrante do verbo. Em “se eu casasse”, o “se” é uma conjunção 
integrante, pois inicia a oração subordinada substantiva “se foi o botão ou o 
tango”. 
 A alternativa (C) está errada, pois as duas ocorrências do vocábulo “se” 
são partes integrantes dos verbos “lembra” e “esqueceu”. 
 A alternativa (D) está errada, pois a primeira ocorrência do vocábulo 
“se” é o pronome apassivador, pois o verbo “dá” é transitivo direto e indireto, 
o objeto indireto é a expressão “a que” e o sujeito paciente é “valor”. Sempre 
que tivermos um pronome apassivador, devemos confirmar transformando a 
voz passiva sintética em voz passiva analítica: valor não é dado a coisas 
simples e imperceptíveis. 
 A segunda ocorrência do “se” é a parte integrante do verbo “lembra”. Já 
a terceira ocorrência é o índice de indeterminação do sujeito, haja vista que o 
verbo é transitivo indireto e o sujeito está indeterminado. 
Gabarito: B 
 
Questão 11: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) 
Em “...de que você possa arrepender-se” (título), o pronome destacado é 
parte integrante do verbo. Em qual das frases a seguir o “se” também é parte 
integrante do verbo? 
(A) Ninguém se queixou de problemas maiores. 
(B) Encontrou-se um caminho para um futuro ameno. 
(C) Não sei se um dia seria censurado. 
(D) Vive-se melhor com a ajuda de um especialista. 
(E) Viu-se diante de um problema insolúvel. 
Comentário: A alternativa correta é a (A), pois o verbo “queixou-se” é 
chamado de pronominal por possuir o pronome “se”, que é a parte integrante 
do verbo. 
 Na alternativa (B), o verbo “Encontrou” é transitivo direto, “se” é 
pronome apassivador e “um caminho” é sujeito paciente. 
 Na alternativa (C), o verbo “sei” é transitivo direto e toda a oração 
posterior é subordinada substantiva objetiva direta, por isso o “se” é 
conjunção integrante. 
 Na alternativa (D), o verbo “vive” é intransitivo, e o pronome “se” é o 
índice de indeterminação do sujeito. 
 Na alternativa (E), faltou o contexto nesta frase para uma melhor 
avaliação, pois se entende que alguém viu a si mesmo diante de um 
problema insolúvel. O verbo “viu” é transitivo direto e seu sujeito encontra-se 
em alguma parte do texto e não foi mencionado. O pronome “se” é reflexivo 
na função de objeto direto e “diante de um problema insolúvel” é um adjunto 
adverbial. Você poderia estar na dúvida de que esse “se” poderia ser um 
índice de indeterminação do sujeito. Isso não cabe porque o verbo é transitivo 
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direto e entendemos que há alguém como sujeito implícito. Também não 
podemos pensar esse termo como parte integrante do verbo, porque esse 
verbo não aceita este pronome. 
Gabarito: A 
 
Entendemos no geral o que é um pronome pessoal oblíquo átono. Agora, 
veremos especificamente a colocação pronominal. 
Colocação dos pronomes oblíquos átonos 
A colocação significa a posição do pronome oblíquo átono antes do verbo 
(próclise), depois do verbo (ênclise) ou no meio do verbo (mesóclise). 
Ênclise: o pronome surge após o verbo. Pode ser considerada a colocação 
básica do pronome, pois obedece à sequência verbo-complemento. Na língua 
culta, é observada no início das frases ou quando não houver palavra que 
atraia esse pronome: 
Apresento-lhe meus cumprimentos. Contaram-te tudo? 
Joana cansou-se de tanto andar. 
Observação: deve-se ter em mente que não se inicia oração com pronome 
oblíquo átono: estão erradas as construções “Me disseram assim.”, o ideal é 
“Disseram-me assim.” 
Próclise: o pronome surge antes do verbo, porque há uma palavra que o 
atrai, chamada palavra atrativa. 
Não nos mostraram nada. Nada me disseram. 
a) São palavras atrativas: advérbios¹, pronomes relativos², interrogativos³, 
conjunções subordinativas4 e, normalmente, as negações5: 
Sempre¹ se encontram. 
É a pessoa que² nos orientou. 
Quem³ te disse isso? 
Nada foi feito, embora4 se conhecessem as consequências da omissão. 
Não5 me falaram nada a respeito disso. 
b) Se, após a palavra atrativa houver pausa (vírgula, ponto-e-vírgula, dois-
pontos etc), a atração perde força e o pronome deve posicionar-se após o 
verbo: 
 Não nos falaram a verdade. Não, falaram-nos a verdade. 
 Agora nos fale a verdade. Agora, fale-nos a verdade. 
c) O pronome átono, não inicial, pode vir antes da palavra negativa: 
“...descia eu para Nápoles a busca de sol que o não havia nas terras do norte.” 
d) A colocação pronominal enclítica ocorre por força gramatical, porém os 
autores modernos têm optado pela próclise, mesmo não havendo palavra 
atrativa, haja vista o processo eufônico (soar melhor). Veja: 
O marceneiro feriu-se com a lâmina. 
O marceneiro se feriu com a lâmina. 
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 Esse recurso ganhou gosto nos tempos modernos tendo em vista fugir de 
um suposto artificialismo da linguagem. 
 Assim, chegamos à conclusão de que, com palavra atrativa, ocorrerá 
próclise obrigatoriamente. Além disso, mesmo sem palavra atrativa, pode 
ocorrer próclise, por eufonia. 
Observação: a tradição fixou a próclise ainda nos seguintes casos: 
1) com o gerúndio precedido da preposição em: 
Em lhe chegando o turno, volte ao trabalho com eficiência. 
2) nas orações exclamativas e optativas, com o verbo no subjuntivo e sujeito 
anteposto ao verbo: 
Bons ventos o levem! Deus te ajude! 
Note a diferença com: “Benza-o Deus!”. Nesta frase, o sujeito ficou 
posposto ao verbo, porque o pronome teve de ser deslocado para não iniciar a 
frase. 
3) Com a preposição “para” seguida de infinitivo, a colocação pronominal é 
facultativa (próclise ou ênclise), inclusive com palavra negativa: 
Para se equilibrar, ele segurou um graveto. 
Para equilibrar-se, ele segurou um graveto. 
Para não se esquecer, escreveu o recado na mão. 
Para não esquecer-se, escreveu o recado na mão. 
Mesóclise: o pronome é intercalado ao verbo, que deve estar no futuro do 
presente do indicativo ou futuro do pretérito do indicativo. Mas, se houver 
palavra atrativa, mesmo com os verbos nestes tempos, a colocação é a 
próclise: 
Mostrar-lhe-ei meus escritos. Falar-vos-iam a verdade? 
Nunca lhe mostrarei meus escritos. Jamais vos falarei a verdade. 
 
