Buscar

Princípios Gerais do Direito do Consumidor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Princípios Gerais do Direito do 
Consumidor
APRESENTAÇÃO
O Código de Defesa do Consumidor é o conjunto de normas concebidas para proteger as 
relações de consumo. Estas normas tem um fundamento, uma inspiração, o qual chamamos de 
princípios. Entendemos como princípios os valores éticos e morais compartilhados pela 
sociedade. Servem também para orientar a interpretação das normas e ajustá-las ao caso 
concreto suprindo as lacunas da lei, sendo a estrutura do sistema jurídico.
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer qual a importância dos princípios para o 
ordenamento jurídico. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Diferenciar princípios de regras.•
Aplicar os princípios no caso concreto.•
Demonstrar por que o Código de Defesa do Consumidor é considerado uma Lei 
Principiólogica.
•
DESAFIO
O Código de Defesa do Consumidor é considerado uma Lei Principiológica, pois suas 
disposições tem como estrutura e norte os princípios.
Analise o caso abaixo:
Sabendo que o CDC é uma Lei Principiológica, escreva a fundamentação da pretensão de Pedro 
com base nos princípios do Código de Defesa do Consumidor e informe os artigos 
correspondentes.
INFOGRÁFICO
Você verá no Infográfico as funções dos princípios no ordenamento jurídico.
CONTEÚDO DO LIVRO
Neste capítulo você conhecerá a diferença entre os princípios e as regras e a importância desta 
diferenciação ao Direito do Consumidor. Além disso, conhecerá os princípios gerais desse ramo 
do conhecimento jurídico e entenderá como eles se aplicam. Você também entenderá porque o 
Código de Defesa do Consumidor é uma lei principiológica e porque ela é aplicada mesmo em 
determinados tipos de relações jurídicas que possuem normas próprias.
Boa leitura!
 
DIREITO DO 
CONSUMIDOR
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Diferenciar princípios de regras.
 > Aplicar os princípios no caso concreto.
 > Demonstrar por que o Código de Defesa do Consumidor é considerado uma 
Lei Principiológica.
Introdução
A defesa do consumidor é um princípio constitucional. Atualmente, é possível 
afirmar que todos que vivem em sociedade são consumidores de pelo menos um 
produto ou serviço. Assim, a tutela desse tipo de relação é imprescindível, motivo 
pelo qual ela foi prevista pela Constituição Federal (BRASIL, [2020]). A cada dia, 
novos produtos e serviços são colocados no mercado e o consumo é massificado. 
Por isso, o cuidado com os consumidores deve ser constante, a fim de evitar a 
lesão à integridade física e moral do sujeito que consome.
Neste capítulo, você vai estudar a diferença entre os princípios e as regras. 
Além disso, vai ver qual é a importância dessa diferenciação para o Direito do 
Consumidor. Por fim, vai conhecer os princípios previstos no artigo 4º do Código 
de Defesa do Consumidor (CDC) (BRASIL, 1990) e ver por que essa lei é considerada 
principiológica.
Princípios gerais 
do Direito do 
Consumidor
Camila Possan de Oliveira
Princípios ou regras: o que importa ao 
Direito do Consumidor?
Antes de adentrar especificamente no estudo do Direito do Consumidor, é 
importante entender a distinção entre os princípios e as regras. Essa distinção 
foi imposta pelo pós-positivismo jurídico, que tem como importante teórico 
Robert Alexy.
O pós-positivismo é um pensamento jusfilosófico que surgiu para apro-
ximar o Direito da moral (FERNANDES; BICALHO, 2011), superando o até então 
aplicável positivismo jurídico. Robert Alexy foi um dos principais teóricos a 
escrever sobre a aplicação do Direito sob esse novo viés. Para ele, quando 
há um direito fundamental garantido, por trás dele há uma norma que o 
garante (ALEXY, 2008).
