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HIDROLOGIA Prof. Roberto Menezes Precipitação média O estudo da precipitação e dos efeitos da água sobre o solo de uma determinada área é de grande importância para os diversos setores da sociedade e para a manutenção do equilíbrio do meio ambiente. Generalidades Variação temporal Cálculo de precipitações médias sobre área A chuva é caracterizada pelas seguintes variáveis: Duração → é o período de tempo em que cai a chuva, sendo medida em minutos ou horas. Altura → corresponde à espessura média da lâmina de água que cobriria a região atingida caso esse local fosse plano e impermeável Precipitação média Cálculo de precipitações médias sobre área Intensidade → é a altura precipitada dividida pela duração da chuva Frequência → é a quantidade de ocorrências de eventos iguais ou superiores ao da chuva considerada. Tempo de retorno → é a estimativa da média do período em que um evento é igualado ou superado. Precipitação média Cálculo das precipitações médias Precipitação média • Método da média aritmética • Método dos polígonos de Thiesen • Método das isoietas Precipitação média Precipitação média Lâmina de água de altura uniforme sobre toda a área considerada, associada a um período de tempo dado (como uma hora, dia, mês e ano) Precipitação média • Precipitação → variável com grande heterogeneidade espacial Precipitação média •Método da média aritmética (método mais simples) Exemplo: •66+50+44+40= 200 mm •200/4 = 50 mm •Pmédia = 50 mm 66 mm 50 mm 44 mm 40 mm 42 mm Precipitação média 50 mm 70 mm 120 mm 50+70= 120 mm 120/2 = 60 mm Pmédia = 60 mm Obs.: Forte precipitação junto ao divisor não está sendo considerada • Problemas do método da média aritmética Precipitação média em uma bacia Precipitação média • Método dos polígonos de Thiesen Precipitação média 50 mm 70 mm 120 mmÁreas de influência de cada um dos postos • Método dos polígonos de Thiesen Precipitação média 50 mm 70 mm 120 mm Áreas de influência de cada um dos postos Ai = fração da área da bacia sob influencia do posto i Pi = precipitação do posto i 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm Precipitação média 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm 1 – Linha que une dois postos pluviométricos próximos Precipitação média Procedimento 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm 2 – Linha que divide ao meio a linha anterior Precipitação média Procedimento 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm 2 – Linha que divide ao meio a linha anterior Região de influência dos postos Precipitação média Procedimento 50 mm 120 mm 70 mm 82 mm75 mm 3 – Linhas que unem todos os postos pluviométricos vizinhos Precipitação média Procedimento 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 4 – Linhas que dividem ao meios todas as anteriores Precipitação média Procedimento 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Precipitação média Procedimento 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Precipitação média Procedimento 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Precipitação média Procedimento 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Precipitação média Procedimento 50 mm 120 mm 70 mm 75 mm 82 mm 5 – Influência de cada um dos postos pluviométricos Precipitação média Procedimento Exemplo: Conhecidas as alturas (h) de uma chuva ocorrida em uma bacia hidrográfica conforme tabela abaixo, calcule a precipitação média na bacia hidrográfica usando o método de Thiessen. 70 mm 50 mm 120 mm 82 mm75 mm Precipitação média Pmédia = (70x15)+(50x30)+(40x12)+(35x8) 65 Pmédia = 50,92 mm total Precipitação média Método das isoietas → Isoietas são linhas indicativas de mesma altura pluviométrica. Obtidas através da interpolação de dados de postos pluviométricos; Precipitação média Método das isoietas • O espaçamento entre elas depende do tipo de estudo, podendo ser de 5 em 5 mm, 10 em 10 mm, etc. • O traçado das isoietas é feito da mesma maneira que se procede em topografia para desenhar as curvas de nível, a partir das cotas de alguns pontos levantados Precipitação média Precipitação média • Método das isoietas Cálculo da precipitação média na bacia (método das isoietas): Calcula a área entre isoietas, onde a precipitação média entre isoietas é representativa da área. Exemplo: Determinar a precipitação média na bacia hidrográfica representada na figura, em que se indicam as isoietas em ano médio e as áreas por elas definidas. Precipitação média Resolução Atotal = 74 km² Pmédia = 706,75 mm Pm = (10200 + 11625 + 10875 + 13000 + 6600) 74 • Evaporação ou vaporização → É o processo pelo qual as moléculas de água na superfície líquida ou na umidade do solo, adquirem energia suficiente (através da radiação solar e outros fatores climáticos) e passam do estado líquido para o de vapor. Compreende: ▪ Evaporação da água contida no solo (umidade) ▪ Evaporação direta da água de rios, lagos e oceanos, água interceptada umidade Edireta Esolo Evaporação Grandezas características da evaporação: • Perda por evaporação (E) – é o volume de água evaporada por unidade de