Agora, veja essas regras com uma locução verbal: 
O pronome oblíquo átono pode posicionar-se em qualquer das três 
formas a seguir: 
infinitivo gerúndio particípio 
1 Vou-lhe falar. Estou-lhe falando. Tenho-lhe falado. 
2 Vou lhe falar. Estou lhe falando. Tenho lhe falado. 
3 Vou falar-lhe. Estou falando-lhe. — 
 
Quando há hífen, sabe-se que ocorre ênclise. Assim, na estrutura 1, há 
ênclise ao verbo auxiliar; na 2 há próclise ao verbo principal e na 3 há ênclise 
ao verbo principal. Note que não pode haver ênclise com verbo no particípio. 
“Dica para memorizar: o particípio não participa da colocação pronominal.” 
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal 
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Observe também que não se muda o sentido com a mudança de posição 
do pronome oblíquo átono. 
Outra importante observação: via de regra, com palavra atrativa, o 
pronome oblíquo átono ficará proclítico ao auxiliar¹ ou ao principal², e enclítico 
ao principal³: 
infinitivo gerúndio particípio 
1 Não lhe vou falar. Não lhe estou falando. Não lhe tenho falado. 
2 Não vou lhe falar. Não estou lhe falando. Não tenho lhe falado. 
3 Não vou falar-lhe. Não estou falando-lhe. — 
 
Portanto, há de se concluir que as normas de colocação pronominal não 
devem ser vistas como preceitos intocáveis, ficando, em muitos casos, 
subordinados às exigências da ênfase, da harmonia e espontaneidade da 
expressão. 
Questão 12: IF AP 2016 Assistente Administrativo (banca FUNIVERSA) 
Fragmento do texto: Podemos entender cultura como uma dimensão do 
processo social e utilizá-la como um instrumento para compreender as 
sociedades contemporâneas. O que não podemos fazer é discutir sobre cultura 
ignorando as relações de poder dentro de uma sociedade ou entre sociedades. 
Notem bem: o estudo da cultura não se reduz a isso, mas essa é uma 
realidade que sempre se impõe. Assim é porque as próprias preocupações 
com cultura nasceram associadas às relações de poder, e também porque, 
como dimensão do processo social, a cultura registra as tendências e os 
conflitos da história coletiva por cuja transformação e por cujos benefícios as 
forças sociais se defrontam. O que quer dizer que as preocupações com a 
cultura desenvolveram-se associadas às relações de poder? Lembrem-se que 
elas se consolidaram junto com o processo de formação de nações modernas 
dominadas por uma classe social. Por outro lado, consolidaram-se integrando 
a nova ciência do mundo contemporâneo, que rompia com o domínio da 
interpretação religiosa, transformando a vida e a sociedade em esferas que 
podiam ser estudadas para que se pudesse agir sobre elas. 
A correção gramatical do texto seria mantida caso se substituísse 
a) “se reduz” (linha 5) por reduz-se. 
b) “se impõe” (linha 6) por impõe-se. 
c) “Lembrem-se” (linha 11) por Se lembrem. 
d) “se pudesse agir” (linha 16) por pudesse se agir. 
e) “se defrontam” (linha 10) por defrontam-se. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o advérbio “não” é palavra 
atrativa e força a próclise. 
 A alternativa (B) está errada, pois o advérbio “sempre” é palavra 
atrativa e força a próclise. 
 A alternativa (C) está errada, pois não se pode iniciar uma frase com 
pronome oblíquo átono. 
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal 
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 A alternativa (D) está errada, pois a palavra “que” é atrativa e força a 
próclise. 
 A alternativa (E) é a correta, pois, na oração “as forças sociais se 
defrontam”, não há palavra atrativa. Assim, cabe a ênclise. Veja: 
...por cujos benefícios as forças sociais se defrontam. 
...por cujos benefícios as forças sociais defrontam-se. 
Gabarito: E 
 
Questão 13: SEAP DF 2015 Agente Ativ Penitenciárias (banca FUNIVERSA) 
Julgue a frase como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto, julgue 
o item. 
Estaria mantida a correção gramatical do texto se o pronome “o", em “Mas o 
explorador o interrompeu", fosse deslocado para logo após a forma verbal 
“interrompeu", escrevendo-se interrompeu-o. 
Comentário: A afirmação está correta, pois, na oração “Mas o explorador o 
interrompeu”, não há palavra atrativa. Assim, cabe a ênclise. Veja: 
Mas o explorador o interrompeu... 
Mas o explorador interrompeu-o... 
Gabarito: C 
 
Questão 14: Prefeitura São Leopoldo Advogado 2010 (banca Consulplan) 
A substituição das palavras grifadas pelo pronome está INCORRETA em: 
A) “que transpõe um conceito moral” – que o transpõe. 
B) “exige crítica” – exige-a. 
C) “o que expõe o Brasil” – o que o expõe. 
D) “seria extirpar suas camadas iletradas” – seria extirpar-lhes. 
E) “mais apto a exercer a crítica” – mais apto a exercê-la. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o verbo “transpõe” é 
transitivo direto e o termo “um conceito moral” é o objeto direto. Por isso, 
pode ser substituído pelo pronome pessoal oblíquo átono “o”. Além disso, a 
palavra “que” é atrativa, por isso há próclise. 
 A alternativa (B) está correta, pois o substantivo “crítica” é o objeto 
direto, por isso pode ser substituído pelo pronome “a”. Como não há palavra 
atrativa, o pronome está corretamente posicionado após o verbo. 
 A alternativa (C) está correta, pois a expressão “o Brasil” é o objeto 
direto, assim pode ser substituído pelo pronome “o”. Como a palavra “que” é 
atrativa, o pronome antecipou-se em relação ao verbo. 
 A alternativa (D) é a errada, pois o verbo “extirpar” é transitivo direto e 
o termo “suas camadas iletradas” é objeto direto. Assim, cabe apenas o 
pronome pessoal oblíquo átono “as”, e não “lhes” como está nesta alternativa. 
Neste caso, o verbo “extirpar” perde o “r” e o pronome ganha o “l”: seria 
extirpá-los. 
 A alternativa (E) está correta, pois o verbo “exercer” é transitivo direto e 
o termo “a crítica” é o objeto direto. Por esse motivo, o pronome “a” pode 
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substituir esse termo. Como o verbo termina em “r”, retirou-se o “r” e inseriu-
se o “l” no pronome: exercê-la. 
Gabarito: D 
 