Assim, é preciso entender a estrutura das normas de direitos fundamentais 
por meio da distinção entre regras e princípios. De acordo com Alexy (2008, 
p. 85):
Essa distinção é a base da teoria da fundamentação no âmbito dos direitos fun-
damentais e uma chave para a solução de problemas centrais da dogmática dos 
direitos fundamentais. Sem ela não pode haver nem uma teoria adequada sobre 
as restrições a direitos fundamentais, nem uma doutrina satisfatória sobre co-
lisões, nem uma teoria suficiente sobre o papel dos direitos fundamentais no 
sistema jurídico.
Antes de pensar nas diferenças entre as regras e os princípios, precisamos 
nos atentar às suas similaridades. Os princípios e as regras, de acordo com 
Alexy (2008), são normas, pois nos dizem o que deve ser. A diferença entre eles 
é que cada um é uma espécie diferente de norma. Para Fernandes e Bicalho 
(2011), se um julgador, ao se deparar com um caso em concreto, não encontra 
regra aplicável, ele deve, então, decidir de acordo com os princípios. Desse 
modo, as regras seriam mandamentos de “tudo ou nada”, pois conforme for 
acontecendo algo permitido ou proibido por uma regra, ou ela é válida e 
será aplicada ou ela não é válida e não será aplicada. Já os princípios apenas 
servem de base para as decisões.
No entanto, algumas vezes é possível que as normas de um determinado 
ordenamento jurídico entrem em conflito. É o caso em que, de acordo com 
Amorim (2005, p. 126), as duas normas, “aplicadas independentemente, condu-
zam a resultados incompatíveis, ou seja, pode haver dois juízos de dever-ser 
contraditórios. Mas a diferença está na forma como solucionar o conflito”. 
Havendo um conflito entre as regras de um ordenamento jurídico, é preciso 
Princípios gerais do Direito do Consumidor2
estabelecer um critério para a sua resolução. Assim, entramos nos conceitos 
de cronologia, hierarquia e especialidade.
Conforme Bobbio (1995), para usarmos o critério cronológico, devemos 
entender que prevalece a norma posterior, conforme o brocardo lex posterior 
derogat priori (a última lei derroga a primeira). Dessa maneira, a lei posterior 
seria uma verdadeira expressão da vontade do legislador para o progresso 
jurídico, assim como ocorre com uma pessoa que emana dois atos de vontade, 
de forma que será válido o último proferido. A lógica para o entendimento de 
tal critério é simples: "Presume-se que o legislador não queira fazer coisa inútil 
e sem finalidade: se devesse prevalecer a norma precedente, a lei sucessiva 
seria um ato inútil e sem finalidade” (BOBBIO, 1995, p. 93).
Há também o critério hierárquico para a resolução do conflito estabelecido 
entre as normas. Isso é feito de acordo com o uso do critério lex superior 
derogat inferior (a lei superior derroga a inferior). Assim, por exemplo, a 
promulgação de uma emenda constitucional, por ser a norma suprema de 
nosso ordenamento, seria capaz de derrogar normas infraconstitucionais em 
sentido contrário. Um caso muito conhecido é o da Emenda Constitucional 
nº 11 de 1978 (BRASIL, 1978), que revogou atos institucionais que contraria-
vam a Constituição Federal vigente na época, inclusive AI-5, tão comentado 
atualmente pela mídia.
O critério da especialidade prevê que lex specialis derogat generali (lei 
especial derroga a geral) e pode ser explicado da seguinte forma: "a lei es-
pecial é aquela que anula uma lei mais geral, ou que subtrai de uma norma 
uma parte da sua matéria para submetê-la a uma regulamentação diferente" 
(BOBBIO, 1995, p. 96). Nesse caso, um exemplo de lei geral é o Código Civil 
Brasileiro (BRASIL, 2002), enquanto o CDC é uma lei especial.
Além disso, é possível que na aplicação dos princípios ocorra colisão 
entre eles. Nesse caso, Dworkin (2002) ensina ser necessário que o julgador, 
ao colocar fim ao conflito, considere a força relativa de cada princípio posto 
em choque. Nesse caso, não significa se tratar de “uma mensuração exata”, 
mas sim de uma ponderação efetuada naquele caso em concreto. Assim, 
não será revogado nenhum princípio, mas será apenas determinado qual vai 
prevalecer em razão das especificidades do caso concreto.
