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APOSTILA DE EXERCICIOS

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1 
 
FACULDADE CAMPO REAL – CURSO DE DIREITO 
DIREITO PENAL PARTE ESPECIAL I – 5º PERÍODO 
PROFª. Mestre em Direito do Estado (UFPR) ANA CLAUDIA DA SILVA ABREU 
 
1º SEMESTRE 2017 – PRIMEIRO BIMESTRE 
 
DOS CRIME CONTRA A VIDA 
 
HOMICÍDIO 
 
01. Tendo a casa invadida, Braz e toda a sua família ficaram reféns de um assaltante, que 
se rendeu, após dois dias, aos policiais que participaram das negociações para a sua 
rendição. Quando estava sendo algemado, o assaltante sorriu ironicamente para Braz, que, 
sob o domínio de violenta emoção, sacou repentinamente a pistola do coldre de um dos 
policiais e matou o assaltante, pelas suas costas. Efetue o enquadramento penal da 
conduta. Esse delito será considerado hediondo? 
 
02. Mévio, sensibilizado pelo quadro clínico de Caio, 61 anos de idade, doente terminal e 
seu pai, asfixia-o com o uso de um travesseiro, com o fim de abreviar o sofrimento do 
mesmo. Como poderá ser realizado o enquadramento jurídico- penal de Mévio? Esse crime 
será considerado hediondo segundo entendimento doutrinário majoritário? 
 
03. Nilo recusou-se a pagar a Henrique uma dívida no valor de mil reais decorrente da 
aquisição de drogas, razão por que Henrique deu-lhe três tiros, com animus necandi, 
provocando-lhe lesões que causaram a amputação de seu braço direito e a perda da visão 
de seu olho esquerdo. Depois de vinte e cinco dias de internação, Nilo pediu a seu irmão 
Saulo que o colocasse próximo ao aparelho fornecedor de oxigênio que o mantinha vivo, 
ocasião em que lhe disse que não queria continuar a viver, pois sabia que, se saísse vivo 
do hospital, Henrique o mataria. Saulo moveu a cama hospitalar do irmão para perto do 
aparelho de oxigênio e saiu do hospital. Nilo, então, desligou o aparelho de oxigênio da 
fonte de energia elétrica, na tentativa de se matar. Minutos depois, entretanto, Carlos, 
médico de plantão, reativou o aparelho, a tempo de salvar a vida de Nilo, que, em razão da 
falta de oxigênio, sofreu sequelas neurológicas que ocasionaram a perda da fala e do 
controle de movimentos. Enquadre penalmente a conduta de Henrique. Saulo praticou 
algum delito? Em caso positivo, qual? Nilo praticou algum delito? Justifique. 
 
04. Tício e Mévio eram antigos desafetos. Tício resolve, então, ceifar a vida de Mévio e 
contrata Semprônio, matador de aluguel, acertando duas parcelas de R$5.000,00, uma 
antes e outra após a realização do “serviço”. Ficou combinado que este seria realizado em 
cinco dias do encontro, mediante um único disparo de arma de fogo. Tício retoma sua vida 
normal e, após cinco dias, Semprônio efetivamente mata Mévio, 66 anos de idade, com 
emprego de veneno. Com base nas correntes doutrinárias, responda a) Qual o 
enquadramento jurídico-penal das condutas. b) Nas hipóteses de homicídio em que esteja 
presente mais de uma qualificadora como será feita a análise, quando da aplicação da 
pena, de todas essas circunstâncias? 
 
05. João obrigou Leila, mediante ameaça exercida com arma de fogo, a com ele praticar 
sexo anal. Após isso, João matou-a, para assegurar que ela não noticiaria o fato à 
autoridade policial. Pergunta-se: Nessa situação hipotética, João cometeu qual crime? 
 
06. No interior de uma joalheria, José demonstra interesse na aquisição de jóias, e passa 
a experimentá-las e regatear preços. Nesse ínterim, sua noiva entra e desvia a atenção do 
2 
 
vendedor, disso se aproveitando o noivo para sair discretamente com vários anéis nos 
dedos. Na partilha do produto do ilícito há desacordo, e em razão disso a noiva, filha do 
proprietário da joalheria, mata José ministrando-lhe dose de veneno em um copo de bebida. 
a) Em qual delito pode ser enquadrada a conduta da noiva de José? b) Como será efetuada 
a aplicação da pena no caso em tese? Justifique. 
 
07. Fabiana estava atrasada para o trabalho. Ao retirar o seu veículo da garagem, percebeu 
que havia passado em cima de algo que supunha ser um objeto. Ao descer para verificar 
do que se tratava, notou que havia passado por cima do seu filho de 6 meses, que brincava 
atrás do automóvel. Desesperada, Fabiana chamou pelo marido, que imediatamente levou 
a criança ao hospital. No entanto, o esforço foi vão, pois o filho de Fabiana faleceu em 
consequência dos ferimentos sofridos. Efetue o enquadramento penal da conduta descrita, 
indicando eventuais causas de extinção da punibilidade. 
 
08. "A", Agente Penitenciário, limpava uma arma que legitimamente possuía em sua 
residência, quando, imprudentemente, acionou um mecanismo que produziu um disparo 
que veio a atingir a sua esposa, causando-lhe a morte. Como pode ser enquadrada 
penalmente a conduta de Paulo? O que poderia ser requerido em sua defesa? 
 
09. XX EXAME. Questão 60 Wellington pretendia matar Ronaldo, camisa 10 e melhor 
jogador de futebol do time Bola Cheia, seu adversário no campeonato do bairro. No dia de 
um jogo do Bola Cheia, Wellington vê, de costas, um jogador com a camisa 10 do time rival. 
Acreditando ser Ronaldo, efetua diversos disparos de arma de fogo, mas, na verdade, 
aquele que vestia a camisa 10 era Rodrigo, adolescente que substituiria Ronaldo naquele 
jogo. Em virtude dos disparos, Rodrigo faleceu. Considerando a situação narrada, assinale 
a opção que indica o crime cometido por Wellington. 
A) Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois houve erro 
na execução. 
 B) Homicídio consumado, considerando-se as características de Rodrigo. 
C) Homicídio consumado, considerando-se as características de Ronaldo, pois houve erro 
sobre a pessoa. 
D) Tentativa de homicídio contra Ronaldo e homicídio culposo contra Rodrigo. 
 
10. XIX EXAME. Questão 63 Durante uma operação em favela do Rio de Janeiro, policiais 
militares conseguem deter um jovem da comunidade portando um rádio transmissor. 
Acreditando ser o mesmo integrante do tráfico da comunidade, mediante violência física, 
os policiais exigem que ele indique o local onde as drogas e as armas estavam guardadas. 
Em razão das lesões sofridas, o jovem vem a falecer. O fato foi descoberto e os policiais 
disseram que ocorreu um acidente, porquanto não queriam a morte do rapaz por eles 
detido, apesar de confirmarem que davam choques elétricos em seu corpo molhado com o 
fim de descobrir o esconderijo das drogas. Os policiais deverão responder pelo crime de 
A) lesão corporal seguida de morte. 
B) tortura qualificada pela morte com causa de aumento. 
C) homicídio qualificado pela tortura. 
D) abuso de autoridade. 
 
Analise a denúncia a seguir: 
No dia 07 de abril de 2014, na Localidade de C.N., no Município de Dom Feliciano, a 
denunciada L.F. DA L.D., mediante envenenamento, matou a vítima C.D., com 72 anos de 
idade na data do fato, conforme certidão de óbito de fl. 05. Na ocasião, a denunciada 
colocou o veneno “Furadan” (que contém a substância tóxica “Carbofuran”), em chimarrão 
por ela preparado. Após, entregou o mesmo a C., sua sogra, a qual, na oportunidade, 
3 
 
visitava a residência da acusada. A vítima, logo após tomar o chimarrão, começou a passar 
mal, sendo encaminhada ao hospital, vindo a falecer por volta das 17h30min, em razão do 
veneno ingerido. Realizada “necropsia pós-exumação” (laudo das fls. 14/17), foi detectada 
a presença de “carbofuran” no fígado, rim e estômago da vítima; O crime foi cometido por 
motivo fútil, pois a denunciada matou C. em razão de não gostar dela e considerá-la uma 
“mala-sem-alça”. Outrossim, o delito foi praticado com emprego de veneno, qual seja, 
“carbofuran”, utilizado como inseticida, conforme laudo pericial acima referido. 
O crime foi cometido mediante dissimulação e emprego de recurso que dificultou a defesa 
da vítima, pois a denunciada, nora de C., sabendo que a idosa gostava de chimarrão 
ofereceu-lhe a bebida, não tendo a ofendida conhecimento de que o mesmo estava 
envenenado, razão pela qual ingeriu o produto, vindo a falecer. Por fim, o delito foi cometido 
contra pessoa idosa, pois a vítima tinha 72 anos de idade na data do fato, conformecertidão 
de óbito da fl. 05 do IP. 
Para maiores informações sobre o caso: Recurso em Sentido Estrito - Terceira Câmara 
Criminal (TJ/RS) N. 70059851667 (N° CNJ: 0177729-18.2014.8.21.7000) Comarca de 
Camaquã. Recorrente: L.F. DA L.D. Recorrido: Ministério Público. Recorrido/Assistente de 
Acusação: R.R.D. 
 