 
Questão 15: InvesteRio 2010 Administrador (banca Funrio) 
No Brasil, a colocação dos pronomes átonos nas frases recebe um tratamento 
peculiar ao idioma. A colocação pronominal que atende às exigências da 
norma padrão do Português brasileiro escrito está reproduzida na alternativa 
A) Os prisioneiros que libertaram-se do jugo dos terroristas, até hoje, estão 
traumatizados. 
B) Os avanços dos eletrônicos tiveram de se adequar à aquisição dos 
brasileiros. 
C) Ele reconhecia ter tratado-se de problemática já conhecida no passado, 
quando era jovem. 
D) Os fabricantes de armas não importaram-se com a dificuldade dos países 
em litígio. 
E) Quando fala-se a verdade, na maioria das vezes não se merece castigo 
muito severo. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pronome pessoal oblíquo 
átono “se” é atraído pelo pronome relativo “que”. Veja: 
Os prisioneiros que se libertaram do jugo dos terroristas, até hoje, estão 
traumatizados. 
 A alternativa (B) é a correta, pois, dentro de uma locução verbal, cabe a 
próclise ao verbo principal: “tiveram de se adequar”. 
 A alternativa (C) está errada, pois o pronome pessoal oblíquo átono 
nunca pode se posicionar após um verbo no particípio. Veja as possibilidades 
de reescrita: 
Ele reconhecia ter-se tratado de problemática já conhecida no passado, 
quando era jovem. 
Ele reconhecia ter se tratado de problemática já conhecida no passado, 
quando era jovem. 
 A alternativa (D) está errada, pois o pronome pessoal oblíquo átono “se” 
é atraído pelo advérbio “não”. Veja: 
Os fabricantes de armas não se importaram com a dificuldade dos países em 
litígio. 
 A alternativa (E) está errada, pois o pronome pessoal oblíquo átono “se” 
é atraído pela conjunção subordinada adverbial “Quando”. Veja: 
Quando se fala a verdade, na maioria das vezes não se merece castigo muito 
severo. 
Gabarito: B 
 
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Questão 16: ALERJ – 2011 – Digitador (banca CEPERJ) 
A colocação pronominal está incorreta no segmento: 
A) “Em se tratando da línguapadrão, a construção é inadequada.” 
(Folha de S.Paulo, 30/06/2011) 
B) “Cid Sampaio foi um político da extinta União Democrática Nacional (UDN). 
Se elegeu deputado federal e, mais tarde, como suplente, assumiu uma 
vaga no Senado” (O Globo, 18/07/2011) 
C) “Por isso é que se trata de um atentado à memória nacional essa história 
de ‘sigilo eterno’” (O Globo, 20/06/2011) 
D) “Chega a beirar a decadência a forma e a intensidade com que se pergunta 
de tudo a ele...” (Folha de S.Paulo, 07/09/2011) 
E) “O teste foi repetido com o mesmo sucesso quando se colocaram 
obstáculos de madeira...” (O Globo, 29/03/2011) 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a expressão “Em + 
gerúndio” (Em se tratando) força a próclise. 
 A alternativa (B) apresenta erro de colocação pronominal, pois não se 
pode iniciar enunciado com pronome oblíquo átono. O correto seria: “Elegeu–
se deputado federal...” 
 A alternativa (C) está correta, pois a palavra atrativa “que” força a 
próclise (“que se tratava”). 
 A alternativa (D) está correta, pois a palavra atrativa “que” força a 
próclise (“que se pergunta”). 
 A alternativa (E) está correta, pois a palavra atrativa é a conjunção 
subordinativa adverbial “quando”, a qual força a próclise (“que se pergunta”). 
Gabarito: B 
 
Questão 17: ALERJ – 2011 – Taquígrafo (banca CEPERJ) 
“...e ele era logo massacrado por um aparte.” - o pronome átono está 
corretamente empregado na frase: 
A) E um aparte logo massacraria-o. B) E um aparte logo lhe massacrava. 
C) E um aparte logo o massacraria. D) E um aparte logo massacrava-lhe. 
E) E um aparte logo massacrá-lo-á. 
Comentário: Primeiro, devemos observar que a oração “ele era logo 
massacrado por um aparte” encontra-se na voz passiva analítica. O termo 
“ele” é o sujeito paciente, “era massacrado” é a locução verbal e “por um 
aparte” é o agente da passiva. 
 As alternativas transpuseram esta oração para a voz ativa. Assim, 
ficaria: E um aparte logo massacrava (ele). 
 O problema desta construção é que o pronome pessoal “ele” é oblíquo 
tônico, isto é, necessita de preposição. Mas este vocábulo desempenha o 
papel de objeto direto. Assim, não se admite o uso do pronome “ele”, nem do 
pronome “lhe”. Esse último só pode ser usado para objeto indireto, 
complemento nominal ou valor de posse. Assim, eliminamos as alternativas 
(B) e (D). 
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 Além disso, perceba que o advérbio “logo” é palavra atrativa, forçando a 
próclise. Por isso, a alternativa correta é a (C). 
 É natural você ter ficado na dúvida quanto à mudança da flexão do 
verbo, pois ele se encontrava na forma original “era massacrado” no tempo 
pretérito imperfeito do indicativo; mas, na alternativa (C), o verbo 
“massacraria” encontra-se no futuro do pretérito do indicativo. 
 Como a questão pediu apenas o emprego do pronome átono, a única 
reposta correta é a alternativa (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 18: ALERJ – 2011 – Taquígrafo (banca CEPERJ) 
A colocação do pronome está correta no segmento: 
A) “Abandonada pelo noivo, a linda Li, estudante universitária de 22 anos, 
não resistiu à notícia de que ele se casara (com outra mulher, enfatize-se) 
em tempos tão liberais dias antes...” (Veja, 25/05/2011) 
B) “Confusões amorosas à vista: ela refaz seu cabelo e sua maquiagem, a 
deixando irreconhecível.” (O Globo, 06/05/2011) 
C) “Aldo confessa ter ajudado a acobertar o investigado: no Twitter, Marina 
tinha, sim, queixado-se da existência de inúmeras...” (O Globo, 13/05/2011) 
D) “A AIDS já circularia há mais de 100 anos: uma síndrome que, se estima, 
já teria matado 25 milhões de pessoas.” (O Globo, 09/06/2011) 
E) “Apareceu uma placa onde lia-se a inscrição ‘Presidente da República.’” 
(O Globo, 11/08/2011) 
Comentário: A alternativa (A) é a correta. O pronome “se” está corretamente 
posicionado antes do verbo “casara”. Além disso, a vírgula antes do verbo 
“enfatize” obriga o pronome a posicionar-se após esse verbo. 
 A alternativa (B) está errada, pois a vírgula após o substantivo 
“maquiagem” impede que haja próclise em relação ao verbo “deixando”. 
Assim, o pronome deve se posicionar após o verbo: “deixando-a 
irreconhecível”. 
 A alternativa (C) está errada, pois não pode haver ênclise com verbo no 
particípio. O correto é “Marina tinha se queixado, sim, da existência de 
inúmeras...” 
 A alternativa (D) está errada. Como a expressão “se estima” encontra-
se separada por vírgula, não se admite o pronome átono iniciando-a. O 
correto é “estima-se”. 
 A alternativa (E) está errada, pois o pronome relativo “onde” é uma 
palavra atrativa e força a próclise: “onde se lia a inscrição...” 
Gabarito: A 
 