Nesse sentido, para a análise de qual princípio deve prevalecer em caso de 
colisão, deve-se considerar a máxima da proporcionalidade. Tal máxima pode 
sersimplificada como a necessidade de efetuar-se um sopesamento entre 
os princípios diante das possibilidades jurídicas apresentadas (ALEXY, 2008).
Agora que vimos a diferença entre os princípios e as regras e descobrimos 
como solucionar conflitos entre regras e colisões entre princípios, vamos 
Princípios gerais do Direito do Consumidor 3
estudar a seguir os princípios consumeristas dispostos no CDC. Essa lei 
com natureza principiológica foi criada para proteger o elo mais frágil das 
relações de consumo.
Princípios consumeristas do art. 4º do 
Código de Defesa do Consumidor
A Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (BRASIL, 1990), dispõe sobre a pro-
teção do consumidor e é conhecida como Código de Defesa do Consumidor 
(CDC). Essa lei colocou a sociedade de consumo em um patamar diferenciado, 
tutelando os direitos dos consumidores e prevendo obrigações aos fornece-
dores. A lei passou a tratar os diferentes participantes da relação de consumo 
conforme suas desigualdades para, assim, alcançar a efetividade da justiça.
No Título I do referido diploma, temos um capítulo exclusivo ao tratamento 
da Política Nacional das Relações de Consumo. Dentro desse capítulo, encon-
tramos o artigo 4º, que prevê uma série de princípios a serem observados no 
momento da efetivação das relações de consumo (BRASIL, 1990). Tais princípios 
têm como objetivo o estabelecimento da harmonia entre as partes (FILOMENO, 
2017). Veja a seguir a disposição da lei (BRASIL, 1990, documento on-line):
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento 
das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, 
a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, 
bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os 
seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;
II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:
a) por iniciativa direta;
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;
c) pela presença do Estado no mercado de consumo;
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, 
segurança, durabilidade e desempenho.
III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e 
compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvi-
mento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se 
funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na 
boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;
IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus 
direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo;
V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de quali-
dade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos 
de solução de conflitos de consumo;
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado 
de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos 
Princípios gerais do Direito do Consumidor4
e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que 
possam causar prejuízos aos consumidores;
VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;
VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo.
IX - fomento de ações direcionadas à educação financeira e ambiental dos consu-
midores; (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
X - prevenção e tratamento do superendividamento como forma de evitar a exclusão 
social do consumidor. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
O caput desse artigo já começa trazendo à baila o princípio da dignidade, 
seguindo os mesmos valores insculpidos na Constituição Federal (BRASIL, 
[2020]). Por estar previsto na Carta Magna, esse princípio é aplicável a qualquer 
relação jurídica. No entanto, o legislador quis reforçar a sua importância ao 
prevê-lo também no CDC. Essa dignidade trata-se do “último arcabouço da 
guarida dos direitos individuais e o primeiro fundamento de todo o sistema 
constitucional” (NUNES, 2019, p. 62). Por meio dela, o indivíduo deve ter res-
peitadas todas as suas ações e a extensão do seu comportamento, como suas 
escolhas de crença, intimidade e liberdade (NUNES, 2018).
Na sequência, é previsto o princípio da proteção à saúde e à segurança 
(em síntese, à vida) do consumidor. Assim, os produtos e serviços colocados 
no mercado de consumo, via de regra, não podem colocar em risco a saúde 
(mental ou física) nem a segurança. Por exemplo, o fornecedor de um serviço 
de cobranças não pode cobrar do consumidor humilhando-o perante seus 
colegas de trabalho, pois isso colocaria em risco sua saúde mental. Ele também 
não poderia agredi-lo, pois isso violaria sua saúde física. Quanto à segurança, 
um fabricante de veículos não pode colocar no mercado um modelo específico 
de automóveis que não tenha freios, por exemplo. Os produtos e serviços 
colocados no mercado devem significar uma melhora na qualidade de vida 
do consumidor, que, ao adquiri-los, vai encontrar não só conforto material, 
mas também bem-estar (NUNES, 2019).