SUGESTÕES DE LEITURA 
 
01. Homicídio mercenário e causas especiais de diminuição de pena. Um paradoxo 
dogmático – Por Paulo César Busato (emporiododireito.com.br) 
 
02. A morte e vida de um crime: a eutanásia em discussão – Por Breno Botelho Vieira da 
Silva e Matheus Novais da Silva - http://emporiododireito.com.br/tag/breno-botelho-vieira-
da-silva/ 
 
03. A mulher morre em casa – Por Vitória Buzzi 
O Brasil é o quinto país onde mais se matam mulheres[1]. A taxa é de 4.8 homicídios[2] a 
cada 100 mil mulheres – um aumento de 111,1% em relação à década de 80. Comparando 
com as estatísticas internacionais, temos aqui 48 vezes mais homicídios femininos que o 
Reino Unido, e 24 vezes mais do que a Irlanda ou a Dinamarca. 
Na prática, ocupar o quinto lugar significa que 13 mulheres são mortas diariamente, vítimas 
de agressões intencionais de terceiros. Significa que temos uma nova vítima mulher a cada 
duas horas. Significa quenunca tantas mulheres foram assassinadas no Brasil[3]. 
Shirley Luciane Silva, empregada doméstica de 29 anos, morava há alguns meses de favor 
na casa de uma amiga no bairro de São Mateus, zona leste de São Paulo. Depois de 
terminar o relacionamento com Ivan Gomes, vigilante de 31 anos, foi morar no apartamento 
da amiga, localizado em um conjunto habitacional. Na madrugada de 30 de outubro de 
2013, Ivan foi ao local querendo reatar o namoro. Shirley se negou, e foi morta com sete 
facadas na frente de seus dois filhos. 
O triste destaque é da população negra, vítima prioritária da violência homicida no país. 
Enquanto o número de assassinatos de mulheres brancas caiu 9,8% em uma década, o de 
mulheres negras aumentou em 54,2% no mesmo período. O índice de vitimização[4] negra 
cresceu em 191%, ou seja, cada vez mais, mata-se mais mulheres negras do que brancas. 
São também as mulheres jovens as maiores vítimas. É na faixa de idade dos 18 a 30 anos 
que a maioria dos assassinatos ocorrem – um indicativo da domesticidade dos delitos. No 
total, 55,3% dos crimes contra as mulheres foram cometidos no ambiente doméstico, e em 
metade de todos os casos registrados, o agressor era parceiro ou ex-parceiro das vítimas. 
Shirley foi mais uma das 2.875 mulheres negras mortas em 2013. Era jovem, era negra, e 
foi morta pelo próprio companheiro: um retrato preciso do grupo de mulheres mais 
vulneráveis à violência no Brasil. 
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4 
 
É importante fixar que estamos falando aqui, predominantemente, de assassinatos 
motivados por questões de gênero[5]. A vulnerabilidade feminina, diferente da masculina, 
se dá também no ambiente doméstico. A mulher morre em casa, e morre pelas mãos do 
companheiro ou ex-companheiro com quem dividia a vida. 
A violência doméstica ainda é a grande causadora dos homicídios femininos no Brasil. 
Pensar em políticas públicas de enfrentamento é pensar nas características e necessidades 
específicas das vítimas afetadas por ela. Diferentes grupos de risco requerem diferentes 
soluções, e tentar homogeneizar os casos, sem evidenciar as particularidades das vítimas, 
das circunstâncias e dos agressores, é silenciar grupos já marginalizados. 
Segundo a OMS, a violência contra a mulher é marcada diretamente por um alto nível de 
tolerância desta violência em uma sociedade. Combater essa inércia começa com a 
compreensão de que o assassinato feminino é apenas mais uma faceta da violência contra 
as mulheres. Violências familiares, domésticas, racistas, físicas, psicológicas, etc., formam 
um longo percurso cujo desfecho é, geralmente, trágico. A naturalização destas agressões 
(e até mesmo a romantização de algumas delas, fantasiadas de “crimes passionais”) é, sem 
dúvida, a arma mais eficaz do patriarcado para apagamento do sofrimento feminino.[6] 
 
Notas e Referências: 
[1] Em um total de 83 países pesquisados. 
[2] As mortes consideradas são fruto de agressões intencionais de terceiros. 
[3]A conclusão é fundamentada percentualmente, e não em números absolutos. 
[4]Índice de vitimização negra é a diferença percentual entre as taxas de homicídio de mulheres negras e 
mulheres brancas. 
[5] Para configuração do feminicídio, o homicídio de mulher deve ocorrer por “razões de condição de sexo 
feminino”, existentes quando o crime envolve violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação 
à condição de mulher. Neste sentido, podemos dizer que todo feminicídio é um homicídio feminino, mas nem 
todo homicídio feminino é um feminicídio. 
[6] Todos os dados foram retirados do Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil, disponível 
em www.mapadaviolência.org.br 
 
04. A NOVA QUALIFICADORA DO CRIME DE HOMICÍDIO: O FEMINICÍDIO 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/y0ii48h0/814d30ce/uzN9qb5Z31y0hdhT.pdf 
 
05. SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL: O QUE TEM SIDO FEITO EM RELAÇÃO AOS 
HOMICÍDIOS? 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/y0ii48h0/814d30ce/081Ki8mLDvEe53K7.pdf 
O IMPACTO DO INVESTIMENTO EM SEGURANÇA PÚBLICA NA TAXA DE HOMICÍDIOS 
NO BRASIL 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/y0ii48h0/814d30ce/noAPa2u8zW5PRQAi.pdf 
 
06. A LEI N.º 13.104/2015 (FEMINICÍDIO): SIMBOLISMO PENAL OU UMA QUESTÃO DE 
DIREITOS HUMANOS? Disponível em: 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/66fsl345/278k6xco/15daJp4p1BszHNm5.pdf 
 
PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO 
 
01. VII Unificado OAB 2012-2. QUESTÃO 3. Há muito tempo Maria encontra‐se deprimida, 
nutrindo desejos de acabar com a própria vida. João, sabedor dessa condição, e querendo 
a morte de Maria, resolve instigá‐la a se matar. Pondo seu plano em prática, João visita 
Maria todos os dias e, quando ela toca no assunto que não tem mais razão para viver, que 
deseja se matar, pois a vida não faz mais sentido, João a estimula e a encoraja a pular pela 
janela. Um dia, logo após ser instigada por João, Maria salta pela janela de seu apartamento 
e, por pura sorte, sofre apenas alguns arranhões, não sofrendo qualquer ferimento grave. 
Considerando apenas os fatos apresentados, responda, de forma justificada, aos seguintes 
http://emporiododireito.com.br/a-mulher-morre-em-casa-por-vitoria-buzzi/#_ftn1
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questionamentos: (A) João cometeu algum crime? B) Caso Maria viesse a sofrer lesões 
corporais de natureza grave em decorrência da queda, a condição jurídica seria alterada? 
 
02. Caio, amante de Maria, mulher casada, resolve matar-se por não conseguir convencê-
la a deixar seu marido e passa a incentivá-la a proceder da mesma forma. Maria, de início, 
resiste a tal idéia, mas sendo de seu conhecimento que Caio havia feito um substancioso 
seguro de vida em seu favor, sendo ela a única beneficiária, resolve simular sua 
aquiescência à idéia de seu próprio suicídio. Em momento de profunda depressão, Caio 
lança mão do “chumbinho”, que havia sido adquirido por Maria para estafinalidade, e ingere 
a substância que lhe é ministrada diretamente por Maria, simulando esta em seguida agir 
da mesma forma. Caio vem a falecer alguns minutos após. Maria, à evidência, sobrevive. 
Qual o crime ou crimes descritos? 
 
03. Ciente de que Márcio e Flora almejam o suicídio, Otávio, irmão de Márcio, resolve 
incentivar o casal a efetuar um pacto de morte, visando tornar-se o único herdeiro após o 
falecimento de Márcio. Márcio e Flora, então, realizam um pacto de morte. Para tanto, 
Márcio, que é médico, ministra um remédio letal nos dois. Por um erro no cálculo da dose 
do medicamento, os dois sobrevivem, mas Márcio acaba tendo algumas complicações em 
razão da ingestão do veneno, ficando internado durante 40 (quarenta dias). Pergunta-se: 
a) Qual o enquadramento jurídico-penal das condutas descritas? b) Qual a ação penal 
correspondente a esse delito? c) Qual o juízo competente para o julgamento dos Delitos? 
 
04. Tertuliano, após ter matado sua primeira mulher e escapado de uma punição mais 
severa, casa-se novamente, desta feita com Martifinélia, portadora de grave doença mental, 
com quem se muda para a cobertura de um prédio de dez andares. Numa noite de lua 
cheia, Tertuliano convence sua esposa a saltar do referido prédio, segurando uma raquete 
de tênis em cada mão e com várias penas de pavão presas às costas, dizendo para ela 
que, deste modo, conseguiria voar. Tertuliano queria a morte de Martifinélia com o objetivo 
de herdar seus bens, já que se tratava de uma mulher muito rica. Martifinélia salta da 
cobertura e, obviamente, é projetada em parafuso até o chão, onde cai morta. Como pode 
ser enquadrada penalmente a conduta? 
 
05. XX EXAME (REAPLICAÇÃO EM SALVADOR) Questão 63 Vinicius, colega de 
faculdade de Beatriz, cansado de ver a amiga sofrer em razão de decepções amorosas, 
incentiva a mesma a cometer suicídio, dizendo que os homens de sua geração não 
pretendem ter relacionamentos sérios. Beatriz acolhe a sugestão e decide pular da janela 
de seu apartamento. Contudo, em razão da pequena altura, vem a sofrer apenas lesões 
leves. Descoberto os fatos, Vinicius é denunciado pela prática de crime de tentativa de 
homicídio. O advogado de Vinicius, deve alegar como principal tese de defesa: 
A) a desclassificação para o crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, 
consumado, crime menos grave do que o imputado. 
B) o reconhecimento da inexigibilidade de conduta diversa, causa excludente da 
culpabilidade. 
C) a desclassificação para o crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, em 
sua modalidade tentada. 
D) o reconhecimento da atipicidade da conduta. 
 