Questão 19: Pref São Gonçalo – 2011 – Professor (banca CEPERJ) 
O SANDUÍCHE ESPECIAL 
 O dono do bar, para atrair mais freguesia, anunciou que fazia sanduíches 
de qualquer tipo de carne. O chato foi lá e pediu: 
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 – Me dá um sanduíche de elefante... 
 O copeiro coçou a cabeça, rodou pra lá, rodou pra cá, disfarçou, acabou 
indo falar com o patrão, que foi explicar ao freguês: 
 – Sinto muito, cavalheiro, mas acabou o pãozinho... 
(Siqueira & Bertolin - A construção da linguagem, Vol. I) 
Contraria a norma culta o trecho: 
A) “Me dá um sanduíche de elefante...” (l. 3) 
B) “...anunciou que fazia sanduíches...” (l. 1) 
C) “O dono do bar, para atrair mais freguesia...” (l. 1) 
D) “O copeiro coçou a cabeça...” (l. 4) 
E) “...que foi explicar ao freguês:” (l. 5) 
Comentário: Você percebeu que não podemos iniciar frase com pronome 
oblíquo átono? Assim, a alternativa (A) é a errada. 
 Devemos corrigir para “Dá-me um sanduíche de elefante...” 
 As demais alternativas não apresentam nenhum vício de linguagem. 
Gabarito: A 
 
Questão 20: Pref N. Sra. Socorro – 2011 – Contador (banca AOCP) 
Leia os fragmentos abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta 
apenas a(s) colocação(ões) pronominal(is) correta(s). 
I. “...qual o sentido de as recompensar...?” 
II. “...mas não obriga-nos a tomá-las...” 
III. “...isso deve-se ao nosso conhecimento limitado dos fatos’”. 
Está(ão) correta(s) 
(A) apenas I. (B) apenas II. (C) apenas III. 
(D) apenas I e II. (E) apenas II e III. 
Comentário: A colocação pronominal da frase I está correta, pois o verbo no 
infinitivo admite a próclise por eufonia. Assim, eliminamos as alternativas (B), 
(C) e (E). 
 A colocação pronominal da frase II está errada, pois o advérbio “não” é 
palavra atrativa e força a próclise: “mas não nos obriga a tomá-las”. Assim, 
eliminamos a alternativa (D) e já sabemos que alternativa correta é a (A). 
 A colocação pronominal da frase III está errada, pois o pronome 
demonstrativo “isso” é palavra atrativa e força a próclise: “...isso se deve ao 
nosso conhecimento limitado dos fatos’”. 
Gabarito: A 
 
Questão 21: Pref N. Sra. Socorro – 2011 – Assistente Adm (banca AOCP) 
Os fragmentos abaixo foram extraídos do texto e alterados. Assinale a única 
alternativa em que a expressão entre parênteses substitui corretamente a 
expressão destacada no fragmento. 
(A) “...novas armas da ciência para nos manter com aparência jovem para 
sempre...” (para mantermos-nos) 
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(B) “...capaz de proporcionar a jovialidade eterna para quem em suas águas 
se banhasse.” (banhasse-se) 
(C) “E parecem estar mais próximos de, no mínimo, postergá-la.” (a 
postergar) 
(D) “Assim, mesmo que evitemos o ataque cardíaco, outros problemas vão 
nospegar’” (vão pegar-nos) 
(E) “...seria a melhor e talvez única forma de nos afastarmos dos males...” 
(de afastarmos-nos) 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois, com a inserção enclítica do 
pronome “nos”, automaticamente o verbo em primeira pessoa do plural 
“mantermos” deve perder o “s” (para mantermo-nos). 
 Vale lembrar que o infinitivo antecedido da preposição “para” admite 
tanto a próclise quanto a ênclise. 
 Na alternativa (B), por motivos de eufonia, o pronome “se” deve ficar 
posicionado antes do verbo. Note que soa estranho esse pronome após “sse”. 
Isso é chamado de cacofonia (encontro ou repetição de sons que desagradam 
ao ouvido). 
 Na alternativa (C), note que a antecipação do pronome “a” faria com que 
este pronome ficasse imediatamente após uma pausa, o que leva a uma 
incorreção gramatical. 
 Na alternativa (D), a colocação pronominal está correta, pois pode ele 
ficar posicionado antes do verbo auxiliar, após o verbo auxiliar (com ou sem 
hífen) e após o verbo principal. Veja: 
outros problemas nos vão pegar 
outros problemas vão-nos pegar 
outros problemas vão nos pegar 
outros problemas vão pegar-nos 
 A alternativa (E) está errada, pois, com a inserção enclítica do pronome 
“nos”, automaticamente o verbo em primeira pessoa do plural “afastarmos” 
deve perder o “s” (para afastarmo-nos). 
 Vale lembrar que o infinitivo antecedido da preposição “para” admite 
tanto a próclise quanto a ênclise. 
Gabarito: D 
 
 
Questão 22: Petrobras / 2010 / Técnico (banca Cesgranrio) 
A frase que NÃO admite o uso do pronome destacado em posição proclítica é: 
(A) Ninguém me ofereceu ajuda quando mais precisei. 
(B) Quero que lhe entregue o resultado em breve. 
(C) Talvez a convide para passar o feriado em Búzios. 
(D) Eu não te darei uma resposta enquanto não tiver certeza. 
(E) Depois, se encarregue de avisar aos participantes que não haverá sorteio. 
Comentário: A construção proclítica é o posicionamento do pronome oblíquo 
átono antes do verbo. Ela não vai ocorrer quando se inicia enunciado, isto é, 
em início de frase ou após uma vírgula. 
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 Veja que a incorreta é a (E). O pronome “se” deve ser posicionado após 
o verbo: “Depois, encarregue-se”. As demais alternativas possuem palavras 
atrativas e terão próclise obrigatória. 
Gabarito: E 
 
Questão 23: SUAPE / 2011 / Superior (banca Cesgranrio) 
“Mas não me deixe sentar” 
Considerando a passagem transcrita acima, analise as afirmações a seguir. 
A colocação do pronome destacado no verso transcrito está adequada à norma 
padrão da Língua Portuguesa. 
PORQUE 
A palavra “não”, advérbio de negação, exige que o pronome oblíquo esteja em 
posição proclítica. 
A esse respeito, conclui-se que 
(A) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. 
(B) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. 
(C) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa. 
(D) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira. 
(E) as duas afirmações são falsas. 
Comentário: Realmente a colocação está adequada e o motivo também está 
correto, pois o advérbio “não” é palavra atrativa que obriga a próclise. 
Gabarito: A 
 