O CDC também protege os interesses econômicos dos consumidores, por 
meio da harmonização dos interesses dos participantes das relações de 
consumo. Desse modo, o desenvolvimento tecnológico e econômico não pode 
ser obstaculizado por um protecionismo exacerbado, e o desenvolvimento 
também não pode servir como permissivo à ofensa da moral e do patrimônio 
dos consumidores.
O princípio da transparência tem estreita ligação com a boa-fé objetiva e 
o dever de informar. Ele deve reger as condutas dos fornecedores, de modo 
que eles deem aos consumidores “clareza, nitidez, precisão, sinceridade” 
sobre os produtos e serviços colocados no mercado de consumo (CAVALIERI 
FILHO, 2019, p. 53). Assim, não pode haver barreiras para que o consumidor 
Princípios gerais do Direito do Consumidor 5
tome conhecimento das informações do negócio, com ocultação das partes 
desvantajosas do produto ou serviço. Também não é permitida a valorização 
que não corresponde à realidade (CAVALIERI FILHO, 2019). No caso de ocul-
tação de desvantagens, um exemplo seria a contratação de um empréstimo 
bancário, por parte do consumidor, em que o cliente não recebe a cópia da 
cédula de crédito nem das condições gerais do contrato, pois a instituição 
financeira sabe que os juros remuneratórios estão em um patamar dema-
siadamente elevado. No caso de valorização de atributos do produto que 
não correspondem à realidade, podemos pensar em um telefone celular que 
promete 72 horas de duração da bateria, ainda que o fabricante saiba que o 
aparelho não vai alcançar tal tempo de duração (a não ser que o consumidor 
fique 72 horas sem usá-lo).
A vulnerabilidade do consumidor diante do fornecedor foi a razão para a 
elaboração do CDC. A característica da vulnerabilidade faz parte da figura do 
consumidor e pode ser analisada sob diferentes perspectivas; veja a seguir.
 � Vulnerabilidade informacional: no sentido de que o consumidor não 
detém todas as informações sobre o produto ou serviço, sendo obri-
gação do fornecedor dividir as informações que somente ele tem co-
nhecimento sobre o bem em questão. Vale ressaltar que “no século 
XXI, é na informação que se concentra o poder, cabe aos experts da 
cadeia de consumo, os fornecedores, adotar aparatos compensatórios 
que garantam uma simetria de dados entre eles e os consumidores” 
(SCHMITT; OLIVEIRA, 2020, p. 284). Por exemplo, o consumidor de um 
determinado produto alimentício não tem conhecimento sobre os 
valores nutricionais do alimento, então é fundamental a inserção 
dessas informações no rótulo.
 � Vulnerabilidade técnico-científica: nesse caso, o consumidor não 
possui conhecimento técnico suficiente a respeito dos elementos 
que configuram a prestação do serviço ou entregado produto. Por 
exemplo, o consumidor que adquire um automóvel não tem todos os 
conhecimentos da engenharia utilizada na sua fabricação. Ainda que 
esse consumidor seja um engenheiro, isso não significa que ele vai 
conhecer e dominar todo o processo de produção do veículo. Portanto, 
ele ainda tem vulnerabilidade técnico-científica.
 � Vulnerabilidade jurídica: nesse tipo de vulnerabilidade, o consumidor 
apresenta fragilidade tanto em juízo quanto fora dele. Por exemplo, ao 
assinar um contrato, o cliente não entende todas as cláusulas inseridas, 
pois são permeadas de termos jurídicos. Em um processo judicial, ele 
Princípios gerais do Direito do Consumidor6
não poderá apresentar provas de que não recebeu um determinado 
produto que comprou, por exemplo. Nesse caso, quem deve provar 
que enviou é o vendedor.
 � Vulnerabilidade fática: é a representação do desequilíbrio socioe-
conômico existente entre consumidor e fornecedor, despontando a 
posição de superioridade do fornecedor (SCHMITT; OLIVEIRA, 2020). 