SUGESTÕES DE LEITURA 
 
01. ASPECTOS PRINCIPIOLÓGICOS E LEGAIS DA ORTOTANÁSIA NO BRASIL. 
Disponível 
em:http://www.conpedi.org.br/publicacoes/c178h0tg/8v11nwv1/hwW6pn6Ce1bhn7o1.pdf 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/c178h0tg/8v11nwv1/hwW6pn6Ce1bhn7o1.pdf
6 
 
02. O VIÉS DIGITAL DO SUICÍDIO: INSTIGAÇÃO, INDUZIMENTO E AUXÍLIO AO 
SUICÍDIO EM AMBIENTES VIRTUAIS 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/66fsl345/393xa7s7/K17h9B8o6pFxz4N2.pdf 
 
SUGESTÕES DE FILMES SOBRE EUTANÁSIA 
 
Amor (Amour, 2013). No vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, Georges (Jean-
Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são um casal aposentado que vive em um 
confortável apartamento em Paris. Professores de música, eles viveram confortavelmente, 
cercados pela arte e por pupilos famosos. Um dia, Anne sofre um derrame, e fica com parte 
do corpo paralisado. Anne e a vida do casal vão se deteriorando lentamente. À medida que 
o estado da mulher piora, a única coisa que resta do luxuoso apartamento é o amor 
imensurável, construído ao longo de uma vida inteira. Georges se vê diante da esposa cada 
vez mais dependente e desnorteada, sentindo-se impotente. A Eutanásia seria uma prova 
de amor? Livrar sua amada de um sofrimento daria a ela um destino mais digno? 
 
Mar Adentro (Mar Adentro, 2004). “Viver é um direito, não uma obrigação”, diz Ramón 
Sampedro (Javier Bardem) no vencedor do oscar de melhor filme estrangeiro. Após um 
acidente que o deixou tetraplégico, há mais de 20 anos, Ramón se sente impotente. Ele 
julga estar preso em uma condição indigna, pois depende de familiares até para as tarefas 
mais simples, como coçar o nariz. Ele entra em contato com a advogada Julia (Belén 
Rueda), que leva seu caso aos tribunais espanhóis, para conseguir legalmente o direito de 
morrer. O caso repercute em todo o país, e Ramón segue sua luta ao lado de Julia e da 
amiga Rosa (Lola Dueñas). Baseado em uma história real, mar adentro levanta discussões 
polêmicas. “A vida pertence a Deus. Uma liberdade que elimina a vida não é liberdade” diz 
um padre, também tetraplégico, ao visitar Ramón “Uma vida que elimina a liberdade 
também não é vida”, responde. 
 
INFANTICÍDIO 
 
01. Sebastiana, sob evidente influência do estado puerperal, e haja vista ser mãe pela 
primeira vez, não toma os cuidados devidos e, em razão de sua negligência, seu filho 
recém-nascido acaba falecendo por engasgamento com leite materno. Enquadre a conduta 
de Sebastiana. 
 
02. Uma criança recém-nascida é vista boiando em um córrego e, ao ser resgatada, não 
possuía mais vida. Helena, a mãe da criança, foi localizada e negou que houvesse jogado 
a vítima no córrego. Sua filha teria sido, segundo ela, sequestrada por um desconhecido. 
Durante a fase de inquérito, testemunhas afirmaram que a mãe apresentava quadro de 
profunda depressão no momento e logo após o parto. Além disso, foi realizado exame 
médico legal, o qual constatou que Helena, quando do fato, estava sob influência de estado 
puerperal. Helena confessou ter matado a criança, tendo esclarecido que foi auxiliada por 
sua amiga, Flora. Enquadre penalmente. 
 
03. Uma mulher grávida, prestes a dar à luz, chorava compulsivamente na antessala de 
cirurgia da maternidade quando uma enfermeira, condoída com a situação, perguntou o 
motivo daquele choro. A mulher respondeu-lhe que a gravidez era espúria e que tinha sido 
abandonada pela família. Após dar à luz, sob a influência do estado puerperal, a referida 
mulher matou o próprio filho, com o auxílio da citada enfermeira. As duas sufocaram o 
neonato com almofadas e foram detidas em flagrante. Nessa situação, 
7 
 
a) a mulher deverá ser autuada pelo crime de infanticídio e a enfermeira, pelo crime de 
homicídio, já que o estado puerperal é circunstância pessoal e não se comunica a todos os 
agentes. 
b) a mulher deverá ser autuada pelo crime de infanticídio e a enfermeira, pelo crime de 
homicídio, uma vez que o estado puerperal é circunstância personalíssima e não se 
comunica a todos os agentes. 
c) a mulher e a enfermeira deverão ser autuadas pelo crime de infanticídio; a primeira na 
qualidade de autora e a segunda na qualidade de partícipe, conforme prescreve a teoria 
monista da ação. 
d) a mulher e a enfermeira deverão ser autuadas pelo crime de infanticídio; a primeira na 
qualidade de autora e a segunda na qualidade de coautora, visto que o estado puerperal 
consiste em uma elementar normativa e se estende a todos os agentes. 
 
04. Considere que uma mulher, logo após o parto, sob a influência do estado puerperal, 
estrangule seu próprio filho e acredite tê-lo matado. Entretanto, o laudo pericial constatou 
que, antes da ação da mãe, a criança já estava morta em decorrência de parada cardíaca. 
Nessa situação, a mãe responderá pelo crime de homicídio, com a atenuante de ter agido 
sob a influência do estado puerperal. 
 
05. XVI EXAME Questão 64 Paloma, sob o efeito do estado puerperal, logo após o parto, 
durante a madrugada, vai até o berçário onde acredita encontrar-se seu filho recém-nascido 
e o sufoca até a morte, retornando ao local de origem sem ser notada. No dia seguinte, foi 
descoberta a morte da criança e, pelo circuito interno do hospital, é verificado que Paloma 
foi a autora do crime. Todavia, constatou-se que a criança morta não era o seu filho, que 
se encontrava no berçário ao lado, tendoela se equivocado quanto à vítima desejada. 
Diante desse quadro, Paloma deverá responder pelo crime de 
A) homicídio culposo. 
B) homicídio doloso simples. 
C) infanticídio. 
D) homicídio doloso qualificado. 
 
SUGESTÃO DE LEITURA E DOCUMENTÁRIO SOBRE INFANTICÍDIO INDÍGENA 
 
A VULNERABILIDADE DA CRIANÇA INDÍGENA E A INEFICÁCIA DO ESTADO 
BRASILEIRO NO COMBATE À PRÁTICA DO INFANTICÍDIO INDÍGENA 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/66fsl345/04430h54/SJhpsb6014aee554.pdf 
 
Quebrando o Silêncio. Direção: Sandra Terena. Mostra história de sobrevivente do 
infanticídio indígena e de família que saíram das aldeias para salvar a vida de seus filhos. 
https://www.youtube.com/watch?v=V6RrJ28qvG8 
 
ABORTO 
 
01. Lúcia induziu Maria a provocar aborto em si mesma e ela o provocou. Em outra hipótese, 
Cláudia executou aborto em Joana, 13 anos de idade, com o seu consentimento, tendo sido 
auxiliada por Ana. Considere, ainda, as situações abaixo: a) a expulsão e a posterior morte 
do feto, fora do ventre materno; b) lesão corporal gravíssima na gestante. Estabeleça as 
possibilidades de adequação típica. 
 
02. TÍCIA, maior, que fora vítima de estupro, interrompeu ela mesma, na sua própria 
residência, a gravidez resultante do crime contra a liberdade sexual, causando a destruição 
do produto da concepção, para o que se valeu de informações, que, para o abortamento, 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/66fsl345/04430h54/SJhpsb6014aee554.pdf
8 
 
lhe foram fornecidos pelo médico CAIO. A gestante, em consequência dos meios 
empregados na provocação do aborto, sofreu lesão corporal de natureza grave. Realize o 
enquadramento jurídico penal. 
 
03. PAULO e MARIA eram amantes e mantinham freqüentes relações sexuais, daí 
resultando a gravidez. Sabedor da gravidez, PAULO levou MARIA à citada clínica, a 
pretexto de um exame de rotina, ali sendo ela anestesiada e submetida ao abortamento 
pelo médico contratado e pago por PAULO. Ocorre que o feto de quase cinco meses, em 
vez de morrer dentro do ventre da mãe, veio, em razão de sua imaturidade, a morrer fora 
do ventre. Realize o enquadramento penal. 
 
04. Leila, de quatorze anos de idade, inconformada com o fato de ter engravidado de seu 
namorado, Joel, de vinte e oito anos de idade, resolveu procurar sua amiga Fátima, de vinte 
anos de idade, para que esta lhe provocasse um aborto. Utilizando seus conhecimentos de 
estudante de enfermagem, Fátima entrega a Leila um remédio para úlcera. Haja vista as 
propriedades abortivas do medicamento, após a sua ingestão, é provocado o aborto e a 
morte do feto. Realize o enquadramento jurídico penal das condutas. Resposta legalmente 
fundamentada. 
 
05. Uma gestante, sóbria, estando na direção de seu veículo automotor, colida, 
culposamente, com um poste, causando, em razão do impacto sofrido, o aborto. A conduta 
da gestante 
a) corresponde ao delito do infanticídio. 
b) não gera responsabilidade, pela inexistência de previsão legal para a modalidade 
culposa de aborto. 
c) corresponde ao delito de aborto provocado pela gestante. 
d) corresponde ao delito de lesão corporal culposa. 
 