Questão 24: Petrobras / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) 
A colocação do pronome átono destacado está INCORRETA em: 
(A) Quando se tem dúvida, é necessário refletir mais a respeito. 
(B) Tudo se disse e nada ficou acordado. 
(C) Disse que, por vezes, temos equivocado-nos nesse assunto. 
(D) Alguém nos informará o valor do prêmio. 
(E) Não devemos preocupar-nos tanto com ela. 
Comentário: Quando há palavra atrativa (“Quando”, “Tudo”, “Alguém”), 
deverá haver próclise, por isso as alternativas (A), (B) e (D) estão corretas. 
 O particípio nunca admite ênclise (pronome átono após o verbo), por 
isso é a alternativa (C) a incorreta. 
 Numa locução verbal, mesmo com palavra atrativa (“Não”), pode haver 
ênclise do verbo principal. Assim, a alternativa (E) está correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 25: Petrobras / 2010 / Técnico (banca Cesgranrio) 
Leia as frases abaixo. 
I – Convém que entregue o relatório o mais rápido possível. (me) 
II – Amanhã, anunciarei as novas rotinas do setor. (lhes) 
III – Sentindo ofendido, retirou-se do plenário. (se) 
IV – Quem informará as suas novas designações? (lhe) 
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A exigência da próclise ocorre APENAS nas frases 
(A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV. (D) II e III. (E) III e IV. 
Comentário: Para que haja próclise, deve haver palavra atrativa. Há palavra 
atrativa na frase I (“que”: que me entregue), na frase IV (“Quem”: Quem me 
informará). 
 Na frase II também ocorreu a palavra atrativa, porém houve uma 
vírgula entre ela e o verbo, por isso não pode haver próclise. Portanto, a 
alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
Questão 26: LIQUIGAS / 2010 / Médio (banca Cesgranrio) 
Por se tratar de um relato pessoal, “Que saudade da minha professorinha” 
admite um uso linguístico menos preso à norma-padrão quanto à colocação 
dos pronomes oblíquos átonos. 
O trecho do texto que comprova essa afirmação é: 
(A) “A primeira presença em meu aprendizado escolar que me causou 
impacto,” 
(B) “Minha alfabetização não me foi nada enfadonha,” 
(C) “A minha alegria de viver, que me marca até hoje,” 
(D) “Eunice me pedia que colocasse numa folha de papel tantas palavras 
quantas eu conhecesse.” 
(E) “Me faz até lembrar daquela música antiga,” 
Comentário: A questão nos mostra que no texto há um desvio da colocação e 
sabemos que não podemos iniciar frase com pronome oblíquo átono, por isso, 
na alternativa (E), o ideal seria “Faz-me...” 
 Na alternativa (A), o pronome relativo “que” é palavra atrativa e exigiu 
a próclise. 
 Na alternativa (B), o advérbio “não” é palavra atrativa e exigiu a 
próclise. 
 Na alternativa (C), o pronome relativo “que” é palavra atrativa e exigiu 
a próclise. 
 Na alternativa (D), não há palavra atrativa, mas, por eufonia, admite-se 
a próclise. 
Gabarito: E 
 
 
Você viu como é importante a colocação pronominal? Assunto tão 
importante quanto esse são os valores do pronome “se”: índice de 
indeterminação do sujeito e pronome apassivador. Além disso, veremos outros 
valores desse pronome. 
 
 
 
 
 
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Valor do pronome oblíquo átono “se” 
Índice de indeterminação do sujeito (voz ativa): 
Vimos na aula de concordância que o pronome “se” pode ser índice de 
indeterminação do sujeito (IIS), o qual se junta a verbo transitivo indireto, 
intransitivo e de ligação, na intenção de indeterminar o agente (sujeito). 
Perceba que todas as orações em que ele aparece obrigatoriamente estão na 
voz ativa e o verbo obrigatoriamente fica na 3ª pessoa do singular. 
Trata-se de assuntos sigilosos. 
(verbo transitivo indireto + IIS + objeto indireto) 
Morre-se de fome em várias partes do mundo. 
(verbo intransitivo + IIS + adjunto adverbial de causa + adjunto adverbial de lugar) 
É-se feliz aqui. 
(verbo de ligação + IIS + predicativo + adjunto adverbial de lugar) 
 
Pronome apassivador (voz passiva sintética): 
Também vimos na mesma aula que o pronome “se” pode ser pronome 
apassivador (PAp), o qual se junta a verbo transitivo direto ou a verbo 
transitivo direto e indireto, na intenção de indeterminar o agente (agente da 
passiva). Perceba que todas as orações em que ele aparece obrigatoriamente 
estão na voz passiva sintética e o verbo concorda com o sujeito paciente: 
 
 
Consertam-se carrocerias. Carrocerias são consertadas.VTD + PAp + sujeito paciente sujeito paciente locução verbal 
voz passiva sintética voz passiva analítica 
 
 
Pronome reflexivo (voz reflexiva): 
Diz-se que um pronome é reflexivo quando este “reflete” a ação ao 
mesmo elemento. Isto é, o sujeito age e o objeto direto sofre a ação, porém a 
mesma pessoa (ou coisa) será também o objeto direto. Veja: 
 Ana olhou-se no espelho. (Ana olhou alguém e esse alguém é ela mesma) 
 Porém, podemos ter dúvida se esse pronome é reflexivo ou apassivador. 
Por isso, vamos a suas diferenças: 
Feriu-se o atleta durante a partida. 
Há ambiguidade gerada a partir do se, pois não se sabe se o atleta agiu 
ou sofreu a ação. Por isso há necessidade de um contexto, e é isso que tem 
caído em prova. 
Supondo-se que o atleta agiu contra ele mesmo (caiu sozinho, por 
exemplo), o pronome se será entendido como pronome reflexivo: 
Feriu-se o atleta durante a partida. 
VTD + P Refl 
 (OD) 
sujeito 
agente 
adjunto adverbial de tempo 
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A ambiguidade é desfeita, substituindo o pronome átono “se” pela 
expressão tônica “a si mesmo”, da seguinte maneira: 
O atleta feriu a si mesmo durante a partida. 
sujeito agente VTD + P Refl (OD prep) adjunto adverbial de tempo 
Supondo-se que o atleta sofreu a ação de alguém (agente da passiva) 
que não foi identificado, o pronome se será entendido como pronome 
apassivador: 
Feriu-se o atleta durante a partida. (* O agente da passiva 
está indeterminado) VTD + P Ap sujeito 
paciente 
adjunto adverbial de tempo 
A ambiguidade é desfeita da seguinte maneira: 
O atleta foi ferido durante a partida. (* O agente da passiva 
continua indeterminado) sujeito 
paciente 
locução verbal adjunto adverbial de tempo 
 
Pronome reflexivo recíproco (voz reflexiva recíproca): 
Esse pronome transmite uma reação dos objetos direto ou indireto à 
ação do sujeito, por isso é chamado de pronome reflexivo recíproco (P Rec) e 
compõe a voz recíproca, que é apenas uma variação da reflexiva, com o 
detalhe de que se necessita de no mínimo dois indivíduos para se efetivar a 
reciprocidade. Uma forma prática de visualizar o pronome reflexivo recíproco é 
subentender os advérbios de modo “reciprocamente”, “mutuamente”: 
 
Os deputados cumprimentaram-se após a sessão plenária. 
sujeito VTD + P Rec (OD) adjunto adverbial de tempo 
voz reflexiva recíproca 
Com base no que foi visto anteriormente sobre o pronome apassivador, 
reflexivo recíproco e o puramente reflexivo, entendamos a diferença entre 
eles, dependendo do contexto. Usamos para isso o sujeito iniciado com a 
expressão “mais de um”: 
Feriu-se mais de um atleta durante a partida. 
VTD + P Refl sujeito agente adjunto adverbial de 
tempo 
 
Mais de um atleta feriu a si mesmo durante a partida. 
sujeito agente VTD + P Refl adjunto adverbial de tempo 
 