Por exemplo, ao contratar um serviço de internet, você vai receber um 
contrato com cláusulas prontas, pré-elaborado pela empresa, e não 
vai ter poder algum de alterar ou discutir as cláusulas ali previstas.
O princípio da boa-fé objetiva prevê padrões mínimos de confiança e 
lealdade (SCHMITT; OLIVEIRA, 2015). Assim, é possível dizer que esse princí-
pio consiste no verdadeiro “coração” do CDC. Ele não trata as intenções do 
agente, mas sim como elas se materializam no plano concreto de sua atuação 
(TARTUCE; NEVES, 2021). Na definição de Marques (2020, p. 30):
Trata-se de uma boa-fé objetiva, um paradigma de conduta leal, e não apenas da 
boa-fé subjetiva, conhecida regra de conduta subjetiva no Código Civil. Boa-fé obje-
tiva é um standard de comportamento leal, com base na confiança despertada na 
outra parte cocontratante, respeitando suas expectativas legítimas e contribuindo 
para a segurança das relações negociais.
Por sua vez, o princípio da informação é um princípio-dever. Por meio 
dele, fica estabelecido que o fornecedor tem a obrigação de prestar todas as 
informações sobre o serviço ou produto. Ele pode ser visualizado no artigo 
31 do CDC, que dispõe (BRASIL, 1990, documento on-line):
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar infor-
mações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas 
características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de 
validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam 
à saúde e segurança dos consumidores.
Os princípios vistos são os que se depreendem da análise do artigo 4º do 
diploma legal, havendo outros ao longo do CDC (BRASIL, 1990). Essa situação 
demonstra que a Lei nº 8.078/90 é uma lei principiológica (BRASIL, 1990). A 
seguir, vamos entender melhor esse conceito.
Princípios gerais do Direito do Consumidor 7
Você já ouviu falar em obsolescência planejada ou programada? Por 
meio dessa tática, os fornecedores fabricam produtos planejados 
para durar por um tempo determinado, o que ocorre comumente com dispositivos 
eletrônicos. No entanto, essa informação não é devidamente esclarecida aos 
consumidores. Com essa atitude, são feridos diversos princípios que guardam 
as relações consumeristas, em especial o princípio da transparência, da in-
formação e da boa-fé objetiva. Para saber mais sobre o tema, leia os artigos 
“A obsolescência planejada de telefones móveis e o desrespeito ao direito de 
informação do consumidor”, de Camila Possan de Oliveira (2019), e “A pandemia 
e a sociedade de consumo: a obsolescência programada como fator de vulne-
rabilidade do consumidor”, de Cristiano de Moraes Franco (2021). Além disso, 
assista ao vídeo “Entenda: o que é obsolescência programada?” (2019), do canal 
TecMundo, no YouTube.
Código de Defesa do Consumidor: uma lei 
principiológica
Vimos os princípios instituídos pela Política Nacional das Relações de Con-
sumo, prevista no artigo 4º do CDC, e estudamos que, ao longo do diploma 
legal, ainda estão previstos outros princípios que guardam as relações de 
consumo (BRASIL, 1990). Nesta seção, vamos entender por que o CDC é reco-
nhecido como uma lei principiológica.
A própria criação de uma Política Nacional das Relações de Consumo 
demonstra que a intenção do legislador foi a de criar “uma disciplina jurídica 
única e uniforme destinada a tutelar os interesses patrimoniais e morais de 
todos os consumidores” (CAVALIERI FILHO, 2019, p. 13).
Tartuce e Neves (2021) explicam que o CDC é considerado uma lei princi-
piológica porque a figura do consumidor está constitucionalmente protegida 
(art. 5º, inc. XXXII, da Constituição Federal) (BRASIL, [2020]). Ainda, o caráter 
principiológico do CDC reside no fato de que ele prevalece sobre as demais 
normas setorizadas, como normas que tratam de seguros e atividades ban-
cárias, por exemplo. Assim, essas leis setorizadas, ao disciplinarem suas 
matérias, não podem se furtar de obedecer aos princípios previstos na Lei 
nº 8.078/90 (BRASIL, 1990; NERY JUNIOR; NERY, 2003).