SUGESTÃO DE LEITURA E DOCUMENTÁRIOS 
 
01. O Projeto de Lei do Estatuto do Nascituro (Pl 478/07) e suas Disposições Penais: 
Princípio da Ofensividade, Direitos Fundamentais e os Limites do Poder de Incriminar 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/66fsl345/393xa7s7/XRKTLs5JG22o412v.pdf 
 
02. CLANDESTINAS. O documentário Clandestinas, com roteiro de Renata Corrêa e 
direção de Fádhia Salomão, foca histórias verídicas, que são transmitidas em depoimentos 
de atrizes e pessoas comuns, no estilo de Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho. Cabe ao 
espectador tentar identificar quando os personagens são reais e quando estão apenas 
interpretando histórias de outras mulheres. O filme foi viabilizado por financiamento coletivo. 
Ficha técnica: Clandestinas (Brasil, 2014), dirigido por Fadhia Salomão, roteiro de Renata 
Côrrea e produção de Babi Lopes. 
 
03. ZIKA VÍRUS, MICROCEFALIA E ABORTO: O PAPEL DA BIOÉTICA PERANTE O 
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA, O DIREITO À VIDA E À SAÚDE. Disponível em: 
http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/hw1unsg1f3lp1jn1.pdf 
 
04. FIM DO SILÊNCIO SOBRE ABORTO. O longa conta a história de mulheres que 
recorreram ao aborto em algum período de suas vidas e mostra como a questão independe 
de classe social, cor, condições financeiras e ou de formação. As mulheres mostram seus 
rostos e defendem que a criminalização é a principal responsável pela morte de tantas 
mulheres em procedimentos inseguros. Rico em dados, o filme se mantém atual, com 
exceção das informações referentes à criminalização do aborto em casos de anencefalia, 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/66fsl345/393xa7s7/XRKTLs5JG22o412v.pdf
9 
 
medida que foi alterada em 2012. Ficha técnica: Fim do Silêncio sobre aborto (Brasil 2008), 
53 minutos, dirigido por Thereza Jessouroun. 
 
05. O ABORTO DOS OUTROS. Procura aproximar mulheres que interrompem a gravidez. 
O fio condutor da narrativa é a história de uma jovem de 14 anos que foi estuprada no 
caminho para a escola e engravidou. O espectador acompanha a internação e o processo 
de espera da paciente e age como um confidente, sabendo tudo que a garota está sentindo 
e pensando. Paralelamente, há relatos de mulheres que abortaram por má formação do 
feto, relacionamentos conturbados e falta de condições financeiras. Para mais 
informações, acesse o site do documentário. Ficha técnica: O Aborto dos outros (Brasil, 
2008), dirigido por Carla Gallo. 
 
LESÕES CORPORAIS 
 
01. Marcos, lutador profissional da categoria pesado, durante uma competição de boxe 
inglês e obedecendo às normas estabelecidas para a atividade pela Liga Nacional, desfere 
um “Jab” e depois um “Uppercut” em seu adversário Orlando. Em decorrência dos golpes, 
Orlando sofre um deslocamento no maxilar, tendo que ser retirado com o auxílio de uma 
maca da competição. Orlando sentia muita dor e teve que ficar dois dias no hospital. Como 
advogado de Marcos, o que você alegaria em sua defesa? 
 
02. Em uma festa na casa de Ana Cristina, Carlos Roberto, indivíduo violento, envolveu-se 
em uma discussão com Inácio, na sala de jantar, recinto repleto de móveis e objetos 
diversos. Acalorando-se a discussão, ambos se levantaram, já aos gritos, e subitamente 
Carlos, visando machucar e intimidar Inácio deu-lhe um forte empurrão, em virtude do qual 
Inácio tropeçou e caiu, batendo com a cabeça na quina de uma mesa.Três dias depois ele 
faleceu, em virtude desse ferimento. Enquadre penalmente essa conduta. 
 
03. O médico João André realizou uma cirurgia de “mudança de sexo” em Rogério da Silva, 
cantor e travesti, indivíduo maior de idade e são, a pedido dele, que, inclusive, assinou um 
contrato de prestação de serviços com o médico, relativo à aludida cirurgia, em que se 
declarava ciente do que seria realizado e dos riscos envolvidos no procedimento. Apesar 
do “sucesso” da cirurgia, que produziu exatamente as modificações desejadas pelo cantor 
em seu corpo, alguns meses após a mesma, Rogério, tendo ficado insatisfeito com o 
resultado, levou o ocorrido ao conhecimento da Autoridade Policial competente. Concluído 
o respectivo inquérito policial, o Ministério Público estadual ofereceu denúncia contra João 
André pela prática do crime de lesão corporal gravíssima, com fundamento nos incisos III 
e IV do §2º do artigo 129 do Código Penal brasileiro, tendo em vista que Rogério, conforme 
laudo pericial, ficou permanentemente impossibilitado de exercer a função reprodutiva e, 
além disso, foi produzida em seu corpo uma deformidade permanente, uma vez que o 
médico João André extirpou os seus órgãos sexuais. Em face do exposto, pergunta-se: 
qual ou quais argumentos, do ponto de vista do Direito Penal, o advogado de João André 
deverá utilizar, para defendê-lo? 
 
04. Tício, ciente de que sua esposa Caia está grávida de 6 meses, com o fim de lesioná-la, 
empurra Caia, além de lhe desferir socos na face. Caia perde o equilíbrioe, em razão da 
queda perde a criança. Efetue o enquadramento legal e indique a ação penal cabível. 
 
05. Em uma situação hipotética, Arthur, 60 anos de idade, sofre lesão corporal, lesão esta 
que ele alega ter sido ocasionada com evidente dolo. Arthur então submete-se a exame 
de corpo de delito, no qual se constata que por causa delas ele ficará 45 (quarenta e cinco) 
dias impossibilitado de trabalhar. O advogado do suposto autor das lesões, após o 30º
 
do 
http://www.oabortodosoutros.com.br/
10 
 
dia em que teria ocorrido o fato (as lesões), requer seja feito outro exame para verificar 
se realmente está Arthur, ainda, impossibilitado de trabalhar. Qual a razão dessa 
solicitação? O que deverá acontecer, caso a incapacidade não seja constatada? 
 
06. Analise as situações hipotéticas a seguir: 
I – Ao sair apressadamente da garagem de casa com sua bicicleta, já atrasado para o 
trabalho, Jonas não viu que uma vizinha passava pela frente do portão e, inadvertidamente, 
acabou chocando-se com ela e causando-lhe lesões que a impediram de exercer suas 
ocupações habituais por mais de trinta dias. 
II – Durante uma discussão Sandra atingiu seu marido com tapas e pontapés, causando-
lhe lesões corporais de natureza leve. 
III – João praticou crime de lesão corporal leve contra sua progenitora, com quem residia 
havia 4 anos, tendo sido regularmente processado por tal fato. 
Considerando as situações hipotéticas apresentadas, responda, de forma fundamentada: 
a) Qual a imputação legal dos delitos. b) Qual a ação penal correspondente aos delitos. 
 
07. Acerca da lesão corporal, assinale a opção CORRETA. 
a) O aumento especial de pena aplicado à violência doméstica praticada contra portador de 
deficiência aplica-se apenas a lesão corporal leve. 
b) As lesões corporais leve, grave e gravíssima, se praticadas através da violência 
doméstica, terão aumento especial da pena na proporção de um terço. 
c) Lesão corporal culposa e a de natureza leve são delitos de ações penais públicas 
condicionadas a representação da vítima ou de seu representante legal. 
d) Na lesão corporal dolosa, o Juiz poderá deixar de aplicar a pena se as conseqüências 
da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne 
desnecessária. 
 
08. XXI EXAME. Paulo e Júlio, colegas de faculdade, comemoravam juntos, na cidade de 
São Gonçalo, o título obtido pelo clube de futebol para o qual o primeiro torce. Não obstante 
o clima de confraternização, em determinado momento, surgiu um entrevero entre eles, 
tendo Júlio desferido um tapa no rosto de Paulo. Apesar da pouca intensidade do golpe, 
Paulo vem a falecer no hospital da cidade, tendo a perícia constatado que a morte decorreu 
de uma fatalidade, porquanto, sem que fosse do conhecimento de qualquer pessoa, Paulo 
tinha uma lesão pretérita em uma artéria, que foi violada com aquele tapa desferido por 
Júlio e causou sua morte. O órgão do Ministério Público, em atuação exclusivamente 
perante o Tribunal do Júri da Comarca de São Gonçalo, denunciou Júlio pelo crime de lesão 
corporal seguida de morte (Art. 129, § 3º, do CP). Considerando a situação narrada e não 
havendo dúvidas em relação à questão fática, responda, na condição de advogado(a) de 
Júlio: 
A) É competente o juízo perante o qual Júlio foi denunciado? Justifique. (Valor: 0,65) B) 
Qual tese de direito material poderia ser alegada em favor de Júlio? Justifique. (Valor: 0.60) 
Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo 
legal não confere pontuação. 
 
09. XX EXAME. Questão 63 A Lei Maria da Penha objetiva proteger a mulher da violência 
doméstica e familiar que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, e 
dano moral ou patrimonial, desde que o crime seja cometido no âmbito da unidade 
doméstica, da família ou em qualquer relação íntima de afeto. Diante deste quadro, após 
agredir sua antiga companheira, porque ela não quis retomar o relacionamento encerrado, 
causando-lhe lesões leves, Jorge o (a) procura para saber se sua conduta fará incidir as 
regras da Lei nº 11.340/06. Considerando o que foi acima destacado, você, como advogado 
(a) irá esclarecê-lo de que 
11 
 
A) o crime em tese praticado ostenta a natureza de infração de menor potencial ofensivo. 
B) a violência doméstica de que trata a Lei Maria da Penha abrange qualquer relação íntima 
de afeto, sendo indispensável a coabitação. 
C) a agressão do companheiro contra a companheira, mesmo cessado o relacionamento, 
mas que ocorra em decorrência dele, caracteriza a violência doméstica e autoriza a 
incidência da Lei nº 11.340/06. 
D) ao contrário da transação penal, em tese se mostra possível a suspensão condicional 
do processo na hipótese de delito sujeito ao rito da Lei Maria da Penha. 
 