 
Feriu-se mais de um atleta durante a partida. 
VTD + P Ap sujeito paciente adjunto adverbial de 
tempo 
 
Mais de um atleta foi ferido durante a partida. 
sujeito paciente locução 
verbal 
adjunto adverbial de 
tempo 
 
Feriram-se mais de um atleta durante a partida. 
VTD + P Rec sujeito agente adjunto adverbial de 
tempo 
 
Mais de um atleta feriram-se mutuamente durante a partida. 
sujeito agente VTD + P Rec + adj adv 
 modo 
adjunto adverbial de 
tempo 
Pronome reflexivo: cada atleta 
a seu tempo se machucou 
durante a partida; portanto, 
verbo no singular. 
Pronome recíproco: os 
atletas se chocaram. Um 
contra o outro. Esta é a 
exceção à regra da 
concordância com o 
sujeito “mais de um”. 
Verbo no plural. 
Pronome apassivador: cada 
atleta a seu tempo foi machucado 
por um agente (agente da passiva) 
que não foi identificado, isto é, 
está indeterminado. Verbo 
concorda no singular. 
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Questão 27: MAPA 2014 Agente Inspeção Sanitária (banca Consulplan) 
Com base no período “Não se encontram nos dicionários todas as palavras 
usadas numa língua.”, analise as afirmativas. 
I. A forma “se” tem a mesma função que possui no título do texto “E se o 
Brasil ainda fosse uma monarquia?”. 
II. O trecho “todas as palavras usadas numa língua” atua sintaticamente 
como sujeito do verbo “encontrar”. 
III. A expressão “nos dicionários” atua como adjunto adverbial. 
IV. “numa língua” também funciona como adjunto adverbial. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
A) I e II. B) I e IV. C) II e III. D) III e IV. 
Comentário: A frase I está errada, pois, na oração “Não se encontram nos 
dicionários todas as palavras usadas numa língua.”, o verbo “encontram” é 
transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e o termo “todas as palavras 
usadas numa língua” é o sujeito paciente. Lembre-se de que, sempre que 
achamos um possível pronome apassivador, devemos transformar a voz 
passiva sintética em voz passiva analítica: Todas as palavras usadas numa 
língua não são encontradas nos dicionários. Já o vocábulo “se”, na frase “E se 
o Brasil ainda fosse uma monarquia?”, é uma conjunção condicional. Assim, 
há dois valores distintos nas duas ocorrências do vocábulo “se”. 
 A frase II está correta, pois, como afirmado acima, a expressão “todas 
as palavras usadas numa língua” exerce a função de sujeito paciente. 
 A frase III está correta, pois “no dicionário” é expressão que transmite o 
lugar onde não se encontram todas as palavras usadas numa língua.”. Assim, 
“no dicionário” é o adjunto adverbial de lugar. 
 A frase IV está errada, pois “numa língua” não é expressão que 
transmitiria o lugar onde todas as palavras seriam usadas. Também não cabe 
nenhuma outra circunstância adverbial. Assim, “numa língua” é apenas o 
complemento nominal do adjetivo “usadas”. 
 Assim, a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 28: CBTU 2014 Administrador (banca Consulplan) 
“Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se escreve coisas 
inúteis, se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente) para obter um 
efeito ou um escândalo; se se conforma sem convicção a opiniões nas quais 
não acredita.” A respeito das várias ocorrências do termo destacado “se”, é 
correto afirmar que 
A) em todas as ocorrências a função do termo “se” é a mesma. 
B) entre as quatro ocorrências podem ser identificadas apenas duas funções 
distintas do “se”. 
C) a primeira ocorrência pode ser substituída por “já que”, sem que haja 
alteração quanto ao sentido. 
D) as duas últimas ocorrências representam ênfase quanto à condição para 
que haja nocividade no trabalho do escritor. 
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Comentário: As três primeiras ocorrências do vocábulo “se” são conjunções 
condicionais. Para confirmar, podemos, fazendo alguns ajustes nos verbos, 
trocar a conjunção “se” pela conjunção “caso”, também condicional: 
“É nocivo caso escreva coisas inúteis, caso deforme ou falsifique (mesmo 
inconscientemente) para obter um efeito ou um escândalo; caso se conforme 
sem convicção a opiniões nas quais não acredita.” 
 Podemos notar que os verbos referem-se ao substantivo “escritor”. 
Assim, o último pronome “se” é reflexivo, pois se subentende a expressão 
“ele mesmo”: se ele conforma ele mesmo como sem convicção a opiniões nas 
quais não acredita. 
 Assim, fica fácil perceber que a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
 
Questão 29: BANESTES 2013 Assistente Securitário (banca Consulplan) 
Nas frases abaixo, as palavras sublinhadas possuem o mesmo valor 
semântico, EXCETO: 
(A) “Quando eu estiver louco,subitamente se afaste …” 
(B) “Muitos desses pacientes recorrem à ajuda psicanalítica e se medicam a 
fim de minimizar os efeitos desastrosos...” 
(C) “…são os que simplesmente se autointitulam ‘difíceis’…” 
(D) “...Se a pessoa é difícil, é porque está se levando a sério demais..” 
(E) “Hoje em dia, se alguém chegar perto de mim avisando ‘sou uma pessoa 
difícil’,...” 
Comentário: Nas alternativas (A), (B), (C) e (D), o vocábulo “se” é pronome 
reflexivo, pois entendemos a expressão “a si mesmo”, “de si mesmo”, “você 
mesmo”, “ele mesmo” etc. Veja: 
“Quando eu estiver louco, subitamente afaste você mesma de mim …” 
“Muitos desses pacientes recorrem à ajuda psicanalítica e medicam a si 
mesmos a fim de minimizar os efeitos desastrosos...” 
“…são os que simplesmente intitulam a si mesmos ‘difíceis’…” 
“...Se a pessoa é difícil, é porque está levando ela mesma a sério demais..” 
Observação: apesar de ser amplamente usada na linguagem culta, a 
expressão “se autointitulam”, da alternativa (C), é um pleonasmo, uma 
redundância, haja vista que o próprio radical “auto” já transmite a ideia 
reflexiva. 
 Assim, a alternativa (E) é a exceção, haja vista que o vocábulo “se” é 
uma conjunção condicional. 
Gabarito: E 
 