Princípios gerais do Direito do Consumidor8
Nunes (2019, p. 112) explica por que o CDC é considerado uma lei 
principiológica:
Como lei principiológica entende se aquela que ingressa no sistema jurídico, fa-
zendo, digamos assim, um corte horizontal, indo, no caso do CDC, atingir toda e 
qualquer relação jurídica que possa ser caracterizada como de consumo e que 
esteja também regrada por outra norma jurídica infraconstitucional.
Além disso, o CDC é a lei que se encarrega de efetivar, fora do plano consti-
tucional, o princípio da proteção dos consumidores, que se encontra previsto 
na Constituição Federal no inciso V do artigo 170: “A ordem econômica, fundada 
na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar 
a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os 
seguintes princípios: [...] V - defesa do consumidor” (BRASIL, [2020], documento 
on-line). Assim, é possível notar que a Lei nº 8.078/90 nasce para concretizar 
um princípio constitucional, o princípio de defesa do consumidor, que faz parte 
dos princípios gerais da atividade econômica (BRASIL, 1990).
Por esse motivo, alguns autores, como Tartuce e Neves (2021), defendem 
que o CDC tem eficácia supralegal, ou seja, está abaixo da Constituição Federal, 
mas acima das leis ordinárias (Figura 1).
Figura 1. Simbologia do sistema piramidal da hierarquia entre a Constituição Federal, o CDC 
e as leis ordinárias.
Fonte: Tartuce e Neves (2021, p. 28).
Conforme Cavalieri Filho (2019), esse raciocínio se dá porque o CDC espalhou 
a sua disciplina por todas as áreas do Direito em que ocorrem as relações 
de consumo. Nesse sentido, podemos pensar no fornecimento de serviços 
públicos, em que não se furta o julgador da aplicação do CDC, bem como na 
situação de problemas ocorridos com serviços bancários, ocasião em que 
é aplicada a lei consumerista, havendo, inclusive, súmula nesse sentido, a 
súmula 297 do STJ: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às insti-
tuições financeiras” (BRASIL, 2011, p. 245).
Princípios gerais do Direito do Consumidor 9
Assim, o que pertence aos serviços públicos vai continuar a ser tratado 
pelas normas que regem essa seara jurídica, mas também será aplicado o 
CDC quando se apresentar uma relação de consumo com o poder público. 
Nas relações que envolvem direito bancário, igualmente vão continuar sendo 
aplicadas as normas que regem o setor, mas elas devem obedecer à Lei nº 
8.078/90 quando essa relação tiver a figura de um consumidor, ou seja, elas 
vão obedecer aos princípios consumeristas (BRASIL, 1990). Nesse sentido, 
Cavalieri Filho (2019, p. 15) destaca:
[...] sem retirar as relações de consumo do campo do Direito onde por natureza 
se situam, sem afastá-las do seu natural habitat, o Código do Consumidor irradia 
sobre elas a sua disciplina, colorindo-as com as suas tintas. Vale dizer, o CDC não 
criou umsistema jurídico obrigacional e contratual próprio; todo o ordenamento 
jurídico continua aplicável às relações de consumo, submetido, entretanto, aos 
princípios nele (CDC) consagrados.
Portanto, o CDC, ainda que seja dono de uma lógica própria e tenha obje-
tivos únicos, não se isola de todo o sistema jurídico. Ele precisa da aplicação 
do Código Civil, por exemplo, no que diz respeito à constituição, validade e 
execução dos contratos. Isso porque, no caso dos contratos, ao analisar de-
talhadamente a Lei nº 8.078/90, vemos que não há qualquer disciplina típica 
de qualquer tipo de contrato (BRASIL, 1990). Assim, é possível aplicar o CDC 
a todos os contratos de consumo por causa de sua condição principiológica, 
ou seja, que se estrutura em cláusulas gerais e princípios, e não em normas 
tipificadoras de condutas (CAVALIERI FILHO, 2019).