SUGESTÕES DE LEITURA 
 
01. Quando a mulher não pode ser responsável e o Estado decide antes. Sobre a Súmula 
542 do STJ Por Rômulo de Andrade Moreira e Alexandre Morais da Rosa - 07/09/2015 
A Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça aprovou no último dia 26 de agosto 
a Súmula 542, a partir de proposta apresentada pelo Ministro Sebastião Reis Júnior, 
Presidente do colegiado. No Enunciado aprovado, ficou definido que “a ação penal relativa 
ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública 
incondicionada”. 
Discordamos de tal entendimento na forma em que foi decidido! 
A Lei nº. 11.340/06, a chamada “Lei Maria da Penha” que, em tese, procurou criar 
“mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher”, 
estabeleceu que “configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou 
omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou 
psicológico e dano moral ou patrimonial.” A violência pode ser praticada: 
a) “no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente 
de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas”; b) “no 
âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou 
se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade 
expressa” ou c) “em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha 
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.” Ademais, compreende: 
a) “a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou 
saúde corporal”; b) “a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe 
cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno 
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças 
e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, 
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, 
exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo 
à saúde psicológica e à autodeterminação”; c) “a violência sexual, entendida como qualquer 
conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não 
desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a 
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar 
qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à 
prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule 
o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos”; d) “a violência patrimonial, entendida 
como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de 
seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou 
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades” e e) “a 
violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou 
injúria.” 
O grande problema situa-se exatamente no disposto no seu art.41, segundo o qual, “aos 
crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente 
da pena prevista, não se aplica a Lei no9.099, de 26 de setembro de 1995.” 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm
12 
 
Entendemos tratar-se de artigo inconstitucional, nada obstante decisão contrário do 
Supremo Tribunal Federal, tendo em vista os princípios constitucionais da igualdade (ainda 
que saibamos da dificuldade de aplicação deste princípio no sistema jurídico) e o da 
proporcionalidade (que está nela implícito[1]). Assim, se a infração penal praticada for um 
crime de menor potencial ofensivo, devem ser aplicadas todas as disposições da Lei nº. 
9.099/95, inclusive o art. 88. 
Cremos que devemos interpretar tal dispositivo à luz da Constituição Federal e não 
o contrário. Afinal de contas, como já escreveu Cappelletti, “a conformidade da lei com a 
Constituição é o lastro causal que a torna válida perante todas.” Segundo Frederico 
Marques, a Constituição Federal “não só submete o legislador ordinário a um regime de 
estrita legalidade, como ainda subordina todo o sistema normativo a uma causalidade 
constitucional, que é condição de legitimidade de todo o imperativo jurídico.”[2] 
Insistimos que o princípio da proporcionalidade não foi observado, o que torna 
inválida esta norma, apesar de vigente. Como observa Mariângela Gama de Magalhães 
Gomes, este princípio “desempenha importante função dentro do ordenamento jurídico, não 
apenas penal, uma vez que orienta a construção dos tipos incriminadores por meio de uma 
criteriosa seleção daquelas condutas que merecem uma tutela diferenciada (penal) e das 
que não a merecem, assim como fundamenta a diferenciação nos tratamentos penais 
dispensados às diversas modalidades delitivas; além disso, conforme enunciado, constitui 
importante limite à atividade do legislador penal (e também do seu intérprete), posto que 
estabelece até que ponto é legítima a intervenção do Estado na liberdade individual dos 
cidadãos.”[3] 
Não desconhecemos que a mulher precisa ser empoderada para poder decidir e 
que não se trata de aplicação universal, ou seja, nunca pode e sempre pode, mas deve-se 
ponderar, no caso, as circunstâncias e consequências da manifestação da vontade, 
implementando-se a prometida rede de proteção da Lei da Violência Doméstica, para que 
em cada singularidade, possa-se respeitar a mulher como sujeito de direitos. Por certo a 
questão pode é complexa, mas as saídas simplificadoras, no sentido de que sempre haverá 
punição, ao invés de melhorar a situação das mulheres, potencializa, em alguns casos, o 
sofrimento. Acreditamos nas mulheres como sujeitos de Direito e aí reside nossa 
divergência fundamental. Punir é uma das possibilidades que o Estado oferece e não 
podemos “tutelar” a mulher, tendo-a como incapaz de sempre ser responsável pelo seu 
desejo, até porque, nem sempre é um homem o agressor, bem sabemos. Prevaleceu, no 
contexto, uma certa visão de punitivismo, para o qual, não somos concordes. 
Para Pedraz Penalva, “a proporcionalidade é, pois, algo mais que um critério, regra 
ou elemento técnico de juízo, utilizável para afirmar conseqüências jurídicas: constitui um 
princípio inerente ao Estado de Direito com plena e necessária operatividade, enquanto sua 
devida utilização se apresenta como uma das garantias básicas que devem ser observadas 
em todo caso em que possam ser lesionados direitos e liberdades fundamentais.”[4] 
Feriu-se, outrossim, o princípio da igualdade, previsto expressamente no art. 
5º., caput da Constituição Federal. Este princípio constitucional “significa a proibição, para 
o legislador ordinário, de discriminações arbitrárias: impõe que a situações iguais 
corresponda um tratamento igual, do mesmo modo que a situações diferentes deve 
corresponder um tratamento diferenciado.” 
Para Ignacio Ara Pinilla, “la preconizada igualdad de todos frente a la ley (…) ha 
venido evolucionando en un sentido cada vez más contenutista, comprendiédose 
paulatinamente como interdicción de discriminaciones, o, por lo menos, como interdicción 
de discriminaciones injustificadas.”[5] 
Sempre haverá “ofensa ao preceito constitucional da isonomia quando a norma 
singulariza atual e definitivamente um destinatário determinado, ao invés de abranger uma 
categoria de pessoas, ou uma pessoa futura e indeterminada.”[6] 
http://emporiododireito.com.br/quando-a-mulher-nao-pode-ser-responsavel-e-o-estado-decide-antes-sobre-a-sumula-542-do-stj-por-romulo-de-andrade-moreira-e-alexandre-morais-da-rosa/#_ftn1
http://emporiododireito.com.br/quando-a-mulher-nao-pode-ser-responsavel-e-o-estado-decide-antes-sobre-a-sumula-542-do-stj-por-romulo-de-andrade-moreira-e-alexandre-morais-da-rosa/#_ftn2
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13 
 
Infelizmente, “a influência dos valores constitucionais vem, pouco a pouco, crescendo 
sempre no arco dos tempos, sem que, no entanto, ainda assim as transformações 
constitucionais tenham logrado produzir a esperada reforma orgânica do sistema penal, 
inclusive.”[7] 
Canotilho explica que são “princípios jurídicos fundamentais os princípios historicamente 
objectivados e progressivamente introduzidos na consciência jurídica e que encontram uma 
recepção expressa ou implícita no texto constitucional. Pertencem à ordem jurídica positiva 
e constituem um importante fundamento para a interpretação, integração, conhecimento e 
aplicação do direito positivo.”[8] 
Por tais razões, parece-nos que decidir antes e sempre, desprezando o desejo da 
mulher, desde que empoderada, significa rebaixar a dignidade da mulher, já que 
precisamos dar meios para o respectivo empoderamento e não decidir antes, como se 
todos os casos fossem iguais em circunstâncias e consequências. 
 
Notas e Referências 
[1] Os princípios implícitos, como se sabe, “podem ser apreendidos a partir de uma pluralidade, mais ou 
menos vasta, de normas explícitas, ou ainda ser extraídos não mais de uma pluralidade de disposições, mas 
de uma única disposição. Isso se dá toda vez que de uma única disposição se extrai, além da norma expressa 
que constitui seu significado, também uma norma ulterior implícita. Finalmente, restam aqueles princípios 
totalmente implícitos, que são deduzidos não de uma disposição, mas da ´natureza das coisas`, da 
´Constituição material`, do sistema jurídico como um todo, de outros princípios implícitos à sua volta, e assim 
por diante.” (Mariângela Gama de Magalhães Gomes, “O Princípio da Proporcionalidade no Direito Penal”, 
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003, p. 58). 
[2] Elementos de Direito Processual Penal, Vol. I, Campinas: Bookseller, 1998, p. 79. 
[3] O Princípio da Proporcionalidade no Direito Penal, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003, p. 59. 
[4] Apud Mariângela Gama de Magalhães Gomes, “O Princípio da Proporcionalidade no Direito Penal”, São 
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003, p. 60. 
[5] “Reflexiones sobre el significado del principio constitucional de igualdad”, artigo que compõe a obra coletiva 
denominada “El Principio de Igualdad”, coordenada por Luis García San Miguel, Madri: Dykinson, 2000, p. 
206. 
[6] Celso Antônio Bandeira de Mello, Conteúdo Jurídico do Princípio da Igualdade, São Paulo: Malheiros, 
1999, 3ª. ed., 6ª. tiragem,p. 47. 
[7] Francesco Palazzo, Valores Constitucionais e Direito Penal, Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 
1989, p. 117. 
[8] Direito Constitucional e Teoria da Constituição, Coimbra: Almedina, 6ª. ed., p. 1.151. 
 
02. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER: BREVES 
CONSIDERAÇÕES SOBRE A APLICAÇÃO DE ALTERNATIVAS PENAIS NO DELITO DE 
GÊNERO. 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/y0ii48h0/743p0iw2/jVRA1D3cI5rxmsYk.pdf 
 
03. POLÍTICAS DE INTERVENÇÃO NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
E FAMILIAR CONTRA A MULHER 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/y0ii48h0/814d30ce/puuLKq33F50J9D5Q.pdf 
 
04. ANÁLISE DOS ASPECTOS JURÍDICOS LEGAIS DECORRENTES DA 
REDESIGNAÇÃO SEXUAL COMO FORMA DE EXERCÍCIO DOS DIREITOS DA 
PERSONALIDADE 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/9105o6b2/9fp7g9id/YE9g00NNgZ331DH1.pdf 
 
05. A TIPIFICAÇÃO DA “LESÃO À SAÚDE PSICOLÓGICA”: REVISITANDO O ARTIGO 
129, DO CÓDIGO PENAL À LUZ DA LEI MARIA DA PENHA. 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/y0ii48h0/54u7u299/hIme228X0kj9QZd7.pdf 
 
http://emporiododireito.com.br/quando-a-mulher-nao-pode-ser-responsavel-e-o-estado-decide-antes-sobre-a-sumula-542-do-stj-por-romulo-de-andrade-moreira-e-alexandre-morais-da-rosa/#_ftn7
http://emporiododireito.com.br/quando-a-mulher-nao-pode-ser-responsavel-e-o-estado-decide-antes-sobre-a-sumula-542-do-stj-por-romulo-de-andrade-moreira-e-alexandre-morais-da-rosa/#_ftn8
http://emporiododireito.com.br/quando-a-mulher-nao-pode-ser-responsavel-e-o-estado-decide-antes-sobre-a-sumula-542-do-stj-por-romulo-de-andrade-moreira-e-alexandre-morais-da-rosa/#_ftnref1
http://emporiododireito.com.br/quando-a-mulher-nao-pode-ser-responsavel-e-o-estado-decide-antes-sobre-a-sumula-542-do-stj-por-romulo-de-andrade-moreira-e-alexandre-morais-da-rosa/#_ftnref2
http://emporiododireito.com.br/quando-a-mulher-nao-pode-ser-responsavel-e-o-estado-decide-antes-sobre-a-sumula-542-do-stj-por-romulo-de-andrade-moreira-e-alexandre-morais-da-rosa/#_ftnref3
http://emporiododireito.com.br/quando-a-mulher-nao-pode-ser-responsavel-e-o-estado-decide-antes-sobre-a-sumula-542-do-stj-por-romulo-de-andrade-moreira-e-alexandre-morais-da-rosa/#_ftnref4
http://emporiododireito.com.br/quando-a-mulher-nao-pode-ser-responsavel-e-o-estado-decide-antes-sobre-a-sumula-542-do-stj-por-romulo-de-andrade-moreira-e-alexandre-morais-da-rosa/#_ftnref5
http://emporiododireito.com.br/quando-a-mulher-nao-pode-ser-responsavel-e-o-estado-decide-antes-sobre-a-sumula-542-do-stj-por-romulo-de-andrade-moreira-e-alexandre-morais-da-rosa/#_ftnref6
http://emporiododireito.com.br/quando-a-mulher-nao-pode-ser-responsavel-e-o-estado-decide-antes-sobre-a-sumula-542-do-stj-por-romulo-de-andrade-moreira-e-alexandre-morais-da-rosa/#_ftnref7
http://emporiododireito.com.br/quando-a-mulher-nao-pode-ser-responsavel-e-o-estado-decide-antes-sobre-a-sumula-542-do-stj-por-romulo-de-andrade-moreira-e-alexandre-morais-da-rosa/#_ftnref8
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/y0ii48h0/743p0iw2/jVRA1D3cI5rxmsYk.pdf
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/y0ii48h0/814d30ce/puuLKq33F50J9D5Q.pdf
14 
 
06. LESÕES CORPORAIS DECORRENTES DA CIRURGIA DE MUDANÇA DE SEXO: 
REFLEXÕES SOBRE O SENTIDO SOCIAL DE ADEQUAÇÃO DA CONDUTA MÉDICO-
TERAPÊUTICA. Disponível em: 
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=b294504229c668e7 
 
04. AUTONOMIA PRIVADA E DISPOSIÇÃO DO PRÓPRIO CORPO: APOTEMNOFILIA 
EM DEBATE. Disponível em: 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/66fsl345/xxfq3q05/zY0fdznw6d6349S3.pdf 
 
SUGESTÃO DE FILME 
 
A Pele que Habito. Roberto Ledgard (Antonio Banderas) é um conceituado cirurgião 
plástico, que vive com a filha Norma (Bianca Suárez). Ela possui problemas psicológicos 
causados pela morte da mãe, que teve o corpo inteiramente queimado após um acidente 
de carro e, ao ver sua imagem refletida na janela, se suicidou. O médico de Norma acredita 
que esteja na hora dela tentar a socialização com outras pessoas e, com isso, incentiva 
que Roberto a leve para sair. O cirurgião pensa que a filha foi estuprada e elabora um 
plano para se vingar do suposto estuprador. Direção: Pedro Almodóvar. 
 
CRIMES CONTRA A HONRA 
 
01. Em reunião de condomínio, no dia 23 de fevereiro de 2010, Afonso fez referências 
ofensivas à honra de Paulo, Juiz de Direito, afirmando que este, após receber os autos do 
escrivão, conclusos para sentença, somente profere sentença nos referidos autos um ano 
após a data da conclusão, tendo excedido em tanto tempo o prazo legal fixado, pois aparece 
no Fórum para trabalhar apenas dois dias da semana. Paulo toma conhecimento do fato e 
de sua autoria no dia 15 de abril de 2010 e, em 10 de outubro de 2010 oferece a ação 
cabível. Pergunta-se: a) Qual o delito cometido? b) Qual a data da sua consumação? c) 
Qual a ação penal cabível? 
O juiz rejeitou a ação penal sob o fundamento de que, além de Paulo não ser a parte 
legítima para o oferecimento da ação penal, já havia transcorrido o prazo legal para o seu 
oferecimento. Pergunta-se: a) Você é contratado por Paulo para recorrer dessa decisão, 
quais fundamentos legais utilizaria? b) Afonso poderia alegar a exceção da verdade? 
 
02. Sabendo ser mentira, o médico Pedro afirma, na presença de sete pessoas que seu 
colega de profissão pratica abortos em sua clínicaa) Qual a situação jurídico-penal de 
Pedro? Justifique a sua resposta. b) Qual a ação penal correspondente ao delito? Justifique 
a sua resposta. c) É cabível a exceção da verdade? Justifique a sua resposta. 
 
03. Tício foi arrolado como testemunha pelo Ministério Público, em conseqüência do que 
comparece a Juízo e presta o compromisso devido. No curso de seu depoimento, em 
resposta a indagações formuladas pelas partes, presta declarações que atingem a honra 
de Mévio, sendo que este, ao tomar conhecimento do que foi afirmado, ingressou em Juízo 
com queixa-crime, atribuindo a Tício o cometimento do crime de injúria. Como advogado 
de Tício, o que você alegaria em sua defesa? 
 
04. VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO. Questão 59. Ana Maria, aluna de uma 
Universidade Federal, afirma que José, professor concursado da instituição, trai a esposa 
todo dia com uma gerente bancária. A respeito do fato acima, é correto afirmar que Ana 
Maria praticou o crime de: 
(A) calúnia, pois atribuiu a José o crime de adultério, sendo cabível, entretanto, a oposição 
de exceção da verdade com o fim de demonstrar a veracidade da afirmação. 
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=b294504229c668e7
http://www.adorocinema.com/personalidades/personalidade-5289/
15 
 
(B) difamação, pois atribuiu a José fato desabonador que não constitui crime, sendo cabível, 
entretanto, a oposição de exceção da verdade com o fim de demonstrar a veracidade da 
afirmação, uma vez que José é funcionário público. 
(C) calúnia, pois atribuiu a José o crime de adultério, não sendo cabível, na hipótese, a 
oposição de exceção da verdade. 
(D) difamação, pois atribuiu a José fato desabonador que não constitui crime, não sendo 
cabível, na hipótese, a oposição de exceção da verdade. 
 
05. V EXAME DE ORDEM UNIFICADO. Questão 59. Ao tomar conhecimento de um roubo 
ocorrido nas adjacências de sua residência, Caio compareceu à delegacia de polícia e 
noticiou o crime, alegando que vira Tício, seu inimigo capital, praticar o delito, mesmo 
sabendo que seu desafeto se encontrava na Europa na data do fato. Em decorrência do 
exposto, foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do ocorrido. A esse 
respeito, é correto afirmar que Caio cometeu: 
(A) delito de calúnia. 
(B) delito de comunicação falsa de crime. 
(C) delito de denunciação caluniosa. 
(D) crime de falso testemunho. 
 
06. V EXAME DE ORDEM UNIFICADO. Segunda fase. Questão 01. (Adaptado). Antônio, 
pai de um jovem hipossuficiente preso em flagrante delito, recebe de um serventuário do 
Poder Judiciário Estadual a informação de que Jorge, defensor público criminal com 
atribuição para representar o seu filho, solicitara a quantia de dois mil reais para defendê-
lo adequadamente. Indignado,Antônio, sem averiguar a fundo a informação, mas confiando 
na palavra do serventuário, escreve um texto reproduzindo a acusação e o entrega ao juiz 
titular da vara criminal em que Jorge funciona como defensor público. Ao tomar 
conhecimento do ocorrido, Jorge apresenta uma gravação em vídeo da entrevista que fizera 
com o filho de Antônio, na qual fica evidenciado que jamais solicitara qualquer quantia para 
defendê-lo. Em relação à situação acima, responda aos itens a seguir, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. a) Antônio 
praticou crime? Em caso afirmativo, qual? Em caso negativo, por que razão? b) Quando 
ocorreu a consumação do delito? Qual a ação penal cabível? 
 