Questão 30: Liquigás 2013 Engenheiro (banca Cesgranrio) 
A palavra se, empregada em “Que me aconteceria se eu dissesse a uma bela 
dama...”, tem a mesma classe gramatical do que se destaca em: 
(A) Não se sabe quão fundamental é dominar a norma-padrão da língua. 
(B) Se não dominamos o idioma, não conseguimos nos expressar bem. 
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(C) Cria-se muita polêmica em relação ao uso da língua portuguesa. 
(D) Não se precisa de todas as regras gramaticais para usar bem o idioma. 
(E) É normal não se dominarem todas as regras da norma-padrão. 
Comentário: Na frase “Que me aconteceria se eu dissesse a uma bela 
dama...”, a palavra “se” é uma conjunção. Ela é subordinativa adverbial 
condicional. Note que podemos substituí-la por “caso”: “Que me aconteceria 
caso eu dissesse a uma bela dama...”. 
 Na alternativa (A), o vocábulo “se” é o pronome apassivador, pois o 
verbo “sabe” é transitivo direto e toda a informação posterior é o sujeito 
oracional. Para termos certeza de que o pronome “se” realmente é 
apassivador, devemos transformar a voz passiva sintética em analítica: 
Não se sabe isso. Isso não é sabido. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o vocábulo “se” também é uma 
conjunção. Aí podemos entender uma conjunção causal ou condicional. Como 
há verbo no modo indicativo, textualmente há valor causal, mas há 
gramáticos que ainda veem nesse caso o valor condicional. Assim, o valor 
exato de tal conjunção dependerá muito da intenção comunicativa do autor do 
texto. Se usamos a conjunção causal, a informação é uma constatação; se 
usamos a conjunção condicional, a informação é uma suposição. Veja: 
Como não dominamos o idioma, não conseguimos nos expressar bem. 
Caso não dominemos o idioma, não conseguiremos nos expressar bem. 
 Com a simples troca da conjunção, podemos notar, pela manutenção 
dos verbos no modo indicativo, o valor causal. 
 Na alternativa (C), o vocábulo “se” é o pronome apassivador, pois o 
verbo “Cria” é transitivo direto e o termo “muita polêmica” é o sujeito 
paciente. Para termos certeza de que o pronome “se” realmente é 
apassivador, devemos transformar a voz passiva sintética em analítica: 
Cria-se muita polêmica Muita polêmica é criada 
 Na alternativa (D), o vocábulo “se” é o índice de indeterminação do 
sujeito, pois o verbo “precisa” é transitivo indireto e o termo “de todas as 
regras gramaticais” é o objeto indireto. 
Não se precisa de todas as regras gramaticais para usar bem o idioma. 
 Na alternativa (E), o vocábulo “se” é o pronome apassivador, pois o 
verbo “dominarem” é transitivo direto e o termo “todas as regras da norma-
padrão” é o sujeito paciente. Para termos certeza de que o pronome “se” 
realmente é apassivador, devemos transformar a voz passiva sintética em 
analítica: 
não se dominarem todas as regras não serem dominadas todas as regras 
Gabarito: B 
 
 
 
 
 
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b) Pronomes pessoais oblíquos tônicos: 
Os pronomes oblíquos tônicos são precedidos de preposição e são os 
seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, 
vós, convosco, eles, elas. 
Abaixo segue a diferença entre os tipos de pronomes pessoais: 
 Eu, tu / Mim, ti 
Eu e tu exercem a função sintática de sujeito (então são pronomes 
pessoais do caso reto). Mim e ti exercem a função sintática de complemento 
verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre são 
precedidos de preposição (então são pronomes pessoais do caso oblíquo 
tônico). Confira no exemplo a seguir: 
 
 
Comprei um livro para eu ler. 
 VTD + OD Suj + VI 
oração principal or sub adv final 
(reduzida de 
infinitivo) 
período composto 
 
Comprei um livro para mim. 
 VTDI + OD OI 
período simples 
 
Nada há entre mim e ti. 
 OD +VTD adj adv de lugar 
período simples 
 
 
 Por isso, são construções viciosas as seguintes: “Comprei um livro 
para mim ler”, “Comprei um livro para eu” “Nada há entre eu e tu”. 
Si, consigo 
São pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados 
na voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca. 
Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho. 
 Maria trouxe consigo os três irmãos. 
Assim, é considerada errada a construção de “consigo” com o valor de 
“com você”: Gostaria de falar consigo. (vício de linguagem) 
Troque por: Gostaria de falar com você. 
Com nós, com vós / conosco, convosco 
Maria esteve conosco. Falarei convosco. 
Usa-se com nós ou com vós, quando os pronomes pessoais são 
reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou 
algum numeral. 
eu (sujeito): 
pronome pessoal 
do caso reto 
para mim (objeto 
indireto): pronome 
pessoal do caso oblíquo 
tônico 
entre mim e ti (adjunto 
adverbial de lugar): 
pronome pessoal do caso 
oblíquo tônico 
O sujeito não 
admite preposição, 
por isso a 
preposição “para” 
se refere a toda a 
oração adverbial 
de finalidade, não 
só ao sujeito. 
O objeto indireto e 
o adjunto adverbial 
são termos 
preposicionados, 
por isso há 
preposição 
antecedendo-os. 
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Gilberto conversou com nós todos a respeito de seus estudos. 
 Ele falou que sairia com nós dois. 
Dele (do) + substantivo / De ele (de o) + substantivo. 
É importante observar que não pode haver contração de preposição e 
artigo antes do núcleo do sujeito. Da mesma forma, quando os pronomes 
pessoais ele(s), ela(s), ou qualquer substantivo, funcionarem como sujeito, 
não devem ser contraídos com a preposição de. 
 É chegada a hora de ele assumir a responsabilidade. (emprego correto) 
 É chegada a hora dele assumir a responsabilidade. (emprego incorreto) 
 No momento de o orador discursar, faltou-lhe a palavra. (emprego correto) 
 No momento do orador discursar, faltou-lhe a palavra. (emprego incorreto) 
Questão 31: Prefeitura Riachuelo Auxiliar Adm 2010 (banca Consulplan) 
Assinale a alternativa em que o pronome pessoal encontra-se empregado 
corretamente: 
A) Para mim, viajar de avião é um martírio. 
B) Ora, Ana, não falei consigo? 
C) Aquela carta era para mim ler. 
D) O assunto deve ser resolvido por eu e você. 
E) Deixaram eu sair cedo. 
Comentário: A diferença básica entre “eu”/“tu” e “mim”/“ti” é que aqueles 
(“eu”/“tu”) ocupam a função de sujeito(executam a ação) e estes 
(“mim”/“ti”) são os complementos. Veja: 
Comprei um livro para mim. Comprei um livro para eu ler. 
 (mim: complemento do verbo) (eu: sujeito do verbo “ler”) 
 A alternativa (A) é a correta, pois a expressão “Para mim” é um 
complemento. Note que a expressão “viajar de avião” é o sujeito do verbo “é”. 
 A alternativa (B) está errada, pois “consigo” só pode ser utilizado na 
língua portuguesa do Brasil como ideia reflexiva. Sempre que você tiver 
dúvida, subentenda o pronome “mesmo”ou “próprio”. Veja: 
Ela levou a mala consigo. 
O emprego está correto - ideia reflexiva: Ela levou a mala consigo mesma. 
Mas, sem a ideia reflexiva, o pronome pessoal oblíquo tônico “consigo” só é 
aceito em Portugal. No Brasil, o correto é trocar por “com você”. 
Ela falou consigo. Ela levou a mala com você. 
 (correto em Portugal) (correto no Brasil) 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “ler” exige o sujeito “eu” 
(mim não faz nada, concorda????). Devemos preservar o pronome pessoal do 
caso reto (“eu”) como sujeito: Aquela carta era para eu ler. 
 A alternativa (D) está errada, pois a expressão “eu e você” é 
preposicionada. Note que este termo não é o sujeito. Assim, o correto é a 
substituição de “eu” por mim. Veja: 
O assunto deve ser resolvido por mim e você. 
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 A alternativa (E) está errada, pois a estrutura “Deixaram eu sair cedo” 
apresenta o chamado verbo causativo. Esta construção é curiosa, pois o verbo 
“Deixaram” possui o pronome como objeto direto e o verbo “sair” possui o 
pronome como sujeito. É o único caso em que um pronome oblíquo átono 
(me, te, se, o, a, os, as, nos, vos) é objeto direto e sujeito ao mesmo tempo. 
Esse é o caso do sujeito acusativo. Assim, o correto seria: 
Deixaram-me sair cedo. 
Quer ver mais exemplos: (Ouvi-a chamar / Mandou-me calar) 
Gabarito: A 
 