Desse modo, o CDC é um sistema jurídico aberto que se vale de uma es-
trutura jurídica preexistente de outras áreas do Direito, mas que faz imperar 
os seus princípios.
Referências
ALEXY, R. Teoria dos direitos fundamentais. São Paulo: Malheiros, 2008.
AMORIM, L. B. A distinção entre regras e princípios segundo Robert Alexy: esboço 
e críticas. Revista de Informação Legislativa, v. 42, n. 165, p. 123-134, jan./mar. 2005. 
BOBBIO, N. Teoria do ordenamento jurídico. 6. ed. Brasília: Editora UNB, 1995. 
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
Brasília: Presidência da República, [2020]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 5 nov. 2021.
BRASIL. Emenda Constitucional n° 11, de 13 de outubro de 1978. Altera dispositivos da 
Constituição Federal. Brasília: Presidência da República, 1978. Disponível em: http://
Princípios gerais do Direito do Consumidor10
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc_anterior1988/emc11-78.
htm. Acesso em: 5 nov. 2021.
BRASIL. Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor 
e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1990. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm. Acesso em: 5 nov. 2021.
BRASIL. Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília: Presidência 
da República, 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/
L10406compilada.htm. Acesso em: 5 nov. 2021.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n° 297. Revista de Súmulas, v. 5, n. 23, p. 
243-314, 2011. Disponível em: https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/
stj-revista-sumulas-2011_23_capSumula297.pdf. Acesso em: 5 nov. 2021.
CAVALIERI FILHO, S. Programa de direito do consumidor. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
DWORKIN, R. Levando os direitos a sério. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
FERNANDES, R. V. C.; BICALHO, G. P. D. Do positivismo ao pós-positivismo jurídico: o 
atual paradigma jusfilosófico constitucional. Revista de Informação Legislativa, v. 48, 
n. 189, p. 105-131, jan./mar. 2011. 
FILOMENO, J. G. B. Da política nacional de relações de consumo. In: GRINOVER, A. P. 
et al. (org.). Código Brasileiro de Defesa do Consumidor: comentado pelos autos do 
anteprojeto. 11. ed. rev., atual. e reform. Rio de Janeiro: Forense, 2017.
MARQUES, C. L. 30 anos de Código de Defesa do Consumidor: revisando a teoria geral 
dos serviços com base no CDC em tempos digitais. In: MIRAGEM, B.; MARQUES, C. L.; 
MAGALHÃES, L. A. L. (org.). Direito do consumidor: 30 anos do CDC. São Paulo: Forense, 
2020. p. 3-66.
NERY JUNIOR, N.; NERY, R. M. A. Código Civil Anotado. 2. ed. São Paulo: RT, 2003.
NUNES, L. A. R. Curso de direito do consumidor. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
NUNES, L. A. R. O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana: doutrina e 
jurisprudência. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
SCHMITT, C. H.; OLIVEIRA, C. P. Os contratos de adesão sob a ótica do direito do consu-
midor. In: ZAVASCKI, L. T.; MELGARÉ, P. (org.). Diálogos de direito privado: contribuições 
do corpo docente e discente da Faculdade de Direito da PUCRS. Porto Alegre: EdiPUCRS, 
2015. p. 72-97.
SCHMITT, C. H.; OLIVEIRA, C. P. Práticas de discriminação do consumidor em razão 
da sua localização geográfica: geopricing e geoblocking. In: EHRHARDT JÚNIOR, M.; 
CATALAN, M.; MALHEIROS, P. (coord.). Direito civil e tecnologia. Belo Horizonte: Fórum, 
2020. p. 283-298.
TARTUCE, F.; NEVES, D. A. A. Manual de direito do consumidor: direito material e pro-
cessual – volume único. Rio de Janeiro: Método, 2021.
Leituras recomendadas
ENTENDA: o que é obsolescência programada? [S. l.: s. n.], 2019. 1 vídeo (8 min). Publicado 
pelo canal TecMundo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Ix_nYVFlqWo. 
Acesso em: 4 nov. 2021.
