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COLUNA CERVICAL Unidade espinal funcional: é a unidade funcional da coluna cervical, é formada pela vértebra superior, vértebra inferior, pelo disco intervertebral e pelos ligamentos associados. Plexo Braquial: conjunto de nervos formado pelo ramo anterior da medula espinha, dos quatro nervos cervicais e o primeiro nervo torácico (C5, C6, C7, C8 e T1). Se estende desde a medula espinhal, através do canal cervical axilar, e sobre a primeira costela, e na axila. Fornece fibras nervosas aferentes e eferentes no peito, ombro, braço e mão. CERVICALGIA Dor cervical cauda perda da coordenação muscular, perda da força e da resistência. A função normal da musculatura é essencial na biomecânica normal da coluna cervical, a coluna fica instável sem o apoio dos músculos. Doenças como a mielopatia, radiculopatia e outras doenças degenerativas alteram a função muscular, devido à interação biomecânica entre a unidade funcional espinhal e os elementos nervosos. Diagnósticos diferenciais importantes, são os tumores de uma série de estruturas que podem produzir dor no pescoço ou no braço; a Síndrome do Desfiladeiro Torácico. EXAME FÍSICO INSPEÇÃO ESTÁTICA Paciente em pé com tórax despido e descalço. Médico deve observar o paciente em 360º. Fazer a inspeção anterior e posterior: observar a existência de assimetrias musculares tanto da região cervical como dos ombros, tumorações, desvios, alterações na pele ou na implantação de cabelos. Observar também se a pessoa mantém a cabeça fletida para um dos lados. INSPEÇÃO DINÂMICA Paciente em pé com o tórax despido e descalço. Médico de frente para o paciente. Objetivo: observar amplitude dos movimentos de flexão, extensão, rotação e inclinação lateral da cabeça para ambos os lados; e se há dor durante a realização dos movimentos. Obs.: utilizar uma espátula (abaixador de língua) mantido entre os dentes do paciente para melhor visualização da amplitude dos movimentos. PALPAÇÃO Paciente sentado: região cervical posterior - palpar e pesquisar a sensibilidade dolorosa com a pressão dos processos espinhosos (os mais proeminentes são de C2 e C7) e as facetas articulares laterais. Observar a consistência da massa muscular, palpar músculo trapézio em toda a extensão, palpar cadeia linfática anterior a ele, avaliar ligamento nucal, inserção do m. trapézio e do m. esternocleidomastóideo. Sempre observando se há presença de dor; região cervical anterior - palpar a clavícula, avaliando a presença de costela cervical. Paciente em decúbito dorsal: Palpar as partes moles e o trígono anterior: palpar o m. esternocleidomastóideo em toda a sua extensão, palpar a cadeia linfática, palpar tireóide, parótidas, fossa supraclavicular, pulso carotídeo e comparar com outro lado. Palpar as estruturas ósseas anteriores: osso hióide – C3, cartilagem tireoidiana – C4, primeiro anel cricóide, lateral a ele palpar o tubérculo carotídeo – C6. TESTES ESPECIAIS PARA COLUNA CERVICAL TESTE DE DISTRAÇÃO Examinador deve colocar a mão espalmada sob o queixo do paciente enquanto a outra será colocada na região occipital. Em seguida deve-se tracionar a cabeça removendo o peso que a cabeça exerce sobre o pescoço Resultado: teste positivo caso o paciente refira alívio da dor, pois o teste proporciona a ampliação do diâmetro foraminal, diminuindo a compressão radicular e a tensão nas estruturas de sustentação. MANOBRA DE SPURLING Médico coloca as mãos no topo da cabeça do paciente e realiza uma força de compressão para baixo e flexão lateral da cabeça do examinado. Resultado: teste positivo caso o paciente refira aumento dos sintomas radiculares na extremidade. Se o paciente relata dor do lado estendido – provavelmente significa encurtamento muscular; Se o paciente relata dor do lado flexionado – provavelmente compressão ou irritação radicular. TESTE DE LHERMITTE Paciente sentado na maca com os joelhos levemente fletidos. O médico deve realizar a flexão cervical em direção ao tórax e, em seguida, flexão da coluna. Resultado: teste positivo caso provoque parestesias nas mãos ou pernas durante a flexão, sensação tipo “choque elétrico) que irradia para toda a coluna vertebral e para os membros. Ocasionado por hérnia de disco com compressão medular, também por irritação meníngea. TESTE DE ADSON Posicionamento: paciente em pé de costas para o examinador. Descrição do teste: no Teste de Adson, o examinador deverá em primeiro lugar palpar o pulso radial do paciente e após realizar o teste por etapas. Na primeira etapa, deverá ser realizada uma abdução de 30º e hiperextensão do membro superior. Mantendo o braço nessa posição, verificar o pulso do paciente Pulso diminuído: provavelmente, será em decorrência de um músculo peitoral menor que se apresenta encurtado. Na segunda etapa, aumentamos a abdução para próximo de 90º e deveremos instruir o paciente, que realize uma inspiração forçada e rode a cabeça para o lado que está sendo testado. Nessa posição, verifique o pulso do paciente. Pulso diminuído: poderá ser devido a um estreitamento causado pelo encurtamento ou hipertrofia dos músculos escalenos, pois o feixe neurovascular passa entre os músculos escalenos: anterior e médio, na altura do pescoço e a inspiração máxima irá elevar a primeira costela, estreitando ainda mais a passagem do feixe. Sinais e sintomas: aumento da sensação de formigamento e fraqueza em todo o membro superior. Ainda o paciente poderá apresentar reações como sudorese e sensação de peso no membro superior. MANOBRA DE VALSALVA O paciente deve estar sentado e o médico deverá solicitar que o paciente prenda a respiração e faça força como se quisesse evacuar ou que sore com o dorso da mão tampando a boca. Resultado: promove aumento da pressão intratecal, ocasionando dor caso exista lesão expansiva (ex.: hérnia de disco). TESTE DA DEGLUTIÇÃO Médico deve solicitar ao paciente que realize uma deglutição e responder se há dor. Resultado: no caso de dor pode significar patologias como protuberâncias ósseas, osteófitos, intumescências de tecidos moles (hematomas, tumores, infecções). TESTE DA ARTÉRIA VERTEBRAL O paciente deve estar deitado e o médico deve realizar extensão cervical. Extensão e rotação para a direita e extensão e rotação para esquerda. Permanecer por 30 segundos em cada posição. Resultado: teste positivo se o paciente relatar tonturas, sensação de cabeça vazia e presença de nistagmo, indicando estenose da artéria contralateral ao lado examinado. EXAME NEUROLÓGICO Sequência de avaliação: força muscular, sensibilidade e reflexo. Obs: realizar a sensibilidade sempre a partir do ponto mais distal, pois assim avaliará toda a extensão do nervo e sempre pedir para que o paciente feche os olhos ao examinar a sensibilidade. Será avaliado os seguintes dermátomos: C5, C6 e C7. E o exame sempre será realizado em ambos os lados. DERMÁTOMO C5 Força muscular: avaliar a força do bíceps. Pedir para o paciente para realizar uma flexão do cotovelo. Enquanto o examinador aplica uma força de resistência na direção contrária. Sensibilidade: verificar a sensibilidade com o pincel na região lateral do braço, deslizando o mesmo no sentido distal para proximal. Reflexo: apoiar o antebraço do paciente em seu antebraço. Posicionar seu polegar no tendão bicipital. Percutir com o martelo de exames sobre o seu polegar e observar se há o movimento de flexão do cotovelo. DERMÁTOMO C6 Força muscular: avaliar a força dos extensores do punho. Pedir para o paciente realizar uma extensão do punho. Aplicar força de resistência no sentido contrário. Sensibilidade: iniciar na porção distal do polegar, deslizando o pincel de distal para proximal. Reflexo: Palpar a região do processo estiloide radial como seu polegar e percutir com o martelo de exames. Observar se há movimento de flexão do punho examinado. DERMÁTOMO C7 Força motora: avaliar a força do tríceps. Pedir para o paciente realizar uma extensão do cotovelo. Aplicar resistência no sentido contrário. Sensibilidade: iniciar na porção distal do terceiro quirodáctilo deslizando o pincel de distal para proximal. Reflexo: Palpar o tendão do tríceps e percutir com o martelo de exames e observar se há movimento de extensão do cotovelo.
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