07. V EXAME DE ORDEM UNIFICADO. Segunda fase. Questão 04. (Adaptado). João e 
Maria iniciaram uma paquera no Bar X na noite de 17 de janeiro de 2011. No dia 19 de 
janeiro do corrente ano, o casal teve uma séria discussão, e Maria, nitidamente enciumada, 
proferiu diversos insultos contra João no dia de sua festa de formatura, perante seu amigo 
Paulo, afirmando ser ele “covarde”, “corno” e “frouxo”. A requerimento de João, os fatos 
foram registrados perante a Delegacia Policial, onde a testemunha foi ouvida. João 
comparece ao seu escritório e contrata seus serviços profissionais, a fim de serem tomadas 
as medidas legais cabíveis. Você, como profissional diligente, após verificar não ter 
passado o prazo decadencial, interpõe Queixa-Crime ao juízo competente no dia 18/7/11. 
O magistrado ao qual foi distribuída a peça processual profere decisão rejeitando-a, 
afirmando tratar-se de clara decadência, confundindo-se com relação à contagem do prazo 
legal. A decisão foi publicada dia 25 de julho de 2011. Em relação à situação acima, 
responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a 
fundamentação legal pertinente ao caso. a) Qual foi o crime cometido por Maria? b) Quando 
ocorreu a consumação do delito? Qual a ação penal cabível? c) Admite-se a exceção da 
verdade? d) O magistrado que rejeitou a denúncia agiu corretamente? 
 
08. XIV. Questão 59 Jaime, candidato à prefeitura da cidade X, durante o horário de 
propaganda eleitoral em rede televisiva, proferiu as seguintes palavras: “O atual prefeito e 
16 
 
candidato à reeleição, que se mostra defensor da família, posando com esposa e filhos 
para fotos, foi flagrado na semana passada entrando em um motel com uma prostituta! É 
esse tipo de governante que você quer?”. A partir do caso exposto, assinale a opção que 
indica o delito praticado por Jaime. 
A) Difamação, previsto no Código Eleitoral. 
B) Difamação, previsto no Código Penal. 
C) Injúria, previsto no Código Eleitoral. 
D) Injúria, previsto no Código Penal. 
 
09. XV. Enrico, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil 
em uma das redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em 
contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho. Enrico utiliza constantemente as 
ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de 
pessoas no mundo contemporâneo. No dia 19/04/2014, sábado, Enrico comemora 
aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para 
festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de 
Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede 
social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os 
seus contatos. Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na 
referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do 
motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, 
um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil 
pessoal de Enrico. Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, 
publicou o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não 
passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com o propósito de 
prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, 
ainda, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava 
bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a 
empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”. 
Imediatamente, Enrico, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio 
de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários 
ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Enrico, mortificado, não sabia o que dizer aos 
amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramirez, que estavam ao seu lado naquele instante. 
Muito envergonhado, Enrico tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o 
seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Enrico 
procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e 
narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem 
ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados 
cinco meses da data dos fatos, Enrico procurou seu escritório de advocacia e narrou os 
fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Enrico, deve assisti-lo. Informa-se que a 
cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais 
Criminais. 
 
10. A respeito dos crimes contra a honra, assinale a opção correta. 
a) De acordo com o Código Penal, é punível o crime de calúnia e difamação contra os 
mortos. 
b) O prazo decadencial dos crimes contra é de seis meses. 
c) A difamação, tratada pelo Código Penal, não admite exceção da verdade. 
d) O crime de calúnia é de ação penal pública condicionada a representação. 
e) Chamar alguém de “bicheiro” referindo-se à prática de contravenção do jogo do bicho é 
crime de calúnia. 
QUESTÃO 70 
17 
 
11. Em relação aos crimes de calúnia e difamação, 
a) o querelado não pode mais se retratar após superada a fase de conciliação do 
procedimento dos crimes contra a honra, mas, se o fizer, deverá o juiz levar em conta na 
fixação da pena. 
b) o querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da prática do crime, terá a 
sua pena reduzida pela metade. 
c) o querelado que, mesmo após a sentença, se retrata cabalmente da prática do crime, 
fica isento de pena. 
d) o querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da prática do crime, fica 
isento de pena. 
e) nenhuma das alternativas está correta. 
 
12. Se for cometido crime contra a honra do juiz de direito em razão de sua função, a 
exceção da verdade será admitida: 
a) na calúnia, na difamação e na injúria. 
b) na calúnia e na difamação. 
c) na difamação e na injúria. 
d) na injúria e na calúnia. 
e) somente na calúnia. 
 
13. A e B, por motivo irrelevante, iniciam violenta discussão, no curso da qual B, deparando-
se com uma pilha de estrume, apossa-se de uma pequena quantidade do mesmo e o 
arremessa contra A. A conduta de B pode ser tida como: 
a) Indiferente ao Direito Penal; 
b) Lesão corporal culposa; 
c) Injúria real; 
d) Vias de fato. 
e) nenhuma das alternativas. 
 
14. Em 16.03.2010, um panfleto passou a circular pela Faculdade Campo Real contendo 
imagens depreciativas do professor de Direito Eleitoral, de origem alemã, vinculando sua 
imagem a elementos nazistas, bem como contendo conceitos depreciativos acerca do 
professor, como a expressão “alemão nazista”. O professor teve acesso ao material em 
20/03/2010. Chegou-se ao conhecimento que o responsável pela planfetagem era um ex- 
aluno, o qual teria agido dessa forma objetivando vingar-se do professor, visto que este, na 
época da faculdade, teria sido o professor responsável por sua reprovação no último 
semestre anterior à formatura. A notícia causou grande repercussão na localidade.a) Em tese, como pode ser enquadrada penalmente a conduta do ex-aluno? 
b) Qual a data da consumação do delito? 
c) É admissível a exceção da verdade? 
d) Qual a ação penal cabível? 
e) Qual é o prazo final para o oferecimento da queixa-crime e/ou representação? 
 
15. XV EXAME. Enrico, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui 
um perfil em uma das redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar 
em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho. Enrico utiliza constantemente 
as ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de 
pessoas no mundo contemporâneo. No dia 19/04/2014, sábado, Enrico comemora 
aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para 
festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de 
Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede 
social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os 
18 
 
seus contatos. Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na 
referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do 
motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, 
um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil 
pessoal de Enrico. Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, 
publicou o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não 
passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com o propósito de 
prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, 
ainda, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava 
bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a 
empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”. 
Imediatamente, Enrico, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio 
de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários 
ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Enrico, mortificado, não sabia o que dizer aos 
amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramirez, que estavam ao seu lado naquele instante. 
Muito envergonhado, Enrico tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o 
seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Enrico 
procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e 
narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem 
ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados 
cinco meses da data dos fatos, Enrico procurou seu escritório de advocacia e narrou os 
fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Enrico, deve assisti-lo. Informa-se que a 
cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais 
Criminais. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser 
inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, excluindo a possibilidade de 
impetração de habeas corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. 
 
16. XX EXAME (REAPLICAÇÃO EM PORTO VELHO) No curso de uma audiência criminal, 
João, advogado de Pedro, acusado da prática de um crime de estupro, em sede de 
alegações finais orais, assevera que o representante do Ministério Público “é arbitrário e 
tem a sede da condenação, não se importando em acusar uma pessoa comprovadamente 
inocente”. Atendendo à manifestação do Promotor de Justiça, que se sentiu ofendido, o juiz 
destituiu o advogado e nomeou Defensor Público para continuar na defesa do acusado, 
que, na ocasião, não estava presente. O Defensor, então, concluiu as alegações finais 
orais. Na mesma assentada, o magistrado determinou a extração de peças, com o 
encaminhamento ao Ministério Público, para apurar possível crime contra a honra praticado 
por João. Pedro, assistido pela Defensoria Pública, acabou condenado na forma do pedido 
inicial. João, por sua vez, após representação do Promotor de Justiça vítima, foi denunciado 
pela prática de crime de injúria. Considerando apenas as informações constantes na 
hipótese narrada, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
A) Na condição de advogado(a) de João, qual tese de direito material você alegaria em seu 
favor para afastar a imputação delitiva?(Valor: 0,60) Obs.: o examinando deve fundamentar 
suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. 
 
17. XX EXAME. Joana trabalha em uma padaria na cidade de Curitiba. Em um domingo 
pela manhã, Patrícia, freguesa da padaria, acreditando não estar sendo bem atendida por 
Joana, após com ela discutir, a chama de “macaca” em razão da cor de sua pele. 
Inconformados com o ocorrido, outros fregueses acionam policiais que efetuam a prisão em 
flagrante de Patrícia por crime de racismo (Lei nº 7.716/89 – Lei do Preconceito Racial), 
apesar de Joana dizer que não queria que fosse tomada qualquer providência em desfavor 
da pessoa detida. A autoridade policial lavra o flagrante respectivo, independente da 
vontade da ofendida, asseverando que os crimes da Lei nº 7.716/89 são de ação penal 
19 
 
pública incondicionada. O Ministério Público opina pela liberdade de Patrícia porque ainda 
existiam diligências a serem cumpridas em sede policial. Patrícia, sete meses após o 
ocorrido, procura seu advogado para obter esclarecimentos, informando que a vítima foi 
ouvida em sede policial e confirmou o ocorrido, bem como o desinteresse em ver a autora 
dos fatos responsabilizada criminalmente. Na condição de advogado de Patrícia, esclareça: 
A) Agiu corretamente a autoridade policial ao indiciar Patrícia pela prática do crime de 
racismo? Justifique. (Valor: 0,65) B) Existe algum argumento defensivo para garantir, de 
imediato, o arquivamento do inquérito policial? Justifique. (Valor: 0,60) 
 
18. XIX EXAME. Questão 64 Patrício, ao chegar em sua residência, constatou o 
desaparecimento de um relógio que havia herdado de seu falecido pai. Suspeitando de um 
empregado que acabara de contratar para trabalhar em sua casa e que ficara sozinho por 
todo o dia no local, Patrício registrou o fato na Delegacia própria, apontando, de maneira 
precipitada, o empregado como autor da subtração, sendo instaurado o respectivo inquérito 
em desfavor daquele “suspeito”. Ao final da investigação, o inquérito foi arquivado a 
requerimento do Ministério Público, ficando demonstrado que o indiciado não fora o autor 
da infração. Considerando que Patrício deu causa à instauração de inquérito em desfavor 
de empregado cuja inocência restou demonstrada, é correto afirmar que se trata de 
A) fato atípico. 
B) crime de denunciação caluniosa dolosa. 
C) crime de denunciação caluniosa culposa. 
D) calúnia. 
 