Princípios gerais do Direito do Consumidor 11
FRANCO, C. M. A pandemia e a sociedade de consumo: a obsolescência programada 
como fator de vulnerabilidade do consumidor. In: PETRY, A. T. et al. (org.). Direito do 
consumidor: desafios e perspectivas. Porto Alegre: OAB/RS, 2021. p. 105-118. E-book.
OLIVEIRA, C. P. A obsolescência planejada de telefones móveis e o desrespeito ao 
direito de informação do consumidor. In: SARLET, I. W. (org.). Os direitos fundamentais 
num mundo em transformação: tópicos atuais aos 30 anos da CF e 70 Anos da DUDH. 
Porto Alegre: Editora Fi, 2019. p. 365-383. E-book.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores 
declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
integralidade das informações referidas em tais links.
Princípios gerais do Direito do Consumidor12
DICA DO PROFESSOR
Como falar de Direito do Consumidor sem saber suas origens? No vídeo você verá brevemente 
como surgiram as primeiras relações de consumo e sua evolução histórica até os dias atuais.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) O nosso Direito vigente está repleto de princípios. Os princípios dão corpo ao Direito. 
São de suma importância, pois refletem valores da sociedade. Distinguem-se das 
regras por sua função e suas características. Dentre as características dos princípios, 
qual resposta abaixo está errada: 
A) São mandados de otimização.
B) São mandados de definição.
C) Não possuem dimensão de validade.
D) São normas jurídicas.
E) Incidem em diversas situações.
2) Sabemos que os princípios gerais de direito são diretrizes que orientam o operador 
do direito nos casos de haver uma omissão na lei. Abaixo veremos alguns princípios 
gerais de nosso ordenamento. Assinale qual alternativa não se verifica um princípio. 
A) Boa-fé.
B) Pacta Sunt Servanda.
C) Autonomia da vontade.
D) Dano moral.
E) Dignidade da pessoa humana.
3) As afirmativas abaixo tratam das diferenças entre princípios e regras. Marque a 
alternativa que contém erro. 
A) Regras são normas com caráter objetivo, que descrevem determinada conduta e se aplica 
em hipóteses já definidas.
B) A regra, numa situação de conflito, não deverá obedecer a hierarquia, especialidade e 
temporariedade.
C) Princípios são verdades estruturantes de um sistema jurídico.
D) Os princípios têm o condão de fundamentar as leis.
E) Regras podem ter caráter genérico.
4) Diz-se que o Código de Defesa do Consumidor foi no século XX uma lei 
revolucionária, pois inovou no ordenamento jurídico. Dentre os efeitos gerados pelo 
Código de Defesa do Consumidor podemos citar, exceto: 
A) O status de consumidor como sujeito de direitos não foi uma inovação do Código de 
Defesa do Consumidor.
B) É uma lei extremamente eficaz no que se refere à educação dos consumidores.
C) Fornecedores viram-se obrigados a melhorar seus serviços.
D) Consumidores passaram a exercer seus direitos amplamente.
E) Regulamentou as relações de consumo e incorporouo conceito de vulnerabilidade.
5) A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5o, XXXII e artigo 170, V, e também 
no artigo 48 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias protege e reconhece 
o consumidor como sujeito de direitos. Configura-se um triplo mandamento 
constitucional. É incorreto afirmar que: 
A) A CF de 1988 é a origem da codificação dos direitos do consumidor no Brasil.
B) A proteção do consumidor é um direito fundamental.
C) A proteção do consumidor é um princípio da ordem econômica.
D) A defesa do consumidor é um direito e garantia individual.
E) A CF de 1988 não possui força normativa para a construção de um direito privado de 
defesa do consumidor.
NA PRÁTICA
Veja como funcionam os princípios do Código de Defesa do Consumidor no dia a dia do 
operador do Direito.
SAIBA +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Princípios do Código de Defesa do Consumidor - Prof. Lamartine Ribeiro
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Breves noções sobre os Princípios Gerais do Código de Defesa do Consumidor
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Princípios norteadores do direito do consumidor
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Teoria geral dos princípios
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

Outros materiais