Questão 32: IBGE Agente 2011 (banca Consulplan) 
Assinale a alternativa cujos pronomes completam correta e sequencialmente 
as lacunas. 
1. “Entre ________ e ela sempre houve respeito.” 
2. “Para ________ cuidar do pai idoso não é fácil.” 
3. “Avisaram ________ o horário de visitas.” 
4. “Deixo ________ viver aqui.” 
A) eu / eu / lhe / lhe B) mim / eu / lhe / lhe 
C) mim / mim / lhe / o D) mim / mim / o / o 
E) eu / mim / lhe / lhe 
Comentário: Primeiro, lembremos que o pronome pessoal do caso reto 
cumpre papel de sujeito. Assim, não é termo preposicionado. 
 Assim, nas frases 1 e 2, só cabe o pronome “mim”, pois os termos 
“Entre mim e ela” e “Para mim” são apenas complementos da estrutura 
verbal. Veja que podemos separar por vírgula: 
“Entre mim e ela, sempre houve respeito.” 
“Para mim, cuidar do pai idoso não é fácil.” 
 Por esse motivo, já sabemos que a resposta correta está entre as 
alternativas (C) e (D). 
 O verbo “avisaram” é transitivo direto (exige complemento sem 
preposição) e indireto (exige complemento com preposição). Como o termo 
que sobra não é iniciado por preposição (“o horário de visitas”), sabemos que 
a lacuna deve ser preenchida pelo objeto indireto “lhe”. 
 Portanto, a alternativa correta é a (C). 
 Confirmando, perceba que o verbo “Deixo” é transitivo direto e exige o 
objeto direto “o”. 
Gabarito: C 
 
Questão 33: FINEP 2011 Técnico (banca Cesgranrio) 
Em que sentença o pronome assinalado está empregado de acordo com a 
norma-padrão? 
(A) O professor vai convidar-lhe para o meu primeiro recital. 
(B) Na vida, só se pode concordar com si mesmo. 
(C) Nós nunca se lembramos dos endereços eletrônicos de todos os amigos. 
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(D) Um amigo pediu para mim indicar uma boa escola de música. 
(E) O fato de ela aprender piano depois dos 50 anos não surpreendeu. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “convidar” é 
transitivo direto e não admite o pronome “-lhe”, mas “-o” e suas variações. 
Veja: 
O professor vai convidá-lo para o meu primeiro recital. 
O professor vai convidá-la para o meu primeiro recital. 
 A alternativa (B) está errada, pois o pronome pessoal oblíquo tônico “si” 
não admite ser precedido da preposição “com”. Assim, devemos corrigir para 
“consigo”. Veja: 
Na vida, só se pode concordar consigo mesmo. 
 A alternativa (C) está errada, pois o pronome pessoal oblíquo átono 
deve concordar em pessoa e número com o seu referente. Assim, o correto é: 
Nós nunca nos lembramos dos endereços eletrônicos de todos os amigos. 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “indicar” tem como sujeito o 
pronome anterior. Assim, não cabe o pronome pessoal oblíquo tônico “mim”, 
mas o pronome pessoal do caso reto “eu”. Veja: 
Um amigo pediu para eu indicar uma boa escola de música. 
 A alternativa (E) é a correta, pois o pronome pessoal do caso reto “ela” 
encontra-se na função de sujeito. Além disso, é importante observar que não 
cabe a contração “dela”, tendo em vista que sujeito não admite ser precedido 
de preposição. A preposição “de”, neste caso, está apenas iniciando a oração 
subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo “de ela 
aprender piano depois dos 50 anos”. Assim, não tem relação sintática com o 
sujeito dessa oração. 
Gabarito: E 
 
Questão 34: PROMINP / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) 
Considere as frases abaixo. 
• Para ____, apreciar o espetáculo das ondas é prazeroso. 
• Desejando uma maior atenção, veio até ______ pedir conselhos. 
• Não deveria haver divergências entre ______ e você, afinal somos amigos. 
A sequência que completa corretamente as lacunas acima, segundo o registro 
culto e formal da língua, é 
(A) eu – mim – mim (B) eu – mim – eu (C) eu – eu – eu 
(D) mim – mim – mim (E) mim – eu – eu 
Comentário: Na primeira frase, perceba que o pronome a ser inserido não 
ocupa a função sintática de sujeito de “apreciar”, pois há vírgula separando-
os. Assim, o único pronome que cabe é “mim”. Com isso, eliminamos as 
alternativas (A), (B), (C). 
 Na segunda frase, note que a preposição “até” marca limite, o qual não 
pode ser desempenhado por um pronome pessoal do caso reto, mas pelo 
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oblíquo “mim”. Com isso, já sabemos que a alternativa correta é a (D). 
 Para se certificar, veja que a preposição “entre” marca o início de um 
adjunto adverbial de lugar (espaço abstrato entre pessoas). Por isso não cabe 
o pronome reto “eu”, mas o oblíquo “mim”. 
Gabarito: D 
 Agora, é hora de falarmos um pouco sobre os pronomes indefinidos!!!! 
 Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de 
uma maneira vaga, imprecisa, genérica. Eles podem ter valor substantivo 
(Alguém veio aqui.) ou adjetivo (Alguma coisa aconteceu aqui.). São eles: 
 
Invariáveis Variáveis 
alguém, 
ninguém, tudo, 
nada, algo, 
cada, outrem, , 
alhures, mais, 
menos, 
demais. 
algum, alguns, alguma, algumas, nenhum, nenhuns, 
nenhuma, nenhumas, todo, todos, toda, todas, muito, 
muitos, muita, muitas, bastante, bastantes, pouco, 
poucos, pouca, poucas, certo, certos, certa, certas, tanto, 
tantos, tanta, tantas, quanto, quantos, quanta, quantas, 
um, uns, uma, umas, qualquer, quaisquer, vário, vária, 
vários, várias, etc 
 
Acrescentam-se, ainda, as locuções pronominais indefinidas: cada um, 
cada qual, quem quer que, todo aquele que, tudo o mais... 
 
Usos de alguns pronomes indefinidos 
Todo: Deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o substantivo à sua 
frente o exigir; caso signifique cada ou todos, não terá artigo, mesmo que o 
substantivo exija. 
 Todo

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