área horizontal (expressa em mm) durante um certo período de tempo. • Intensidade de evaporação(mm/h) – é a velocidade com que se processa as perdas por evaporação. Evaporação Importância da evaporação • Cálculos de perdas de água em reservatórios e cálculos de necessidades de irrigação. • Cálculo do balanço hídrico: Q = P – E Vol Área,Volume Cota Demandas Q Evaporação Fatores que influenciam a evaporação: •Temperatura •Umidade do ar •Velocidade do vento •Radiação Solar Evaporação Cálculo da evaporação de um corpo de água Evaporação •Medidas Diretas - Tanques - Atmômetros ou Evaporímetros •Métodos indiretos - Balanço Hídrico - Fórmulas empíricas Tanques de Evaporação → São tanques que expõem à atmosfera uma superfície líquida de água permitindo a determinação direta da evaporação potencial diariamente. O mais utilizado é o tipo classe A que é um tanque circular galvanizado ou metal equivalente. Evaporação Evaporação Tanques de Evaporação Para se ter a evaporação potencial de superfícies líquidas naturais a partir dos dados medidos pelo tanque classe A , deve-se corrigir os dados pelo coeficiente de correção do tanque: Ep = E x Kt Ep = evaporação potencial E = evaporação do tanque classe A Kt = coeficiente do tanque (para a região nordeste Kt varia entre 0.6 e 1,0; e no semi-árido é comum adotar-se Kt = 0,75) Evaporação Evaporação Constituído por um tubo cilíndrico, de vidro, de aproximadamente 30 cm de comprimento e um centímetro de diâmetro, fechado na parte superior e aberto na inferior A extremidade inferior tapada, depois do tubo estar cheio com água destilada, com um disco de papel de feltro, de 3 cm de diâmetro, que deve ser previamente molhado com água Evaporímetro de Piché Evaporação Evapotranspiração → É o processo conjunto da evaporação do solo mais a transpiração das plantas. EVAPOTRANSPIRAÇÃO EVAPORAÇÃO TRANSPIRAÇÃO Evapotranspiração Compreende: 1. Evaporação dos corpos de água; 2. Evaporação da água do solo; 3. Evaporação da água interceptada das plantas; 4. Transpiração das plantas. Evapotranspiração Evapotranspiração •Lisímetro → Depósitos enterrados, abertos na parte superior, preenchidos com solo e vegetação característica Controle das variáveis: •Peso •Medir chuva •Coletar água percolada •Coletar água escoada •Superfície homogênea Evapotranspiração Precipitação no solo → drenagem para o fundo do aparelho → água é coletada e medida O depósito é pesado diariamente, assim como a chuva e os volumes escoados de forma superficial e que saem por orifícios no fundo ET = P - Qs – Qb – ΔV E → evapotranspiração P → chuva (medida num pluviômetro) Qs → escoamento superficial (medido)Qb → é o escoamento subterrâneo (medido no fundo do tanque) ΔV → variação de volume de água (medida pelo peso) Definição → Infiltração é a passagem da água da superfície para o interior do solo. • É a fase do ciclo hidrológico pela qual as águas precipitadas penetram nas camadas superficiais do solo. • A penetração ocorre sob a ação da gravidade, até atingir uma camada suporte que a retém, formando a agua do solo e alimentando os aquíferos e lençóis d’água subterrâneos. Infiltração O processo de infiltração depende: • Da disponibilidade de água para infiltrar, • Da natureza do solo, • Do estado da camada superficial do solo, • Das quantidades de água e ar inicialmente presentes no interior do solo. Infiltração Índices da relação Água-Solo • Porosidade (η) • Umidade volumétrica (Ɵ) • Grau de saturação (S) • Índice de vazios (e) Infiltração Movimento da Água no Solo • A Infiltração é definida como o fenômeno de entrada na superfície do solo da água proveniente da chuva, neve derretida ou irrigação. • A percolação é o processo pelo qual a água se movimenta dentro do solo, influenciado força da gravidade e capilaridade. • O espaço disponível para a água se acumular e se movimentar no interior do solo é determinado pelos vazios existentes entre os grãos que compõem a estrutura desse solo. Infiltração • Fatores que intervém na capacidade de infiltração • Condição da superfície • Tipo de solo • Grau de umidade do solo • Compactação pela ação de homens e animais • Precipitação • Alteração da macroestrutura do terreno • Cobertura vegetal • Temperatura do solo • Presença de ar Infiltração Infiltração • Infiltrômetro de Anel • Os cilindros apresentam diâmetros de 25 e 50 cm, em geral. • Coloca-se água nos dois anéis. • Com a régua graduada, faz-se a leitura da lâmina d’água no cilindro interno ou anota-se o volume de água colocado no anel, com intervalos de tempo pré-determinados. • A diferença de leitura entre dois intervalos de tempo, representa a infiltração vertical neste período. • O teste se encerra quando a taxa de infiltração permanecer constante. Infiltração Infiltração • Modelos matemáticos de infiltração- Modelo de Horton F = fc + (f0 - fc) e -kt F: taxa de infiltração (mm/hora) fc: Infiltração final (mm/hora) fo: taxa de infiltração inicial (mm/hora) t: tempo (horas) k: constante, depende do tipo de solo (hora-1) OBRIGADA Roberto Menezes Roberto.menezes@sereduca cional.com DOCENTE
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