19. XVI EXAME. Em uma discussão de futebol, Rubens e Enrico, em comunhão de ações 
e desígnios, chamaram Eduardo de “ladrão” e “estelionatário”, razão pela qual Eduardo 
formulou uma queixa-crime em face de ambos. No curso da ação penal, porém, Rubens 
procurou Eduardo para pedir desculpas pelos seus atos, razão pela qual Eduardo 
expressamente concedeu perdão do ofendido em seu favor, sendo esse prontamente aceito 
e, consequentemente, extinta a punibilidade de Rubens. Eduardo, contudo, se recusou a 
conceder o perdão para Enrico, pois disse que não era a primeira vez que o querelado tinha 
esse tipo de atitude. Considerando apenas as informações narradas, responda aos itens a 
seguir. A) Qual o crime praticado, em tese, por Rubens e Enrico? (Valor: 0,60) B) Que 
argumento poderá ser formulado pelo advogado de Enrico para evitar sua punição? (Valor: 
0,65) Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a 
fundamentação legal pertinente ao caso. 
 
SUGESTÃO DE LEITURA 
 
01. Decisão do STJque considera injúria racial imprescritível é correta. 
http://www.conjur.com.br/2016-jan-24/decisao-stj-considera-injuria-racial-
imprescritivel-correta?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook 
 
02. A TUTELA DA HONRA NO ÂMBITO DA INTERNET. Disponível em: 
http://www.conpedi.org.br/publicacoes/c178h0tg/vwk790q7/22V29442qi5q15UY.pdf 
 
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
 
FURTO 
 
01. XVII EXAME. Rodrigo, primário e de bons antecedentes, quando passava em frente a 
um estabelecimento comercial que estava fechado por ser domingo, resolveu nele 
ingressar. Após romper o cadeado da porta principal, subtraiu do seu interior algumas 
http://www.conjur.com.br/2016-jan-24/decisao-stj-considera-injuria-racial-imprescritivel-correta?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook
http://www.conjur.com.br/2016-jan-24/decisao-stj-considera-injuria-racial-imprescritivel-correta?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook
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caixas de cigarro. A ação não foi notada por qualquer pessoa. Todavia, quando caminhava 
pela rua com o material subtraído, veio a ser abordado por policiais militares, ocasião em 
que admitiu a subtração e a forma como ingressou no comércio lesado. O material furtado 
foi avaliado em R$ 1.300,00 (um mil e trezentos reais), sendo integralmente recuperado. A 
perícia não compareceu ao local para confirmar o rompimento de obstáculo. O autor do fato 
foi denunciado como incurso nas sanções penais do Art. 155, § 4º, inciso I, do Código Penal. 
As únicas testemunhas de acusação foram os policiais militares, que confirmaram que 
apenas foram responsáveis pela abordagem do réu, que confessou a subtração. Disseram 
não ter comparecido, porém, ao estabelecimento lesado. Em seu interrogatório, Rodrigo 
confirmou apenas que subtraiu os cigarros do estabelecimento, recusando-se a responder 
qualquer outra pergunta. A defesa técnica de Rodrigo é intimada para apresentar alegações 
finais por memoriais. Com base na hipótese apresentada, responda, fundamentadamente, 
aos itens a seguir. A) Diante da confissão da prática do crime de furto por Rodrigo, qual a 
principal tese defensiva em relação à tipificação da conduta a ser formulada pela defesa 
técnica? (Valor: 0,65) B) Em caso de acolhimento da tese defensiva, poderá Rodrigo ser, 
de imediato, condenado nos termos da manifestação da defesa técnica? (Valor: 0,60) Obs.: 
Resposta fundamentada. A simples menção do dispositivo legal não será pontuada. 
 
02. XVII EXAME. PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Daniel, nascido em 02 de abril de 1990, 
é filho de Rita, empregada doméstica que trabalha na residência da família Souza. Ao tomar 
conhecimento, por meio de sua mãe, que os donos da residência estariam viajando para 
comemorar a virada de ano, vai até o local, no dia 02 de janeiro de 2010, e subtrai o veículo 
automotor dos patrões de sua genitora, pois queria fazer um passeio com sua namorada. 
Desde o início, contudo, pretende apenas utilizar o carro para fazer um passeio pelo 
quarteirão e, depois, após encher o tanque de gasolina novamente, devolvê-lo no mesmo 
local de onde o subtraiu, evitando ser descoberto pelos proprietários. Ocorre que, quando 
foi concluir seu plano, já na entrada da garagem para devolver o automóvel no mesmo lugar 
em que o havia subtraído, foi surpreendido por policiais militares, que, sem ingressar na 
residência, perguntaram sobre a propriedade do bem. Ao analisarem as câmeras de 
segurança da residência, fornecidas pelo próprio Daniel, perceberam os agentes da lei que 
ele havia retirado o carro sem autorização do verdadeiro proprietário. Foi, então, Daniel 
denunciado pela prática do crime de furto simples, destacando o Ministério Público que 
deixava de oferecer proposta de suspensão condicional do processo por não estarem 
preenchidos os requisitos do Art. 89 da Lei nº 9.099/95, tendo em vista que Daniel responde 
a outra ação penal pela prática do crime de porte de arma de fogo. Em 18 de março de 
2010, a denúncia foi recebida pelo juízo competente, qual seja, da 1ª Vara Criminal da 
Comarca de Florianópolis. Os fatos acima descritos são integralmente confirmados durante 
a instrução, sendo certo que Daniel respondeu ao processo em liberdade. Foram ouvidos 
os policiais militares como testemunhas de acusação, e o acusado foi interrogado, 
confessando que, de fato, utilizou o veículo sem autorização, mas que sua intenção era 
devolvê-lo, tanto que foi preso quando ingressava na garagem dos proprietários do 
automóvel. Após, foi juntada a Folha de Antecedentes Criminais de Daniel, que ostentava 
apenas aquele processo pelo porte de arma de fogo, que não tivera proferida sentença até 
o momento, o laudo de avaliação indireta do automóvel e o vídeo da câmera de segurança 
da residência. O Ministério Público, em sua manifestação derradeira, requereu a 
condenação nos termos da denúncia. A defesa de Daniel é intimada em 17 de julho de 
2015, sexta feira. Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem ser 
inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a possibilidade de habeas 
corpus, no último dia do prazo para interposição, sustentando todas as teses jurídicas 
pertinentes. (Valor: 5,00) Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. A mera 
citação do dispositivo legal não confere pontuação. 
 
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03. XX EXAME (REAPLICAÇÃO EM SALVADOR) Questão 60 Silva e Pereira, amigos de 
infância, combinam praticar um crime de furto. Silva sugere que o crime seja realizado na 
residência da família Bragança, pois tinha a informação de que os proprietários estavam 
viajando e a casa ficava a uma quadra de suas casas. Juntos dirigem-se ao local e, sem 
que Silva tivesse conhecimento, Pereira traz consigo uma arma de fogo municiada. Silva 
subtrai uma TV e deixa o imóvel que estava sendo furtado. Pereira, quando se preparava 
para sair com o dinheiro subtraído do cofre, depara-se com o segurança que, alertado pelo 
alarme acionado, entrara na casa. Pereira, para garantir o crime, efetua disparos de arma 
de fogo contra o segurança, vindo este a falecer em razão dos tiros. Considerando a 
situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
A) Ao Silva será aplicada a pena do furto qualificado e ao Pereira, a do crime de latrocínio. 
B) Silva e Pereira responderão pelo crime de latrocínio, mas, em razão de sua participação, 
Silva terá direito à causa de diminuição da pena. 
C) Ao Silva será aplicada a pena do crime de furto qualificado e Pereira responderá por 
furto qualificado e latrocínio em concurso. 
D) Silva e Pereira responderão por latrocínio consumado, sem qualquer redução de pena 
para qualquer deles. 
 
04. XXI EXAME. Questão 62 Felipe sempre sonhou em ser proprietário de um veículo de 
renomada marca mundial. Quando soube que uma moradora de sua rua tinha um dos 
veículos de seu sonho em sua garagem, Felipe combinou com Caio e Bruno de os dois 
subtraírem o veículo, garantindo que ficaria com o produto do crime e que Caio e Bruno 
iriam receber determinado valor, o que efetivamente vem a ocorrer. Após receber o carro, 
Felipe o leva para sua casa de praia, localizada em outra cidade do mesmo Estado em que 
reside. Os fatos são descobertos e o veículo é apreendido na casa de veraneio de Felipe. 
Considerando as informações narradas, é correto afirmar que Felipe deverá ser 
responsabilizado pela prática do crime de 
A) furto simples. 
B) favorecimento real. 
C) furto qualificado pelo concurso de agentes. 
D) receptação. 
 
05. XXI EXAME. PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Gabriela, nascida em 28/04/1990, 
terminou relacionamento amoroso com Patrick, não mais suportando as agressões físicas 
sofridas, sendo expulsa do imóvel em que residia com o companheiro em comunidade 
carente na cidade de Fortaleza, Ceará, juntamente com o filho do casal de apenas 02 anos. 
Sem ter familiares no Estado e nem outros conhecidos, passou a pernoitar com o filho em 
igrejas e outros locais de acesso público, alimentando-se a partir de ajudas recebidas de 
desconhecidos. Nessa época, Gabriela fez amizade com Maria, outra mulher em

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